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GERAÇÃO DISTRIBUIDA

Rafael Bruno Marques de Oliveira

RESUMO

Para o presente artigo será apresentado à geração de micro e mini produtores


de energia na qual produzam a mesma e injetem a sua geração ao sistema
interligado nacional (SIN) de modo a gerar uma compensação de créditos com a
concessionária local a fim de ser efetuado o devido abatimento na fatura de energia.
Tanto quanto a geração será apresentada os requisitos técnicos juntamente com a
legislação vigente na qual da à permissão a unidades consumidoras de produzir sua
própria energia. Para o sistema de distribuição o mesmo foi projeto muito antes de
se conhecer o termo de geração distr5ibuida, a partir desse fato será demonstrados
os impactos que o mesmo pode causar ao sistema de distribuição levando em conta
a operação e proteção do sistema como um todo.

Palavras-chaves: Geração distribuída, Produtores Independentes de Energia,


Autoprodutores.

Acadêmico – Engenharia Elétrica


Universidade Alto Vale do Rio do Peixe
E-mail: rafaelmarques.system@gmail.com
INTRODUÇÃO

O aproveitamento das fontes de energia elétrica oriundas de pequenos


produtores conectados a rede elétrica de distribuição, tem se difundido cada vez
mais pelo mundo. O que tem favorecido essa prática é o fato que construções de
grandes centrais geradores acarretam em impactos ambientais e detém de soluções
mitigadoras para minimização dos mesmos. Juntamente com questões ambientais
temos os altos custos de projeto, tempo de estudo para viabilidade e toda burocracia
para implementação de uma central geradora de grande porte. Desse modo com o
cenário atual dispomos do Autoprodutor e do Produtor Independente de Energia
(PIE), sendo que é definido como Autoprodutor segundo Decreto 2003 de 10 de
setembro de 1996 como qualquer pessoa jurídica ou física tanto quanto um grupo de
empresas na qual constituem um consórcio que recebem a autorização para
produção de energia elétrica com a finalidade de seu uso exclusivo. Já o PIE pelo
mesmo Decreto se enquadra como pessoa jurídica ou conjunto de empresas que
constituem um consórcio, na qual recebem a devida licença para produção de
energia elétrica com a finalidade de comercialização da mesma sendo de modo total
ou fracionado, por sua própria conta e risco. As duas modalidades de geração
podem se conectar ao sistema de transmissão ou distribuição de energia elétrica,
desde que possua a devida autorização da ANEEL juntamente com aprovação e
estudo da concessionária de energia local (ROLIM; ZÜRN, et al, 2006).
Com grandes incentivos para PIE e Autoprodutor, a Geração
Distribuída (GD) apresenta cada vez mais um crescimento diante ao cenário
energético, devido à mesma apresentar inúmeras vantagens para sua aplicação.
Porém com a utilização da GD surgem desvantagens na qual devem ser
observadas, como uma maior dificuldade em coordenar atividades administrativas,
comerciais, segurança e de manutenção juntamente com o aumento da dificuldade
da operação, planejamento e gestão do sistema elétrico. O sistema elétrico pode ter
o seu comportamento alterado decorrente ao aumento da GD, deste modo sendo
necessário um estudo para planejamento e operação na qual consideram o sistema
elétrico com a inserção da GD, deste modo podendo garantir a confiabilidade tanto
quanto a segurança dos equipamentos e do sistema elétrico (PONTES; TARANTO,
et. Al, 2009).
NORMAS DE REGULAMENTAÇÃO

Para conexão de PIE ou Autoprodutor de energia elétrica ao sistema de


distribuição entrou em vigor em 17 de Abril de 2012 a Resolução Normativa ANEEL
nº482/2012, na qual permite que unidades consumidoras gerem sua própria energia
elétrica, desde que as mesmas sejam oriundas de fontes renováveis tanto quanto
cogeração qualificada. Tal normativa também permite a injeção do excedente de
energia para rede de distribuição da concessionária que possui a concessão da rede
local. Para sistema de compensação de energia foi intitulada a Resolução Normativa
nº 414/2010 e posteriormente à nº 687/2015, na qual diz respeito ao sistema de
créditos, onde uma unidade consumidora pode utilizar o excedente de um mês para
abatimento da fatura seguinte, sendo o acumulo de créditos válidos até 60 meses
em unidades consumidoras de mesmo titular dentro da área da mesma distribuidora.
Também é permitida a criação de cooperativas originadas da junção de unidades
consumidoras com divisão por percentual para abatimento de faturas.
Segundo a Celesc (2017), em seu Manual de Procedimento I-432.0004,
define como Microgeração Distribuída uma central geradora na qual possui uma
potência instalada de até 75 kW na qual utilize cogeração qualificada ou fontes de
energia renováveis por intermédio de unidades consumidoras na qual se conectam
a rede de distribuição de energia. Pelo mesmo Manual de Procedimento fica definido
a Minigeração Distribuída, como sendo unidades consumidoras que se conectam a
rede de distribuição, na qual possuem a geração de energia elétrica com potência
instalada de 75 kW a 3 MW sendo para fontes provenientes de geração hídrica, para
cogeração qualificada e demais gerações através de fontes renováveis fica
estipulada até 5 MW de potência instalada.
O sistema de compensação de créditos de energia somente é aplicado a
unidades consumidoras na qual pertencem ao mercado cativo de energia, caso uma
unidade consumidora queira aderir ao sistema de compensação por geração de
energia a mesma deverá migra da modalidade de consumidor livre para consumidor
cativo (CELESC, 2017).
REQUISITOS TÉCNICOS E DE SEGURANÇA PARA CONEXÃO AO SISTEMA

Segundo a Celesc (2017), a conexão do produtor não poderá prejudicar o


sistema elétrico ou qualidade do fornecimento para os consumidores, e deverá
atender as condições de níveis de tensão, forma de onda, frequência e cintilação,
tensão de regime permanente juntamente como atender os requisitos conforme o
PRODIST Módulo 8, referente a qualidade de energia elétrica.
Não é permitido o uso de inversores em sistemas de geração na qual a sua
aplicação é diferente da qual o mesmo foi projetado, um exemplo é a utilização de
inversores fotovoltaicos com geradores de corrente contínua acoplada a turbina
hidráulica. Para definição da tensão de conexão de Microgeração ou Minigeração
será levando em conta a potência na unidade consumidora conforme Quadro 01
(CELESC, 2017).

Quadro 1 - Nível de tensão para conexão à rede

(CELESC, 2017)

É de responsabilidade do produtor pelo sistema de proteção de seus


equipamentos não podendo o mesmo utilizar para benefício os equipamentos da
concessionária. O sistema de proteção devera detectar o momento que a rede da
concessionária estiver desconectada e não poderá permitir a operação do sistema
isolado deste modo deverá atender a proteção anti-ilhamento na qual é atuada após
2 segundos da desconexão da concessionária. A unidade produtora é responsável
pelo sincronismo do gerador e de manutenções preventivas e corretivas até o ponto
de conexão com a concessionária. Quando a instalação de micro ou mini geração
contemplar a utilização de inversores de frequência o mesmo deverá atender as
proteções conforme Quadro 02. Quando o produtor utilizar de geradores síncronos a
instalação deverá contemplas a funções de segurança conforme Quadro 03, sendo
os mesmos requisitos mínimos para instalação (CELESC, 2017)

Quadro 2 – Parametros para proteção de invesores

(CELESC, 2017)

Quadro 3 – Parametros para proteção de geradores síncronos

(CELESC, 2017)

O sistema de Microgeração ou Minigeração deverá suportar o religamento


automático da rede fora de fase, sendo na pior das situações. Para o sistema de
medição de energia direcionado a Microgeração ou Minigeração a concessionária
instalará um medidor de energia bidirecional substituído o medidor convencional, a
concessionária também poderá utilizar de dois medidores direcionais para leituras. O
produtor ficará responsável pelos custos dos equipamentos de medição na qual são
utilizados para o sistema de compensação de energia elétrica (CELESC, 2017).

INFLUÊNCIA DA GD NA REDE DE DISTRIBUIÇÃO

O sistema de distribuição é projetado para que a potência siga o


caminho da subestação até a as cargas, porém a inserção de GD altera esse padrão
permitindo assim que até a subestação seja alimentada pelo PIE. Para um exemplo
um alimentador de 2 km com uma carga de 4 MW, em 1 km temos a barra 1 onde
um PIE se conecta com uma potência de 3 MW, ou seja maior que as cargas entre a
conexão PIE e a subestação, deste modo o gerador do PIE assume cargas a
montante e a jusante do seu ponto de conexão, criando dessa forma entre o gerador
do PIE e a subestação um ponto zero. Afirma-se que quanto mais próximo da
subestação se encontra o ponto zero na qual o gerador de PIE, influência na
dinâmica de operação e nesse ponto há maior necessidade de sistemas de
proteção. Desse modo é indicado que o PIE não possua capacidade superior a 2/3
da carga do referido alimentador e que o mesmo fique alocado a em 1/3 ao final do
alimentador, para melhor visualização do exemplo em questão segue apresentado a
Figura 01 na qual mostra o gráfico do fluxo de potência do alimentador com a
presença de PIE (PONTES; TARANTO, et. Al, 2009).

Figura 1 - PIE Produzindo 3MW, 2MW fluem a jusante da conexão e 1 MW flui


para subestação

(PONTES; TARANTO, et. Al, 2009)


Os sistemas de proteção e coordenação possuem a função de manter a
seletividade entre os dispositivos de segurança. Deste modo fica condicionada a
eliminação da falta no menor tempo possível e com a menor isolação do circuito,
sendo está a mais próxima ao ponto da falta. O sistema de distribuição de energia é
radial e os dispositivos normalmente empregados na proteção são relés de
sobrecorrente de tempo inverso/definido, chaves fusíveis e religadores, todos esses
equipamentos possuem características não direcionais, deste modo há um grande
percentual de falha em sistemas de proteção, caso o mesmo não seja proveniente
de um estudo e modificações para atender com segurança a inserção e operação de
GD no circuito (PONTES; TARANTO, et. Al, 2009).
Com a presença de PIE no sistema de distribuição sendo fontes geradoras
para o sistema, a tendência é que se tenha um aumento dos níveis de curto-circuito,
deste modo se faz necessário um estudo para levantamento do qual danoso pode
ser os novos níveis de curto circuito juntamente com a circulação da corrente em
direção as subestações, a fim de se verificar se os dispositivos de proteção na qual
se encontram presente no circuito atendem a necessidade com a presença de GD
ou se precisam de adequação para garantia e segurança do funcionamento do
sistema que é de interesse da concessionária local e do PIE (PONTES; TARANTO,
et. Al, 2009).
CONCLUSÃO

Sendo compreendida a GD pela produção de energia descentralizada através


de vários Miniprodutores ou Microprodutores conectados a rede de distribuição tanto
na baixa quanto na média tensão, a mesma trás benefícios para o sistema elétrico
brasileiro entre eles podemos destacar a não geração de impactos ambientais, alívio
de carga em alimentadores, melhora do nível de tensão em finais de linha
juntamente com o aumento da matriz energética do país com custo menor
comparado a geração centralizada. Porém o sistema de distribuição não foi
projetado para operação com a inserção da geração distribuida na qual a mesma
altera os parametros tradicionais de operação e proteção das redes de distribuição,
dessa forma as concessionárias detem de um prazo muito pequeno para adequação
de eventuais problemas que surgem pela conexão de GD ao circuito.
Outro problema em questão é que os dispositivos de seguração como
fúsiveis, relés de proteção, religadores e afins possuem sua atuação de forma
unidirecional, não levando em conta a presença de GD conectado em meio ao
circuito, na qual o fluxo de potência pode apresentar uma caracteristica como uma
via de mão dupla, momento gera e momento consome. Dessa forma surge a
necessidade de investimentos e estudos para implementação de redes inteligentes
com emprego de Smart Grids, na qual permitirá as concessionárias tanto aos
produtores a melhor gestão de operação e proteção do sistema como um todo.
REFERÊNCIAS

ANEEL, Geração Distribuida. Disponível em <http://www.aneel.gov.br/geracao-


distribuida> Acesso em 15 de Setembro de 2018.

CELESC, Manual de Procedimentos I-432.0004: Requisitos Para Conexão de


Micro ou Mini Geradores de Energia ao Sistema Elétrico da Celesc Distribuição.
Florianópolis, 2017.

PONTES, C. E. V.; TARANTO, G. N.; MANZONI, G. N.; FALCÃO, D. M.;


ESCALANTE, S. L.; RODRIGUEZ, J. I.; ASSIS, T. M. L. Desempenho Dinâmico da
Geração Distribuída Frente a Perturbações no SIN e de Manobras na Rede de
Distribuição. V Congresso de Inovação Tecnológica em Engenharia Elétrica,
Belém, 2009. Disponível em: <http://www.cgti.org.br/publicacoes/wp-
content/uploads/2016/03/Desempenho-Din%C3%A2mico-da-
Gera%C3%A7%C3%A3o-Distribu%C3%ADda-Frente-a-
Perturba%C3%A7%C3%B5es-no-SIN-e-de-Manobras-na-Rede-de-
Distribui%C3%A7%C3%A3o.pdf> Acesso em 15 de Setembro de 2018.

ROLIM, J. G.; ZÜRN, H. H.; MORAIS, D. R.; de BRITTO, T. M; REOS, G. B.;


GARGHETTI, A. L.; RUFATO, L. F.; MARIN, M. A.; JAMES, A.; BUENDGENS, R.
UFSC, Simulador para Sistemas de Distribuição com Geração Distribuída. XVII
Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica. Belo Horizonte, 2006.
Disponível em: <http://www.mfap.com.br/pesquisa/arquivos/20081219094443-
PEM23-0036.pdf> Acesso em 15 de Setembro de 2018.

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