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Fortaleza
2016
ISADORA ARAÚJO PIMENTEL CARVALHO
Fortaleza
2016
SELEÇÃO DE UMA FONTE DE ENERGIA RENOVÁVEL A SER INSTALADA EM
UM CONDOMÍNIO RESIDENCIAL UTILIZANDO O SOFTWARE MACBETH
BANCA EXAMINADORA
________________________________________
Prof. Msc. Cristiano Régis Freitas de Brito
Orientador - Universidade de Fortaleza
________________________________________
Prof. Dr. Adbeel Goes Filho
Examinador - Universidade de Fortaleza
________________________________________
Profa. Msc. Brigida Miola Rocha
Examinadora - Universidade de Fortaleza
AGRADECIMENTOS
Gostaria de agradecer primeiramente à Deus, por ter permitido que eu chegasse até
aqui e por sempre ter me ajudado nas batalhas da minha vida, inclusive nessa.
À minha família, principalmente aos meus pais, Luiz Augusto e Antonete Pimentel,
por sempre acreditarem em mim e me incentivarem a ser uma pessoa melhor. Obrigada
demais por todos os socorros que me deram durante minha vida pessoal e acadêmica e por
sempre tentarem me fornecer o melhor que podem.
Ao meu orientador, Cristiano Régis, por ter sido uma peça fundamental e de suma
importância para a conclusão deste trabalho. Muito obrigada por toda a paciência e inúmeras
explicações, mesmo em momentos de desespero de minha parte. Torço muito por você e
sempre torcerei.
Agradeço especialmente ao Caio César, por todos os momentos que esteve me
ajudando, por sempre acreditar em mim, muitas vezes até bem mais do que eu mesma, por
todos os estímulos, consolos, momentos de alegria, de distrações, por sempre ser tão
compreensível e procurar se fazer presente, mesmo em momentos difíceis. Sei que seu futuro
será brilhante e sempre estarei torcendo por você.
Um agradecimento especial também às empresas que muito me ajudaram na
realização deste trabalho. Agradeço à BGS Equipamentos, à Conforto Térmico e à ECO
Soluções em Energia, em especial ao Guilherme Janiques, meu colega de curso que tanto me
ajudou com inúmeros dados e sempre muito atencioso. Desejo a todos muito sucesso.
Aos meus amigos que me acompanham desde o colégio até hoje, agradeço
principalmente à Sarah Monte, Lívia Freitas, Luan Pimentel, Isadora Queiroz, Ana Letícia,
Dávila Oliveira e Jéssica Sousa. Sou muito grata por ter vocês como amigos de velhos
tempos, muito obrigada por tudo. Cada um sabe da importância que tem para mim.
Aos meus amigos de faculdade, por se fazerem presente durante todos esses anos de
faculdade e por entenderem meus momentos de dificuldade e tentarem me ajudar a vencê-las.
Agradeço principalmente à Talita Saraiva, Amanda Serpa, Andressa Guimarães, Gabi Costa,
Jéssica Maria e Lívia Lucena.
À professora Lamarka e ao meu coordenador, Oyrton, por todos os encontros durante
esse semestre para orientações, sempre procurando aperfeiçoar nossos trabalhos, e por todos
os outros ensinamentos que nos proporcionaram.
À professora Denise, por ser essa pessoa tão boa e tão importante para mim. Com
certeza estarei sempre torcendo pelo seu sucesso e pela sua saúde.
Por fim, à Universidade de Fortaleza, por me proporcionar experiências de suma
importância para o meu pessoal e profissional.
“Quando você perceber que,
para produzir, precisa obter a
autorização de quem não produz nada;
Quando comprovar que o dinheiro flui
para quem negocia não com bens, mas
com favores; Quando perceber que
muitos ficam ricos pelo suborno e por
influência, mais que pelo trabalho, e
que as leis não nos protegem deles,
mas, pelo contrário, são eles que estão
protegidos de você; Quando perceber
que a corrupção é recompensada, e a
honestidade se converte em auto
sacrifício; Então poderá afirmar, sem
temor de errar, que sua sociedade está
condenada. ”
Ayn Rand
RESUMO
The environmental scenario has been gradually inserting into society, including the issue of
energy production in a less aggressive way to the environment. The concern with
environmental issues includes several factors for the preservation of the environment. For
this, the subject of alternative energy is still not so much covered for achieving a more
sustainable development. Sustainable buildings have started to emerge in Brazil, but the
economic factor is still a stumbling block for many. With this scenario, it is essential that
there are more policies to encourage the use of renewable energies, greater access to the
information and the barriers to renewable energy sources must be overcome. This work made
the choice of one renewable energy to be implemented in a residential condominium located
in the city of Eusébio, Ceará, between the following types of energy: produced by the
biodigester, solar photovoltaic, solar thermal and wind power. This is a quantitative study and
this study made the choice by the MACBETH method, due to the multiplicity of criteria and
value judgements in the decision-making process. The common area of the condominium
consumes 1260 kWh/month, which is equivalent to an average monthly expenditure of R$
1.043,5. All systems had their power limited by the amount of organic waste, so that all
produce the same amount of energy and can be compared in a fair way. The criteria used for
this analysis were: Acquisition Costs and Operation/Maintenance; Emissions from waste
generation; Emissions by Construction/System operation; Return time of investment; and
Total savings after Payback. At the end, the work points to the best system option to be
chosen, solar thermal, comparing it to the other options presented.
Quadro 1 - Relação entre o PIB, consumo de eletricidade e produção de energia primária. .... 5
Quadro 2 - Escala de pontos do método AHP......................................................................... 29
Quadro 3 - Consumo médio mensal do condomínio. .............................................................. 34
Quadro 4 - Características de restos de alimentos de acordo com a literatura. ....................... 35
Quadro 5 - Valores de irradiação solar diários de Fortaleza. .................................................. 38
Quadro 6 - Velocidade média mensal do vento em Fortaleza................................................. 40
Quadro 7 - Balanço de emissão gasosa. .................................................................................. 41
Quadro 8 - Médias diárias de resíduo orgânico gerado em 8 casas. ....................................... 43
Quadro 9 - Custos totais do sistema de biodigestão. ............................................................... 46
Quadro 10 - Custos totais do sistema solar térmico. ............................................................... 48
Quadro 11 - Custos totais do sistema fotovoltaico.................................................................. 49
Quadro 12 - Economia média mensal do sistema fotovoltaico. .............................................. 50
Quadro 13 - Visão geral das características da energia eólica. ............................................... 51
Quadro 14 - Custos totais do sistema eólico. .......................................................................... 51
Quadro 15 - Economia média mensal do sistema eólico. ....................................................... 52
Quadro 16 - Emissões totais dos demais sistemas de geração (fotovoltaico, eólico e térmico).
.................................................................................................................................................. 54
Quadro 17 - Emissões totais atmosféricas de todos os sistemas analisados. .......................... 54
Quadro 18 - Custos de todos os sistemas. ............................................................................... 55
Quadro 19 - Emissões de todos os sistemas. ........................................................................... 55
Quadro 20 - Tempo de retorno financeiro e economia total após Payback de todos os
sistemas..................................................................................................................................... 55
Quadro 21 - Características das energias. ............................................................................... 56
Quadro 22 - Ponderação entre critérios e pontuação na Escala. ............................................. 57
Quadro 23 - Escala para a ponderação entre os critérios. ....................................................... 57
Quadro 24 - Ponderação do Custo de aquisição e Escala atual. .............................................. 58
Quadro 25 - Ponderação do Custo de manutenção/operação e Escala atual. .......................... 59
Quadro 26 - Ponderação da Economia total após Payback e Escala atual. ............................. 59
Quadro 27 - Ponderação do Tempo de retorno financeiro e Escala atual. .............................. 60
Quadro 28 - Ponderação das Emissões por construção/operação e Escala atual. ................... 61
Quadro 29 - Ponderação das Emissões por geração de resíduos e Escala atual...................... 61
Quadro 30 - Limites inferiores e superiores de cada critério e a ordenação de cada energia. 61
Quadro 31 - Pontuação global das energias com relação a todos os critérios. ........................ 63
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................1
1.1 Objetivos............................................................................................................................3
1.1.1 Objetivo Geral............................................................................................................... 3
1.1.2 Objetivos Específicos ................................................................................................... 3
1.2 Justificativa.......................................................................................................................3
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................. 5
2.1 Cenário de produção/consumo de energia do País ........................................................ 5
2.2 Panorama de energias renováveis ................................................................................... 7
2.3 Políticas de incentivo ao uso de energias renováveis no Brasil .................................... 9
2.3.1 Barreiras às fontes renováveis de energia ..................................................................... 9
2.3.2 Políticas de incentivo .................................................................................................. 10
2.4 Energia Eólica................................................................................................................. 12
2.5 Energia Solar .................................................................................................................. 16
2.5.1 Solar Térmica..............................................................................................................16
2.5.2 Solar Fotovoltaica.......................................................................................................19
2.6 Biomassa e Biodigestores ............................................................................................... 21
2.6.1 Fatores que influenciam o desempenho de biodigestores ........................................... 24
2.6.1.1 Temperatura........................................................................................................... 24
2.6.1.2 Potencial Hidrogeniônico (pH).............................................................................. 25
2.6.1.3 Tempo de Detenção Hidráulica (TDH) ................................................................. 25
2.7 Sistemas de Apoio à Decisão.......................................................................................... 25
2.8 Ferramentas....................................................................................................................26
2.8.1 MACBETH.................................................................................................................26
2.8.2 AHP.............................................................................................................................28
2.8.3 MAUT.........................................................................................................................30
2.8.4 K-T..............................................................................................................................30
3 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................... 33
3.1 Dados do empreendimento.............................................................................................33
3.2 Dimensionamento básico dos sistemas de geração......................................................34
3.2.1 Sistema de geração energia elétrica através da biomassa ........................................... 34
3.2.1.1 Estimativa da quantidade de resíduos gerados ...................................................... 34
3.2.1.2 Dimensionamento do biodigestor .......................................................................... 34
3.2.1.3 Estimativa do potencial energético ........................................................................ 36
3.2.2 Sistema de geração fotovoltaica ................................................................................. 37
3.2.2.1 Dimensionamento do módulo fotovoltaico ........................................................... 37
3.2.3 Sistema solar térmico .................................................................................................. 38
3.2.3.1 Quantidade de coletores solares a serem instalados .............................................. 39
3.2.4 Sistema de geração eólica ........................................................................................... 39
3.3 Levantamento das emissões atmosféricas dos sistemas de geração...........................40
3.4 Estimativa do tempo de retorno do investimento........................................................41
3.5 Economia total após Payback.........................................................................................42
3.6 Seleção da fonte de energia mais favorável..................................................................42
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................ 43
4.1 Sistema de geração de energia através de biomassa: biodigestor..............................43
4.1.1 Estimativa da quantidade de resíduos orgânicos ........................................................ 43
4.1.2 Volume do biodigestor................................................................................................ 43
4.1.3 Estimativa do potencial energético ............................................................................. 44
4.1.4 Impactos econômicos .................................................................................................. 45
4.1.5 Custo do sistema, tempo de retorno financeiro e economia total após Payback ........ 45
4.2 Sistema Solar Térmico...................................................................................................46
4.2.1 Custo do sistema, tempo de retorno financeiro e economia total após Payback ........ 48
4.3 Sistema de geração de energia através da Solar Fotovoltaica....................................48
4.3.1 Dimensionamento do módulo fotovoltaico................................................................. 48
4.3.2 Custo do sistema, tempo de retorno financeiro e economia total após Payback ........ 49
4.4 Sistema de geração de energia através da Eólica.........................................................50
4.4.1 Custo do sistema, tempo de retorno financeiro e economia total após Payback ........ 51
4.5 Emissões atmosféricas dos sistemas de geração...........................................................52
4.5.1 Emissões atmosféricas do biodigestor ........................................................................ 52
4.5.2 Emissões atmosféricas dos outros sistemas de geração .............................................. 53
4.6 Seleção da fonte de energia mais favorável..................................................................55
5 CONCLUSÕES....................................................................................................................64
6 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ............................................................. 65
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 66
ANEXOS ................................................................................................................................. 73
ANEXO A: Dados do kit básico da BGS Equipamentos. .......................................................73
ANEXO B: Datasheet do Módulo Fotovoltaico Canadian Solar 265 Wp. .............................75
ANEXO C: Proposta comercial para sistema de geração solar fotovoltaico da ECO Soluções
em Energia. ..............................................................................................................................77
ANEXO D: Orçamento da empresa Conforto Térmico para o sistema solar térmico. ...........83
1
1 INTRODUÇÃO
Este programa foi revisado pela Lei nº 10.762, de 11 de novembro de 2003, que
assegurou uma maior participação dos estados, assim como o incentivo à indústria nacional e
a exclusão de consumidores de baixa renda do rateio da compra da nova energia. Esse projeto
tem o suporte do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e
financia projetos de geração de energia eólica, Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs),
biogás de aterro sanitário, dentre outros (BERMANN, 2008).
O presente trabalho apresenta um estudo sobre a escolha de uma fonte de energia
alternativa a ser instalada em um conjunto habitacional, de forma econômica e
ambientalmente mais benéfica. A escolha está sustentada na teoria dos sistemas de apoio à
decisão, que foram essenciais para ajudar na escolha da fonte de energia, tendo em vista que
avaliam os múltiplos critérios, suas ponderações e consequências para determinar qual a
decisão que melhor atende o objetivo geral.
Este estudo analisa alguns critérios para a seleção de uma energia renovável, dentre
biogás, energia solar térmica, energia solar fotovoltaica e energia eólica, a ser implementada
em um condomínio localizado no município de Eusébio, no estado do Ceará, através do
método MACBETH.
3
1.1 Objetivos
Selecionar, dentre solar térmica, solar fotovoltaica, eólica e biomassa, qual a melhor
energia renovável a ser implementada em um condomínio residencial localizado no município
de Eusébio, no estado do Ceará, utilizando o software MACBETH.
1.2 Justificativa
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
48% das necessidades brasileiras no uso final da energia, e o petróleo representava 36%.
Entre 1970 e 1990, esse consumo de lenha reduziu para apenar 2,9% ao ano. A crise
energética da década de 70 forçou o Brasil a investir em outras frontes de energia, como as
hidrelétricas e a de cana-de-açúcar. Atualmente é o petróleo que predomina na matriz
energética brasileira com 41% de participação, a eletricidade é a segunda forma mais
utilizada, com 19% (BRONZATTI; NETO, 2008). A Figura 1 mostra a diversificação da
matriz energética brasileira e uma projeção para 2030.
O ar, a água e a energia são bens fundamentais para a vida humana há muito tempo.
As sociedades primitivas obtinham energia através da lenha das florestas, para aquecimento e
atividades domésticas. Com o desenvolvimento das tecnologias esse consumo foi
aumentando. Durante a Idade Média, as energias de cursos de água e vento passaram a ser
utilizadas, porém ainda em quantidades pequenas. Com a Revolução Industrial, foi necessário
produzir mais carvão, petróleo e gás para poder suprir as necessidades energéticas da
população (GOLDEMBERG; LUCON, 2007).
Para Exxon Mobil (2014), energia, em geral, está intrinsecamente relacionada com as
pessoas. A sociedade utiliza combustíveis para transporte e outros tipos de energia para tornar
a vida mais fácil. Até 2040 a população deverá aumentar entre 7 bilhões e 9 bilhões, a
economia global vai dobrar e a eficiência energética deverá servir para compensar o
crescimento da demanda. Conforme vemos na Figura 2, a população e o PIB até 2040
poderiam levar a um aumento na demanda de energia global de mais de 100%, porém uma
boa parte desse aumento será evitado devido aos avanços que ocorrerão na eficiência
energética.
mundo atual, o que gera inúmeras variáveis negativas, como a produção de emissões gasosas
poluentes. Esses gases poluentes alteram a composição química da atmosfera e agravam o
efeito estufa, por consequência eles agravam também a situação do aquecimento global
(CUSTÓDIO, 2013). De acordo com a Figura 3, a fonte hídrica fica em primeiro lugar na
matriz energética do Brasil e a fóssil em segundo.
A demanda por energia e a população mundial estão seguindo nos mesmos patamares
de crescimento, tanto em países desenvolvidos, como em países em desenvolvimento. A
questão do petróleo ocorrida na década de 70 fez com que o ser humano passasse a visualizar
a necessidade de uma mudança na matriz energética que predominava na maioria absoluta dos
países (BUTTERBY; FERREIRA, 2015).
O Protocolo de Quioto foi firmado em 1997, onde tinha como meta principal a
redução das emissões de gases de efeito estufa para valores 5% inferiores àqueles medidos em
1990, durante o período de 2008 a 2012, para países industrializados. Para países em
desenvolvimento, como o Brasil, não houve meta estabelecida de redução de emissão de
gases, porém era necessário que também diminuíssem suas emissões. Porém o Brasil ainda
vem aumentando suas emissões de CO2 através de centrais elétricas (SHAYANI;
OLIVEIRA; CAMARGO, 2006).
Com esse contexto, o aproveitamento de fontes alternativas de energia vem sendo cada
vez mais estudado, a fim de amenizar a agressão provocada ao meio ambiente em relação às
fontes advindas de combustíveis fósseis. Uma das grandes dificuldades enfrentadas
atualmente pela humanidade com relação a esta mudança é a questão econômica, já que a
diferença ainda é bastante perceptiva (SANTOS, 2013). Para Butterby e Ferreira (2015), o
Brasil, diante deste cenário, sai na frente diante do mundo, tendo em vista que sua matriz
9
energética detém mais de 40% em renováveis, enquanto os outros países possuem apenas
14%.
Energias alternativas e renováveis são comumente confundidas, porém existem
detalhes que as diferenciam muito. Energia alternativa é toda aquela que seja diferente da
energia gerada por combustíveis fósseis. Para uma fonte de energia ser considerada renovável,
ela precisa ser inesgotável ou que consiga se repor em um tempo pequeno. Dessa forma, toda
energia renovável é alternativa, mas nem toda energia alternativa é renovável. Fontes de
energia como a solar, eólica e biomassa são consideras renováveis, já a energia nuclear só é
considerada uma energia alternativa (BERMANN, 2002).
Segundo Sousa et al. (2005), um dos obstáculos ainda enfrentados durante a escolha
de uso de fontes de energia alternativas é o custo elevado. Porém representam, mesmo assim,
uma opção viável para a produção de energia, tendo em vista que os recursos energéticos
renováveis são fontes inesgotáveis. O aproveitamento desses recursos traz benefícios
ambientais com a redução das emissões de CO2 e outros poluentes, aumentam a segurança e
estabilidade no fornecimento de energia, reduzindo as importações, dentre outros fatores.
De acordo com Pacheco (2006), é a partir da diversificação de fontes alternativas de
energia que os países passarão a ter uma segurança maior com relação à oferta de energia.
Isso será realizado sem ter que se submeter a preços elevados de insumos ou adversidades
climáticas. Para que isso ocorra, é importante ter mais investimentos direcionados para a área
de geração de energia, tendo em vista que o governo não possui recursos suficientes para a
diversificação e ampliação da matriz energética.
2005).
A questão da falta de interesse de financiadores é outro ponto que merece ser
destacado. As energias renováveis ainda apresentam um custo elevado de produção, a
tecnologia não está alastrada e ainda precisa de desenvolvimentos e é um mercado que não
está totalmente consolidado, tudo isso dificulta o financiamento. Além disso, os
empreendedores preferem investir em projetos energéticos de grande escala, o que traz uma
maior dificuldade para os empreendedores de pequena escala (JANNUZI, 2000).
As barreiras de informação técnica dificultam a compreensão da população como um
todo com relação ao funcionamento dos sistemas renováveis, bem como operá-los e mantê-
los. Isso reflete também na aceitação da população para essas tecnologias novas. Obviamente
que essas barreiras só serão contornadas quando existir uma assistência prestativa, que oriente
com relação aos riscos e ações que devem ser tomadas, mas, infelizmente, o Brasil ainda tem
pouca mão de obra qualificada para essa área (SOUZA; DERZI; CORREIA, 2004).
Com relação as barreiras tecnológicas, algumas tecnologias trazem inconvenientes ao
usuário final, como a dificuldade de operação, intermitência do recurso, dentre outros. Tudo
isso reflete na hora da escolha de um sistema renovável, a tendência é que os usuários que
possuem pouca motivação e falta de conscientização descartem de imediato essas fontes
energéticas (WALTER, 2003).
É necessário que essas diversas barreiras sejam superadas para que a participação das
fontes renováveis de energia consiga evoluir no Brasil. Dessa forma, o desenvolvimento
sustentável, segurança energética e combate às mudanças climáticas poderá ser alcançado
mais facilmente (UZAI, 2012).
A extração de energia dos ventos já vem sendo utilizada pela humanidade há muito
tempo. As primeiras aplicações da energia eólica foram os moinhos de vento utilizados para
moagem de grãos e bombeamento de água em atividades agrícolas. Uma aplicação que vem
se destacando a cada dia é o aproveitamento da energia eólica como fonte alternativa de
energia para produção de energia (MARTINS; GUARNIERI; PEREIRA, 2008). Existem
mais de 30.000 turbinas de vento no mundo, com uma capacidade de aproximadamente
13.000 MW (HINRICHS; KLEINBACH, 2009).
Com relação a uma visão global de energia eólica, a Alemanha, Estados Unidos,
Espanha e Dinamarca são responsáveis por quase 80% da capacidade instalada no mundo
(Figura 4).
13
Para Tolmasquim (2003), um sistema eólico pode ser dividido em três aplicações:
sistemas isolados, híbridos ou interligados à rede de energia elétrica. Os isolados (Figura 7)
são de pequeno porte, no geral, e usam alguma forma de armazenamento de energia, como
baterias ou energia gravitacional (armazenamento de água em reservatórios). Existem também
alguns exemplos que nem precisam de armazenamento de energia, como nos casos de
irrigação, em que a energia eólica é usada diretamente para o bombeamento da água.
(TOLMASQUIM, 2003). Nestes sistemas temos o mesmo funcionamento dos isolados, porém
o carregamento das baterias estacionárias é feito por mais de um gerador (MARQUES et al.,
2012).
A energia solar possui sua origem no núcleo do Sol e é gerada através de reações de
fusão nuclear, que liberam uma quantidade massiva de energia. A radiação solar na superfície
terrestre não ocorre de forma homogênea. A irradiação irá variar de acordo com a latitude,
longitude e altura. Também varia de acordo com a região e época do ano, em função dos
movimentos de translação e rotação da Terra (SANTOS, 2013).
Os sistemas solares representam uma alternativa de geração de energia bastante
interessante, devido ao fato do País possuir um grande potencial de utilização do Sol, além de
ser uma fonte energética limpa, renovável, ilimitada e disponível em todo o território nacional
(LIMA, 2003).
aquecida e consumo de água. Para a captação, é necessário ter coletores solares, reservatório e
tubulações que liguem os coletores com o reservatório. O reservatório térmico armazena a
água quente para ser utilizada no momento desejado. Para dias com baixa insolação, períodos
de chuva e com aumento da demanda, é fundamental que existam sistemas auxiliares, como a
utilização de gás ou outra forma de produção de energia. Em sistemas maiores, é interessante
a utilização de bombas hidráulicas para facilitar a circulação da água (SANTOS, 2013).
Os sistemas de água quente doméstica (AQD) podem ser de três tipos: sistemas ativos
que utilizam coletores de placas planas, aquecedores de água em lotes e sistemas de
termossifão. Os mais utilizados para AQD e aquecimento de piscinas são os realizados através
de um coletor de placa plana (CPP). O componente básico deste tipo de coletor é uma placa
de metal fina e plana que consegue absorver a radiação solar. A água nas tubulações entra em
contato com a placa absorvedora e é posta em circulação por uma bomba para que exista a
retirada do calor (HINRICHS; KLEINBACH, 2009).
Nos dias atuais, os setores comerciais e residenciais utilizam o aquecimento solar
18
principalmente em piscinas e para obtenção de AQD. O maior avanço da energia solar térmica
ocorreu no final da década de 70 e início da década de 80, devido ao embargo do petróleo em
1973 e aumentos nos preços do petróleo e, consequentemente, da eletricidade. Foi criado um
programa para incentivar o uso de sistemas de aquecimento solar (SAS), através de uma
oportunidade oferecida para a população deduzir diretamente dos impostos, até um limite
máximo, a quantia que fosse investida nesses sistemas solares. O programa foi encerrado em
1985, causando uma queda abrupta nesse ramo. Em 1987 o mercado de AQD solar diminuiu
cerca de 95% comparado ao que era no início da década de 70 (HINRICHS; KLEINBACH,
2009).
Siqueira (2009) diz que o Brasil recebe mais de 2200 horas de insolação, com um
potencial para a captação da energia equivalente a 15 milhões de MWh, correspondentes a 50
mil vezes o consumo nacional de eletricidade e, ainda assim, o aquecimento de água na
maioria dos condomínios residenciais é feito por chuveiros elétricos convencionais.
A utilização da água quente possui uma característica modular e descentralizada, o que
permite a instalação de pequenas unidades de aquecimento próximas ao consumo, diminuindo
as perdas no transporte da energia e possibilitando a instalação de sistemas dimensionados
para as atuais e reais necessidades locais. No caso de a demanda de água quente aumentar,
existe a possibilidade de melhorar a capacidade de aquecimento dos sistemas. Desta forma,
diminuem-se os investimentos iniciais na instalação (SOUZA, 2009).
O aquecimento solar de residências ou para a obtenção de água quente pode ser ativo
ou passivo. O sistema solar ativo é aquele no qual o fluido que o Sol aqueceu é circulado por
um ventilador ou bomba. Em um sistema passivo já não existe uma fonte externa de energia,
mas sim uma circulação do fluido por meios naturais. Esse segundo se destaca por ter
vantagens econômicas. Casas solares passivas podem ter uma economia de aproximadamente
50% dos custos de aquecimento com um aumento de apenas 1% a 5% nos custos de
construção (HINRICHS; KLEINBACH, 2009).
A utilização de SAS em unidades habitacionais está sendo um caminho claro e viável
para o alívio do sistema energético nacional, que se encontra numa situação bastante difícil
devido a falta de investimentos do Governo Federal para instalação de novos sistemas de
geração, transmissão e distribuição de energia elétrica pela fonte convencional, agravado pela
escassez dos recursos hídricos existentes (SOUZA; BEZERRA, 2000).
Uma forte desvantagem que a energia solar térmica apresenta quando comparada com
os outros tipos de energia apresentado neste trabalho é o fato de ser uma fonte que não irá
produzir energia, mas somente reduzir o gasto com a energia convencional.
19
Além do sistema citado acima, existem também os sistemas que são conectados à
rede. Estes estão relacionados para a demanda da população usuária da rede elétrica
convencional. A Figura 13 apresenta um modelo de um esquema de sistema fotovoltaico que
injeta energia elétrica na rede, ou seja, existe a troca de energia deste tipo de sistema com a
rede. Quando a produção de energia é maior que a consumida, o sistema vende energia para a
companhia elétrica. (MOEHLECKE; ZANESCO, 2015).
A energia solar fotovoltaica não necessita ser extraída, refinada e nem transportada
para o local da geração, o qual pode ser próximo à carga, o que evita custos adicionais com a
transmissão em alta tensão. É um processo que utiliza células solares, responsáveis pela
geração de energia, e um inversor para transformar a tensão e frequência para os valores
nominais dos aparelhos, ou seja, é um processo simplificado, sem emissão de gases poluentes
ou ruídos e com necessidade mínima de manutenção. Como desvantagens podemos citar o
elevado custo inicial necessário, é uma fonte de energia que depende das condições
21
Muniz (2002) diz que a biomassa pode ser entendida como qualquer tipo de matéria
orgânica que possua origem vegetal ou animal. A energia da biomassa pode ser aproveitada
de várias formas, como na combustão direta (queima da biomassa para produzir calor), na
pirólise (decomposição térmica de resíduos em um gás ou em um líquido) ou no
aproveitamento bioquímico através da decomposição anaeróbica (biodigestores). Este
trabalho irá enfatizar o estudo na área de biodigestores.
Os biodigestores (Figura 14) vem se destacando nos últimos anos devido à redução
dos custos de implantação e manutenção, devido a disponibilidade de novos materiais e
equipamentos, e, principalmente, pela possibilidade de inserção no mercado de carbono
(VIVIAN et al., 2010).
O biodigestor de cúpula fixa (modelo chinês) (Figura 16), tem forma semelhante a
uma esfera, e o gás fica armazenado dentro da cúpula fixa em pressão variável, na qual é
obtido pelo deslocamento do líquido sob a digestão para uma câmara chamada câmara de
pressão hidráulica. Este modelo difere do citado acima por ficar quase totalmente enterrado
no solo, dessa forma, existe pouca variação de temperatura no seu interior. Este biodigestor
não é um modelo muito apropriado para acumular gás, devido a cúpula fixa apresentar muitas
23
vezes vazamento, ele é mais indicado para produzir biofertilizantes (CEPERO et al., 2012).
O biodigestor de cúpula móvel (modelo indiano) (Figura 17) possui uma campânula
como gasômetro, a qual pode estar mergulhada sobre a biomassa em fermentação, ou um selo
d’água externo, e uma parede central que divide o tanque de fermentação em duas câmaras.
Quando construído, este modelo possui o formato de um poço, que é o local onde ocorre a
digestão da biomassa, coberto por uma tampa cônica, a campânula flutuante, que controla a
pressão do gás metano e permite a regulagem da emissão do mesmo (DEGANUTTI et al.,
2002).
2.6.1.1 Temperatura
A temperatura influencia diretamente a atividade microbiana e velocidades das reações
bioquímicas, sendo de suma importância nos sistemas biológicos. As bactérias podem ser
classificadas de acordo com a temperatura: mesófilas, psicrófilas, psicótrofas, termófilas e
hipertermófilas (CASTRO; GRAZIANO; GROSSI, 2006).
A faixa ideal para produzir biogás a partir de bactérias mesófilas é de 25º C a 45º C,
que é a faixa de temperatura mais comum na superfície da Terra. As psicrófilas requerem
temperaturas abaixo de 15º C graças a seu alto conteúdo de ácidos graxos para seu
crescimento. Já as psicótrofas possuem ótimo crescimento em temperaturas acima de 20º C,
também podem crescer em temperatura de refrigerador, porém lentamente. As termófilas e
hipertermófilas são as bactérias cujas taxas de crescimento ótimo são entre 50º C e 80º C, já
que suas enzimas termófilas apresentam propriedades de termo-estabilidade acima de 70º C
(CASTRO; GRAZIANO; GROSSI, 2006).
25
2.8 Ferramentas
2.8.1 MACBETH
Chaves et al. (2010) observam que este método trabalha com um julgamento
semântico, onde as funções de valor são obtidas através desses julgamentos. O MACBETH
realiza a comparação das diferenças de atratividade entre duas linhas de ação, sempre aos
pares. Essa tática facilita muito a tomada de decisão, já que o conjunto de ações não precisa
ser analisado simultaneamente. Além disso, este método tem como premissa o decisor ser
coerente, o que se torna difícil quando o número de alternativas e critérios aumenta. O
programa contorna este problema através da análise da coerência cardinal e semântica,
sugerindo uma resolução do problema no caso desta análise estar incoerente. Isto é feito
através da resolução de quatro Problemas de Programação Linear (PPL).
Os critérios de decisão são determinados a partir de indicadores. Na fase de avaliação,
os julgamentos são realizados entre alternativas aos pares, através de matrizes. A validação
das escalas utilizadas nos julgamentos é obtida por meio da verificação da coerência teórica e
semântica, e da consistência. O programa mostra a verificação da consistência, uma vez que
na matriz de julgamentos os valores de diferença de atratividade devem, obrigatoriamente,
aumentar da esquerda para a direita e de baixo para cima, já que esta ordenação se faz
necessária antes dos julgamentos (SALOMON; MONTEVECHI; PAMPLONA, 1999).
O método MACBETH sugere um valor para cada peso dos critérios, porém permite ao
tomador de decisão que escolha dentro de uma faixa de variação. Este fator torna o programa
bastante útil no auxílio de técnicas que utilizam a programação linear na hora de determinar
os pesos (RANGEL et al., 2003).
Com este contexto, é perceptível que este método se distingue de outros métodos
multicritérios por basear a ponderação dos critérios e a avaliação das opções em julgamentos
28
qualitativos sobre diferenças de atratividade, o que torna mais simples a análise do facilitador
(BANA E COSTA; ANGULO-MEZA; OLIVEIRA, 2013).
Segundo Braz (2011), esta metodologia possui como principal desvantagem a
atribuição dos respectivos pesos relativos, tendo em vista que envolvem um certo grau de
subjetividade. Porém essa desvantagem pode ser mitigada com a contratação de especialistas
da área analisada. A opinião conjunta de vários especialistas poderá diminuir bastante essa
subjetividade.
2.8.2 AHP
Os elementos de uma hierarquia do método AHP são divididos em: Foco principal - é
o objetivo global; Conjunto de alternativas viáveis - é necessário determinar qual é este
conjunto para a tomada de decisão final; e Conjunto de critérios - é o conjunto na qual deve
ser feita a avaliação do desempenho das alternativas (COSTA, 2002). A Figura 19 mostra
esses elementos.
Este método possui como principais vantagens o fato de que o tomador de decisão
precisará pensar em uma solução de uma maneira hierárquica e verificar a inconsistência dos
30
julgamentos apresentados. Como desvantagem podemos citar a escala de pontos ser limitada
até o número 9, dificultando a análise (SALOMON; MONTEVECHI; PAMPLONA, 1999).
2.8.3 MAUT
2.8.4 K-T
3 MATERIAIS E MÉTODOS
O condomínio residencial de casas (Figura 20) escolhido para o estudo está localizado
no município de Eusébio, no estado do Ceará, ocupa uma área de aproximadamente
10.000m², possui 18 casas e cerca de 80 pessoas residem no mesmo.
O conjunto possui uma área comum que consome cerca de 1260kWh/mês, tendo um
gasto médio mensal de R$1043,5, como mostra o Quadro 3.
Para este sistema de geração de energia elétrica, foi escolhido o biodigestor tubular de
polietileno, uma vez que este possui as vantagens de ter menores custos de instalação e
manutenção, de exigir pouca tecnologia, e ter fácil operação, excluindo a necessidade de mão-
de-obra qualificada para o trabalho.
uma vez que quase 80% dessa quantidade de biogás foi produzida nos primeiros 20 dias. Vale
ressaltar que o TDH é dependente da temperatura e, neste trabalho, os autores utilizaram
digestão mesófila à temperatura de 35ºC, que é a faixa de temperatura mais próxima para o
local de instalação do sistema no condomínio, cerca de 28ºC (TAVARES; MAIA; ROCHA-
BARREIRA, 2011), em relação as faixas psicrófila (10-12ºC) e termófila (50-65ºC). Porém, o
menor tamanho de biodigestor encontrado no mercado, de acordo com a empresa BGS
Equipamentos, possui uma capacidade maior do que o volume total dimensionado do
biodigestor para o condomínio. Por esse motivo, para efeitos de dimensionamento, foi
utilizado um TDH de 30 dias para o biodigestor.
P TCNTP
ρCH4 = ρCH4,CNTP x x
PCNTP T
Como o condomínio em questão possui energia elétrica gerada pela rede, o sistema de
geração fotovoltaica adotado será o conectado à rede. De acordo com Alonso, García e Silva
(2013), para realizar a instalação de um sistema solar fotovoltaico conectado à rede, é
necessário primeiramente fazer os cálculos das dimensões de seus componentes. Os principais
componentes existentes são: gerador fotovoltaico (módulos ou painéis solares), inversor,
cabeamento e proteções. Se forem corretamente dimensionados, a instalação apresentará um
funcionamento eficiente e um adequado nível de segurança.
PB
AU =
IR
Conforme vemos no Quadro 5, o mês que possui menor valor é o de dezembro, com
irradiação de 4,64 kWh/m² por dia, ou seja, 139,2 kWh/m² por mês.
38
Com a área útil calculada, pode-se saber qual o número de placas necessário para o
sistema:
AU
Nº de placas =
AP x E
Este tipo de sistema irá possuir uma diferença quando comparado com os outros,
porque não irá produzir energia elétrica, mas sim uma economia no gasto com energia. O
cálculo do dimensionamento do sistema solar térmico depende muito das necessidades e
características de aplicação.
O fator que mais gasta energia quando se trata de água é o chuveiro elétrico, segundo
SOLETROL (2016), por isso o sistema será dimensionado para o consumo de água quente
somente em chuveiros elétricos. Como todos os outros sistemas irão atender a área comum do
39
Pot
Consumo =
nº banhos x Q x Tbanho x 30dias/mês
Deste modo, o volume a ser aquecido, que é igual ao volume mínimo do reservatório,
foi determinado pela divisão entre a potência do biodigestor pela multiplicação do número de
duchas pelo consumo médio:
PB
Volume a ser aquecido =
Consumox30dias/mês
Após esse cálculo, aplicou-se a relação de 1 coletor solar para cada 100 litros diários
(SOLETROL, 2016) para a determinação da quantidade de placas solares necessárias.
Para a emissão dos resíduos que vão para o aterro (energias solar térmica, solar
fotovoltaica e eólica), a estimativa será realizada através do programa Landfill Gas Emissions
Model (LandGEM), desenvolvido pelo Control Technology Center (CTC), da Environmental
Protection Agency (EPA). De acordo com Kalantarifard e Yang (2012), LandGEM é um
modelo matemático que calcula o volume e a composição de gases gerados ao longo do
tempo como uma consequência da degradação da matéria orgânica em aterros.
As emissões individuais da produção dos equipamentos utilizados na geração de
energia foram estimadas com base em pesquisas bibliográficas.
Vale ressaltar que, em todos os sistemas, com exceção do biodigestor, haverá um
balanço com relação a emissão gerada pelos resíduos enviados aos aterros, uma vez que os
sistemas de geração elétrica não impedem a geração de resíduos orgânicos. O Quadro 7
mostra um esquema do balanço.
No caso do biodigestor, o fato de não existir emissão oriunda dos resíduos sólidos
orgânicos para o aterro reside no fato de que estes resíduos é que serão utilizados para a
geração de biogás e energia.
Por fim, será realizado um somatório das emissões (devido à produção de energia e
devido à geração de resíduos sólidos) para cada um dos sistemas e uma comparação da
emissão total de CO2
O retorno financeiro para o consumidor é outro critério de suma importância para esta
análise. Como o investimento inicial será alto, a estimativa do tempo de retorno do
investimento é uma questão bastante frequente pelas pessoas que optam pelo uso de fontes
42
alternativas de energia.
A estimativa do tempo de retorno foi realizada através da somatória dos custos de
aquisição e manutenção/operação de cada um dos sistemas, dividido pela economia mensal
relativo ao consumo de energia oriunda da concessionária:
∑custos (R$)
Tempo de retorno =
economia mensal (R$)
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
0,368kg 29kg
Produção diária = 80hab x =
hab. dia dia
Seguindo a metodologia proposta por Carreas (2013), a vazão diária de resíduos que
entrará no biodigestor será:
Vale ressaltar que esta vazão representa apenas a vazão de resíduos, sem levar em
conta a diluição de 80%, recomendada por Fernández, Pérez e Romero (2008), ou seja, quatro
partes de água para uma de resto de alimento. Assim a vazão total, Q, que adentrará o
44
Ou seja, com uma vazão de restos de comida é de 0,043m³/dia, deve-se usar 0,172m³
de água, de modo que adentram no biodigestor, todos os dias, 0,215m³ de mescla (mistura
restos de comida e água).
Deste modo, o volume estimado da fase líquida do biodigestor foi de:
0,215m3
VL = TDH x Q = 30 dias x = 6,45m³
dia
Neste tipo de biodigestor, Carreas (2013) recomenda reservar 25% do espaço total
disponível para acomodar o gás que será gerado durante o processo, assim, o volume da fase
líquida é 3 vezes maior que o volume da fase gasosa. Logo:
1 1
VG = VL = x6,45 m3 = 2,15 m³
3 3
4.1.5 Custo do sistema, tempo de retorno financeiro e economia total após Payback
O custo do sistema de biodigestão foi orçado por volta de R$14.850,00, pela empresa
BGS Equipamentos, especializada na produção de energia através de biogás, e está
apresentado no Anexo A, com garantia de 5 anos. Segundo Cirino e Faria (2013), o tempo de
vida útil deste tipo de biodigestor é de aproximadamente 15 anos.
46
VIDA ÚTIL
ITENS CUSTO CUSTO FINAL
(ANOS)
Kit Biodigestor R$ 14.850,00 15 R$ 14.850,00
Moto bomba R$ 900,00 5 R$ 2.700,00
Purificador R$ 374,00 1 R$ 5.610,00
CUSTO TOTAL R$ 23.160,00
Como a moto bomba possui vida útil estimada em 5 anos e o sistema de biodigestão
dura 15 anos, o cálculo do custo final da moto bomba foi o resultado da multiplicação do seu
custo (R$ 900,00) por 3. Já para o purificador, que precisa ser trocado a cada 1 ano, foi
multiplicado por 15.
Com base nestes resultados, na economia mensal da energia de R$ 141,00 e na venda
de biofertilizante de R$ 200,00 a cada 3 meses (R$ 66,67/mês) o tempo de retorno do
investimento do sistema de biodigestor é de cerca de 9 anos e 3 meses.
A economia total após Payback é demonstrada na fórmula abaixo:
Para o cálculo da quantidade de energia para aquecimento foi adotado o valor mensal
máximo (aumento de 27,5ºC na temperatura), uma vez que o chuveiro deverá trabalhar mais
em períodos mais frios (sem sol) para aquecimento da água, que é de 27,2kWh/mês, para
banhos diários de 8min, com vazão de 3L/min, segundo a Figura 21. Assim, chega-se a um
valor de:
Dessa forma, tem-se que o volume diário que se pode aquecer, com a mesma energia
gerada pelo biodigestor (limitante) é de:
170,5kWh/mês
Volume a ser aquecido = = 150L/dia
0,0378kWh/Lx30dias/mês
4.2.1 Custo do sistema, tempo de retorno financeiro e economia total após Payback
O custo do sistema solar térmico foi orçado no valor de R$ 5.807,75 pela empresa
Conforto Térmico, especializada em aquecedores solares, e está apresentado no Anexo D,
com garantia de 2 anos. Segundo o sítio eletrônico Técnico Instalador de Sistemas Solares
Térmicos (TISST), os sistemas solares térmicos possuem tempo de vida útil de
aproximadamente 20 anos.
Com relação aos gastos com manutenção e operação, é recomendado pelo fornecedor
o gasto aproximado de R$ 200,00 por ano com a troca do ânodo, totalizando R$ 4.000,00
durante sua vida útil. Dessa forma, o custo final do sistema será R$ 9.807,75, conforme
Quadro 10.
VIDA ÚTIL
ITENS CUSTO CUSTO FINAL
(ANOS)
Solar Térmico R$ 5.807,75 20 R$ 5.807,75
Custos de operação
R$ 200,00 1 R$ 4.000,00
e manutenção
CUSTO TOTAL R$ 9.807,75
Fonte: Elaborado pela autora, 2016.
Conforme descrito anteriormente, a potência total das outras fontes de energia deve
possuir igual potência instalada do biodigestor. O Módulo Fotovoltaico Canadian Solar 265
Wp é policristalino, possui aproximadamente 16% de eficiência e área de 1,6 m². Assim
sendo, o cálculo da área útil é descrito abaixo:
49
kWh
PB 170,5 mês
Área = = = 1,22 m²
IR 139,2 kWh x mês
m2
Logo:
1,22 m²
Nº de placas = m2
= 4,76 = 5 módulos
1,6 x 0,16
placa
4.3.2 Custo do sistema, tempo de retorno financeiro e economia total após Payback
O custo deste sistema foi orçado (Anexo C) no valor de R$ 19.071,00, pela empresa
ECO Soluções em Energia, especializada na produção de energia através de recursos naturais
renováveis, com garantia de 25 anos para os módulos fotovoltaicos, 5 anos para o inversor de
frequência e 20 anos para as estruturas de fixação. Ainda segundo a fornecedora, os gastos
com manutenção e operação são praticamente nulos, portanto não foram computados neste
trabalho.
Segundo Shayani, Oliveira e Camargo (2006), o tempo de vida útil de módulos
fotovoltaicos é de aproximadamente 30 anos. Para o inversor de frequência e para as
estruturas de fixação foram estimados os tempos de vida útil de, respectivamente, 10 e 30
anos. Dessa forma, podemos ver no Quadro 11 os valores dos custos totais deste sistema
durante todo seu tempo de operação.
VIDA ÚTIL
ITENS CUSTO CUSTO FINAL
(ANOS)
Módulos
R$ 6.903,00 30 R$ 6.903,00
fotovoltaicos (6)
Inversor de
R$ 9.146,00 10 R$ 27.438,00
frequência
Estruturas de
R$ 1.692,00 30 R$ 1.692,00
fixação
CUSTO TOTAL R$ 36.033,00
Como o inversor possui vida útil estimada em 10 anos e o sistema fotovoltaico dura 30
50
anos, o cálculo do custo final do inversor foi o resultado da multiplicação do seu custo (R$
9.146,00) por 3.
O Quadro 12 mostra a produção de energia média para o sistema fotovoltaico
contando com 5 módulos e tomando como base a irradiação média em cada mês. Pode-se
observar que economia média mensal gerada pelo sistema será de cerca de R$ 205,94. Assim,
estima-se que o tempo de retorno do investimento será por volta de 14 anos e 7 meses.
Para este trabalho foi escolhida uma turbina eólica de eixo horizontal Modelo
WHISPER 200, com uma potência nominal de 1000 W, peso de 30 kg, diâmetro do rotor de
2,7m, 200 kWh/mês a 5,4 m/s, velocidade bem próxima à do local de instalação.
51
4.4.1 Custo do sistema, tempo de retorno financeiro e economia total após Payback
VIDA ÚTIL
ITENS CUSTO CUSTO FINAL
(ANOS)
Turbina Eólica R$ 11.190,00 20 R$ 11.190,00
Inversor de
R$ 9.146,00 10 R$ 18.292,00
frequência
Custos de aquisição e
R$ 4.000,00 20 R$ 4.000,00
operação/manutenção
CUSTO TOTAL R$ 33.482,00
A economia mensal foi calculada em R$ 296,49 (Quadro 15) e o custo total resultou
em R$ 33.482,00. Assim, o tempo de retorno financeiro do sistema é de cerca de 9 anos e 5
meses.
52
O biogás gerado por biodigestão de restos de alimentos, com TDH de 30 dias, tem
composição estimada de 54% de metano e 48% de CO2 (El-Mashad e Zhang, 2010), e a
produção do sistema é de 2,48m³CH4/dia (1,64kgCH4/dia) e 2,11m³CO2/dia (3,82kgCO2/dia).
Foram estimadas, então, a emissão de 8,33kgCO2/dia, das quais 4,51kgCO2/dia é devido a
queima do metano para gerar a energia e 3,82kgCO2/dia é devido ao gás carbônico presente
53
no biogás. Este resultado leva a conclusão de que o sistema liberará, ao longo dos seus 15
anos de operação, 45,6 toneladas de gás carbônico.
Figura 22 - Simulação das emissões de gás de aterro total (Total landfillgas), metano (methane), CO2
(Carbondioxide) e outros compostos orgânicos não metânicos (NMOC - nonmethaneorganiccompounds).
Quadro 16 - Emissões totais dos demais sistemas de geração (fotovoltaico, eólico e térmico).
TEMPO DE EMISSÃO
EMISSÃO GERAÇÃO
FONTE OPERAÇÃO TOTAL
(tCO2eq/GWh) (kWh/mês)
(anos) (tCO2eq)
FV 85 170,5 25 43,47
Eólica 26 170,5 20 10,63
Térmica ND 170,5 20 ND*
*ND = Não determinado
Fonte: Elaborado pela autora, 2016.
Para facilitar a atividade de inserir o dados no MACBETH, foram feitos três Quadros
(18, 19 e 20) com os dados compilados das energias renováveis analisadas.
EMISSÃO
EMISSÃO POR EMISSÃO
ENERGIAS POR
CONSTRUÇÃO/OPERAÇÃO TOTAL
RENOVÁVEIS RESÍDUO
(tCO2eq) (tCO2eq)
(tCO2eq)
Biodigestor 45,6 0 45,6
Solar térmica ND* 335 335
Solar Fotovoltaica 43,47 335 378,47
Eólica 10,63 335 345,63
*ND =Não determinado
Fonte: Elaborado pela autora, 2016.
Quadro 20 - Tempo de retorno financeiro e economia total após Payback de todos os sistemas.
TEMPO DE
ECONOMIA
ENERGIAS RETORNO
TOTAL APÓS
RENOVÁVEIS FINANCEIRO
PAYBACK (R$)
(anos)
Biodigestor 9,3 9.644,40
Solar térmica 5,8 24.026,40
Solar Fotovoltaica 14,7 37.810,58
Eólica 9,5 37.357,74
Fonte: Elaborado pela autora, 2016.
importantes, visando chegar à melhor escolha da energia renovável. Esses aspectos foram
avaliados e estruturados, tendo como premissas os seguintes critérios: Custo de Aquisição;
Custo de Operação/Manutenção; Emissões por geração de resíduos; Emissões por
Construção/Operação do sistema; Tempo de retorno do investimento; Economia total após
Payback, mostrados a seguir (Figura 23). Dentre os critérios, três foram avaliados de forma
qualitativa (Custo de Aquisição, Custo de Operação/Manutenção e Economia total após
Payback), enquanto que os outros foram de forma quantitativa.
Na ponderação entre os critérios (Quadro 22), estes foram ordenados, da esquerda para
57
a direita, de acordo com a ordem de prioridade e importância estabelecida pelos autores para a
escolha da energia. Dessa forma, o critério de custo de aquisição foi escolhido dentre todos
como o mais importante, ficando o custo de manutenção/operação em segundo, economia
após Payback em terceiro, e assim por diante. As emissões por construção/operação foram
avaliadas como o critério de menor prioridade.
A escala estabelecida pelo próprio programa vai de 29.03 a 3.23, sendo a pontuação
atribuída a cada um dos critérios de acordo com seu grau de prioridade para a escolha.
Observa-se no Quadro 23, portanto, que para custo de aquisição foi atribuído o maior valor da
escala, 29.03, decrescendo, gradativamente, para os demais critérios.
O custo de aquisição foi julgado como o critério mais importante na análise da decisão
para a escolha da energia. A ponderação foi feita com níveis qualitativos, variando de
"Excelente" a "Fraco", sendo esses os limites superiores e inferiores, respectivamente,
conforme demonstrado no Quadro 24. O nível qualitativo "Excelente" possui como
característica um custo de R$0,00 a 7.400,00, já o "Muito bom" de R$7.400,01 a
R$14.800,00, seguindo esta ordem, até chegar no nível "Fraco", com um custo de
R$29.600,01 a R$37.000,00. A solar térmica possui um custo de aquisição de R$5.807,00,
ficando no nível "Excelente" para este critério. Já a solar fotovoltaica possui um custo de
aquisição bastante elevado, mais especificamente no valor de R$36.033,00, dessa forma foi
alocada no pior nível deste critério.
A economia total após Payback possuiu julgamento qualitativo (Quadro 26), seguindo
uma ordem decrescente na variação dos valores, tendo em vista que quanto maior for a
economia, mais vantajosa será a energia. Para o nível "Excelente", considerado como o
melhor, a variação é de R$32.000,01a R$40.000,00 e para o pior nível ("Fraca"), a variação é
de R$0,00 a R$8.000,00. Os sistemas solares fotovoltaico e eólico possuem uma economia
total após Payback de R$37.810, 58 e R$37.357,74, respectivamente. Por isso, ambos foram
classificados como "Excelente" para este critério.
podem ser vistas no Quadro 27. A medida que as ordens de prioridade vão se afastando, as
diferenças de julgamento tornam-se mais agudas. Por exemplo, um tempo de retorno de 3
anos é extremamente superior a um tempo de retorno de 15 anos. A energia solar fotovoltaica
possui o pior tempo de retorno financeiro de todos os sistemas avaliados neste trabalho, 14
anos e 7 meses, enquanto que a solar térmica possui o melhor, 5 anos e 8 meses.
A pontuação individual de cada modelo para cada critério pode ser melhor observada
nos gráficos em coluna apresentados nas Figuras 24 a 27. A energia solar fotovoltaica atingiu
pontuação máxima nos critérios de custo de manutenção/operação (segundo critério mais
importante) e economia total após Payback (terceiro critério mais importante), porém possui
um custo de aquisição muito elevado, considerado como o critério mais importante. A solar
térmica possuiu pontuações muito altas em praticamente todos os critérios, vale ressaltar que
ela só atingiu o limite superior de emissões por construção/operação devido ao fato de não ter
sido determinado este valor, por isso foi computado no software o valor de 0tCO2eq, sendo
considerado o limite superior do critério.
A energia eólica também atingiu o nível "Excelente" no critério de economia total
após Payback, mas teve pontuações bem baixas nos critérios considerados como principais
para este trabalho, os custos de aquisição e manutenção/operação. O biodigestor foi o único
sistema que atingiu o limite superior de emissões por resíduos, tendo em vista que emite
0tCO2eq, porém possuiu a pior pontuação nos custos de manutenção/operação, julgado como o
segundo critério mais importante. Além disso, este sistema apresentou a menor economia total
após Payback, sendo classificado no nível "Médio".
Fonte: Elaborada pela autora, 2016. Fonte: Elaborada pela autora, 2016.
63
Fonte: Elaborada pela autora, 2016. Fonte: Elaborada pela autora, 2016.
Conforme pode ser analisado a partir do quadro geral abaixo (Quadro 31), os
resultados apresentam de forma ordenada a relação dos critérios e suas pontuações, bem como
aponta como resultado final o sistema solar térmico como a melhor opção, com uma
pontuação de 65.11. A solar fotovoltaica ficou em segundo lugar, com 45.65, seguida da
eólica com 41.59, e, por fim, o biodigestor com 38.27.
Observa-se, também, que não há uma opção perfeita que atenda 100% a todos os
critérios, inclusive alguns sistemas obtiveram pontuação zero em alguns critérios, como a
energia solar fotovoltaica em custos de aquisição e como o biodigestor em custos de
manutenção/operação.
64
5 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
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2016. Disponível em: <http://www.tisst.net/introdu%C3%A7%C3%A3o/>. Acesso em: 16 de
mai. 2016.
VIVIAN, M.; KUNZ, A.; STOLBERG, J.; PERDOMO, C.; TECHIO, V. H. Eficiência da
interação biodigestor e lagoas de estabilização na remoção de poluentes em dejetos de
suínos. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v.14, p.320- 325, 2010.
WWF (World Wide Fund for Nature) Brasil. Além de grandes hidrelétricas - Políticas para
fontes renováveis de energia elétrica no Brasil. 2012. Disponível em:
<http://d3nehc6yl9qzo4.cloudfront.net/downloads/alem_de_grandes_hidreletricas_sumario_p
ara_tomadores_de_decisao.pdf>. Acesso em: 18 de mar. 2016.
ANEXOS
-Biodigestor 10 m³: Pronto para instalar, com entrada e saída de matéria orgânica com
diâmetro de 150 mm para conexão com cano de PVC e saída de biogás com 9 mm de
diâmetro.
-Kit de instalação: 15 metros de tubo flexível para canalização do biogás até o ponto de
consumo, mais conexões, abraçadeiras etc.
-Medidor de vazão para biogás: Equipamento específico para gases com baixa pressão como o
biogás.
Para você instalar precisa de uma vala/buraca de 2 metros de largura por 3,7 metros de
comprimento e 1 metro de profundidade. O kit é enviado commanual de instalação e vídeo
passo a passo. O tempo de instalação é de 1dia.
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Para a operação do sistema são necessários cerca de 100 a 150 kg de dejetos (matéria
orgânica) mais 150 litros de água. Isto equivale aos dejetos de 50 suínos ou ainda cerca
dejetos de 20 bovinos em lactação.
O kit pode ser pago em até 6x no cartão de crédito ou ser financiado porlinhas como o
PRONAF ECO e PROGRAMA ABC.
Além disso,você terá duas manutenções desse kit, um é a troca do purificador a cada 1 ano
que está no valor de R$ 374,00. O outro é a limpeza do biodigestor a cada 6 meses. Para isso,
pode ser contratada uma empresa de limpa fossa ou o produtor pode comprar uma bomba de
sucção para ele mesmo retirar o material do fundo do biodigestor.
BGS Equipamentos
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ANEXO C: Proposta comercial para sistema de geração solar fotovoltaico da ECO Soluções
em Energia.
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