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A Yoga dos Oito Passos de Patanjali

Índice
□ A antiguidade da Yoga
□ A Relação Mestre-Discípulo
□ Patanjali – Um Mestre Multidimensional
□ Os Yoga Sutras de Patanjali
□ Brevíssima Introdução – Definição de Yoga - Os Oitos Passos
da Yoga:
 Yamas – Cinco grandes votos externos e seus efeitos: ahimsa, satya,
asteya, brahmacarya, aparigraha
 Niyamas – Cinco grandes práticas individuais e seus efeitos: sauca,
santosha, tapas, svadhyaya, Ishvara pranidhana
 Asanas – A metamorfose ao nível do corpo
 Pranayama – A sutileza da respiração entra em cena - instrumento
pneumático – Um breve parênteses: três bandhas – Efeitos do pranayama
 Pratyahara – o desligar de todos os telefones dos sentidos
 Dharana – A mente torna-se totalmente focada, realiza uma coisa por vez
 Dhyana – Meditação: o estrondoso silêncio do céu interior
 Samadhi – Um salto quântico na totalidade
A antiguidade da
Yoga
O Selo de Pashupati, (2350-2000 a.C).

Da primeira menção no Rigveda (1500


a.C) até os Yoga Sutras (200 a.C).
□ A Cronologia dos Textos Védicos:
□ Rigveda 1500–1100 a.C. (aparece a palavra Yoga pela primeira vez)
Todas as seis menções deixam claro que Yoga significa união espiritual,
a sincronização das expressões divinas com o veículo da mente
individual.
□ Samaveda 1200–800 a.C.
□ Yajurveda 1100–800 a.C.
□ Atharvaveda 1000–800 a.C.
□ Os Upanishads foram sistematizados por Vyasa entre 1000–500 a.C.
□ Ramayana – 400 a.C.–200 d.C.
□ Mahabharata – 400 a.C.–400 d.C.
□ Dharmashastras baseados nos Dharmasutras 600 a.C.–100 a.C.
□ Kama Sutra de Vatsyayana - 400 a. C.–200 d.C.
□ Arthashastra (a ciência da política) de Kautilya, 200 a.C–300 d.C.
□ Yoga Sutras de Patanjali – 200 a.C.
□ Várias escolas indianas pré-ióguicas seguiam os “quatro objetivos
principais da vida” conhecidos como purusharthas

□ Patanjali fecha os Yoga Sutras definindo os purusharthas (IV. 34),


porém, cada capítulo é pensado tendo um purushartha em vista:

• Dharma: Vida virtuosa (primeiro capítulo dos Yoga Sutras)


• Artha: Prosperidade, prática, propósito (segundo capítulo dos YS)
• Kama: Desejo (terceiro capítulo dos Yoga Sutras)
• Moksha: Liberação (último capítulo dos Yoga Sutras)

□ Moksha é o ápice das quatro metas, é a própria liberação do ciclo de


nascimentos e mortes. (samsara)
A relação
Mestre-Discípulo
A maior contribuição do
Oriente para a humanidade
Mestre-Discípulo

□ Ouvir pelo coração é o significado de ser um


discípulo; ouvir pelo coração quer dizer com
amor, confiança, em profunda simpatia, e
finalmente em profunda empatia.

□ A base da relação mestre-discípulo é a


confiança, cada vez mais confiança.

□ Seu primeiro passo é a liberdade. “Quando o


discípulo está pronto, o mestre aparece”
Mestre-Discípulo

□ A sincronicidade mestre-discípulo é um
laboratório científico em que o falso deve ser
queimado e o original deve ser descoberto.

□ O esforço do mestre é dar-lhe mais


individualidade. Sim, ele retira as suas
personalidades, suas máscaras.

□ A individualidade é a sua natureza, a


personalidade, o eg0, é apenas uma máscara.
Mestre-Discípulo

SRI YUKTESWAR E YOGANANDA


Mestre-Discípulo

B. K. S. IYENGAR
Mestre-Discípulo

B. K. S. IYENGAR E TIRUMALAI
KRISHNAMACHARYA
Mestre-Discípulo

Meu email: rab.philosophy@gmail.com


Mestre-Discípulo

Rajneesh Chandra Mohan Jain


OSHO
Patanjali
O perfeito cientista do mundo
interior
Patanjali
200-500 a.C.

□ Adishesa, Senhor das Serpentes,


cocheiro de Vishnu, depois de observar
a dança de Shiva, declarou um desejo
por aprendê-la.

□ Vishnu previu que Shiva agraciaria


Adishesa com uma vida na Terra.
Patanjali
200-500 a.C.

□ Gonika, uma yogini idosa, rezou em


direção ao Sol com as mãos postas e,
para sua surpresa, viu uma pequena
cobra movendo-se em suas palmas, que
logo tomou a forma humana.

□ Esse pequenino homem prostrou-se


ante Gonika e pediu para que ela o
aceitasse como seu filho.
Patanjali
200-500 a.C.

□ Pata significa cair, e anjali significa


oblação, oferenda.

□ Além dos Yoga Sutras, Patanjali


escreveu sobre a famosa gramática do
Sânscrito de Panini, no Mahabhasya,
e supostamente alguns tratados de
medicina ayurvédica.
Patanjali
200-500 a.C
Patanjali
200-500 a.C.

□ Patanjali é o perfeito cientista do


mundo espiritual. Isso é muito raro.

□ Essa multidimensionalidade fornece-


nos um verdadeiro mapa do caminho
para a elevação da consciência.

□ A todo momento Patanjali convida-nos


para um experimento interior e prediz
os seus resultados.
Os Yoga Sutras
de Patanjali
Sri Yantra

Como a consciência humana


pode evoluir para encontrar a
consciência universal: o Alfa e o
Ômega
Brevíssima Introdução aosYoga Sutras de Patanjali

□ São 196 Sutras divididos em quatro


capítulos:

□ I - Samadhi pada - sobre a contemplação


□ II- Sadhana pada - sobre a prática
□ III - Vibhuti pada - sobre as propriedades e
poderes
□ IV - Kaivalya pada sobre a emancipação e a
liberdade
Brevíssima Introdução aosYoga Sutras de Patanjali

□ O objetivo do livro é guiar o aspirante, o


sadhaka, rumo ao pleno conhecimento de sua
própria natureza real.

□ Esse conhecimento conduz à experiência da


liberdade perfeita (moksha, kaivalya), para
além do conhecimento comum.

□ Há uma perfeita Navalha de Ockham nos


Yoga Sutras. Ou seja, nada permanece de
supérfluo, nada permanece de não-essencial.
Brevíssima Introdução aosYoga Sutras de Patanjali

□ Dois processos fundamentais para entender a


dinâmica dos Yoga Sutras: (I) a prática
(sadhana, abhyasa) e (II) desapego, renúncia
(vairagya) [Yoga Sutras I-12]

□ A prática de Patanjali representa o ha ou


aspecto do ‘sol’, e a renúncia o tha ou aspecto
da ‘lua’ do hatha yoga. Na hatha yoga, ha
representa a força vital e tha, a consciência.
Brevíssima Introdução aosYoga Sutras de Patanjali

□ A prática (sadhana) é uma disciplina


empreendida na busca de um objetivo.
Abhyasa é a prática repetida realizada com
observação e reflexão.

□ O desapego (vairagya) traz discernimento:


ver cada e todas as coisas ou seres como eles
são, em sua pureza, sem parcialidade ou auto-
interesse.

□ Somos uma árvore com dois pássaros –


Mundaka Upanishad
O primeiro sutra

□ O primeiro sutra é: I. 1 atha yogānuśāsanam

□ Pode ser entendido como:


□ Agora as disciplinas da integração são aqui
expostas através da experiência e são dadas à
humanidade para a exploração e
reconhecimento daquela sua parte oculta que
está para além da consciência dos sentidos.
Definição de Yoga

□ I. 2 yogaḥ cittavṛtti nirodhaḥ

□ A palavra yoga é originária do verbo sânscrito


yuj, que significa unir, juntar e é do gênero
masculino.

□ citta: consciência, que é formada por três


fatores: mente (manas), intelecto (buddhi) e
ego (ahamkara).
Definição de Yoga

□ citta é o veículo da observação, atenção,


metas e razão; ela tem três funções, cognição,
conação ou volição e movimento

□ vrtti - estado da mente, flutuações na mente,


curso de conduta, comportamento, um estado
de ser, modo de ação, movimento, função,
operação

□ nirodhah - obstrução, interrupção, oposição,


aniquilação, contenção, controle, cessação
Definição de Yoga

□ citta é o veículo que leva a mente (manas) até


a alma (atma). Yoga é a cessação de toda
vibração na sede da consciência.

□ É extremamente difícil expressar o significado


da palavra citta porque ela é a forma mais
sutil da inteligência cósmica (mahat). Mahat
é o grande princípio, a fonte do mundo
material da natureza (prakrti), em oposição à
alma, que é um ramo da natureza.
Definição de Yoga

□ De acordo com a filosofia samkhya, a criação é


consequência da combinação de prakrti com purusa, a
Alma cósmica. Essa visão da cosmologia é também
aceita pela filosofia da Yoga. Purusa e prakrti são a
fonte de toda ação, volição e silêncio.

□ Yoga é a superação de avidya (ignorância) que é uma


consequência do envolvimento do atman (ou purusha)
nos processos psicomentais do ego, que o faz
confundir-se com tais processos.
Heinrich Zimmer Jawaharlal Nehru
As oito pétalas da Yoga
Os oito passos entremesclam-se e
entrelaçam-se para formar o corpo
ininterrupto da Yoga
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A Yoga dos Oito Passos de Patanjali
□ Os oito Passos Comparados com uma Árvore:

□ (I) Os cinco princípios universais de yama são as


raízes,

□ (II) As cinco disciplinas individuais de niyama


formam o tronco,

□ (III) Os asanas são como os vários galhos


espalhados em diferentes direções,

□ (IV) O pranayama, que areja o corpo com


energia, é como as folhas que arejam a árvore
inteira.
A Yoga dos Oito Passos de Patanjali

□ (V) O pratyahara previne a energia dos sentidos


de fluir para fora, assim como a casca protege a
árvore da decomposição,

□ (VI) dharana é a seiva da árvore que mantém o


corpo e o intelecto firmes,

□ (VII) dhyana é a flor amadurecendo na fruta do

□ (VIII) samadhi. Assim como a fruta é o


desenvolvimento maior da árvore, a realização do
verdadeiro si (atma-darsana) é a culminação da
prática da Yoga.
I- Yamas
I - Mandamentos Universais
Ética Externa
Faça para os outros
Yoga Sutras
I - yamas
□ Os cinco Yamas (II.30) são:
□ ahimsa – não-violência: não prejudicar os outros por
palavras, pensamentos ou ações; Não gerar mau karma,
que atrela ao passado.
□ satya – veracidade: ser veraz com a sua própria essência.
Autenticidade. Qual era a sua face antes de você nascer? O
que você é para além de todos os condicionamentos?
Abandone as crenças, maya, avidya, e comece a ver.
□ asteya – não roubar: ser cuidadoso para não se apropriar
indevidamente de qualquer coisa dos outros;
□ brahmacarya - literalmente andar no caminho de
Brahma, não deixar que os sentidos dominem a mente.
□ aparigraha - não ambicionar as posses dos outros ou
aceitar presentes. Utilizar esse mundo, não possuí-lo.
Dessa forma o futuro não entra.
Yoga Sutras
I - yamas
□ Os Efeitos dos Yamas:
□ Se o aspirante adere aos princípios de ahimsa, todos os
seres ao seu redor abandonam seus comportamentos
hostis. (Devadatta)
□ Ao observar satya, o fruto da ação se dá sem a ação
ocorrer. Você está no centro do seu ser, não na periferia.
Satya é estar no momento presente. O todo começa a
funcionar a partir de você. (Basho)
□ Todos os tipos de tesouros são concedidos àquele que
observa asteya. Traz um equilíbrio entre o dar e o receber.
□ Para um brahmacari o vigor, a vitalidade, a energia e o
conhecimento espiritual fluem como um rio.
□ Aquele que observa aparigraha conhecerá suas vidas
passadas e futuras. Libertação da transmigração das almas,
do samsara.
II- Niyamas
II - Regras de Autopurificação
Ética Interna
Faça para si próprio
Yoga Sutras
II - niyamas
□ Os cinco niyamas são (II. 32):

□ sauca - limpeza ou pureza


□ santosa - contentamento
□ tapas - fervor que conduz à prática (karma-
marga = caminho da ação, II. 1)
□ svadhyaya - estudo das escrituras sagradas e do
próprio eu e (jnana-marga = conhecimento)
□ Ishvara pranidhana - submissão do si individual
ao espírito universal, a Ishvara (totalidade não-
manifesta), ou a um guru realizado (bhakti-
marga = amor incondicional pela consciência
oniabarcante)
Yoga Sutras
II - niyamas

□ sauca pode ser de dois tipos, externo e interno. Um banho


diário é externo; asana e pranayama limpam internamente.
Limpam os pensamentos, as palavras e as ações, e torna o
corpo adequado para a busca espiritual.
□ santosha traz um estado de animação e benevolência. O riso é
totalmente humano: a afirmação da vida.
□ tapas é um esforço ardente envolvendo a purificação, a
autodisciplina e a prática. Tapas expurga e purifica o corpo, os
sentidos e a mente. (oposto polar de ahimsa)
□ svadhyaya ilumina o praticante com o conhecimento de seu
ser interior imortal. Auto-observação em todos os momentos,
mais uma alerta para estarmos no momento presente.
□ Ishvara pranidhana - Ishvara é a potencialidade última da
consciência individual. É a consciência cósmica oceânica. Pode
ser um iogue realizado, um guru.
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III- asanas
Posturas físicas que vitalizam e
apaziguam o sistema psicossomático
Yoga Sutras
III - asanas
□ Asana é a perfeita firmeza do corpo, estabilidade
da inteligência e benevolência de espírito. (II. 46)

□ Os asanas trazem saúde, beleza, força, firmeza,


leveza, claridade de fala e expressão,
tranquilidade dos nervos e uma disposição feliz.

□ Os asanas agem como pontes que unem o corpo


com a mente, e a mente com a alma. Eles retiram
o sadhaka das garras das aflições e das dores e
conduzem-no rumo à liberdade.
Yoga Sutras
III - asanas
□ A conjunção do esforço, da concentração e do
equilíbrio no asana nos propicia uma experiência
intensa do momento presente, uma experiência
rara do aqui-agora.

□ O estar no presente tem um efeito tanto


fortalecedor quanto de limpeza: fisicamente na
rejeição da doença, mentalmente ao livrar nossa
mente de pensamentos estagnados ou pré-
conceitos;

□ O asana unifica a percepção e a ação, o que


ensina-nos instantaneamente a ação correta.
Yoga Sutras
III - asanas

□ A prática de asana limpa o sistema nervoso,


fazendo com que a energia flua no sistema sem
obstrução e assegurando uma distribuição por
igual dessa energia durante o pranayama.

□ A perfeição no asana é alcançada apenas quando


o esforço cessa, instilando equilíbrio perfeito e
permitindo que o veículo finito, o corpo,
combine-se com a consciência cósmica. (II.47)
IV- pranayama
Prolongação consciente da
inalação, retenção e exalação para
refinar e destilar a consciência
Yoga Sutras
IV- pranayama

□ Prana significa força vital e ayama quer dizer


ascensão, expansão e extensão. Pranayama é a
expansão da força vital através do controle da
respiração.

□ A prática de pranayama desenvolve uma mente


constante, uma forte força de vontade e um
julgamento sensato.

□ Prana é uma força auto-energizante que cria um


campo magnético. Ele permeia cada indivíduo
assim como o Universo em todos os níveis.
Yoga Sutras
IV- pranayama

□ Tudo o que vibra no universo é prana: calor, luz,


gravidade, magnetismo, vigor, poder, vitalidade,
eletricidade, vida e espírito são todos formas de
prana.

□ Essa força auto-energizante é o princípio da vida


e da consciência.

□ Prana e citta estão em constante contato uma


com a outra. Elas são como gêmeas. Todos os
tipos de vibrações e flutuações paralisam-se
quando prana e citta estão estáveis e silenciosas.
Yoga Sutras
IV- pranayama
□ A geração e distribuição de prana no corpo
humano pode ser comparada à produção e
funcionamento da energia elétrica.

□ A água armazenada está estagnada; a água


corrente tem uma força dinâmica de doação de
vida. A água corrente com uma força mínima não
pode gerar eletricidade. Através da construção de
um reservatório, a água cai em turbinas que
giram com velocidade e força para a produção de
energia. A energia da água que cai ou do vapor
que sobe gira as turbinas dentro de um campo
magnético para gerar eletricidade.
Yoga Sutras
IV- pranayama

□ [...] O poder é aumentado ou diminuído por


transformadores que regulam a voltagem ou
corrente. Ela é então transmitida por cabos para
iluminar cidades e funcionar o maquinário.
Prana é como a água que cai ou o vapor que sobe.

□ A área torácica é o campo magnético. A prática de


pranayama faz com que os proprioceptores ajam
como turbinas, transmitindo a energia inalada as
células mais remotas dos pulmões para gerar
energia. A energia é acumulada nos chakras que
agem como transformadores.
Yoga Sutras
IV- pranayama
□ Inalação (puraka) é o ato de receber energia
primeva na forma de respiração.

□ Na exalação (rechaka) todos os pensamentos e


emoções são esvaziados: então, enquanto os
pulmões estão vazios, a pessoa submete a energia
individual à energia primeva (atma).

□ O kumbhaka é a retenção ou suspensão do fluxo


respiratório, que permite saborear a difusão da
energia por todo o corpo. Pode ser com os
pulmões cheios (antara) ou com os pulmões
vazios (bahya)
Yoga Sutras
IV- pranayama
□ Patanjali diz que o pranayama deve ser tentado
somente depois que a perfeição nos asanas é
alcançada. (II.49)

□ No pranayama, a coluna e os músculos espinhais


são as fontes da ação e os pulmões são os
instrumentos receptores. Eles devem ser
treinados para abrirem-se e estenderem-se para
trás, para frente, para cima e para baixo, e os
músculos espinhais alongados, cultivados e
tonificados para criar espaço e estimular os
nervos espinhais a retirar energia da respiração.
Yoga Sutras
IV- pranayama

□ A respiração normal flui irregularmente,


dependendo do meio-ambiente e do estado
emocional de alguém. No início da prática o fluxo
irregular da respiração é controlado por um
processo deliberado.

□ Esse controle cria um alívio na entrada e saída da


respiração. Quando esse alívio é alcançado, a
respiração deve ser regulada com atenção. Isso é
pranayama.
Breve Parêntesis: Pranayama para além dos
Yoga Sutras

□ Para seguir as técnicas do pranayama é


necessário conhecer algo sobre mudras e
bandhas.

□ A palavra Sânscrita mudra significa selo ou trava.


Ela denota posições que fecham às aberturas do
corpo, e onde os dedos são mantidos, juntamente
com alguns gestos das mãos.
Breve Parêntesis: Pranayama para além dos
Yoga Sutras

□ Bandha significa sujeição, união, agrilhoar ou


segurar. Refere-se também à postura na qual
certos órgãos ou partes do corpo são presos,
contraídos e controlados.

□ Quando a eletricidade é gerada é necessário


haver transformadores, condutores, fusíveis,
interruptores e cabos isolados para carregar a
energia até a sua destinação; de outra forma a
corrente seria letal.
Breve Parêntesis: Pranayama para além dos
Yoga Sutras

□ [...] Quando o prana flui pelo corpo do iogue


através da prática de pranayama é igualmente
necessário que ele aplique bandhas para prevenir
à dissipação de energia e seu transporte para os
locais certos sem dano. Sem os bandhas, a
prática de pranayama perturba o fluxo do prana
e prejudica o sistema nervoso.
Breve Parêntesis: Pranayama para além dos
Yoga Sutras

□ Entre os vários mudras mencionados nos textos


de Hatha-yoga, o jalandhara, o uddiyana e o
mula bandha são essenciais para o pranayama.

□ Eles ajudam a distribuir a energia e prevenir o


seu gasto através da hiper-ventilação do corpo.

□ A utilização dos bandhas é essencial para


experienciar o estado de samadhi de acordo com
Iyengar.
Breve Parêntesis: Pranayama para além dos
Yoga Sutras

JALANDHARA BANDHA
□ O primeiro bandha que o aspirante deve dominar
é o jalandhara bandha, jala significando rede,
uma teia ou uma malha. É dominado enquanto
executa sarvangasana (vela) e o seu ciclo,
durante o qual o esterno é mantido pressionado
contra o queixo.
Breve Parêntesis: Pranayama para além dos
Yoga Sutras

JALANDHARA BANDHA – Efeitos


□ O plexo solar está situado no centro do tórax. De acordo
com a Yoga ele é a sede do fogo digestivo (jatharagni), que
queima o alimento e cria calor. O plexo lunar está no centro
do cérebro e cria frescor.

□ Ao realizar jalandhara bandha, devido à trava dos nadis


em torno do pescoço, a energia fria do plexo lunar não flui
para baixo ou não é dissipada pela energia quente do plexo
solar. Dessa maneira o elixir da vida é estocado e a própria
vida é prolongada. O bandha também pressiona os canais
de ida e pingala e permite que o prana passe através de
susumna.
Breve Parêntesis: Pranayama para além dos
Yoga Sutras

JALANDHARA BANDHA
□ O jalandhara bandha limpa as passagens nasais e regula o
fluxo de sangue e prana ao coração, cabeça e glândulas
endócrinas no pescoço (tireóide e para-tireóide). Se o
pranayama é realizado sem jalandhara bandha, a pressão
é imediatamente sentida no coração, cérebro, glóbulos
oculares e no interior dos ouvidos. Isso pode levar à
tontura.

□ Ele relaxa o cérebro e também torna o intelecto (manas,


buddhi e ahamkara) humilde.
Breve Parêntesis: Pranayama para além
dos Yoga Sutras

UDDIYANA BANDHA
□ Uddiyana, que significa voar alto, é uma trava
abdominal. Nele, faz-se com que o prana ou
energia flua para cima do baixo abdômen em
direção à cabeça.
□ O diafragma é elevado do baixo abdômen até o
tórax, puxando os órgãos abdominais para trás e
para cima em direção da coluna espinhal.
Breve Parêntesis: Pranayama para além dos
Yoga Sutras

UDDIYANA BANDHA – Efeitos


□ Diz-se que através de uddiyana bandha o grande
pássaro prana é forçado a voar para o alto
através do susumna nadi, o principal canal para
o fluxo de energia nervosa, que está situado
dentro da coluna espinhal (merudanda).

□ Diz-se que é o leão que mata o elefante chamado


morte.
Breve Parêntesis: Pranayama para além dos
Yoga Sutras

UDDIYANA BANDHA - Efeitos


□ Deve ser realizado apenas durante o intervalo
entre uma completa exalação e uma inalação
fresca. Ele exercita o diafragma e os órgãos
abdominais.
□ A elevação do diafragma massageia
delicadamente os músculos do coração,
tonificando-os.
□ Ele também tonifica os órgãos abdominais,
aumenta o fogo gástrico e elimina as toxinas no
trato digestório.
Breve Parêntesis: Pranayama para além dos
Yoga Sutras

MULA BANDHA
□ Mula significa raiz, fonte, origem ou causa e base, ou
fundação. Refere-se à região principal entre o ânus e os
genitais.
□ Contraia os músculos dessa área e levante-os verticalmente
em direção ao umbigo. Simultaneamente, o baixo abdômen
anterior sob o umbigo é pressionado para trás e para cima
em direção à coluna.
Breve Parêntesis: Pranayama para além dos
Yoga Sutras

MULA BANDHA

□ Enquanto pratica mula bandha o iogue tenta


alcançar a verdadeira fonte ou mula de toda
criação.

□ A sua meta é a contenção completa ou bandha de


chitta que inclui a mente (manas), o intelecto
(buddhi) e o ego (ahamkara).
Breve Parêntesis: Pranayama para além dos
Yoga Sutras

MULA BANDHA
□ Normalmente, os sentidos se abrem para fora e
são atraídos pelos objetos seguindo o caminho de
bhoga. Se essa direção é alterada, para que os
sentidos se voltem para dentro, então eles
seguem o caminho da Yoga.

□ É no momento em que o aspirante dominou os


três bandhas que a orientação de um guru é mais
essencial, pois sob orientação adequada esse
poder aumentado é sublimado para propósitos
maiores e mais nobres.
Breve Parêntesis: Pranayama para além dos
Yoga Sutras
Efeitos do Pranayama
□ O pranayama afeta a expansão rítmica dos
pulmões, criando a circulação adequada dos
fluidos corporais no interior dos rins, estômago,
fígado, baço, intestinos, pele e outros órgãos,
assim como na superfície do tórax.

□ Os pulmões lidam diretamente com o descarte de


dióxido de carbono no sangue venoso e previnem
que a amônia, as cetonas e as aminas aromáticas
atinjam limites tóxicos. O pranayama equilibra e
estimula as funções pulmonares.

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Breve Parêntesis: Pranayama para além dos
Yoga Sutras
Efeitos do Pranayama
□ Os pulmões precisam ser mantidos puros e livres
de doenças bacteriais pela circulação eficiente do
sangue e da linfa. O pranayama ajuda aqui ao
manter os pulmões puros e ao aumentar o fluxo
de sangue fresco.

□ O pranayama ajuda a manter o fluxo sanguíneo


puro, o que tonifica os nervos, cérebro, os
músculos da coluna vertebral e cardíacos,
mantendo assim as suas eficiências máximas.
Breve Parêntesis: Pranayama para além dos
Yoga Sutras
Efeitos do Pranayama
□ As glândulas sudoríparas agem como micro-rins
acessórios, especialmente quando estimuladas
pelo pranayama.
□ O pranayama purifica os nadis, protege os
órgãos internos e células e neutraliza o ácido
lático, que causa fatiga, tornando a recuperação
rápida.
□ O pranayama aumenta a digestão, vigor,
vitalidade, percepção e memória. Ele liberta a
mente da posse do corpo, aguça o intelecto e
ilumina o Si.
Breve Parêntesis: Pranayama para
além dos Yoga Sutras

□ A duração da vida é proporcional à taxa respiratória:


□ Rato: taxa respiratória = 60–230/min and duração de
vida= 1.5–3.0 anos
□ Coelho: taxa respiratória= 30–60/min e duração de vida=
5.0–6.0 anos
□ Macaco: taxa respiratória = 30–50/min e duração de vida
= 20–30 anos
□ Humanos: taxa respiratória = 12–16/min e duração de vida
= 70–80 anos
□ Baleias: taxa respiratória = 3–5/min duração de vida=
mais de 100 anos

□ Fonte - Wikipedia
V- pratyahara
Brahmari pranayama

A mente abandona a gratificação


dos sentidos e se volta para as
alturas espirituais
“ “Assim como uma tartaruga
recolhe os seus membros, da
mesma forma, quando um ser
humano recolhe os seus
sentidos dos objetos
sensoriais, a sua sabedoria
torna-se estável” Bhagavad
Gita
Yoga Sutras
V- pratyahara

□ Pratyahara é a retirada dos sentidos, mente e


consciência do contato com os objetos externos,
recolhendo-os, então, interiormente. (II.54)

□ Através da prática dos cinco estágios da Yoga até


aqui demonstrados, todas as camadas ou
revestimentos do eu (kosas*), da pele à
consciência são penetradas, subjugadas e
sublimadas. Esse é o verdadeiro sadhana.
Os Kosas

• Annamaya kosa: o corpo físico – Conhecimento e


aumento de percepção do corpo através de asanas.
• Pranamaya kosa: o corpo energético - prana é a força
que vitaliza e une corpo e mente. Consciência da
respiração, pranayama.
• Manomaya kosa: o corpo mental e emocional -
Man significa “pensar”, experiência de prazer e dor
através do pensamento, memória e sonhos. Pratyahara,
interiorização.
• Vijnanamaya kosa: o corpo intelectual e intuitivo -
Vijinana significa “compreensão especial”. Dharana.
• Anandamaya kosa: o corpo extático (enlevado em êxtase)
ou espiritual - aqui a consciência individual está muito
próxima da experiência direta da consciência suprema.
Dhyana e samadhi.
Yoga Sutras
V- pratyahara

□ Pratyahara é a fundação do caminho da


renúncia ou desapego.

□ As duas asas da Yoga são a prática, de yama a


pranayama, e o desapego, de pratyahara até o
samadhi.

□ Então o iogue habita em sua essência mais


profunda, percebendo todas as coisas
diretamente, sem a intervenção de citta, a
faculdade da consciência.
VI- dharana
A concentração torna-se unidirecional, a
mente torna-se imóvel e imperturbável
Yoga Sutras
VI- dharana

□ Fixar a consciência em um ponto ou região é


concentração (dharana) (III.1)

□ Dharana é a arte de reduzir as interrupções da


mente e, em última instância, eliminá-las
completamente, para que o conhecedor e
conhecido tornem-se um.

□ Dharana é focar a mente em um único ponto,


evitando ao máximo o "vai e vem" da mente e se
preparando, dessa forma, para o real estágio
meditativo.
Yoga Sutras
VI- dharana
□ Repetir mantras e manter o olhar fixo nas
bruxuleantes chamas de uma vela são algumas
das sugestões que os Yoga Sutras trazem para
que se consiga cumprir essa etapa.

□ Dharana pode ser focada em objetos externos ou


internos.

□ O comentário de Sri Vyasa indica certas partes do


corpo como adequadas para a concentração:
esfera do umbigo, a lótus do coração, centro da
cabeça, a luz brilhante (ajnachakra, terceiro
olho), a ponta do nariz e a raiz da língua.
VII- dhyana
Quando dharana é mantida por
algum tempo ela torna-se dhyana,
meditação
Yoga Sutras
VII- dhyana
□ Um fluxo contínuo e constante de atenção
dirigida rumo ao mesmo ponto ou região é
meditação. (III.2)

□ Em dhyana, o tempo psicológico e cronológico


paralisa-se conforme a mente observa o seu
próprio comportamento.

□ O céu da meditação abre-se sem as nuvens dos


pensamentos.
Yoga Sutras
VII- dhyana

□ Uma vez que treinamos nossa mente repetidas


vezes no foco no momento presente,
experienciamos uma vigilância pura, aterrada no
eterno agora.

□ O propósito da meditação é interromper as


flutuações da atividade mental normal, tais como
o conhecimento sensorial, a memória e a
imaginação.
VIII- samadhi
O meditador perde sua identidade
individual na consciência cósmica.
Perde a parte para ganhar o todo.
Yoga Sutras
VIII- samadhi

□ Quando o objeto da meditação engolfa o


meditador, aparecendo como o sujeito, a
autoconsciência é perdida. Isso é samadhi. (III.3)

□ Quando um músico perde a si mesmo e é


completamente absorvido em sua música ele
vislumbra o samadhi. Porém esse estado não
pode ser sustentado porque requer esforço.

□ O fluxo ininterrupto da atenção dissolve a divisão


entre o objeto visto e aquele que vê.
Yoga Sutras
VIII- samadhi

□ Em samadhi o aspirante perde a consciência do


seu corpo, respiração, mente, inteligência e ego.
Ele vive no espaço infinito.

□ Sua sabedoria e pureza, combinadas com sua


simplicidade e humildade, resplandecem.

□ Não está apenas iluminado, mas também ilumina


todos aqueles que vêm a ele em busca da verdade.
Considerações Finais

Processo alquímico: da mente


ordinária para a iluminação
Concluindo...

□ Qualidades muito simples: mais paz, mais saúde,


mais silêncio, mais amor, mais compaixão

□ Esteja alerta! Cada vez mais alerta!

□ Fuga do labirinto da dualidade, transcendência


das dualidades.

□ Movimento da análise para a síntese, da ação


para a não-ação, da palavra para o silêncio.
Concluindo...

□ Todo mestre é um farol e um refúgio. O Isha


Upanishad diz: “Tirar um todo do todo sobra um
todo.”

□ Um grão de sal observando o oceano, e então o


salto quântico...

□ Processo de metamorfose do ser transitório para


o ser permanente.

□ Trabalhe por algo que dinheiro algum possa


comprar.
Muito Obrigado!

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