Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
TEORIAS DO ENVELHECIMENTO
Tal como alude Mladen Davidovic e os seus investigadores, num artigo de revisão desenvolvido em
Outubro de 2010 intitulado “A velhice como um privilégio dos “egoístas””, muitas teorias tem sido propostas de
forma a explicar o envelhecimento, mas nenhuma delas se apresenta como totalmente satisfatória, acabando
estas por completarem cumulativamente (Davidovic, et alii, 2010). São várias as classificações adotadas para
agrupar as diferentes teorias atualmente admitidas. Empregando a classificação adotada no artigo de 2004
intitulado de Teorias Biológicas do Envelhecimento, subdivide-se as teorias em genéticas, aquelas que
atribuem o fenômeno do envelhecimento aos genes, e estocásticas, aquelas que relacionam o envelhecimento
com a acumulação aleatória de lesões, associadas à ação ambiental, provocando um declínio fisiológico
progressivo (Mota, et alii, 2004).
Teoria da Longevidade Programada – considera que o envelhecimento surge pela
comutação de genes que conduzem a perda de funções celulares, considerando-se o início do
período de senescência quando uma célula começa a demostrar deficiências acumuladas. Há
portanto uma longevidade programada no tempo (Datta, et alii, 2011).
Os cromossomos são constituídos por ácidos desoxirribonucleicos (ADN) e proteínas associadas, que
variam no tamanho, forma e número em cada uma das diferentes espécies. Eles carregam todas as informações
genéticas que caracterizam e individualizam os seres vivos.
As células estão em constante renovação, seu crescimento e reposição são possibilitados com a
divisão celular (mitose), em que todas as informações genéticas são transmitidas para as células filhas através
da duplicação do material celular, inclusive dos cromossomos. Nos cromossomos estão contidos todos os
genes responsáveis pela codificação das estruturas necessárias para o funcionamento das células, assim como
os responsáveis pela modelagem do material genético: os centrômeros e os telômeros.
Durante o processo de duplicação do ADN, uma parte dos telômeros é perdida e, segundo a hipótese
telométrica de senescência, essa perda progressiva nas sucessivas mitoses atua como um relógio biológico
para as divisões celulares. Desse modo, a velocidade e a extensão dessas perdas determinam quantas vezes
cada célula pode se dividir, por quanto tempo irá sobreviver e quando morrerá.
A descoberta da telomerase (transcriptase reversa), enzima capaz de repor os segmentos dos
telômeros perdidos durante as mitoses, deu um novo rumo para as investigações científicas. Ela foi detectada
desde as leveduras até os mamíferos, se encontra no núcleo da célula onde ocorre sua maturação e é
disponibilizada no nucleoplasma somente no momento da replicação dos telômeros. Essa enzima estabiliza o
comprimento dos telômeros pela adição de repetições teloméricas de ARN (TTAGGG) nas extremidades dos
cromossomos compensando a perda que seria gerada a cada divisão celular.
Atualmente, sabe-se que a atividade da telomerase em adultos vai ficando reduzida. As células
somáticas possuem capacidade limitada para duplicação e isso determina seu tempo de vida, enquanto que as
células proliferativas ou progenitoras apresentam tempo de vida aparentemente infinito. Desse modo, as células
somáticas em condições adequadas podem sofrer até 90 divisões antes que os telômeros alcancem seu limite
mínimo de tamanho, o que varia entre os diferentes tipos celulares. Quando isso acontece, as divisões cessam
e o processo de envelhecimento celular é desencadeado. Essa passagem é denominada de “limite de
Hayflick”.
A morte das células pode ocorrer por diferentes mecanismos, já bem caracterizados: a apoptose e a
necrose.
Apoptose foi um termo introduzido por Kerr (et.al. 1972) para designar o suicídio celular. Em grego
arcaico, a palavra significa “o ato de cair” e foi escolhida porque sugere perdas benéficas (sem danos aparentes
ao organismo), necessárias ao bom funcionamento e à sobrevivência do organismo. É um mecanismo no qual
as células que não estão sendo utilizadas são eliminadas através da ativação de processos bioquímicos, sem
desencadear processo inflamatório. Assim, a apoptose ou morte celular programada é um tipo de
“autodestruição celular” que requer energia e síntese para a sua execução.
As investigações cientificas mostram a importância da apoptose na estrutura final de muitos organismos
pluricelulares que só atingem sua forma final porque eliminam de modo seletivo um grande número de células.
Fisiologicamente, esse suicídio celular está associado diretamente a processos biológicos, como a
embriogênese, morfogênese e reciclagem celular, na atrofia induzida pela remoção de fatores de crescimento
ou hormônios, na involução de alguns órgãos e, ainda, na regressão de tumores. Esse mecanismo, dentro de
uma condição fisiológica normal, controla a densidade populacional das células dentro de um tecido, atua como
instrumento de remoção das células danificadas por toxinas, radiação ou outros estímulos e participa na
formação dos órgãos, mantendo-os em alguns dos sistemas dos mamíferos adultos como a pele e o sistema
imunológico.
Por outro lado, a necrose, que também tem origem grega, significa “estado de morte”, pois representa
a remoção total da célula que foi drasticamente alterada. Assim, a necrose está relacionada a agressões
severas que levam à queda acentuada da produção do ATP devido ao comprometimento da respiração aeróbia,
da manutenção da integridade da membrana celular, da síntese proteica e da capacidade de multiplicação
celular (ARN e ADN).
Processos necróticos podem ser induzidos por hipóxia (baixo teor de oxigênio nos tecidos), anóxia
(redução mais severa da oxigenação), isquemia (falta de suprimento sanguíneo no tecido), intoxicação por
monóxido de carbono, exposição do tecido à radiação e ainda à ação de agentes infecciosos como vírus,
bactérias ou fungos. As perturbações agressivas no tecido danificam as áreas vizinhas, estando o processo
necrótico sempre acompanhado de processo inflamatório. Esses agentes agressivos provocam a perda da
homeostase e da morfologia celular de modo que as células perdem sua vitalidade. A autodestruição celular é
seguida da desorganização progressiva com desintegração completa da região acometida (autólise celular).
CLASSIFICAÇÃO DO ENVELHECIMENTO
Toda a alteração fisiopatológica do colágeno, seja por sua perda e degradação intrínseca, seja pelo
fotoenvelhecimento, tudo isso dá início ao aparecimento das rugas e linhas de expressão faciais. Assim como
a pele torna-se fina e menos elástica, o tecido subcutâneo e muscular também sofrem alterações do tipo atrofia
que resultam na flacidez e ptoses da pele. As ptoses podem ser classificadas em:
Grau 1: leve queda da pele da pálpebra e do contorno facial.
Grau 2: queda lateral das pálpebras superiores, formações de bolsas em pálpebras inferiores e início
da formação de sulcos na face.
Grau 3: aumento das bolsas das pálpebras inferiores, acentuação dos sulcos e perda total do contorno
da face por queda acentuada.
GRAU II – Rugas Dinâmicas: o fotoenvelhecimento nesta fase é leve, apresenta lesões senis
leves. As rugas surgem devido aos movimentos repetitivos da face. Visível entre os 30 e 40
anos.
GRAU III – Rugas Dinâmicas Estáticas Leves: apresentam alterações cutâneas com
fotoenvelhecimento e lesões senis moderado. Alterações musculares como flacidez e ptose.
Surgem aos 40 a 50 anos de idade.
O fotoenvelhecimento ou dermatoheliose ocorre pela exposição crônica aos raios UVA e UVB. Clinicamente se
caracteriza por aspereza, irregularidade da superfície cutânea, despigmentação provocada pela estimulação
dos melanócitos, Telangiectasias que surgem pelo alargamento de pequenos vasos, rugas finas devido ao
enfraquecimento dos tecidos de suporte, perda da elasticidade, coloração amarelada da pele pela diminuição
dos vasos sanguíneos e aparecimento de lesões.
O Dr. Richard G. Glogau, professor clínico de dermatologia na Universidade da Califórnia, São Francisco é
reconhecido mundialmente como um especialista no tratamento da face envelhecida. Criador da “classificação
de fotoenvelhecimento Glogau, que se tornou a escala de avaliação padrão usada por médicos em todo o
mundo para tratar linhas de expressão, rugas e danos causados pelo sol.
CLASSIFICAÇÃO DE GLOGAU – Avaliação do Fotodano
A epiderme faz parte do sistema imunológico, pois é uma barreira de proteção e contem células que
regulam a resposta imune. Esta resposta envolve mecanismos de defesa específicos contra estímulos
endógenos ou exógenos, mecanismos homeostáticos e de vigilância imunológica.
Um exemplo disso são as células de Langerhans que se ligam ao antígeno, migram da epiderme para
a derme em direção aos vasos linfáticos, e então migram para os linfonodos regionais. Durante essa migração
se garante a ativação de Linfócitos T em repouso dentro dos linfonodos e as citocinas epidérmicas iniciam e
regulam a maturação das células de Langerhans.
A exposição excessiva da pele humana à luz solar provoca inúmeros danos estruturais e funcionais e
se inicia com a reação fotobiológica que é a absorção cutânea da radiação por uma molécula chamada
cromóforo. Essa energia causa dano fotoquímico ao DNA e proteínas.
A epiderme contém vários desses cromóforos, principalmente no espectro UVB e após a exposição
ocorre a liberação de citocinas e mediadores inflamatórios que são importantes no reparo do DNA e que
modulam o comportamento de várias células como queratinócitos, células de Langerhans, células endoteliais,
fibroblastos e linfócitos.
Estudos mostram que quatro exposições diárias de UV reduzem muito o número de células de
Langerhans e que com sua população diminuída, é incapaz de iniciar uma resposta de hipersensibilidade,
aumentando os danos da radiação, acelerando o envelhecimento cronológico.
Na literatura há relatos que técnicas não ablativas são mais seletivas e apresentam pouca injúria
epidérmica, ativação fibroblástica da derme papilar e reticular superior com síntese de neocolágeno. Nas
técnicas ablativas a remodelação do colágeno tem início quando começa a formação do tecido de granulação
pelos fibroblastos que também são responsáveis pela produção de elastina e fibronectina.
Técnicas não ablativas podem ser cosmiátricos, peeling químico e peeling de diamante, radiofrequência
e fototerapia (LED e LIP), dentre muitas outras. Nas ablativas, sua maioria de uso por parte de médicos e
cirurgiões, podemos destacar o IPC – Indução Percutânea de Colágeno (microagulhamento) como uma ótima
opção para o esteticista.
Ácido Hialurônico – é uma substância naturalmente presente no organismo humano, uma molécula
de açúcar que atrai a água e pode atuar como um lubrificante e absorver choques em partes móveis
do corpo como as articulações. Na cosmética o ativo é altamente hidrofílico, proporcionando visco-
elasticidade a camada dérmica. Colabora no controle da hidratação e no tônus da pele, além de
prevenção da integridade das fibras de colágeno.
Ácido kójico – agente despigmentante obtido através da fermentação do arroz, possui efeito inibidor
da tirosinase, por quelação dos íons Cobre e consequente, diminuição da síntese de melanina.
Ácido Mandélico – ativo esfoliante químico que auxilia na contenção da pigmentação, trata a acne
inflamatória não-cística e rejuvenesce a pele fotoenvelhecida.
Ácido Tranexâmico – esse ativo ajuda a conter o desenvolvimento das inflamações no tecido cutâneo
causado pela plasmina, reduzindo a presenta de manchas de pele suscetível.
DMAE – o dimetilaminoetanol, conhecido como DMAE, promove um ‘lifting’ instantâneo,
proporcionando firmeza e maciez à pele, além de reduzir as rugas e linhas de expressão.
Lipossomas da Coenzima Q10 – um poderoso anti-stress da pele. O sistema de liberação utilizado
protege a Coenz.Q10 que é um forte antioxidante e favorece a sua liberação nas diferentes camadas
da epiderme, combatendo o envelhecimento precoce. Além disso, a Coenz.Q10 promove a varredura
dos radicais livres em excesso, minimizando o efeito negativo destes sobre a célula. Auxilia na melhora
e manutenção da resistência da pele.
Matrixyl – composto que atua como auxiliar no processo de formação de colágeno na derme.
Nano Ageless Complex – este ativo é um complexo de ácido hialurônico nanoencapsulado e
argilominerais. Por suas características naturais e pela inexistente agressão química à pele, pode ser
usado diariamente, proporcionando uma diminuição na profundidade das rugas e linhas de expressão.
Nanoladies – são nanopartículas de óleo essencial de Funcho Doce, um ativo com comprovada ação
firmadora da pele, estimulando a síntese do colágeno.
Nano Slim – o ativo é um blend de óleos essenciais de Cedro, Cipreste, Grapefruit e Zimbro
nanoencapsulados. O óleo essencial de Grapefruit apresenta benefícios na desobstrução de vasos
sanguíneos. O óleo essencial de Zimbro possui ação antiinflamatória e antioxidante. O de Cipreste
beneficia a microcirculação e a hidratação da pele, prevenindo o envelhecimento precoce. Também
atua melhorando o tônus e a elasticidade da pele. O óleo essencial de Cedro confere propriedades
estimulantes da circulação e detoxificante do sistema linfático.
Vitamina B3 – composto que tem função hidratante e auxilia ao estimular a síntese do colágeno. Ajuda
no clareamento da pele, pois evita a transferência de melanossoma.
Vitamina C Nanoencapsulada – este ativo é um composto pelo de Palmitato de Ascorbila que é
conhecido pela sua atividade antioxidante, clareadora e antiaging e pelo Óleo de Romã que tem ação
na melhora dos processos de renovação celular e é rico em vitamina A. Os dois compostos juntos agem
de forma sinérgica no tratamento e na prevenção do envelhecimento e tratamento de manchas.
Peelings Químicos – oferecem um tratamento não invasivo para ajudar a renovar a superfície cutânea.
Após a aplicação, há renovação da camada superficial da pele trazendo brilho e minimizando a
visibilidade das linhas e manchas. Na sua maioria causam uma leve inflamação local que acelera a
renovação córnea e a permeação de ativos. Embora peelings químicos sejam utilizados principalmente
na face, eles também devem ser usados para melhorar a pele do pescoço, colo, mãos e braços.
Peeling de Diamante – promove a renovação celular por meio da microdermoabrasão. Usa-se uma
caneta a vácuo com ponteira de diamante que desliza sobre a pele promovendo uma esfoliação
mecânica superficial. Indicado especialmente para peles fotoenvelhecidas, poros dilatados,
irregularidades cutâneas, manchas leves, cicatrizes de acne, flacidez e auxilia no rejuvenescimento
facial. Recupera a maciez e uniformidade da pele, a deixa sem asperezas, auxilia na redução das rugas
e linhas de expressão e estimula a produção de colágeno e elastina, prevenindo a flacidez facial.
Radiofrequência – equipamento não invasivo, simples e rápido. O aparelho trabalha com a elevação
da temperatura interna do tecido. Promove o aumento da circulação sanguínea. As ondas
eletromagnéticas aquecem a derme promovendo a contração das fibras de colágeno, estimulando sua
produção. A radiofrequência gera energia e calor na derme, enquanto a epiderme se mantém resfriada
e protegida. Permite a correção de sinais do envelhecimento e associado à outros protocolos e produtos
trata a flacidez da pele, rugas periorbitais e frontais, flacidez da pele do pescoço, elevação das
sobrancelhas, e muitos outros benefícios.
Fototerapia – é definida como uma modalidade terapêutica que se utiliza da luz, um tratamento através
de luz ou por radiação dentro do espectro solar – inclui raios ultravioletas. Trata rugas, vasos, rosáceas,
acne, manchas, calvície, remoção de pelos, cicatrização, estrias. O tratamento provoca o
espessamento da camada de fibras colágenas promovendo a reorganização das fibras já existentes. A
fototerapia utiliza-se de diferentes tipos de equipamentos: desde laser, Luz Intensa Pulsada (LIP) e
Diodo Emissor de Luz (LED).
Conclui-se que embora fatores hereditários, extrínsecos e intrínsecos tenham um papel fundamental na maneira
como ocorre o envelhecimento cutâneo, principalmente o facial, medidas preventivas para retardar as
inevitáveis marcas do tempo podem e devem ser adotadas.
Temos inúmeros recursos terapêuticos, cosmecêuticos e inúmeras técnicas eficazes nas disfunções estéticas
faciais, rugas e marcas, diminuição da hiperpigmentação facial e periorbital, bolsas palpebrais, flacidez da pele
e contorno facial, devolvendo a jovialidade da pele.
Temos todo embasamento científico, a comprovação dos efeitos a longo prazo, que sustentam os resultados
encontrados nas inúmeras técnicas não ablativas que estão ao alcance de nossas mãos!