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Produção real e estimativas teóricas de lodo de esgoto

no Estado do Paraná. 1
ANDREOLI, C. V.; FERREIRA, A C; BONNET, B R P LARA, A I; PEGORINI, E.S. Produção
real e estimativas teóricas de lodo de esgoto no Estado do Paraná. In: I Seminário sobre
Gerenciamento de Biossólidos do Mercosul, Curitiba, dez 1-4, 1998.

Cleverson V. Andreoli, Engº Agrônomo, MSc Ciências do Solo, professor da Universidade Federal do Paraná,
Coordenador Técnico do Programa da Reciclagem Agrícola do Lodo de Esgoto da SANEPAR.
Andréia C. Ferreira, Engª Agrônoma - Bolsista de Aperfeiçoamento do CNPq, atua na SANEPAR junto ao projeto
PROSAB.
Bárbara R. P. Bonnet, Bióloga, especialista em análise ambiental, pesquisadora bolsista do programa RHAE junto à
SANEPAR.
Fernando Fernandes, Engº Civil, doutor pelo Instituto Nacional Politécnico de Toulouse, professor adjunto da
Universidade Estadual de Londrina.
Aderlene I. Lara, Bióloga, MSc Zoologia, pesquisadora bolsista do programa RHAE junto à SANEPAR.
Eduardo S. Pegorini, Engº Agrônomo - Bolsista da SANEPAR.

Endereço Comercial: 1Companhia de Saneamento do Paraná - SANEPAR/GECIP - R. Engenheiro Rebouças, 1376


Curitiba - Paraná - 80215-900 Tel.: ( 041 ) 330-3238 Fax: ( 041) 333-9952 E-mail: c.andreoli@sanepar.pr.gov.br

Resumo. O estudo foi realizado em 66 dos 118 municípios com coleta e tratamento de esgoto
atendidos pela Sanepar no Estado do Paraná. A metodologia consistiu na elaboração de um
formulário enviado aos responsáveis das Estações de Tratamento, visando quantificar a produção
de lodo no Estado e compará-la com resultados estimados através do cálculo de balanço de massa
para reatores anaeróbios de fluxo ascendente, tipo RALF, obtendo uma produção de lodo seco de
15g/hab./dia e para aeração prolongada uma produção de 45g/hab./dia de lodo aeróbio digerido.
Considerando o atendimento total de toda a população residente nos 66 municípios com esgoto
coletado, a produção potencial de lodo é de 15.782,2 t/ano, o que poderia ser utilizado em cerca de
5,78 % da área plantada hoje, com a cultura do milho. Os resultados demostram que existe uma
maior disponibilidade de área apta ao recebimento do lodo para a cultura do milho, em relação a
quantidade de lodo produzido. A quantificação da produção de lodo de esgoto foi realizada em 34
dos 66 municípios estudados, gerando uma produção real de 873,72t/mês e a calculada em
839,01t/mês, apontando uma diferença de 3,97%. Nos demais, os sistemas ainda não foram
operados em função de estarem em fase inicial de operação, pois foram recentemente construídos,
em outros casos, refletem dificuldades operacionais. Os casos onde a produção real é maior que a
produção estimada podem ser explicados pelas ligações clandestinas que não foram consideradas
para efeito do cálculo de balanço de massa, ou ainda em função do super dimensionamento de
alguns RALFs em relação a atual extensão da rede coletora.

Palavras-chave: lodo de esgoto; produção de lodo; esgoto doméstico.

1
Trabalho desenvolvido no âmbito do Programa de Pesquisa em Saneamento Básico - PROSAB-
Tema 4, Edital 01/96.
I - INTRODUÇÃO

O tratamento do esgoto gera um produto denominado lodo de esgoto, cuja


disposição final adequada, efetiva os benefícios do processo de tratamento de esgotos,
evitando problemas sanitários e ambientais e contribuindo à boa qualidade das águas dos
mananciais de abastecimento, bem como a menores custos de captação e tratamento de
água bruta.
Dentre as diversas alternativas de disposição final do lodo, as vias de reciclagem
tem se mostrado preferenciais diante das modernas demandas de sustentabilidade
ambiental. Assim, no Paraná, a reciclagem agrícola do lodo de esgoto vem sendo afirmada
como a opção preferencial de disposição do lodo produzido. O potencial do lodo de esgoto
como fertilizante e corretivo de solos, corroborada por dez anos de pesquisas no Paraná,
aponta à implementação de sua reciclagem em escala real ainda em 1998, o que implica no
conhecimento da oferta de lodos produzidos no Estado e sua caracterização com relação a
qualidade agronômica e teor de metais pesados, para que se compatibilizem a oferta do
produto com a demanda agrícola.
No Estado do Paraná a Sanepar é a maior operadora de serviços de saneamento,
distribuindo água a 342 municípios e realizando coleta de esgoto em 118 municípios.
Existe grande demanda de coleta e tratamento de esgotos no Estado, e portanto há a
necessidade de construção de novas ETEs ou de ampliações das já existentes. No Paraná
este trabalho vem sendo realizado através de diversas linhas de financiamento, que
geraram o aumento da população beneficiada com serviços de coleta e tratamento de
esgoto.
O presente trabalho objetiva quantificar e dimensionar a situação do Estado em
relação à produção efetiva de lodo de esgoto aeróbio e anaeróbio em municípios
paranaenses e compará-la com as estimativas teóricas, baseada no balanço de massa, tendo
em vista as ETEs já estabelecidas e aquelas com entrada em operação recente.

II - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A efetivação e ampliação dos serviços de tratamento de esgotos urbanos é uma


atividade prioritária ao setor de saneamento, que busca resgatar parte da dívida social e
ambiental gerada por políticas reducionistas, que dissociaram o saneamento em atividades
não integradas, gerando dificuldades que resultam no lançamento diário de cerca de 10
bilhões de litros de esgotos coletados e não tratados, nos corpos d’água brasileiros
(BRASIL, 1991).
No Estado do Paraná segue-se a linha estabelecida para o saneamento nacional. Na
maior parte das localidades, onde há um expressivo número de habitantes, os serviços são
prestados pela Sanepar, ficando a cargo dos municípios nas localidades menores, com
exceção de alguns sistemas de sedes municipais (SANEPAR, 1997a). De acordo com
dados operacionais, da população urbana total dos municípios onde a Sanepar atua
(7.193.166 habitantes), apenas 26,78% tem serviços de coleta de esgoto (2.175.151 hab.), e
pouco mais da metade dispõe de tratamento (1.378.228 hab.), gerando um remanescente
potencial de esgoto a ser tratado de uma população de 5.814.938 habitantes (Dados
operacionais).
Dentro de um programa de expansão dos serviços de coleta e tratamento de esgoto,
diversas novas ETEs estão em operação na Região Metropolitana de Curitiba. No
município de São José dos Pinhais, a ETE Martinópolis atende uma população de 10.000
pessoas, com vazão de 50 l/s. Em Campo Largo, a ETE Cambuí tem capacidade de 200 l/s
- atingindo 100% do esgoto tratado no município. Em Curitiba, duas ETEs anaeróbias com
capacidade de até 279 mil pessoas foram construídas: a ETE Barigüi Norte e a Atuba Sul.
Na região norte do Estado, duas novas ETEs foram construídas - a Rosário do Ivaí, com
capacidade de atendimento de 10 l/s de esgoto, e a ETE Cambé, com capacidade de 70 l/s.
Estas ampliações no volume de esgoto tratado irão se refletir num expressivo aumento do
lodo a destinar corretamente.
Nos locais onde não existe coleta, várias disposições são dadas ao esgoto gerado -
desde as mais apropriadas, como a infiltração em solos com alta capacidade de percolação
através de fossas sépticas e sumidouros (caso não haja risco de contaminação do aqüífero
subterrâneo), até às mais danosas à saúde e ao meio ambiente, como o simples lançamento
do esgoto nos rios a céu aberto.
No entanto, um problema generalizado em todo o Estado são as chamadas ligações
clandestinas, onde verifica-se o lançamento do esgoto em galerias de águas pluviais, o que
causa graves problemas de poluição, ou a disposição das águas pluviais nas redes de
esgoto, o que dificultam e até mesmo inviabilizam o seu tratamento em dias chuvosos,
devido à extrema diluição. Como exemplo, a vazão dos esgotos recebidos pela ETE Belém,
uma grande ETE aeróbia de Curitiba, chega a duplicar em dias de intensa precipitação
(SANEPAR, 1997a).
A preocupação da Sanepar com a quantificação do lodo produzido foi estabelecida
em função da decisão pela valorização agrícola do produto. Recentemente, a quantidade de
lodo produzido vem sendo também um potencial referencial da eficiência de operação dos
sistemas. Uma primeira tentativa de quantificação no Estado do Paraná, ainda que de
forma genérica, foi realizada por BONNET (1995), com base na produção teórica de lodo
para cada tipo de tratamento e na população-equivalente atendida pelos maiores sistemas,
chegou a uma produção de 18,86 t lodo/dia em base seca. No mesmo trabalho, com base
no aumento de população atendida por obras de expansão planejadas, estimou para o ano
2000 uma produção diária de 43,58 t de lodo.

III - METODOLOGIA

A quantidade e qualidade do lodo produzido por uma ETE depende da vazão de


esgoto tratado, das características do esgoto, do tipo de tratamento e da operação da ETE.
Para dimensionar a situação do Estado em relação a produção efetiva de lodo nas Estações
de Tratamento e fazer uma previsão do potencial das ETEs quanto à produções estimadas
para os próximos anos, foi realizado um levantamento, cuja metodologia consistiu na
elaboração de um formulário, aplicado aos 118 municípios operados pela Sanepar com
coleta e tratamento de esgoto.
No formulário, foram abordadas questões relacionadas à população dos municípios
atendidos com coleta e tratamento de esgoto, incluindo a produção estimada e real de lodo
e tipo de tratamento dado ao efluente. A estimativa teórica foi feita baseada no balanço de
massa para reatores anaeróbios de fluxo ascendente, tipo RALF (Reator anaeróbio de lodo
fluidizado). O balanço de massa teórico de um reator desse tipo, em regime de operação
leva a uma produção de lodo de 15g/hab./dia em base seca (THE WORLD BANK,1993).
Já para as ETEs com aeração prolongada, o balanço de massa teórico leva a uma produção
de 45g/hab./dia em base seca (MARTEL,1996).
Para a obtenção dos resultados, o cálculo foi realizado da seguinte maneira:
1 - Produção Real
Medido no leito de secagem
2 - Produção Estimada para Reatores A2naeróbios (Equação 1)
P.E. = Nº habitantes com coleta e tratamento X 15 g/hab./dia*
3 - Produção Estimada para Aeração Prolongada (Equação 2)
P.E. = Nº habitantes com coleta e tratamento X 45g/hab./dia **
*
produção por habitante/dia, segundo tratamento anaeróbio.
**
produção por habitante/dia, segundo tratamento aeróbio.

Com base nesse levantamento, foram realizados os seguintes estudos para a


quantificação da produção do lodo:
1 - População total dos municípios e população atendida com a coleta e tratamento de
esgoto;
2 - Produção de lodo informada de cada município, de acordo com o tratamento utilizado;
3 - Produção de lodo estimada de cada município comparando-a com a informada;
4 - Proposição de disposição do lodo produzido na cultura do milho em todo o Estado do
Paraná.

IV - RESULTADOS E DISCUSSÕES

O Estado do Paraná apresenta 399 municípios, sendo que, 85,7% (342 municípios)
são beneficiados com algum tipo de serviço em saneamento pela Sanepar, destes, apenas
118 recebem atendimento com coleta e tratamento de esgoto. Outros 57 municípios são
atendidos por outras unidades prestadoras de serviço. Portanto, do total de 399 municípios
do Estado, apenas 43,9% são atendidos com serviços de coleta e tratamento de esgoto.
A tabela 1 demonstra a divisão administrativa do Estado adotada pela Sanepar, com seu
respectivo número de municípios atendidos com coleta e tratamento de esgoto, totalizando
a população para os 118 municípios.

TABELA 1 - Total de habitantes dos municípios atendidos com coleta e tratamento


de esgoto para as quatro regiões do Estado do Paraná - 1997.
Número de municípios Total de habitantes
SUDESTE 32 2.909.960
NORDESTE 29 1.153.294
NOROESTE 27 877.913
SUDOESTE 30 1.219.790
TOTAL 118 6.160.957

Dos 118 municípios atendidos, 66 retornaram com respostas referenciais à


produção de lodo de esgoto. A tabela 2 mostra os resultados desses municípios em estudo,
informando sua população e atendimento com coleta e tratamento de esgoto.
TABELA 2 - População com coleta e tratamento de esgoto em 66 municípios do Estado do
Paraná - 1997.
Número de Pop. Total Pop. Coletada Pop. Tratada
municípios Número % Número %
SUDESTE 6 1.959.141 981.066 50,07 828.449 84,44
NORDESTE 19 962.699 443.742 46,09 415.040 93,53
NOROESTE 24 827 .715 278.669 33,77 208.935 74,98
SUDOESTE 17 931.446 146.860 15,77 82.467 56,15
TOTAL 66 4.681.001 1.850.337 39,53 1.534.891 82,95

Como pode ser verificado na tabela acima, 82,95% de todo efluente doméstico
coletado nos municípios atendidos recebem tratamento, porém, ainda há uma discrepância
muito grande entre população total dos municípios e quantidade de pessoas atendidas com
a coleta do esgoto urbano, pois, cruzando os dados, concluiu-se que cerca de 60% dos
habitantes não recebem atendimento, denunciando a urgente necessidade de ampliação das
redes coletoras do efluente doméstico.
Comparando os dados da tabela 1 e 2 relativos à população total, verificou-se que a
população dos 66 municípios levantados representam 77,4% da população total dos 118
municípios com coleta e tratamento de esgoto, identificando uma concentração na
produção do resíduo na capital e nos grandes pólos do Estado. Este dado torna-se
importante para o gerenciamento do lodo, já que sua concentração ocorre em poucas
regiões do Estado e, para sua utilização na agricultura, deve-se considerar a vocação
agrícola regional em relação as culturas aptas ao recebimento do lodo.
A produção informada dos relatórios foi comparada com a produção estimada,
sendo esta calculada através do balanço de massa. Os resultados estão expressos na tabela
3, contabilizados por região, considerando os dados de produção de lodo de apenas 34
municípios. Esta diferença se dá em função da ausência de dados para as demais
localidades, uma vez que os 32 municípios restantes relataram a não descarga de lodo dos
RALFs e Lagoas de Estabilização. A comparação entre os valores demonstra uma
diferença entre os dois resultados, sendo considerado para efeito de validade dos dados
informados, uma diferença de até 30% entre as duas produções. A maior produção
informada pode ser atribuída às ligações clandestinas que não foram considerados para
efeito do cálculo de balanço de massa e/ou em função do super dimensionamento de alguns
RALFs em relação a atual extensão da rede coletora, ou ainda a dificuldades operacionais.

TABELA 3 - Produção informada e estimada de lodo de esgoto para o Estado do Paraná -


1997
PRODUÇÃO PRODUÇÃO % DIFERENCIAL
INFORMADA ESTIMADA
SUDESTE 543,24 583,87 6,95
NORDESTE 252,80 190,27 24,7
NOROESTE 75,21 62,87 16,4
SUDOESTE 2,47 2,0 19,0
TOTAL 873,72 839,01 3,97
A tabela 4 faz uma previsão da produção de lodo considerando a situação atual de
tratamento nas ETEs, e uma estimativa do tratamento de todo o esgoto coletado e ainda da
população total do município, calculada segundo a metodologia do balanço de massa
(Equação 1 e 2), sendo a segunda equação utilizada apenas para o município de Curitiba na
região Sudeste do Estado.

TABELA 4 - Estimativa teórica da produção de lodo para as quatro regiões do Paraná -


1997
Produção lodo para Produção lodo com Produção lodo com
os 66 municípios 100% de tratamento 100% da população
(t/mês base seca) (t/mês base seca) tratada (t/mês base seca)
SUDESTE 997,1 1.182,1 2.210,2
NORDESTE 186,8 199,7 433,2
NOROESTE 94,1 125,8 372,5
SUDOESTE 37,1 66,1 419,1
TOTAL 1.315,1 1.573,7 3.435,0

A tabela acima mostra o potencial produtivo de lodo de esgoto para o Estado,


decorrente de uma ampliação de todo seu sistema de atendimento. A produção total
viabilizaria a utilização do lodo no setor agrícola das quatro regiões para o cultivo do
milho, como mostra a tabela 5.

TABELA 5 - Estimativa de área hipoteticamente suprida com lodo de esgoto produzido em


66 municípios (1997) em relação a área de cultivo de milho no Estado do
Paraná.
Quantidade de Área com Área necessária % de área de
lodo produzido cultura do milho para distribuição do plantio de milho
(t/ano) (ha)* lodo produzido ** necessária para o
uso do lodo
SUDESTE 11.965,2 37.450 1.994,2 5,30
NORDESTE 2.241,6 142.289 373,6 0,26
NOROESTE 1.129,2 97.450 188,2 0,19
SUDOESTE 445,2 241.450 74,2 0,03
TOTAL 15.781,2 518.639 2.630,2 5,78
* FONTE : SEAB
** cálculo considerando a aplicação de 6 toneladas de lodo por hectare

Como base para cálculo, a área referiu-se ao plantio da cultura do milho em cada
região e tomou como base a produção de lodo dos 66 municípios com informações reais de
tratamento de esgoto. De acordo com (SANEPAR, 1997b), foi utilizada a dosagem mínima
recomendada para a cultura do milho que é de 6t/ha. Considerando esta dosagem, a tabela
demonstra que para a destino de todo o lodo produzido seria necessária apenas uma parte
da área de cultivo do milho. Tomando como exemplo a região Sudeste do Estado, tem-se
uma produção de lodo de 11.952,2 t/ano para suprir uma área de 1.994,32 ha, ou seja, todo
o lodo produzido necessita de apenas 5,3% do total plantado com a cultura do milho na
região. Significa, portanto, uma distribuição passível de ser realizada em todas as regiões
desde que cada uma se responsabilize pela sua produção. Estes resultados, mesmo que
teóricos, indicam uma disposição final adequada totalizando toda sua distribuição no setor
agrícola .
Considerando hipoteticamente que, 100% da população do Paraná (9.000.000 de
habitantes) recebesse tratamento do esgoto coletado, a produção de lodo supriria 2,0% de
toda a área cultivada com a cultura do milho, tendo como base de aplicação a dosagem
mínima de 6,0t/ha distribuídos nos 66 municípios em estudo.

V - CONCLUSÕES

Com os resultados obtidos através do estudo da produção de lodo de esgoto em 66


municípios do Estado do Paraná conclui-se que:
♦ grande parcela da população não dispõe de serviços de coleta e tratamento de esgoto;
♦ ausência de descarga de lodo em 32 dos 66 municípios estudados, representando 48,5%
dos sistemas;
♦ produção estimada de 1.315,1 t/mês de matéria seca, considerando uma frequência ideal
de descarga em todos os municípios;
♦ produção real informada de 873,72 t/mês de lodo seco, considerando 34 municípios do
Estado que realizam descarga de lodo;
♦ apenas 5,78% da área destinada para o cultivo do milho seria necessária para o
aplicação de 100% do lodo produzido;
♦ considerando a coleta e tratamento de esgoto em 100% da população do estado do
Paraná, a produção teórica de lodo poderia ser distribuída em apenas 2% da área
atualmente cultivada com milho nos 66 municípios considerados neste estudo.

V - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA

ANDREOLI, C.V.; BARRETO, C.L.G. et al. Tratamento e Disposição do Lodo de Esgoto


no Paraná. Curitiba. Sanare, v.1, n.1, 1994.
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