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Material Teórico
O Processo de Desenvolvimento do Modelo Orçamentário
Revisão Textual:
Profa. Dra. Patrícia Silvestre Leite Di Iório
O Processo de Desenvolvimento do
Modelo Orçamentário
• Projeções Macroeconômicas
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Unidade: O Processo de Desenvolvimento do Modelo Orçamentário
Contextualização
A base para qualquer modelo de orçamentos de uma negócio são as projeções de suas
receitas a partir dos volumes efetivamente vendidos nos mais variados níveis de preços e
condições concedidas aos clientes. O trabalho de ‘abertura’, se podemos assim chamar, de um
modelo de orçamento é, portanto este conhecimento dos números que integrarão a primeira
linha do Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE). Números estes que apresentam
e espelham o desempenho dos negócios e que exigem do analista de investimentos – ou de
qualquer profissional de finanças – uma análise criteriosa e importante. Isto porque, a correta
análise das vendas (item Receitas de Vendas) nos permite determinar um primeiro parâmetro
de análise comparativo seja contra exercícios passados, ou seja, em comparação aos números
projetados (orçados) para o período em questão ou exercícios futuros.
Nesta Unidade II, você verá que a atividade de montagem de uma DRE é função essencial e
crítica no trabalho do financista, e que a cada dia ganha mais destaque e importância. Analisadas
as vendas, o financista precisa conseguir fazer o mesmo ‘exercício’ para as demais linhas do
DRE, compreendidas pelos impostos diretos, indiretos sobre vendas, os custos incorridos e as
despesas (sejam estas operacionais ou não-operacionais).
Assim sendo, será importante neste momento de seu estudo perceber a sistemática deste
trabalho de montagem do DRE que permite e oferece ao mercado uma importante visão do
negócio no período analisado. Compreender e entender o papel da DRE na análise a nas
projeções orçamentárias dos exercícios futuros será – assim – nosso objetivo neste momento.
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Projetando Vendas, Volumes e Preços
Atenção
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Unidade: O Processo de Desenvolvimento do Modelo Orçamentário
Atenção
Pense
Você já acompanhou a publicação de resultados de uma empresa pelo site ou pelos jornais? Verifique
um balanço anual de uma empresa que seja de seu interesse. Veja como, normalmente, o cenário
macroeconômico é utilizado para justificar parte do desempenho desta empresa refletido no balanço
e no demonstrativo de resultados do período analisado.
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Projeções Macroeconômicas
Como o nosso principal interesse é o de projetarmos nesta Unidade os números referentes aos
volumes, preços e custos de vendas, é crucial a montagem de planilhas que permitam a projeção
de índices e taxas que diretamente influenciem esses desempenhos. É importante mais uma vez
destacarmos que, juntamente com o profundo entendimento do negócio, caberá sempre ao
profissional de finanças ligado à área de orçamento e de análise financeira um entendimento da
importância da correta projeção de dados econômicos como inflação, câmbio, juros, Produto
Interno Bruto (PIB), dentre outros. Uma incorreta ou imprecisa projeção de tais premissas
macroeconômicas pode acarretar na elaboração de orçamentos imprecisos e distorcidos que,
consequentemente, não refletirão a realidade da empresa nem do mercado onde esta atua.
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Unidade: O Processo de Desenvolvimento do Modelo Orçamentário
Caso o financista queira projetar esse valor para os próximos três meses do segundo semestre
e tendo como premissa a compra dos mesmos volumes físicos dessas matérias primas, como
projetar o valor a ser desembolsado pela empresa?
Primeiro, será necessário, a partir da Tabela acima, verificar as estimativas de aumento mensal
dos custos dessas matérias primas na segunda linha no item “Variação Preço Matéria Prima”.
Assim, de posse das estimativas de aumentos dos custos no período abril a junho, podemos
projetar os seguintes desembolsos previstos com compras de matérias primas, mês a mês, no
segundo trimestre:
Assim, sempre com base nos valores históricos reais já publicados, no exemplo acima, o
mês de março de 2011, e a partir das premissas macroeconômicas das variações nos preços
desenvolvidas, nos é possível efetuar os cálculos dos valores futuros. Importante destacarmos que
toda projeção apresenta um grau de incerteza e, portanto, de risco. Nesse sentido, o profissional
de finanças somente executará uma boa projeção caso consiga avaliar o mais, precisamente,
possível os volumes e os preços projetados, bem como os índices macroeconômicos que
influenciam suas projeções. Só assim seus números reais futuros ficarão bem próximos da
projeção efetuada anteriormente.
Portanto, uma vez estabelecidos os cenários macroeconômicos com base em fontes seguras
de informações como Banco Central, Instituições Financeiras e Consultorias Especializadas, por
exemplo, bem como as premissas básicas das contas a serem projetadas, podemos dar início do
Orçamento. Importante lembrarmos que as Projeções Econômico-Financeiras e o Orçamento
Empresarial são sempre sujeitos a ajustes pontuais e periódicos. Assim, como são passíveis de
serem ajustados sempre que algo de incomum ou de excepcional ocorra com a empresa, com o
mercado, ou com a economia, cabe sempre ao responsável as revisões necessárias.
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Projetando os Volumes de Vendas, Preços e Faturamento
Nesse sentido, vamos, agora, rapidamente destacar alguns os passos importantes a serem
seguidos para a efetiva análise dos números reportados por uma empresa, antes de partirmos
para a projeção. Vamos lá:
• É necessário conhecer bem o negócio no qual a empresa está inserida, os produtos (ou
serviços) que ela oferece, o seu mercado de atuação, suas estratégias neste mercado
e seus objetivos de curto, médio e longo prazos, caso seja fácil obtê-los junto aos seus
administradores. Torna-se, portanto, muito importante entender bem a dinâmica deste
mercado, quais são seus concorrentes diretos, seus principais fornecedores, produtos
semelhantes oferecidos pelas outras empresas.
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Unidade: O Processo de Desenvolvimento do Modelo Orçamentário
Pense
Muitas reportagens em jornais ou sites especializados de finanças ou economia oferecem informações
preciosas a respeito das operações de empresas do mesmo setor de atuação onde você trabalha.
Verifique e compare as informações destas empresas concorrentes do seu mercado de atuação com
os números apresentados no Balanço Patrimonial ou Demonstrativo de Resultados de sua empresa.
Perceba que “conhecer melhor” a concorrência e o mercado facilitará a análise financeira de seus
números. Relate suas reflexões no seu caderno!
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Agora, a partir desses números publicados acima, com base nas informações abaixo, e nos
dados macroeconômicos da Tabela 3.1, vamos projetar o desempenho da Indústria ABC
Alimentos Ltda. para os meses de abril a junho do Ano 2011:
Produto Tradicional
• O departamento de marketing e vendas estima que as quantidades vendidas do produto
Tradicional cresçam a uma taxa de 10% ao mês, o que nos permite manter essa
expectativa para o futuro próximo com base nos volumes de Março de 2011.
• Os preços vão subir em linha com a inflação entre abril e junho do Ano 2011 com base
no preço de Março de 2011 (R$ 13,00).
Produto Premium
• O departamento de marketing e vendas estima que as quantidades vendidas do produto
Premium cresçam a uma taxa de 5% ao mês, o que nos permite manter essa expectativa
para o futuro próximo com base nos volumes de Março de 2011.
• Os preços vão subir em linha com a inflação entre abril e junho do Ano 2011 com base
no preço de Março de 2011 (R$ 18,00).
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Unidade: O Processo de Desenvolvimento do Modelo Orçamentário
Trocando Ideias
Veja, no exemplo de Orçamento acima como a variável inflação afeta diretamente o Faturamento.
No nosso exemplo, os preços de venda dos dois produtos vendidos pela Indústria ABC Alimentos
Ltda. são corrigidos pela inflação e, consequentemente, precisam ser ajustados pelas suas
expectativas futuras nos três meses subsequentes da Projeção Econômico-Financeira. Converse
no fórum virtual sobre este tema e veja se há outros tipos de indexadores para os preços nas
empresas nas quais trabalham. Vamos lá?
Pense
Você sabia que muitas Projeções Econômico-Financeiras se utilizam do crescimento do Produto
Interno Bruto (PIB) do país para efetuar as estimativas de Volumes de Vendas?
Importante lembrar que o Produto Interno Bruto mede a riqueza produzida em determinado
país em um ano, em moeda corrente, no caso do Brasil em Reais (R$). Assim, as empresas, para
estimarem o crescimento de suas unidades vendidas, ou o crescimento dos serviços prestados,
baseiam-se em estimativas de crescimento do PIB calculadas pelo mercado financeiro ou
governo. Logo, se um produto sempre crescer em linha com o crescimento do PIB, o analista de
investimento utilizará as estimativas de mercado – ou do Banco Central! – para projetar os
valores mês a mês, trimestral ou anualmente. Vamos imaginar um exemplo hipotético de um
país, conforme mostrado a seguir:
Para você, interessado em ler mais a respeito das projeções de vendas e a questão
do planejamento e suas características, sugiro, na nossa biblioteca virtual, ver, no
livro Princípios da Administração Financeira, de Lawrence J. Gitman, o Unidade 3:
Fluxos de Caixa e Planejamento Financeiro, p. 83-121.
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por uma empresa. Esse demonstrativo pode, portanto, refletir o desempenho mensal, trimestral,
semestral ou mesmo anual de uma empresa analisada, e assim atender às demandas de seus
acionistas e controladores ou mesmo, às exigências da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para
as empresas de capital aberto. A DRE apresenta-se de forma dedutiva (uma análise vertical), onde
das receitas subtraem-se as despesas gerando-se o resultado (lucro ou prejuízo).
Glossário
A Comissão de Valores Mobiliários – CVM – é uma autarquia ligada ao Governo Federal
que trata do desenvolvimento de regras, prazos e formatos dessas publicações financeiras
das empresas de capital aberto no Brasil, exercendo o papel de vigilância, de controles e de
estabelecimento de normas a respeito das publicações que monitoramos resultados finan-
ceiros das empresas.
É importante destacar que a DRE pode ser feita de forma simples ou completa. Quando
o administrador está trabalhando em uma empresa de menor porte, ou seja, micro ou pequena,
a DRE pode ser mais simplificada. Quando tratar-se empresa de grande porte ou mesmo uma
S.A., a Lei exigirá que seja elaborada a DRE na sua forma completa, com o total detalhamento
de cada conta de receita, despesas, custos e deduções que impactam na apuração do resultado
final. A seguir, na Figura 1, um modelo de DRE simplificada da Indústria ABC Alimentos Ltda.:
DRE da Indústria ABC Alimentos Ltda.
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Unidade: O Processo de Desenvolvimento do Modelo Orçamentário
Antes de iniciarmos a análise e a projeção dos custos, precisamos lembrar que estes dependem
do tipo de atividade efetivamente desenvolvido pela empresa. Assim, antes de compreendermos
os números reportados, ou mesmo efetuarmos um Planejamento Financeiro com base nesses
valores, devemos saber classificar os Custos das Vendas segundo os seguintes critérios:
Assim, quando nos referimos aos custos em uma empresa comercial, ou seja, que compra
mercadorias para a sua posterior venda, o custo espelhará na sua totalidade o valor das baixas
dos estoques destas mercadorias no momento de sua venda aos clientes. Já os custos em uma
empresa prestadora de serviços, estes espelharão os custos (gastos) com mão-de-obra, custos
de materiais, e demais gastos gerais diretamente ligados à atividade de prestações deste serviço.
Enquanto que os custos de uma empresa industrial, os valores apurados desses gastos referem-
se em sua totalidade aos valores que integram os custos de produção de cada período. Nesse
sentido, esses custos serão compostos pelos gastos de:
• Gastos Gerais de Fabricação como, por exemplo, energia elétrica, gás natural, água, entre outros.
Pense
Você já havia percebido essa diferença nas apurações e classificações dos custos entre uma empresa
comercial, prestadora de serviços e industrial? E, mais importante ainda, é aprendermos como
analisar e projetar esses valores como parte do trabalho de Planejamento Financeiro. Discuta com
seus colegas no fórum virtual quais as principais diferenças na apuração de resultados entre empresas
de ramos de atividades tão diferentes.
Mas, como então efetuarmos as projeções destes custos de forma a procedermos com o
Planejamento Financeiro de uma Organização?
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Vejamos o que dizem os estudiosos no tema:
É sempre importante que o profissional de finanças saiba executar uma análise dos custos
das vendas efetuadas pela empresa, pois são esses, juntamente com os impostos, os itens
que normalmente mais impactam (positiva ou negativamente) nos resultados ao final do
período de apuração. E, conforme destacamos anteriormente, dependendo do mercado
de atuação da empresa, faz-se necessário ao administrador classificar os custos e apurar os
impostos incidentes de forma diferente.
Nesse sentido, vamos agora analisar em maiores detalhes cada um destes custos como
parte dos resultados reportados pelas firmas, levando em consideração a questão dos impostos
incidentes sobre cada um deles.
Sabemos que Custo das Mercadorias Vendidas (CMV), por exemplo, é o valor das mercadorias
vendidas que foram compradas prontas para serem comercializadas. Quando, por exemplo,
uma empresa comercial compra determinado produto pronto para revenda, ela paga ICMS na
Nota Fiscal que a fábrica envia pra junto com o produto.
Quando esta mesma empresa revende o produto ao cliente final, esse ICMS incluso no preço
(da fábrica) é abatido do ICMS a recolher sobre a venda ao consumidor.
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Unidade: O Processo de Desenvolvimento do Modelo Orçamentário
Atenção
Este raciocínio do ICMS já será um pouco diferente para o caso do IPI, Frete e Seguros pagos pela
empresa comercial quando compra o produto para revenda. Nesses casos, esses custos são efetiva-
mente incorridos e integram o custo da mercadoria comprada por esta empresa para ser revendida.
Somado a isso, caso o produto seja fabricado (ou seja, incorreu nestes custos) e não seja
vendido, esse custo aparecerá – será somado – na conta “Estoques” de produtos acabados e/
ou em processo.
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Outro detalhe importante: o CPV tem os valores de IPI (Imposto sobre Produto
Industrializado) referentes às suas compras de matéria prima e semiacabado abatidos
do IPI sobre suas vendas. Trata-se de um incentivo concedido pelo governo, que oferece
uma desoneração ao fabricante neste caso.
Glossário
Matéria Prima: Bens primários utilizados na produção de outros produtos como, por exem-
plo, farinha, açúcar, fermento e cacau utilizados na fabricação e biscoitos.
Produto Semiacabado: Produtos com certo grau de manufatura que servem de base para a pro-
dução de outros bens. Por exemplo, chapas de aço que serão utilizadas para a fabricação de veículos.
Estoque de Produto em Processo: Valores que a fábrica detém sob a forma de estoque de produ-
to semi-industrializado, por exemplo, peças e componentes para a produção de veículos.
Estoque de Produto Acabado: Valores que a empresa detém sob a forma de estoque no final
do período analisado de produto acabado, por exemplo, veículos produzidos ou estoque de
biscoitos prontos para a venda.
Isso observado, a projeção desses custos deve atender às estimativas de vendas (Receita
Líquida Projetada), sendo muitas vezes estimada a partir de uma porcentagem sobre essa Receita,
porcentagem esta que variará exatamente em razão das variáveis discutidas anteriormente que
pode, de uma maneira ou de outra, afetar os números projetados.
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Unidade: O Processo de Desenvolvimento do Modelo Orçamentário
Exemplo
No DRE da Indústria ABC Alimentos Ltda. (Figura 1) vemos que o Custo dos Produtos
Vendidos (CPV) no Ano 2011 representa 63% da Receita Bruta: R$ 300.000 para receita de R$
475 mil no período, ou seja:
Enquanto que, no Ano 2012, o CPV eleva-se para 71% da Receita Bruta: R$ 350.000 para
receita de R$ 495 mil, ou seja:
Podemos ter diversas justificativas para essa elevação relativa dos custos na Indústria
ABC Alimentos Ltda. de um ano para outro:
Uma explicação para a variação é o crescimento de 17% do CPV no período (R$ 350 mil
contra R$ 300 mil), comparado a uma variação de apenas 4% (R$ 495 mil contra R$ 475 mil)
na Receita Líquida. Esse fato explica o crescimento de 12% do indicador “CPV sobre a Receita
Líquida” (de 63% para 71% em 2012), no período analisado.
Esse tipo de análise primária dos números reportados pela empresa em muito auxilia o
profissional de finanças na elaboração tanto de projeções econômico-financeiras, como no
Planejamento Financeiro de curto, médio e longo prazo. Isso porque, ao buscar explicações para
tais variações, percebem-se mudanças de comportamento dos custos, dos níveis de vendas,
ganhos ou perdas de eficiência e produtividade, cruciais para o planejamento das operações da
empresa analisada.
Tanto quanto os Custos, análise e a projeção das Despesas são cruciais no trabalho de
planejamento financeiro de uma Organização. Cabe, portanto, ao profissional de finanças,
um trabalho cuidadoso no trato com estes números e na análise de seu comportamento ao
longo do período de sua publicação ou projeção futura de desempenho. Sabemos que as
Despesas Operacionais decorrem dos gastos necessários para que haja as vendas dos produtos,
a administração da empresa e o financiamento de suas operações. As Despesas Operacionais
permitem, portanto, a manutenção da atividade operacional da empresa.
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Segundo Iudícibus (2009, p.42), as Despesas Operacionais podem ser classificadas
em três grupos distintos: os representados pelas Despesas de Vendas, pelas Despesas
Administrativas e por fim, pelas Despesas Financeiras.
Quando nos referimos às Despesas de Vendas, temos as representas pela soma de todas
as despesas incorridas desde o início da produção do produto, somada aos gastos para sua
colocação nas mãos do distribuidor, na prateleira do comércio. Essas despesas compõem-se das
despesas de pessoal e vendas, comissões sobre vendas, propaganda e publicidade, marketing e,
eventualmente, provisão para devedores duvidosos.
Quando nos referimos às Despesas Administrativas, estamos nos referindo às representadas pelos
gastos necessários para a administração do negócio, como, por exemplo, os honorários administrativos,
salários e encargos, aluguel e materiais de escritório, entre demais gastos diários da empresa.
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Unidade: O Processo de Desenvolvimento do Modelo Orçamentário
Exemplo:
No DRE da Indústria ABC Alimentos Ltda. vemos que as Despesas de Vendas no Ano 2011
atingem 11% da Receita Bruta: R$ 80.000 para receita de R$ 475 mil no período, ou seja:
Enquanto no Ano 2012 a Despesa Vendas eleva-se para 18% da receita: R$ 90.000 para
vendas de R$ 495 mil, ou seja:
Podemos ter diversas justificativas para esta elevação relativa das despesas na Indústria
ABC Alimentos Ltda. de um ano para outro.
Ideias Chave
• A importância das projeções de volumes de vendas, preços futuros e faturamento.
• As principais premissas macroeconômicas para a projeção de vendas e faturamento.
• Como preparar e apresentar um orçamento de vendas e faturamento.
• A Demonstração de Resultados do Exercício – DRE.
• As projeções e análise representadas pelos Custos das Vendas.
• A análise dos Impostos sobre as Vendas.
• A projeção e análise dos números referentes às Despesas.
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Material Complementar
Sugestão de Leitura
• Caso você queira ler um pouco mais a respeito da importância do Planejamento
Estratégico nas empresas, bem como a relação destes temas com as outras áreas
das empresas, sugiro ler as páginas 93-94, no Capítulo 3, do livro Princípios de
Administração Financeira, L.J. Gitman, disponível em nossa biblioteca virtual.
• Na nossa Biblioteca Virtual, procure o livro Princípios de Administração
Financeira de L.J. GITMAN, 12 ed. São Paulo: Pearson, 2009. Veja, na página 116, a
Demonstração de Resultado da Vectra Manufacturing para o ano encerrado em 31 de
dezembro de 2009, e observe como o autor apresenta e analisa os números referentes às
Receitas, Custos e Despesas da empresa.
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Unidade: O Processo de Desenvolvimento do Modelo Orçamentário
Referências
Básica
GITMAN, L.J. Princípios de Administração Financeira, 10 ed. São Paulo: Pearson, 2007.
GROPPELLI, A.A. ; NIKBAKHT, E. Administração Financeira. 3a ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
Complementar
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Anotações
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