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DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO

3º BIMESTRE

• Teoria das qualificações: INDEX

1) Quais são os substratos fáticos nos casos acima? (do que se trata)
TJSP – compra e venda (autorização da mulher) / TJPR – compra e venda (autorização
da mulher)

2) Eles são iguais?


Sim.

3) Os casos foram julgados de forma igual ou diferente?


Não. O TJSP diz que não precisa, enquanto o TJPR diz que precisa.

4) Em que momento houve a divergência?


TJSP:

Art. 7o A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e
o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.
§ 1o Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos
impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração.
§ 2o O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomáticas
ou consulares do país de ambos os nubentes. (Redação dada pela Lei nº 3.238, de 1957)
§ 3o Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a
lei do primeiro domicílio conjugal.
§ 4o O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que tiverem os
nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio conjugal.
§ 5º - O estrangeiro casado, que se naturalizar brasileiro, pode, mediante expressa
anuência de seu cônjuge, requerer ao juiz, no ato de entrega do decreto de naturalização, se
apostile ao mesmo a adoção do regime de comunhão parcial de bens, respeitados os direitos de
terceiros e dada esta adoção ao competente registro. (Redação dada pela Lei nº 6.515, de
1977)
§ 6º O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges forem brasileiros,
só será reconhecido no Brasil depois de 1 (um) ano da data da sentença, salvo se houver sido
antecedida de separação judicial por igual prazo, caso em que a homologação produzirá efeito
imediato, obedecidas as condições estabelecidas para a eficácia das sentenças estrangeiras no
país. O Superior Tribunal de Justiça, na forma de seu regimento interno, poderá reexaminar, a
requerimento do interessado, decisões já proferidas em pedidos de homologação de sentenças
estrangeiras de divórcio de brasileiros, a fim de que passem a produzir todos os efeitos
legais. (Redação dada pela Lei nº 12.036, de 2009).
§ 7o Salvo o caso de abandono, o domicílio do chefe da família estende-se ao outro
cônjuge e aos filhos não emancipados, e o do tutor ou curador aos incapazes sob sua guarda.
§ 8o Quando a pessoa não tiver domicílio, considerar-se-á domiciliada no lugar de sua
residência ou naquele em que se encontre.

TJPR:

Art. 8o Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a


lei do país em que estiverem situados.
§ 1o Aplicar-se-á a lei do país em que for domiciliado o proprietário, quanto aos bens
moveis que ele trouxer ou se destinarem a transporte para outros lugares.
§ 2o O penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pessoa, em cuja posse se
encontre a coisa apenhada.

5) Você acredita que há um certo e um errado?


TJSP, por que a questão é referente à capacidade. No entanto, o direito é feito de
linguagem e, portanto, é difícil de classificar certo e errado.
Trabalho valendo 1,0 ponto extra:

Parte 1: Fichamento do livro: A lógica dos verdadeiros argumentos de Alec Fischer (fichar apenas
a parte 1, a parte 2 que fala sobre lógica formal e o resto não precisa fichar)
Parte 2: Escolher um texto (filosófico ou de outro assunto) e analisar relacionando com as
técnicas do autor.

Teoria das Qualificações:

Qualificar é classificar. Alguma questão vai ser certa ou errada de acordo com nosso
ordenamento jurídico. Casamento por procuração: questão de formalidade ou capacidade? Tem
que ser definido por que dependendo de qual for muda a norma remissiva, que muda a lex
causae. É uma questão de formalidade, art. 1533, 1542 e etc, capítulo VI. Classificamos
dependendo de filtros, cada um tem sua forma de classificar. Se for classificar pelo dto brasileiro
é sim uma questão de formalidade, mas pela lei alemã é uma questão de capacidade. Sendo
assim, não existe o certo e o errado, mas sim uma questão de perspectiva.
Brasileira domiciliada na Alemanha quer casar no Brasil por procuração. Ou se resolve por lex
fori ou por lex causae. O tema é complexo. SE RESOLVE POR LEX FORI!!

1) Lex fori: lei brasileira, por que quer saber se vai ser válido aqui, e se acontecer problemas
serão aqui.
2) Norma remissiva: objeto de conexão é a formalidade, portanto, art. 7º:
Art. 7o A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo
e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.
§ 1o Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos
impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração.
3) Elemento: lex celebration
4) Lex causae: lei brasileira

• Se colocasse por objeto como capacidade, seria art. 7º caput e então seria a lei de domicílio,
sendo assim, não seria válido. Se você qualificar com a lei de um país ou de outro, as coisas
podem ter consequências distintas.

A terceira solução é meio estranha, você não deve procurar a qualificação nos direitos dos
países, mas sim em conceitos transcendentais aos direitos internos, conceitos internacionais. É
uma ideia interessante, vem do Direito natural como se existisse uma categoria para cada
assunto. Porém, na pratica é de aplicação extremamente difícil por que se fosse para classificar
assim não teríamos o problema, pois ele seria resolvido de início. O Direito é objeto cultural,
criado por pessoas em sociedades diferentes, que pensam de maneira diferente.

OBRIGAÇÕES – art. 9º, Lei de Introdução.

Aula passada: regidas pelo art. 9º, pela lei do local em que se constituíram; obrigações
contratuais e delituais; obrigações acessórias de um instituto principal, que não são regidas por
esse art., mas pelo qual se refere à obrigação principal. Ex. Obrigações alimentares; Contratos
entre ausentes: regidos pela lei do local em que se estabeleceram. Dois problemas: local no qual
foi feito e tempo em que foi constituído.
Arts. 434 e 435, CC. – Tornam-se perfeitos desde que sua aceitação é expedida.

§ 1o – locus regit actum = formalidades de um ato seguem a lei do local no qual o mesmo fora
celebrado. Se a obrigação tiver que ser cumprida no BR, a forma essencial do ato deverá
respeitar a legislação BR. – Quanto às formalidades essenciais. Sobre as formas que são
determinadas em lei. Ex. Art. 108, CC e 9º, § 1o , LINDB – Um contrato de CV celebrado no
estrangeiro deve assumir forma pública, ainda que no local de celebração não seja necessário.

Autonomia da vontade: questão mais importante do Direito. Trata da liberdade. Não há como
pensar no Direito, sem pensar na liberdade, sendo um o fundamento do outro ou não.
- Significa, no Direito, a capacidade que cada um tem de ser auto regular. No campo do Direito
contratual, principalmente, é a possibilidade de determinar o conteúdo das cláusulas de seus
contratos.
Nossa CF é de um país livre, isto é, que respeita a autonomia da vontade. Art. 5º - posso fazer
tudo o que a lei não proíbe.
Viés no DIPri – significa você eleger a lei aplicável ao seu contrato. Posso ter como elemento de
conexão a lex voluntatis? Infelizmente, no BR, a resposta parece que é NÃO, pois o judiciário
ainda não enfrentou essa questão, ou melhor, se esquivou. Maioria da doutrina afirma que esta
cláusula não está correta, que não pode, mas lamenta. Justificativa – art. 9º, tendo sido
constituído em Joinville, a lei aplicável será a BR. Não pode-se escolher. Sendo assim, é uma
norma cogente, que não pode ser afastada pela vontade das partes. Contudo, muitos concordam
que não deveria ser assim, pois a legislação não proíbe.
Arbitragem: método jurisdicional, porém não judicial, de resolução de controvérsias. Justiça
privada. Lei 9307, art. 2º, § 1o.
Para resolver a questão da autonomia da vontade: arbitragem!
2ª corrente: contrato celebrado em Frankfurt e trazido para o BR, segundo art. 88 do CPC. De
acordo com o art. 9º, deve-se observar se a legislação alemã aceita a autonomia da vontade. Se
sim, o juiz BR deve respeitar.

PROVA – DIFERENÇA ENTRE AUTONOMIA DA VONTADE DO DIREITO PRIVADO


(possibilidade de determinar o conteúdo das cláusulas fundamentais de seus contratos) E
DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO (poder de eleger a lei aplicável ao contrato, que o
regerá).
Dépéçage – segmentar, compartimentar o contrato para que cada parte dele ser regida por uma
legislação diferente.

Comércio Internacional: transferência de bens ou serviços de um país para o outro. Gera


problemas para o DIPri, que serão solucionadas de acordo com o art. 9º.
CI tem problemas sérios com as leis (dois principais). É muito ágil, e as leis do Direito, quando
criadas, já estão muito “velhas”, necessitando assim o comércio internacional, de leis
atuais/novas. Leis não têm acompanhado os avanços do CI (problema grave). Outra questão é
a que a lei interna não possui vocação para resolver questões do CI. Leis sem vocação. * Lei BR
tem vocação para legislar sobre o território BR. DIPri clássico também não atende aos anseios
do CI.

Nova lex mercatória – década de 60 – Estados não estão dando conta do CI, o que está gerando
o surgimento de um novo tipo de direito, a lex mercatória, que é um conjunto de regras de origem
não estatal, criada no seio da comunidade dos mercadores internacionais, para reger o CI. Estão
sendo criadas regras novas e um novo direito, mas não pelo Estado, e esse é o grande problema.
Ex. Regras da favela, utilizadas para reger a vida naquele local, criadas pela sua população, e
não por meio estatal.

Reenvio de Direito Internacional Privado:

DIPr brasileiro diz que o estatuto pessoal é regido pela lei do domicílio e o direito material
brasileiro diz que a maioridade é aos 18 anos. Já o DIPr português rege o estatuto pessoal pela
lei da nacionalidade e maioridade aos 21.
Um português vivendo no em Portugal celebra um contrato com um brasileiro e não o cumpre,
diz que é incapaz e, portanto, o contrato deve ser anulado.

1) Lex fori: brasileira


2) Norma remissiva: art.7, caput – capacidade
Art. 7o A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o
fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.

3) Elemento: lex domicilie


4) Lex causae: lei portuguesa

Chegou aqui acabou, por que o Brasil não aceita reenvio, que é quando a lei do país A manda
usar a lei do país B e vice e versa. Não existe reenvio no Brasil, art. 16 da LINDB não comporta.
Depois que a norma remissiva mandou usar a lei estrangeira, não aceita mais que essa norma
estrangeira remita para a lei brasileira. Tipo, se chegar lá e mandar usar a do BR, não vai usar!
Azar por que BR não aceita remissão! A solução acaba sendo a não aceitação de reenvio. Mas
estudamos por que vários países aceitam e por que o Brasil tem um projeto de aceitar.

Reenvio de 2º grau: se o cara fosse espanhol. A lei brasileira ia mandar usar a lei portuguesa,
mas a lei portuguesa ia mandar usar a lei da nacionalidade, então se usaria a lei da Espanha. É
quando fica remetendo de país a país até parar em um.

Tratados: são recepcionados no Brasil e se tornam uma lei. É ratificado mundialmente e cada
país internaliza de sua maneira.

Tratado sobre Obrigações Alimentares:

• Quais as regras falam sobre conflitos de leis no espaço?

Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o
direito adquirido e a coisa julgada. (Redação dada pela Lei nº 3.238, de 1957)
§ 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em
que se efetuou. (Incluído pela Lei nº 3.238, de 1957)
§ 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por êle, possa
exercer, como aquêles cujo comêço do exercício tenha têrmo pré-fixo, ou condição pré-
estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. (Incluído pela Lei nº 3.238, de 1957)
§ 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba
recurso. (Incluído pela Lei nº 3.238, de 1957)

Esse artigo fala sobre aplicação, qual é a norma aplicável, objeto de conexão: obrigações
alimentares, elementos de conexão: domicílio e residência do credor ou do devedor. Existe uma
qualificante, “aquele que for mais favorável ao credor”. Criança domiciliada no Brasil, e o pai na
Argentina. Ação ajuizada no BR, pode-se usar a lei brasileira ou a argentina, qual for mais
favorável ao credor.

• Quais são as normas que falam sobre conflitos de jurisdições?

Artigo 8: Têm competência, na esfera internacional, para conhecer das reclamações de


alimentos, a critério do credor:
a) o juiz ou autoridade do Estado de domicílio ou residência habitual do credor;
b) o juiz ou autoridade do Estado de domicílio ou residência habitual do devedor;
c) o juiz ou autoridade do Estado com o qual o devedor mantiver vínculos pessoais, tais como
posse de bens, recebimento de renda ou obtenção de benefícios econômicos.
Sem prejuízo do disposto neste artigo, serão consideradas igualmente competentes as
autoridades judiciárias ou administrativas de outros Estados, desde que o demandado no
processo tenha comparecido sem objetar a competência.

Tratam da competência na esfera internacional, que mostra qual país pode julgar a causa de
uma ação alimentada. Pode ser julgado no país de domicílio do credor ou do devedor, ou o país
aonde o devedor tiver bens pessoais. Para julgar ação de aumento, qualquer um desses três é
competente. Para diminuir ou exonerar, as autoridades que tiverem concedido o direito
primeiramente. Esse art. 9º deixa claro mais uma vez que a função desse tratado é justamente
defender o credor: se usa a lei mais benéfica a ele, sua escolha vincula uma ação de diminuição,
escolhe aonde a ação será ajuizada.

Artigo 21
As disposições desta Convenção não poderão ser interpretadas de modo a restringir os direitos
que o credor de alimentos tiver de conformidade com a lei do foro.

Esse artigo diz que esse tratado não exclui as regras mais favoráveis do foro, ou seja, permite a
utilização das leis brasileiras sobre obrigação alimentar. Esse artigo coloca a lex fori como uma
possível lex causae, sendo assim possível escolher dentre três lugares. Sendo assim, uma ação
de um pai chileno e um filho argentino, pode usar a lei brasileira.

Esse tratado foi ratificado por mais ou menos 10 países, mas infelizmente sua utilização não é
muito ampla.
A regra geral no Brasil é que quem é estrangeiro, tem que prestar calção, uma garantia que vai
pagar se perder, se quiser ajuizar uma ação.

Obrigações no Direito Internacional Privado:

Obrigação é uma relação jurídica entre duas partes, na qual uma delas (o credor) pode exigir da
outra parte (o devedor) uma prestação – entrega de algo, pagamento e etc.
O art. 9º trata de dois tipos de obrigações internacionais (obrigações contratuais e não
contratuais ou delituais). Obrigações que decorrem da vontade e obrigações que não decorrem
da vontade, como ressarcir alguém por bater no carro dela.

Art. 9o Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se


constituirem.
§ 1o Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e dependendo de forma
essencial, será esta observada, admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos
requisitos extrínsecos do ato.
§ 2o A obrigação resultante do contrato reputa-se constituida no lugar em que residir o
proponente.

1) Objeto de conexão: obrigações.


2) Elemento de conexão: lei do país aonde a obrigação se constituiu. Lex loci contractus e
lex loci delicti commissi.

Parágrafo 2º: inter absentes/ausentes


Objeto de conexão: contrato entre ausentes
Elemento de conexão: lei do país onde residir o proponente (lugar onde foi feita a proposta).

• Obrigações ex lege: obrigações de lei, o art. 9º não trata disso. São obrigações acessórias de
um outro instituto jurídico que é o principal, e por isso segue a lei do principal. A obrigação
alimentar não é autônoma, ela faz parte do instituto jurídico da paternidade, que faz parte do
Direito de Família, aonde existem vários deveres, obrigações e direitos. Os direitos de família
são regidos pela lei de domicílio, segundo art. 7º da LINDB.

× A autonomia da vontade é a questão mais importante do Direito como um todo. O Direito trata
do problema como aquilo que você quer/pode fazer à beira do que o Estado permite ou te proíba
que faça.

Práticas de solução dos problemas do comércio internacional – nova lex mercatória.


Onde encontro essas novas normas, se não são criadas pelo Estado? Quais são as fontes desse
novo conjunto de leis?

Fontes: usos e costumes do CI, ou seja, práticas reiteradas dos comerciantes para regular seus
próprios negócios; tratados sobre CI, ex. CISG; contratos-tipo, isto é, existem associações de
comerciantes internacionais que fornecem modelos de contratos para o comércio dos produtos
de sua área. Sendo assim, analisando esses padrões, pode-se perceber quais são as regras
gerais; e condições gerias de CV...

• Princípios UNIDROIT – Instituto pela Unificação do Direito Privado – instituição privada


de estudiosos do DP. – Fizeram uma compilação dos princípios que regem o CI.
• INCOTERMS – Termos do Comércio Internacional – cláusulas contratuais (CIF/FOB).
• Princípios gerais de direito.
• Jurisprudência (especialmente arbitral).
• Doutrina.
• Leis nacionais – cada comerciante traz consigo uma bagagem da sua própria legislação
e a transfere para o CI.

Existem limitações para a nova lex mercatoria? ORDEM PÚBLICA, limitação para qualquer
norma de origem externa.

Características: conjunto de normas não estatais (maior problema, por causa desta
característica que diversas pessoas não creem na existência de uma nova lex mercatoria, uma
vez que argumentam que apenas o Estado tem o monopólio da criação de normas de direito.
Sendo assim, acreditam ser regra moral, costumeira, mas não jurídica); criadas pelos
mercadores; transnacional, isto é, possui validade além das fronteiras de um Estado; sanção –
é seguida pelas pessoas e quem não a segue é excluído – sanção automática; efetividade;
prestígio na arbitragem internacional

Hans Kelsen – Força do direito está na imputabilidade – possibilidade de aplicação de uma


sanção. Se você quer entrar no CI, mas não quiser seguir as regras, será expulso. Deve-se
participar da mesma forma que todos participam.
Qual tipo de método de solução de conflito de leis no espaço seria a nova lex mercatoria?
Conflitual (pega um dos ordenamentos e utiliza) ou substantivo (tratado internacional que resolve
questões gerais como, por exemplo, a maioridade). Seria SUBSTANTIVO, pois serve para
regular o CI em sua substância.

Críticas à nova lex mercatoria: na prática está cada vez mais aceita, vem ganhando mais força,
mas ainda assim não está imune à criticas. 1 – Impossível ser norma jurídica, pois esta é
monopólio do Estado. 2 – Não é nada mais do que a aceitação da autonomia da vontade por
parte dos países, isto é, só o que se tem é a autorização do Estado para a criação de regras
referentes ao assunto. Cada um faz contrato do jeito que quiser. 3 – Na década de 60 se defendia
que as fontes eram usos e costumes, atualmente, para os autores, tudo é fonte, tudo é lex
mercatoria. Sendo assim, dizer que tudo ou nada é, seria o mesmo. Que tipo de discussão se
pode ter, quando há a afirmação de que tudo é lex mercatoria? O que se afirma com ela é que
há o surgimento de um novo direito, mas no fim, se tudo for colocado “no mesmo balde”, que
diferença teremos entre eles? 4 – Trata-se da lei do mais forte sobre o mais fraco.

CI é fundado na liberdade/liberalismo. Quando os países forem autoritários, não existirá mais.

Nova Lex Mercatoria:

É o conjunto de regras de origem não estatal, criado no seio da atividade dos comerciantes
internacionais - práticas para solucionar os problemas do comércio internacional (APG e PB).
Não são leis, não tem precedentes. As fontes são os usos e costumes do comercio internacional,
ou seja, práticas reiteradas dos comerciantes para regular seus próprios negócios, fonte não
estatal. Também existem tratados sobre comércio internacional. Os contratos-tipo também são
fonte, ou seja, existem associações de comerciantes criam modelos de contratos para comercio
de grãos e etc. Analisando esse padrão, conseguimos identificar quais são essas regras.
Também existem cláusulas gerais de compra e venda que geralmente são aplicadas em diversos
contratos.

• Princípios importantes:

1) Princípios UNIDROIT: associação de luta pela unificação do direito privado. Para a


questão de comércio, é até que relativamente fácil que essa unificação aconteça. A
UNIDROIT criou uma compilação com mais ou menos 200 princípios que regem o
comércio internacional.
2) INCOTERMS: Internacional Commerce Terms
3) Princípios Gerais de Direito
4) Jurisprudência Arbitral
5) Doutrina
6) Leis nacionais – a ordem pública sempre é a limitação de uma norma externa

• Características da Nova Lex Mercatoria:


- Criada pelos mercadores
- Não estatal, o que faz com que muita gente não tenha fé. Afinal, quem tem o monopólio de criar
as leis/regras jurídicas é o Estado. Então creem que não é lei, e sim “regrinha”, regra de
moral/ética e não jurídica.
- Transnacional, tem validade além das fronteiras de um Estado.
- Tem sanção (ser expulso)
- Efetividade
- Prestígio na arbitragem internacional

→ Qual a segurança jurídica da Nova Lex Mercatoria? A possibilidade da aplicação de uma


sanção. O comércio internacional funciona como um jogo, se você não jogar by the rules, é
expulso. Caso você queira participar, tem que colaborar.

• Motivos para o surgimento:

1) A legislação sempre nasce velha


2) A legislação interna dos países não tem vocação para resolver os problemas de DIPr.
3) O DIPr clássico não tem aptidão para resolver os problemas por que indica uma
legislação interna.

→ A Nova Lex Mercatoria é que tipo de método de solução de conflitos de lei no espaço?
Método substantivo: para regular diretamente o comércio internacional em sua substância. A
NLM não é nada mais do que a aceitação dos países da autonomia da vontade, ou seja, só existe
comércio internacional por causa da liberdade. O dia que todos os países do mundo forem
autoritários não existirá mais comércio internacional. A autonomia da vontade é a capacidade
que cada um tem de elaborar o conteúdo das cláusulas contratuais. Todo Estado admite que
você crie suas próprias regras em seu contrato, o objeto precisa ser lícito e as partes capazes.

UNIDROIT: princípios reconhecidos, são fontes de lex mercatoria


1) Liberdade contratual: as partes são livres para entrar/celebrar um contrato e escolher
seu conteúdo.
2) Força vinculante dos contratos: é o mais importante dos contratos, sem eles os contratos
não existiriam, é o pacta sunt servanda. As partes são obrigadas a aquilo que
contrataram, é vinculante as partes. No entanto, essa força vinculante não pode ser
absoluta, exemplo: confidencialidade. Romanos criaram a regra rebus sic standibus,
sendo que “as coisas devem se manter como estavam”. Quando se celebra um contrato,
existem condições e elas devem se manter, se elas desaparecerem o contrato precisa
ser revisto.
3) Existência de força maior
4) Hardship: cláusula de imprevisão, é difícil medir a força vinculante e a rebus dic
standibus. Existe quando a ocorrência de eventos fundamentais alterar o equilíbrio do
contrato para uma das partes, aumentando demais o custo ou diminuindo as vantagens
e não tivessem sido razoavelmente levados em conta pelas partes em desvantagem.
Exemplo: aumento anual de professores não serve como teoria da imprevisão, pq é
previsto. Tem que ser algo que não podia nem ser imaginado, com risco não tomado
pela parte.
5) As partes são obrigadas aos usos e práticas do comercial internacional. Deve existir uma
presunção de profissionalismo para quem trabalha no comércio internacional. Tem que
conhecer os termos do contrato.
6) Princípio da boa-fé: celebrar em boa-fé e executa-lo também. As partes possuem
expectativas e elas não podem ser frustradas. Os interesses são opostos, mas tem que
ser bom para as duas partes, ambas precisam ganhar algo.
7) Alguma das cláusulas acaba saindo de modo dúbia, ou seja, admitindo mais de uma
interpretação. Cada interpretação é favorável a uma parte. Se usa a interpretação
benéfica para quem não escreveu a cláusula, sendo uma interpretação contra
proferentem.
8) Non concedit venire contra factum proprium: princípio muito importante e aparentemente
esquecido. Significa que se você cria expectativas pela tua forma de agir, não pode no
futuro dizer que essa sua forma de agir é ilegal. Não dá para voltar atrás, nem agir contra
seus próprios atos.

Esses são exemplos de princípios compilados pela UNIDROIT, mas não são obrigatórios por que
existe liberdade contratual.

INCOTERMS: são uma ferramenta muito bem-feita, ninguém deixa de usar. São cláusulas
contratuais que estabelecem 4 aspectos de um contrato internacional, sendo eles onde se dará
a entrega do bem, em que momento se dá a transferência dos riscos pela coisa, quem vai pagar
os custos do frete, de seguro, de transportes, impostos e etc, a quem cabe os desembaraços
aduaneiros.

Incoterm não é contrato internacional, mas sim uma cláusula criada pela Câmara Internacional
de Paris para facilitar o comércio. Você precisa de um contrato, mas esses 4 aspectos estarão
definidos na modalidade de Incoterm.
ExW: O mínimo de obrigações para o comprador e menos para o vendedor. O vendedor deixa
os produtos na fábrica, a disposição do comprador. O comprador faz tudo, menos a embalagem.
A partir da embalagem, ele já é o responsável.

FCA: free carrier. A obrigação do vendedor aumenta um pouquinho, tem que entregar os bens
no transportador escolhido pelo comprador. Ele serve para qualquer tipo de transporte, ao
contrário do FAZ e FOB, que só servem para transporte marítimo fluvial.

FAS: free along side ship. Vendedor deixa a mercadoria ao lado do navio.

FOB: free on board. Vendedor tem que colocar a mercadoria no navio.

CRF: cost and freight. Vendedor paga os custos e frete.

CIF: cost, insurance and freight. Vendedor paga custos, seguro e frete.

CPT: carriage paid to. Não para navio.

CIP: carriage and insurance paid to. Não para navio.

DAT: derivered at terminal. Bens serão entregues em um terminal.

DAP: delivered at place. Bem entregue em algum local estabelecido pelo comprador.

DDP: delivered duty paid. Entregue com tudo pago, inclusive impostos.

Não dá pra usar DDP no Brasil, por que aqui quem faz o desembaraço aduaneiro é o importador.

30.10.2015
× Normas remissivas (continuação – pegar com a Thaís:

× Sucessão hereditária no DIPr: art. 10 da LINDB é o que trata dessa matéria. Existem outros
tipos de sucessão, mas é dessa que o art. trata, seja por morte real ou presumida (ausência).
Objeto de conexão: sucessão hereditária por morte ou ausência
Elemento de conexão: lei do domicílio do defunto ou ausente (lex domicilii)

Quando se fala em sucessão sempre deve-se pensar nas questões que a cercam, como quem
herdará os bens e etc. No Brasil não se pode excluir os filhos da herança, são herdeiros
“necessários”, mas não acontece em todos os países, essa questão varia de país para país,
assim como quais são os limites do testamento e etc.

Se você tem quinhão, que é dinheiro, é herança. Se você tem um bem específico é legado.

Existe uma diferença em forma e conteúdo. Por exemplo, se eu estiver nos EUA e perceber que
irei morrer antes de retornar ao Brasil, posso fazer um testamento lá. Seguirei a forma
especificada na lei americana (número de testemunhas e etc.), mas o conteúdo deverá seguir a
lei brasileira, como por exemplo não excluir os filhos.

→ Parágrafo primeiro do art. 10: o legislador e constituinte colocaram como garantia


fundamental, art. 5, inciso 31.
Existem alguns probleminhas nesse artigo, ele qualifica o objeto de conexão, que antes era
sucessão e agora vira sucessão dos estrangeiros quando tiver filhos ou cônjuges brasileiros. O
elemento de conexão pode ser a lei do domicílio que é a lei pessoal do de cujus (não da
nacionalidade, pois aqui no Brasil seguimos a lex domicilie) ou a lei brasileira, sendo esse
elemento de conexão duplo. Será aquela mais favorável ao herdeiro brasileiro. No entanto, está
errado “sucessão de bens de estrangeiros” por que se eu for um brasileiro domiciliado no
estrangeiro, meus filhos não terão o benefício da lei brasileira, pois usará a lei do domicílio.
Deveria estar escrito “sucessão de bens de pessoas no estrangeiro”, para que pudesse estar ok
para os brasileiros também.

→ Parágrafo segundo: esse artigo deve ser lido da forma mais restritiva possível, pois quando
fala em capacidade do herdeiro ou legatário ele quer dizer sobre a possibilidade do herdeiro ou
legatário exercer seus direitos referentes à herança. Quem diz se você é ou não herdeiro é a lei
do de cujus, esse parágrafo só diz se você é capaz ou não.

× art. 13: Na escola estatutária italiana se dividiu o direito em material e processual, desde então
o processo é regido pela lei do foro. No art. 13 parece que o legislador entendeu a questão de
prova como sendo uma questão material, usando então a lei do local em que o ato/fato
aconteceu. O ônus da prova altera questões relativa à presunções,

Problema 1) Não aceito provas ilícitas

Problema 2) Contrato de compra e venda feita em país aonde não existe cartório e portanto não
se pode fazer uma procuração pública.

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