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Expressão no idioma Yorùbá que quer dizer: "Se não há folhas, não há
Òrìsà!" Esta expressão dá ao leitor o entendimento da importância das
folhas dentro dos rituais de origem africana, no entanto, queremos aqui
ampliar este conceito, traduzindo por folhas os vegetais de um modo
geral, incluindo além de suas folhas, seus frutos, sementes, e até
mesmo seu caule; e traduzindo por Òrìsà, os diversos usos "mágicos"
desses vegetais.
Este ofò faz referência a uma folha conhecida popularmente por Bredo
ou Caruru de porco, e cujo nome Yorùbá é Tètè. É uma folha facilmente
encontrada, tanto no meio urbano, nas margens de calçadas, como no
meio rural, e confesso que antes de conhecer o seu valor ritual,
passava-me despercebida, assim com muitas folhas que não
conhecemos! Percebemos pela tradução que é uma planta resistente às
variações da natureza, permanecendo sempre saudável, e não é este
tipo de força que queremos para nossa vida?
Referências Bibliográficas:
Reações:
FOLHAS, MACHO,FÊMEA, ESSENCIAIS
AO CANDOMBLÉ
As folhas são essenciais para o Candomblé.
Todos do Axé sabem que Sem folhas não há Orixa " ko si ewe Ko si
Orisá ".
A folha tem uma importância vital para o povo do santo, sem ela é
impossível realizar qualquer ritual, dai existe um termo curriqueiro do
povo do santo que diz: ko si ewe, ko si Orixa ou seja, (sem folha não
existe Orixá).
Ossaim é o grande Orixa das folhas, grande feiticeiro, que por meio das
folhas pode realizar curas, pode trazer progresso e riqueza. É nas folhas
que está à cura para varios tipos de doenças, para corpo e espírito.
Portanto, precisamos lutar sempre por sua preservação, para que
conseqüências desastrosas não atinjam os seres humanos.
Sua preparação é complexa, com ritos que pode durar até sete dias. A
presença de um Babalorixá e de um Babalosaim é indispensável para
sua confecção, pois neste ato litúrgico são exaltados os cânticos de
sasanha.
Ewe oro e Ewe Orixás são folhas sagradas pertinentes a cada terreiro,
podendo variar de acordo com sua regência, todavia são escolhidas ou
herdadas de forma ordenada, geralmente seguindo um equilíbrio: folha
gún (excitante "quente") , seu significado em nagô é "chama transe",
associada com uma folha èrò (calma "fria"), que é catalisadora da
propriedades de outras plantas, formando assim uma parceria perfeita,
para uma sintonia harmônica .
Todavia, essa não é uma condição sine qua non quando analisamos mais
detalhadamente a utilização dos vegetais, pois, percebemos que
algumas folhas positivas se relacionam com o lado esquerdo ou feminino
e vice-versa, daí, encontrarmos folhas femininas usadas com fins
positivos e folhas masculinas consideradas negativas. Verger (1995:25)
cita, pôr exemplo, "que entre as folhas há quatro conhecidas como (...)
as quatro folhas masculinas (pôr seu trabalho maléfico)...; e quatro
outras tidas como antídotos...". Entre estas últimas êle inclui
o ỌÌdúndún, que é uma folha feminina, porém, positiva, o que nos faz
crer que as diversas condições binárias não interagem de modo rígido
entre si, mas sim transitam dinamicamente de um lado para o outro,
pois, como vimos, uma folha masculina pode estar situada junto aos
elementos da esquerda pôr ser considerada negativa e vice-versa.
De grande importante, também, na classificação dos vegetais são as
condições binárias gún (de excitação) x ẹÌrọì (de calma), pois, são aspectos
das folhas, que dão equilíbrio às misturas vegetais, quando bem dosadas
de acordo com a situação de cada indivíduo. Os vegetais considerados
gún estão ligados aos compartimentos Fogo ou Terra, enquanto que, os
considerados ẹÌrọì, relacionam-se com os da Água ou Ar. Estas condições são
interpretadas corriqueiramente pelas pessoas do candomblé como fria
(ẹÌrọì) ou quente (gún).
Quando utilizadas nos rituais de iniciação ou nos trabalhos litúrgicos, os
vegetais classificados como ẹÌrọì tem a função de abrandar o transe,
apaziguar ou acalmar orixá, contrariamente, os considerados gún
servem para facilitar a possessão e excitar o orixá.
Os vegetais gún e ẹÌrọì são identificados, normalmente, segundo seu
nome ou sua finalidade. È importante notar que oọfọÌ (encantamento) é que
determina a função da folha, pois, embora exista todo um sistema
classificatório para os vegetais, cada folha traz em si a função a qual ela
se destina. Como exemplo: Peregún que no seu ọfọÌ é considerado o
senhor da maldição, tem a finalidade de retirar maldições das pessoas.
Ewuro, a folha amarga, tem por função retirar o amargo da vida. Teté,
Rinrin e Odundun são folhas calmantes, mas, também, com função de
atrair prosperidade para seus usuários.
Esses pares se interrelacionam e produzem a harmoniosa das
preparações (omi ẹÌrọì, amasí) constituindo-se em referencial das 16
"folhas" ewé ẹÌrìndínlógún que devem estar combinadas, das quais
oito são constantes e denominadas deewé órò, e as restantes
variáveis ewé òrìṣà e empregadas de acordo com o òrìṣà do indivíduo a
que se destina o preparado e/ou à situação específica (lavagem de
contas, de otá, feitura de santo, beberagem, etc.).
O quadro abaixo esquematiza as nossas colocações, assim como permite
visualizar o equilíbrio imanente às preparações vegetais. Cabe, ainda,
explicitar o que é entendido como omiẹÌrọì literalmente água que
acalma trata-se de preparado à base de vegetais macerados, aos quais é
acrescentada omì água (elemento essencialmente ẹÌrọì) e ẹÌjẹÌ (sangue) dos
animais sacrificados (elemento gùn), sendo então colocado em recipiente
apropriado (porrão, vaso de barro) e deixado para fermentação. Cabrera
(1980a:181) assim o define O Omièrè (...) se compõe das folhas
correspondentes a cada Oricha e das seguintes espécies usuais (...)
Àwọìn Ewé
O mel, por exemplo, não pode ser incluído entre os elementos que
compõem o àgbó ỌÌṣọìọÌsi, pois é um dos seus interditos alimentares,
enquanto está presente nas preparações destinadas a todos os outros
òrìṣà, o mesmo sucede com o dendê em relação a Òsàlá.
Verger (1968a), estudando o papel das plantas litúrgicas entre os
Yórùbá, vai dividi-las em duas categorias: "igègùn òrìṣà" e "èrò òrìṣà", a
primeira categoria para "excitar os òrìṣà" e a segunda para "calmar os
òrìṣà". Explicita quanto ao termo "gùn" que este significa "montar" e
induz a idéia de cavalgar, sendo que os adeptos que são possuídos pelas
divindades são denominados de "elégùn" ou "esín òrìṣà" cavalo do deus
concluindo que as espécies colocadas sob esta categoria servem para
propiciar a possessão. Contrariamente, as plantas classificadas como de
calma (èrò) teriam o efeito de abrandar o transe, apaziguar o òrìṣà.
Estas categorias mencionadas por Verger foram extraídas de textos dos
Odù e no curso de nosso trabalho conseguimos identificá-las nas "kòrín
ewé" ou "cantigas de folha", integrantes do ritual "Àsà Òsányìn" ou como
chamada Sasanho, no qual as espécies são louvadas antes de serem
empregadas. Os textos das cantigas aparecem mais adiante na
linguagem ritual e em tradução para apresentar o significado, tanto
literal quanto a dos grupos Jêje-Nagô.
O termo gùn aparece com a mesma conotação nas cantigas que visam
detonar o àṣẹ da "folha" PẹÌrẹÌgún e da "folha" TẹÌtẹÌ ẹÌgún. Quanto à
categoria èrò, podemos encontrá-la explícita nas cantigas que se
referem a ìrókò (Ficus doliaria, M., Moracease, Ba-35) e ỌÌdúndún,
espécies conotadamente de calma, tanto no Brasil, como em Cuba e na
Nigéria "(...) evocam a idéia de retorno à calma através do emprego de
folhas de ỌÌdúndún e da água contida na concha do caramujo.
No Brasil, entretanto, estas categorias aparecem também sob a
denominação de "positivas" e "negativas", servindo como medida para o
estabelecimento do equilíbrio das preparações, sendo mesmo "que se
deve Ter muito cuidado ao juntar as folhas, pois pode acontecer algum
problema se não forem vem casadas", segundo a maioria de nossos
informantes.
fonte: internet
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PATA DE VACA
Nome popular:
Nome científico:
Finalidade:
Uso:
Então o querubim...
fonte internet
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quinta-feira, 25 de setembro de 2014
FONTE: facebook
Postado por AUREA OLIVEIRA às 7:40:00 AM Nenhum comentário:
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