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RESENHA CRÍTICA DO LIVRO “ESTADO PÓS DEMOCRÁTICO: NEO-

OBSCURANTISMO E GESTÃO DOS INDESEJÁVEIS. 1° EDIÇÃO. RIO DE


JANEIRO(RJ) EDITORA CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA, 2017. 240p

Doutor em Direito, escritor, mestre em ciências penais e juiz de direito do Tribunal de


Justiça do Rio de Janeiro, Rubens R. R. Casara, trás, em 2017, a obra “Estado Pós-Democrático:
Neo-obscurantismo e gestão dos indesejáveis” onde explana em diversos aspectos o surgimento e
instauração do Estado pós-democrático e analisa a atual situação do Brasil nesse cenário.
Ele inicia a obra fazendo um apanhado histórico e elencando as características do Estado
Democrático de Direito que podemos entender sendo aquele que “ tem o compromisso de realizar
os direitos fundamentais e tem como principal característica a existência de limites legais ao
exercício do poder”(p. 19). Assim, atrelando-se a um ordenamento condizente com a Constituição
da República tornando-o menos desmedido, subjetivo e abusivo. O Estado Democrático, mesmo
vinculado à uma lei rígida, não se torna exceção aos métodos bilaterais e ilegais por qual se
manifestam o poder, tendo a legalidade como simples legitimadora.
Nesse contexto surge o conceito de “Estado pós-democrático”, Estado esse que se perde no
equilíbrio do poder; tendo uma influência maior de indivíduos e necessidades particulares, pondo
assim de lado sua função primordial de defesa aos direitos individuais. No Estado pós-democrático
há a maculação do fazer político pela ação dos ideais de mercado e influência econômica, onde a
Constituição é distorcida para que a população não conteste, inicialmente, a perca dos macro
princípios democráticos e o aumento da repressão e do autoritarismo. Decisões políticas, de forma
escancarada, são tomadas com viés mercadológico e tendem diretamente a favorecer as
corporações. Ondas liberais defendem o Estado pós-democrático, mas se perdem em seu próprio
discurso já que é indiscutível que não há efetiva diminuição do controle estatal na vida do cidadão –
longe disso – cada vez mais nota-se uma opressão desmedida.
O neoliberalismo tem influência direta no Estado pós-democrático, já que seus princípios
fomentam a competitividade no meio social e isso cria uma falsa noção de meritocracia, o que no
fim só serve de fachada para as transformação dos bens públicos em núcleos privados onde as
grandes empresas podem atuar de forma mais impositiva e as pessoas se tornam reféns de uma
ideologia imperativa que muito dificilmente é extinguida, já que passa a ser um falso interesse
comum. Um ponto que deve ser abordado com mais afinco é a questão da falsa ideia de
meritocracia, um conceito muito disseminado e que se torna justificativa para que o Estado não se
preocupe com as necessidades individuais de grupos desprivilegiados em contraste com a grande
massa. Cada pessoa está por si só na busca de seus interesses pessoais e o Estado trata apenas de dar
condições igualitárias para que o mais merecedor alcance o esperado, tal ideia é ilógica quando
atrelada a uma gritante desigualdade social, seja ela financeira, racial ou de qualquer outra forma
que se manifeste.
Por conseguinte, a diminuição da importância do trabalhador deve ser abordada, o
neoliberalismo estimula muito uma globalização disfuncional que demonstra também um novo tipo
de imperialismo, mas que ainda explora muito do que foi buscado na época das grandes
navegações, a força de trabalho e os bens de nações em posição desfavorável no cenário global.
Multinacionais se instalam em nações carentes com um discurso de gerar emprego e riqueza, mas
tramam acordos bilaterais com governos para que tenham facilidades financeiras, alfandegárias,
trabalhistas e no final acabam com uma exploração mascarada de empreitada humanitária. É
facilmente percebível, por exemplo, um apartheid tecnológico em boa parte do mundo, locais que
muitas vezes possui sede de montadoras de mercadorias tecnológicas que pouco são facilitadas
aquele povo. O afastamento dos polos de desenvolvimento cientifico também mostra isso, já que
muito dificilmente se dão incentivo das multinacionais em financiar estudos fora do seu país de
origem. Tudo isso descamba em uma mão de obra despreparada e que é obrigada a aceitar qualquer
tipo de imposição, tendo ideias depreciativas como se a falta de preparo estivesse diretamente
ligada a seu mérito, quando o Estado é que realmente deveria estar preocupado com a formação de
sua população.

Obs; Falar sobre o neoliberalismo, Estado Social de Direito, Clausulas Leoninas, Tocqueville e
sobre as classe de juristas que se mostram semideuses.

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