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Comissão

Interna de
Prevenção de
Acidentes

CURSO

PREVENÇÃO DE ACIDENTES DO TRABALHO

Participante:
_____________________________________________________

Curitiba – PR
Dezembro 2005

_____________________________________________________________________________________
Carbomafra Indústrias Químicas S/A. – Aldo Luiz T. Budel – Téc. Seg. do Trab. Reg. MTE PR/000035/3
Manual do Cipeiro
CONTEÚDO
INTRODUÇÃO..............................................................................................................4
HISTÓRICO.................................................................................................................4
NORMAS REGULAMENTADORAS..................................................................................5
RISCOS AMBIENTAIS.................................................................................................9
GRUPO 1 - RISCOS FÍSICOS........................................................................................9
GRUPO 2 - RISCOS QUÍMICOS...................................................................................10
GRUPO 3 - RISCOS BIOLÓGICOS................................................................................10
QUADRO RESUMO DOS RISCOS AMBIENTAIS..............................................................11
MAPA DE RISCOS....................................................................................................11
O que é o Mapa de Riscos?.........................................................................................11
Objetivos do Mapa de Riscos......................................................................................11
Quem elabora o Mapa de Riscos?................................................................................11
Etapas de Elaboração do Mapa de Riscos.....................................................................12
Representação gráfica do Mapa de Riscos....................................................................12
NOÇÕES DA LEGISLAÇÃO ACIDENTÁRIA E PREVIDENCIÁRIA..................................13
ACIDENTE DO TRABALHO........................................................................................13
CONCEITO LEGAL..................................................................................................13
CONCEITO PREVENCIONISTA..................................................................................13
TIPOS DE ACIDENTES............................................................................................13
SITUAÇÕES EM QUE O EMPREGADO NÃO ESTÁ A SERVIÇO DA EMPRESA....................14
CAUSAS DOS ACIDENTES..........................................................................................14
ATOS INSEGUROS....................................................................................................14
CONDIÇÕES INSEGURAS...........................................................................................14
FATOR PESSOAL DE INSEGURANÇA............................................................................14
INSPEÇÃO DE SEGURANÇA.....................................................................................14
INSPEÇÕES DE ROTINA.............................................................................................14
INSPEÇÕES PERIÓDICAS...........................................................................................14
INSPEÇÕES ESPECIAIS..............................................................................................14
INVESTIGAÇÃO DOS ACIDENTES............................................................................15
AGENTE DA LESÃO....................................................................................................15
A FONTE DA LESÃO...................................................................................................15
FATOR PESSOAL DE INSEGURANÇA............................................................................15
A NATUREZA DA LESÃO.............................................................................................15
A LOCALIZAÇÃO DA LESÃO........................................................................................15
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - E.P.I...................................................15
CABE AO EMPREGADOR.............................................................................................15
CABE AO EMPREGADO...............................................................................................15
CA - CERTIFICADO DE APROVAÇÃO............................................................................15
A seleção e o dimensionamento correto dos equipamentos de proteção previnem lesões e
acidentes fatais. Doenças decorrentes de atividades desenvolvidas em ambientes
insalubres e sem proteção levam milhares de trabalhadores a recorrer à Previdência Social,
gerando gastos de bilhões de reais por ano. Muitos trabalhadores ficam alijados do mercado
de trabalho por terem desenvolvido doenças crônicas, o que poderia ser evitado se os
mesmos estivessem devidamente protegidos por EPIs..................................................15
E.P.I.’s MAIS UTILIZADOS.......................................................................................17
C.I.P.A. - COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES...........................18
PREVENÇÃO E COMBATE À INCÊNDIOS.................................................................23
FOGO......................................................................................................................23
COMBUSTÍVEL..........................................................................................................23
OXIGÊNIO................................................................................................................23
CALOR.....................................................................................................................23
ASPECTO LEGAL.......................................................................................................23
CLASSIFICAÇÃO DOS INCÊNDIOS.............................................................................24
CARACTERÍSTICAS DOS EXTINTORES.........................................................................24
PRINCÍPIOS GERAIS DE HIGIENE.............................................................................25
NOÇÕES SOBRE A SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA – AIDS............26
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Estratégias Para a Prevenção da Transmissão do HIV ...................................................27
Prevenção ...............................................................................................................27
PRIMEIROS SOCORROS...........................................................................................29

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INTRODUÇÃO

Hoje em dia o assunto prevenção de acidentes é muito comentado e discutido.


Órgãos dos governos, os sindicatos e as empresas, realizam e adotam uma série de
medidas e programas, tudo para incentivar a prevenção de acidentes.
Nas empresas todos são responsáveis pela sua segurança como também pelos
demais. Porém a CIPA desempenha papel preponderante nas práticas
prevencionistas.
E nem poderia ser diferente. É o Cipeiro, representando o seu setor de
trabalho, quem mais conhece o seu ambiente e seus companheiros. É ele quem sabe
das tarefas da sua seção e seus riscos, portanto, é ele quem mais pode fazer para
que seus pares tenham e trabalhem com segurança.
Os Cipeiros, indicados e eleitos, receberam essa atribuição devido a sua
demonstração de competência para a causa prevencionista.
Vale lembrar que a conduta humana só é alterada pelo contato humano.
Pessoas é que mudam pessoas e o Cipeiro deve ser um multiplicador através das
relações pessoais, do companheirismo e da amizade.

HISTÓRICO

A legislação sobre Segurança, Higiene e Saúde do Trabalhado no Brasil é relativamente


nova. Após a edição do Decreto Lei n.º 5452 de 1943, que criou a Consolidação das Leis do
Trabalho - CLT, destacamos os seguintes fatos mais marcantes:

 Criação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, através do Decreto Lei n.º
7.036 de 10 de novembro de 1.944.

 Criação da Fundação Centro Nacional de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho, hoje


Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho - FUNDACENTRO,
instituída pela Lei n.º 5.161 de 21 de outubro de 1.966.

 Integração do Seguro de Acidentes do Trabalho à Previdência Social, através da Lei n.º


5.316 de 14 de setembro de 1.967.

 Criação obrigatória dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em


Medicina do Trabalho pelas empresas, através da edição da Portaria n.º 3.237 de 17 de
julho de 1972.

 Aprovação das Normas Regulamentadoras - NR- Capitulo V, título II da CLT, através da


Portaria n.º 3.214 de 08 de junho de 1.978.

 Edição da Portaria n.º 8 de 23 de fevereiro de 1.999 que alterou a Norma


Regulamentadora 5 – CIPA, atualmente em vigor.

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NORMAS REGULAMENTADORAS
Aprovadas pela Portaria 3.214/78 de 08 de e proteger a integridade do trabalhador no local
junho de 1.978 de trabalho.
Estabelece critérios para a constituição e
NR 1 DISPOSIÇÕES GERAIS determina procedimentos e atribuições de cada
As Normas Regulamentadoras - NR, relativas à um dos profissionais que integram o serviço
segurança e medicina do trabalho, são de especializado.
observância obrigatória pelas empresas privadas
e públicas e pelos órgãos públicos da 5 – COMISSÂO INTERNA DE PREVENÇÃO DE
administração direta e indireta, bem como pelos ACIDENTES
órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes –
possuam empregados regidos pela Consolidação CIPA - tem como objetivo a prevenção de
das Leis do Trabalho - CLT. acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de
As disposições contidas nas Normas modo a tornar compatível permanentemente o
Regulamentadoras – NR aplicam-se, no que trabalho com a preservação da vida e a
couber, aos trabalhadores avulsos, às entidades promoção da saúde do trabalhador.
ou empresas que lhes tomem o serviço e aos Devem constituir CIPA, por estabelecimento, e
sindicatos representativos das respectivas mantê-la em regular funcionamento as empresas
categorias profissionais. privadas, públicas, sociedades de economia
A observância das Normas Regulamentadoras - mista, órgãos da administração direta e indireta,
NR não desobriga as empresas do cumprimento instituições beneficentes, associações
de outras disposições que, com relação à recreativas, cooperativas, bem como outras
matéria, sejam incluídas em códigos de obras ou instituições que admitam trabalhadores como
regulamentos sanitários dos estados ou empregados
municípios, e outras, oriundas de convenções e
acordos coletivos de trabalho. NR 6 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Para os fins de aplicação desta Norma
NR 2 INSPEÇÃO PRÉVIA Regulamentadora – NR, considera-se
Todo estabelecimento novo, antes de iniciar suas Equipamento de Proteção Individual – EPI, todo
atividades, deverá solicitar aprovação de suas dispositivo ou produto, de uso individual utilizado
instalações ao órgão regional do MTE. O órgão pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos
regional do MTE, após realizar a inspeção prévia, suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde
emitirá o Certificado de Aprovação de no trabalho.
Instalações – CAI. Determina também as responsabilidades e
competências quanto ao fornecimento, uso,
NR 3 EMBARGO E INTERDIÇÃO aprovação, comercialização e fiscalização dos
O Delegado Regional do Trabalho ou Delegado EPIs.
do Trabalho Marítimo, conforme o caso, à vista NR 7 PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE
de laudo técnico do serviço competente que SAÚDE OCUPACIONAL
demonstre grave e iminente risco para o Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a
trabalhador, poderá interditar estabelecimento, obrigatoriedade de elaboração e implementação,
setor de serviço, máquina ou equipamento, ou por parte de todos os empregadores e
embargar obra, indicando na decisão tomada, instituições que admitam trabalhadores como
com a brevidade que a ocorrência exigir, as empregados, do Programa de Controle Médico
providências que deverão ser adotadas para de Saúde Ocupacional - PCMSO, com o objetivo
prevenção de acidentes do trabalho e doenças de promoção e preservação da saúde do
profissionais. Considera-se grave e iminente conjunto dos seus trabalhadores.
risco toda condição ambiental de trabalho que Caberá à empresa contratante de mão-de-obra
possa causar acidente do trabalho ou doença prestadora de serviços informar a empresa
profissional com lesão grave à integridade física contratada dos riscos existentes e auxiliar na
do trabalhador. elaboração e implementação do PCMSO nos
A interdição importará na paralisação total ou locais de trabalho onde os serviços estão sendo
parcial do estabelecimento, setor de serviço, prestados.
máquina ou equipamento.
NR – 4 SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EEM NR 8 EDIFICAÇÕES
ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM MEDICINA Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece
DO TRABALHO requisitos técnicos mínimos que devem ser
Todas as empresas ou órgãos que possuam observados nas edificações, para garantir
empregados regidos pela CLT, deverão manter segurança e conforto aos que nelas trabalhem.
obrigatoriamente, Serviços Especializados em Os locais de trabalho devem ter a altura do piso
Engenharia de Segurança e em Medicina do ao teto, pé direito, de acordo com as posturas
Trabalho, com a finalidade de promover a saúde municipais, atendidas as condições mínimas de
conforto, segurança e salubridade.

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prevenir a ocorrência de acidentes do
NR 9 PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS trabalho.Trata ainda do treinamento para
AMBIENTAIS operadores, planos de manutenções,
Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a classificação e segurança de vasos de pressão.
obrigatoriedade da elaboração e implementação,
por parte de todos os empregadores e NR 14 FORNOS
instituições que admitam trabalhadores como Estabelece condições mínimas de segurança
empregados, do Programa de Prevenção de para a operação de fornos, para qualquer
Riscos Ambientais - PPRA, visando à preservação utilização, desde a sua construção.
da saúde e da integridade dos trabalhadores,
através da antecipação, reconhecimento, NR-15 ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES
avaliação e conseqüente controle da ocorrência Define os agentes insalubres, limites de
de riscos ambientais existentes ou que venham a tolerância, critérios técnicos e legais para avaliar
existir no ambiente de trabalho, tendo em e caracterizar as atividades e operações
consideração a proteção do meio ambiente e dos insalubres e o adicional devido para cada caso
recursos naturais. Entende-se por Limite de Tolerância, a
As ações do PPRA devem ser desenvolvidas no concentração ou intensidade máxima ou mínima,
âmbito de cada estabelecimento da empresa, relacionada com a natureza e o tempo de
sob a responsabilidade do empregador, com a exposição ao agente, que não causará dano à
participação dos trabalhadores, sendo sua saúde do trabalhador, durante a sua vida
abrangência e profundidade dependentes das laboral.
características dos riscos e das necessidades de O exercício de trabalho em condições de
controle. insalubridade assegura ao trabalhador a
percepção de adicional, incidente sobre o salário
NR-10 INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM mínimo da região, equivalente a:
ELETRICIDADE • 40% (quarenta por cento), para
Esta Norma Regulamentadora - NR fixa os insalubridade de grau máximo;
requisitos e as condições mínimas objetivando a • 20% (vinte por cento), para insalubridade
implementação de medidas de controle e de grau médio;
sistemas preventivos de forma a garantir a • 10% (dez por cento), para insalubridade
segurança e a saúde dos trabalhadores que, de grau mínimo.
direta ou indiretamente, interajam em A eliminação ou neutralização da insalubridade
instalações elétricas e serviços com eletricidade. determinará a cessação do pagamento do
Ela se aplica às fases de geração, transmissão, adicional respectivo.
distribuição e consumo, incluindo as etapas de
projeto, construção, montagem, operação das NR 16 ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS
instalações elétricas e quaisquer trabalhos Especifica as atividades e operações
realizados nas suas proximidades. consideradas perigosas (explosivos, inflamáveis,
radiações e energia elétrica).
NR 11 TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, O exercício de trabalho em condições de
ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE MATERIAIS periculosidade assegura ao trabalhador a
Estabelece os requisitos de segurança a serem percepção de adicional de 30% (trinta por
observados nos locais de trabalho referentes ao cento), incidente sobre o salário, sem os
transporte, movimentação, armazenagem e acréscimos resultantes de gratificações, prêmios
manuseio de materiais, tanto na forma mecânica ou participação nos lucros da empresa.
quanto manual, de modo a evitar acidentes no
local de trabalho. NR 17 ERGONOMIA
Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer
NR 12 MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS parâmetros que permitam a adaptação das
Divide-se em norma de segurança em condições de trabalho às características
instalações e áreas de trabalho. Estabelece psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a
medidas preventivas a serem adotadas quanto à proporcionar um máximo de conforto, segurança
instalação, operação e manutenção de máquinas e desempenho eficiente.
e equipamentos. Inserido nesta norma o Anexo I As condições de trabalho incluem aspectos
que diz respeito à fabricação, importação, relacionados ao levantamento, transporte e
venda, locação, uso e segurança de descarga de materiais, ao mobiliário, aos
motosserras. O mesmo é válido para cilindros de equipamentos e às condições ambientais do
massa. posto de trabalho, e à própria organização do
trabalho.
NR 13 CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO
Estabelece todos os requisitos técnicos e legais NR 18 CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE
relativos à instalação, operação e manutenção TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO
de caldeiras e vasos sob pressão, de modo a se

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Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece separadas por sexo, além de dos aspectos
diretrizes de ordem administrativa, de construtivos e de conservação predial.
planejamento e de organização, que objetivam a
implementação de medidas de controle e NR 25 RESÍDUOS INDUSTRIAIS
sistemas preventivos de segurança nos Estabelece as medidas preventivas sobre o
processos, nas condições e no meio ambiente de destino final a ser dado aos resíduos industriais
trabalho na Indústria da Construção. resultantes dos ambientes de trabalho visando a
prevenção da saúde e da integridade física dos
NR 19 EXPLOSIVOS trabalhadores.
Trata dos aspectos de segurança que envolvem
as atividades com explosivos, quanto à NR 26 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
estocagem, manuseio e transporte. Estabelece a padronização das cores a serem
utilizadas como sinalização de segurança no
NR 20 LÍQUIDOS COMBUSTÍVEIS E ambiente de trabalho e a rotulagem preventiva.
INFLAMÁVEIS As cores aqui adotadas serão as seguintes:
Define os aspectos de segurança envolvendo as - vermelho;
atividades com líquidos inflamáveis e - amarelo;
combustíveis; classifica em função do ponto de - branco;
fulgor o que é líquido combustível e o que é - preto;
líquido inflamável. - azul;
- verde;
NR 21 TRABALHOS A CÉU ABERTO - laranja;
Trata dos aspectos de segurança nos trabalhos - púrpura;
realizados a céu aberto, quanto a - lilás;
obrigatoriedade da existência de abrigos, ainda - cinza;
que rústicos, capazes de proteger os - alumínio;
trabalhadores contra intempéries. - marrom.
Serão exigidas medidas especiais que protejam
os trabalhadores contra a insolação excessiva, o NR 27 REGISTRO PROFISSIONAL DO TÉCNICO
calor, o frio, a umidade e os ventos DE SEGURANÇA DO TRABALHO NO MINISTÉRIO
inconvenientes. DO TRABALHO
O exercício da profissão de Técnico de
NR 22 SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL NA Segurança do Trabalho depende de prévio
MINERAÇÃO registro no Ministério do Trabalho através da
Esta Norma Regulamentadora tem por objetivo Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho ou
disciplinar os preceitos a serem observados na das Delegacias Regionais do Trabalho.
organização e no ambiente de trabalho, de
forma a tornar compatível o planejamento e o NR 28 FISCALIZAÇÃO E PENALIDADES
desenvolvimento da atividade mineira com a Determina os procedimentos a serem adotados
busca permanente da segurança e saúde dos pela fiscalização a cargo dos órgãos competentes
trabalhadores. do Ministério do Trabalho, no que diz respeito
aos prazos de atendimento às infrações
NR 23 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS levantadas e suas respectivas penalidades.
Estabelece as medidas de proteção contra
incêndio de que devem dispor os locais de NR 29 SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO
trabalho, tais como, saídas de emergência, PORTUÁRIOS
portas corta fogo, sistemas de alarmes, Apresenta uma abordagem ampla sobre os
equipamentos de combate ao fogo, etc., e requisitos relativos à segurança para o trabalho
pessoas treinadas para o uso correto destes portuário.
equipamentos, visando a prevenção da saúde e
da integridade física dos trabalhadores. NR 30 SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO
Determina as ações seguras previstas para o AQUAVIÁRIO
combate ao fogo e exercícios de alerta. Esclarece Aplica-se aos trabalhadores de toda embarcação
quanto as classes de fogo, os métodos de comercial utilizada no transporte de mercadorias
extinção e os agentes extintores aplicáveis. ou de passageiros em geral bem como em
plataformas marítimas e fluviais.
NR 24 CONDIÇÕES SANITÁRIAS E DE
CONFORTO NOS LOCAIS DE TRABALHO NR 31 NORMA REGULAMENTADORA DE
Determina requisitos básicos para as instalações SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NA
sanitárias e de conforto a serem observadas nos AGRICULTURA, PECUÁRIA SILVICULTURA,
locais de trabalho, tais como banheiros, EXPLORAÇÃO FLORESTAL E AQÜICULTURA
vestiários, refeitórios, cozinhas, alojamentos Esta Norma Regulamentadora tem por objetivo
considerando o bom estado de asseio e higiene, estabelecer os preceitos a serem observados na

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organização e no ambiente de trabalho, de NR 32 SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM
forma a tornar compatível o planejamento e o SERVIÇOS DE SAÚDE
desenvolvimento das atividades da agricultura, Esta NR tem por finalidade estabelecer diretrizes
pecuária, silvicultura, exploração florestal e básicas para a implementação de medidas de
aqüicultura com a segurança e saúde e meio proteção à segurança e à saúde dos
ambiente do trabalho. trabalhadores dos serviços de saúde, bem como
daqueles que exercem atividades de promoção e
assistência à saúde em geral .

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RISCOS AMBIENTAIS

São considerados riscos ambientais os agentes físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de


acidentes/mecânicos que possam trazer ou ocasionar danos à saúde do trabalhador nos
ambientes de trabalho, em função de sua natureza, concentração, intensidade e tempo de
exposição ao agente.

GRUPO 1 - RISCOS FÍSICOS

EXEMPLOS DEFINIÇAO CONSEQÜÊNCIA


RISCOS FÍSICOS

Barulho ou som indesejável, Distúrbios gastrointestinais, irri-


produzido por máquinas, tabilidade, vertigens, nervosis-mo,
Ruído
equipamentos ou processos aceleração do pulso, aumento da
pressão arterial, comtrição dos
vasos sangüí-neos, e surdez.

Oscilações, tremores, balanços, Alterações musculares e ósseas,


movimento vibratório e trepidações problemas em articulações,
Vibraçòes produzidas por máquinas e distúrbios na coordenação motora,
equipamentos enjôo e náuseas, diminuição do
tato.
Energia produzida por materiais Queda de cabelo, lesões na córnea e
artificiais ou naturais que afetam no cristalino, perda da imunidade
Radiação gravemente o organismo humano biológica, câncer e mutações
ionizante como: Césio, Cobalto, Irídio, Raio genéticas com efeitos em gerações
X, etc. futuras.
Energia eletromagnética que Alterações de pele, cataratas,
Radiação não- apresenta-se na forma de raios conjuntivite, câncer de pele, lesões
ionizante infravermelhos, ultravioleta, na retina.
microondas, laser.
Baixa temperatura utilizada em Queimaduras, alergias hipotermia, e
processos industriais como? doenças como: resfriados,
Frio Câmaras frias, gases refrigerados, inflamação das amígdalas, etc..
etc..
Alta temperatura utilizada em Queimaduras, inflamação dos olhos,
processos industriais ou produzidos conjuntivite, taquicardia, cansaço,
Calor por máqui-nas e equipamentos irritação da pele, fadiga, prostração,
como: caldeiras, fundições, perturbação das funções digestivas,
siderúrgicas, indústria de vidros, insolação, intermação.
etc..
Atividade que expõem o traba-
lhador à condição de pressão
Barotraumas, necrose do nitrogênio
diferente de 1 atm. (1 kg/cm2)
Pressões no cérebro, embolia gasosa,
como: mergulho aquático, tra-
espasmos musculares.
anormais balhos em tubulações pneu-
máticas, túneis pressurizados.
Condições de trabalho em locais
que se faz uso de água como: Doenças do aparelho respiratório,
Umidade limpeza, lavouras, curtumes, vapor doenças de pele e circulatórias.
d’água, etc..

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GRUPO 2 - RISCOS QUÍMICOS


EXEMPLOS DEFINIÇAO CONSEQÜÊNCIA
RISCOS QUÍMICOS

Partículas sólidas em suspensão no


Poeira ar derivadas de: esmerilhamento, Doenças como: silicose,
trituração, impacto, manejo de pneuconiose, bissionose, etc.
materiais, etc.

Partículas sólidas em suspensão no De grande toxidade podendo causar


ar geradas pelo processo de doença pulmonar obstrutiva, febre
Fumos condensação de vapores metálicos de fumos metálicos, intoxicação de
como: chumbo, antimônio, acordo com o metal: saturnismo
manganês, ferro, etc.
Partículas líquidas em suspensão
derivadas de: pintura à pistola, Irritação nos olhos e das vias aéreas
Névoas spray, processo de lubrificação, superiores ou outras complicações.
etc.
Partículas finas em suspensão no Atinge o sistema respiratório
Neblinas ar. podendo ocasionar intoxicaçòes,
dermatites e lesões nos pulmões.
Partículas combinadas com gases Intoxicação, asfixia e irritabilidade
Fumaças originados de combustão das vias aéreas e olhos.
incompleta de materiais orgânicos.
Substâncias que nas Condições
Normais de Temperatura e Dores de cabeça, nàuseas,
Pressão, estão nos estado gasoso sonolência, convulsões, coma,
Gases
como: metano, monóxido de morte.
carbono, etc.
É a fase gasosa de uma substância Ação depressiva ao sistema
que nas Condições Normais de nervoso, danos à diversos órgãos e
Temperatura e Pressão é sólida ou ao sistema formador do sangue.
Vapores líquida como: vapor de gasolina,
álccol, benzeno, etc.
Podem englobar qualquer uma das Podem causar irritação, asfixia, ação
Produtos químcos formas de riscos químicos anéstésica, dependência, etc.
em geral apresentados anteriormente como:
soda caústica, ácidos, calcio, etc.

GRUPO 3 - RISCOS BIOLÓGICOS


EXEMPLOS DEFINIÇAO CONSEQÜÊNCIA
RISCOS BIOLÓGICOS

Microorganismos patogênicos
presentes em ambientes de
Bactérias, fungos, trabalho que são encontrados em Doenças como: infecçòes,
protozoários, vírus situações tais como: ali-mentos brucelose, tuberculose, micoses,
deteriorados, cemité-rios, esgotos, leptospirose.
laboratórios, lixo urbano, área
hospitalar.
Seres biológicos causadores de
doenças como: solitária, Neurocistissercose, teníase,
Vermes e outros esquistossoma, ascarídeos, verminoses em geral, diarréia,
parasitas lumbricóides, etc., presentes em esquistossomose.
esgotos, fossas, animais doentes,
etc.
Seres vivos portadores de
microorganismos patogênicos e Cólera, diarréia, infecçòes, alergias,
Insetos substâncias alérgicas e tóxicas, irritação, doená de chagas, febre
como: mosquito, moscas, abelhas, amerela, dengue, etc.
etc.

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QUADRO RESUMO DOS RISCOS AMBIENTAIS


Grupo 5
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
Azul
Verde Vermelho Marrom Amarelo
Riscos Riscos Riscos Riscos Riscos de
Físicos Químicos Biológicos Ergonômicos Acidentes

Ruídos Vírus Esforço físico Arranjo físico


Poeiras
intenso inadequado
Levantamento e Máquinas e
Vibrações Fumos Bactérias transporte equipamentos
manual de peso sem proteção
Exigência de Ferramentas
Radiações Névoas Protozoários postura inadequadas ou
ionizantes inadequada defeituosas
Radiações não Controle rígido Iluminação
ionizantes Neblinas Fungos de produtividade inadequada
Imposição a
Frio Gases Parasitas ritmos Eletricidade
excessivos
Probabilidade de
Bacilos Trabalho em incêndio ou
Calor Vapores
turno e noturno explosão
Pressões Produtos Jornadas de
Armazenamento
anormais químicos em trabalho
inadequado
geral prolongadas
Monotonia e
repetitividade.
Outras situações Animais
Umidade
causadoras de peçonhentos
estresse físico e
ou/psíquico.

MAPA DE RISCOS

O que é o Mapa de Riscos?

Consiste na representação gráfica dos riscos à saúde identificados em cada um dos


diversos locais de trabalho de uma empresa.

Objetivos do Mapa de Riscos


 reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação
de segurança e saúde no trabalho na empresa.
 possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e divulgação de informações
entre os trabalhadores, bem como estimular sua participação nas atividades
de prevenção.

Quem elabora o Mapa de Riscos?


É elaborado pelos membros da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
- CIPA, após ouvir os trabalhadores de todos os setores produtivos da

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empresa, com assessoria do SESMT - Serviços Especializados em Engenharia
de Segurança e em Medicina do Trabalho, quando este existir.
Etapas de Elaboração do Mapa de Riscos
 Conhecer o processo de trabalho no local analisado;
 Identificar os riscos existentes no local analisado;
 Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia;
 Identificar os indicadores de saúde (queixas mais freqüentes, acidentes de
trabalho, doenças profissionais, etc.);
 Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local.

Representação gráfica do Mapa de Riscos


 Os riscos serão representados por círculos de tamanhos e cores diferentes
que devem ser apostos sobre a planta (lay-out) do local analisado.
 O tamanho do círculo indicará se o risco é grande, médio ou pequeno
(quanto maior for o círculo, maior o risco).
 Para cada tipo de risco os círculos serão representados por uma cor
diferente, conforme segue:
• riscos físicos: verde;
• riscos químicos: vermelho;
• riscos biológicos: marrom;
• riscos ergonômicos: amarelo;
• riscos de acidentes/mecânicos: azul.

 Alguns exemplos práticos:

• Num dado almoxarifado foi detectada a existência de muita poeira:

Risco grande (muita poeira)


Cor Vermelha (risco químico)

• Em uma área de escritório foram encontradas algumas cadeiras fixas,


utilizadas para operação do microcom-putador:

Risco médio (cadeiras fixas)


Cor Amarela (risco ergonômico)

• Na copa foi encontrado um botijão de gás:

Risco pequeno (gás de cozinha)


Cor Azul (risco de acidente/mecânico)

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NOÇÕES DA LEGISLAÇÃO • a inerente ao grupo etário;


ACIDENTÁRIA E • a que não produza incapacidade
laborativa;
PREVIDENCIÁRIA
• a doença endêmica adquirida por
segurado habitante de região em que
ACIDENTE DO TRABALHO ela se desenvolva salvo comprovação
de que é resultante de exposição ou
CONCEITO LEGAL contato direto determinado pela
natureza do trabalho.
 A Lei nº 8.213 de 24.07.91 da
Previdência Social define em seu Equiparam-se também ao acidente do
artigo 19 que: Acidente do Trabalho é trabalho
o que ocorre pelo exercício do trabalho
a serviço da empresa, provocando • O acidente ligado ao trabalho que,
lesão corporal ou perturbação embora não tenha sido a causa única,
funcional que cause a morte, ou haja contribuído diretamente para a
perda, ou redução permanente ou morte do segurado, para redução ou
temporária, da capacidade para o perda da sua capacidade para o
trabalho. trabalho, ou produzido lesão que exija
atenção médica para a sua
CONCEITO PREVENCIONISTA recuperação;

 Uma ocorrência não programada, • O acidente sofrido no local e no


inesperada ou não, que interrompe ou horário do trabalho em consequência
interfere no processo normal de uma de:
atividade ocasionando perda de tempo
e/ou lesões nos trabalhadores e/ou  ato de agressão, sabotagem
danos materiais. ou terrorismo praticado por
terceiros ou companheiros de
TIPOS DE ACIDENTES trabalho;
 ofensa física intencional,
 Acidentes de Trajeto: são aqueles que inclusive de terceiro, por motivo
ocorrem no percurso da residência de disputa relacionada ao
para o local de trabalho ou deste para trabalho;
aquela, qualquer que seja o meio de  ato de imprudência, de
locomoção, inclusive veículo de negligência ou de imperícia de
propriedade do segurado. terceiros ou de companheiro de
trabalho;
 Doença Profissional: é aquela  ato de pessoa privada do uso
produzida ou desencadeada pelo da razão;
exercício do trabalho. (Ex: silicose -  desabamento, inundações,
doença pulmonar freqüente em incêndio e outros casos fortuitos
mineiros de carvão). ou decorrentes de força maior;

 Doença do Trabalho: é aquela • A doença proveniente de


adquirida ou desencadeada em função contaminação acidental do
de condições especiais em que o empregado no exercício de sua
trabalho é realizado e com ele se atividade;
relacione diretamente. (Ex: • O acidente sofrido pelo segurado,
tenossinovite). ainda que fora do local e horário de
trabalho:
Não são consideradas como doença do • Na execução de ordem ou na
trabalho realização de serviço sob a autoridade
da empresa;
• a doença degenerativa;

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• Na prestação espontânea de qualquer cadeira para trocar uma
serviço à empresa para lhe evitar lâmpada).
prejuízo ou proporcionar proveito;
• Em viagem a serviço da empresa, CONDIÇÕES INSEGURAS
inclusive para estudo quando  São deficiências, defeitos,
financiada por estar dentro de seus irregularidades técnicas do
planos para melhor capacitação da ambiente de trabalho que podem
mão-de-obra, independentemente do ocasionar um acidente (ex.:
meio de locomoção utilizado, inclusive escada sem corrimão, piso
veículo de propriedade do segurado; escorregadio).

OBS.: Nos períodos destinados à refeição FATOR PESSOAL DE INSEGURANÇA


ou descanso, ou por ocasião de satisfação  São as características físicas ou
de outras necessidades fisiológicas, no local mentais de um indivíduo que
de trabalho ou durante este, o empregado podem interferir no trabalho que
será considerado a serviço da empresa. está sendo realizado (ex.:
instabilidade emocional, falta de
SITUAÇÕES EM QUE O EMPREGADO NÃO coordenação motora).
ESTÁ A SERVIÇO DA EMPRESA

Cabe lembrar que de acordo com a


INSPEÇÃO DE SEGURANÇA
Norma Brasileira NB 18, o empregado não
será considerado a serviço da empresa
quando: É a vistoria que se faz nos locais de
• Fora da área da empresa, por trabalho, a fim de se descobrir riscos de
motivos pessoais, não do acidentes:
interesse do empregador ou do
seu preposto; INSPEÇÕES DE ROTINA
• Em estacionamento  São inspeções normalmente
proporcionado pela empresa para efetuadas pelos membros da
seu veículo, não estando CIPA e que visam, acima de
exercendo qualquer função do tudo, observar e evitar a criação
seu emprego; de riscos conhecidos, tais como:
• Empenhado em atividades arrumações perigosas, defeitos
esportivas patrocinadas pela nos pontos vitais dos
empresa, pelas quais não receba equipamentos, carpetes
qualquer pagamento direta ou descolados, utilização de
indiretamente; extensões, benjamins (“tês”),
• Embora residindo em atitudes perigosas dos
propriedade da empresa, esteja funcionários, etc.
exercendo atividades não
relacionadas com o seu INSPEÇÕES PERIÓDICAS
emprego;  São inspeções que se fazem a
• Envolvido em luta corporal ou intervalos regulares,
outra disputa sobre assunto não principalmente para descobrir
relacionado com o seu emprego. riscos já previstos, que podem
caracterizar-se por desgastes,
esforços e outras agressividades
a que estão sujeitos móveis,
CAUSAS DOS ACIDENTES máquinas, etc.

Os acidentes do trabalho decorrem INSPEÇÕES ESPECIAIS


basicamente de três causas primárias:  São inspeções geralmente
realizadas por especialistas em
ATOS INSEGUROS Segurança do Trabalho,
 São atos executados de forma utilizando-se equipamentos
contrária às Normas de especiais para monitoramento de
Segurança (ex.: subir em
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agentes físicos e/ou químicos
(Ex.: decibelímetro, termômetro,
dosímetro, etc.).
INVESTIGAÇÃO DOS ACIDENTES EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL - E.P.I.
Investigar um acidente é fazer a sua
análise, após a sua ocorrência, com o Considera-se Equipamento de
objetivo de descobrir as causas e tomar Proteção Individual - EPI, todo dispositivo
providências corretivas para evitar a de uso individual, de fabricação nacional ou
repetição de casos semelhantes. estrangeira, destinado a proteger a saúde e
a integridade física do trabalhador.
Para se realizar uma investigação do
acidente, deve-se analisar 5 (cinco) fatores: CABE AO EMPREGADOR
Fornecer aos empregados,
AGENTE DA LESÃO gratuitamente, Equipamento de
 É o local, o ambiente, o ato, Proteção Individual aprovado pelo
enfim, o que possa ser o Ministério do Trabalho - MTb,
causador da lesão. adequado ao risco e em perfeito
estado de conservação e
A FONTE DA LESÃO funcionamento, sempre que as
 É o objeto que, agindo sobre o medidas de ordem geral não ofereçam
organismo, provocou a lesão. completa proteção contra os riscos de
acidentes e danos à saúde dos
FATOR PESSOAL DE INSEGURANÇA empregados.
 Se houver.
CABE AO EMPREGADO
A NATUREZA DA LESÃO • Usá-lo apenas para a finalidade a
 Estabelecer como foi o contato que se destina;
entre a pessoa lesionada e o • Responsabilizar-se por sua
objeto ou movimento que a guarda, conservação e
provocou (queimadura, corte, higienização;
fratura, etc.). • Comunicar ao empregador
qualquer alteração que o torne
A LOCALIZAÇÃO DA LESÃO impróprio para uso;
 Permite, muitas vezes, • Constitui ato faltoso do
identificar a fonte da lesão e empregado a recusa injustificada
indicar, também, certas do uso do E.P.I.
freqüências em relação a alguns
fatores de insegurança. CA - CERTIFICADO DE APROVAÇÃO
Expedido pelo Ministério do Trabalho e
Emprego-MTE, para cada EPI. Todo
EPI deverá apresentar, em caracteres
indeléveis e bem visíveis, o nome
comercial da empresa fabricante ou da
empresa importadora, e o número de
CA.
A seleção e o dimensionamento correto
dos equipamentos de proteção previnem
lesões e acidentes fatais. Doenças
decorrentes de atividades desenvolvidas
em ambientes insalubres e sem proteção
levam milhares de trabalhadores a
recorrer à Previdência Social, gerando
gastos de bilhões de reais por ano.
Muitos trabalhadores ficam alijados do
mercado de trabalho por terem
desenvolvido doenças crônicas, o que
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poderia ser evitado se os mesmos EPIs.
estivessem devidamente protegidos por

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E.P.I.’s MAIS UTILIZADOS

TIPO DE FINALIDADE EQUIPAMENTO


PROTEÇÃO INDICADO
- óculos de segurança (para
contra riscos de impacto de partículas, maçariqueiros,
respingos de produtos químicos, ação rebarbadores,
PROTEÇÃO PARA de radiação calorífica ou luminosa esmerilhadores, soldadores,
A FACE (infra-vermelho, ultra-violeta e calor). torneiros).
- Máscaras e escudos (para
soldadores).
contra riscos de queda de objetos
PROTEÇÃO PARA batidas, batidas por choque elétrico, - capacete de segurança
O CRÂNIO cabelos arrancados, etc.

- protetores de inserção
PROTEÇÃO contra níveis de ruído que ultrapassem (moldáveis ou não)
AUDITIVA os limites de tolerância. - protetores externos (tipo
concha)
contra gases ou outras substâncias - respiradores com filtros
PROTEÇÃO nocivas ao organismo que tenham por mecânicos, químicos ou
RESPIRATÓRIA veículo de contaminação as vias com a combinação dos dois
respiratórias. tipos, etc.
- aventais de napa ou couro,
PROTEÇÃO DO contra os mais variados tipos de de PVC, de lona e de
TRONCO agentes agressores. plástico, conforme o tipo de
agente.
contra materiais cortantes, abrasivos, - luvas de malhas de aço, de
PROTEÇÃO DOS escoriantes, perfurantes, térmicos, borracha, de neoprene e
MEMBROS elétricos, químicos, biológicos e vinil, de couro, de raspa, de
SUPERIORES radiantes que podem provocar lesões lona e algodão, Kevlar, etc.
nas mãos ou provocar doenças por
intermédio delas.
- sapatos de segurança
contra impactos, eletricidade, metais - perneiras
PROTEÇÃO DOS em fusão, umidade, produtos químicos, - polainas
MEMBROS objetos cortantes ou pontiagudos, - botas (com biqueiras de
INFERIORES agentes biológicos, etc. aço, isolantes, etc.,
fabricados em couro, lona,
borracha, etc.

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C.I.P.A. - COMISSÃO INTERNA DE titulares e suplentes serão por eles


PREVENÇÃO DE ACIDENTES designados.
5.6.2 Os representantes dos empregados,
DO OBJETIVO titulares e suplentes, serão eleitos em
escrutínio secreto, do qual participem,
5.1 A Comissão Interna de Prevenção de
independentemente de filiação sindical,
Acidentes – CIPA - tem como objetivo a
exclusivamente os empregados
prevenção de acidentes e doenças
interessados.
decorrentes do trabalho, de modo a tornar
compatível permanentemente o trabalho 5.6.3 O número de membros titulares e
com a preservação da vida e a promoção da suplentes da CIPA, considerando a ordem
saúde do trabalhador. decrescente de votos recebidos, observará o
dimensionamento previsto no Quadro I
DA CONSTITUIÇÃO desta NR, ressalvadas as alterações
disciplinadas em atos normativos de setores
5.2 Devem constituir CIPA, por
econômicos específicos.
estabelecimento, e mantê-la em regular
funcionamento as empresas privadas, 5.6.4 Quando o estabelecimento não se
públicas, sociedades de economia mista, enquadrar no Quadro I, a empresa
órgãos da administração direta e indireta, designará um responsável pelo
instituições beneficentes, associações cumprimento dos objetivos desta NR,
recreativas, cooperativas, bem como outras podendo ser adotados mecanismos de
instituições que admitam trabalhadores participação dos empregados, através de
como empregados. negociação coletiva.
5.3 As disposições contidas nesta NR 5.7 O mandato dos membros eleitos da
aplicam-se, no que couber, aos CIPA terá a duração de um ano, permitida
trabalhadores avulsos e às entidades que uma reeleição.
lhes tomem serviços, observadas as 5.8 É vedada a dispensa arbitrária ou sem
disposições estabelecidas em Normas justa causa do empregado eleito para cargo
Regulamentadoras de setores econômicos de direção de Comissões Internas de
específicos. Prevenção de Acidentes desde o registro de
5.4 A empresa que possuir em um mesmo sua candidatura até um ano após o final de
município dois ou mais estabelecimentos, seu mandato.
deverá garantir a integração das CIPA e dos 5.9 Serão garantidas aos membros da CIPA
designados, conforme o caso, com o condições que não descaracterizem suas
objetivo de harmonizar as políticas de atividades normais na empresa, sendo
segurança e saúde no trabalho. vedada a transferência para outro
5.5 As empresas instaladas em centro estabelecimento sem a sua anuência,
comercial ou industrial estabelecerão, ressalvado o disposto nos parágrafos
através de membros de CIPA ou primeiro e segundo do artigo 469, da CLT.
designados, mecanismos de integração com 5.10 O empregador deverá garantir que
objetivo de promover o desenvolvimento de seus indicados tenham a representação
ações de prevenção de acidentes e doenças necessária para a discussão e
decorrentes do ambiente e instalações de encaminhamento das soluções de questões
uso coletivo, podendo contar com a de segurança e saúde no trabalho
participação da administração do mesmo. analisadas na CIPA.
5.11 O empregador designará entre seus
DA ORGANIZAÇÃO representantes o Presidente da CIPA, e os
5.6 A CIPA será composta de representantes dos empregados escolherão
representantes do empregador e dos entre os titulares o vice-presidente.
empregados, de acordo com o 5.12 Os membros da CIPA, eleitos e
dimensionamento previsto no Quadro I designados serão empossados no primeiro
desta NR, ressalvadas as alterações dia útil após o término do mandato anterior.
disciplinadas em atos normativos para
5.13 Será indicado, de comum acordo com
setores econômicos específicos.
os membros da CIPA, um secretário e seu
5.6.1 Os representantes dos empregadores,
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substituto, entre os componentes ou não da trabalhadores;
comissão, sendo neste caso necessária a h) requerer ao SESMT, quando houver,
concordância do empregador. ou ao empregador, a paralisação de
5.14 Empossados os membros da CIPA, a máquina ou setor onde considere
empresa deverá protocolizar, em até dez haver risco grave e iminente à
dias, na unidade descentralizada do segurança e saúde dos
Ministério do Trabalho, cópias das atas de trabalhadores;
eleição e de posse e o calendário anual das i) colaborar no desenvolvimento e
reuniões ordinárias. implementação do PCMSO e PPRA e
de outros programas relacionados à
5.15 Protocolizada na unidade
segurança e saúde no trabalho;
descentralizada do Ministério do Trabalho e
j) divulgar e promover o cumprimento
Emprego, a CIPA não poderá ter seu
das Normas Regulamentadoras, bem
número de representantes reduzido, bem
como cláusulas de acordos e
como não poderá ser desativada pelo
convenções coletivas de trabalho,
empregador, antes do término do mandato
relativas à segurança e saúde no
de seus membros, ainda que haja redução
trabalho;
do número de empregados da empresa,
k) participar, em conjunto com o
exceto no caso de encerramento das
SESMT, onde houver, ou com o
atividades do estabelecimento.
empregador da análise das causas
das doenças e acidentes de trabalho
DAS ATRIBUIÇÕES
e propor medidas de solução dos
5.16 A CIPA terá por atribuição: problemas identificados;
a) identificar os riscos do processo de l) requisitar ao empregador e analisar
trabalho, e elaborar o mapa de as informações sobre questões que
riscos, com a participação do maior tenham interferido na segurança e
número de trabalhadores, com saúde dos trabalhadores;
assessoria do SESMT, onde houver; m) requisitar à empresa as cópias das
b) elaborar plano de trabalho que CAT emitidas;
possibilite a ação preventiva na n) promover, anualmente, em conjunto
solução de problemas de segurança com o SESMT, onde houver, a
e saúde no trabalho; Semana Interna de Prevenção de
c) participar da implementação e do Acidentes do Trabalho – SIPAT;
controle da qualidade das medidas o) participar, anualmente, em conjunto
de prevenção necessárias, bem com a empresa, de Campanhas de
como da avaliação das prioridades Prevenção da AIDS.
de ação nos locais de trabalho;
5.17 Cabe ao empregador proporcionar aos
d) realizar, periodicamente, verificações
membros da CIPA os meios necessários ao
nos ambientes e condições de
desempenho de suas atribuições,
trabalho visando a identificação de
garantindo tempo suficiente para a
situações que venham a trazer riscos
realização das tarefas constantes do plano
para a segurança e saúde dos
de trabalho.
trabalhadores;
e) realizar, a cada reunião, avaliação do 5.18 Cabe aos empregados:
cumprimento das metas fixadas em a) participar da eleição de seus
seu plano de trabalho e discutir as representantes;
situações de risco que foram b) colaborar com a gestão da CIPA;
identificadas; c) indicar à CIPA, ao SESMT e ao
f) divulgar aos trabalhadores empregador situações de riscos e
informações relativas à segurança e apresentar sugestões para melhoria
saúde no trabalho; das condições de trabalho;
g) participar, com o SESMT, onde d) observar e aplicar no ambiente de
houver, das discussões promovidas trabalho as recomendações quanto a
pelo empregador, para avaliar os prevenção de acidentes e doenças
impactos de alterações no ambiente decorrentes do trabalho.
e processo de trabalho relacionados 5.19 Cabe ao Presidente da CIPA:
à segurança e saúde dos a) convocar os membros para as

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reuniões da CIPA; assinadas pelos presentes com
b) coordenar as reuniões da CIPA, encaminhamento de cópias para todos os
encaminhando ao empregador e ao membros.
SESMT, quando houver, as decisões 5.26 As atas ficarão no estabelecimento à
da comissão; disposição dos Agentes da Inspeção do
c) manter o empregador informado Trabalho - AIT.
sobre os trabalhos da CIPA;
5.27 Reuniões extraordinárias deverão ser
d) coordenar e supervisionar as
realizadas quando:
atividades de secretaria;
a) houver denúncia de situação de risco
e) delegar atribuições ao Vice-
grave e iminente que determine
Presidente;
aplicação de medidas corretivas de
5.20 Cabe ao Vice-Presidente: emergência;
a) executar atribuições que lhe forem b) ocorrer acidente do trabalho grave
delegadas; ou fatal;
b) substituir o Presidente nos seus c) houver solicitação expressa de uma
impedimentos eventuais ou nos seus das representações.
afastamentos temporários;
5.28 As decisões da CIPA serão
5.21 O Presidente e o Vice-Presidente da preferencialmente por consenso.
CIPA, em conjunto, terão as seguintes
5.28.1 Não havendo consenso, e frustradas
atribuições:
as tentativas de negociação direta ou com
a) cuidar para que a CIPA disponha de
mediação, será instalado processo de
condições necessárias para o
votação, registrando-se a ocorrência na ata
desenvolvimento de seus trabalhos;
da reunião.
b) coordenar e supervisionar as
atividades da CIPA, zelando para que 5.29 Das decisões da CIPA caberá pedido de
os objetivos propostos sejam reconsideração, mediante requerimento
alcançados; justificado.
c) delegar atribuições aos membros da 5.29.1 O pedido de reconsideração será
CIPA; apresentado à CIPA até a próxima reunião
d) promover o relacionamento da CIPA ordinária, quando será analisado, devendo o
com o SESMT, quando houver; Presidente e o Vice-Presidente efetivar os
e) divulgar as decisões da CIPA a todos encaminhamentos necessários.
os trabalhadores do 5.30 O membro titular perderá o mandato,
estabelecimento; sendo substituído por suplente, quando
f) encaminhar os pedidos de faltar a mais de quatro reuniões ordinárias
reconsideração das decisões da sem justificativa.
CIPA;
5.31 A vacância definitiva de cargo,
g) constituir a comissão eleitoral.
ocorrida durante o mandato, será suprida
5.22 O Secretário da CIPA terá por por suplente, obedecida à ordem de
atribuição: colocação decrescente registrada na ata de
a) acompanhar as reuniões da CIPA, e eleição, devendo o empregador comunicar à
redigir as atas apresentando-as para unidade descentralizada do Ministério do
aprovação e assinatura dos membros Trabalho e Emprego as alterações e
presentes; justificar os motivos.
b) preparar as correspondências; e
5.31.1 No caso de afastamento definitivo do
c) outras que lhe forem conferidas.
presidente, o empregador indicará o
substituto, em dois dias úteis,
DO FUNCIONAMENTO
preferencialmente entre os membros da
5.23 A CIPA terá reuniões ordinárias CIPA.
mensais, de acordo com o calendário
5.31.2 No caso de afastamento definitivo do
preestabelecido.
vice-presidente, os membros titulares da
5.24 As reuniões ordinárias da CIPA serão representação dos empregados, escolherão
realizadas durante o expediente normal da o substituto, entre seus titulares, em dois
empresa e em local apropriado. dias úteis.
5.25 As reuniões da CIPA terão atas
DO TREINAMENTO
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5.32 A empresa deverá promover ou a realização de outro, que será efetuado
treinamento para os membros da CIPA, no prazo máximo de trinta dias, contados
titulares e suplentes, antes da posse. da data de ciência da empresa sobre a
5.32.1 O treinamento de CIPA em primeiro decisão.
mandato será realizado no prazo máximo de
trinta dias, contados a partir da data da DO PROCESSO ELEITORAL
posse. 5.38 Compete ao empregador convocar
5.32.2 As empresas que não se enquadrem eleições para escolha dos representantes
no Quadro I, promoverão anualmente dos empregados na CIPA, no prazo mínimo
treinamento para o designado responsável de 60 (sessenta) dias antes do término do
pelo cumprimento do objetivo desta NR. mandato em curso.
5.33 O treinamento para a CIPA deverá 5.38.1 A empresa estabelecerá mecanismos
contemplar, no mínimo, os seguintes itens: para comunicar o início do processo eleitoral
a) estudo do ambiente, das condições ao sindicato da categoria profissional.
de trabalho, bem como dos riscos 5.39 O Presidente e o Vice Presidente da
originados do processo produtivo; CIPA constituirão dentre seus membros, no
b) metodologia de investigação e prazo mínimo de 55 (cinqüenta e cinco)
análise de acidentes e doenças do dias antes do término do mandato em
trabalho; curso, a Comissão Eleitoral – CE, que será a
c) noções sobre acidentes e doenças do responsável pela organização e
trabalho decorrentes de exposição acompanhamento do processo eleitoral.
aos riscos existentes na empresa; 5.39.1 Nos estabelecimentos onde não
d) noções sobre a Síndrome da houver CIPA, a Comissão Eleitoral será
Imunodeficiência Adquirida – AIDS, constituída pela empresa.
e medidas de prevenção;
5.40 O processo eleitoral observará as
e) noções sobre as legislações
seguintes condições:
trabalhista e previdenciária relativas
a) publicação e divulgação de edital,
à segurança e saúde no trabalho;
em locais de fácil acesso e
f) princípios gerais de higiene do
visualização, no prazo mínimo de 45
trabalho e de medidas de controle
(quarenta e cinco) dias antes do
dos riscos;
término do mandato em curso;
g) organização da CIPA e outros
b) inscrição e eleição individual, sendo
assuntos necessários ao exercício
que o período mínimo para inscrição
das atribuições da Comissão.
será de quinze dias;
5.34 O treinamento terá carga horária de c) liberdade de inscrição para todos os
vinte horas, distribuídas em no máximo oito empregados do estabelecimento,
horas diárias e será realizado durante o independentemente de setores ou
expediente normal da empresa. locais de trabalho, com fornecimento
5.35 O treinamento poderá ser ministrado de comprovante;
pelo SESMT da empresa, entidade patronal, d) garantia de emprego para todos os
entidade de trabalhadores ou por inscritos até a eleição;
profissional que possua conhecimentos e) realização da eleição no prazo
sobre aos temas ministrados. mínimo de 30 (trinta) dias antes do
5.36 A CIPA será ouvida sobre o término do mandato da CIPA,
treinamento a ser realizado, inclusive quando houver;
quanto à entidade ou profissional que o f) realização de eleição em dia normal
ministrará, constando sua manifestação em de trabalho, respeitando os horários
ata, cabendo à empresa escolher a entidade de turnos e em horário que
ou profissional que ministrará o possibilite a participação da maioria
treinamento. dos empregados.
g) voto secreto;
5.37 Quando comprovada a não
h) apuração dos votos, em horário
observância ao disposto nos itens
normal de trabalho, com
relacionados ao treinamento, a unidade
acompanhamento de representante
descentralizada do Ministério do Trabalho e
do empregador e dos empregados,
Emprego, determinará a complementação
em número a ser definido pela
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comissão eleitoral; DAS CONTRATANTES E CONTRATADAS
i) faculdade de eleição por meios 5.46 Quando se tratar de empreiteiras ou
eletrônicos; empresas prestadoras de serviços,
j) guarda, pelo empregador, de todos considera-se estabelecimento, para fins de
os documentos relativos à eleição, aplicação desta NR, o local em que seus
por um período mínimo de cinco empregados estiverem exercendo suas
anos. atividades.
5.41 Havendo participação inferior a 5.47 Sempre que duas ou mais empresas
cinqüenta por cento dos empregados na atuarem em um mesmo estabelecimento, a
votação, não haverá a apuração dos votos e CIPA ou designado da empresa contratante
a comissão eleitoral deverá organizar outra deverá, em conjunto com as das
votação que ocorrerá no prazo máximo de contratadas ou com os designados, definir
dez dias. mecanismos de integração e de participação
5.42 As denúncias sobre o processo de todos os trabalhadores em relação às
eleitoral deverão ser protocolizadas na decisões das CIPA existentes no
unidade descentralizada do MTE, até trinta estabelecimento.
dias após a data da posse dos novos 5.48 A contratante e as contratadas, que
membros da CIPA. atuem num mesmo estabelecimento,
5.42.1 Compete a unidade descentralizada deverão implementar, de forma integrada,
do Ministério do Trabalho e Emprego, medidas de prevenção de acidentes e
confirmadas irregularidades no processo doenças do trabalho, decorrentes da
eleitoral, determinar a sua correção ou presente NR, de forma a garantir o mesmo
proceder a anulação quando for o caso. nível de proteção em matéria de segurança
5.42.2 Em caso de anulação a empresa e saúde a todos os trabalhadores do
convocará nova eleição no prazo de cinco estabelecimento.
dias, a contar da data de ciência, garantidas 5.49 A empresa contratante adotará
as inscrições anteriores. medidas necessárias para que as empresas
5.42.3 Quando a anulação se der antes da contratadas, suas CIPA, os designados e os
posse dos membros da CIPA, ficará demais trabalhadores lotados naquele
assegurada a prorrogação do mandato estabelecimento recebam as informações
anterior, quando houver, até a sobre os riscos presentes nos ambientes de
complementação do processo eleitoral. trabalho, bem como sobre as medidas de
proteção adequadas.
5.43 Assumirão a condição de membros
titulares e suplentes, os candidatos mais 5.50 A empresa contratante adotará as
votados. providências necessárias para acompanhar
o cumprimento pelas empresas contratadas
5.44 Em caso de empate, assumirá aquele
que atuam no seu estabelecimento, das
que tiver maior tempo de serviço no
medidas de segurança e saúde no trabalho.
estabelecimento.
5.45 Os candidatos votados e não eleitos DISPOSIÇÕES FINAIS
serão relacionados na ata de eleição e 5.51 Esta norma poderá ser aprimorada
apuração, em ordem decrescente de votos, mediante negociação, nos termos de
possibilitando nomeação posterior, em caso portaria específica.
de vacância de suplentes.

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PREVENÇÃO E COMBATE À CALOR


INCÊNDIOS É o último elemento, cabendo a ele a
missão de iniciar a combustão.
As instruções a seguir, têm por finalidade Observação: a não existência de qualquer
dar algumas noções teóricas quanto ao um destes elementos não propicia o
emprego dos equipamentos portáteis de aparecimento do fogo.
combate a incêndio.
ASPECTO LEGAL
FOGO
De acordo com a Norma Regulamentadora
É o resultado de uma reação química que Nº 23 - Proteção Contra Incêndios, todas as
recebe o nome de combustão, em que empresas deverão possuir:
materiais combustíveis se combinam com o • Proteção contra incêndios.
oxigênio do ar, produzindo luz e calor. Estes • Saídas suficientes para uma rápida
três elementos constituem o chamado evacuação do prédio.
“Triângulo do Fogo”: • Equipamentos suficientes para
combater o fogo no seu início.
COMBUSTÍVEL
• Pessoas treinadas no uso correto dos
É o elemento que serve de alimento ao fogo equipamentos (extintores, hidrantes, etc.).
e pode ser:
OBJETIVO DA PREVENÇÃO
o Sólido: tecido, madeira, papel,
etc. O principal objetivo da prevenção é impedir
o Líquido: gasolina, álcool, éter, o aparecimento de um princípio de incêndio,
óleo, diesel, etc. seja dificultando o seu desenvolvimento ou
o Gasoso: gás de cozinha, gás de proporcionando sua extinção.
rua, etc.
HIERARQUIA DE AÇÕES
OXIGÊNIO
Também chamado de comburente, é outro Em caso de incêndio deve-se adotar os
elemento do fogo e está presente na seguintes procedimentos:
natureza, é ele que dá vida às chamas. • Acionar o Corpo de Bombeiro;
• Iniciar o abandono do
estabelecimento;
• Combater o fogo.

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CLASSIFICAÇÃO DOS INCÊNDIOS

MÉTODO DE EXTINÇÃO
CLASSE MATERIAL TIPO DE EXTINTOR
Material combustível comum: papel, Resfriamento: água ou extintor que
madeira, tecido, etc. que ao contenha água.
A queimarem, deixam resíduos
Líquidos inflamáveis: gasolina, Abafamento: extintores que abafam
óleos, tintas, graxas, etc., que ao ou isolam o líquido inflamável do ar:
B queimarem não deixam resíduos pó químico, espuma, CO-2
Extintores não condutores de
Equipamentos elétricos energizados corrente elétrica, ou seja, não
C contenham água: CO-2 e pó químico
seco.
Metais Pirofóricos: magnésio, Areia, compostos químicos especiais,
tungstênio, titânio, zircônio grafite, limalha de ferro ou sal-gema.
D

CARACTERÍSTICAS DOS EXTINTORES

EXTINTOR
CATEGORIA DE
INCÊNDIO PÓ ESPUMA CO2 ÁGUA
QUÍMICO
SECO
A Não; mas
controla Não; mas
MADEIRA, TECIDOS, inícios de Sim controla Sim
PAPÉIS, ETC. incêndio pequenosf
ocos
B Sim Sim Sim Não
ÓLEOS, GASOLINA,
TINTAS, GRAXAS,ETC.
C Sim Não Sim Não
EQUIPA.ELÉTRICO
ENERGIZADO
D Agentes extintores: areia, compostos químicos
especiais, grafite, limalha de ferro ou sal-gema
METAIS PIROFÓRICOS

(*) Espuma Mecânica

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PRINCÍPIOS GERAIS DE HIGIENE

1. Higiene Geral

Recursos de proteção coletiva:

Às máquinas
Ao material
 Educação preventiva e treinamentos, instruindo contra os riscos e quanto
aos recursos coletivos e individuais de proteção.
 Controle médico periódico, com testes específicos, conforme a natureza
dos riscos.
 Verificação dos riscos ambientais, como intensidade do ruído, calor etc..
 Exame pré-admissional, verificando-se a suscetibilidade dos candidatos.
 Sistema de ventilação exaustora.
 Substituição de agentes nocivos por elementos que não sejam tóxicos.
 Alimentação balanceada.
 Isolamento do risco e seus efeitos.
 Manutenção, ordem e limpeza.
 Rotulagem preventiva (NR 26) dos materiais e substâncias perigosas ou
nocivas à saúde. Treinamento sobre essas substâncias e procedimentos de
emergência.

2. Higiene Individual e Social


 Cuidados com as mãos, para evitar a entrada dos tóxicos e outros
agentes pela pele ou via oral.
 Banhos de chuveiro após o trabalho.
 Mudança da roupa de serviço.
 Cuidados com alimentação e descanso.
 Planejamento cuidadoso de cada operação.
 Instruções e programas direcionados para a vida familiar, integração
social, lazer, cultura, etc..
 Instrução e programas para estimular a atitude preventiva no
trabalhador.

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NOÇÕES SOBRE A SÍNDROME DA A vulnerabilidade do indivíduo à


IMUNODEFICIÊNCIA infecção aumenta quando a contagem
desses linfócitos cai para menos de 200
ADQUIRIDA – AIDS
células por microlitro de sangue.
A infecção causada pelo vírus da
Transmissão da Infecção
imunodeficiência humana (HIV) é
A transmissão do HIV exige o contato com
provocada por um dos dois vírus que
um líquido corpóreo que contenha células
destróem progressivamente os linfócitos
infectadas ou partículas virais. Esses
(um tipo de leucócito), causando a
líquidos incluem o sangue, o sêmen, as
síndrome da imunodeficiência adquirida
secreções vaginais, o líquido
(AIDS) e outras doenças decorrentes do
cefalorraquidiano e o leite materno. O HIV
comprometimento da imunidade.
também está presente nas lágrimas, na
No início da década de 1980, os
urina e na saliva, mas em concentrações
epidemiologistas (profissionais que estudam
muito mais baixas. O HIV é transmitido das
os fatores que afetam a freqüência e a
seguintes maneiras:
distribuição das doenças) identificaram um
• Relações sexuais com uma pessoa
súbito aumento de duas doenças entre os
infectada, durante as quais a membrana
homossexuais masculinos americanos: o
mucosa da boca, da vagina ou do reto é
sarcoma de Kaposi, um câncer raro, e a
exposta aos líquidos corpóreos;
pneumonia por Pneumocystis, um tipo de
• Injeção ou infusão de sangue
pneumonia que ocorre apenas em
contaminado, como ocorre nas
indivíduos com comprometimento do
transfusões de sangue, no
sistema imunológico.
compartilhamento de agulhas
A falha do sistema imunológico que
contaminadas ou em uma picada
permite o desenvolvimento de cânceres
acidental com uma agulha contaminada;
raros e a ocorrência de infecções raras
Transferência do vírus da mãe infectada ao
tornouse conhecida como AIDS. O
filho, antes do nascimento, durante o parto
comprometimento do sistema imunológico
ou através da amamentação.
também foi observado em usuários de
drogas injetáveis, hemofílicos e outros
Sintomas
receptores de transfusões de sangue, além
Alguns indivíduos apresentam
de homens bissexuais. Algum tempo
sintomas semelhantes aos da mononucleose
depois, a síndrome começou a ocorrer em
infecciosa algumas semanas após
heterossexuais que não eram usuários de
contraírem a infecção pelo HIV. A febre, as
drogas, hemofílicos ou receptores de
erupções cutâneas, os linfonodos
transfusões de sangue.
aumentados de volume e o mal-estar
A AIDS atingiu proporções
generalizado podem durar 3 a 14 dias. A
epidêmicas, com mais de 500.000 casos e
seguir, a maioria dos sintomas desaparece,
300.000 mortes relatadas nos Estados
embora os linfonodos possam permanecer
Unidos até outubro de 1995. A Organização
aumentados de volume. Sintomas
Mundial da Saúde estima que, em 1996, 20
adicionais podem levar anos para se
milhões de indivíduos em todo o mundo
manifestarem. No entanto, grandes
estavam infectados pelo HIV.
quantidades do vírus circulam no sangue e
Para estabelecer a infecção em um
em outros líquidos corpóreos logo após a
indivíduo, o vírus deve invadir células como
infecção e, portanto, o indivíduo torna-se
os linfócitos, um tipo de leucócito. O
rapidamente infectante após ter sido
material genético do vírus é incorporado ao
infectado. Alguns meses após ter contraído
DNA da célula infectada.
o HIV, o indivíduo pode apresentar
O vírus se reproduz no interior da
repetidamente sintomas leves, os quais
célula e acaba destruindo a célula e
ainda não se enquadram na definição de
liberando novas partículas virais. A seguir,
uma AIDS estabelecida.
essas novas partículas virais infectam
O indivíduo pode apresentar
outros linfócitos e também podem destruí-
sintomas da infecção pelo HIV durante anos
los.
antes de desenvolver as infecções ou
tumores característicos que definem a
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AIDS. Esses sintomas incluem os linfonodos • Não doar sangue ou órgãos
aumentados de volume, a perda de peso, a • Evitar a gravidez
febre intermitente, o mal-estar • Notificar os parceiros
generalizado, a fadiga, a diarréia (anteriores e atuais)
recorrente, a anemia e a infecção bucal por
fungos (“sapinho”). A perda de peso Para os usuários de drogas
(emaciação) é um problema • Deixar de compartilhar ou de
particularmente preocupante. reutilizar agulhas
Várias infecções oportunistas e • Participar de programas de
cânceres são típicos do começo da AIDS. A tratamento para usuários de
primeira infecção a se manifestar pode ser drogas
um crescimento excessivo do fungo Candida
(“sapinho”) na boca, na vagina ou no Para os profissionais médicos e dentistas
esôfago. Nas mulheres, o sintoma inicial de • Usar luvas de látex sempre
infecção pelo HIV pode ser a ocorrência de que houver possibilidade de
freqüentes infecções fúngicas vaginais de contato com líquidos corpóreos
difícil tratamento. Contudo as infecções • Utilizar e descartar as agulhas
fúngicas vaginais são comumente de modo adequado
observadas em mulheres sadias e podem
Prevenção
ser causadas por outros fatores (p.ex.,
contraceptivos orais, antibióticos e Os programas para a prevenção da
alterações hormonais). disseminação do HIV são centrados
A pneumonia causada pelo fungo sobretudo na educação da população sobre
Pneumocystis carinii é uma infecção comum a transmissão do vírus, na tentativa de
e recorrente em indivíduos com AIDS. A modificar comportamentos de risco. Os
primeira infecção oportunista que programas educacionais e motivacionais
freqüentemente ocorre é a pneumonia por obtiveram um êxito moderado, pois muitos
Pneumocystis. Antes do advento de indivíduos têm dificuldade para mudar seu
métodos mais eficazes de tratamento e de comportamento sexual e de adição a
prevenção da pneumonia, ela era a causa drogas. A campanha para o uso de
mais comum de morte entre os indivíduos preservativos, um dos melhores meios para
infectados pelo HIV. se evitar a disseminação do HIV, continua
sendo uma questão controversa para
Diagnóstico muitos.

Um exame de sangue relativamente simples O fornecimento de agulhas limpas para os


e altamente acurado, denominado ELISA, usuários de drogas injetáveis, um outro
pode ser utilizado para determinar se um método que comprova-damente reduz a
indivíduo esta infectado pelo HIV. Através disseminação da AIDS, também tem
deste exame, e possível detectar a presença enfretado resistência por parte da
de anticorpos contra o HIV em uma amostra população. Até o momento, as vacinas para
de sangue. O resulta do exame é prevenir a infecção pelo HIV ou para
rotineiramente confirmado por exames mais retardar o seu avanço em indivíduos já
acurados. No entanto, podem passar várias infectados revelaram ser pouco eficazes.
semanas ou mais tempo após a infecção Dezenas de vacinas estão sendo testadas
pelo vírus antes que o exame do anticorpo atualmente e muitas fracassaram; mas as
seja positivo. pesquisas continuam. Em geral, os
pacientes HIV-positivos internados em
Estratégias Para a Prevenção da
hospitais e clínicas não são isolados, exceto
Transmissão do HIV
quando apresentam infecções contagiosas
Para os indivíduos não infectados (p.ex., tuberculose).
• Abstinência sexual As superfícies contaminadas pelo HIV
• Sexo seguro (protegido) podem ser limpas e desinfetadas
facilmente, pois o HIV é inativado pelo calor
Para os indivíduos HIV-positivos e por desinfetantes comuns como, por
• Abstinência sexual exemplo, o peróxido de hidrogênio (água
• Sexo seguro (protegido) oxigenada) e o álcool. Os hospitais
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adotaram procedimentos rígidos para a
manipulação de amostras de sangue e de
outros líquidos corpóreos na tentativa de
evitar a transmissão do HIV e de outros
microrganismos contagiosos. Na verdade,
essas precauções universais aplicam-se a
todas as amostras de todos os pacientes e
não apenas às amostras que sabidamente
são provenientes de um indivíduo infectado
pelo HIV.

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PRIMEIROS SOCORROS

Abaixo fornecemos noções básicas, simples e importantes para o atendimento de


primeiros socorros. É bom lembrar que a vida do acidentado depende do modo e da rapidez
com que tais atendimentos são dados.

 Hemorragia
Toda a vez que o sangue sair do interior das veias ou artérias provoca hemorragia.

Características:
• Quando se nota que o sangue jorra ou espirra em jato sabemos que houve lesão de
artéria e o sangue é de cor vermelho vivo;
• Quando o sangue flue continuamente sem jatos, a lesão foi das veias e sua cor é
vermelho escuro azulado;
• Quando o sangue é visto sair do ferimento, dizemos tratar-se de hemorragia
externa, em caso contrário a hemorragia é chamada interna.

Tratamento:
 nas hemorragias de pequena intensidade em braços e pernas:
• eleva-se o membro ferido, fazendo compressão com gaze ou pano limpo.

 nas hemorragias abundantes:


• o procedimento deve ser rápido e seguro, iniciando por cortar ou rasgar
rapidamente as roupas para que o ferimento fique bem exposto;
• Em seguida com gaze ou mesmo uma toalha fazer compressão sobre a
ferida;
• As hemorragias das pernas, braços e dedos podem ser controladas por
meio de garrote (gravata, lenço ou tira de pano).

 nas hemorragias nasais (epistaxes):


• desapertar as roupas e retirar gravatas;
• colocar o acidentado em posição recostada e com a cabeça elevada;
• comprimir com o dedo indicador a asa do nariz contra o septo nasal
durante 5 a 10 minutos.

 nas hemorragias de pescoço:


• comprimir o local com gaze e nunca usar garrote.

 Queimaduras
As queimaduras são lesões produzidas pelo excesso de calor, eletricidade ou produtos
químicos (ácidos, bases).

Classificação:
• Podem ser de 1º, 2º e 3º graus e são tanto mais graves quanto mais extensas
as áreas do corpo atingidas.

Tratamento:
• cobrir o local queimado com gaze;
• nas queimaduras extensas, procurar envolvê-las com panos, lençois limpos ou
plásticos;
• se a queimadura for produzida por embebição da roupa com ácidos ou bases,
retirá-la, imediatamente, e lavar com água corrente a superfície atingida;
• nunca usar no local queimado qualquer “remédio caseiro”;
• não perfurar bolhas;
• encaminhar para avaliação médica.
 Insolação e Intermação

Características:
• A insolação é provocada pela ação direta dos raios solares;
• A intermação é devida a proximidade da fonte de calor, como por exemplo,
fornos utilizados por fundidores, maquinistas, foguistas, etc.

Tratamento:
• retirar a roupa do doente;
• colocá-lo na sombra ou ambiente fresco e arejado;
• promover hidratação, se necessário.

 Desmaios

Características:
• São causados por diversos motivos, tais como:
- fraqueza;
- jejum prolongado;
- posição erecta imóvel.

Tratamento:
• desapertar as roupas da vítima e colocá-la em lugar arejado;
• falar com a vítima no sentido de respirar fundo, abaixando forçadamente sua cabeça
para a frente, colocando-a entre as pernas, em nível mais baixo do que os joelhos;
• pode-se também, manter a vítima deitada de costas, procurando deixar a cabeça
em nível mais baixo do que o restante do corpo.

 Ferimento dos Olhos

Características:
• São causados por corpos estranhos como limalha de ferro, poeira, insetos,
esmeril, materiais ácidos, cáusticos, etc.

Tratamento:
• não tentar retirar o corpo estranho;
• nos casos de materiais acidos, ou cáusticos, lavar imediatamente o olho atingido em
água corrente;
• fazer tamponamento e encaminhar a vítima para atendimento médico.

 Lesões nos ossos e articulações


 Lesões na coluna:
• mantenha a vítima agasalhada e imóvel.
• não mexa e não deixe ninguém tocar na vítima.
• nunca vire uma pessoa com suspeita de fratura na coluna;
• observe os sinais vitais;
• transporte tem de ser feito em maca ou padiola, evitando-se ao máximo
curvar o corpo do acidentado;
• durante o transporte em veículos, evitar balanços e freadas bruscas para
não agravar a lesão;
• quando a lesão for no pescoço, enrolar ao redor do mesmo, sem apertar,
uma camisa, toalha ou outro pano, para imobilizá-lo.

 Fraturas:
Em caso de fraturas, o primeiro socorro consiste apenas em impedir o
deslocamento das partes quebradas para se evitar maiores danos.

Características:
• fraturas fechadas: quando o osso se quebrou mas a pele não foi
perfuradas;
• fraturas expostas: quando o osso está quebrado e a pele rompida.

Providências:
 Nas fraturas fechadas:
• manter o membro acidentado na posição em que foi encontrado, procurando
não corrigir desvios;
• colocar talas sustentando o membro atingido, de forma que estas tenham
comprimento suficiente para ultrapassar as juntas acima e abaixo da fratura;
• qualquer material rígido pode ser empregado como tala (tábua, papelão,
vareta de metal, revista ou jornal dobrado);
• usar panos ou material macio para acolchoar as talas, a fim de evitar danos a
pele;
• amarrar as talas com ataduras ou tiras de pano, não muito apertadas, na
extremidade da junta abaixo da fratura e na extremidade da junta acima da
fratura.

 Nas fraturas expostas:


• colocar uma gaze, um lenço ou um pano limpo sobre o ferimento;
• fixar firmemente o curativo no lugar, utilizando-se para isso, de uma gravata,
tira de pano, etc.;
• no caso de hemorragia grave siga as instruções vistas anteriormente;
• manter a vítima deitada;
• aplicar talas, conforme descrito para as fraturas fechadas, sem tentar puchar o
membro ou fazê-lo voltar a sua posição natural;
• transportar a vítima para um médico ou hospital, conforme instruções
anteriores, após a fratura ter sido imobilizada.

 Luxações ou Deslocamentos:
• Toda vez que os ossos de uma articulação ou junta sairem de seu lugar
proceda como no caso de fraturas fechadas.
• Colocar o braço em uma tipóia quando houver luxação do ombro, cotovelo ou
punho;
• encaminhar para atendimento médico.

 Entorses:
• Tratar como se houvesse fratura fechada;
• aplicar gelo e compressas frias;
• encaminhar para atendimento médico.

 Intoxicações:

Tipos:
• por ingestão;
• por inalação;
• por contaminação da pele.

Providências:
• observar evidências no local (frasco de veneno, comprimidos, etc.);
• avaliar sinais vitais e nível de consciência;
• remover a vítima para local arejado, quando houver contaminação do meio
ambiente;
• retirar a roupa e lavar com água corrente, quando houver contaminação da
pele;
• não provocar vômitos se a vítima ingeriu gasolina, querosene, ácidos, soda
cáustica ou se ainda estiver inconsciente ou apresentando convulsões;
• não ofereça líquidos e nem antídotos caseiros;
• encaminhar a vítima para atendimento médico.

 Ressuscitação Cárdio Pulmonar - RCP

A RCP é um conjunto de medidas que devem ser seguidas no caso de haver uma parada
cardíaca e/ou respiratória até que se transporte a vítima ao local adequado para atendimento
médico.

 Parada Respiratória
Quando ocorre a ausência total de respiração;
A pessoa morrerá se a respiração não for imediatamente reestabelecida.

 Sinais da Parada Respiratória


• ausência da expansão toráxica;
• ausência da saída de ar pela narina ou boca.

 Providências:
• aproximar o ouvido da face da vítima para tentar ouvir se há passagem de ar;
ou
• colocar um espelho ou algum objeto de vidro à frente da boca e narinas da
vítima e se este não ficar embaçado estará constatada a parada respiratória;
• aplicar imediatamente 04 (quatro) insufladas de ar e para isto:
• colocar a vítima na posição correta (deitada de costas apoiando o seu pescoço
com uma mão e com a outra pressione a testa para baixo;
• manter a cabeça nesta posição, tampar as narinas e assoprar vigorosamente
dentro da boca da vítima (posicionar os lábios de forma que abranja toda a
boca da vítima para que não haja escape de ar);
• em crianças, abranja com os lábios a boca e a narina;
• entre cada insuflada de ar, retire a boca para não dificultar o retorno do ar
(expiração);
• após as 04 (quatro) primeiras insufladas continuas, manter a respiração num
ritmo de 12 (doze) a 16 (dezesseis) por minuto;
• quando a parada respiratória for causada por gases venenosos, vapores
químicos ou falta de oxigênio, remover a vítima para local arejado antes de
iniciar a respiração;
• quando a parada respiratória for causada por afogamento, retirar, se possível,
a vítima da água ou removê-la para um barco ou para um local mais razo para
iniciar a respiração;
• quando a parada respiratória for causada por sufocamento por saco plástico,
rasgar o plástico e iniciar imediatamente a respiração;
• quando a parada respiratória for causada por choque elétrico, interromper ou
separar a vítima da corrente antes de iniciar a respiração.

 Parada Cardíaca

 Sinais da Parada Cardíaca


• ausência de batimentos do coração;
• ausência de pulsação (carotidea, femural ou radial);
• acentuada palidez.

 Providências
• colocar a vítima deitada de costas sobre superfície dura;
• colocar as duas mãos sobrepostas e com os dedos entrelaçados na metade
inferior do esterno da vítima;
• fazer a seguir uma pressão com bastante vigor, para que o esterno baixe
mais ou menos 05 (cinco) centímetros e comprima o coração de encontro a
coluna vertebral (descomprima em seguida);
• repetir a manobra tantas vezes quantas necessarias (cerca de 60
(sessenta) compressões por minuto).
• em bebês fazer pressão apenas com 02 (dois) dedos para se evitar fraturar
as costelas.

 Parada Cárdio-Respiratória

Se houver ao mesmo tempo parada cárdio-respiratória, deve-se executar


massagem cardíaca associada à respiração boca a boca, da seguinte maneira:
• fazer 15 (quinze) massagens cardíacas e sem interrupção, aplicar 02
(duas) respirações boca a boca, repetindo este ciclo tantas vezes quantas
necessárias (isto se estiver sozinho prestando socorro);
• fazer 05 (cinco) massagens cardíacas enquanto o segundo socorrista
aplica uma respiração boca a boca (caso estejam em dois socorristas);
• caso necessário, continuar estes procedimentos enquanto a vítima
estiver sendo transportada para o hospital.

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