Sei sulla pagina 1di 8

TRATAMENTO TÉRMICO DOS AÇOS DE

CONSTRUÇÃO MECÂNICA
HEAT TREATMENT OF MECHANICAL CONSTRUCTION STEELS

Guilherme Dias Zarur1

RESUMO

Nesse artigo buscou-se fazer um estudo e análise da influência dos elementos ligantes e o teor de carbono dos respectivos aços de
construção mecânica: SAE 1020, 1040, 4340, 5160, 52100 e 8640 logo após diferentes rotas de tratamentos térmicos. Os aços são
de exímia importância para muitas aplicações desde as mais simples como o SAE 5160 na área de cutelaria, até o uso mais especifico
como rolamentos e aplicações de desgaste onde se usa o SAE 52100. Desse modo, fica evidente a diversidade de usos que possam
ser feitos desses materiais. Assim viabiliza-se o estudo em diferentes processos de aquecimento e resfriamento, uma vez que o uso
de tratamentos térmicos é uma das rotas para que se obtenham as propriedades finais almejadas inicialmente. Para fins de estudo,
realizou-se tratamentos de recozimento, normalização, têmpera em óleo e têmpera em água, ou seja, dando ao sistema diferentes
ciclos de resfriamento, formando estruturas desde refinadas até grosseiras. Os resultados foram vistos em nível microestrutural
através de microscopia óptica (ZEISS AX-10). Os ensaios mostraram que as amostras tiveram morfologias diferentes das do estado
de entrega, demonstrando a existência de estruturas martensíticas, ferritas de contornos de grão entre outros.

Palavras-Chave: Aços. Tratamentos térmicos. Recozimento. Normalização. Têmpera. Microscopia óptica. Morfologias.

Citação: ZARUR, Guilherme Dias. Tratamento Térmico os aços de Construção Mecânica.

INTRODUÇÃO
Atualmente, há as mais diversas aplicações das ligas de ferro, intrínseca ou no emprego do aço. Assim, em função dos requisi-
possibilitando a fabricação de peças com plasticidade sufici- tos de trabalho, se classificou os aços como: 1- Aços ao carbono;
ente para processos de estampagem profunda, ou ainda casos 2-Aços Liga; 3- Aços de Alta Liga; 4- Aços de Alta Resistência.
que exigem uma extrema dureza como, por exemplo, os aços Em laboratório (SAE 1020, 1040, 4340, 5160, 52100 e 8640),
rápidos. E essas propriedades vêm da composição química primeiro deve-se entender o processo de obtenção das barras de
(elementos de liga) que o aço apresenta; os tratamentos térmi- estudo, que consiste brevemente em quatro principais etapas
cos aplicados (recozimento pleno, normalização e têmpera, Sendo a primeira a redução, onde o coque, a sucata, o sínter, o
para o caso do presente trabalho) e diversos outros fatores. calcário e outros elementos são levados em um Alto Forno. No
Como posto por SILVA;MEI (1988) a importância de especifi- forno, em altas temperaturas é obtido o ferro gusa, composto
cações bem elaboradas para produtos industriais não pode ser ainda rico em elementos de liga como, por exemplo, fosforo, en-
subestimada. Uma especificação bem elaborada deve deixar xofre, e outros elementos, que em elevados teores não torna viá-
claro o que se espera e o que se aceita do produto. E para tanto, vel o produto; além de o teor de carbono ainda, nesta fase, estar
por métodos usuais se classifica os aços, seja por característica elevado (4 – 5%). Em seguida, o ferro gusa somada a sucatas são

O autor declara não haver nenhum potencial conflito de interesses referente a este artigo.

1. Universidade Federal de Santa Catarina – Campus Blumenau – Blumenau, Santa Catarina, Brasil.

Trabalho realizado na Universidade Federal de Santa Catarina – Campus Blumenau – Laboratório de Me-
talografia. Correspondência: R. João Pessoa, número 2750, CEP: 89036-002 - Bairro Velha, Blumenau, SC.
Brasil.
E-mail: Guilherme.zarur@grad.ufsc.br

1
levados para aciaria, em um Conversor LD, que num principio Tratamentos térmicos dos aços
químico deve fazer a oxidação dos elementos excedentes inde-
sejados do produto pela injeção controlada de O2. Para que o De acordo com COLPAERT (2008) o modo mais comum de al-
material fosse solidificado de forma adequada para uso poste- terar as propriedades mecânicas, físicas e mesmo químicas dos
rior, aplica-se o lingotamento contínuo, para que no fim desta aços é através do emprego de tratamentos térmicos. Esse pro-
etapa, o material esteja na forma de tarugos (billets). Em con- cesso se define pelo conjunto de operações de aquecimento e
tinuidade, temos a laminação do billet, que se faz em duas par- resfriamento, i.e., considerando parâmetros de temperatura, at-
tes. A inicial é apenas para um desbaste superficial e a segunda mosfera, tempo, velocidade de resfriamento, entre outros fato-
é a que de fato faz a redução de área inicial, dando a caracterís- res. Porém, é necessário considerar o fato que seja feito um
tica de barra, desejada da peça. E por último, como a peça deve acréscimo de propriedade, muitas vezes, pode levar ao decrés-
ser estar num estado de entrega adequado, muitas vezes se faz cimo de outra como, por exemplo, ao aumentar a dureza de um
o uso de tratamentos térmicos, os quais garantem a microes- material, ocorrerá em seguida de uma redução da tenacidade.
trutura final desejada, bem como as propriedades. Os tratamentos mais utilizados no ramo industrial são o recozi-
E dos materiais de estudo, podemos classificar o SAE 1020 e mento, a normalização e a têmpera seguida de revenimento. No
1040 como tipo 1, e os demais (4340, 5160, 52100 e 8640) recozimento, geralmente se faz seu uso para que se obtenha uma
como tipo 2, isso porque como posto pelo Prof. Dr. Marcio Ro- estrutura mais mole, de menor resistência, ou seja, menor dureza
berto da Rocha em suas notas de aula de “Materiais Metálicos”, e maior tenacidade, além da possibilidade de um alivio de ten-
o aço é considerado baixa liga ou apenas “aço liga”, quando ne- sões. A normalização viabiliza um refino do grão, o que garante
nhum elemento de liga atingir um teor de 5%. Ainda, através ao material uma maior homogeneidade de propriedades e maior
da classificação, podemos dizer que o SAE 4340 é do tipo Mo- tenacidade. Já o processo mais utilizado industrialmente é o da
libdênio, Cromo e níquel; os SAE 5160 e 52100 são aços ao têmpera, que serve para o aumento da resistência mecânica do
Cromo e o SAE 8640 é um aço ao Níquel, Cromo e Molibdênio. aço. O endurecimento é causado pela a formação da martensita,
exigindo assim uma velocidade de resfriamento rápida. Em con-
Aplicabilidade dos Aços trapartida, esse mecanismo pode levar a geração de um elevado
No quesito aplicabilidade dos aços estudados, foi verificado que número de tensões internas e defeitos microestruturais. Devido
estes eram considerados aços especiais, de uso em construções a isso, faz-se necessário mais um tipo de tratamento, o de alívio
mecânicas. E que quanto maior o teor de carbono maior seria a de tensões, revenimento. Que se aplica seguida da têmpera, e
dureza do aço e maiores serão os limites de resistência à tração visa o aumento da ductilidade formando a martensita revenida.
e de escoamento (CHIAVERINI, 1988), dependendo apenas do
tratamento previamente aplicado sobre a peça. De forma geral,
os aços SAE 1020, são aplicados na indústria automobilística,
componentes forjados de baixa exigência, excelente soldabili-
dade e forjabilidade. Para os SAE 1040, por apresentarem uma
boa relação de tenacidade, ductilidade e resistências mecânica,
suas aplicações são mais abrangentes como, por exemplo, ro-
das e equipamentos ferroviários, engrenagens, virabrequins e
outras peças de máquinas que necessitam de elevadas resistên-
cias mecânica e ao desgaste tenacidade. O aço SAE 4340, é uti-
lizado em componentes para sistemas mecânicos, principal-
mente estruturais, onde se necessita uma homogeneidade de
dureza ao longo da seção transversal em pequenas ou grandes
seções, de exemplo temos virabrequins para aviões, tratores e Figura 1 - Tratamentos térmicos em aços vistos por um
veículos em geral, engrenagens e componentes com boas pro- diagrama Tempo x Temperatura. Fonte: Notas de aula
priedades mecânicas. Para casos onde o SAE 1045 não se aplica matéria de Ensaios de Materiais. SANTANA, W. S.
por falta de um melhor endurecimento em seções transversais, (2018).
faz-se o uso do SAE 8640, que apresenta uma melhor resistên-
Recozimento
cia à fadiga e à fratura; são utilizados na fabricação de rolamen-
tos, cilindros, engrenagens, eixos hidráulicos, eixos furados, O tratamento térmico de recozimento se caracteriza pelo objetivo
etc. Para o aço SAE 52100, que apresenta um alto teor de car- de remover tensões internas, tornar o material mais dúctil/tenaz,
bono, sua aplicação fica destinada a situações que se almeja ou seja, diminuindo a dureza (aumento da usinabilidade depen-
uma resistência ao desgaste como, por exemplo, rolamentos dendo da peça em estudo). Além do ajuste de grão, modificação
(anéis, roletes e esferas) e eixos de bombas de água. Por último, de propriedades elétricas e magnéticas. O processo pode se clas-
o aço SAE 5160, um aço ligado de elevada resistência à tração e sificar entre: Total/Pleno, Isotérmico/cíclico, para alívio de ten-
a fadiga, com boa ductilidade, tem seu uso destinado a molas sões e para esferoidização.
altamente solicitadas, eixos automobilísticos e afins. Como visto em notas de aula do Prof. Dr. Marcio Roberto da Ro-
cha, da matéria de “Processamento de Materiais Metálicos”, o
tratamento de recozimento total/pleno consiste num aqueci-
mento de 50ºC acima da linha A3 para hipoeutetóides e, entre as

8
linhas Acm e A1 para hipereutetóides. Seguidos então de um res- resistência à tração do material e uma redução da tenacidade.
friamento lento (dentro do forno). E ao final do processo, como Esses efeitos são percebidos através da formação da martensita.
resultado temos para os hipoeutetóides ferrita + perlita gros- Para sua aplicação, se faz um aquecimento de 50ºC acima de A3
seira, e para os hiper temos cementita + perlita grossa. para hipoeutetóides e entre Acm e A1 para hipereutetóides. E em
seguida faz-se um resfriamento brusco, que não permite a trans-
formação de fases estáveis, i.e., faz com que o material forma
uma estrutura do tipo tetragonal supersaturada em carbono, de-
vido ao carbono não solubilizado da austenita não ter tempo su-
ficiente para solubilização completa. A transformação martensí-
tica que ao contrário dos outros fenômenos de decomposição da
austenita em ligas ferrosas ocorre de maneira adifusional. O re-
ticulado da martensita (α’) é maior em relação a da austenita (Ɣ).
E para que ocorra essa mudança, tem-se a condição de que a
energia de alfa seja menor que gama. E nessa transformação de
cúbica de face centrada (CCC) da austenita para tetragonal de
face centrada (TCC), a tetragonalidade da martensita tende a au-
mentar com o teor de carbono, e para tanto, o volume da célula
unitária aumenta linearmente, sugerindo que o carbono esteja
na forma intersticial.
Para esse resfriamento brusco (óleo, água, salmoura, entre ou-
Figura 2 - Diagrama esquemático de recozimento tros), se escolhe meios mais severos ou não dependendo da peça
pleno. Fonte: Aços e ferros fundidos, 6. ed, 1990 (CHI- em estudo. Um ponto a se comentar é devido a perda de calor ser
AVERINI, Vicente). mais significativamente na superfície do material, isto é, o mate-
Normalização rial do centro demora mais a se resfriar (resfriamento não uni-
forme), o que gera tensões internas. As tensões internas não po-
Processo que tem como objetivo de refinar o grão e me- dem ser evitadas, porém, podem ser controladas através de um
lhor a distribuição/uniformidade microestrutural do tratamento de revenimento.
material. Frequentemente se opta por aplicá-lo antes
da têmpera e revenido. O aquecimento se faz acima de
A3 para hipo, e acima de A cm para hipereutetóides,
nesse caso não há formação de um invólucro de carbo-
netos frágeis em função da velocidade de resfriamento
ser maior (ao ar, calmo ou forçado), o que forma então
grãos menores e mais homogêneos. Como resultado de
constituintes temos para o caso eutetóide tem-se a per-
lita fina, no caso hipo a ferrita + perlita fina e para hi-
pereutetóides temos cementita + perlita fina.

Figura 4 - Diagrama esquemático de têmpera e reve-


nido. Fonte: Aços e ferros fundidos, 6. ed, 1990 (CHIA-
VERINI, Vicente).
Revenido
O processo de revenido sempre irá acompanhar a têmpera, pois
nesta etapa seria eliminada a maioria das tensões internas, ou
seja, um alívio de tensões. Além de realizar uma correção da du-
reza e fragilidade, aumentando assim a tenacidade. O processo
consiste num aquecimento a temperaturas inferiores às críticas
Figura 3 - Diagrama esquemático de Normalização. seguido de um resfriamento lento, e devido a isso a estrutura te-
Fonte: Aços e ferros fundidos, 6. ed, 1990 (CHIAVE- tragonal da martensita é revertida permitindo a precipitação de
RINI, Vicente). partículas de carbonetos.
Têmpera
O tratamento se faz para um acréscimo da dureza, aumento da
8
Efeito dos elementos de liga nos trata- Velocidade de resfriamento
mentos Para que se formem os constituintes de uma microestrutura, seja
A presença de ligantes nos aços afeta diretamente o ferrita, cementita e perlita, é exigido uma mudança no arranjo
formato que irá ter a curva de temperatura x tempo, espacial do aço, da mesma forma que a difusão pela austenita só-
assim como as transformações. Como visto em SILVA; lida exige. E com o aumento da velocidade do resfriamento, pode
MEI (1988) em “Aços e Ligas Especiais” Diferentes solu- ser falte tempo para um completo rearranjo atômico, o que faz
bilidades dos elementos de liga nas fases alotrópicas do com se tenha modificações nas transformações de fase previstas
ferro (alfa e gama) levam a modificações das fai- para um diagrama de fases (no equilíbrio). Quanto mais lenta a
xas/campos de temperatura onde ocorrem as transfor- velocidade, mais grosseiros serão os grãos da estrutura, típico de
mações estruturais. Os elementos tendem a deslocar a recozimento ou normalização em ar calmo. E quanto mais rápi-
curva TTT (tempo x temperatura x transformação) das as velocidades, em meios mais severos (água, óleo), temos
para a direita. estruturas mais refinadas.

Dos elementos que compõem os aços, como visto em Meio de resfriamento


notas de aula do Prof. Dr. Marcio Roberta da Rocha e a
Entre os meios de resfriamento aplicados, tem-se muita influên-
na literatura, os constituintes carbono, manganês, ní-
cia na relação taxa de resfriamento com a microestrutura, i.e.,
quel e cromo (até 8%), estes aumentam o campo aus-
quanto mais severo for o meio, ou seja, quanto mais ele consegue
tenítico, alargando assim o campo de temperaturas da
fazer a retirada de calor com a agitação, mais rápido será esse
austenita estável, melhoram a temperabilidade dos
resfriamento e, portanto, mais refinada será o constituinte final.
aços. Já para o caso do silício e molibdênio, estreitam
Muitas vezes tem de ser cuidada a severidade do meio em relação
essa faixa da austenita estavel, diminuindo a tempera-
ao teor de carbono e elementos constituintes do material, para
bilidade, e para tanto, devem estar em menores con-
que eventualmente não se tenha defeitos como trincas e empe-
centrações. Os elementos fósforo e enxofre devem
namentos.
sempre apresentar-se na estrutura na forma de residu-
ais, pois fragilizam a estrutura. Análise metalográfica
Nucleação e difusão O método se divide e partes micrográficas e macrográficas. Para
a prática macro, como posto na apostila “Laboratório de Metalo-
Para que se tenha um crescimento e uma transformação de fase
grafia e Ensaios dos Materiais” (VILLARDO, 2013) o material é
estável ou não, deve ser considerado o fator de difusão
visto de uma forma simples, conseguindo ser feito apenas um
(D=D0*exp (-Q/RT), ou seja, D aumenta exponencialmente exame do aspecto superficial do metal, isto é, após este ser devi-
com a temperatura). E além disso, considerar o fator do poten- damente lixado, polido e atacado com o reagente, como resul-
cial termodinâmico, onde necessariamente, para um cresci- tado observa-se distribuição da natureza de falhas. Já para o caso
mento estável do núcleo, tem de haver uma diminuição da micrográfico, se tem um resultado com o auxílio de um micros-
energia livre de volume (∆GV <0) e aumento da energia livre de cópio, dependendo do caso óptico ou eletrônico, procurando as-
superfície (∆GS >0), onde o durante o crescimento, há um de- sim ter uma abordagem qualitativa e quantitativa das fases pre-
créscimo da energia de volume e aumento na de superfície. sentes, tamanhos/forma dos grãos, distribuição ou existên-
Dessa forma, em altas temperaturas se tem um tempo de trans- cia de inclusões, teor aproximado de carbono e demais individu-
alidades das peças.
formação longe pois D é alto e ∆GV é baixo (em módulo). E para
baixas temperatura, tem-se que a transformação é demorada A ciência das metalografias são de fundamental importância,
também, mas com ∆GV alto e D muito baixo. Nas imagens pois não só a dureza e as frações das fases presentes na microes-
citadas, onde há transformação acontecendo, vemos que trutura definem a resistência mecânica e a ductilidade do mate-
existe um “cotovelo” no gráfico, e nesse dado ponto é rial em vista, mas também a morfologia, “formato”, das fases,
bem como a natureza e a densidade dos contornos presentes po-
onde se tem a máxima taxa global (menor tempo de
dem atuar de maneira fundamental. E no processo de obtenção
transformação).
de um bom resultado, são impostas três fases principais de tra-
balho, sendo elas 1- a obtenção de uma secção plana e polida; 2-
um realce da microestrutura, com o auxílio do ataque químico e
3- a observação em microscópio.

METODOLOGIA
Nesta etapa, foram utilizados os exemplares das barras dos aços
SAE 1020, 1040, 4340, 5160, 52100 e 8640 já previamente des-
bastados para uso. máquinas Politriz para fazer o lixamento, po-
limento grosseiro e fino; Reagente Nital para ataque químico e o
uso de microscópio óptico para posterior analise das peças. Dos
Figura 5 - Esquema representativo da difusão de car- aços escolhidos para a prática, foi posta uma tabela sobre os
bono. Fonte: Adaptada de Fundamentos da ciência e constituintes, elementos de liga.
engenharia de materiais. CALLISTER, William.
8
pano. Ao fim da etapa, a peça deve ser bem lavada com líquidos
Aço %C %Si %Mn %Cr %Mo %Ni %P %S de baixo ponto de ebulição (éter, álcool etílico) e posteriormente
0,18 - 0,15- 0,30 - 0,03 0,05 ser feita uma limpeza superficial com algodão enquanto a mesma
1020 - - -
0,23 0,35 0,60 máx. máx. é secada com o soprador térmico, numa dada direção de forma
0,37 - 0,15- 0,60 - 0,03 0,05 que proporcione um escorregamento paralelo das gotas. Como
1040 - - -
0,44 0,35 0,90 máx. máx. resultado a superfície metálica deve apresentar um “efeito espe-
1,65 lho”, livre de riscos.
0,38 - 0,15 - 0,60 - 0,70 - 0,20 - 0,03 0,04
4340 -
0,43 0,35 0,80 0,90 0,30 máx. máx. Como etapa semifinal de todo processo, tem-se o ataque quí-
2,00
mico. Como posto em notas de aula de “Laboratório de Caracte-
0,56 - 0,15 - 0,75 - 0,70 - 0,03 0,04
5160
0,64 0,35 1,00 0,90
- -
máx. máx. rização Microestrutural” do Prof. Dr. Cristiano da Silva Teixeira,
0,98 - 0,15 - 0,25 - 1,30 - 0,025 0,025 para se destacar e identificar características microestruturais ou
52100 - - fases presentes nas amostras é utilizado o ataque químico em mi-
1,10 0,35 0,45 1,60 máx. máx.
0,40 croscopia óptica. Em laboratório, foi empregado o uso do rea-
0,38 - 0,15 - 0,75 - 0,40 - 0,15 - 0,03 0,04 gente Nital (mistura de 2% de Ácido Nítrico, HNO3, e 98% de
8640 -
0,43 0,35 1,00 0,60 0,25 máx. máx. etanol, C2H6O). O reagente escolhido é comumente utilizado e
0,70
tende a apresentar as interfaces e interfases dos carbonetos. O
Tabela 1 - Composição química dos aços utilizados em ataque ocorreu em partes especificas de cada metal, de forma a
laboratório. Fonte: GERDAU. Manual de Aços Especi- poder se observar onde foi feito o mesmo. Facilitando a fase pos-
ais - Aços Construção Mecânica.
terior de observação. Das seções selecionadas, cada ataque foi
Os tratamentos térmicos foram realizados com o auxilio de um feito a T.A (temperatura ambiente) e teve em um tempo de 3 a
forno mufla, e desses, foi imposto a seguinte metodologia: 25 segundos com a deposição direta (verticalmente) do Nital com
o uso de uma pipeta e luvas. Assim que se percebia a diferença
1- Aquecimento a 850ºC e mantido por 30 minutos, seguido de de coloração, efeito do químico, o material era então lavado em
um resfriamento ao forno. Sendo um exemplar de cada aço; abundância com água, e posteriormente etanol para facilitar a
2- Aquecimento a 850ºC e mantido por 30 minutos, seguido de secagem com o soprador. Feita a secagem, a peça estava pronta
resfriamento ao ar calmo (Temperatura Ambiente). Sendo um para ser analisada em microscópio óptico.
exemplar do SAE 1020, um do SAE 1040 e um do SAE 4340;
RESULTADOS E DISCUSSÃO
3- Aquecimento a 850ºC e mantido por 30 minutos, seguido de
um resfriamento em água agitada. Sendo um exemplar do SAE Análise Metalográfica
1020, um do SAE 1040 e um do SAE 4340; Como etapa final da prática, foi feita a análise das estruturas me-
4- Aquecimento a 850ºC e mantido por 30 minutos, seguido de talográficas obtidas com utilização de um microscópio óptico
um resfriamento em óleo agitado. Sendo um exemplar do SAE ZEISS – AX10, com aumentos 5x, 10x, 20x, 50x e 100x. Feito
4340, um do SAE 5160, um do SAE 52100 e um do SAE 8640. isto, foi possível obter resultados a respeito da superfície da
E mais uma peça do SAE 4340 que havia sido temperado e re- amostra.
venido. Através da metodologia explicitada acima, pode ser vi- SAE 1020
sualizar 4 mecanismos de tratamento, sendo o primeiro de re-
cozimento, o segundo de normalização, o terceiro e quarto de Através da imagem abaixo, fig.6, pode ser notada a existência de
têmpera em água e óleo, respectivamente. uma variação dos tamanhos de grãos devido a mudança da velo-
cidade em que se fez o resfriamento. Com uma avaliação prévia,
Posteriormente aos tratamentos térmicos realizados nas peças, podemos dizer que este material apresenta uma fase mole menos
fez-se a preparação metalográfica das mesmas seguindo os pas- acentuada (região clara) e uma mais dura (região escura). Na
sos: de lixamento (Máquina Politriz PL02ED, TECLAGO), feito fase mais abrangente, escura, por meios didáticos, verifica-se
em lixas d’água de carbeto de silício, SiC, partindo das lixas em que se trata de perlita (Feα + Fe3C) grosseira em lamelas; e na
unidade Mesh #220, seguida de #320, #600 e por fim #1200. fase clara, ferríta.
Seguido do lixamento, as amostras foram lavadas em água para
que fosse evitado qualquer tipo de contaminação e posterior-
mente uma secagem. Feito isso, as peças foram levadas a uma
Politriz, mas desta vez com o disco revestido em feltro. O pro-
cesse foi dividido em duas etapas, sendo que a primeira seria o
polimento superficial, e a segunda etapa seria o polimento fino.
Para tanto, foi utilizada como solução a Alumina em suspensão
Nº 4 azul, com partículas com 1µm para a primeira passagem,
seguida de uma suspensão de (0,3 – 0,5) µm como final.
De acordo com livros de metalografia, tal qual o “Metallogra-
phic Handbook” (ZIPPERIAN, 2011) o ideal no polimento é
manter o disco sempre úmido, ou seja, deve ser aplicado tam-
bém o uso de água destilada para garantir uma melhor distri-
buição da Alumina e melhor deslizamento da amostra sobre o
Figura 6 - SAE 1020 visto por microscópio óptico com ampliação
de 1000x, sendo que: A) Estado normalizado; B) Estado recozido
e C) Estado temperado em água. Fonte: Autor.
8
Na imagem podemos ainda classificar os constituintes envolvi- uniformes, além da perlita se apresentar mais grosseira e as zo-
dos da seguinte forma: em A, no estado normalizado, a estru- nas com carbonetos não dissolvidos. Ainda na imagem, em C, a
tura se apresenta mais homogênea, tendo seus grãos mais refi- estrutura se apresenta ainda mais refinada que as anteriores, de-
nados, assim como a constituinte perlita, e isso se deu devido vido a velocidade de resfriamento ser mais brusca, pela têmpera
ao fato do resfriamento ao ar não propiciar uma nucleação de em óleo. Na estrutura, são possíveis as presenças de martensita
forma mais lenta, ou seja, não “permitiu” que se tivesse estru- e bainita na matriz ferrítica, além de carbonetos não dissolvidos.
turas grosseiras. Ao contrário do que se vê em B, onde o mate- Na estrutura temperada em água, imagem D, devido ao fator de
rial passou por um recozimento, com sua perlita mais gros- velocidade de resfriamento maior, pode ser possível que as
seira, ferrita em blocos e menos homogênea de forma geral. Em áreas brancas sejam ferritas, e as mais escuras, martensita.
C, o aço passou por um resfriamento brusco, em meio severo, Como a perda de calor é mais acentuada que no caso do óleo,
água. Isso propõe ao material uma alta taxa de perda de calor a movimentação atômica foi ainda mais restrita, fora do
com o tempo, fazendo com que a estrutura final formada fosse equilíbrio, levando a formar outras estruturas metaestáveis.
ainda mais refinada do que em A. Como constituintes é possível Além de martensita, é plausível dizer que pode haver ainda a
notar que há uma possível estrutura ainda mais refinada, com austenita retida. No caso de um tratamento posterior de
padrões antes não notados as ferritas alotriomorfa de contorno revenimento para o material temperado em água, imagem E,
de grão, zonas de perlita numa matriz ferrítica. pela literatura (CALLISTER; RETHWICH, 2015) nesse caso
ocorre uma conversão da martensita, anteriormente tetragonal
SAE 1040
(TCC) em ferríta e cementita, por uma difusão, levando a uma
No presente caso, as estruturas do SAE 1040 podem ser vistas estrutura de martensita revenida, que consiste em partículas de
na figura 7. Onde em A, a estrutura recozida apresenta ferrita cementita extremamente pequenas uniformemente distribuídas
em blocos, lamelas de perlita grosseira, com certo teor de hete- numa matriz de ferríta.
rogeneidades em sua estrutura. Em contrapartida, da mesma
forma que para o SAE 1020, a estrutura em B, normalizada, é
mais refinada, com o microconstituinte perlita mais fina. Em C,
para a têmpera em água, é percebida uma estrutura ainda mais
refinada, composta por uma possível martensita (região cinza
escura), ferrita (regiões brancas) e a austenita retida (região
cinza claro). As partes mais escuras poderiam ser perlita fina.

Figura 7 - SAE 1020 visto por microscópio óptico com Figura 8 - SAE 4340 visto por microscópio óptico com
ampliação de 1000x, sendo que: A) Estado recozido, ampliação de 1000x, sendo que: A) Estado normali-
B) Estado normalizado, C) Estado temperado em zado; B) Estado recozido; C) Estado temperado em
água. Fonte: Autor. óleo; D) Estado temperado em água e E) Estado tem-
perado em água + revenido. Fonte: Autor
SAE 4340
A partir das microestruturas obtidas, fig. 8, é possível tirar al- SAE 5160
gumas conclusões dos constituintes existentes. Este material Analisando a fig. 9, observamos que em A, no estado recozido, os
em específico foi o único a sofrer quatro diferentes tratamen- constituintes presentes são de uma estrutura quase toda perlítica
tos, sendo que um deles foi revenido. Em A, no estado norma- (grosseira), com esta nucleada nos contornos de grão e orienta-
lizado, é visto um refino de grão, com uma certa uniformidade. ções diferentes, partes ferríticas e zonas de carbonetos. Na ima-
Sua microestrutura ficou composta por perlita fina (regiões gem B, no estado temperado em óleo, temos a possível presença
cinza escuro), com uma matriz ferrítica (região branca). Em B, de martensita em ripas na coloração escura. Além de austenita
a estrutura recozida apresenta zonas ferríticas menos retida em cinza mais claro.

8
CONCLUSÕES
Através das microestruturas demonstradas, é possível perceber
que para diferentes tipos de aços, a velocidade de resfriamento
imposta em um determinado tipo de tratamento térmico influ-
encia muito nas propriedades finais obtidas, assim como os
constituintes que irão constituir a microestrutura do mesmo.
Para o caso de recozimento, 6 peças passaram por esse trata-
mento, sendo elas: SAE 1020, 1040, 4340, 5160, 52100 e 8640.
Como resultado foram evidenciadas estruturas que seguiam os
Figura 9 - SAE 5160 visto por microscópio óptico com
ampliação de 1000x, sendo que: A) Estado recozido; B) parâmetros de ter uma perlita mais grosseira e as ferritas, porém
Estado temperado em óleo. Fonte: Autor. em alguns casos como, por exemplo o SAE 4340 teve a presença
de carbonetos não dissolvidos, bem como o SAE 5160, 52100 e
SAE 52100 8640. Em alguns outros casos, foi possível notar a existência de
Para a imagem A, no estado recozido, a amostra aparenta ter heterogeneidades nas microestruturas.
zonas de carbonetos mais alongados e alguns na forma de es- No tratamento térmico de normalização, apenas 3 exemplares
fera, talvez por uma não total dissolução destes. Além da exis- foram utilizados, o SAE 1020, 0 SAE 1040 e o SAE 4340. Como
tência de zonas perlíticas grosseiras, lamelares. Para a imagem esperado das estruturas, as mesmas apresentaram um refino
B, no tratamento de têmpera em óleo, é possível notar uma mi- comparado às suas microestruturas recozidas. Isso porque no
croestrutura mais refinada, com uma possível formação de caso da normalização, o resfriamento ocorre de forma a não fa-
martensita em ripas, com zona de carbonetos dispersos e aus- vorecer a lenta nucleação, o que permitiria a existência de zonas
tenita retida. mais grosseiras. Em geral, as peças tiveram áreas mais homogê-
neas, com perlita mais fina e matriz ferrítica.
Já considerando os tratamentos de têmpera, os resultados foram
abrangentes de forma a apresentar estruturas ainda não relatas
no trabalho. Para o caso de um resfriamento em meio não tão
severo, em óleo, foram utilizados 4 exemplares: SAE 4340, 5160,
52100 e 8640. No primeiro foi possível ver nas suas imagens a
possível presença de martensita, carbonetos com dissolução in-
completa numa matriz ferrítica. Para o segundo, foi percebida
uma plausível martensita em ripas, austenita retida além de par-
tes ferríticas. Para a terceira, o resultado não diferiu tanto da an-
Figura 10 - SAE 52100 visto por microscópio óptico terior, podendo ser que houvesse a martensita em ripas, pre-
com ampliação de 1000x, sendo que: A) Estado reco- sença de zonas de carbonetos dispersos e austenita retida. Para
zido; B) Estado temperado em óleo. Fonte: Autor. o último, acredita-se que se trata de ferrita em placas meio a pos-
síveis veios de martensita e perlita, bem como a existência de
SAE 8640
austenita retida.
Para a amostra do SAE 8640, na imagem A, no estado recozido,
Considerando uma velocidade de resfriamento ainda maior, i.e.,
é possível notar a presença de algumas heterogeneidades em
num meio mais severo, água, foram utilizados 3 exemplares, SAE
sua microestrutura, bem como a presença de perlita mais
1040, 1020 e 4340. Para o primeiro, pode-se ver uma estrutura
grosseira numa matriz ferrítica. Já para a imagem B, onde o aço
semelhante a martensita como regiões cinzas escuras, ferrita
passou por tempera em óleo, fica nítido a diferença causada
como regiões brancas, austenita retida sendo as regiões cinza
pela velocidade de resfriamento. A estrutura esta mais
claro e as regiões escuras poderiam ser perlita. No segundo, con-
refinada, apresentando placas de ferrita em meio a possíveis
tatou-se a possível existência de ferritas alotriomorfas de con-
veios de martensita e perlita, bem como a talvez existência de
torno de grão, zonas perlíticas numas matriz ferrítica. Para a úl-
austenita retida.
tima, é constituída por uma possível microestrutura martensitica
com áreas brancas ferríticas e austenita retida. Um outro caso
ainda foi abordado, onde a peça, SAE 4340, passava por uma
têmpera em água seguida de um revenimento. Para tanto, como
é sabido, o tratamento de revenido pós têmpera leva á uma con-
versão da martensita, por difusão, em ferrita e cementita, le-
vando a uma martensita revenida, com pequenas partículas de
cementita numa matriz ferrítica.

Figura 11 - SAE 8640 visto por microscópio óptico com


ampliação de 1000x, sendo que: A) Estado recozido; B)
Estado temperado em óleo. Fonte: Autor.
8
REFERÊNCIAS

1.SILVA, A.L.V. da Costa; MEI, P.R. Aços e Ligas Es- 14. BRESCIANI FILHO, Ettore. Seleção de materi-
peciais, Eletrometal Metais Especiais S.A., Sumaré, ais metálicos. Campinas: Editora da Unicamp, 1986.
SP, 1988, 528 p. 326p.
15. CALLISTER. William.; Fundamentos da ciên-
2.ROCHA, Marcio R. Apresentação dos materiais cia e engenharia de materiais: uma abordagem
metálicos. 2º Semestre de 2016. 60 slides. Material integrada. 2 Ed. 2006.
apresentado para a disciplina de Materias Metálicos e 16. CALLISTER. William; RETHWISCH. David. Ciên-
suas Aplicações no curso de Engenharia de Materiais cia e engenharia de materiais: uma introdução.
da UFSC, campus Blumenau. 8 ed. Rio de Janeiro: LTC. 2012.
3. GERDAU. Manual de Aços Especiais - Aços 17. VAN VLACK, Lawrence H. Princípios de ciên-
cias e tecnologia dos materiais. 4 ed. Rio de Ja-
Construção Mecânica. 76p. Disponível em:
neiro: Campus. 1988.
https://www.gerdau.com/pt/productsservices/pro-
18. ROCHA, Marcio R. Temperabilidade dos ma-
ducts/Document%20Gallery/AEP-Acos_Construcao-
teriais metálicos. 2º Semestre de 2016. 46 slides. Ma-
Mecanica.zip. Acessado em 15 de agosto de 2018.
terial apresentado para a disciplina de Materias Metáli-
4.CHIAVERINI, Vicente. Aços e ferros fundidos: : cos e suas Aplicações no curso de Engenharia de Mate-
características gerais, tratamentos térmicos, riais da UFSC, campus Blumenau.
principais tipos. 6. Ed. Ampliada e revista. São
Paulo: Associação Brasileira de Metais, 1990.576p.
5.VILLARDO, Roberto. Apostila de Laboratório de
Metalografia e Ensaios dos Mateiriais. 17p. 2013.
Material apresentado para o curso de Engenharia Me-
cânica da universidade Estácio.
6.SANTIAGO, Aline A. F. Aula de Metalografia. 80p.
Disponível em:
https://pt.scribd.com/doc/138436176/Metalografia.
Acessado em: 13 de agosto de 2018.
7.BAIN, E.;PAXTON, H. Alloying Elements in Steel,
2nd Edition, ASM, Metals Park, Ohio, 1966, pp. 123-
162, 243-247.
8.COLPAERT, H. Metalografia dos Produtos Side-
rúrgicos Comuns, 4ª. Ed. Revisada. São Paulo, Ed-
gard Blucher, 2008.
9. ZIPPERIAN, Donald C. Metallographic Hand-
book. 344p. PACE Technologies, USA. 2011.
10. TEIXEIRA, Cristiano S. Introdução à materio-
lografia. 2º Semestre de 2017. 43 slides. Material
apresentado para a disciplina de Laboratório de Carac-
terização Microestrutural no curso de Engenharia de
Materiais da UFSC, campus Blumenau.
11. BRANDON, D.; KAPLAN, W. D. Microstructu-
ral Characterization of Materials. 2 ed. 2008, 550
p. ISBN: 0470027851, ISBN-13: 9780470027851.
12. BOUSFIELD, B. Surface Preparation and Mi-
croscopy of Materials. 1. Ed. Wiley, ISBN-
10:0471931810, ISBN-13: 978-0471931812.
13. SMITH, William F. Structure and properties
of engineering alloys. 2nd ed. New York: McGraw-
Hill Medical, 1993. 630p. ISBN 0070591725.

Potrebbero piacerti anche