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Jurisprudência/STJ - Acórdãos

Processo
AREsp 640815 / PR
AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL
2015/0001805-5

Relator(a)
Ministro GURGEL DE FARIA (1160)

Órgão Julgador
T1 - PRIMEIRA TURMA

Data do Julgamento
07/12/2017

Data da Publicação/Fonte
DJe 20/02/2018

Ementa
PROCESSUAL CIVIL, CIVIL E ADMINISTRATIVO. PREQUESTIONAMENTO.
AUSÊNCIA. EMPRESA PÚBLICA BINACIONAL (ITAIPU). CONTRATO. ALTERAÇÃO
DE CRONOGRAMA. INDENIZAÇÃO POSTULADA POR SUBCONTRATADA. PRAZO
PRESCRICIONAL VINTENÁRIO. APLICAÇÃO. NOTIFICAÇÃO PARA FORMAÇÃO DE
JUÍZO ARBITRAL. HIPÓTESE INTERRUPTIVA. INADMISSÃO. LAPSO
PRESCRICIONAL. ESCOAMENTO. 1. O Plenário do STJ decidiu que "aos
recursos interpostos com fundamento no CPC/1973 (relativos a
decisões publicadas até 17 de março de 2016) devem ser exigidos os
requisitos de admissibilidade na forma nele prevista, com as
interpretações dadas até então pela jurisprudência do Superior
Tribunal de Justiça" (Enunciado Administrativo n. 2).
2. O conteúdo dos arts. 867, 868 e 873, todos do CPC/1973, a
despeito de suscitado nos embargos de declaração, não foi examinado
pela Corte regional, falta que atrai a incidência da Súmula 211 do
STJ.
3. Esta Corte Superior já entendeu que o prazo de prescrição
quinquenal, previsto no Decreto n. 20.910/1932 e no Decreto-Lei n.
4.597/1942, "aplica-se apenas às pessoas jurídicas de direito
público (União, Estados, municípios, Distrito Federal, autarquias e
fundações públicas), excluindo-se, portanto, as pessoas jurídicas de
direito privado da Administração Pública Indireta (sociedades de
economia mista, empresas públicas e fundações)" (REsp 1270671/RS,
Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em 16/02/2012,
DJe 05/03/2012).
4. O prazo de prescrição quinquenal previsto no Decreto n. 20.910/32
não se aplica à Itaipu Binacional, empresa pública criada por
tratado firmado entre o Brasil e o Paraguai, devendo-se observar o
lapso vintenário previsto no art. 177 do Código Civil de 1916 (REsp
941.593/PR, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA, julgado em
16/06/2016, DJe 09/09/2016).
5. Somente com o advento da Lei n. 13.129/2015, que modificou a Lei
de Arbitragem, passou a existir no ordenamento jurídico pátrio

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expressa previsão acerca da instituição do procedimento arbitral
como causa de interrupção da prescrição (art. 19, § 2º, da Lei n.
9.307/1996).
6. Caso em que a notificação para formação de juízo arbitral não
serve para interromper o fluxo do prazo prescricional de ulterior
ação indenizatória movida por consórcio subcontratado da ITAIPU,
para fins de equiparação a qualquer ato judicial apto a constituir
em mora o devedor (CC, art. 202, V), pois, ao tempo da sua
apresentação, inexistia regramento legal específico que dispusesse
acerca dos efeitos da prescrição no âmbito do processo arbitral,
eficácia somente obtida com o novel diploma supracitado.
7. Considerando que "o termo aditivo que prorrogara o período
contratual", o qual teria causado prejuízos às recorridas, foi
firmado em 01 de outubro de 1984 e a ação indenizatória foi ajuizada
em 7 de janeiro de 2005, segundo consta do aresto impugnado, o prazo
prescricional se ultimou.
8. Agravo conhecido para conhecer parcialmente do recurso especial
e, nessa extensão, dar-lhe provimento para julgar extinto o feito
pelo reconhecimento da prescrição (CPC/2015, art. 487, II).

Acórdão
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima
indicadas, acordam os Ministros da Primeira Turma do Superior
Tribunal de Justiça, por unanimidade, conhecer do agravo para
conhecer parcialmente do recurso especial e, nessa extensão, dar-lhe
provimento para julgar extinto o feito pelo reconhecimento da
prescrição (CPC/2015, art. 487, II), nos termos do voto do Sr.
Ministro Relator. Os Srs. Ministros Napoleão Nunes Maia Filho,
Benedito Gonçalves, Sérgio Kukina e Regina Helena Costa (Presidente)
(que ressalvou o seu ponto de vista) votaram com o Sr. Ministro
Relator.

Informações Adicionais
Não se aplica a Súmula 7 ao recurso especial em que se examina se notificação para
instauração de juízo arbitral constitui ato interruptivo da prescrição para pretensão indenizatória
formulada na via judicial, pois não se cuida de averiguar qual o conteúdo da notificação
judicial.

Referência Legislativa
LEG:FED DEC:020910 ANO:1932
***** DPRES-1932 DECRETO SOBRE PRESCRIÇÃO QUINQUENAL

LEG:FED DEL:004597 ANO:1942

LEG:FED LEI:003071 ANO:1916


***** CC-16 CÓDIGO CIVIL DE 1916
ART:00177

LEG:FED LEI:009307 ANO:1996


***** LA-96 LEI DE ARBITRAGEM
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ART:00019 PAR:00002
(INCLUÍDO PELA LEI 13.129/2015)

LEG:FED LEI:013129 ANO:2015

LEG:FED LEI:010406 ANO:2002


***** CC-02 CÓDIGO CIVIL DE 2002
ART:00202 INC:00005

Veja
(EMPRESA PÚBLICA - PRAZO PRESCRICIONAL - INAPLICABILIDADE DO DECRETO
20.910/1932 E DO DECRETO-LEI 4.597/1942)
STJ - REsp 1270671-RS, REsp 941593-PR

Sucessivos
EDcl no AREsp 640815 PR 2015/0001805-5 Decisão:03/05/2018
DJe DATA:11/06/2018

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