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Betim – MG
2018
FACULDADE BATISTA DE MINAS GERAIS
Orientador
Betim
2018
SUMÁRIO
RESUMO................................................................................................................... 4
Introdução ................................................................................................................. 5
I - CONCEITOS ......................................................................................................... 5
1.2 O cristianismo e a preocupação com o ser humano ........................................... 6
1.3 A igreja uma comunidade terapêutica ................................................................. 7
1.4 A autodisciplina e o ensino de Jesus sobre isto .................................................. 7
2–Aconselhamentos eclesiastico e suas características ........................................... 8
2.1 ACONSELHAMENTO PASTORAL .................................................................... 8
2.2 Aconselhamento Cristão .................................................................................... 9
2.3 Aconselhamento Bíblico ................................................................................... 10
3 – a finalidade da disciplina eclesiastica ................................................................ 11
3.1 Disciplina e Discriminação................................................................................ 12
3.1.2 Disciplina e Abuso de poder ........................................................................... 12
3.1.4 A necessidade da Disciplina........................................................................... 12
3.2. Abordagem individual ...................................................................................... 13
3.2.1. Admoestação privada .................................................................................... 13
3.2.2. Pronunciamento publico. ............................................................................... 14
3.2.3. Exclusão publica ........................................................................................... 14
4. Disciplina e as Marcas da Igreja ...................................................................... 14
4.1Considerações .................................................................................................. 14
5 - O processo de aconselhamento para se alcançar a finalidade da disciplina
eclesiástica .............................................................................................................. 15
5.1 Aconselhamento Eclesiástico Também Depende do Espírito Santo.......... 15
5.2 Processos de aconselhamentos .................................................................... 16
5.3 O CRISTÃO RESTAURADO HONRA A CRISTO ............................................ 16
5.3.1 O Papel da igreja ............................................................................................ 17
5.3.2 O Aconselhamento e sua Importância............................................................ 17
6.Conclusão ............................................................................................................ 17
7. BIBLIOGRAFIA ................................................................................................... 18
4
RESUMO
A disciplina na igreja é um dos principais meios que Deus usa para corrigir e
restaurar seus filhos, quando caem em pecado. É também um modo pelo qual
Ele mantém a unidade, pureza, integridade e boa reputação da igreja. Todavia,
não devemos presumir que toda situação se encaixará facilmente em
uma única categoria. Freqüentemente questões que requerem o uso da
disciplina são uma mistura de combinações ou variações dessas classes gerais, o
que dificulta determinar o procedimento correto para cada caso. Portanto, a igreja
deve ministrar a disciplina com oração, com a aplicação diligente das Escrituras e
na dependência do Espírito de Deus. O objetivo deste projeto é apresentar os
aconselhamentos, bíblico, cristão e pastoral. Primeiro vamos conceituar a nossa
proposta, seguindo com os tipos de aconselhamento e suas características, o
próximo passo, vamos definir o propósito da disciplina eclesiástica, e finalmente
propor uma visão de auxílio aos que estão passando por este processo de
disciplina eclesiástica.
INTRODUÇÃO
I - CONCEITOS
Se a igreja é fiel e bíblica ao disciplinar, há necessidade de que todos os membros
compreendam as bases bíblicas para tanto; se a igreja é falha, é necessário que
todos se conscientizem das razões dadas pelas Escrituras para a aplicação da
disciplina e dos perigos e conseqüências de negligenciá-la. Esse é, portanto, um
tema sempre relevante. Não se trata de um caminho opcional para a administração
6
da igreja, mas de uma trilha necessária, que deve ser entendida, para que
tenhamos saúde espiritual em nosso meio afim de que aquele que estiver
passando pelo processo de disciplina encontre através do aconselhamento um
amparo para voltar à comunhão. Na Igreja, a disciplina é aplicada como
medicamento amargo, mas que esperamos que seja eficaz para levar ao
arrependimento, a fim de trazer de volta o irmão(a) afastado ou que esteja
passando por problemas. No livro “Um Amigo em Necessidade” Selwyn Hughes
afirma: “estou convencido que ajudar as pessoas com os seus problemas não é só
trabalho de pastores (...) mas é o trabalho de todo cristão, sem ter em conta o nível
de sua vida crista”.1
Foi o próprio Jesus que mencionou a palavra Igreja. E conforme afirma Collins, foi
a Igreja que deu continuidade ao ministério de Jesus, de ensino, evangelização,
ministração e aconselhamento. É função da igreja, dar apoio aos abatidos, curar
doentes, e orientar pessoas nas difíceis decisões da vida. Segundo ainda o citado
autor, os cristãos que se reúnem como igreja devem projetar sua atenção em três
direções: 1) para o alto: adoração a Deus; 2) para fora: evangelização; e 3) para
dentro: através do ensino , comunhão e assistência mútua (p. 22). Talvez esse
último, tenha sido o mais negligenciado pela igreja atual, segundo Collins afirma
que a função da igreja é “cuidar dos necessitados, receber os recém-chegados,
fazer o bem a todos, curar os feridos de alma, ajudar aos fracos e levar a as boas
novas de Jesus” (p. 60.)
“Ora se nosso Senhor valorizou e importou tanto com ser humano, qual deve ser o
papel da Igreja em geral e da cada cristão em particular com relação à
preocupação com os que sofrem? Obviamente, a única resposta possível é que a
Igreja deve sensibilizar-se com a dor, o sofrimento e a duvida do próximo. A esse
respeito um dos propósitos mais sublimes do corpo de Cristo é ajudar as pessoas
com seus problemas"2. Nestas instruções vemos que cada cristão é responsável
pelos bem dos demais e isso significa que precisamos ser ajudadores uns dos
outros e cuidando de suas necessidades. É igualmente verdade que certas
pessoas tem um dom especial na área do aconselhamento, mas isso não isenta os
demais cristãos de serem cooperadores. Porem, é necessário que o conselheiro
cristão seja preparado, a fim de poder ter êxito na ajuda às pessoas aflitas e
confusas. O conselheiro tem os seguintes alvos a serem atingidos pelo seu
aconselhando (1°) que ele possa se auto compreender; 2° que ele seja sincero em
relação ao problema vivenciado; 3° que ele identifique a causa que esta causando
o problema; 4° que ele identifique os caminhos possíveis para a mudança da
situação ou sentimento; 5° que ele acredite no poder de Deus para sua vitoria; 6°
que ele tome os passos necessários para cura do problema e que 7° ele se sinta
apoiado e amado pelo seu conselheiro. Mas, isso só será possível se o conselheiro
for alguém que esteja disponível para ouvir, que demonstre autentico interesse,
que seja confiável e leal.
1.3 A igreja uma comunidade terapêutica
Uma das funções da Igreja é de ser a comunidade onde as pessoas sejam
acolhidas, tratadas, curadas e se tornem prontas para ajudarem outras pessoas. “A
Igreja necessita ser à sombra da solidariedade de Jesus, levando ao mundo a Sua
proposta de paz”3. Eis, portanto, o objetivo da disciplina – trazer de volta à
sensatez os atingidos por ela. orientação bíblica é que, a tempo e a fora de tempo,
em lugar de os cristãos serem contenciosos, sua brandura no trato e aptidão para
ensinar e disciplinar os contumazes descanse na expectativa de que Deus lhes
conceda arrependimento e retorno à sensatez (2 Tm 2:24-26)
Jesus Cristo, em Mateus 18.15-22, nos deu, de uma forma bem detalhada e
inteligível, os passos necessários para o exercício da disciplina corporativa (na
igreja). Entretanto, antes que o pecado se concretize em ações contra alguém e
antes que atinja um caráter público, a Palavra de Deus nos dá admoestações sobre
o exercício da autodisciplina. A palavra grega traduzida como temperança ou
autocontrole (egkratea - um dos aspectos do fruto do Espírito, em Gl 5.23) significa,
apropriadamente, a disciplina exercida pela própria pessoa, quer pelo
estabelecimento de limites próprios, que não devem ser ultrapassados, quer na
avaliação dos próprios pensamentos e atitudes que, se concretizados,
prejudicariam alguém e desagradariam a Deus. Certamente o exercício coerente
da autodisciplina, na vida dos membros da igreja, reduz a necessidade da
disciplina eclesiástica.
5 FERREIRA, A,B,H, Aurélio século XXI: O Dicionário da Língua Portuguesa,3 ed, rev e ampl. Rio
de Janeiro, RJ, 1999.
10
6 MACK, Wayne. Tarefas práticas para uso no aconselhamento bíblico: problemas familiares e
conjugais. 3. ed. São José dos Campos, SP: Fiel, 2001.
7 CRABB, Lawrence. Como Compreender as Pessoas. São Paulo, SP. Editora Vida, 2003.
visa a edificação”9
O Novo Testamento coloca muita ênfase na necessidade dos cristãos se
conhecerem mutuamente, de modo tão íntimo e achegado, que eles possam
carregar os fardos uns dos outros, confessar seus erros uns aos outros, repreender
“Levar os fardos um do outro significa pelo menos apoiar um ao outro em oração.
Significa também estar disposto a gastar tempo, tentando compreender
profundamente o problema de outra pessoa e se comprometer num certo esforço
de aliviar tensões ou desânimo, ou de achar algum modo de ajudar
financeiramente ou com um conselho sábio.
A disciplina na igreja é um dos principais meios que Deus usa para corrigir e
restaurar seus filhos, quando caem em pecado. É também um modo pelo qual Ele
mantém a unidade, pureza, integridade e boa reputação da igreja. “Através de
instrução, admoestação, conselho e repreensão, tanto em público como em
particular. Deus corrige seus filhos desobedientes ou, então, remove da igreja
aqueles que não são realmente seus. Como diz Calvino “... se nenhuma
sociedade, se nem mesmo um lar, por menor que seja a família, pode ser mantido
adequadamente sem disciplina, está é muito mais necessária na igreja, onde se
deve manter o maximo de ordem possível...”10 Portanto, a igreja deve ministrar a
disciplina com oração, com diligencia das Escrituras e na dependência do Espírito
Santo. Disciplina eclesiástica é um termo em desuso. Pode se usá-lo para referir-
nos a uma área de ensino, ao exercício de ordem, ao exercício da piedade ou a
medidas corretivas o seio da igreja. A pratica de muitos cristãos gera a ilusão de
que a igreja não tem nada a ver com o procedimento “secular” de seus membros. O
medo da impopularidade leva muitos lideres a cumplicidade e pecados são
justificados em nome de uma atitude mais humana. Mas, o que dizer daqueles que
9 STEDMAN, Ray C. Igreja corpo vivo de Cristo: a igreja no século 20 pode recuperar toda a força do cristianismo
primitivo! São Paulo: Mundo Cristão, 1994.p 190
10 CALVINO, João; Intitutas, livro V, E C C , Sao Paulo, SP.2007.
12
11Bíblia de estudo de Genebra, São Paulo, SP, Cultura Crista & SBB, 2009.
Quais são as marcas da verdadeira igreja cristã? Para o reformador João Calvino,
tais marcas consistem da proclamação da Palavra, da administração das
ordenanças e do exercício da disciplina eclesiástica. Contudo, não somente a
pregação e a celebração das ordenanças, mas também o exercício da disciplina
são características da verdadeira igreja. A disciplina praticada treina o cristão na
santidade e o desafia a permanecer na presença do Senhor.
4.1Considerações
Quando os pais disciplinam o filho como “punição” por sua desobediência, a ação
é “punitiva’. Pelo fato de amarem o filho, desejam ensiná-lo a não repetir o ato, e
após a disciplina, o aconselham e mostram o amor que lhe devotam, e se forem
27 - BAKER, Don. Alem do Perdão. 1ª edição, Belo Horizonte, MG. Editora Betânia, 1986.p 60
15
cristãos, oram com ele, a ação é “recuperativa’. Portanto, o disciplinado deve ser
acompanhado pela igreja no tempo da sua disciplina. Não ser afastado dos cultos e
orações, pois neste momento ele está fraco e precisando alimentar seu espírito
com Deus. Paulo exorta a igreja para que manifeste perdão, conforto e reafirmação
de amor para o arrependido, para que “o mesmo não seja consumido por excessiva
tristeza17” (2 Co 2.7-8). Outra razão para esta exortação é para que “Satanás não
alcance vantagem” sobre a igreja, criando amargura, discórdia e dissensão. Há
possibilidade de que o disciplinado não se submeta à disciplina, e acuse a igreja de
discriminação. Tal atitude apenas manifesta ignorância e estupidez. Segundo as
Escrituras, é o pecado e a determinação em segui-lo que gera discriminação, e não
a disciplina (1 Co 5.5 e 1 Tm 1.20). O homem espiritual deve submeter-se à
disciplina e não rejeitá-la, pois isso seria seu fim (Pv 5.11-14).
17 Bíblia de estudo de Genebra, São Paulo, SP, Cultura Crista & SBB, 2009.
16
retomada como uma forma de suprir a sociedade do vazio existencial em que está
inserida, causado pela insuficiência do cientificismo e do capitalismo consumista.
18 COLLINS, Gary; Ajudando Uns Aos Outros Pelo Aconselhamento. São Paulo: edições Vida Nova, 2007.p31
19 BÍBLIA de Genebra. Barueri e São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil e Cultura Cristã, 2009. I Pe 1.15,16.
17
6.Conclusão
Portanto, aconselhamento eclesiástico é uma arte em desenvolvimento e que
nunca se completará, pois acontece entre humanos e estes são seres incompletos
e em constante movimento, portanto, estarão sempre precisando compreender e
serem compreendidos. Daí a constante necessidade de aconselhamento. Quando
observamos o homem moderno em sua correria, em seu vazio, em sua solidão,
entendemos o quanto há necessidade de outros homens que lhe permitam ver-se,
20HURDING, Roger F. A Árvore da Cura: modelos de aconselhamento e de psicoterapia. São Paulo: Vida
Nova, 1995. p. 22.
18
7. BIBLIOGRAFIA
1. ADAMS, Jay E. Conselheiro capaz, 1ª edição. São Paulo, SP. Editora Fiel,
1997.
2. BAKER, Don. Alem do Perdão. 1ª edição, Belo Horizonte, MG. Editora
Betânia, 1986.
19