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Diplomacia 360 graus – Módulo Atena – Geografia – Aula 07

Prof. João Felipe Ribeiro – 10.09.2018

A POLÍTICA AMBIENTAL BRASILEIRA (continuação da aula 06)

→ Protocolo de Nagoia – 2010


Geopolítica ambiental: Bertha Becker considera a Amazônia o heartland ecológico do planeta –
água e biodiversidade. Esses recursos naturais são pontes de poder. A maior parte da
biodiversidade do mundo está na faixa intertropical.

Segundo Claude Raffestin (“Por uma Geografia do Poder”), brigas por território são, na verdade,
brigas por recursos. Às vezes, domina-se um território sem saber que tem um recurso, ou antes
de que esse recurso venha a ser um recurso, de fato. Por vezes, o contrário também ocorre.
Tem-se um determinado recurso e ele deixa de ser importante. A biodiversidade passa a ser
considerada um recurso valioso, com os avanços biotecnológicos que passam a tê-la como fonte
de invenções. Quem desenvolve as tecnologias são os países da faixa temperada,

O Brasil assinou, mas não ratificou o Protocolo de Nagoia. Na COP 16, em Cancun México, no
ano de 2010, países tentam normatizar o “Protocolo ABS” – acesso e repartição de recursos –
países iriam se comprometer a conservar (proteger oficialmente) 17% de seus biomas terrestres
e 10% de seus biomas marítimos. O Brasil tinha 1,5% de área marítima e litorânea protegida.
Numa canetada, o presidente Temer fez com que o país passasse a atingir a meta. Em algum
momento, o Senado brasileiro terá que ratificar o protocolo de Nagoia (país com tanta
biodiversidade não poderia estar tanto tempo de fora).

Entenda o Marco da Biodiversidade sancionado por Dilma nesta quarta


O Marco da Biodiversidade reforça as regras criadas pela Medida Provisória 2.186-16, de
2001, que incorpora os compromissos assumidos pelo governo perante a Convenção da
Diversidade Biológica (CDB), tratado internacional das Nações Unidas que regula o tema.
Apresentado pelo Executivo em 2014, o projeto de lei foi aprovado pela primeira vez na
Câmara em fevereiro. Encaminhado ao Senado, recebeu 23 emendas que alteraram o texto.
Por isso, teve que voltar a ser analisado pelos deputados.
O objetivo do projeto de lei da biodiversidade é reduzir a burocracia e estimular a pesquisa e
inovação com espécies nativas. No entanto, alguns ambientalistas dizem que o projeto
privilegia as empresas e amplia o acesso à biodiversidade sem proteger os povos indígenas e
seus conhecimentos tradicionais.
No projeto de lei, patrimônio genético é definido como “informação de origem genética de
espécies vegetais, animais, microbianas, ou espécies de outra natureza, incluindo substâncias
oriundas do metabolismo destes seres vivos”.
Entre os principais pontos aprovados, estão a retirada de penalidades impostas a empresas
que descumpriram regras ligadas à exploração de materiais provenientes de plantas ou
animais e a criação de normas de pagamento pelo uso de recursos genéticos naturais por
empresas -- tanto para o governo, quanto para povos tradicionais, como os indígenas.(...)
http://g1.globo.com/natureza/noticia/2015/05/entenda-o-marco-da-biodiversidade-
sancionado-por-dilma-nesta-quarta.html
Para alcançar tais metas, uma série de indicações terão de ser seguidas em diversos setores
da gestão pública dos recursos naturais até 2030:

1- Aumentar a participação da bioenergia sustentável na matriz energética brasileira para 18%;

2- Chegar a participação de 45 % de energias renováveis na matriz energética;

3- 23 % do total da matriz elétrica deverá vir de fontes alternativas, excluindo-se hidrelétricas;

4- Fortalecer o cumprimento do Código Florestal;

5- Restaurar 12 milhões de hectares de florestas;

6- Alcançar desmatamento ilegal zero na Amazônia brasileira;

7- Fortalecer o Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono como a principal estratégia


para o desenvolvimento sustentável na agricultura;

8 - Recuperar quinze milhões de hectares de pastos degradados e implementar cinco milhões


de hectares de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF);

9- Obter 10% de ganhos de eficiência no setor elétrico;

10- Promover o uso de tecnologias limpas no setor industrial; e

11- Estimular medidas de eficiência e infraestrutura no transporte público e áreas urbanas.


(TPS 2011) Acerca das implicações e dos desdobramentos da questão ambiental em nível
mundial, julgue (C ou E) os itens a seguir.

1. A gestão ambiental pública no Brasil caracteriza-se, fundamentalmente, por uma


perspectiva corretiva, voltada para o controle da poluição, cujas ações se desenvolvem por
meio de diversos instrumentos previstos na legislação vigente, como penalidades
disciplinares ao não cumprimento das medidas necessárias.

Gabarito: ERRADO. A Política Nacional de Meio Ambiente (Lei 6.938/1981) impõe o


licenciamento prévio para uma série de atividades. Essa lei inaugura uma visão preventiva na
gestão ambiental pública brasileira. Hoje, certos setores econômicos tentam amenizar essa
visão – PEC 65.

(...)

(TPS 2012- modificada) A proteção à biodiversidade e aos ecossistemas ameaçados pela


atividade humana tem mobilizado governos, agências multilaterais, organismos
internacionais de financiamento e organizações não governamentais em direção à
elaboração de políticas públicas e à definição de estratégias de conservação. Acerca dessa
atual tendência da gestão ambiental, julgue (C ou E) os itens a seguir.

3. O modelo de gestão característico da política brasileira de recursos hídricos elegeu a bacia


hidrográfica como unidade espacial de planejamento, visando à resolução de conflitos entre
usuários, à solução de problemas de poluição das águas e à restrição, de modo a conservar a
cobertura vegetal, do desmatamento de áreas de mananciais.

Gabarito: CERTO.

4. A proteção do Cerrado, prevista nas metas do plano estratégico da Convenção sobre


Diversidade Biológica, justifica-se pela necessidade de recuperação de áreas desmatadas ou
degradadas pelas pastagens.

Gabarito: CERTO.
ORDENAMENTO TERRITORIAL NO BRASIL

No Edital:

3. Geografia Econômica.
3.4. Disparidades regionais e planejamento no Brasil.
(...)
6 - Geografia Política.
6.2. Temas clássicos da Geografia Política: as fronteiras e as formas de apropriação política do
espaço → o Estado como grande produtor de espaço geográfico.
6.3. Relações Estado e território.
6.4. Formação territorial do Brasil.

“O Brasil não será concebido como um povo e sim como uma porção do espaço terrestre, não
uma comunidade de indivíduos mas como um âmbito espacial.”
(MORAES, A. C. Robert. Território e História no Brasil. 2. ed. São Paulo: Annablume, 2005)

Se o Brasil nasce como território, então há uma enorme diferença entre espaço geográfico e
território, neste caso. Existe o corpo da pátria e não existe esse espaço integrado. Em 1822, o
país como espaço geográfico brasileiro era meramente jurídico, não havia perspectiva
nacional.

CONCEITOS GEOGRÁFICOS:

Espaço:
“O espaço é um conjunto de objetos e um conjunto de ações. É ao mesmo tempo forma (como
as estruturas de uma cidade) e função (o processo de ações humanas que constroem a
paisagem). É indivisível dos seres humanos que o habitam e que o modificam todos os dias,
através de sua tecnologia.”

Território:
Porção do espaço definida pelas relações de poder, passando assim da delimitação natural e
econômica para a de divisa social. O grupo que se apropria de um território ou se organiza sobre
ele cria relação de territorialidade, que se constitui em outro importante conceito da Geografia.
Ela se define como a relação entre os agentes sociais políticos e econômicos, interferindo na
gestão do espaço.

Região:
“O símbolo da geografia unitária- aquela que não separa o físico do social, o natural do humano,
o ecológico do cultural- é a região. Ora, o conceito de região foi vendido como sendo um edifício
estável. Só que não é.” (Milton Santos)
Ordenamento Territorial é a expressão da organização territorial, que se caracteriza pelas
múltiplas dimensões (física, cultural, política, econômica e social), nas várias escalas
geográficas. Reflete as múltiplas facetas do “viver” das pessoas no espaço físico”. Abrange
todas as áreas de planejamento que têm impacto sobre a organização do território. Pela
Constituição brasileira, artigo 21, inciso IX, é competência da União “elaborar e executar
planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e
social”.

Determinadas políticas setoriais como proteção do meio ambiente, expansão do


agronegócio, redução da concentração industrial, revisão das matrizes de transporte,
energia e informação, redução das desigualdades regionais, valorização da diversidade
cultural, deverão estar incluídas numa política de ordenamento territorial ambiciosa.
Respeitar o meio ambiente, distribuir melhor as atividades agropecuárias modernas, as
indústrias e serviços de ponta, diversificar as fontes de energia, favorecer o crescimento de
cidades médias, todas essas ações contribuem para reequilibrar o território nacional.

A posse e o controle do território têm, classicamente, sustentado a construção do Estado no


Brasil, o qual antecede, historicamente, a própria nação. A relação clássica entre Estado e
território aponta para a implantação das formas estruturantes deste último pelo papel
dirigente do poder unidimensional do Estado. No pós-30, o Estado Desenvolvimentista
consolida as principais infraestruturas estratégicas acionais e, com isso, assume o papel de
principal artífice da construção da nação.

(RÜCKERT, Aldomar Arnaldo. O processo de Reforma do Estado e a Política Nacional de


Ordenamento Territorial)

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