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Introdução
O mercúrio apresenta uma configuração eletrônica d10s2, formando geralmente íons M2+.
Contudo, muitos de seus compostos são covalentes em proporção elevada.
Os compostos de Hg (+II) são mais covalentes, e seus complexos são mais estáveis. Como os
íons de Hg têm camadas d completa, ele não se comporta como se fosse metal de transição
típico. Embora os íons sejam divalentes, são poucas as semelhanças com os elementos do
Grupo 2.
O mercúrio é altamente tóxico. Mesmo à temperatura ambiente, o metal libera vapor inodoro
e invisível, que é facilmente absorvido através da respiração, sendo essa a via de contaminação
mais grave, pois cerca de 80% da dose inalada vai para a corrente sanguínea. Sua solubilidade
no sangue é maior que na água, e uma vez absorvido pelo organismo ele se acumula nos
tecidos. A contaminação pode acontecer também por ingestão ou pelo contato com a pele.
Estado de oxidação
Compostos de Hg (+I) também são importantes. O íon monovalente Hg+ não existe, pois os
compostos de mercúrio (I) se dimerizam. Assim, o cloreto de mercúrio (I), Hg2Cl2, contém o íon
[Hg-Hg]2+, onde os dois íons Hg+ (configuração 6s1) se ligam utilizando seus elétrons s. Os
compostos de mercúrio (I) são, portanto, diamagnéticos.
Propriedades Gerais
O mercúrio exibe algumas poucas propriedades associadas aos elementos de transição típicos,
devido à presença de um nível d completo, não disponível para a formação de ligações.
Tem configuração eletrônica d10, não sendo possível a ocorrência de transição d-d. Por isso,
muitos dos compostos desses elementos são brancos. Contudo, alguns compostos de Hg (+II) e
um número menor de compostos de Cd(+II) são intensamente coloridos, por causa da
presença de transições de transferência de carga dos ligantes para o metal.
O mercúrio é o único metal que é líquido à temperatura ambiente. Isso pode ser explicado
pela energia de ionização muito grande, que dificulta a participação dos elétrons na formação
das ligações metálicas. À temperatura ambiente, o líquido tem uma pressão de vapor
apreciável. Por isso, superfícies expostas de mercúrio devem sempre ser cobertas (por
exemplo, com tolueno) para impedir sua evaporação e, consequentemente, o risco de
intoxicação. O mercúrio gasoso tem comportamento incomum, pois é constituído por espécies
monoatômicas, como os gases nobres.
Nessas condições, Hg forma sais de mercúrio (II), mas reage lentamente com HNO3 diluído, O
mercúrio forma ligas com diversos outros metais. Os bronzes são comercialmente
importantes. Ligas de mercúrio com outros metais são denominadas amálgamas. O amálgama
de sódio é formado na célula de cátodo de mercúrio, no processo de fabricação de NaOH.
Amálgamas de zinco e de sódio são usados no laboratório como fortes agentes redutores. Já o
amálgama de prata é bastante utilizado na odontologia nas restaurações dentárias
Objetivo:
Equipamentos:
tubos de ensaio;
Placa de cobre;
Papel de filtro;
Gota de mercúrio.
Cristal de iodo;
Bastão de vidro;
Sódio metálico;
Mercúrio líquido;
Solução de KmnO4;
Água destilada;
Placa de aquecimento;
Béquer 250ml;
Solução de KI 1M.
Procedimentos e Observações:
a) Em um tubo de ensaio, adicinou-se 2ml solução de Hg2+ e 1ml de NaOH 1M. Logo após,
Aqueceu-se em banho maria e dividiu-se em dois tubos o conteúdo final. Observou-se, em um
primeiro momento, a mudança de coloração da solução por conta do aparecimento de um
precipitado de cor laranja, depois do aquecimento foi observada uma decantação de quase
todo o precipitado na solução, mudando levente de cor para algo mais próximo de um
amarelo.
3) reações redox
Esse teste não deu certo, pois não houve a formação de nenhum precipitado. Resolvemos
testar com a adição do nitrato estanoso ao invés de cloreto, e dessa maneira houve a
formação do precipitado branco previsto. Porém a adição contínua tanto do nitrato quanto do
cloreto não resultou em nenhuma alteração na solução.
c) Tomou-se uma pequena placa de cobre e adicionou-se a um tubo contendo algumas gotas
de solução de Hg2+. Aguardaram-se alguns minutos e em seguida lavou-se a peça e raspou-se o
metal atacado com o papel de filtro.
A reação ocorreu lentamente e a solução de Hg2+, inicialmente incolor, foi adquirindo uma
coloração azul clara e a placa por sua vez, inicialmente possuía uma coloração bronzeada,
adquiriu um aspecto prateado, limpo e mais mole do que anteriormente.
d) Em tubo de ensaio, misturou-se uma gota de mercúrio com um cristal de iodo e em seguida
com o auxílio de um bastão de vidro atritou-se o cristal contra o mercúrio.
Inicialmente a mistura adquiriu uma coloração roxeada e aos poucos essa coloração mudou
para um verde escuro e de sólido para líquido.
Resultado e Discussões:
Em estado aquoso a mistura de uma base com o Hg2+, produz quase que instanteneamente o
óxido de mercúrio (II)
b)HgO(s)+2HCl(aq)→HgCl2(aq)+H2O(l)
HgO(s)+NaOH(aq)→Não Ocorre
O óxido de mercúrio naão reage com bases e reage com ácidos, porém ele é fracamente
básico, pois os íons de mercúrio contidos nos sais formados se hidrolizam facilmentee se
formam outros sais básicos de mercúrio como por exemplo HgO.HgCl2.
3) Reações Redox
a)2HgCl2(aq)+SnCl2(aq)→SnCl4(aq)+Hg2Cl2(s)
Hg2Cl2(s)+SnCl2(aq)→SnCl4(aq)+2Hg(l)
2HgCl2(aq)+Sn(NO3)2(aq)→Sn(NO3)4(aq)+Hg2Cl2(s)
A solução de cloreto de mercúrio (II) com adição de cloreto estanoso reduz o mercúrio ao
estado Hg+, no qual o mesmo tem uma capacidade forte para formar ligações covantes simples
entre si formando o íon [Hg-Hg]2+, formando o cloreto mercuroso, um sólido branco. Esta
primeira etapa só foi alcançada com o nitrato estanoso.
A continuação da adição tanto do cloreto, quanto do nitrato de estanho (II) deveria reduzir
mais uma vez o mercúrio do estado de oxidação (I) para o estado zero, no qual é um líquido de
coloração enegrecida, porém não ocorreu na prática
b) Na(s)+Hg(l)→Na/Hg(s)(amálgama)
Quando se dissolve sódio metálico em mercúrio ocorre a formação de uma liga NaHg, queé
denominada amálgama de sódio pois contém mercúrio como um dos metais formadores. O
processo até a formação dessa amálgama é extremamente exotérmico, explicando a causa da
pequena explosão vista em seu processo de produção. Dentro da liga há várias moléculas
diferentes, tais como: Na3Hg2, NaHg, NaHg2, entre outros. O caráter dessa amálgama é redutor
como vemos na reação abaixo:
𝐻𝐶𝑙
Na/Hg(s)+KMnO4(aq)→ Mn+2(aq)+Na
c) Hg+2(aq)+Cu(s)→Hg(l)+Cu2+(aq)
A reaçãode oxirredução origina uma solução de Cobre (II) que por características forma íons
complexos com a água e torna sua coloração azulada, e o o mercúrio líquido que explica a
maior maleabilidade da placa e seu aspecto mais prateado, característico do mercúrio.
Podemos concluir portanto que o E0 de redução de Hg2+/Hg é maior que o do par Cu2+/Cu0
d) 2I2(s)+3Hg(l)→HgI2(s)+Hg2I2(s)
Ocorre uma reação de oxirredução, onde a substância I2 reduz ao íon iodeto e o metal líquido
Hg oxida para seus dois estados de oxidação conhecidos: Hg2+ e [Hg2]2+ e aqui a algo
interessante, pois o surgimento dos dois íons pode estar ligado a pequena margem nos
potenciais de redução:
Hg2+(aq)+2KI(aq)→HgI2(s)+2K+(aq)
HgI2(s)+2KI(aq)→K2HgI4(aq)
Quando se adiciona solução de KI a uma solução de Hg2+ o íon do halogênio se liga ao íon
metálico criando um centro de coordenação neste. Sem estar em excesso criasse um
precipitado vermelho, pois a molécula formada não tem carga e têm características mais
covalentes. Porém quando se adiciona um excesso de solução de KI, mais I- se aproximam do
centro metálico formando um complexo com carga 2+ que se liga ionicamente com o K+
formando um sal iônico, facilmente solúvel em água.
Conclusão
Foi possível preparar e observar, com sucesso, as propriedades do óxido de mercúrio, assim
como as propriedades oxirredutoras do mercúrio em diferentes estados de oxidação, com
excessão da reação do sal de mercúrio com o cloreto estanoso, onde não foi possível observar
a redução do íon [Hg2]2+ a Hg(l). E a preparação de um complexo foi realizada com sucesso.
Referências Bibliográficas:
Lee, J.D. (1999). Química Inorgânica Não Tão Concisa. São Paulo. Edgard Bluncher, 5ª Edição.
Volume Único.
www.ufpa.br/quimicaanalitica/itensolubilidade.htm