Sei sulla pagina 1di 30

Julho 2014

Ambientes Marinhos Tropicais


Heterogeneidade Espaço-Temporal e
Respostas à Mudanças Climáticas

Relatório 1
Junho 2012 - Junho 2014
Ambientes Marinhos
Apresentação
Tropicais As mudanças climáticas deverão afetar mudanças climáticas que afetarão o
as características físicas, biológicas e norte-nordeste do Brasil neste século.
Os ecossistemas tropicais estão biogeoquímicas das zonas costeiras e Este aspecto é de grande importância
intimamente interconectados no oceanos, modificando sua estrutura estratégica para a região.
ambiente marinho através dos ecológica, suas funções e os diferentes
serviços prestados ao Homem. Estas Outros objetivos deste INCT incluem:
processos físicos e biológicos atuantes. mudanças tem o potencial de causar (i) Gerar uma sólida base conceitual
sérios impactos sócio-econômicos nas sobre os processos, a dinâmica e o
As respostas de um determinado escalas local (zona costeira), regional funcionamento da zona costeira,
ecossistema às mudanças climáticas (plataforma e mares rasos) e global plataforma e oceano tropicais do Brasil e
(oceano). sua variabilidade espaço-temporal.
podem determinar impactos
significativos nos ecossistemas As respostas dos ambientes marinhos às (ii) Dotar a região norte/nordeste do
marinhos adjacentes, rapidamente mudanças climáticas irão também Brasil de uma infraestrutura de pesquisa
depender da variabilidade natural destes moderna e adequada para o avanço e
comprometendo sua qualidade. sistemas e de outras mudanças consolidação das atividades em Ciências
introduzidas pelo homem como resultado do Mar nesta região.
A importância do estudo destes dos diferentes usos dos recursos
marinhos. (iii) Expandir e consolidar a incipiente
ambientes, e sua heterogeneidade estrutura de ensino, treinamento e
espacial e temporal, decorre não O bem-estar das comunidades humanas formação de pessoal, para fazer frente
apenas desta interconectividade como depende intrinsecamente da ao conjunto de desafios atuais e futuros
disponibilidade dos serviços que os a serem enfrentados por esta região
também do fato de cerca de 1,3 bilhão ecossistemas costeiros e marinhos principalmente como conseqüência das
de pessoas viverem em comunidades provêem. Isto é particularmente mudanças climáticas.
costeiras bordejando o oceano tropical. importante para a região norte e
nordeste, que apresenta em alguns dos (iv) Criar uma rede de excelência para
seus municípios costeiros, algumas das dar suporte na solução de problemas
Neste contexto a região norte-nordeste densidades populacionais mais elevadas prementes que afetam os ambientes
do Brasil, apresenta algumas das mais do Brasil. marinhos da região norte e nordeste.
elevadas densidades populacionais da (v) Criar mecanismos que possibilitem a
O INCT AmbTropic tem como objetivo
franja litorânea brasileira além de central unificador a avaliação de como a transferência ativa de conhecimentos
concentrar a ocorrência de uma heterogeneidade espaço-temporal dos para os principais atores sociais de
diversidade de ecossitemas costeiros e ambientes marinhos tropicais poderá maneira descentralizada além de
determinar os padrões de resposta garantir acesso irrestrito a todos os
marinhos tropicais. dados e informações pretéritas e a
destes ambientes e sua resiliência às

Page 1 www.inctambtropic.org
serem gerados, pelo INCT. Univ. Federal da Paraíba (UFPB)
O INCT AmbTropic, foi criado em
Univ. Federal do R G do Norte (UFRN) Apoio Financeiro:
Univ. Federal do Pará (UFPA)
Junho de 2012, e é uma iniciativa Univ. Federal do Espírito Santo (UFES)
conjuntas das Universidades Federais Lorem ipsum minim recusabo ut nam, natum
Univ. de São Paulo (USP)
da Bahia e de Pernambuco. Os Univ. do Est. do R de Janeiro (UERJ) laudem vix ad, sit cu iusto eligendi. Pri nobis
recursos para sua implantação são vocent te, usu munere libris comprehensam eu.
oriundos do CNPq, FAPESB e CAPES.
Coordenação Administrativa:
Saepe omittam ad pri. Mel prompta dolorum
O INCT AmbTropic é coordenado pelos Illa Fair platonem ea, quaestio interpretaris usu et.
professores José Maria Landim Instituto Nacional em Ciência e Fabellas erroribus similique ea per. Indoctum
Dominguez (UFBA) e Sigrid Neumann Tecnologia em Ambientes Marinhos
Leitão (UFPE) assentior cu vim, ne per ridens tamquam
Tropicais
salutatus. Eos et cibo disputationi, et liber affert
Instituto de Geociências - UFBA
Campus Universitário de Ondina ceteros est. Usu no brute numquam senserit,
Principais Instituições Nacionais
Participantes: Rua Barão de Jeremoabo, s/n - eam ad quando.
Univ. Federal da Bahia (UFBA) 40170-115 Salvador Bahia Brasil
Univ. Federal de Pernambuco (UFPE) +5571 3283-8607 e
Univ. F Rural de Pernambuco (UFRPE) -mail: coord@inctambtropic.org

www.inctambtropic.org Page 2
Eduardo Siegle (USP) Tereza Araújo (UFPE)

GT 1.1 Respostas da Linha de Costa


Coordenadores: vulnerabilidade e as suas possíveis respostas respeito das mudanças nas condições
Eduardo Siegle (USP) em função de cenários de elevação do nível do forçantes (por exemplo, a elevação do nível do
Tereza Araújo (UFPE) mar e de mudanças climáticas. mar). Modelagem numérica da propagação de
ondas para diferentes cenários de subida do
Motivação: A franja litorânea da região Abordagem Metodológica: vídeo- nível do mar, na reagião sul da Bahia,
norte-nordeste do Brasil apresenta algumas imageamento (sistema Argus), experimentos mostraram um elevado grau de alteração na
das maiores densidades populacionais do país de campo, modelagem numérica. força de ondas em trechos de linha de costa
(e.g. Recife) ao tempo em que está sujeita a influenciados pela presença de recifes de
casos dramáticos de erosão costeira que Equipe: coral. Por exemplo, uma elevação de 0,5 m no
resultam da conjunção da reduzida Ana Claudia Andrade - UFS nível do mar, resulta em aumento de até 90 %
disponibilidade de sedimentos com usos do Helenice Vital - UFRN na força de ondas em áreas atualmente
solo inadequados. De outro lado a região Jacqueline Albino- UFES protegidas pelos recifes. Esse aumento na
norte, apesar de receber um dos maiores José Maria Landim Dominguez - UFBA força das ondas que alcançam a linha de costa
aportes sedimentares do mundo, apresenta Lidriana de Souza Pinheiro - UFC mostra o impacto que as mudanças climáticas
também casos de erosão severa associados Nils Edvin Asp Neto - UFPA podem ter na região tropical do Brasil.
intrinsecamente ao transporte e deposição de Pedro de Souza Pereira - UFPE
sedimentos finos, como ocorre nas costas Venerando Amaro - UFRN Publicações:
lamosas como a do Amapá. Finalmente
muitos casos de erosão na região norte e Principais Resultados: Até o momento, com Periódicos:
nordeste estão diretamente ligados à dinâmica os resultados já obtidos, o conhecimento Nascimento, L., Bittencourt, ACSP, Santos, AN,
de deltas de maré e desembocaduras fluviais. sobre a dinâmica do atol das Rocas em função Dominguez, JML. 2013. Potencial de Prejuízos
É necessário portanto, examinar o da resposta morfodinâmica de suas ilhas em Econômicos em Função da Densidade de
comportamento da linha de costa em relação as condições forçantes traz Urbanização e da Sensibilidade à Erosão
diferentes escalas temporais compreendendo conhecimentos inéditos sobre o processo e Costeira na Costa do Cacau - Bahia. Revista
os processos de curta, média e longa duração controle da modulação da maré na Brasileira de Geomorfologia, v.14 (4):
e espaciais que incorporem a variabilidade propagação de ondas e consequente resposta 261-270.
espacial do regime de ondas, suprimento e morfológica. São resultados que contribuem
transporte de sedimentos e altura da maré. para o conhecimento desses processos Congressos, Simpósios: o GT1.1 apresentou
(modulação das ondas pela maré) e a respeito trabalhos nos seguintes eventos: AGU Meeting
Objetivo Principal: compreender a da dinâmica em ambientes de atol. Da mesma of the Americas, Cancun, 2013 (1 trabalho) ,
heterogeneidade das respostas da linha de forma, experimentos numéricos em costas 8th International Conference in
costa, em ambientes costeiros distintos frente controladas por recifes (ex.: nordeste do Geomorphology, Paris, 2013 (1 trabalho ) e
a diferentes condições forçantes atuais Brasil) executados no contexto dos trabalhos XIV Congresso da Associação Brasileira de
(ondas, marés etc) e avaliar a sua do GT, forneceram importantes resultados a Estudos do Quaternário. Natal, RN, 2013 (8

Page 3 www.inctambtropic.org
Áreas de Estudo

trabalhos).

Monografias:
Ribeiro, JS. 2014. Vulnerabilidade costeira em
praias do norte do Espírito Santo e sul da
Bahia. Dissertação de Mestrado. USP.

Trabalho de campo no Atol das Rocas

O GT 1.1 deverá instalar 04 sistemas fixos de pode-se digitalizar a posição da linha de água,
video imageamento (sistema Argus) na costa que pode ser utilizada não só na determinação
norte-nordeste do Brasil. Este sistema da taxa de erosão/acreção de curto e médio Resultado de modelagem numérica
composto por cinco câmeras de alta prazos, mas também na determinação do mostrando o percentual de aumento da
resolução, permite um ângulo de cobertura de perfil intermareal. Em função do força das ondas na linha de costa,
180 graus, monitorando um trecho de mais comportamento da posição da linha de costa resultante de uma subida de 0,5m do nível
de 1,5km de linha de costa. A partir das pode-se realizar projeções futuras. do mar (sul da Bahia).
imagens coletadas a intervalos de 30 min

www.inctambtropic.org Page 4
Carlos Schettini (UFPE)

Alessandro Luvizon (UFPA)

GT 1.2 Plumas Fluviais


Coordenadores: Objetivo Principal: investigar os processos em ambas as campanhas. É possível verificar
Carlos Schettini (UFPE) controladores da dispersão de sedimentos o gradiente crescente da salinidade a partir do
Alessandro Luvizon (UFPA) relacionados com três sistemas fluviais no N- rio Pará, e também a grande variação nos
NE, procurando relacionar os processos valores de salinidade entre uma campanha e
Motivação: os rios são as principais vias de observados atualmente, as possíveis outra.
fluxo dos materiais produzidos pelo mudanças em relação ao passado recente, e
intemperismo e lixiviação das rochas e solos as conseqüências para a evolução costeira no As campanhas na PSF ocorreram em outubro
continentais para os oceanos. Muitos sistemas futuro próximo. de 2013 e abril de 2014. Neste caso as
fluviais apresentam um sistema de transição campanhas foram realizadas para registrar as
estuarino, enquanto que aqueles de grandes Abordagem Metodológica: perfilagem condições oceanográficas em condições
dimensões, associados a sistemas deltáicos, acústica de correntes, medidas de salinidade, distintas do ciclo de variação do vento anual. A
afluem diretamente para os oceanos. A temperatura e turbidez (fundeios), vazão do Rio São Francisco é regulada por um
distribuição dos sedimentos na plataforma sensoriamento remoto. sistema de barragens, sendo mantida em
ocorre inicialmente através das plumas torno de 2.000 m3s-1, independente da época
fluviais. As plumas resultam da interação entre Equipe: do ano.
massas de água de diferentes densidades, Carlos Eduardo Peres Teixeira - UFC
onde as águas fluviais menos densas bóiam Geórgenes Hilário Cavalcante - UFAL As campanhas na PRD foram realizadas em
sobre a água costeira, conservando a cinética Marcelo Rollnic - UFPA julho e outubro de 2013, avaliando condições
fluvial. A camada de água menos densa pode Maria Oziléia Bezerra Menezes - UFC distintas de descarga fluvial. Foram realizadas
ocupar de alguns decímetros a metros de Valéria Quaresma - UFES também campanhas nos estuários dos rios
coluna de água, espraiando-se radialmente a Pará e São Francisco, com vistas a avaliar a
partir da desembocadura. Uma vez que as Principais Resultados: interação estuário-plataforma. No caso do rio
águas se misturam, ocorre a decantação dos Até o momento foram realizadas duas Pará, este recebe o influxo fluvial do sistema
sedimentos carreados em suspensão e a campanhas oceanográficas em cada área de Tocantins-Araguaia, possivelmente a maior
conversão de nutrientes em produção estudo: Costa Oriental do Pará (COP), Pluma fonte de água doce para a COP. O estuário do
primária. A partir deste ponto, os sedimentos do rio São Francisco (PSF) e Pluma do rio rio São Francisco é atualmente um sistema
entram em um ciclo de deposição, erosão e Doce (PRD). As campanhas oceanográficas na cuja descarga é regulada pelo sistema de
transporte até ficarem retidos em um COP ocorreram em setembro de 2013 e abril barragens, e apresenta um regime de
ambiente deposicional costeiro (marismas ou de 2014, compreendendo os dois extremos circulação do tipo altamente estratificado
manguezais) ou escaparem para regiões mais hidrológicos de baixa e alta descarga dos rios como mostra a figura abaixo.
profundas onde ficarão retidos em escalas de amazônicos. Na figura ao lado pode-se ver a
tempo maiores. distribuição da salinidade superficial na COP Ainda dentro do escopo do inctAmbTropic -

Page 5 www.inctambtropic.org
Áreas de Estudo

Plumas Fluviais, com suporte do CNPq- continental de Pernambuco, e o objetivo internacional no assunto. Em ambos os cursos
Universal 2011 através do projeto destas campanhas foi avaliar até que ponto pesquisadores e alunos de pós-graduação
Hidrodinâmica e Processos de Transporte na estes pequenos rios contribuem nas tiveram algum suporte do inct para
Plataforma Continental de Pernambuco características físicas das águas de plataforma. participação. uel de embarcações apropriadas.
(#485963/2011-2), foram realizadas duas
campanhas hidrográficas abrangendo toda a Além destes resultados nos anos de 2013 e Estes primeiros resultados ainda estão sendo
plataforma continental de Pernambuco, em 2014 foram realizados cursos internacionais de analisados e assimilados. Há pelo menos duas
agosto de 2013 e janeiro de 2014. Diferente oceanografia física de estuários, ministrados teses de doutorado e três dissertações de
das condições da COP, PSF e PRD, somente pelo Prof. Arnoldo Valle-Levinson da mestrado em andamento, porém ainda não foi
pequenos rios deságuam na plataforma Universidade da Flórida, referência possível a publicação de artigos.

Distribuição de
salinidade superficial
em Setembro de 2013 e
Abril de 2014 na
Plataforma Oriental do
Pará.

Variação temporal/vertical da velocidade de corrente


no estuário do Rio São Francisco.

www.inctambtropic.org Page 6
Zelinda Leão (UFBA) Ruy Kikuchi (UFBA)

GT 1.3 Os Recifes e os Ecossistemas Coralinos


Coordenadores: proporcionam. Impactos crônicos a exemplo Elizabeth Gerardo Neves - UFBA
Zelinda Leão (UFBA) da pesca vêm se intensificando nas últimas Fulvio Aurelio de Moraes Freire - UFRN
Ruy Kikuchi (UFBA) décadas como conseqüência do aumento George Olavo Mattos e Silva - UEFS
populacional. As doenças dos corais, Gil Marcelo Reuss Strenzel - UESC
Motivação: Recifes de Corais são os mais registradas nos últimos anos, podem estar Jorge Eduardo Lins Oliveira - UFRN
complexos e mais produtivos dos ecossistemas relacionadas com o enfraquecimento dos Liana de Figueiredo Mendes - UFRN
marinhos costeiros. Por serem formados pelo corais que já sofreram branqueamento. Marcelo Oliveira Soares - UFCE
acúmulo de esqueletos e carapaças Verifica-se, entretanto, que algumas espécies Maria do Rosario Zucchi - UFBA
carbonáticas de organismos são, a um tempo, de corais já estão apresentando maior Marilia de Dirceu M. de Oliveira - UFBA
fornecedores de bens e serviços tolerância às mudanças climáticas muito Maria Elisabeth de Araujo - UFPE
ecossistêmicos assim como arquivos naturais provavelmente devido a diferenças intrínsecas Mauro Maida - UFPE
das condições do ambiente onde se e/ou genéticas dos corais ou de suas algas Ricardo de Souza Rosa - UFPB
desenvolvem. Nas últimas décadas eles vêm simbiontes, tornando-os organismos Roberto Sassi - UFPB
sofrendo com a crescente degradação resilientes. Ronaldo Bastos Francini-Filho - UFPB
ambiental fruto de forçantes antrópicas que Tatiana Silva Leite - UFRN
atuando sinergicamente contribuem para a Objetivo Principal: avaliar a vulnerabilidade
perda da biodiversidade e para a degradação e a resiliência dos recifes e ecossistemas Principais Resultados: Foi ampliada a área
da saúde e resiliência desses ecossistemas. Os coralinos do nordeste brasileiro, sua de estudo dos recifes de corais do Brasil,
recifes e as comunidades coralinas são ainda integridade e conectividade ecossistêmicas, de monitorando as condições dos recifes de todo
extremamente sensíveis a pequenas variações modo a identificar recifes resilientes e o litoral tropical, utilizando-se um protocolo
da temperatura da água, o que pode provocar vulneráveis, complementados com estudos da único de investigação. Antes do Instituto as
o fenômeno do branqueamento dos corais e biomineralização dos seus organismos diferentes áreas eram estudadas através de
outros organismos que têm simbiose com calcificadores. diferentes protocolos, o que dificultava e, em
zooxantelas, comprometendo a sobrevivência algumas situações, impedia a comparação dos
destes ecossistemas. O último evento Abordagem Metodológica: levantamentos resultados. Poderemos em pouco tempo
observado no verão de 2009-2010 indicou que de campo, análises isotópicas (C, O, Sr, Ca), termos uma visão panorâmica da diversidade
a severidade do branqueamento foi maior na bioensaios, datações (radiocarbono e U-Th). de zooxantelas (dinoflagelados) que se
porção setentrional da plataforma continental associam aos corais e identificar aquelas que
brasileira. Esta mudança pode estar associada Equipe: são mais frequentemente encontradas em
a valores maiores de anomalias térmicas e/ou Augusto Minervino Neto - UFBA corais sujeitos a anomalias térmicas da água
a características ecológicas do ecossistema. As Beatrice Padovani Ferreira - UFPE do mar. A equipe também concluiu o
projeções de aumento da temperatura dos Caroline Vieira Feitosa - UFCE "Protocolo Mínimo para Monitoramento dos
oceanos juntamente com a acidificação Claudio Luis Santos Sampaio - UFAL Recifes e Ecossistemas Coralinos do Brasil". O
representam, portanto, uma real ameaça a Cristiane Francisca Costa-Sassi - UFPB objetivo geral deste protocolo é a avaliação da
estes ecossistemas e aos serviços que Douglas Francisco Marcolino Gherardi - INPE vulnerabilidade, resistência e resiliência dos

Page 7 www.inctambtropic.org
Áreas de Estudo

recifes e dos ecossistemas coralinos do Brasil, Periódicos: complex in the eastern Brazilian coast. Journal
frente aos impactos antrópicos e às mudanças Ferreira, BP, Costa, MBSF, Coxey, MS, of Integrated Coastal Zone Management
climáticas eminentes, além de gerar Gaspar, ALB, Veleda, D, Araujo, M. 2012. The
informações sobre a integridade e effects of sea surface temperature anomalies Congressos, Simpósiors: o GT1.3 participou do
conectividade demográfica entre os recifes, on oceanic coral reef systems in the 4º. Congr. Brasileiro de Biologia Marinha – WS
informações cruciais para a adoção de southwestern tropical Atlantic. Coral Reefs da ReBentos, Florianópolis, SC (1 trabalho) e
ferramentas efetivas de conservação e v32: 1432-0975. na 8ª. Reunião de Acompanhamento e
manejo. Avaliação do Programa de Pesquisa Ecológica
Loiola, M, Cruz, ICS, Leão, ZMAN., Kikuchi, de Longa Duração PELD), CNPq, Brasília (1
Publicações: RKP. 2014 (no prelo) Definition of priority trabalho).
areas for the conservation of a coastal reef

O Protocolo de Monitoramento dos Recifes utilizará, como indicadores para a avaliação das
condições dos recifes, os corais e os peixes recifais, podendo considerar, também, outros
organismos presentes durante o levantamento: (i) Superfície relativa do recife recoberta por
corais vivos, grupos funcionais de algas (macro, coralinas e filamentosas), esponjas, zoantídeos
e outros; (ii) Percentual de colônias de corais com branqueamento; (iii) Percentual médio da
superfície de coral branqueada; (iv) Percentual de colônias de corais afetados por diferentes
tipos de doenças; (v) Percentual médio de colônias de coral apresentando mortalidade recente
ou antiga; (vi) Riqueza e diversidade de corais; (vii) Densidade de recrutas de corais; (viii)
Densidade de ouriços; (ix) Riqueza e diversidade dos peixes recifais; (x) Densidade por família
dos peixes; (xi) Densidade de peixes herbívoros, carnívoros e onívoros; (xii) Medida do tamanho
dos peixes.

Branqueamento colonias de Montastrea


Monitoramento de Recifes Mussismilia hispida
cavernosa.

www.inctambtropic.org Page 8
Marcelo Cohen (UFPA)

Mario Soares (UERJ)

GT 1.4 Manguezais
Coordenadores: Objetivo Principal: avaliar a resiliência dos manguezais ao longo de uma significativa
Marcelo Cohen (UFPA) manguezais às variações climáticas e à subida parte do litoral desde o início do Holoceno.
Mario Soares (UERJ) no nível do mar em diferentes escalas espaço- Durante os últimos mil anos, ocorreu uma
temporais, assim como monitorar e determinar transição desta fase de influência marinha
Motivação: Os manguezais por pertencerem o estoque e sequestro de carbono por para terrestre, com o desaparecimento dos
à interface terra-mar são vulneráveis e estão florestas de mangue. manguezais em setores topograficamente mais
fortemente ameaçados por processos naturais elevados do litoral em torno de 470 ±310 cal
e antrópicos ligados à ocupação humana da Abordagem Metodológica: sensoriamento anos AP. O processo de retração dos
zona costeira e ação de ondas, marés e remoto, análises isótopicas, palinologia, manguezais foi acompanhado pela mudança
tempestades. Os produtos e serviços que os geoquímica multielementar, dendrocronologia da matéria orgânica de origem em águas
manguezais prestam à sociedade são e estudos de campo de estrutura florestal..... salobras para matéria orgânica terrestre
amplamente compreendidos, e incluem produzida por plantas C3. Estas mudanças
proteção do litoral à erosão costeira, fontes e Equipe: podem estar associadas a mudanças no clima,
sumidouros de carbono, sedimentos e Cândido Augusto Veloso Moura - UFPA como por exemplo um mega El Niño ocorrido
produtividade animal e vegetal. Pressões Carla Madureira -UFRJ naquele período, também evidenciado em
crescentes de desenvolvimento urbano e Claudio S. Lisi - UFS estudos arqueológicos. Uma descida do nível
industrial na zona costeira, combinadas com Filipe de Oliveira Chaves - UERJ relativo do mar também pode ter sido o
as mudanças climáticas e elevação do nível do Gustavo Calderucio Duque Estrada - UERJ causador da migração dos manguezais para
mar colocam em risco os produtos e serviços Jean Michel Lafon - UFPA setores topograficamente mais baixos do
prestados pelos manguezais. A região norte- José Francisco B. Reis da Silva - MPEG litoral.
nordeste concentra as maiores áreas de Luís Roberto Takiyama - IEPA
manguezais do Brasil. Estas são áreas de Maria de Lourdes Pinheiro Ruivo - MPEG Nos estados do Espírito Santo e Bahia, estudos
grande importância ecológica para a região, Marlon Carlos França - IFPA recentes indicam que a dinâmica dos
mas ao mesmo tempo apresentam uma Mônica Maria Pereira Tognella - UFES manguezais está amplamente associada aos
extrema vulnerabilidade à elevação do nível do Rômulo Simões Angélica - UFPA processos de formação dos cordões litorâneos.
mar, visto que se desenvolveram em equilíbrio Susy Eli Marques Gouveia - UFPA O litoral do Espírito Santo sofreu um
com o nível do mar atual. É portanto Valdenira Ferreira dos Santos – IEPA abaixamento do nível relativo do mar nos
fundamental compreender como a últimos 5 mil anos, que favoreceu a
heterogeneidade das diferentes ocorrências de progradação da linha de costa e formação de
manguezais na região norte-nordeste do Principais Resultados: extensas planícies de cordões litorâneos. Estes
Brasil, associada a diferentes histórias Seis regiões estão sendo investigadas de cordões quando formados pela emersão e
evolutivas e forçantes ambientais (marés, forma integrada: Espírito Santo, Bahia, estabilização de bancos arenosos na porção
ondas, suprimento de sedimentos e Alagoas, Rio Grande do Norte, Pará e Amapá. baixa da praia/zona de surfe, dão origem a
nutrientes) determinam as características dos Para os litorais do Amapá e do Pará, os dados pequenas baías ou lagunas protegidas da
mesmos e afetam suas respostas às mudanças obtidos até o momento mostram uma maior ação das ondas, criando condições propícias
no clima e no nível do mar. influência marinha com presença de para a implantação e desenvolvimento de

Page 9 www.inctambtropic.org
Áreas de Estudo

manguezais. Com o passar do tempo as do sequestro de carbono na biomassa. Em de 2012, 2013 e 2014, foram coletados
depressões entre os cordões são 2014 já foi realizada a re-medição nas testemunhos para a estimativa do estoque e
gradualmente colmatadas eliminando a parcelas do Pará e ainda serão realizadas as sequestro de carbono nos sedimentos das
influência marinha. Esse processo inviabiliza o amostragens nas regiões da Bahia, Alagoas e florestas de mangue, e para estimativa da
desenvolvimento dos manguezais e favorece a Rio Grande do Norte. biomassa e estoque de carbono de raízes.
expansão de comunidades herbáceas de água
doce. Este processo sucessório ocorre em um Com base nessas primeiras amostragens, foi Publicações:
intervalo temporal da ordem de 300-500 anos. estimado o estoque de carbono nas florestas
de mangue estudadas. Foram obtidos os Periódicos:
Para melhor entender o papel das florestas de seguintes valores médios: 82,12 ± 26,88 Estrada, GCD, Soares, MLG. Santos, DMC,
mangue na captura de carbono esta sendo tC.ha-1 (Caravelas – BA), 255,12 ± 115,73 Fernandez, V, Almeida, PMM, Estevam, MRM,
realizado um monitoramento sobre estoque e tC.ha-1 (Barra de São Miguel - AL), 101,67 ± Machado, MRO. 2014. Allometric models for
sequestro de carbono por florestas de mangue 9,43 tC.ha-1 (Extremoz - RN) e 219,92 ± estimating the aboveground biomass of the
no litoral dos estados da Bahia, Alagoas, Rio 55,19 tC.ha-1 (São Caetano de Odivelas - PA). mangrove Avicennia schaueriana.
Grande do Norte e Pará. Nessas amostragens Hidrobiologia, 734:171-185
foram estabelecidas parcelas permanentes De forma similar, as taxas de sequestro de
para o monitoramento da fitossociologia carbono médias, considerando o primeiro ano Monografias:
dessas florestas e feita a primeira de monitoramento (2012-2013) também foram Mercês, RLS (2014). Comparação da
caracterização estrutural, que permitirá a estimadas: 5,17 ± 1,08 tC.ha-1.ano-1 representatividade espacial da vegetação
estimativa do estoque de carbono na biomassa (Extremoz - RN) e 4,88 + 2,74 tC.ha-1.ano-1 baseada em registros polínicos de lagos e
aérea dessas florestas. As parcelas (São Caetano de Odivelas - PA). Os cálculos planícies de maré. Trabalho de Conclusão de
permanentes foram estabelecidas em 2012. referentes às parcelas de Caravelas (BA) e Curso (Oceanografia) (UFPA).
Em 2013 foram realizadas as primeiras re- Barra de São Miguel (AL) estão em andamento
medições para o monitoramento e estimativa e serão divulgados em breve. Ainda nos anos

Trabalho de campo para a determinação do estoque


de biomassa e sequestro de carbono em manguezais

www.inctambtropic.org Page 10
Vanessa Hatje (UFBA)

Gilvan Yogui (UFPE)

GT 1.5 Marcadores de Impacto Ambiental


Coordenadores: suspensão nos ecossistemas estudados, a Gilmara Fernandes Eça - UFBA
Vanessa Hatje (UFBA) exemplo dos estuários da Baía de Todos os Gisele Olímpio da Rocha - UFBA
Gilvan Yogui (UFPE) Santos. A avaliação dos impactos ambientais Guilherme Camargo Lessa - UFBA
de cada ecossistema utiliza linhas de múltipla Jacira Teixeira Castro - UFRB
Motivação: entender os processos que evidência, incluindo avaliação de teores de Leticia Cotrim da Cunha - UERJ
controlam a biodisponibilidade e a ciclagem de contaminantes orgânicos e inorgânicos nos Lílian Lund Amado - UFPA
contaminantes ainda é um desafio a ser compartimentos bióticos e abióticos, avaliação Marcelo F. Landim de Souza - UESC
vencido. O conhecimento científico sobre as da estrutura de comunidades bentônicas, Ricardo L. Santos - UFMA
relações funcionais entre pressões e impactos testes de ecotoxicidade, ensaios com Silvia Keiko Kawakami - UFPA
antrópicos e as consequências nos marcadores bioquímicos e análise de risco
ecossistemas, bem como na resiliência destes, toxicológico à saúde humana devido à Principais Resultados: nesta primeira etapa
ainda apresenta muitas lacunas. Isto pode ser ingestão de frutos do mar e peixes do projeto foram realizadas diversas
explicado devido à complexidade envolvida, contaminados. Estas ferramentas integradas campanhas de campo para coleta de
pois as relações entre poluentes e organismos conseguirão traçar um panorama inédito da amostras. Metodologias analíticas também
vivos incluem uma gama de possíveis efeitos e abrangência, heterogeneidade espaço- estão sendo desenvolvidas e otimizadas em
interações, não apenas com os diversos temporal e complexidade dos processos laboratório, como por exemplo o método para
contaminantes presentes no meio, mas associados aos impactos antrópicos em determinação de alquilfenóis, ftalatos e
também com outros estressores ambientais importantes áreas da costa N-NE do Brasil. hormônios em amostras de água do mar. Este
(ex.: salinidade). Para este estudo foram método desenvolvido foi aplicado nas águas
escolhidos alguns ecossistemas chave ao Objetivo Principal: avaliar de forma da Baía de Todos os Santos, onde foi
longo da costa N-NE, os quais apresentam integrada os impactos ambientais baseado no detectada a presença de bisfenol A e 4-n-
características físicas, químicas, biológicas e uso de linhas de múltiplas evidências, octilfenol em todos os locais estudados,
antrópicas bastante heterogêneas que são empregando marcadores bióticos e abióticos. indicando que estes contaminantes
refletidas diretamente na resiliência de cada emergentes, os quais tem potencial de causar
área. Para tanto estão sendo desenvolvidas e Abordagem Metodológica: campanhas de interferências no sistema endócrino, são
otimizadas metodologias analíticas para campo, desenvolvimento e otimização de ubíquos no ambiente estudado. Os estuários
determinar contaminantes emergentes (ex.: metodologias analíticas, análises químicas do rio Paraguaçu, Subaé e Jaguaripe foram
hormônios, ftalatos, fármacos e alquilfenóis), (elementares, contaminantes orgânicos e estudados com relação à estrutura de
persistentes (ex.: organoclorados e inorgânicos), ensaios bioquímicos e comunidade bentônica, ocorrência de
hidrocarbonetos) e elementos traço (ex.: ecotoxicológicos. contaminantes inorgânicos e ensaios
metais) em diversas matrizes ambientais. As toxicológicos. Os resultados, já publicados,
metodologias desenvolvidas neste projeto Equipe: indicaram a necessidade de utilizar mais de
serão aplicadas em amostras de água, Eliete Zanardi Lamardo - UFPE uma linha de evidência para diagnosticar a
sedimento, biota e/ou material particulado em Francisco C. R. de Barros Junior - UFBA qualidade ambiental de sistemas estuarinos,

Page 11 www.inctambtropic.org
Áreas de Estudo

visto que variáveis (isto é, linhas de evidência) dibenzo(a,h)antraceno e o p,p'-DDE foram simple and sensitive UFLC-fluorescence
avaliadas isoladamente apresentam limitações. encontrados em concentrações acima method for endocrine disrupters determination
O tipo de abordagem empregado é daquelas permitidas pela legislação ambiental in marine waters. Talanta 117: 168–175
especialmente interessante para ambientes brasileira. No Pará, marcadores bioquímicos de
estuarinos, altamente sujeitos a variações exposição a contaminantes estão sendo Congressos e Simpósios:
naturais estressantes (ex.: salinidade). empregados em estudos na Baía do Guajará. Apresentação de seminários na Universidade
Resultados preliminares de fluxo de gases do Resultados preliminares de ensaios com da Califórnia em Santa Cruz (2013) (2
efeito estufa na interface água-atmosfera glutationa S-transferase revelaram que trabalhos), de trabalhos na III Semana
mostraram que a Baía de Todos os Santos poliquetas são suscetíveis a efeitos tóxicos dos Kirimurê, Bahia (2013) (4 trabalhos); e de
funciona como fonte de CO2 para a atmosfera. poluentes locais. Poliquetas que habitam locais palestra no Seminário de Tecnologia Tropical
Esse fluxo é mais acentuado no estuário do impactados foram mais suscetíveis a efeitos do Instituto de Tecnologia de Pernambuco
Rio Paraguaçu. Vale lembrar que o CO2 é o tóxicos de compostos químicos do que (2013).
principal gás que tem contribuído para o organismos coletados em um ambiente de
aquecimento global do planeta. Em referência. De uma maneira geral, a tendência Monografias:
Pernambuco, estudos preliminares na Bacia do é que quanto maior o histórico de Leite, A. 2013. Avaliação da qualidade dos
Pina (que faz parte do complexo estuarino do contaminação local, menor a capacidade de moluscos bivalves quanto a contaminação por
Rio Capibaribe) revelaram diferenças na detoxificação desses organismos bentônicos. metais e avaliação do risco de ingestão.
concentração média de hidrocarbonetos Trabalho de conclusão de curso. Graduação
aromáticos totais na água em regimes de Publicações: em Oceanografia (UFBA)
maré de sizígia e quadratura. A contaminação
da água é maior no período de estofa da maré Peródicos: Krull, M. 2013. Integrated assessment of metal
baixa de sizígia, quando o estuário está sob Krull, M, Abessa, DMS, Hatje, V, Barros, F. contamination in sediments from two estuaries
influência da água doce dos rios que compõem 2014. Integrated assessment of metal of Todos os Santos Bay, Brazil. Dissertação de
o sistema. No sedimento, as concentrações de contamination in sediments from two tropical Mestrado (UFBA).
hidrocarbonetos indicam a presença de estuaries. Ecotoxicology and Environmental
petróleo no mesmo. Estima-se que 90% dos Safety 106: 195–203. Pedreira, RMA. 2013. Avaliação do Potencial
hidrocarbonetos alifáticos no sistema são de Poliquetas como Organismos Biomonitores.
oriundos de fontes de petróleo e somente Ribeiro, LF, de Souza, MCMBN, Barros, F, Trabalho de conclusão de curso. Graduação
10% de fontes naturais. Além dos Hatje, V. 2014 (no prelo) Challenges of shrimp em Química - (UFBA)
hidrocarbonetos de petróleo, poluentes farming: legal aspects, environmental impacts
orgânicos persistentes como bifenilas and mitigating alternatives. Journal of Souza, MCMBN. 2013. Impacto de efluentes
policloradas (PCBs) e pesticidas Integrated Coastal Zone Management. de carciniculturas na qualidade de água e
organoclorados também foram detectados no sedimento: Baía de Todos os Santos, Bahia,
sedimento da Bacia do Pina. Entre os Lisboa, NS, Fahning, CS, Cotrim, G, Anjos, JP, Brasil. Dissertação de Mestrado (UFBA)
contaminantes tóxicos presentes no sistema, o Andrade, JB, Hatje, V, Rocha, GO. 2013. A

www.inctambtropic.org Page 12
Helenice Vital (UFRN) Alex Bastos (UFES) José M. Landim Dominguez (UFBA)

GT 2.1 Geodiversidade e Biodiversidade dos Substratos


Plataformais
Coordenadores: permitirá a cientistas e gestores compreender Tatiana S Leite - UFRN
Helenice Vital (UFRN), Alex Bastos (UFES) e a distribuição de recursos vivos e não-vivos no Tereza C M Araújo – UFPE
José Maria Landim Dominguez (UFBA) assoalho marinho bem como monitorar os Valdir A V Manso - UFPE
efeitos das mudanças climáticas, a extensão e
Motivação: A plataforma continental na efeito da poluição por nutrientes e Principais Resultados: já foram concluídas
região norte-nordeste do Brasil esteve exposta contaminantes, a implantação de reservas e publicadas algumas sínteses temáticas sobre
sub-aereamente a maior parte do tempo, marinhas e obras de engenharia e a trechos da plataforma continental norte-
tendo em vista que a quebra da plataforma explotação de granulados marinhos para nordeste do Brasil. Estas sínteses serão
continental nesta região é extremamente rasa recuperação de praias. utilizadas para o planejamento dos
(45-60 m de profundidade). Apenas durante levantamentos programados para a primavera
breves intervalos de tempo, como nos dias Objetivo Principal: avaliar a de 2014. Nestes levantamentos será utilizado
atuais, esta plataforma esteve completamente heterogeneidade espacial dos substratos o equipamento de sísmica de alta resolução
inundada. Presentemente a maior parte da plataformais da região norte-nordeste do integrando CHIRP, Boomer e Sparker,
plataforma continental é recoberta por Brasil, sua geodiversidade e biodiversidade e adquirido com recursos do inct.
sedimentos cuja distribuição é controlada pela de que maneira estes aspectos são
fisiografia herdada de um longo período de controlados pelas forçantes oceanográficas, Publicações:
exposição, pelos aportes fluviais, e pela suprimento de sedimentos e história evolutiva.
acumulação in situ das partes duras de Periódicos:
organismos marinhos e ação de agentes Abordagem Metodológica: imageamento Gomes, MP, Vital, H, Eichler, PPB., Gupta, BS.
marinhos (ondas e correntes). As diferenças (ROV), filmagem submarina, levantamentos 2014. The investigation of a mixed carbonate
nas caracteristicas sedimentares exercem uma sonográficos (batimetria, chirp, boomer, siliciclastic shelf, NE Brazil: Side scan sonar
influência direta, na densidade, biomassa, sparker), SIG, coleta de amostras de imagery, underwater photography, and
distribuição e diversidade das comunidades sedimento e bentos, determinação de taxas de surface sediment data. Italian Journal of
bentônicas. Este compartimento bentônico sedimentação. Geosciences. (no prelo).
interage com o compartimento pelágico e vice-
versa. O aumento de CO2 nos oceanos, ao Equipe: Gomes MP, Vital H, Bezerra FHR, Castro DL,
afetar o processo de calcificação em Antonio V Ferreira Junior – UFPE Macedo, JWP. 2014. The interplay between
organismos marinhos pode afetar a estrutura Carmen R P Guimaraes - UFS structural inheritance and morphology in the
das comunidades bentônicas nas regiões Fúlvio A M Freire - UFRN Equatorial Continental Shelf of Brazil. Marine
plataformais, principalmente considerando-se George Satander S Freire - UFC Geology (no prelo).
o cenário atual de crescentes pressões Gustavo L Hirose - UFS
antropogênicas nesses ambientes. Um grande José Souto Rosa Filho - UFPE Dominguez, JML, Da Silva, RP, Nunes, AS,
obstáculo a compreensão destes impactos é a Junia K Guimarães - UFBA Freire, AFM. 2013 The narrow, shallow, low-
ausência de mapas de habitats bentônicos e Liana F Mendes - UFRN accommodation shelf of central Brazil:
comunidades associadas, particularmente na Maamar El-Robrini - UFPA Sedimentology, evolution, and human uses.
região norte-nordeste do Brasil. Tais mapas Moab P Gomes - UFRN Geomorphology, v. 203, p. 46-59.
constituem uma poderosa ferramenta que Roberto L Barcellos – UFPE

Page 13 www.inctambtropic.org
Áreas de Estudo

Congressos, Simpósios: Oceanografia - UFBA.


Em 2013, os integrantes do GT apresentaram Matias, AT.2 013. Aplicação da batimetria
07 trabalhos no Congresso da ABEQUA multifeixe e monofeixe na caracterização Vieira, L.S. 2013. Mapeamento de Habitats em
(Associação Brasileira para Estudos do geomorfológica do fundo marinho adjacente região Adjacente à Ilha Sueste, Abrolhos-
Quaternário) realizado em Natal (RN) e 10 aos municípios de Ceará Mirim, Extremoz e Bahia. Trabalho de Conclusão de Curso,
trabalhos na reunião do GeoHab (Marine Maxaranguape. Trabalho de conclusão de Graduação em Oceanografia - UFES.
Geological and Biological Habitat Mapping) curso. Graduação em Geofísica – UFRN Gomes, MP 2012. Geomorfologia e arquitetura
realizado em Roma (Itália). Em 2014, mais 05 interna do Vale incico do rio Açu na Bacia
trabalhos foram apresentados no Geohab Silva, JPF. 2013. Caracterização Potiguar Imersa.Tese Doutorado – UFRN.
realizado em Lorne, Austrália. Geomorfológica da Plataforma Continental
Brasileira adjacente a Pirangi (RN): áreas Lira, HF. 2012. Utilização de dados sismicos
Monografias: Antônio Novo e Pedra do Velho. Trabalho de de alta resolução (Batimetria multifeixe) na
Barros Pereira, TR. 2013. Aplicação da conclusão de curso. Graduação em Geofísica – caracterização geomorfológica de uma área da
batimetria multifeixe para análise da UFRN plataforma continental adjacente a Guamaré e
morfologia do marinho adjacente a praia de Diogo Lopes, RN. Trabalho de conclusão de
Ponta negra – Natal/RN. Trabalho de Souza, GFC. 2013. Geodiversidade da curso. Graduação em Geofísica – UFRN
conclusão de curso. Graduação em Geofísica – Plataforma Continental de Una, Sul da Bahia.
UFRN. Dissertação Mestrado - UFBA. Poggio, CA 2012. Uso dos Componentes
Biogênicos do Sedimento e da Tafonomia
Ferreira, LCL. 2013. Caracterização Valle, MM. 2013. Preenchimento Sedimentar como Ferramenta de Avaliação Ambiental na
Geomorfológica dos Recifes Submersos da da Porção Nordeste da Baía de Todos os Baía de Todos os Santos. Tese Doutorado -
porção centro-norte do Banco dos Abrolhos Santos, Bahia, Brasil e sua Influência sobre a UFBA.
(Bahia-Brasil). Trabalho de Conclusão de Evolução dos Hábitats Bentônicos. Trabalho de
Curso, Graduação em Oceanografia - UFES. Conclusão de Curso. Graduação em

Por iniciativa do GT2.1, a reunião do GEOHAB 2015 ocorrerá em Salvador-BA, Brasil, em maio
de 2015. O Geohab é uma associação internacional de cientistas marinhos que utilizam
indicadores biofísicos no estudo dos ecossistemas e habitats marinhos para avaliação das
comunidades biológicas e da biodiversidade marinha. Esta comunidade se reune anualmente
desde 2002. A reunião de 2015 será a primeira a ser realizada na América do Sul.

www.inctambtropic.org Page 14
Ralf Schwamborn - UFPE

Sigrid Neumann Leitão - UFPE

GT 2.2 Variabilidade Espaço-Temporal da Diversidade e


Estrutura Trófica do Ambiente Pelágico na Plataforma
Coordenadores: considerado o papel importante que o Jussara Moretto Martinelli - UFPA
Ralf Schwamborn - UFPE plâncton terá em ditar o futuro ritmo das L. Stemman - U. P. et M .Curie, CNRS (França)
Sigrid Neumann Leitão - UFPE mudanças climáticas via mecanismos de Marco Valério Jansen Cutrim - UFMA
feedback em resposta aos níveis atmosféricos Marcos Honorato da Silva - UFPE
Motivação: Existe grande evidência que os elevados de CO2 . Esta rápida mudança Maria E. L. de Larrazábal da Silva – UFPE
impactos ecológicos das recentes mudanças deverá afetar o crescimento do plâncton com Maria da Glória G. da Silva-Cunha - UFPE
climáticas e as respostas da flora e da fauna já impacto significativo na sua distribuição, Moacyr C. Araújo Filho - UFPE
alcançam uma variedade de ecossistemas e diversidade, abundância, e tamanho \. Nuno Filipe Alves Correia de Melo - UFRA
hierarquias organizacionais, desde espécies Projetos de pesquisa contínuos sobre o Paula Cilene Alves da Silveira- UFMA
até os níveis de comunidades. É amplamente plâncton atuarão como sentinelas para Paulo Mafalda Jr. – UFBA
aceito, que o aquecimento global está identificar mudanças atuais e futuras nos Rodrigo Jonhson - UFBA
ocorrendo, contudo seus efeitos sobre o ecossistemas marinhos. Séries temporais de Rubens Lopes – IO-USP
mundo marinho pelágico são em grande parte longo prazo de zooplâncton tem se mostrado William Severi - UFRPE
desconhecidos. O ambiente pelágico é o maior fundamentais para a detecção e compreensão
do planeta, compreendendo a coluna d’água das mudanças ecossistêmicas (regime shift) Principais Resultados: O GT 2.2 envolve
desde as regiões costeiras até o mar profundo. em várias regiões do mundo. Não existe, no parceiros das instituições da UFBA,UFAL,
Apesar de se estar vivenciando uma etapa momento, nenhuma série temporal de coletas UFPE, UFRPE, UFMA, UFRA e UFPA e que são
inicial das tendências projetadas do regulares de plâncton marinho no Norte e responsáveis respectivamente pelos trabalhos
aquecimento global, respostas ecológicas às Nordeste do Brasil. desenvolvidos nos transectos T1. Transecto
mudanças climáticas já são claramente visíveis Salvador (BA), T2. Transecto Foz do Rio São
para o ambiente marinho. O aquecimento Objetivo Principal: avaliar os efeitos da Francisco (AL), T3. Transecto Tamandaré
superficial do mar no Atlântico Noroeste está variabilidade climática (sazonal e interanual) (PE), T4. Transecto São Luís (MA) e T5.
sendo acompanhado, cada vez mais, por uma sobre os espectros de tamanho, diversidade e Transecto Foz do Rio Pará (PA). As
maior abundância de fitoplâncton nas regiões estrutura trófica do ambiente pelágico na amostragens iniciaram-se em abril de 2013.
mais frias e diminuição deste em regiões mais plataforma continental ao largo do Norte e Cada equipe e cada localidade definiu a sua
quentes. Este impacto se propaga pela teia Nordeste do Brasil. estratégia amostral e intervalo amostral de
alimentar (controle bottom-up) através de acordo com as características locais e
copépodos herbívoros a zooplanctônicos Abordagem Metodológica: cruzeiros para a especialmente de acordo com as
carnívoros devido a interação trófica. Portanto, realização de transectos, amostragem do especificidades locais e disponibilidade de
é provável que aquecimentos futuros irão plâncton, analises estatísticas, modelagem embarcações. Para os transectos T1 a T 4
alterar a distribuição espacial da produção trófica. havia-se previsto um intervalo bimestral (6
pelágica primária e secundária, afetando os campanhas por ano), enquanto que para o
serviços dos ecossistemas, além de Equipe: transecto T 5 (Foz do Rio Pará), optou-se por
acrescentar estresse adicional às populações Carlos Augusto Schettini- UFPE realizar 4 campanhas por ano, devido à
já esgotadas. O aumento na acidez dos Eduardo Tavares Paes - UFRA enorme extensão da área e devido à
oceanos previsto para o ano de 2100, situa-se Eliane A Holanda Cavalcanti – UFAL complexidade da logística local. No transecto
fora da faixa de variabilidade natural Doriedson Gomes - UFBA T2, inicialmente havia-se previsto uma coleta
experimentada pelos oceanos pelo menos nos Fernando A. N. Feitosa - UFPE em intervalo bimestral (6 campanhas por ano),
últimos 650.000 anos. Deve ser também Gilvan Yogui – UFPE como nos demais transectos no Nordeste, mas

Page 15 www.inctambtropic.org
Áreas de Estudo

por motivos logísticos e operacionais região equatorial.


(dificuldade de navegação na Barra do Rio São Monografias:
Francisco e falta de embarcações adequadas Já foram também adquiridos os primeiros dois Lira, SMA. 2013, Distribuição e composição do
disponíveis na área de estudo), a frequência zooscans que serão utilizados no projeto. zoonêuston em ambientes insulares do
das coletas no Transecto T2 foi reduzida para Oceano Atlântico Tropical, com ênfase em
2 campanhas por ano. Nos Transectos T1 Principais Resultados: Decapoda. Dissertação de Mestrado, UFPE.
(BA), T3 (PE) e T4 (MA), estamos mantendo o
intervalo bimestral de coletas (6 campanhas Periódicos: Silva, NL. 2014. Biomassa e biovolume da
por ano). Lira, SMA, Teixeira, IA, Lima, CDM, Santos, G comunidade mesozooplanctônica
S, Neumann_Leitão, S, Schwamborn, R. 2014. subsuperficial e das partículas em suspensão
As campanhas estão sendo executadas com Zooneuston spatial and nyctimeral distribution em dois ambientes costeiros tropicais.
sucesso e gerando dados inéditos sobre os of the Fernando de Noronha Archipelago, Monografia de Graduação em Ciências
ecossistemas pelágicos da Plataforma Brazil. Brazilian Journal of Oceanography, v. Biológicas, UFPE.
Continental do Norte e Nordeste do Brasil. 62, p. 35-45.
Além disto o GT2.2 realizou juntamente com o Congressos e Simpósios:
GT3.2 em 2012 a Comissão Oceanográfica Queiroz, AR, Koening, L, Gaspar, F. 2013. O GT 2.2 apresentou trabalhos nos seguintes
Camadas Finas III com a utilização do NHo. Biovolume celular e biomassa em carbono de eventos: Congr. Bras. de Ficologia (2012), V
Cruzeiro do Sul da Marinha do Brasil, quando espécies microfitoplantônicas de regiões Congr. Bras. de Oceanografia (2012), Texas
foram realizados transectos na plluma do rio oceânicas do Atlântico Equatorial. Tropical A&M Univ. Science and Education
Amazonas e nas ilhas oceânicas brasileiras na Oceanography (no prelo). Internationalization (2012), Colacmar (2013).

Campanha de campo no transecto


T1 em frente à Salvador,
coordenada pelo prof. Paulo
Mafalda Jr. (UFBA).

www.inctambtropic.org Page 16
Rodrigo Torres (UFPE)

Mônica Adam (UFPE)

GT 2.3 Genômica, Proteômica e Biodiversidade


Coordenadores: Brasil em um contexto espacial, perante uma de citocromo b disponíveis para outras regiões
Rodrigo Torres (UFPE) perspectiva de alterações climáticas. do mundo revelarão com qual região do
Mônica Adam (UFPE) mundo os beijupirás do Atlantico tropical se
Abordagem Metodológica: isolamento do relacionam genealogicamente.
Motivação: Os padrões de heterogeneidade DNA genômico, marcadores moleculares, As populações de Mugil curema (tainha) dos
genética de espécies e populações de recursos sequenciamento, análise de genotoxicidade estuários dos rios Potengi/RN, Paraíba do
vivos marinhos são historicamente submetidos cruzeiros para a realização de transectos, Norte/PB, Canal de Sta. Cruz/PE, Formoso/PE,
às pressões seletivas oriundas das alterações amostragem do plâncton, extração e São Francisco/AL e Ribeira de Iguape/SP
climáticas, além daquelas impostas pelas purificação de proteínas, analises estatísticas. foram estudadas para evidenciando um alto
alterações de natureza antropogênica. Assim, grau de estruturação populacional, asssim
as metodologias de acesso ao patrimônio Equipe: como diferenciação morfológica entre os
genético e protéico das espécies permitem Krystina Lira - UFPB exemplares dos diferentes estuários. Estudos
caracterizar a heterogeneidade biótica, Paulo R. A. de Mello Affonso - UESB de dano genômico foram também iniciados
diagnosticar as condições ambientais nos Tercílio Calsa Jr. - UFPE objetivando avaliar o grau de impacto na
quais estão submetidos estes recursos vivos e Wagner Franco Molina - UFRN espécie e no seus ecossitemas.
identificar as suas proteínas e peptídeos com Estudos de exemplares de gaiamum
potencial de aplicação biotecnológica. Em Principais Resultados: Até o momento (Cardissoma ganhumi) oriundos de cinco
termos mais específicos estas metodologias foram estudados exemplares de agulhas sistemas estuarinos do litoral de Pernambuco
permitem a investigação dos padrões de pretas (Hemiramphus balao e H. brasiliensis) até o momento revelaram a existência de dois
conectividade populacional e recrutamento no litoral de Pernambuco. As duas espécies grupos genéticos (estuários do litoral Norte e
larval em zonas de estuário de recursos exibiram indistinção genético-evolutiva. Em Sul). Os resultados da avaliação do dano
pesqueiros (peixes, crustáceos e moluscos) e a termos conservacionistas, os dados apontam genômico mostraram uma prevalência de dano
interatividade de contaminantes emergentes para a necessidade do re-planejamento da nos estuários do litoral norte durante o
com o patrimônio genético das espécies. As exploração sobre este recurso, uma vez que e período de inverno. O padrão inverso foi
metodologias relativas ao estudo do DNA trata de um único táxon sendo intensivamente verificado no verão Já neste período os
favorecerão ainda estimativas de riquezas de explorado. Estudos com exemplares de Alitta estuários do litoral sul apresentaram menores
espécies, por meio da aplicação do protocolo succinea (Polichaeta) dos estados do Pará, índices de dano. Tal padrão se apresentou
Barcoding a estágios planctônicos de Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro e Paraná, inverso durante o verão. É possível que este
desenvolvimento larval, cujas identificações utilizando marcadores moleculares e padrão de danificação genômica seja
são ainda controversas. Já as metodologias morfometria merística das paragnatas indicam modulado pelos ciclos climáticos inverno/
relativas à caracterização de proteínas e/ou a divergência das populações em dois grupos verão.
peptídeos vem ao encontro do interesse na geográficos. Um grupo compreende indivíduos Foram iniciados trabalhos de análise de
identificação de proativos com potencial do Pará, Pernambuco e Bahia e o outro diversidade de bactérias cultiváveis associadas
biotecnológico, cujos resultados entram em indivíduos do Rio de Janeiro e Paraná, ao coral Siderastrea stellata dos recifes de
sinergia com bioprospecção marinha. sugerindo a existência barreiras corais de Cabo Branco, João Pessoa –PB,
biogeográficas. visando comparar as comunidades bacterianas
Objetivo Principal: a presente iniciativa tem Estudo de exemplares de beijupirá dos corais sadios e doentes.
por objetivo geral entender a heterogeneidade (Rachycentron canadum) de diversas Foram iniciados estudos de caracterização de
do patrimônio genético e proteico de espécies localidades da costa brasileira e de populações perfis protéicos para a alga marrom
de recursos vivos (peixes, crustáceos moluscos cativas (pisciculturas). Os resultados cosmopolita Ectocarpus siliculosus, e para a
e zooplâncton) da região Norte e Nordeste do integrados aos bancos de dados de sequências macroalga comum no litoral da região

Page 17 www.inctambtropic.org
Áreas de Estudo

nordeste Gracilaria sp., incluindo locais (Crustacea: Ucididae), as tools to manage a da família Gerreidae. Identificação de
expostos a diferentes pressões de poluição mangrove reserve in southeastern Brazil. Doi uniformidade cariotípica e sua
antrópica, especificamente a Região 10.1007/s10661-013-3172-9. empregabilidade com fins biotecnológicos.
Metropolitana de Recife-PE (RMR), Tese Doutorado. UECE.
Tamandaré-PE e região portuária de Suape- Bertolllo, LAC, Soares, RX, Costa, GWWF,
PE. Molilna, WF. 2013. Karyotype stasis in four Dias Júnior, EA. 2012. Estrutura genética
Finalmente foram ainda realizadas coletas de Atlantic Scombridae fishes: mapping of classic populacional de cioba (Lutjanus analis) e do
material biológico na costa norte, nordeste e and dual-color FISH markers on chromosomes. dentão (Lutjanus jocu)(Lutjanidae) ao longo
sudeste do Brasil para análises citogenéticas e Fisheries Science, 79: 177-183. do litoral brasileiro (Lutjanidae) ao longo do
moleculares em peixes, crustáceos e litoral brasileiro - implicações na conservação.
equinodermos. Jacobina, UP, Martinez, PA, Cioffi, MB, Garcia Tese Doutorado. UECE.
Jr, J, Bertollo, LAC, Molina, WF. 2014.
Publicações: Morphological and karyotypic differentiation in Jacobina, UP. 2012.. Parâmetros citogenéticos
Membros do GT participaram do XX Encontro Caranx lugubris (Perciformes: Carangidae) in em espécies comerciais de Carangidae
Brasileiro de Ictiologia, em Maringá, Paraná the St. Peter and St. Paul Archipelago, mid- (Perciformes), com vistas a sua
2013, do V Congresso Brasileiro de Genética, Atlantic Ridge. Helgoland Marine Research, 68: empregabilidade na conservação biológica e
Foz do Iguaçu, 2012, do XIX Encontro de 17-25. piscicultura marinha. Tese Doutorado. UECE.
Genética do Nordeste, Petrolina (2012) com
apresentaçã de trabalhos (6). Costa, GWF, Cioffi, MB, Bertollo, LAC, Molina, Ribeiro, MS. 2013. Contribuição à sistemática
WF. 2013. Transposable Elements in Fish e filogenia de Paralichthydae através do DNA
Periódicos: Chromosomes: A Study in the Marine Cobia Barcoding. Dissertação Mestrado. UESB. .
Species. Cytogenetic and Genome Research,
Silva-Oliveira, GC; Silva, BC, Oliveira, Y, 141: 126-132. Santos, FA. 2013. Coesão genético-evolutiva e
Nunes, ZP, Torres, RA, Sampaio, MIC, a conservação das agulhas pretas
Valinoto, M. 2013. New nuclear primers for Monografias: (Hemiramphus brasiliensis e H. balao) no
molecular studies of Epinephelidae fishes. litoral Pernambucano. Dissertação Mestrado.
Conservation Genetics Resources, 5: 165-168. Araujo, GH. 2012. Caracterização UFPE.
bacteriológica de água do mar e diversidade
Torres, RA, Feitosa, RB, Carvalho, DC, Freitas, de bactérias cultiváveis associadas ao coral Clímaco, CSS. 2013. Variação populacional de
M, Hostim-Silva, M, Ferreira, BP. 2013. DNA Siderastrea stellata nos recifes costeiros de Alitta succinea (LEUCKART,1847) com base
barcoding approaches for fishing Cabo Branco, João Pessoa-PB.. Dissertação nas paragnatas e marcadores moleculares
authentication of exploited grouper species Mestrado. UFPB. ISSR, ao longo da costa brasileira. Dissertação
including the endagered and legally protected Mestrado. UFPE.
goliath grouper (Epinephelus itajara Soares, RX. 2012. Padrões cromossômicos e
Lichtensteiin, 1822). Scientia Marina 77: mapeamento de genes ribossomais 18S e 5S Gondolo, GF. 2012. Conectividade genética e
409-418. em peixes pelágicos Atlânticos. Dissertação morfológica de Mugil curema Valenciennes,
Mestrado UFRN. 1836 (Teleostei: Mugilidae) ao longo da região
Pinheiro, MAA, Duarte, LFA, Toledo, TR, costeira de Pernambuco e em estuários
Adam, ML, Torres, RA. 2013. Habitat Calado, Ll. 2013. Mapeamento cromossômico adjacentes do Nordeste oriental do Brasil.
monitoring and genotoxicity in Ucides cordatus de genes ribossomais em espécies estuarinas Tese Doutorado. UFPE.

www.inctambtropic.org Page 18
José Barbosa Filho (UFPB) George Miranda (UFPB)

GT 2.4 Bioprospecção de Produtos Naturais de Origem


Coordenadores: diversos organismos marinhos, um fator Magna Suzana Alexandre Moreira - UFAL
José Barbosa Filho (UFPB) importante a ser considerado, uma vez que Marcelo Sobral da Silva - UFPB
George Miranda (UFPB) situações de estresse (entre estes o estresse Márcia Piuvezam - UFPB
térmico) são sabidamente indutoras da síntese Margareth de Fátima F. Melo Diniz - UFPB
Motivação: os produtos naturais de origem de metabólitos especiais, e que as mudanças Maria A. Barros Fidelis de Moura - UFAL
marinha com atividade biológica começaram a no ambiente marinho decorrentes de ações Maria Célia de Oliveira Chaves - UFPB
ser explorados de forma sistemática antrópicas podem ter um efeito profundo Maria de Fátima Vanderlei de Souza - UFPB
relativamente recente se comparados aos sobre a biodiversidade marinha. Marianna Vieira Barreto - UFPB
produtos naturais de origem terrestre. Neuza Maria Alcântara-Neves - UFBA
Entretanto, de forma análoga ao que Objetivo Principal: obter moléculas e/ou Petrônio Filgueiras de Athayde Filho - UFPB
aconteceu com os produtos naturais de origem extratos padronizados de organismos Reinaldo Nóbrega de Almeida - UFPB
terrestre – que direta ou indiretamente marinhos com potencial farmacológico e Roberto Mioso - UFPB
(através de modificação molecular ou semi- terapêutico, bem como definir espécies de Sâmia Andrícia Souza da Silva - UFAL
síntese) representam uma parcela significativa microalgas que sejam potenciais produtoras Sandra Rodrigues Mascarenhas - UFPB
de todo o arsenal terapêutico disponível – os de biodiesel. Temilce Simões de Assis - UFPB
produtos de origem marinha já representam Ticiano Gomes do Nascimento - UFAL
uma promissora fonte de substâncias com Abordagem Metodológica: coleta, triagem, Ulisses dos Santos Pinheiro - UFPE
finalidades terapêuticas, com alguns produtos identificação e conservação do material Valdir de Andrade Braga - UFPB
já aprovados para uso humano (como alguns biológico; isolamento e purificação dos
com atividade analgésica e antitumoral) e constituintes químicos; síntese de constituintes Publicações:
centenas de substâncias em fases variadas de químicos oriundos de espécies marinhas;
ensaios clínicos. A variedade estrutural destas caracterização do perfil lipídico de microalgas Periódicos:
substâncias é surpreendente, e eles marinhas, estudo da atividade anti-
representam uma fonte ainda pouco explorada inflamatória, analgésica e imuno-moduladora Cavalcante-Silva, LHA et al. 2013.. Spasmolytic
de diversidade molecular, que certamente dos compostos isolados. effect of caulerpine involves blockade of Ca2+
deverá levar ao desenvolvimento de novos influx on guinea pig ileum. Marine Drugs, v.
medicamentos como analgésicos, Equipe: 11, p. 1553-1564.
antitumorais, antibióticos e anti-inflamatórios. Bagnólia Araújo da Silva - UFPB
O Brasil é um país que tem despertado Bárbara V. de Oliveira Santos - UFPB Matta, CBB et al. 2013. Antinociceptive and
recentemente para a necessidade de indução Camila Braga Dornelas - UFAL anti-inflammatory activities of Caulerpa
de pesquisas na área de biotecnologia Camila A. Viana de Figueirêdo - UFBA kempfii (Caulerpaceae). Marine Drugs,
marinha, e o Comitê Executivo para Celidarque da Silva Dias - UFPB (Accepted).
Levantamento e Avaliação do Potencial Darízy F. Silva Amorim Vasconcelos - UFBA
Biotecnológico da Biodiversidade Marinha Demétrius A. Machado Araújo - UFPB Silva, SMPM. et al. 2013. Antibacterial activity
(Biomar), no seu Plano Nacional de Trabalho Eduardo de Jesus Oliveira - UFPB and modulator of drugs resistance of Dictyota
(PNT-Biomar) estabelece como uma das áreas Emídio V. Leitão da Cunha - UFPB Pulchella and dolastane diterpene in
a serem priorizadas o desenvolvimento de Êurica Adélia Nogueira Ribeiro - UFAL Staphylococcus aureus. Journal of
fármacos, medicamentos e kits diagnósticos. Irinaldo Diniz Basílio Júnior - UFAL Experimental Biology (no prelo).
Para isto, faz-se necessário um maior Isac Almeida de Medeiros - UFPB
conhecimento da quimiotaxonomia dos João Xavier de Araújo Júnior - UFAL Rocha, RM et al. 2013. The need of more
organismos marinhos ao nosso alcance, o José Pinto Siqueira Júnior - UFPB rigorous assessments of marine species
isolamento de novos produtos naturais e a Josean Fechine Tavares - UFPB introductions: A counter example from the
avaliação de sua atividade biológica. Um Leônia Maria Batista - UFPB Brazilian coast. Marine Pollution Bulletin, p.
aspecto ainda menos explorado na área de Liana C. Soares Lima de Morais - UFPB 241-243 (correspondence)
bioprospecção de produtos naturais de origem Luciano Meireles Grillo - UFAL
marinha é o impacto das mudanças climáticas Luis Cezar Rodrigues - UFPB Cavalcante-Silva, LHA. et al. 2012.
sobre o perfil de substâncias produzidas pelos Luis F. Marques dos Santos - UFPB Antinociceptive and anti-inflammatory

Page 19 www.inctambtropic.org
activities of crude methanolic extract of red new records of microcaddisflies (Trichoptera: Monografias:
alga Bryothamnion triquetrum. Marine Drugs, Hydroptilidae) from Northeastern Brazil.
v. 10, p. 1977-1992. Zootaxa, v. 3700, p. 583. Figueiredo, CS. 2013. Estudo ficoquímico de
Canistrocarpus cervicornis (Kützing) de Paula e
Torrezan, E, Figueiredo, RCBQ, Marques- Santos, GJG, Pinheiro, U. 2013. First record of de Clerck (Dictyotaceae) dos litorais paraibano
Santos, LF. 2012. Differential distribution of Damiria Keller, 1891 from Brazil, with the e fluminense. Tese de Doutorado. UFPB.
ABCB1 and ABCC1 transporters in sea urchin description of a new species (Poecilosclerida;
Pluteus larvae. Molecular Reproduction and Demospongiae; Porifera). Zootaxa, v. 3700, p. Lira, DP. 2013. Isolamento e atividade
Development, v. 79, p. 501. 597-600. farmacológica de produtos naturais de algas e
esponjas do litoral paraibano. Tese de
Leite, JCA, Marques-Santos, LF. 2012. Lima, LRC, Mariano, R, Pinheiro, U. 2013. New Doutorado. UFPB
Extracellular Ca2+ influx is crucial for the early species for Thraulodes Ulmer, 1920
embryonic development of the sea urchin (Ephemeroptera: Leptophlebiidae: Tomaz, ACAT. 2012. Substâncias encontradas
Echinometra lucunter. J. of Experimental Atalophlebiinae) and the first key to adults em algas rodofíceas do litoral Paraibano e do
Zoology, v. 318, p. 123-133. from Brazil. Zootaxa, v. 3709, p. 230-242. Mar Jônico - Grécia. Tese de Doutorado. UFPB.

Tomaz, ACA et al. 2012. Analysis and Sandes, JCF, Pinheiro, U. 2013. New species Lira, NS. 2012. Estudos químicos dos
characterization of methyl esters of fatty acids of Myrmekioderma (Demospongiae: organismos marinhos Aplysina fistularis e
of some Gracilariaceae species. Biochemical Halichondrida: Heteroxyidae) from Brazil. Sargassum polyceratium. Tese de Doutorado.
Systematics and Ecology, v. 44, p. 303-306. Zootaxa, v. 3702, p. 370-378. UFPB.

Correia, ACC et al. 2011. Evaluation of Carvalho, MD, Silva, MS, Pinheiro. U. 2013. Agra, LHC. 2013. Mecanismos de ação
hemolytic and spasmolytic activities of Two new species of Aaptos (Demospongiae, espasmolítca de caulerpina, um alcaloide
Sargassum polyceratium Montagne Hadromerida) from Brazil (western Atlantic). bisindólico isolado de algas do gênero
(Sargassaceae). Chapter 115, p. 670-675, Zootaxa, 3750, p. 357-366. Caulerpa, em íleo de cobaia. Dissertação de
2011. Titulo do Livro: Poisoning by Plants, Mestrado. UFAL.
Mycotoxins and Related Toxins. Patrocinador: Santos, GJG, Pinheiro, U, Razera, JCC. 2013
CAB International. Ensino do filo Porifera em região de Moura, DL. 2013. Poliquetofauna associada a
espongiofauna: o ambiente imediato em aulas esponjas em três áreas costeiras do litoral de
Muricy, G. 2011. Catalogue of Brazilian de ciências. Revista Brasileira de Pesquisa em Pernambuco. Dissertação de Mestrado. UFPE.
Porifera. Rio de Janeiro : Museu Nacional, Educação em Ciências, v. 12, p. 193-205.
Série Livros, 2011, v.1. p.299. Cavalcanti, HGB. 2013. Taxonomia das
Lima, LRC et al. 2012. New species and new esponjas do Litoral Norte do Estado de
Queiroga, FR et al. 2013. Immunological records of Hermanella complex Pernambuco. Dissertação de Mestrado. UFPE.
responses of the mangrove oysters (Ephemeroptera: Leptophlebiidae) from
Crassostrea gasar naturally infected by Eastern Brazilian Coast. Annales de Silva, SMPM. 2013. Potencial antibacteriano e
Perkinsus sp. in the Mamanguape Estuary, Limnologie-International Journal of Limnology, modulador de resistência a drogas de extratos
Paraiba state (Northeastern, Brazil). Fish & v. 48, p. 201-213. e constituintes de algas marinhas em
Shellfish Immunology, v. 35, p. 319-327. Staphylococcus aureus. 2013. UFPB
Campos, CJA et al. 2012. Sponges as
Docio, L et al. 2013. Folk classification of sea substrata and early life history of the tubulariid Matta, CBB. 2012. Avaliação da atividade
sponges (Animalia, Porifera) by the inhabitants Zyzzyzus warreni (Cnidaria: Hydrozoa) in the antinociceptiva e anti-inflamatória de extratos
of a tradicional fishing community at Camamu São Sebastião Channel, Brazil. Marine Biology de macroalgas bentônicas Caulerpa spp. C.
Bay, Bahia State, Brazil. Interciencia Research, v.8, p.573-583. mexicana, C. kempfii e C. sertularioides.
(Caracas), v. 38, p. 60-66. Dissertação de Mestrado. UFAL
Leite, JCA et al. 2012. Antimitotic activity on
Massariol, FC et al. 2013. Two-winged sea urchin embryonic cells of seven Batista, CN. 2012. Taxonomia das esponjas de
Cloeodes Traver (Ephemeroptera: Baetidae) in antiparasitic Morita-Baylis-Hillman adducts: A Águas Continentais do Estado de Pernambuco.
Brazil: New species, stage description, and key potential new class of anticancer drugs. Dissertação de Mestrado. UFPE.
to South American species. J. of Insect Medicinal Chemistry, v. 8, p. 1003-1011.
Science, v. 13, p. 1-20. Neta, HLS. 2012. Envolvimento de
Silva-Neta, HL et al. 2012. Involvement of transportadores ABC no processo de
Souza, WRM et al. 2013. Trichoptera (Insecta) ABCB1 and ABCC1 transporters in sea urchin fertilização de ouriço-do-mar Echinometra
from Pernambuco State, Northeastern Brazil. fertilization. Molecular Reproduction and lucunter. Dissertação de Mestrado. UFPB
Journal of Natural History, p. 1-10, 2013. Development, v. 79, p. 861-869.
Montes, RC. 2012. Estudo ficoquimico de
Pinheiro, U et al. 2013. A reassessment of Lira, NS et al. 2012. Aplysfistularine: a novel Sargassum vulgare var. nanum. Dissertação
Neotropical species of Corvospongilla dibromotyrosine derivative isolated from de Mestrado . UFPB
(Porifera: Spongillidae). J. of Natural History, Aplysina fistularis. Química Nova, v. 35, p.
v. 47, p. 37-38. 2189-2193. Patentes:

Barros Neta, LMV, Santos, GJG, Pinheiro, U. Miranda, GEC, Yokoya, NS, Fujii, MT. 2012. Magna Suzana A. Moreira (UFAL), José M.
2013. Clathria (Clathria) Schmidt, 1862 from Effects of temperature, salinity and irradiance Barbosa Filho (UFPB), Bárbara V. O. Santos
Brazil with description of a new species and a on carposporeling development of Hidropuntia (UFPB), Maria C. Oliveira Chaves (UFPB),
review of records (Poecilosclerida: caudata (Gracilariales, Rhodophyta). Revista George E. C. Miranda (UFPB), Éverton T.
Demospongiae: Porifera). Zootaxa, v. 3640, p. Brasileira de Farmacognosia, v. 22, p. Souza (UFAL), Aline C. Queiroz (UFAL). Uso do
284. 818-824. composto marinho caulerpina e composições
farmacêuticas contendo os mesmos, no
Lima, LRC, Cruz, PV, Pinheiro, U. 2013. The Pinheiro, US, Nicacio, G. 2012. Resurrection tratamento de doenças de dores, inflamatórias
adult stage of Paracloeodes charrua Emmerich and redefinition of the genus Tubella (Porifera: e como inibidores da ciclooxigenase. PI
& Nieto, 2009 (Ephemeroptera: Baetidae). Spongillidae) with a worldwide list of valid 1009162-9 publicado na Revista da
Zootaxa, v. 3640, p. 597-600. species. Zootaxa, v. 3269, p. 65-68. Propriedade Industrial No. 2149 em
13/03/2012.
Souza, WRM et al. 2013. A new species and

www.inctambtropic.org Page 20
Dóris Veleda (UFPE)

Marcus Silva (UFPE)

GT 3.1 Interação Oceano-Atmosfera, Variabilidade Climática


e Previsibilidade no Norte-Nordeste do Brasil e no Atlântico
Tropical
Coordenadores: coletados pelo sistema ARGO, PIRATA e Equipe:
Dóris Veleda (UFPE) outros, métodos de assimilação de dados Antonio C Vaz Cantalbiano - CLIVAR,Inglaterra
Marcus Silva (UFPE) oceanográficos devem ser aplicados para que, Carlos A. Domingues Lentini - UFBA
juntamente com modelos numéricos, Carlos E. Delgado Noriega - UFPE
Motivação: Os processos de interação estimativas mais precisas do estado físico e da Enrique Andrès Lopez Droguett - UFPE
oceano-atmosfera são responsáveis por parte circulação oceânica sejam produzidas com as Francis Francinete Lacerda - ITEP,PE
da variabilidade climática em diversas escalas análises objetivas. As análises servem não só F. Hernandez - MERCATOR/LEGOS/IRD França
no espaço e no tempo. Por exemplo, o sistema para estudos diagnósticos como também para Héctor Raúl Montagne Dugrós - UFRPE
de monção da América do Sul – caracterizado melhorar a previsibilidade de tempo e clima. Humberto Alves Barbosa - UFAL
principalmente pela estação chuvosa na bacia Considerando as mudanças climáticas, o Isis Didier - UFPE
do rio Amazonas no verão austral e pela entendimento da variabilidade do clima Jean Felix de Oliveira - CHM/Marinha do Brasil
presença da Zona de Convergência do passado e presente torna-se ainda mais Jacques M. Servain - LOCEAN/IRD,França
Atlântico Sul (ZCAS) – e a distribuição de relevante para que se possa acompanhar e Mathieu Rouault - U. Cape Town, África do Sul
chuvas no Norte do Brasil (NB) e Nordeste do investigar alterações no clima. Marcio Moura - UFPE
Brasil (NEB) são modulados pela variabilidade Moacyr Cunha de Araújo Filho - UFPE
intrasazonal a interdecenal da temperatura da Objetivos Principais: (i) previsibilidade Raquel Leite Mello - CHM/Marinha do Brasil
superfície do mar no Pacífico e do Atlântico. A oceânica nas diversas escalas de tempo Ricardo de Camargo - USP
variabilidade da precipitação, da evaporação e através reanálises e modelagem de cenários Ricardo Marcelo da Silva - UFRJ
do aporte de água doce de rios estão de mudanças climáticas, usando condições de Valdir Inocentinni - UFRJ
diretamente associados a variabilidade da contorno do IPCC AR4/AR5, com ênfase no Yves Kouadio - U. Abidjan, Côte d´Ivoire
salinidade de superfície, sendo essa, portanto, ciclo hidrológico para o Atlântico Tropical e
um indicador da intensidade do ciclo regiões Norte e Nordeste do Brasil; (ii) Principais Resultados: as análises
hidrológico sobre regiões oceânicas. Novos previsão de eventos atmosféricos extremos a desenvolvidas neste GT são baseadas em
dados provenientes do satélite SMOS da partir de dados meteo-oceanográficos dados medidos, de reanálises e provenientes
Agência Espacial Européia e, brevemente, do modelados e in situ; (iii) estimativa dos fluxos de modelagem tanto oceânica como
satélite Aquarius podem contribuir de interação oceano-atmosfera no Atlântico atmosférica. Técnicas de análise de dados
significativamente para a melhoria do Tropical a partir dos resultados de modelagem extraem informações dos dados utilizados
entendimento da variabilidade da salinidade e análise de dados meteo-oceanográficos. neste projeto e contribuem não só para
nos oceanos tropicais e, portanto, do ciclo estudos diagnósticos como também para
hidrológico e dos processos de interação Abordagem Metodológica: modelagem e melhorar a previsibilidade de tempo e clima.
oceano-atmosfera. Para maximizar o impacto análise de dados meteo-oceanográficos. Considerando as mudanças climáticas, o
desses novos dados e dos que estão sendo entendimento da variabilidade do clima

Page 21 www.inctambtropic.org
Área de Estudo

passado e presente torna-se ainda mais mar, favorecendo assim a tomada de tomadas Risk Assessment for Schistosomiasis: the Case
relevante para que se possa acompanhar e de decisão por parte do governo do Estado, no of a Patchy Environment in the Coastal
investigar alterações no clima. sentido de diminuir os impactos de doenças Tropical Area of Northeastern Brazil (accepted
Como exemplo do que já foi desenvolvido tropicais. for publication). Risk Analysis, v. 200, p. 1.
nesta área, dentro do GT3.1, pode-se citar
artigos já publicados, em revistas Publicações: Congressos e Simpósios:
internacionais e que trata de fenômenos de
interação oceano-atmosfera. Umas das Periódicos: Membros do GT participaram com
contribuições deste GT para políticas públicas apresentação de trabalhos (i) no Tropical
de interesse do Estado de Pernambuco, por Veleda, D, Araujo, M, Zantopp, R, Montagne, Atlantic Variability Meeting/PIRATA-17
exemplo, é o artigo recentemente submetido à R. 2012. Intraseasonal variability of the North Meeting, Kiel, Germany, 2012, (ii) no Meeting
PLOSONE que conecta e quantifica o impacto Brazil Undercurrent forced by remote winds, J. CCIV: Climate Change, Impacts and
das variações de temperatura da superfície do Geophys. Res., 117, C11024 Vulnerabilities in Brazil: Preparing the Brazilian
mar com os casos de dengue ocorridos na Northeast for the Future, Natal-RN, Brazil,
região metropolitana de Recife (Regional Veleda, DRA, Montagne, R, Araujo, M. 2012. 2012, (iii) no Joint Meeting CLIVAR Tropical
climatic influence on Dengue in Brazil - Cross wavelet bias corrected by normalizing Atlantic Variability (TAV) andPrediction and
(Moacyr Araújo, Dóris Veleda, Paulo R. G. scales. Journal of Atmospheric and Oceanic Research Moored Array in the Tropical Atlantic
Barrocas, Flavia Moraes e Raul Montagne). Technology, v. 29, p. 1401-1408. (PIRATA), Veneza, Itália, 2013 e (iv) no Esrel
Estess resultados darão uma contribuição a 2013, Amsterdam.
um possível monitoramento dos casos de Duarte, H, Droguett, EAL, Moura, MMC,
dengue que podem ocorrer através de Barbosa, C, Gomes, E, Barbosa, V, Araujo, M.
oscilações da temperatura da superfície do 2013. An Ecological Model for Quantitative

Climatologia da Clorofila (2003-2012) - Foz do rio Amazonas

Maio-Junho Setembro-Novembro

www.inctambtropic.org Page 22
Moacyr Araujo (UFPE) Nathalie Lefèvre (IRD, França)

GT 3.2 Ciclos Biogeoquímicos, Fluxo de CO2 e Acidificação


do Oceano Atlântico Tropical
Coordenadores: diante do aumento do CO2 atmosférico. Mas se José Martins da Silva Júnior - ICMBio
Moacyr Araujo (UFPE) o Atlântico tropical funciona globalmente como Letícia Cotrim da Cunha (UERJ)
Nathalie Lefèvre (IRD, França) uma fonte de CO2 para a atmosfera, regiões Marcus André Silva - UFPE
específicas e importantes foram caracterizadas Maria de Loudes Souza Santos - UFRA
Motivação: levantamentos recentes indicam como sumidouros de CO2, como por exemplo, Nadège Bouchonneau - UFPE
que os oceanos são responsáveis pela as áreas oceânicas localizadas nas Pierrick Peven - LPO/IRD
absorção de cerca de 30% a 40% do excesso proximidades das descargas de grandes rios, Silvio José de Macedo - UFPE
de CO2 emitido por fontes antrópicas desde o como o Amazonas. Yves du Penhoat (LEGOS/IRD)
início da revolução industrial (Canadell et al., Yves Kouadio - UAC
2007; UNEP, 2009). Caso sejam mantidas as Objetivo Principal: estudo dos processos
atuais taxas de emissão, estima-se que as oceanográficos que comandam a variabilidade Principais Resultados: foram realizadas
concentrações de CO2 na atmosfera das propriedades biogeoquímicas do oceano várias campanhas de aquisição de dados
aumentarão, de 385 ppm em 2008, para Atlântico tropical. Pretende-se com esta oceanográficos na área oceânica e na
450-650 ppm até 2060, o que alteraria a proposta, incrementar a capacidade de prever plataforma continental em cooperação com o
acidez média da superfície dos oceanos, de as respostas do Atlântico tropical às ações GT2.2 : (i) Cruzeiros PIRATA-BR 2012 e 2013,
8,1 para 7,9-7,8 unidades de pH (UNEP, antrópicas crescentes, em particular àquelas a bordo do navio NOc. Antares (GNHo/MB);
2009). Como resultado deste processo, está associadas à captura e ciclagem de CO2 (ii) Cruzeiros Camadas Finas II (Ilhas
em curso uma acelerada modificação da atmosférico e potencial de acidificação de suas oceânicas) e III (Pluma do Amazonas), a
composição química do oceano global, águas. bordo do NHo. Cruzeiro do Sul (GNHo/MB); e
fundamentalmente, pela acidificação da região (iii) Campanhas bimensais nos transectos T1.
que compreende os cerca de 2000 m Abordagem Metodológica: fundeios e Salvador (BA), T2. Foz do Rio São Francisco
superiores da coluna d´agua. Os principais instalação de sensores para medicão de pCO2/ (AL), T3. Tamandaré (PE), T4. São Luís (MA) e
efeitos destas mudanças estão associados à O2 , campanhas oceanográficas, modelagem T5. Foz do Rio Pará (PA).
redução da quantidade de habitats onde os matemática.
organismos que integram o carbonato de Na porção mais costeira foram ainda
cálcio (CaCO3) em suas conchas e esqueletos Equipe: realizadas campanhas mensais em 12
podem prosperar, prejudicando assim toda principais estuários ao longo da costa do
uma vasta gama de organismos marinhos e de Alex Costa da Silva - UFPE Estado de Pernambuco (Goiana, Botafogo,
cadeias alimentares que deles dependem. Antonio Carlos Leal de Castro - UFMA Igarassú, Timbó, Paratibe, Beberibe,
Torna-se imperativo, portanto, o Bernard Bourlès (LEGOS/IRD) Capibaribe, Jaboatão, Pirapama, Ipojuca,
estabelecimento de ferramentas de previsão Carlos A. D. Lentini - UFBA Sirinhaem e Una).
do balanço de CO2 oceânico submetido a Carlos E. D. Noriega - UFPE
Carmen Limongi - UFPE Nas campanhas oceânicas (cruzeiros) foram
diferentes cenários futuros. Embora seja de
Christine Provost - LOCEAN/IRD realizados perfilagens verticais de CTD (T/S/
conhecimento científico que o Atlântico
Dóris Regina Aires Veleda - UFPE Densidade) e amostragens na coluna d´água
tropical é uma fonte de CO2 para a atmosfera,
Guy Caniaux (CNRM/MeteoFrance) para determinação de OD, pH, nutrientes
muito pouco se sabe sobre a variabilidade
Héctor Raúl Montagne Dugrós - UFRPE inorgânicos dissolvidos, carbono orgânico total
espacial e sazonal-interanual do fluxo de CO2
Herve Giordani (CNRM/MeteoFrance) (TOC), alcalinidade total (TA) e carbono
na interface ar-mar nesta região oceânica, e
Jacques Servain - LOCEAN/IRD inorgânico dissolvido (DIC), material em
muito menos de sua evolução de longo tempo

Page 23 www.inctambtropic.org
Áreas de Estudo

suspensão e clorofila a. Nestes cruzeiros dois sensores CARIOCA, instalados em bóias Brazil. Journal of Water Resource and
também foram realizadas medidas contínuas ATLAS do Projeto PIRATA. Protection, v.5, p. 362-375.
de pressão parcial de CO2 na água e no ar,
possibilitando assim a determinação das Publicações: Noriega, C.ED, Araujo, M., Levefre, N. 2013.
trocas oceano-atmosfera de dióxido de Spatial and temporal variability of the CO2
carbono ao longo dos trajetos dos navios. Nas Periódicos: fluxes in a tropical, highly urbanized estuary.
campanhas costeiras (Transectos T1 a T4) e Estuaries and Coasts, v.36: 1-18.
estuarinas foram coletadas variáveis de estado Servain, J., Caniaux, G., Kouadio, YK,
metoceanográficas que permitiram estimar as McPhaden, M, Araujo, M. 2014. Recent Congressos, Simpósios:
trocas de CO2 entre mar-ar nestes sistemas climatic trends in the tropical Atlantic. Climate
tropicais brasileiros. Dynamics (no prelo). O GT 3.2 participou com trabalhos
apresentados nos seguintes Encontros: 2nd
Durante este período foram ainda adquiridos
Araujo, M, Noriega, CED, Lefevre, N . 2014. International Workshop Global Ocean
03 sensores CARbon Interface OCean Acidification Observing Network, St. Andrews,
Atmosphere (CARIOCA), encomendados junto Nutrients and carbon fluxes in the estuaries of
major rivers flowing into the tropical Atlantic. UK, 2013; III Workshop de Mudanças
à NKE Eletronics – França, que serão Climáticas em Zonas Costeiras & III Workshop
fundeados nas proximidades do Atol das Frontiers in Marine Science, v. 1: 1-16.
da Rede de Monitoramento dos Habitats
Rocas, Fernando de Noronha e Arquipélago Bentônicos Costeiros, 2013; Joint Meeting
São Pedro e São Paulo. Além da determinação Lins, ID, Araújo, M, Moura, MJC, Silva, MA,
CLIVAR Tropical Atlantic Variability (TAV) and
da pressão parcial do CO2 (pCO2) dissolvido na Droguett, EL. 2013. Prediction of sea surface
Prediction and Research Moored Array in the
água do mar, estas bóias registram ainda a temperature in the tropical Atlantic by support Tropical Atlantic (PIRATA), Veneza, Itália,
temperatura, salinidade, e concentração de vector machines. Computational Statistics & 2013; Tropical Atlantic Variability Meeting/
oxigênio dissolvido. Os dados horários são Data Analysis (Print), v. 61, p. 187-198, 2013. PIRATA-17 Meeting, Kiel, Germany, 2012; e
armazenados e enviados através do sistema Meeting CCIV: Climate Change, Impacts and
GTS-ARGOS, que também mantem o controle Araujo, M., Noriega, C.E.D., Veleda, D.R.A., Vulnerabilities in Brazil: Preparing the Brazilian
de seu posicionamento. No Atlântico Sul Lefevre, N. 2013. Nutrient Input and CO2 Flux Northeast for the Future, Natal-RN, Brazil,
existem em funcionamento contínuo apenas of a Tropical Coastal Fluvial System with High 2012.
Population Density in the Northeast Region of

Cruzeiro
Camadas Finas
II e III

www.inctambtropic.org Page 24
Fabio Hazin (UFRPE)

Thierry Frédou (UFRPE)

GT 3.3 Recursos Vivos do Atlântico


Coordenadores: estabelecer entre ecossistemas adjacentes ou foram realizadas pescarias experimentais
Fabio Hazin (UFRPE) em gradientes de profundidade. utilizando-se redes de camboa e mangote,
Thierry Frédou (UFRPE) enquanto na área costeira, as atividades
Objetivo Principal: analisar a distribuição realizadas com redes de emalhar e de arrasto
Motivação: Os recursos vivos pelágicos e diferencial dos diferentes estágios de vida das e currais foram acompanhadas. As pescarias
costeiros, de uma maneira geral, apresentam espécies de importância econômica na costa experimentais foram desenvolvidas entre o
uma elevada sensibilidade às variações dos nordeste-norte do Brasil, identificando zonas mês de maio 2013 e maio 2014. Os indivíduos
parâmetros físico-químicos, decorrente de sua de berçários e de desova e monitorar a rota coletados, em um total aproximado de 11.000,
maior vulnerabilidade ao meio no qual estão migratória, de algumas das principais espécies foram identificados a nível de espécie. Cerca
imersos, quando comparados aos animais pelágicas mais capturadas na pesca de de 150 espécies foram identificadas. Para as
terrestres. Por essa razão, modificações no espinhel nas proximidades de ilhas oceânicas e
principais espécies, mais de 1500 estômagos e
regime climático são capazes de exercer sobre montes submarinos.
1700 gônadas foram processados. Os
os organismos grandes influências,
resultados destas análises servirão para
interferindo, inclusive, nas interações entre Abordagem Metodológica: marcação
identificar o uso do ambiente pelas espécies
predadores e presas, de tal maneira que eletrônica-acustica (tagging), receptores
flutuações ambientais podem retardar ou acústicos, PSAT, trabalhos de campo, análises de peixes nos ambientes costeiros.
acelerar, significativamente, a recuperação de estatísticas, CPUE, indicadores de integridade
um determinado estoque. Dado o atual nivel biológica. Em torno de 100 otólitos foram coletados, e
de explotação a que os ambientes costeiros e processados para utilização como marcadores
oceânicos estão sendo submetidos, pela ação Equipe: ambientais. Foram também realizadas
antrópica e pela pesca, num cenário de Beatrice Padovani Ferreira - UFPE capturas de larvas pré-assentantes de peixes
crescente instabilidade do clima, torna-se Dráusio Veras - UFRPE recifais com armadilhas de luz CARE na baia
urgente o desenvolvimento de estudos Daniele Viana - UFRPE de Tamandaré. Até agora, já foram
relacionados as variações ambientais e Diogo Nunes - UFRPE identificadas mais de 80 espécies de peixes
climáticas, assim como o conhecimento da Flávia Lucena Frédou - UFRPE recifais.
interconectividade dos habitats dos George Olavo Mattos e Silva - UEFS
organismos aquáticos com seus ecossistemas. Humberto Gomes Hazin - UFERSA Foi ainda escolhida a espécie Micropogonias
Estas informações são de extrema Jorge Lins - UFRN furnieri para a realização de análises
importância para a elaboração de planos de José Carlos Pacheco - UFRPE genéticas, com vista a definir a possível
gestão e manejo mais eficientes, Mauro Maida - UFPE contribuição dos estuários para a troca de
particularmente em função da situação crítica Paulo Eurico Pires Travassos - UFRPE genes entre indivíduos de uma mesma espécie
em que se encontram os principais estoques Paulo Oliveira - UFRPE ocupando uma determinada área geográfica
pesqueiros. Muitas espécies marinhas utilizam (Itamaracá, Sirinhaém e Tamandaré). Até
diferentes habitats essenciais durante fases Principais Resultados: agora 70 indivíduos estão sendo processados.
distintas do seu desenvolvimento, Esta atividade está sendo realizada
completando assim os seus ciclos de vida. Recuursos Vivos Costeiros: as coletas deste
cooperação com o GT2.3. Partes do músculo
Essa conectividade de habitats pode ser projeto englobaram, até o momento, as áreas
de peixes e invertebrados foram coletados
interrompida por causa da ação antrópica costeiras e estuarinas de Itamaracá,
para análise de isótopos estáveis e serão
local, como degradação direta do ambiente ou Itapissuma, Tamandaré, Sirinhaém e Suape,
analisados através de um projeto de
mudanças climáticas. As conexões podem se no estado de Pernambuco. Na área estuarina

Page 25 www.inctambtropic.org
Áreas de Estudo

cooperação entre pesquisadores da UFRPE e Recursos Vivos Oceaânicos: em colaboração de previsão. Estes dados permitirão também
UFPE com o IRD (França). Estas análises com o PEW Charitable Trusts avaliar os padrões de movimentação espacial
servirão como uma ferramenta extra para o foi realizada, em maio e junho de 2013 a e temporal, em pequena e média escalas, dos
estudo da interconectividade entre os diversos marcação com PSAT (pop-up archival recursos pesqueiros pelágicos oceânicos, e
ambientes costeiros. transmitting tag) de 4 tubarões lombo-preto, avaliar o padrão de conectividade entre as
Carcharhinus falciformis, no Arquipélago de principais ilhas oceânicas brasileiras e os
A modificação dos habitats costeiros essenciais São Pedro e São Paulo. Em novembro de 2012 bancos oceânicos rasos (seamounts).
para a ictiofauna está sendo estudada através foram marcados também 04 tubarões tigre
de processamento digital de imagens de Galeocerdo cuvier, no Arquipélago de Publicaçõoes:
satélite de 3 áreas (Itamaracá, Suape e Fernando de Noronha. Com os resultados
obtidos será possível investigar a interação Congressos e Simpósios:
Sirinhaém) entre os anos 1976 e 2013. Mapas
entre os recursos pesqueiros pelágicos
SIG sintetizando a evolução foram elaboradas
oceânicos com o ambiente marinho e O GT3.3 participou 66th GCFI, Corpus Christi,
e analisadas para identificar as perda e/ou
desenvolver um modelo de previsão de longo Texas, Novembro de 2013,. XVIII Congresso
ganho de área de manguezal e a sua
prazo das capturas, em função das variáveis Brasileiro de Engenharia de Pesca, 2013 Paulo
correlação com indicadores ecológicos. ambientais, incluindo a elaboração de mapas Afonso-BA.

Trajetória de tubarão lombo-preto marcado no arquipélago São


CARE light trap – As armadilhas de luz Pedro e São Paulo.

www.inctambtropic.org Page 26
Page 27 www.inctambtropic.org
www.inctambtropic.org Page 28
Coordenação Administrativa:
Instituto Nacional em Ciência e Tecnologia em Ambientes Marinhos Tropicais
Instituto de Geociências - UFBA Campus Universitário de Ondina
Rua Barão de Jeremoabo, s/n - 40170-115
Salvador Bahia Brasil
+5571 3283-8607
e-mail: coord@inctambtropic.org

Potrebbero piacerti anche