Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
No contexto, fica claro que Israel amava mais a Iosef do que os seus
outros filhos! A palavra “amar” em hebraico é ‘ahab e significa
"amor". Porém esta palavra descreve freqüentemente o amor entre
seres humanos. A Escritura nos esclarece que este amor maior de
Israel por Iosef é pelo fato de ele ser o filho de sua velhice, mas aí há
algo mais. Iosef é filho de Rahel, a sua amada esposa e Israel parece
aqui “transferir” este amor que ele sentia por Rahel e devotá-lo a
Iosef! Creio que a cada atitude no relacionamento entre Israel e Iosef
algo transparecia em seu favor e fazia Israel lembrar-se de Rahel!
Justamente por isso Iosef recebe de seu pai uma túnica de várias
cores. A palavra “túnica” em hebraico é kuttonet com o mesmo
significado; era uma vestimenta parecida com um camisão bastante
longo e era feita geralmente de linho. Isso – aliado ao fato de Iosef já
ser declaradamente o filho preferido de Israel – causou um certo mal-
estar entre os demais irmãos de Iosef!
Por outro lado Iosef, sonhava e tinha com revelações que o Eterno lhe
transmitia e inocentemente as contava à seus irmãos! Isso causava
um profundo desagrado a todos os irmãos de Iosef! O interessante é
que a palavra “sonho” em hebraico é halam com o mesmo
significado; porém a palavra vem de uma raiz que significa “ser
forte”. Há aqui uma revelação imensa para nossas vidas: assim como
Iosef sonhava e se fortalecia a cada dia mais, seus irmãos
caminhavam justamente na direção contrária; quando percebemos
isso aprendemos que devemos também proceder da mesma forma!
Os sonhos não são somente projeções da alma humana, mas são
também os veículos de comunicação que o Eterno D-us usa a fim de
nos trazer à mente as realidades futuras que estão ainda em seu
coração para nossas vidas. Certamente Iosef sonhava e
continuamente “repassava” seus sonhos diante de si, vendo aquilo
que ainda não existia; contemplando aquilo que era – até aquele
momento - somente um sonho, mas que ele sabia poderia tornar-se
parte integrante de sua vida! Iosef nunca deixou de sonhar e
fortalecer assim seus laços com o Eterno e com sua alma, dizendo a
si mesmo que Aquele que implantara tal sonho em seu coração era
poderoso para fazer com que se cumprisse aquilo da forma e no
tempo que lhe aprouvesse!
A Torah nos diz que eles “conspiravam” contra a vida de Iosef. Esta
palavra vem do termo hebraico nakal e significa “ser ardiloso, ser
enganoso, agir sem escrúpulos”. Esta palavra demonstra que a
atitude deles em relação ao irmão não seria baseada no amor ou em
qualquer outra premissa de valores familiares! Eles estavam
pensando e conversando sobre o destino de Iosef e certamente iriam
atacá-lo sem que esperasse! Isso nos faz lembrar a atitude de nosso
arquiinimigo: há Satan, que age da mesma forma – planeja e ataca
como se pudesse decidir acerca da vida e da morte de cada ser
humano; parece querer bancar “D-us”!
Mas uma coisa inesperada aconteceu: eles viram uma tropa de
mercadores que se aproximava! “Depois assentaram-se a comer pão;
e levantaram os seus olhos, e olharam, e eis que uma companhia de
ismaelitas vinha de Gileade; e seus camelos traziam especiarias e
bálsamo e mirra, e iam levá-los ao Egito” (Gn 37:25). É incrível, mas
eles sentaram-se para comer calmamente enquanto Iosef estava num
buraco – certamente gritando e clamando por misericórdia –
enquanto eles comiam e bebiam calmamente...
Quantas dores deve ter sentido o garoto sendo já jogado num poço
como um animal sem qualquer valor; quanto mais agora que está
para ser vendido como uma mercadoria qualquer num
estabelecimento comercial! Estes fatos marcaram profundamente a
alma de Iosef que certamente deve ter sofrido muito ao ver seus
irmãos fazerem aquilo consigo. Mas o pior ainda estava por vir.
“Passando, pois, os mercadores midianitas, tiraram e alçaram a Iosef
da cova, e venderam Iosef por vinte moedas de prata, aos ismaelitas,
os quais levaram Iosef ao Egito” (Gn 37:28). Agora, definitivamente,
Iosef é vendido como um objeto e vai para o Egito para ali novamente
ser negociado e ser comprado por alguém! A cena que deve ter
ficado gravada na mente de Iosef e certamente levou muito tempo
para ser, pelo menos, amenizada em suas lembranças. Enquanto era
vendido e depois levado pelos ismaelitas ele certamente deve ter
implorado aos seus irmãos que não fizessem aquilo com ele. E eles
não o escutaram; certamente até mesmo fingiram não saber que ele
era seu irmão!
Isso foi tão mau – tanto aos olhos humanos quanto aos de D-us - que
o Eterno toma então providências radicais. Novamente a palavra aqui
é o - IHVH – o tetragrama, que demonstra que o Eterno tornou-se
aquilo que ele necessitava. Onan então é morto pelo Senhor. Parece
algo muito duro de ser dito, mas a desobediência de Onan e a sua
postura de coração para com os fatos apresentados certamente
atraíram sobre ele o juízo do Senhor. A palavra “matar” em hebraico é
mot e significa "matar, assassinar, mandar matar". Isso nos mostra
que o próprio D-us pode tê-lo matado ou então enviou um emissário
seu para executar esta tarefa!
Após tal fato ter acontecido, Iehuda pede à sua nora que espere até o
tempo em que seu filho Shela – em hebraico, "Elevação" – atinja a
maturidade e possa casar-se, para que então ele assuma-a como
esposa, a fim de dar-lhe um filho. Mais uma vez as coisas não
ocorreram como fora combinado entre eles! “Então disse Iehuda a
Tamar sua nora: Fica-te viúva na casa de teu pai, até que Selá, meu
filho, seja grande. Porquanto disse: Para que porventura não morra
também este, como seus irmãos. Assim se foi Tamar e ficou na casa
de seu pai. Passando-se pois muitos dias, morreu a filha de Sua,
mulher de Iehuda; e depois de consolado Iehuda subiu aos
tosquiadores das suas ovelhas em Timna, ele e Hira, seu amigo, o
adulamita. E deram aviso a Tamar, dizendo: Eis que o teu sogro sobe
a Timna, a tosquiar as suas ovelhas. Então ela tirou de sobre si os
vestidos da sua viuvez e cobriu-se com o véu, e envolveu-se, e
assentou-se à entrada das duas fontes que estão no caminho de
Timna, porque via que Selá já era grande, e ela não lhe fora dada por
mulher” (Gn 38:11-14) grifo nosso. Aqui é que Tamar, cujo nome
significa “tamareira”, tem uma idéia ousada, mas que irá realmente
mostrar à Iehuda que sua postura não foi correta para com ela. Ela
sentou-se disfarçada de prostituta e Iehuda vendo-a não a reconhece
e entra a ela a fim de possuí-la! “E vendo-a Iehuda, teve-a por uma
prostituta, porque ela tinha coberto o seu rosto. E dirigiu-se a ela no
caminho, e disse: Vem, peço-te, deixa-me possuir-te. Porquanto não
sabia que era sua nora. E ela disse: Que darás, para que possuas a
mim? E ele disse: Eu te enviarei um cabrito do rebanho. E ela disse:
Dar-me-ás penhor até que o envies?” (Gn 38:15-17).
O fato dela ter coberto seu rosto com o véu é um destaque, pois as
mulheres judias não cobriam o rosto, mas sim a cabeça! Quando o
rosto é coberto há uma necessidade de ocultar-se a identidade de
alguém; já quando se cobre a cabeça a intenção é dizer que se está
debaixo de autoridade do Eterno! A palavra “véu” vem do termo
hebraico tsaip que significa "roupão, xale, véu". Isso implica dizer
também que o véu não era pequeno, mas servia também como um
xale para cobrir a parte superior do corpo de quem o estivesse
usando.
Ela agora não deveria ser condenada à pena de morte, mas sim
honrada como uma mulher justa! Aprendemos que os filhos
resultantes desta união foram Perets que significa “brecha” e Zerah
que significa "aurora, brilho". Da descendência de Perets vieram
aqueles que entrariam na rota para trazerem à existência Ieshua, o
Messias! Que caminhos tem o Eterno para demonstrar sua justiça e
sua vontade! Foi justamente através dessa mulher – nora de Iehuda -
que vieram filhos justos e que agradaram ao coração do Eterno e
assim entraram na linha de descendência do Mashiach.
Mas isso aconteceu porque Iosef era fiel ao Eterno e mantinha uma
profunda comunhão com o D-us de Israel, seu pai! Isso fez com que
Iosef obtivesse um profundo respeito e confiança de seu senhor
egípcio! Nós deveríamos aprender com Iosef a termos uma postura
tal diante dos nossos “senhores egípcios” que eles mesmos
pudessem verificar que, através de nossa fidelidade e comunhão com
o Eterno tudo o que fosse colocado em nossas mãos geraria os
melhores resultados! Esse é o verdadeiro significado de tsalah pois aí
há a combinação de trabalho com a presença do Eterno, que
transforma esse trabalho em grande abundância! “Vendo, pois, o seu
senhor que o IHV Hestava com ele, e tudo o que fazia o IHVH
prosperava em sua mão, Iosef achou graça em seus olhos, e servia-o;
e ele o pôs sobre a sua casa, e entregou na sua mão tudo o que
tinha” (Gn 39:3-4). Iosef recebeu uma posição ou cargo de confiança
baseado em dois aspectos fundamentais para o sucesso:
competência e a aprovação do Eterno! Essas duas coisas fizeram de
Iosef o segundo – ou vice-diretor, gerente – da casa de seu senhor!
Iosef conseguiu “mesclar” o temor do Senhor com seu trabalho e o
resultado disso foi “vencer, ter sucesso, ser útil, dar bom resultado,
experimentar abundância”.
Agora Iosef demonstra uma outra habilidade que até então era
desconhecida: a habilidade de interpretar sonhos! Iosef ouve os
sonhos de dois de seus companheiros – presos – e os interpreta: “E
eles lhe disseram: Tivemos um sonho, e ninguém há que o interprete.
E Iosef disse-lhes: Não são de Deus as interpretações? Contai-mo,
peço-vos. Então contou o copeiro-mor o seu sonho a Iosef, e disse-
lhe: Eis que em meu sonho havia uma vide diante da minha face. E
na vide três sarmentos, e brotando ela, a sua flor saía, e os seus
cachos amadureciam em uvas; e o copo de Faraó estava na minha
mão, e eu tomava as uvas, e as espremia no copo de Faraó, e dava o
copo na mão de Faraó. Então disse-lhe Iosef: Esta é a sua
interpretação: Os três sarmentos são três dias; dentro ainda de três
dias Faraó levantará a tua cabeça, e te restaurará ao teu estado, e
darás o copo de Faraó na sua mão, conforme o costume antigo,
quando eras seu copeiro” (Gn 40:8-13). Na interpretação do primeiro
sonho Iosef dá ao copeiro a esperança de que ele seria restaurado ao
seu cargo original. Isso certamente alegrou muito ao coração daquele
homem! Mas já no segundo caso, a notícia não seria tão agradável:
“Vendo então o padeiro-mor que tinha interpretado bem, disse a
Iosef: Eu também sonhei, e eis que três cestos brancos estavam
sobre a minha cabeça; e no cesto mais alto havia de todos os
manjares de Faraó, obra de padeiro; e as aves o comiam do cesto, de
sobre a minha cabeça. Então respondeu Iosef, e disse: Esta é a sua
interpretação: Os três cestos são três dias; dentro ainda de três dias
Faraó tirará a tua cabeça e te pendurará num pau, e as aves comerão
a tua carne de sobre ti” (Gn 40:16-19). A um deles veio a notícia de
que seria restaurado, já ao outro veio então a notícia de sua morte! E
assim como Iosef havia interpretado os sonhos o Eterno faz então
cumprir!