EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS
MUNICIPAIS DE LIMEIRA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº..., endereço eletrônico..., com sede na Rua..., n°..., no bairro..., Limeira-SP, CEP..., neste ato representada por seu administrador Sr...., estado civil..., profissão..., portador do RG... e do CPF..., endereço eletrônico...,vem por seu advogado in fine, com endereço profissional na Rua, bairro, cidade, UF, com fundamento no artigo 5º, LXXI da Constituição Federal de 1988, propor:
MANDADO DE INJUÇÃO COLETIVO
PREFEITURA MUNICIPAL DE LIMEIRA, pessoa
jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº..., endereço eletrônico..., com sede na Rua..., n°..., no bairro..., Limeira-SP, CEP..., neste ato representada pelo prefeito Sr...., estado civil..., profissão..., portador do RG... e do CPF..., endereço eletrônico..., bairro, cidade, UF,, pelas razões expostas a seguir:
I - DOS FATOS
Maria é funcionária do município de Limeira, Estado de São Paulo, e
exerce, há 15 anos, atividade profissional em estação de tratamento de esgoto, submetendo-se à exposição constante a agentes nocivos à saúde. Recebe, assim como todos aqueles que trabalham nesta função, adicional por insalubridade.
Caio, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de
Limeira, afirma que “segundo a lei orgânica do município, compete ao prefeito apresentar proposta de Lei Complementar para regular o exercício do direito à aposentadoria especial dos servidores públicos municipais”. II - DOS FUNDAMENTOS
A ausência de lei complementar municipal regulamentadora do direito
previsto na Constituição Estadual (art. 126, § 4º, III), torna inviável o exercício do direito à aposentadoria especial dos servidores públicos municipais que laboram em condições especiais que prejudicam a saúde ou integridade física (atividades consideradas penosas, insalubres ou perigosas), razão pela qual o mandado de injunção coletivo é o instrumento adequado à satisfação da pretensão veiculada.
O Município tem autonomia para legislar sobre a aposentadoria especial
de seus servidores no exercício da competência supletiva (art. 24, § 3º c. C art. 30, II, da Constituição Federal). A competência legislativa das pessoas políticas para editar normas sobre previdência social, em especial acerca do regime jurídico dos seus servidores públicos, é concorrente (artigo 24, XII da CF), de modo que ausente norma de caráter geral expedida pela União, haverá competência plena do Chefe do Executivo local para a propositura da lei, sem prejuízo, é claro, da superveniência de Lei Federal a respeito (§ 4º, artigo 24 da CF).
Parâmetro jurisprudencial: RE 210.213-SP, Rel. Min. César Peluso.
DOS PEDIDOS
Pelo exposto requer:
1. Notificação da autoridade coatora para prestar informações;
2. Intimação do MP para oferecer parecer.
DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas,
conforme disposto no artigo 369 do NCPC, em especial a documental.