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1. JUSTIFICATIVA
Este ensaio possui larga aplicação uma vez que permite a obtenção, de forma
relativamente fácil, de um amplo conjunto informações quantitativas e qualitativas a respeito
do material e indispensáveis às aplicações em processos de fabricação e projetos.
2. OBJETIVO
Determinar, em acordo com a norma ASTM E8M-01, o comportamento mecânico de
um corpo de prova de aço 1020 submetido ao carregamento uniaxial por meio de ensaio de
tração e, obtendo-se para isso, o diagrama de tensão – deformação a partir do qual pretende-se
extrair dados quantitativos referentes ao limite elástico aparente, limite de escoamento, limite
de resistência a tração, módulo de elasticidade, módulo de resiliência, módulo de tenacidade,
alongamento e tensão de ruptura.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1.Materiais
Foi utilizado um corpo de prova de perfil retangular com dimensões de 12,98 mm x 3,30
mm na seção transversal e comprimento útil de 50 mm.
3.2.Equipamentos
Os equipamentos utilizados no ensaio seguem conforme a descrição:
Além das implicações citadas, Souza (1982) ressalta que a boa condução do ensaio é
indispensável para se evitar erros nos resultados, como por exemplo, o mau alinhamento do
corpo de prova irá gerar esforços assimétricos que provocarão erros na leitura. Deve-se também
certificar-se da fixação do extensômetro, garantindo axialidade no deslocamento e não
ocorrência de escorregamento.
4. RESULTADOS
A partir dos dados de força por alongamento obtidos pelo ensaio calculou-se a tensão
normal por meio da equação (1), bem como a deformação submetida pelo corpo de prova a
partir da equação (2).
𝐹
𝜎= (1)
𝐴
𝛿
𝜀= (2)
𝐿0
Onde:
𝜎: Tensão normal [Pa];
𝐹: Força [N];
𝐴: Área da seção transversal [m²];
𝜀: Deformação [adimensional];
𝛿: Alongamento [mm];
𝐿0 : Comprimento útil inicial [mm].
Com base nos valores calculados, foi obtido o diagrama de tensão por deformação (σ -
ε), conforme apresentado na Figura 2.
400
350
300
Tensão (MPa)
250
200
150
100
50
0
-10.00% -500.00% 10.00% 20.00% 30.00% 40.00%
Deformação - ε
𝜎
𝐸= (3)
𝜀
Onde:
𝐸: Módulo de elasticidade [Pa]
169,3 × 106
𝐸= [𝑃𝑎] = 167,7 𝐺𝑃𝑎
0,00100908
300
250
200
Tensão (MPa)
169,3
150
100
50
0
-0.05% 0.00% 0.05% 0.10% 0.15% 0.20% 0.25% 0.30% 0.35%
Deformação - ε
Hibbleler (2004) afirma ainda que, no caso dos aços, esses limites são muitos próximos
e, portanto, difíceis de serem determinados. Uma alternativa descrita por Souza (1982) permite
determinar um ponto na curva de σ - ε denominado limite elástico aparente, segundo o qual
pode ser atribuído ao limite elástico bem como ao limite de proporcionalidade. Condizente com
tais afirmações, calculou-se o limite de proporcionalidade e o limite elástico determinando
simplesmente o limite elástico aparente.
300
F E N D
250
P
200
Tensão (MPa)
M
150
100
50
0
O 0,1750% 0,2625%
-0.05% 0.00% 0.05% 0.10% 0.15% 0.20% 0.25% 0.30% 0.35%
Deformação (ε)
350
300
273,7
268,3
250
Tensão (MPa)
200
150
100
50
0
-1.00% 0.00% 1.00% 2.00% 3.00% 4.00% 5.00% 6.00% 7.00%
Deformação - ε
“Uma vez que a tensão é aplicada gradualmente, o trabalho exercido para tensionar até
o limite de proporcionalidade é igual a tensão média multiplicada pela deformação, εp, causada”
(Souza, 1982). Portanto, seu cálculo pode ser determinado pela equação (4).
𝜎𝑝
𝑈𝑟 = ∙𝜀 (4)
2 𝑝
Onde:
𝑈𝑟 : Módulo de resiliência;
𝜎𝑝 : Tensão de proporcionalidade;
𝜀𝑝 : Deformação gerada no limite de proporcionalidade.
𝜎𝑝 2
𝑈𝑟 = (5)
2
4.5. Módulo de tenacidade
Por outro lado, a capacidade de absorver energia dentro da zona plástica é, segundo
Souza (1982), definido como tenacidade, e é medida pelo módulo de tenacidade, que
corresponde a quantidade de energia absorvida por unidade de volume no ensaio de tração até
a fratura. A equação (6) fornece um modo aproximado para o cálculo do módulo de tenacidade.
𝜎𝑒 + 𝜎𝑟
𝑈𝑇 = ∙ 𝜀𝑓 (6)
2
Onde:
𝑈𝑇 : Módulo de tenacidade [Pa];
𝜎𝑒 : Tensão de escoamento [Pa];
𝜎𝑟 : Tensão de ruptura [Pa];
𝜀𝑓 : Deformação sofrida até a ruptura [adimensional].
5. CONCLUSÃO
A partir dos dados gerados no ensaio de tração, foi possível obter o diagrama 𝜎 – 𝜀 por
meio do qual verificou-se regiões bem definidas referentes a zona elástica e a zona plástica,
podendo-se identificar nesta última a região de escoamento, a região de endurecimento por
deformação e a região de estricção. Esses padrões identificados na curva do diagrama servem
como referência qualitativa do comportamento mecânico do material, podendo ser utilizados
como um de parâmetro de orientação na seleção de materiais e na definição de processos aos
quais esses serão submetidos, uma vez que fornece uma a percepção imediata da ordem de
grandeza das propriedades do material ensaiado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS