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Livro Eletrônico

Aula 00

Legislação Básica da Educação p/ SEDUC-CE (Professor-todas áreas) Pós-Edital

Professor: Rodrigo Bandeira

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Prof. Rodrigo Bandeira
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Aula 00
Sumário
Considerações iniciais ........................................................................................................ 1
Apresentação pessoal ........................................................................................................ 2
Apresentação do Curso ...................................................................................................... 4
Apresentação da Didática de Ensino .................................................................................. 4
Apresentação da Aula 00 ................................................................................................... 6

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Olá, seja bem-vindo (a) à aula 00 do Curso de Legislação Básica da Educação p/ Seduc-CE
(Professor todas áreas) Pós-Edital.

Não deixe de acompanhar as novidades no canal do aluno, por meio das minhas respostas
no fórum de dúvidas e dos meus possíveis recados gerais com importantes dicas complementares,
até a data da prova. Assista também todas as videoaulas complementares do curso, que elaboro
sempre que julgo necessário à compreensão de pontos específicos das aulas escritas.

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APRESENTAÇÃO PESSOAL
Sou Rodrigo Bandeira.

Atualmente, ocupo o cargo de analista administrativo da ANEEL e sou Professor/Advogado


voluntário do Núcleo de Práticas Jurídicas da Universidade de Brasília - UnB. Fui Especialista em
financiamento e execução de programas e projetos educacionais do Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (FNDE) - tendo sido o primeiro colocado do concurso público
nacional (CESPE/UnB), em 2013 - e Oficial do Exército Brasileiro, tendo saído da instituição no
posto de Capitão (1999-2013). Possuo Bacharelado (2003) em Ciências Militares (ênfase:
Comunicações) pela Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), Bacharelado em Direito pela
UnB (2015), Mestrado em Direito, Estado e Constituição (UnB, 2017) e sou inscrito na OAB-DF.
Possuo experiência profissional e algumas especializações, cursos e estágios nas áreas: jurídica,
educacional, gestão pública, auditoria pública, (tele) comunicações, energia, defesa nacional e
agropecuária.

A quem interessar visualizar maiores detalhes curriculares, basta acessar o link:

http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K8104672H6

Como alguém que teve toda sua formação escolar e acadêmica em instituições públicas de
ensino do nosso país e que vêm alcançando todas suas conquistas profissionais por meio do
estudo, do sacrifício pessoal e da dedicação profissional, compartilho o entendimento e defendo
que as carreiras educacionais devem ser elencadas ao topo da valorização profissional, como
condição necessária ao desenvolvimento econômico e social do nosso país, bem como pela
necessidade de atração e permanência de excelentes profissionais na área educacional.

Durante boa parte do período que atuei profissionalmente como Oficial do Exército Brasileiro
tive a oportunidade de trabalhar diretamente com a diuturna formação dos jovens que prestam o
serviço militar obrigatório. Esta grande experiência educacional transborda as fronteiras das aulas
de conteúdo cognitivo e adentra na seara dos conflitos humanos, verdadeiro laboratório social, no
qual diariamente surgem inúmeras situações que refletem o atual patamar socioeconômico da
nossa sociedade.

Desta forma, pude perceber, ainda mais, a Educação como instrumento fundamental da
autonomia humana.

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Caso você deseje acompanhar as atualidades relacionadas à Educação, à legislação


educacional e aos concursos públicos:

- Siga meu perfil no Instagram:

prof.rodrigobandeira

- Curta minha página no Facebook:

http://bit.ly/Facebook-RodrigoBandeira

- Inscreva-se no meu canal no Youtube:

http://bit.ly/Youtube-RodrigoBandeira

Observação importante: Além das aulas em PDF, estarei disponível para retirar
dúvidas dos alunos matriculados, por meio do fórum virtual, e, sempre que
entender necessário, disponibilizarei materiais extras aos matriculados,
visando contribuir neste processo de preparação para a prova.

Observação importante II: este curso é protegido por direitos autorais


(copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a
legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Grupos de rateio e
pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores que
elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos
honestamente através do site Estratégia Concursos.

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APRESENTAÇÃO DO CURSO

O objetivo principal deste curso é lhe deixar preparado (a) para resolver as possíveis
questões da prova que exijam o conhecimento das Normas Educacionais que, para fins de
otimização do aprendizado, devem ser compreendidas, desde já, como normas integrantes do
ordenamento jurídico brasileiro exigidas pelo edital de abertura do atual concurso público da
Seduc-CE para todas as áreas dos cargos de Professor.

IMPORTANTE: Este curso não se trata de um curso integralmente desenvolvido em videoaulas,


nas quais eu permaneceria soletrando o texto das normas lecionadas isto não seria eficiente à
memorização do conteúdo textual das normas educacionais, que predominantemente são
exigidas de forma expressa pelas questões de concursos públicos , pelo contrário, as
videoaulas servem como complemento aos pontos das normas educacionais que identifico
sendo necessário uma explanação mais aprofundada do que um mero comentário ao lado do
dispositivo normativo, na aula escrita. No início do curso, são ministradas às normas centrais à
Educação, exigidas pelo edital, de tal forma que no estudo sequencial das demais normas
educacionais o aluno já tenha absorvido inúmeros entendimentos que reduzam a necessidade de
explicações adicionais aos trechos normativos.

APRESENTAÇÃO DA DIDÁTICA DE ENSINO

Faço uso de recursos visuais nas aulas (realinhamento esquemático do texto, quadros
esquemáticos, cores nas letras, além dos tradicionais itálico, negrito e sublinhado) ao esquematizar
o texto das normas em estudo, visando facilitar a compreensão e aumentar a absorção do
conteúdo mais relevante.
Cumpre alertar que, nas questões de provas sobre a legislação educacional, as bancas de
concursos públicos costumam exigir, predominantemente, o conhecimento literal de trechos das
normas educacionais exigidas pelo edital do certame.
Busque fixar, especialmente, os trechos da norma que destaco com recursos visuais.
A memória visual será muito importante para você relembrar no dia da prova os trechos das
normas educacionais, que, muito provavelmente, serão exigidos de forma quase literal pela banca.
Neste sentido, meus cursos são predominantemente escritos e as videoaulas possuem
caráter complementar aos trechos das normas educacionais estudadas que realmente exigem uma
complementação didática, por serem mais corriqueiros em questões, ou por minha intuição

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docente indicar que a mera leitura de certo trecho normativo não seja capaz de fazer compreender
o que pode ser cobrado pela banca de forma literal.
Os concursos educacionais costumam exigir corriqueiramente algumas normas educacionais

correspondentes.
Desta forma, desde já, solicito a sua compreensão em eventuais atrasos de cronograma,
seja relativo à publicação da aula escrita ou à postagem das videoaulas que eu for vincular nestas
aulas. Por fim, convém ressaltar que permaneço sempre à disposição para a retirada de dúvidas
pelo fórum destinado aos alunos do curso, no qual você também pode acessar as minhas respostas
às perguntas dos demais alunos.

CONTEÚDO DO CURSO

Aspectos legais e políticos da organização da educação brasileira. Constituição da República


Aula 00 Federativa do Brasil (Art. 205 a 214). Emenda Constitucional nº 53/2006.
Parte 1

Aspectos legais e políticos da organização da educação brasileira. Constituição da República


Aula 01 Federativa do Brasil (Art. 205 a 214). Emenda Constitucional nº 53/2006.
Parte 2

Lei nº 9.394/1996 e alterações (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, títulos I, II, III,IV,
Aula 02 V e VI). Lei nº 11.114/2005. Lei nº 11.274/2006. Lei nº 13.415/2017.
Parte 1

Lei nº 9.394/1996 e alterações (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, títulos I, II, III,IV,
Aula 03 V e VI). Lei nº 11.114/2005. Lei nº 11.274/2006. Lei nº 13.415/2017.
Parte 2

Lei nº 9.394/1996 e alterações (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, títulos I, II, III,IV,
V e VI). Lei nº 11.114/2005. Lei nº 11.274/2006. Lei nº 13.415/2017.
Aula 04
Parte 3

Lei nº 9.394/1996 e alterações (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, títulos I, II, III,IV,
V e VI). Lei nº 11.114/2005. Lei nº 11.274/2006. Lei nº 13.415/2017.
Aula 05
Parte 4

Aula 06 Lei nº 11.494/2007 e alterações - Parte 1

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CONTEÚDO DO CURSO

Aula 07 Lei nº 11.494/2007 e alterações - Parte 2

Aula 08 Lei Federal Nº 13.005/2014 (Plano Nacional de Educação) - Parte 1

Aula 09 Lei Federal Nº 13.005/2014 (Plano Nacional de Educação) - Parte 2

Aula 10 Lei Estadual Nº 16.025/2016 (Plano Estadual de Educação) - Parte 1

Aula 11 Lei Estadual Nº 16.025/2016 (Plano Estadual de Educação) - Parte 2

Aula 12 Estatuto da Criança e do Adolescente Lei nº 8.069/1990 - Parte 1

Aula 13 Estatuto da Criança e do Adolescente Lei nº 8.069/1990 - Parte 2

Aula 14 Estatuto da Criança e do Adolescente Lei nº 8.069/1990 - Parte 3

Aula 15 Estatuto da Criança e do Adolescente Lei nº 8.069/1990 - Parte 4

APRESENTAÇÃO DA AULA 00

Nesta aula, será abordada a 1ª parte dos tópicos Aspectos legais e políticos da organização
da educação brasileira , Constituição da República Federativa do Brasil (Art. 205 a 214) e
Emenda Constitucional nº 53/2006 relacionados às normas educacionais e contidos nos
Conhecimentos Básicos para todas as áreas do cargo de Professor.

Mantenha a determinação na luta por seus sonhos. Tenha a certeza de que o êxito chega
aos que não desistem.

Forte abraço e bons estudos!

A persistência realiza o impossível.


Provérbio Chinês

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Padronização de siglas:
- União, Estados, Distrito Federal e Municípios, respectivamente: U, E, DF e M
- Emenda constitucional: EC
- Constituição Federal de 1988: CF/88
- Lei n° 9.394/1996 Lei de Diretrizes e Bases da Educação: LDB
- Lei n° 8.069/1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente: ECA
- Código Penal: CP

*Não se preocupe em decorar datas, números de leis e de dispositivos, fixe o conteúdo.

Quanto ao tópico Aspectos legais e políticos da


organização da educação brasileira , assista a
videoaula denominada Ambientação às Normas
Educacionais , atrelada a esta aula 00.

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Após estas importantes considerações iniciais, “mãos e mente à obra”.

Vamos juntos nesta missão?

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988


(ARTIGO N° 205 AO N° 214)

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988

DA EDUCAÇÃO

Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família,

será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade,

visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da


cidadania e sua qualificação para o trabalho.

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Perceba o caráter amplo que a CF/88 estabelece ao significado de Educação, sendo direito de
todos, com dever de prestação pelo Estado e pela Família, contando com a colaboração da
sociedade (ah se todos lessem a CF/88! ), visando ao pleno desenvolvimento da pessoa (deve
englobar as capacidades cognitivas, psicomotoras e emocionais; fatores sociais, culturais,
religiosos,...), ao exercício da cidadania (requerente de capacidade crítica e de conhecimento
dos direitos e deveres) e à qualificação para o trabalho.

A educação está inserida na CF/88 no capítulo dos direitos sociais, reconhecidos pela doutrina
Constitucional como direitos fundamentais de segunda dimensão, introduzidos no ordenamento
jurídico brasileiro a partir da socialização dos direitos civis, notadamente influenciada pelas
Constituições Mexicana (1917) e Alemã (1919 - conhecida como Constituição de Weimar).

CF/88
DOS DIREITOS SOCIAIS

Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o
lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados, na forma desta Constituição. (Redação dada pela EC nº 90, de 2015)

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:

IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades
vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene,
transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo
vedada sua vinculação para qualquer fim;

XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em
creches e pré-escolas;

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Perceba a importância dada ao Ensino e à Educação pela Declaração Universal dos Direitos
Humanos - DUDH, proclamada em 1948, após as barbáries da 2ª Guerra Mundial:
(...)
D H
como ideal comum a atingir por todos os povos e todas as nações, a fim de que todos os
indivíduos e todos os órgãos da sociedade, tendo-a constantemente no espírito, se
esforcem, pelo ensino e pela educação, por envolver o respeito desses direitos e
liberdades e por promover, por medidas progressivas de ordem nacional e internacional,

*A DUDH é tida como o documento mais traduzido do mundo mais de 360 idiomas e
inspirou as Constituições de muitos Estados e democracias recentes.

Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o


saber;

III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de


instituições públicas e privadas de ensino;

IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

STF - Súmula Vinculante 12


A taxa de matrícula nas universidades públicas viola o
IV CF

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Por pertinência temática, convém trazer este outro dispositivo da CF/88, neste momento:

TÍTULO IX
Das Disposições Constitucionais Gerais

Art. 242. O princípio do art. 206, IV, não se aplica às instituições educacionais oficiais criadas por lei
estadual ou municipal e existentes na data da promulgação desta Constituição, que não sejam total ou
preponderantemente mantidas com recursos públicos.

§ 1º O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes culturas e


etnias para a formação do povo brasileiro.

§ 2º O Colégio Pedro II, localizado na cidade do Rio de Janeiro, será mantido na órbita federal.

V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da


lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de
provas e títulos, aos das redes públicas;

VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei;

VII - garantia de padrão de qualidade.

VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação


escolar pública, nos termos de lei federal.

Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores

considerados profissionais da educação básica

e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou adequação de seus planos de carreira,


no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

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Art. 207. As universidades

gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial,

e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.

STF (RE 362.074-AgR):


"A transferência de alunos entre universidades congêneres é instituto que integra o sistema geral de
ensino, não transgredindo a autonomia universitária, e é disciplina a ser realizada de modo
abrangente, não em vista de cada uma das universidades existentes no País, como decorreria da
conclusão sobre tratar-se de questão própria ao estatuto de cada qual.

SIMPLIFICANDO: a alegação da autonomia constitucional das universidades é insuficiente para a não


aceitação de alunos transferidos entre universidades congêneres.

Universidades congêneres:
- Universidade de origem e Universidade de destino do aluno, ambas Públicas, independentemente se
pertencentes a U, E, DF, M.

- Universidade de origem e Universidade de destino do aluno, ambas Privadas.

§ 1º É facultado às universidades

admitir professores, técnicos e cientistas estrangeiros, na forma da lei.

§ 2º O disposto neste artigo aplica-se às instituições de pesquisa científica e


tecnológica.

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Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:

I - educação básica obrigatória e gratuita

dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade,

assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na
idade própria;

Este dispositivo costuma ser muito cobrado em provas.

A EC n° 59/2009, alterou o conteúdo do art. 208, I da CF/88, que passou a prever a obrigatoriedade da Educação
Básica dos 4 aos 17 anos, tornando obrigatória a Educação Escolar a partir da pré-escola de 4 a 5 anos de
idade, Educação Infantil (LDB, art. 30, II) até os 17 anos de idade, que regularmente é a idade de término do
ensino médio.

Tal mudança positiva gerou, naturalmente, necessidade de adaptação aos sistemas de ensino, desta forma, a EC
n° 59/2009 trouxe a seguinte regra de transição:

EC A O disposto no inciso I do art. 208 da Constituição Federal deverá ser implementado


progressivamente, até 2016, nos termos do Plano Nacional de Educação, com apoio técnico e financeiro da
U

Ver quadro esquemático mais abaixo, junto ao art. 211, §3°

II - progressiva universalização do ensino médio gratuito;

III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,


preferencialmente na rede regular de ensino;

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A CF e a LDB visam à integração dos alunos especiais nas classes comuns


do ensino regular, permitindo apenas excepcionalmente classes, escolas e
serviços especializados o atendimento educacional será feito em classes,
escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições
específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes
comuns de ensino regular LDB .

IV - educação infantil, em creche e pré-escola,

às crianças até 5 (cinco) anos de idade;

*Ver quadro esquemático mais abaixo, junto ao art. 211, §3°

V - acesso aos níveis mais elevados

do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um;

VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;

VII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica,

por meio de programas suplementares

de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.

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§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.

Direito público subjetivo sinteticamente, pode ser entendido como um direito


atribuído aos indivíduos, por meio de uma norma legitimamente reconhecida pela
sociedade e pelo Estado, garantindo-lhes o exercício de determinada conduta (neste
caso, o acesso ao ensino obrigatório e gratuito), com a faculdade de se demandar o
Estado judicialmente pela não oferta dos meios para satisfação deste direito.

§ 2º O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público,

ou sua oferta irregular,

importa responsabilidade da autoridade competente.

§ 3º Compete ao Poder Público

recensear os educandos no ensino fundamental,

fazer-lhes a chamada e zelar,

junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à escola.

Art. 209. O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições:

I - cumprimento das normas gerais da educação nacional;

II - autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público.

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STF (ADI 1.266):

"Os serviços de educação, seja os prestados pelo Estado, seja os prestados por particulares,
configuram serviço público não privativo, podendo ser prestados pelo setor privado (...).
Tratando-se de serviço público, incumbe às entidades educacionais particulares, na sua
prestação, rigorosamente acatar as normas gerais de educação nacional e as dispostas pelo
Estado-membro, no exercício de competência legislativa suplementar (§ 2º do art. 24 da
Constituição do Brasil)."

PERCEBA: as entidades educacionais particulares por prestarem serviço público não


privativo devem obedecer às normas gerais de educação nacional, emitidas pelas
autoridades educacionais competentes do Governo Federal, bem como às normas emitidas
pelas autoridades educacionais competentes do Governo Estadual/Distrital, ao qual esteja
vinculado o estabelecimento de ensino.

CONDIÇÕES IMPOSTAS PELA LDB PARA O FUNCIONAMENTO DAS ENTIDADES EDUCACIONAIS


PARTICULARES

LDB, Art. 7º O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições:

I - cumprimento das normas gerais da educação nacional e do respectivo sistema de


ensino;

II - autorização de funcionamento e avaliação de qualidade pelo Poder Público;

III - capacidade de autofinanciamento, ressalvado o previsto no art. 213 da


Constituição Federal.

Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental,

de maneira a assegurar formação básica comum

e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais.

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§ 1º O ensino religioso, de matrícula facultativa,

constituirá disciplina dos horários normais

das escolas públicas de ensino fundamental.

Ensino Religioso (tema sensível)

O Brasil, como um Estado laico também conhecido como Estado secular , deve ser oficialmente imparcial às
crenças religiosas, cabendo aos entes federativos (U, E , DF, M) apenas manterem relações de respeito institucional com
todas as religiões.

CF É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter


com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a
colaboração de interesse público

Neste sentido, a CF/88 traz o seguinte Direito Fundamental:

art. 5°, VI é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos
religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias

Ao Estado brasileiro nada deve importar institucionalmente a crença ou descrença dos seus cidadãos em
religiões, todavia, estas constituem valores culturais indissociáveis da sociedade, logo o ensino religioso, de MATRÍCULA
FACULTATIVA, constitui disciplina das escolas públicas de ensino fundamental.

* Continua no próximo quadro...

Legislação Básica da Educação p/ Seduc-CE 17


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Continuando...

NOVIDADE IMPORTANTE

Em 27/09/2017, o Supremo Tribunal Federal STF julgou improcedente a Ação


Direta de Inconstitucionalidade - ADI n° 4439, na qual a Procuradoria-Geral da República - PGR questionava o modelo de
ensino religioso nas escolas da rede pública de ensino do país.
Nesta ação, a PGR exigia a proibição de admissão de professores ao ensino religioso da rede pública de ensino
que fossem representantes de religiões específicas (confissões religiosas), em função do Brasil ser um Estado laico,
conforme acima explicado.
A ação atacava, em particular, o art. 11 do acordo firmado entre a República Federativa do Brasil e a Santa Sé
(Igreja Católica), promulgado por meio do Decreto presidencial n° 7.107/2010:
Artigo 11 - A República Federativa do Brasil, em observância ao direito de liberdade religiosa, da diversidade cultural e da
pluralidade confessional do País, respeita a importância do ensino religioso em vista da formação integral da pessoa.

§1º. O ensino religioso, católico e de outras confissões religiosas, de matrícula facultativa, constitui disciplina dos
horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do
Brasil, em conformidade com a Constituição e as outras leis vigentes, sem qualquer forma de discriminação.

Segundo trecho da redação da petição inicial protocolada pela PGR:


A ou ecumênico, pois
este, ainda que não voltado à promoção de uma confissão específica, tem por propósito inculcar nos alunos
princípios e valores religiosos partilhados pela maioria, com prejuízo das visões ateístas, agnósticas, ou de
religiões com menor poder na esfera sócio-
Todavia, no julgamento da ADI n° STF 4439, pelos Ministros do STF, sinteticamente, predominou o
entendimento de que o ensino religioso pode ser ministrado por representantes de religiões específicas, em função da
matrícula ser facultativa, respeitada a representação de todas religiões (no meu sentir, algo utópico, pra não dizer quase
impossível).
O STF possui 11 ministros e esta decisão foi decidida por 6x5, no placar de votos, algo que sugere o potencial de
revisão futura deste posicionamento polêmico.
Ao meu ver, a decisão que prevaleceu não se alinha com o fundamento laico da Constituição Federal de 1988 e
adentra numa seara delicada e conflituosa.
Sugiro um exercício mental: você consegue visualizar a aceitação social de uma disciplina ofertada por um

Acredito que não e, por tal motivo, existe na redação do caput do art. 33 da LDB (sugiro a leitura) o termo
vedadas quaisquer formas de proselitismo , para que o ensino religioso público não se torne em meio difusório de
religiões específicas.
Na minha leitura jurídica do texto constitucional e da LDB, o ensino religioso deveria, tão somente, abordar,
generalizadamente, os aspectos históricos, sociais e doutrinários das distintas religiões, bem como das posições não
religiosas, tal como o ateísmo.
Legislação Básica da Educação p/ Seduc-CE 18
Para a prova, memorize o texto do art. 33 da LDB e o entendimento vencedor no STF.
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§ 2º O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa,

assegurada às comunidades indígenas também a utilização

de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem.

Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios

organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino.

§ 1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios,

financiará as instituições de ensino públicas federais

e exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva,

de forma a garantir equalização de oportunidades educacionais

e padrão mínimo de qualidade do ensino

mediante assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e


aos Municípios;

§ 2º Os Municípios atuarão prioritariamente

no ensino fundamental e na educação infantil.

§ 3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente

no ensino fundamental e médio.

IMPORTANTÍSSIMO: prioritariamente não se confunde com exclusivamente.

*Ver os comentários na última linha do quadro seguinte.

Legislação Básica da Educação p/ Seduc-CE 19


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CF/88 e Lei n° 9.394/1996(LDB)

NÍVEIS ESCOLARES ou
NÍVEIS DE ENSINO DA
EDUCAÇÃO ESCOLAR
Educação
Creches ou
Infantil entidades Até 3 anos de idade
equivalentes
1ª etapa da Educação
Básica

Atuação
Pré-escolas de 4 a 5 anos de idade
prioritária:
M
Educação Básica
Ensino
Fundamental
* obrigatória e gratuita
dos 4 aos 17 anos de idade, 2ª etapa da Educação Duração de 9 anos, iniciando-se aos 6 anos de
assegurada inclusive sua oferta Básica idade
gratuita para todos os que a ela não
tiveram acesso na idade própria Atuação
prioritária:
M, E, DF
* A educação básica pública atenderá
prioritariamente ao ensino regular.
Ensino Médio
3ª etapa da Educação
Básica Duração mínima de 3 anos

Atuação
prioritária:
E, DF

Educação Superior

IMPORTANTÍSSIMO: prioritariamente não se confunde com exclusivamente.

U, E DF, M – podem atuar em qualquer nível escolar, por exemplo, um Município pode possuir
Universidades, em sua rede de ensino, tal como ocorre com a Universidade Municipal de São Caetano do Sul
(USCS) e com a Universidade de Taubaté (Unitau). Todavia, o Município deve priorizar seus recursos educacionais
à Educação Infantil e ao Ensino Fundamental. Não pode um Município manter adequadamente uma Universidade
e alegar falta de recursos ao ensino fundamental. Porém, as Universidades mantidas pelos Municípios
pertencem ao sistema de ensino Estadual respectivo (atenção! Tem questões sobre isso). Para melhor
compreensão, estude os arts, 16, 17 e 18 da LDB.

CUIDADO: conforme determina o ADCT, art. 60, IV, tratando-se dos recursos recebidos via FUNDEB, os
Estados e Municípios os devem aplicar obrigatoriamente nos respectivos âmbitos de atuação
prioritária (Municípios -> ensino fundamental e educação infantil; Estados -> ensino fundamental e médio).
Ressalta-se que o Distrito Federal, por não se dividir em Municípios, acumula estas atuações
prioritárias, embora seja mal redigida esta lógica no texto do art. 211, §1° e §2°.

Legislação Básica da Educação p/ Seduc-CE 20


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MODALIDADES DE ENSINO
OU
MODALIDADES DE EDUCAÇÃO

Estas são as previstas explicitamente como Modalidades


de Ensino ou de Educação pelo Título V da Lei n° 9.394/1996 – LDB.

- destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de


Educação de Jovens e estudos no ensino fundamental e médio na idade própria
Adultos (EJA)
- cursos e exames supletivos

- no cumprimento dos objetivos da educação nacional, integra-se


aos diferentes níveis e modalidades de educação e às
dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia

- abrange os seguintes cursos:

I – de formação inicial e continuada ou qualificação


profissional
Educação Profissional
e Tecnologica II – de educação profissional técnica de nível médio

III – de educação profissional tecnológica de graduação e


pós-graduação

- será desenvolvida em articulação com o ensino regular ou por


diferentes estratégias de educação continuada, em instituições
especializadas ou no ambiente de trabalho.

- oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para


educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento
e altas habilidades ou superdotação, de forma transversal a todos
os níveis, etapas e modalidades.

- haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado,


na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de
educação especial.
Educação Especial
- o atendimento educacional será feito em classes, escolas ou
serviços especializados, sempre que, em função das condições
específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas
classes comuns de ensino regular.

- a oferta de educação especial, dever constitucional do


Estado, tem início na faixa etária de zero a seis anos, durante a
educação infantil.

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MODALIDADES DE ENSINO
OU
MODALIDADES DE EDUCAÇÃO

Estas são as previstas explicitamente como Modalidades de


Educação Básica pelas Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a
Educação Básica (Resolução CNE/CEB n° 4, de 13/06/2010)

Educação de
Modalidade também prevista pela LDB, logo ver as
Jovens e Adultos
características no quadro anterior
(EJA)

Educação
Modalidade também prevista pela LDB, logo ver as
Profissional e
características no quadro anterior
Tecnologica

Modalidade também prevista pela LDB, logo ver as


Educação Especial
características no quadro anterior

Educação a
distância O Poder Público deve incentivar o desenvolvimento e a veiculação de
*não prevista como programas de ensino a distância, em todos os níveis e
Modalidade de Ensino modalidades de ensino, e de educação continuada.
ou de Educação pelo
Título V da LDB

- os sistemas de ensino promoverão as adaptações necessárias à


sua adequação às peculiaridades da vida rural e de cada região,
especialmente:

I - conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às


Educação Básica reais necessidades e interesses dos alunos da zona rural;
do campo
*não prevista como II - organização escolar própria, incluindo adequação do
Modalidade de Ensino calendário escolar às fases do ciclo agrícola e às
ou de Educação pelo condições climáticas;
Título V da LDB
III - adequação à natureza do trabalho na zona rural.

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- O fechamento de escolas do campo será precedido de


manifestação do órgão normativo do respectivo sistema de ensino,
que considerará a justificativa apresentada pela Secretaria de
Educação, a análise do diagnóstico do impacto da ação e a
manifestação da comunidade escolar.

- O Sistema de Ensino da União, com a


colaboração das agências federais de
fomento à cultura e de assistência aos
índios, desenvolverá programas
integrados de ensino e pesquisa, para
oferta de educação escolar bilíngue e É obrigatório o estudo
intercultural aos povos indígenas. da história e cultura
afro-brasileira e
==0==

- É assegurada na Educação Escolar às indígena, nos


estabelecimentos de
comunidades indígenas: a utilização de
Educação Escolar ensino fundamental e
suas línguas maternas, processos de ensino médio,
Indígena próprios de aprendizagem, currículos públicos e privados, que
*não prevista como e programas específicos - com os deverá incluir os diversos
Modalidade de Ensino
conteúdos culturais correspondentes às aspectos da história e da
ou de Educação pelo
respectivas comunidades -, e material cultura que caracterizam
Título V da LDB
didático específico e diferenciado. a formação da
população brasileira, a
- O fechamento de escolas indígenas partir desses dois grupos
será precedido de manifestação do órgão étnicos, tais como o estudo
da história da África e
normativo do respectivo sistema de
dos africanos, a luta dos
ensino, que considerará a justificativa negros e dos povos
apresentada pela Secretaria de Educação, indígenas no Brasil, a
a análise do diagnóstico do impacto da cultura negra e indígena
ação e a manifestação da comunidade brasileira e o negro e o
escolar. índio na formação da
sociedade nacional,
resgatando as suas
- É desenvolvida em unidades educacionais contribuições nas áreas
inscritas em terras e cultura quilombola, social, econômica e
requerendo pedagogia própria em respeito à política, pertinentes à
especificidade étnico-cultural de cada história do Brasil.
Educação Escolar comunidade e formação específica de seu
Quilombola quadro docente.
*não prevista
como Modalidade - O fechamento de escolas quilombolas
de Ensino ou de será precedido de manifestação do órgão
normativo do respectivo sistema de ensino,
Educação pelo que considerará a justificativa apresentada
Título V da LDB pela Secretaria de Educação, a análise do
diagnóstico do impacto da ação e a
manifestação da comunidade escolar.

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A seguir, as competências legislativas PRIVATIVA (U art. 22) e CONCORRENTE (U, E, DF art. 24), bem como a
competência COMUM (U, E, DF, M - art. 23), relacionadas à Educação.

PERCEBA: os arts. 22 e 24 indicam as unidades federativas que devem legislar sobre os temas indicados:

Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:


XXIV - diretrizes e bases da educação nacional;
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste
artigo.

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:

IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação; (Redação dada pela EC nº 85, de
2015)

§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.

§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.

§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas
peculiaridades.

§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.

PERCEBA: o art. 23 trata da competência material comum a todas as unidades federativas (U, E, DF, M):

Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:

V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à inovação; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 85, de 2015)

XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.

PERCEBA: A competência legislativa privativa (U) ou concorrente (U, E, DF) relaciona-se, por óbvio, à edição de normas legais.
A competência comum (U, E, DF, M), também chamada de competência material comum, relaciona-se à execução das políticas
públicas.

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Art. 30. Compete aos Municípios:

VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado,

Art. 211 (...)

§ 4º Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os Estados, o Distrito Federal


e os Municípios definirão

formas de colaboração,

de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório.

§ 5º A educação básica pública

atenderá prioritariamente ao ensino regular.

Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito,

e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo,

da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na


manutenção e desenvolvimento do ensino.

§ 1º A parcela da arrecadação de impostos transferida

pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios,

ou pelos Estados aos respectivos Municípios,

não é considerada, para efeito do cálculo previsto neste artigo,


receita do governo que a transferir.

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Clássica questão de prova:

Os Impostos não se confundem com Tributos. Muitas questões trocam estes termos para confundir o
candidato.

Para fixação:
Depois de exacerbadas disputas judiciais, logo após a promulgação da CF/88, a respeito das inovações
constitucionais no plano tributário, o STF (Recurso Extraordinário 146.733-9/SP, de 29/06/1992) adotou a
Teoria pentapartite cinco espécies ou modalidades tributárias em nosso sistema
jurídico, são elas: os Impostos, as Taxas, as Contribuições de Melhoria, os Empréstimos Compulsórios e as
Contribuições.
T I T
outros vocábulos desta natureza.

PODE CAIR NA PROVA!

Aplicação MÍNIMA ANUAL da receita resultante de IMPOSTOS —


compreendida a proveniente de transferências (oriundas da
arrecadação de Impostos) — na manutenção e desenvolvimento do
ensino.

*Transferências – A CF/88 possui uma seção destinada à REPARTIÇÃO DAS


RECEITAS TRIBUTÁRIAS (ao art. 157 ao 162), onde define as regras de rateio
destas receitas. Cabe ao ente federativo (U, E, DF, M) responsável pela
arrecadação de cada tributo o repartir dentre os demais entes federativos, na
forma determinada pela CF/88.

U 18%
E, DF, M 25%

Legislação Básica da Educação p/ Seduc-CE 26


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Intervenção entre os entes federativos (U, E, DF e M)

PERCEBA: Os entes federativos são autônomos entre si, logo a CF/88 (arts. 34 e 35) trata das hipóteses excepcionais de
Intervenção entre os entes federativos:

Como regra útil para possíveis questões, guarde que:

- a União somente pode intervir nos Estados e DF, assim como nos Municípios localizados em Territórios
Federais;
- os Estados somente podem intervir nos seus Municípios; e
- os Municípios não intervêm em nenhum outro ente federativo.

Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:

VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:

e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente


de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.

Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto
quando:

Por pertinência temática, convém trazer este outro dispositivo da CF/88, neste momento:

Art. 167. São vedados:


- a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da
IV (...)
Art. 212
arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços
públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração
tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às
operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste
Legislação Básica da Educação p/ Seduc-CE
artigo; 27
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§ 2º Para efeito do cumprimento do disposto no "caput" deste artigo, serão


considerados os sistemas de ensino federal, estadual e municipal e os recursos
aplicados na forma do art. 213.

§ 3º A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao atendimento


das necessidades do ensino obrigatório,

no que se refere a universalização, garantia de padrão de qualidade e


equidade, nos termos do plano nacional de educação.

§ 4º Os programas suplementares de alimentação e assistência à saúde previstos


no art. 208, VII, serão financiados com recursos provenientes de contribuições sociais e
outros recursos orçamentários.

Relembrando (quadro explicativo logo após o art. 212, §1°):

As contribuições sociais se enquadram dentre as Contribuições, que são espécie ou modalidade tributária.
Cuidado com as questões que troquem o termo C “ T I isquer
outros vocábulos desta natureza.

§ 5º educação básica pública terá como fonte adicional de


A
financiamento a contribuição social do salário-educação, recolhida pelas
empresas na forma da lei.

§ 6º As cotas estaduais e municipais da arrecadação da contribuição


social do salário-educação

serão distribuídas proporcionalmente

ao número de alunos matriculados na educação básica nas respectivas


redes públicas de ensino.

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Este tributo (contribuição social do salário-educação) é arrecadado pela União, por meio da Receita Federal,
sendo posteriormente distribuído entre U, E, DF e M.
As cotas dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal (não mencionado, mas é evidentemente incluso) são
distribuídas na forma indicada.

Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas,

podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei,


que:

I - comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em


educação;

II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária,


filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no caso de encerramento de
suas atividades.

§ 1º - Os recursos de que trata este artigo poderão


ser destinados a bolsas de estudo para o ensino fundamental e médio,
na forma da lei, para os que demonstrarem insuficiência de recursos,

quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede pública na


localidade da residência do educando,

ficando o Poder Público obrigado a investir prioritariamente na expansão de


sua rede na localidade.

Embora o texto constitucional coloque como possibilidade


estudo com recursos públicos para o ensino fundamental e médio fornecido pela rede de ensino
privada, configurada a hipótese do art. 213, §1°, o titular do direito público subjetivo à educação
obrigatória e gratuita, desprovido de recursos, pode vir a exigir judicialmente o pagamento da bolsa de
estudo, em função da falta de vagas e cursos regulares na rede pública, na localidade em que reside.

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§ 2º As atividades de pesquisa, de extensão e de estímulo e fomento à inovação

realizadas por

universidades e/ou por instituições de educação profissional e tecnológica

poderão receber apoio financeiro do Poder Público. (Redação dada pela EC nº 85, de
2015)

Art. 214. A lei estabelecerá

o plano nacional de educação, de duração decenal,

com o objetivo de articular


o sistema nacional de educação em regime de colaboração

e definir

diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação

para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em seus diversos


níveis, etapas e modalidades

por meio de ações integradas dos poderes públicos das diferentes esferas
federativas que conduzam a:

Sistema Nacional de Educação REGIME DE COLABORAÇÃO


entre: U, E, DF, M.

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I - erradicação do analfabetismo;

II - universalização do atendimento escolar;

III - melhoria da qualidade do ensino;

IV - formação para o trabalho;

V - promoção humanística, científica e tecnológica do País.

VI - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como


proporção do produto interno bruto.

CUIDADO! Este tema pode render uma boa discursiva. Guarde estas informações.

PERCEBA: A tão comentada meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do Produto Interno
Bruto - PIB consta na CF/88, desde a promulgação da EC 59/2009, que deu esta redação ao art. 214, VI.

A meta de aplicação em proporção do PIB deve ser implementada por meio do Plano Nacional de Educação PNE.

Neste sentido, a Lei nº 13.005/2014 que aprovou o PNE 2014-2014 trouxe os seguintes comandos legais:

Art. 2° São diretrizes do PNE:

VIII - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do Produto Interno
Bruto - PIB, que assegure atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade;
(...)
ANEXO
METAS E ESTRATÉGIAS
Meta 20: ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7%
(sete por cento) do Produto Interno Bruto - PIB do País no 5° (quinto) ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o
equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio

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Na aula 01, comentarei questões sobre o


conteúdo desta aula 00.

Aguardo-lhe na próxima aula.

Bons estudos!

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buscar seu último limite e dar o melhor de si”.
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