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Ética e

Psicologia: por
uma demarcação
filosófica
Carlos Roberto Drawin
Professor do Depto. de Filosofia da Universidade
Federal de Minas Gerais

V
ai-se tornando uma obser- ao menos, repensar nossa identidade cio para a obtenção de sua aceitação
vação banal para grande em dissolução. Este é o necessário tra- acadêmica. Assim, associa-se frequen-
parte de nossa jovem co- balho prévio para qualquer redefini- temente o sociólogo às técnicas de
munidade p r o f i s s i o n a l , ção formal e jurídica de nosso perfil pesquisa de opinião e aos métodos
embora não desprovida de certo ma- profissional que não queira se perder estatísticos e o psicólogo à aplicação
tiz dramático, a constatação da crise no mero artificialismo normativo. As de testes. Ora, as técnicas psicológicas
na qual a Psicologia se vê mergulha- instituições ligadas à Psicologia, en- surgiram, em muitos casos, através da
da. A magnitude dos desafios e a ur- quanto categoria profissional, devem demanda de uma sociedade em pro-
gência das situações embaralham os combater a tentação legalista, porque cesso de acelerada racionalização de
diagnósticos de um impasse que não é inócua, porque é incapaz de ocultar seu processo produtivo e que necessi-
pode ser circunstancializado ou mini- a efervescência conflitiva de nossa tava de instrumentos científicos que
mizado, porque atravessa todo um atuação. justificassem a eclusão ou hierarqui-
espectro de problemas que se interli- É neste horizonte de compreen- zação de grupos no interior deste pro-
gam e se reforçam: do crônico desem- são que este artigo se pretende uma cesso. (Tort, 1976). O que agrupava
prego à precariedade dos cursos de intervenção filosófica, estruturando- tais técnicas sob a rubrica "Psicolo-
formação, do caos teórico à fatuidade se nos limites destas duas coordena- gia" era, antes, a exigência ideológica
prática. das: não se trata de uma reflexão de legitimação científica do que a sua
Instala- se na Psicologia uma cri- acabada, mas exprime a urgência de própria consistência teórica. Assim,
se de identidade que a fragmenta num uma intervenção e visa não a tecnici¬ ao sabor destas exigências ideológicas
plural que mal se pode ocultar sob a dade de um problema determinado, flutuantes, a Psicologia herdou um
designação de espaço psi. Não se tra- mas a explicitação de alguns pressu- conjunto disparatado de procedimen-
ta aqui da saudável pluralidade da postos da discussão. tos, uma infinidade de técnicas hete-
diferença, que é sinal de riqueza con- Consideramos que a problemáti- rogêneas em sua operacionalidade e,
ceitual, mas de uma perigosa atomi- ca ética da Psicologia hão pode ser mesmo, antagônicas em seus objeti¬
zação, sintoma da incomunicabilida- tomada isoladamente, mas que preci- vos. A Psicologia — neste aspecto —
de de posições que se fecham em seus sa ser situada no contexto mais amplo foi obrigada a se inscrever imediata-
guetos teóricos. (Drawin, 1983). desta crise de identidade a que aludi- mente como tecnologia, sem contar
A complexidade da questão e o mos acima. Para simplificar esta con- com a longa gestação de uma ativida¬
mal-estar que frequentemente acarre- textualização, circunscrevemos três de eminentemente racional. A contra-
ta nas relações dos psicólogos com a níveis — que não são estanques, mas partida desta ausência de lastro teóri-
comunidade e com outros segmentos interagem — de desdobramento desta co é a dissolução do próprio projeto
profissionais não podem servir de crise: tecnológico da Psicologia no tateio
pretexto ao imobilismo, à indiferença cego de um empirismo grosseiro, no
a) No nível técnico: a imagem fetiche da vivência, no carisma da
autocompassiva ou ao lenitivo fácil social de disciplinas como piscologia
das soluções teóricas. Se não existem intuição. As técnicas são geradas pelo
e sociologia está fortemente marcada arbítrio individual, sem que se neces-
soluções prontas e o caminho não é por suas características técnicas. Não
claro, resta-nos a opção do debate e a site recorrer a qualquer referencial co-
sem motivo, porque, sendo ciências mum, criticamente respaldado. (De¬
paciência da procura, como única al- recentes, vêem-se compelidas a exa-
ternativa para tentar reconstituir ou, leule, 1972)
cerbar a sua eíicacidade como artifí-
Daí os riscos que nos rondam: na campo da nova disciplina o seu dog- outras o prestigiado atributo da cien¬
noite do diletantismo, todos os gatos ma metodológico. Assim, ao amadu- tificidade. O estudante perplexo e de-
são pardos e nela tudo torna-se legíti- recimento forçado que a sociedade sencantado aceita a inanidade da in-
mo, uma vez que a eficácia da técnica capitalista impôs à Psicologia, acres- vestigação teórica para, depois de for-
— às vezes já previamente definida centou-se o esquecimento positivista mado, se abismar no laisser-faire da
em função de um objetivo arbitrário dos princípios. Ao generalizar os mé- prática.
— é estabelecida apenas pela avalia- todos das ciências da natureza triun- É preciso, no entanto, repetir e
ção impressionista de quem a propõe. fantes e introjetá-los na Psicologia, deixar claro que o que se tem não é a
Assim, no espectro das psicoterapias, sob a forma de priorização do méto- polêmica, a necessária divergência
tudo é permitido e na polissemia do do sobre o objeto, o positivismo difi- que é o solo fecundo onde o saber
termo terapêutico é impossível detec- cultou enormemente a autoconsciên- viceja, mas, ao contrário, é a incomu-
tar os prováveis efeitos iatrogênicos cia da Psicologia como ciência teóri- nicabilidade intelectual que leva, cedo
dos procedimentos psicoterápicos. ca, isto é, saber dotado de princípios, ou tarde, à passividade, ao acomoda-
b) No nível teórico: o corpo teó- de densidade e autonomia próprias. mento.
rico da Psicologia se constituiu sob (Voegelin, 1979) É questionável a adequação do
dois fogos: por um lado a pressão Amargamos hoje as conseqüên- conceito de paradigma para se com-
social a exigir legitimidade teórica a cias deste processo destrutivo: as teo- preender a atividade científica no âm-
posteriori para os procedimentos que rias psicológicas polarizam-se em bito da Ciências Humanas e pode-se,
engendrava, por outro, a pressão aca- abordagens que,ou se desconhecem, portanto, aceitar como inevitável
dêmica a transpor a priori para o ou se hostilizam, recusando-se uma às uma certa descontinuidade nos pres¬
supostos epistemológicos e, também, ideológica. É na obscuridade — por- isso que é fácil legislar em matéria
antropológicos, que compõem "back- que é um jogo de ocultamento — jurídica — por exemplo, punir os que
ground" axiomático das teorias. Po¬ desses interesses, expectativas e de- exercem irregularmente ou ilegalmen-
de-se mesmo prescrever, contra a rigi- mandas em conflito, que o perfil, que te a profissão — mas a ambiguidade
dez conceitual e metodológica, inca- a imagem do Psicólogo enquanto pro- se instala quando o ato legiferante
paz de dar conta da prática científica fissional vai-se definindo. É neste mo- interfere com o quid do agir profissio-
efetiva, o remédio célebre da anarquia mento que os Códigos de Ética Profis- nal, com sua originalidade irredutível
epistemológica, do "vale tudo" em sional, fortemente marcados pelo ran- — por exemplo, quando se limita a
matéria de conhecimento. (Lakatos, ço corporativista, irão intervir, para legitimidade da relação terapeuta-
1974). zelar pela estabilidade e consolidação cliente. Em função de que referencial
Não é aqui lugar para entrar no da imagem social da profissão. Afi- teórico podemos julgar a legitimidade
intrincado desta discussão da filosofia nal, a estrutura de nosso código é ou não de um procedimento terapêu-
contemporânea da ciência. O que se simples: a partir da definição legal da tico? Como subsumir numa mesma
quer é apenas indicar a esterilidade do profissão, que tem como pressuposto norma abstrata Skinner e Reich, Ro-
decisionismo epistemológico, da op- o seu fundamento científico (cf.: Prin- gers e Lacan?
ção teórica injustificada, satisfeita e cípios Fundamentais), desenvolvem- Muitos Psicólogos que procuram
fechada em si mesma, num contexto se os artigos em duas direções parale- trabalhar esta questão ética são toma-
universitário cronicamente carente de las: a preservação da dignidade do dos por esta perplexidade: a mesma
crítica e de debate. Festejar apressa- cliente e a preservação da dignidade categoria que reivindica a recupera-
damente a anarquia conceituai como do próprio profissional, para concluir ção da imagem social do Psicólogo
sinal de vitalidade seria então festejarna consolidação da imagem social do insurge-se contra qualquer legislação
ingenuamente a estagnação derivada psicólogo, que deve assegurar a inte- que, deixando de ser um conjunto
das ortodoxias em conflito, seria des- gralidade do mercado de trabalho. formal de normas, pretenda ser subs-
conhecer o difícil mas auspicioso diá- Ora, as mazelas de nossa profis- tantiva. Objeta-se, freqüentemente,
logo que começa a se esboçar, no são são tantas e tão óbvias que a que intervir na ação clínica do Psicó-
segundo pós-guerra, entre as corren- sensibilidade da Mídia já começa a logo seria violentar, com uma regula-
tes mais expressivas do pensamento captá-las e caricaturá-las num rico fi- mentação externa, um processo que é
contemporâneo. (Ortiz-Osés, 1976). lão humorístico: a mistificação do sempre único e intransferível. E, de
Longe da nostalgia positivista de uma corpo, o esoterismo, as psicoterapias fato, não haveria aí um desejo de
ciência unitária, trata-se apenas do selvagens, enfim, toda parafernália al- disciplinamento, estranho à própria
preocupado reconhecimento de que, ternativa da nova taumaturgia psi. É intenção liberadora da terapia? Como
onde não há parâmetro, também não neste momento de estilhaçamento da predeterminar o inefável e a fluidez
há comunicação, nem o pluralismo imagem, que o código quer preservar, da relação Eu-Tu? Ou, como conciliar
que lhe é subjacente. O consenso ra- que a pressão aos conselhos começa a a Psicologia, cujo exercício é referido,
cional buscado, mas jamais alcança- se fazer sentir, demandando fiscaliza- em última instância, ao indivíduo em
do, deixa então lugar para a astúcia ção acurada e mais rigorosa punição. sua aspiração de felicidade e auto¬
do esoterismo, o inefável da vivência Acreditamos, no entanto, que esta de- realização, com a Ética, cuja codifica-
e do misticismo fáceis: enigmas apa- manda da categoria seja inútil em ção exprime a necessidade social da
rentes que se resolvem na reprodução grande parte, porque, embora possam ordem? Ora, referir a relação inter-
banal do senso comum. exercer uma função pedagógica rele- pessoal à opacidade das instituições
não significaria perder o espaço tera-
c) No nível prático: aqui a pala- vante de esclarecimento dos profissio- pêutico como lugar, por excelência,
vra prática ganha uma significação nais e da comunidade, os Conselhos da imaginação e do desejo? Mas, por
que a distingue do uso corrente. Aqui são basicamente impotentes, uma vez outro lado, não poderíamos suspei-
prática não se confunde com o mero que a questão ética é apenas tangen- tar, neste projeto de liberação, uma
fazer técnico (Techné), mas se com- cialmente jurídica: a formação de nova mistificação ideológica? A pró-
preende como agir social (Práxis), na uma casuística é necessária mas não é pria relação profissional terapeuta-
sua dupla dimensão ética e política. suficiente. cliente não seria portadora de um sig-
Vê-se, então, que é neste nível, o do Ao desdobrarmos a crise da Psi- no institucional? De uma normativi-
propriamente práxico, que se põe em cologia nestes três níveis, nossa inten- dade que quer se ocultar?
sua especificidade a problemática da ção foi indicar que a questão ética que
ética profissional. Aqui a heterogenei- se manifesta no nível prático atraves- Ora, a complexidade destas in-
dade das técnicas e a incomunicabili- sa, na verdade, toda a extensão da terrogações transcende as pretensões
dade teórica desbordam do mundo problemática psicológica. Em outras modestas deste artigo, mas talvez pos-
pretensamente asséptico da academia, palavras, a Ética não é uma regula- sam indicar uma direção para a dis-
onde se exerce ao menos certa vigilân- mentação extrínseca, que se acrescen- cussão, que gostaríamos de explicitar
cia polêmica, para se inserirem num ta à ação profissional do Psicólogo, a seguir.
meio social e institucional complexo. determinando direitos e deveres, mas A Ética clássica ocidental nasceu
A Psicologia não é mais apenas o é uma dimensão intrínseca à Psicolo- quando, na Grécia do Século V A.C.,
universo mental de contornos indefi- gia e nela se inscreve teoricamente. emergiu, com a sofística, a crise do
nidos onde circulam diversas teorias e Não há técnica ou teoria psicológicas Ethos tradicional. A Ética é, portanto,
técnicas, mas se concretiza numa pro- que sejam axiologicamente neutras, a ciência do Ethos: é a assunção, re-
fissão, isto é, torna-se uma presença porque a eticidade — a referência a flexiva e crítica, do patrimônio de
específica na totalidade da vida social um ou outro quadro valorativo — é normas, valores e interditos de um
e sofre o influxo do jogo de valores e constitutiva da própria racionalidade povo. É o Ethos elevado ao registro
normas que fazem a sua tessitura da Psicologia enquanto ciência. É por da Episteme (Vaz, 1974). Aquilo que
não pode ser mais uma vivência ime- que tanto o indivíduo, quanto a socie- valorativas, já supõe uma opção filo-
diata passa a ser o resultado de uma dade terão de ser pensados abstrata¬ sófica de fundo, que considera coisas
investigação racional. Será esta a for- mente: o primeiro com arbítrio, a se- como valor ou sentido como estando
midável tarefa de Platão e Aristóteles: gunda como contrato. Assim, a indi- fora do campo da racionalidade.
lastrear o agir moral com as garantias vidualidade atomizada será entendi- (Muguerza, 1977). Porque não pen-
da Razão, estabelecendo uma analo- da como livre-arbítrio e a sociabilida- sar a Psicologia, como de resto as
gia entre a ordenação moral da socie- de, xomo uma regulação extrínseca e Ciências Sociais, inserida no marco
dade e a ordenação racional do uni- secundária em relação ao indivíduo. da emancipação humana, sem que tal
verso. É no horizonte desta analogia (Rohden, 1981) opção — que pode ser discutida ra-
entre Pólis e Cosmos que o pensamen- Ora, a Psicologia — como todo cionalmente — ameace a sua cientifi¬
to grego irá encontrar o fundamento saber — não foi criada "ex-nihilo" cidade? (Habermas, 1982; Thompson
ontológico da Ética. A esfera do De- por um ato lógico, encontrando à sua and Held, 1982)
ver poderá reportar-se seguramente à disposição um objeto dado pela natu-
esfera do Ser e poder-se-á construir Não é, nem de longe, nossa in-
reza e que estava à sua espera. O tenção aqui aprofundarmos esta pro-
dedutivamente o sistema ético a partir objeto da Psicologia vai sendo pacien-
da própria estrutura da realidade. Se- posta, mas apenas explicitarmos que
temente recortado do conjunto das as teorias psicológicas têm não ape-
rá este modelo cosmonômico da Ética práticas sociais, vai constituindo-se
que prevalecerá até os albores da mo- nas conseqüências éticas, mas impli-
ideologicamente. Que objeto é este? cam pressupostos éticos. E que estes,
dernidade. A introdução, pelo Cris- O indivíduo, interpretado como cons-
tianismo, da idéia de um Deus Pessoal longe de serem opções cegas, são pas-
ciência ou como comportamento. E síveis de discussão racional. Ora, se
não interferirá substancialmente com que indivíduo é este? Não um ente
este modelo metafísico. (Mac Intyre, tal é o caso, então a discussão ética
Natural, mas o ente ideológico desta não pode ser tangencial à teorização
1982) ética abstrata, que vacila sempre entre psicológica, mas deve ter um alcance
Com a revolução científica esta o abismar-se no indizível da consciên- epistemológico, isto é, interferir efeti-
concepção seria radicalmente subver- cia e o limitar-se no reducionismo vamente no complexo processo de se¬
tida: ao assestar um golpe mortal na utilitarista. leção, legitimação e invalidação de
Cosmologia Clássica, o Homem des- Por isso, repetimos, afirmamos teorias.
cobre o caráter problemático de seu que a Ética já está embutida na pró-
acesso à realidade, num grau antes pria teorização psicológica, não sen-
insuspeitado. Ele se vê deslocado de do algo que se acrescente a posteriori BIBLIOGRAFIA
um mundo fechado, finito e hierar- a ela. Neste horizonte, muitas varia- DELEULE, Didier. La psicologia, mito cienti-
quicamente ordenado, concebido no ções são possíveis. Mas tomemos dois fico. Barcelona, Anagrama, 1972.
quadro de uma racionalidade ontoló- exemplos paradigmáticos: DRAWIN, Carlos R. Psicologismo: a liberda-
gica, para um universo aberto, indefi- de travestida. Síntese, Belo Horizonte, XI
1) Skinner, que conceituará o in- (28): 77-88, maio-julho, 1983.
nido, cuja racionalidade precisa ser divíduo-comportamento a partir do HABERMAS, Jürgen. Conhecimento e Inte-
continuamente reconstruída por meio axioma liberal que identifica política resse. Rio de Janeiro, Zahar, 1982.
de um artifício metodológico. (Koyré, e coação. KOYRÉ, Alexandre. Do Mundo fechado ao
1979) Incapaz de pensar a sociedade na Universo infinito. Rio de Janeiro, Foren¬
se-USP, 1979.
O conhecimento, não podendo ótica da participação política, a com- LAKATOS, Imre (org.). A Crítica e o desen-
mais ser definido nos termos de uma preenderá como produto de engenha- volvimento do Conhecimento. São Paulo,
adequação com a realidade dada, pas- ria comportamental. Esta sociedade Cultrix-USP, 1974.
sa a ser referido como a construção programada, herdeira da sociedade MACINTYRE, Alasdair. Historia de la Etica.
Barcelona, Paidós, 1982.
por um sujeito. É a revolução coper¬ contratualista, será a única tolerável MUGUERZA, Javier. La Razón sin Esperan¬
nicana do pensamento moderno, que para um indivíduo cuja felicidade se za; una encrucijada de 1a Etica Contem-
se desdobra da descoberta do Cogito define como "ausência de sociedade". poránea. In: id. La Razón sin Esperanza.
cartesiano, seu ato inaugural, até a (Skinner, 1972) Madrid, Taurus, 1977. p. 19-64.
ORTIZ-OSÉS, Andres. Mundo, Hombre y
laboriosa dedução dá Subjetividade 2) Rogers, que conceiturará o in- Lenguaje Crítico. Salamanca, Sígueme,
transcendental, por Kant. Ora, da divíduo-consciência a partir do axio- 1976. p. 17-28.
mesma forma que a Natureza terá ma liberal que identifica indivíduo e ROGERS, Carl R. Grupos de Encontro. Lis-
sempre de remeter à subjetividade que liberdade. boa, Martins Fontes, 1974.
a conhece — e será esta a grande ROHDEN, Valério. Interesse da Razão e
Incapaz de pensar a sociedade Liberdade, São Paulo, Ática, 1981.
dificuldade epistemológica da ciência em sua densidade própria, na especifi- SKINNER, B. F. Walden Two. New York,
moderna — também a sociedade terá cidade de sua lógica, a compreenderá Mac Millan, 1972.
sempre de remeter aos indivíduos que como comunidade transparente e es- THOMPSON, J.B. and HELD, D. (Ed.).
a constituem — e será esta a grande Habermas Criticai debates. London, Mac
pontânea, isto é, como grupo. O que Millan, 1982.
dificuldade ética da política moderna. talvez explique a sua incrível ingenui- TORT, Michel. O quociente intelectual. Lis-
Ou seja, só se pode pensar a Socieda- dade política. (Rogers, 1974) boa, Ed. Notícias, 1976.
de a partir dos indivíduos, utilizando, Ao apresentarmos como para- VAZ, Henrique C. de Lima. O Ethos da
na Ciência Política, o mesmo método atividade científica. Revista Eclesiástica
digmáticos estes dois exemplos, pre- Brasileira, Petrópolis, 34 (133): 45-73,
hipotético — dedutivo das Ciências da tendemos denunciar a suposta neutra¬ março, 1974.
Natureza, mas, ao mesmo tempo, es- lidade da teorização psicológica, seja IDEM. Antropologia e Direitos Humanos.
tabelecendo uma disjunção radical ela obtida pela assepsia do método Encontros com a Civilização Brasileira. 1:
entre o indivíduo, reino da particula- científico ou pela empatia da vivên- 33-64, julho de 1978.
ridade, e a sociedade, reino da univer- VOEGELIN, Eric. A nova ciência da política.
cia. Porque separar Ética e Psicolo- Brasília, Ed. UnB, 1979. p. 17-31.
salidade (Vaz, 1978). Isto significa gia, imunizar a Psicologia de opções

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