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FACULDADE DE SERTÃOZINHO

Curso de Pedagogia

Projeto Interdisciplinar

Prof. Wanda Pierasso

Ana Carolina Temponi Vieira

Maria Fernanda Ferrarezi

Mayara Fernanda Rodrigues da Cruz

Pedra Paula Ferraz Ronconi

Vanessa Stéfanie Soares de Souza

Sertãozinho-SP

2018
LEI OBRIGATÓRIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA

A aprovação da Lei n°9.795 de 27/04/1999 e do seu regulamento, o Decreto


n°4.281 de 25/06/2002, estabelecendo a Política Nacional de Educação
Ambiental (PNEA), trouxe grande esperança especialmente para os
educadores, ambientalistas e professores, pois há muito já se fazia
educação ambiental, independente de haver ou não um marco legal.

De acordo com a Lei n°9.795 de 27/04/199 que institui a Política Nacional


de Educação Ambiental, Art. 9°, a Educação Ambiental deve estar presente
e ser desenvolvida no âmbito dos currículos das instituições de ensino
público e privada, englobando:

I – educação básica

a. Educação infantil;
b. Ensino fundamental e
c. Ensino médio
II – educação superior;
III- educação especial;
IV – educação profissional;
V – educação para jovens e adultos

A Lei n°6.938 de 31/08/1981 que institui a Política Nacional de Meio


Ambiente, também evidenciou a capilaridade que se desejava imprimir a
essa dimensão pedagógica no Brasil, exprimindo em seu artigo 2° inciso X,
a necessidade de promover a educação ambiental a todos os níveis de
ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para
participação ativa na defesa do meio ambiente.

Na legislação educacional, ainda é superficial a menção que se faz á


educação ambiental. Na LDB 9.394/96 que organiza a estruturação dos
serviços educacionais e estabelece competências, existem poucas
menções á questão ambiental.

No atual Plano Nacional de Educação (PNE) consta que ela deve ser
implementada no ensino fundamental e médio com a observância dos
preceitos da lei n°9.795/99.
A PNEA veio reforçar e qualificar o direito de todos á educação ambiental,
como “um componente essencial e permanente da educação nacional”
(artigos 2° e 3° da Lei n°9.795/99). Com isso, vem qualificar a educação
ambiental indicando seus princípios e objetivos, os atores responsáveis por
sua implementação, seus âmbitos de atuação e suas principais linhas de
ação.

Existe um projeto de lei do senador (Senador Cássio Cunha Lima/ PSDB,


PB) n°221 de 2015 que dispõe sobre a educação ambiental, institui a
Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências para
incluir como objetivo fundamental da educação ambiental o estímulo a
ações que promovam o uso sustentável dos recursos naturais e a educação
ambiental como disciplina específica no ensino fundamental e médio, e a
Lei n°9.394, de 20 de Dezembro de 1996, que fixa as diretrizes e bases da
educação, para tornar a educação ambiental disciplina obrigatória.

No país, a obrigatoriedade de promover a Educação Ambiental “em todos os


níveis de ensino” inicia-se com a Constituição Federal de 1988 (Cap. VI, art.
225, parágrafo 1, inciso VI), seguida da inclusão do tema meio ambiente nos
Parâmetros Curriculares Nacionais do MEC - PCN (BRASIL, PCN, 1997),
consolidando-se como política pública com a Lei nº 9.795, de 27 de abril de
1999, regulamentada em 2002.
Cabe destacar que, embora a Lei nº 9.795/99 tenha distinguido a
educação ambiental no ensino formal e no ensino não formal, manteve em
ambos o objetivo primordial: a “sensibilização das consequências e a
mobilização de todos na busca de soluções para os problemas que afetam o
meio ambiente” (CARVALHO, 2004 p. 64).
Os PCN - Parâmetros Curriculares Nacionais – tema transversal Meio
Ambiente e Saúde (BRASIL, MEC, 1997) caracterizam a Educação Ambiental
como uma questão que exige cuidado e atenção e alertam para os cuidados
indispensáveis para a manutenção e continuidade da vida no planeta.
Os PCN apresentam o meio ambiente como um tema transversal,
trazendo à discussão a relação entre os problemas ambientais e os fatores
econômicos, políticos, sociais e históricos que causam conflitos ambientais e a
vulnerabilidade das populações. Esses nos conduzem à reflexão e à discussão
sobre as responsabilidades humanas (individuais e coletivas) voltadas ao bem-
estar social, à qualidade de vida, à sustentabilidade, na perspectiva de
minimizar ou reverter à crise socioambiental planetária.
Essa discussão demanda fundamentos teóricos em diferentes campos
do conhecimento, tanto no das Ciências Naturais quanto no das Ciências
Humanas e Sociais, para a compreensão da complexidade das interações ser
humano  sociedade  natureza, contribuindo para a construção de seus
conceitos. O desafio é fazer com que as políticas possam trazer, mesmo que
em longo prazo, soluções e transformações esperadas pela sociedade, porque
a educação precisa ser repensada, orientada, não podendo ser admitidas
medidas paliativas para o ensino.
Conforme as orientações dos PCN tema transversal Meio Ambiente e
Saúde e também dos PCN em Ação, Meio Ambiente na Escola (BRASIL, MEC,
2001), é necessário que a concepção de ambiente seja abordada em sua
totalidade, considerando a interdependência sistêmica entre o meio natural e o
construído (urbano), o socioeconômico e o cultural, o físico e o espiritual, sob o
enfoque da sustentabilidade. Da mesma forma, uma abordagem articulada das
questões ambientais locais, regionais, nacionais e globais.
É importante que se faça lembrar que os PCN não são um documento
que trata a EA de forma específica e clara, mas sim sobre meio ambiente.
Nesse documento a EA está apresentada como sugestão de trabalho, o que,
para efeito de argumentação, é proposto como direcionamento de uma prática.
Contribuindo para um entendimento mais amplo a esse respeito, Tozoni-Reis
(2004 p. 3-4) define que

A EA é tema prioritário na discussão das instituições


governamentais e não governamentais devido à amplitude
da crise ambiental, compreendida como fatores que
modificam o ambiente interferindo nas complexas
interações vivenciadas pelos seres vivos.
Nesse contexto, a autora se refere aos fatores que têm contribuído para
modificar o ambiente e, considerando o problema como de responsabilidade
coletiva, sugere discussões entre sociedade e Estado.
Por sua vez, o ProNEA (2004) foi um esforço do Órgão Gestor da
Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA para promover condições
necessárias para gestão dessa política, de modo a fortalecer os processos
existentes em todo o país. É preciso destacar que, embora o ProNEA seja um
programa de âmbito nacional, isso não significa que caiba apenas ao governo
federal promover a EA. Conforme a Constituição Federal, governo e sociedade
são corresponsáveis e de forma organizada devem contribuir para a promoção
da EA em todos os níveis de ensino.
No que diz respeito às políticas públicas de educação ambiental no país,
Sorrentino, Trajber e Ferraro Jr. (2005) explicam que;

[...] a educação ambiental insere-se nas políticas públicas


do Estado brasileiro de ambas as formas, como
crescimento horizontal (quantitativo) e vertical
(qualitativo), pois enquanto no âmbito do MEC pode ser
entendida como uma estratégia de incremento da
educação pública, no do MMA é uma função de Estado
totalmente nova. Uma política pública representa a
organização da ação do Estado para a solução de um
problema ou atendimento de uma demanda específica da
sociedade. Quanto a sua modalidade, as políticas
públicas se dão por intervenção direta, por
regulamentação, ou contratualismo. A perspectiva de
políticas públicas do órgão gestor da educação ambiental,
hoje, inclui essas três modalidades. (SORRENTINO,
TRAJBER e FERRARO JR., 2005, p. 290),

Como os autores enfatizam, não devemos confundir política pública com


políticas de governo, uma vez que é dever do Estado assumir as demandas
que a sociedade impõe, e não o contrário. Essa questão pontuada por eles
demonstra a importância de assumir um posicionamento a respeito das
políticas públicas como membro de uma sociedade; não em um caráter amplo,
mas principalmente no âmbito local, ou seja, em nosso cotidiano devemos
estar a par das nossas necessidades, o que significa a divisão de
responsabilidades entre a sociedade e o Estado.
E para entendermos essa “corresponsabilidade”, é importante destacar
os termos contidos nos documentos que têm seus princípios norteados pela
PNEA e o ProNEA, da Diretoria de Educação Ambiental – DEA do Ministério do
Meio Ambiente – MMA, quando essa elaborou o ProFEA, com a seguinte meta:

Qualificar as políticas públicas federais de educação


ambiental para que estas exijam menos intervenções
diretas e mais apoio supletivo às reflexões e ações
autogeridas regionalmente, no sentido de desenvolver
uma dinâmica nacional contínua e sustentável de
processos de formação de educadores (as) ambientais a
partir de diferentes contextos. Esta dinâmica, articulada,
autônoma e interdependente tem como orientação, ou por
utopia, a formação de 180 milhões de brasileiros
educados e educando ambientalmente para a
sustentabilidade, considerando o desafio ambiental em
sua complexidade, ou seja, uma sociedade que incorpore
a prudência ecológica, seja socialmente justa,
politicamente atuante, economicamente eficiente e
culturalmente diversa, e que tem na formação de
Coletivos Educadores uma das suas estratégias
essenciais de implementação (BRASIL, 2006, p. 5).

O ProFEA teve como objetivos: contribuir para o surgimento de uma


dinâmica nacional contínua de Formação de Educadores(as) Ambientais, a
partir de diferentes contextos, que leve à formação de uma sociedade brasileira
educada e educando ambientalmente; apoiar e estimular processos educativos
que apontem para transformações éticas e políticas em direção à construção
da sustentabilidade socioambiental; fortalecer as instituições e seus sujeitos
sociais para atuarem de forma autônoma, crítica e inovadora em processos
formativos, ampliando o envolvimento da sociedade em ações socioambientais
de caráter pedagógico; contribuir na estruturação de um Observatório em rede
das Políticas Públicas de formação de Educadores(as) Ambientais, através da
articulação permanente dos Coletivos Educadores. (BRASIL, 2006, p. 28).
Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional
do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá
outras providências.

Programas de Governo

Programa de planejamento para a construção de sociedades sustentáveis em


diferentes bases geográficas, que concilia métodos de proteção ambiental,
justiça social e eficiência econômica.

ÁGUA DOCE
Ação que visa o acesso à água de boa qualidade para o consumo humano,
promovendo e disciplinando a implantação, a recuperação e a gestão de
sistemas de dessalinização ambiental e socialmente sustentáveis para atender,
prioritariamente, as populações de baixa renda em comunidades difusas do
semiárido.

AGUAS SUBTERRÂNEAS
Programa voltado para os mecanismos de articulação entre os entes
envolvidos com as águas subterrâneas e a gestão integrada deste recurso,
haja vista que os aquíferos quase sempre extrapolarem os limites das bacias
hidrográficas, estados e países, embora a legislação determine que o domínio
seja dos estados. Nesse contexto, também se considera o papel dos
municípios na gestão de recursos hídricos, pois são os responsáveis pela
política de uso e ocupação do solo, que tem relação direta com a proteção das
águas subterrâneas.

ARPA
O Programa Áreas Protegidas da Amazônia é o maior de conservação de
florestas tropicais do Planeta e tem como objetivo proteger 60 milhões de
hectares da Amazônia brasileira. A iniciativa combina biologia da conservação
com as melhores práticas de planejamento e gestão para criar, equipar e
consolidar unidades de conservação.

BOLSA VERDE
O Programa de Apoio à Conservação Ambiental Bolsa Verde concede, a cada
trimestre, um benefício de R$ 300 às famílias em situação de extrema pobreza
que vivem em áreas consideradas prioritárias para conservação ambiental. A
proposta, parte do Programa Brasil Sem Miséria, é aliar o aumento na renda
dessa população à conservação dos ecossistemas e ao uso sustentável dos
recursos naturais, destinado àqueles que desenvolvem atividades de uso
sustentável dos recursos naturais em Reservas Extrativistas, Florestas
Nacionais, Reservas de Desenvolvimento Sustentáveis federais e
Assentamentos Ambientalmente Diferenciados da Reforma Agrária.

CADASTRO AMBIENTAL RURAL - CAR


O Cadastro Ambiental Rural é um registro eletrônico, obrigatório para todos
os imóveis rurais, que tem por finalidade integrar as informações ambientais
referentes à situação das Áreas de Preservação Permanente - APP, das áreas
de Reserva Legal, das florestas e dos remanescentes de vegetação nativa, das
Áreas de Uso Restrito e das áreas consolidadas das propriedades e posses
rurais do país. Criado pela Lei 12.651/2012 no âmbito do Sistema Nacional de
Informação sobre Meio Ambiente - SINIMA, o CAR se constitui em base de
dados estratégica para o controle, monitoramento e combate ao desmatamento
das florestas e demais formas de vegetação nativa do Brasil, bem como para
planejamento ambiental e econômico dos imóveis rurais.

CERRADO SUSTENTÁVEL
Tem o objetivo de promover a conservação, a recuperação e o manejo
sustentável de ecossistemas naturais, bem como a valorização e o
reconhecimento de suas populações locais, buscando condições para reverter
os impactos socioambientais negativos no bioma Cerrado.

COMBATE À DESERTIFICAÇÃO
Busca identificar os fatores que contribuem para a desertificação e as medidas
de ordem práticas necessárias ao seu combate e à mitigação dos efeitos da
seca.

CORREDORES ECOLÓGICOS
Projeto voltado para efetiva proteção da natureza, reduzindo ou prevenindo a
fragmentação de florestas existentes na Amazônia e na Mata Atlântica, por
meio da conexão entre diferentes modalidades de áreas protegidas e outros
espaços com diferentes usos do solo, que possuem ecossistemas florestais
biologicamente prioritários e viáveis para a conservação da biodiversidade,
compostos por conjuntos de unidades de conservação, terras indígenas e
áreas de interstício. A participação das populações locais, comprometimento e
conectividade são elementos importantes para a formação e manutenção dos
corredores ecológicos nestes biomas.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Programa destinado a assegurar, no âmbito educativo, a integração equilibrada
das múltiplas dimensões da sustentabilidade - ambiental, social, ética, cultural,
econômica, espacial e política - ao desenvolvimento do País, resultando em
melhor qualidade de vida para toda a população brasileira, por intermédio do
envolvimento e participação social na proteção e conservação ambiental e da
manutenção dessas condições ao longo prazo.

FLORESTAS
o Programa Nacional de Florestas foi criado com o objetivo de articular as
políticas públicas setoriais para promover o desenvolvimento sustentável,
conciliando o uso com a conservação das florestas brasileiras.

PROJETO ORLA
Uma ação conjunta entre o Ministério do Meio Ambiente e a Secretaria do
Patrimônio da União, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, que
busca o ordenamento dos espaços litorâneos sob o domínio da União,
aproximando as políticas ambiental e patrimonial, com ampla articulação entre
as três esferas de governo e a sociedade.

PROTEÇÃO DAS FLORESTAS TROPICAIS


É uma iniciativa do governo brasileiro em parceira com a comunidade
internacional na procura por soluções que combinem a conservação da floresta
Amazônica e da Mata Atlântica com o uso sustentável de seus recursos
naturais, ao mesmo tempo em que melhoraram as condições de vida da
população local. A maior parte dos subprogramas e projetos já está encerrada
e uma parte pequena caminha para a consolidação, mas trata-se de programa
de referência para criação de políticas públicas ambientais voltadas para o
desenvolvimento sustentável.

REVITALIZAÇÃO DE BACIAS
O Programa de Revitalização de Bacias Hidrográficas em Situação de
Vulnerabilidade e Degradação tem ações voltadas às bacias hidrográficas dos
rios São Francisco, Tocantins-Araguaia, Paraíba do Sul, Alto Paraguai,
Parnaíba e Paranaíba, que visam o desenvolvimento de ações integradas e
permanentes para a promoção do uso sustentável dos recursos naturais, da
melhoria das condições sócio-ambientais, do aumento da quantidade e da
melhoria da qualidade da água para os diversos usos.

ZONEAMENTO ECOLÓGICO ECONÔMICO


É um instrumento de gestão territorial e ambiental com a pretensão de integrar
aspectos naturais e sociais na gestão do território. Busca planejar e ordenar o
território brasileiro, harmonizando as relações econômicas, sociais e
ambientais que nele acontecem, demandando efetivo esforço de
compartilhamento institucional, voltado para a integração das ações e políticas
públicas territoriais, bem como articulação com a sociedade civil, congregando
seus interesses em torno de um pacto pela gestão do território.

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