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PSICOLOGIA HOSPITALAR

Histórico, Conceituação, e
Objetivos
Disciplina: Psicologia Hospitalar
Professor: Rafael Torres
UM OLHAR INTEGRAL
▪ Hospital como uma instituição que busca
proporcionar a manutenção da saúde, como um
bem-estar físico, psíquico e social.
▪ O reconhecimento do campo de saúde como uma
realidade complexa, exige a abrangência
interdisciplinar, pois necessita de conhecimentos
distintos integrados.
• A saúde não é de competência de um único
profissional, ela é uma prática interdisciplinar e os
profissionais, das diferentes áreas de atuação, devem
agregar-se em equipes de saúde.

(CAMPOS, 1995; CHIATTONE, 2003)


LINHA DO TEMPO

▪ Primeira notícia de psicólogo no ambiente


hospitalar ocorreu no Hospital McLean,
fundado em 1818, em Massachussets (EUA).

▪ No Brasil, os primeiros relatos de psicólogo


nesse contexto datam da década de 50.

(ISMAEL, 2005)
LINHA DO TEMPO
• Matilde Neder dá início à Psicologia Hospitalar no Brasil
desenvolvendo atividades na Clínica Ortopédica e Traumatológica
(USP), convidada a acompanhar psicologicamente os pacientes
1954 submetidos à cirurgia de coluna.

• Matilde Neder se transfere para o Instituto Nacional de Reabilitação


(USP). E participa, em 1959, do 1º Seminário de Reabilitação do
referido instituto. Ao longo da década seguinte, este trabalho teve
1957 grande repercussão na história da Psicologia brasileira.

• Após alguns anos de atividades no Hospital das Clínicas da USP,


Bellkiss Romano é convidada para organizar e implantar o Serviço

1974 de Psicologia do Instituto do Coração deste mesmo Hospital.


LINHA DO TEMPO
• A PUC-SP oferece aos alunos da graduação em
Psicologia, o primeiro curso de Atuação do Psicólogo em
Hospital, sob responsabilidade de Bellkiss Romano. É o
1976 primeiro curso de Psicologia Hospitalar do Brasil.

• Em Brasília, é desenvolvido por Regina D’Aquino um


trabalho com a família e a equipe médica junto a
pacientes em processo de finitude.
1979 • Wilma Torres inicia, no RJ, um trabalho sobre Tanatologia.

• O Instituto Sedes Sapientiae (SP) oferece o primeiro curso


de especialização em Psicologia Hospitalar, coordenado
por Angerami-Camon. O curso é referência no Brasil e
1981 oferecido até hoje.
LINHA DO TEMPO
• É desenvolvido um trabalho inédito no Brasil em um Serviço de
Oncologia Ginecológica, por Marli Meleti.
• Heloisa Chiattone implanta o Setor de Psicologia do Serviço de
1982 Pediatria, do Hospital Brigadeiro (SP). Projeto pioneiro no Brasil.

• É realizado em SP o 1º Encontro Nacional de Psicólogos da Área


Hospitalar, organizado por Bellkiss Romano. Primeiro evento em âmbito
nacional a reunir diversos psicólogos espalhados pelo país.

1983 • Lançada uma publicação sobre a “Atuação do Psicólogo em Área


Hospitalar”

• Angerami-Camon lança o livro “Psicologia Hospitalar: a atuação do


psicólogo no contexto hospitalar”.

1984 • Outros eventos sobre a área começam a acontecer pelo Brasil.


LINHA DO TEMPO
• É realizado em SP o 2º Encontro Nacional de Psicólogos da Área
Hospitalar. Este evento movimenta os psicólogos da área no
sentido de buscas e definições quantos aos rumos da
1985 categoria.

• É criada a Divisão de Psicologia do Hospital das Clínicas da USP,


sob coordenação de Matilde Neder.
1987

• É realizado em Olinda (PE) o 3º Encontro Nacional de Psicólogos


da Área Hospitalar, coordenado por Marisa Sá Leitão.
• Bellkiss Romano defende a primeira tese de doutorado brasileira
1988 abordando a Psicologia Hospitalar.
LINHA DO TEMPO
• É realizado em Curitiba (PR) o 4º Encontro Nacional de Psicólogos da
Área Hospitalar, coordenado por Tateana Forte
• Lançado o primeiro exemplar da Revista de Psicologia Hospitalar.

1991 • Marisa Decat de Moura, do Hospital Mater Dei (MG) lança também
revista sobre a temática.

• É realizado em SP o 1º Congresso Brasileiro de Psicologia Hospitalar.


Representantes do CE estiveram presentes.
1992
• Bellkiss Romano lança seu livro “A prática da psicologia nos hospitais”.
• Angerami-Camon lança seu livro “Psicologia Hospitalar: teoria e
prática”.

1994 • Novamente em SP é realizado o 2º Congresso Brasileiro de Psicologia


Hospitalar.
LINHA DO TEMPO

• Em MG é realizado o 3º Congresso
Brasileiro de Psicologia Hospitalar.
1996

• Fundação da Sociedade Brasileira de


Psicologia Hospitalar (SBPH).
1997

• A “Psicologia Hospitalar” é reconhecida


como especialidade da Psicologia pelo
2000 Conselho Federal de Psicologia (CFP).
ESPECIALIDADE PSICOLOGIA HOSPITALAR
(RESOLUÇÃO CFP 14/2000)

Atua em instituições de saúde, participando da prestação de serviços


de nível secundário ou terciário da atenção a saúde. Atende a
pacientes, familiares e/ou responsáveis pelo paciente; membros da
comunidade dentro de sua área de atuação; membros da equipe
multiprofissional e eventualmente administrativa, visando o bem estar
físico e emocional do paciente; e alunos e pesquisadores, quando
estes estejam atuando em pesquisa e assistência. Oferece
desenvolve atividades em diferentes níveis de tratamento, tendo
como sua principal tarefa a avaliação e acompanhamento de
intercorrências psíquicas dos pacientes que estão ou serão submetidos
a procedimentos médicos, visando basicamente a promoção e/ou a
recuperação da saúde física e mental. Promove intervenções
direcionadas à relação médico/paciente, paciente/família, e
paciente/paciente e do paciente em relação ao processo do
adoecer, hospitalização e repercussões emocionais que emergem
neste processo (...)
CONSTRUÇÃO DA PRÁTICA
• Não havendo um padrão teórico, os profissionais
transpuseram a prática clínica para o ambiente
hospitalar.
• A reprodução da prática de consultório não se
adequou completamente ao ambiente hospitalar e
às necessidades dos sujeitos.
• Se o psicólogo simplesmente transpõe o modelo
clínico tradicional para o hospital pode estar
distanciado da realidade institucional e inadequado
ao contexto.

(ISMAEL, 2005)
CONSTRUÇÃO DA PRÁTICA

O ingresso do psicólogo nos hospitais não contava, no


princípio, com um conhecimento construído que
fundamentasse seu fazer, e isso possibilitou, dialética e
criativamente, que se construísse um corpo de saberes
– um corpo teórico consistente, fundamentado na
própria diversidade do campo a abrigando diversas
abordagens teóricas complementares, com
perspectivas diferenciadas de seu objeto de estudo e
intervenção.

(ISMAEL, 2005)
CONSTRUÇÃO DA PRÁTICA
▪ A carência original de saberes e fazeres mobilizou a
produção sistemática de conhecimento, articulando
o tripé assistência, ensino e pesquisa, e focando na
tríade paciente, família e equipe. (ISMAEL, 2005)

Pesquisa Assistência Ensino

Equipe Paciente Família


A atuação do psicólogo no âmbito hospitalar é
fundamental, pois contribui com a minimização
do sofrimento provocado pela doença e
hospitalização. O trabalho do psicólogo vai além
do atendimento ao paciente e seus familiares,
atuando geralmente nas equipes
multidisciplinares, exercendo o papel de
interlocutor na relação paciente-família-
profissional.

(ANGERAMI-CAMON, 2002)
OBJETIVOS E FOCOS
▪ A Psicologia Hospitalar é o campo de entendimento e
tratamento dos aspectos psicológicos em torno do
adoecimento.
▪ Tem como objetivo principal a minimização do
sofrimento provocado pela hospitalização.

Focos Hospitalização Doença Tratamento

de
Intervenção Alta Morte

(ANGERAMI-CAMON, 2002; SIMONETTI, 2004)


Limites da prática hospitalar

▪ Limites institucionais: princípios da instituição;

▪ Setting terapêutico;

▪ O desejo e a mobilização do paciente;

▪ A precariedade do Sistema de Saúde;

▪ A falta de clareza do papel do psicólogo.

(ANGERAMI-CAMON, 2002; ISMAEL, 2005)


O psicólogo e a instituição

“Cada hospital tem sua personalidade.


Problemas característicos de sua clientela,
de suas instalações, posição geográfica,
dimensão e influência de seu corpo”
(LEITÃO, 1993)
SETTING TERAPÊUTICO
SETTING CLÍNICO SETTING HOSPITALAR

1) Ambiente comum, com 1) Realidade institucional peculiar:


diretrizes claras e precisas conhecer doença, evolução,
prognóstico e rotina
2) Formalização de regras
como: horário, duração, 2) Nuances diferenciadas: horário,
reposições, prazos, aviso de duração, locais, iniciativas e
faltas e etc etc

3) Tratamento “linear e 3) Limites institucionais, como


organizado” interrupções por solicitações
externas
4) Trabalho individualizado
4) Trabalho multiprofissional
5) Maior busca espontânea
5) Encaminhamentos ou busca
ativa

(ISMAEL, 2005; ANGERAMI-CAMON, 2002)


O PACIENTE

O psicólogo percebe no contexto hospitalar que


os ensinamentos e leituras teóricas de sua
prática acadêmica não serão, por maiores que
sejam suas horas de estudo e reflexão teórica
sobre a temática, suficientes para embasar sua
atuação. E aprende que terá de aprender
apreendendo, como os pacientes, sua dor,
angústia e realidade. E o paciente, de modo
peculiar, ensina ao psicólogo sobre a doença e
sobre como lidar com a própria dor diante do
sofrimento.

(ANGERAMI-CAMON, 2002)
O SISTEMA DE SAÚDE

▪ A precariedade do sistema de saúde e social-


econômica da população (ISMAEL, 2005).

“... Um agravante que irá provocar posicionamentos


contraditórios, e, na quase totalidade das vezes, irá
exigir do psicólogo uma revisão de seus valores
acadêmicos, pessoais e até mesmo sócio-políticos”
(ANGERAMI-CAMON, 2002).
O PAPEL DO PSICÓLOGO

▪ A falta de clareza do papel do psicólogo no


hospital, diferenciando suas atividades dos demais
profissionais e do senso comum, incluindo as
demandas que fazem parte do conhecimento da
psicologia.
(ISMAEL, 2005)
Postura do Psicólogo Hospitalar

“... deve ser profissional no sentido amplo da


palavra: ter bom senso, um bom preparo teórico e
prático, respeitar os colegas da equipe
multiprofissional e fazer-se respeitar sem esquecer
que deve ter uma grande resistência à frustração,
dadas às condições e ao contexto hospitalar”
(ISMAEL, 2005, p. 21)
Postura do Psicólogo Hospitalar

▪ Ser ágil, dinâmico e criativo;

▪ Possuir intuição, sensibilidade e persistência;

▪ Possuir conteúdo teórico e conhecimentos de


técnicas (Psicoterapia Breve, por exemplo);

▪ Ter atitude ética do psicólogo e da equipe de saúde;

▪ Autoconhecimento e Psicoterapia.

(LEITÃO, 1993)

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