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ESPECIAL
15
PANORAMA
anos
2017
EDIÇÃO
ESPECIAL
15
PANORAMA
anos
2017
EMPRESAS ASSOCIADAS
CIDADES INTELIGENTES
5- CONCLUSÕES .............................................................................................................................69
As fotos publicadas na presente edição foram cedidas pelas empresas associadas da ABRELPE e repre-
sentam a diversidade dos serviços de gestão de resíduos sólidos, engrandecendo o caráter técnico da
publicação.
A
presente edição assume um o direito ao meio ambiente ecologicamente
caráter especial pois marca os equilibrado, considerado bem de uso co-
15 anos de publicação ininter- mum do povo e essencial à sadia qualidade
rupta do Panorama dos Resí- de vida, que deve ser preservado para as
duos Sólidos no Brasil, um documento pio- presentes e futuras gerações.
neiro e único sobre a gestão dos resíduos As informações apresentadas no do-
sólidos, com periodicidade anual e fruto de cumento auxiliam, por exemplo, na orien-
pesquisa direta junto a centenas de muni- tação de investimentos para universalizar
cípios de todos os portes e em todas as a coleta regular e ampliar os serviços de
unidades da federação. coleta seletiva, no dimensionamento do
O Panorama é a fonte de informação volume de recursos necessários ao custeio
mais abrangente e atualizada sobre os desse setor essencial e na indicação clara
principais componentes da gestão de resí- do quanto ainda falta para que a meta de
duos sólidos, sendo um instrumento refe- erradicação de lixões seja alcançada nas
rencial e de caráter essencial para a orien- diferentes regiões do país.
tação das políticas públicas para o setor. Não é por acaso que o Panorama pas-
Num momento em que se discute (e sou a ser considerado a mais importante
decide) o futuro do país, os dados trazidos radiografia sobre a gestão de resíduos
pelo Panorama são de grande utilidade para sólidos no país, cujo retrospecto de mais
a formatação das ações direcionadas para de uma década possibilita o acompanha-
o equacionamento dos déficits ainda verifi- mento da evolução histórica e a projeção
cados no setor, o que além de ser relevante de tendências, elementos indispensáveis
para a qualidade de vida nas cidades, é de no processo de planejamento.
fundamental importância para a prevenção Temos assim a grata satisfação de
de diversos problemas de saúde. Conforme apresentar mais uma edição do Panorama
estudo já publicado pela ABRELPE, a imple- dos Resíduos Sólidos no Brasil, desejando
mentação de soluções adequadas na gestão que o conteúdo desse documento esteja
de resíduos propicia uma considerável eco- cada vez mais presente na pauta de prio-
nomia para o orçamento público e assegura ridades do país e contribua para a entrega
um princípio fundamental da nossa Consti- das soluções demandadas, que são benéfi-
tuição Federal, aquele que garante a todos cas a todos, sem nenhuma exceção.
S
imbolizando 15 anos ininterrup- sobre os principais sistemas de logística
tos na pesquisa e produção de reversa em operação no país estão orga-
dados de coleta, geração, dispo- nizados no Capítulo 4. Além disso, nessa
sição final e tanto outros sobre a edição, a ABRELPE apresenta também os
gestão de resíduos sólidos no país, a edi- resultados de uma recente pesquisa sobre
ção 2017 do Panorama consolida e reafir- percepção e coleta seletiva.
ma o compromisso da ABRELPE para com Como de costume, o Capítulo 5 se re-
a divulgação de informações atualizadas e serva a apresentar uma breve análise e
qualificadas. O formato adotado recente- considerações sobre os dados publicados
mente, de conteúdo principal conciso e de e externa alguns pontos de vista do setor
fácil manuseio foi mantido para a presente sobre seus impactos, os desafios e pers-
edição, tendo sido bem recebido pelos lei- pectivas futuras.
tores de diferentes origens – gestores pú- Em arquivo à parte, disponível no for-
blicos, acadêmicos, tomadores de decisão, mato digital, são apresentadas informa-
especialistas – e, acima de tudo, cidadãos. ções adicionais, na forma de Anexos do
Assim, o documento é estruturado em Panorama 2017, que são organizados da
cinco capítulos, sendo que logo após essa seguinte forma: I - Modelos de Questioná-
Introdução vem o Capítulo 2 com os dados rios aplicados aos municípios; II - Aborda-
nacionais e das cinco regiões do país sobre gem Metodológica; III – Dados de RSU por
Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) e Resídu- Unidades Federativas.
os de Construção e Demolição (RCD). A versão digital e os anexos mencio-
Os Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) nados estão disponíveis para download
são tema do Capítulo 3, com dados de co- no sítio eletrônico: www.abrelpe.org.br,
leta anual, capacidade instalada e tipos de juntamente com as edições anteriores do
tratamento em âmbito nacional e regio- Panorama e demais publicações, artigos e
nais. As informações sobre reciclagem e estudos desenvolvidos pela entidade.
A
2.1 BRASIL ços em relação ao cenário do ano anterior,
s projeções para o Brasil mantendo praticamente a mesma propor-
são resultantes da soma ção entre o que segue para locais adequa-
das projeções de cada re- dos e inadequados, com cerca de 42,3 mi-
gião do país, apresentadas lhões de toneladas de RSU, ou 59,1% do
nas páginas seguintes, cujas tabelas coletado, dispostos em aterros sanitários.
e gráficos trazem os dados de 2017 O restante, que corresponde a 40,9%
comparando-os às informações do dos resíduos coletados, foi despejado em
ano anterior. Chamamos a atenção do locais inadequados por 3.352 municípios
leitor para uma correção realizada nos brasileiros, totalizando mais 29 milhões
valores da edição 2016, para aprimora- de toneladas de resíduos em lixões ou
mento dos dados publicados, o que foi aterros controlados, que não possuem o
verificado durante o processo de trata- conjunto de sistemas e medidas neces-
mento das informações recebidas para sários para proteção do meio ambiente
a presente edição. contra danos e degradações, com danos
Os números referentes à geração diretos à saúde de milhões de pessoas.
de RSU revelam um total anual de 78,4 Os recursos aplicados pelos municípios
milhões de toneladas no país, o que de- em 2017 para fazer frente a todos os servi-
monstra uma retomada no aumento em ços de limpeza urbana no Brasil foram, em
cerca de 1% em relação a 2016. média, de R$10,37 por habitante por mês.
O montante coletado em 2017 foi de A geração de empregos diretos no se-
71,6 milhões de toneladas, registran- tor de limpeza pública manteve-se estável,
do um índice de cobertura de coleta de com ligeira variação de 0,3% em relação
91,2% para o país, o que evidencia que 6,9 ao ano anterior e atingiu cerca de 337 mil
milhões de toneladas de resíduos não fo- postos de trabalho formal no setor.
ram objeto de coleta e, consequentemen- O mercado de limpeza urbana movi-
te, tiveram destino impróprio. mentou recursos correspondentes a R$
No tocante à disposição final dos RSU 28,5 bilhões no país, com variação positiva
coletados, o Panorama não registrou avan- em todas as regiões.
1,25% 0,5%
193.637 196.050 0,939 0,944
2016 2017 2016 2017
2016 2017
REGIÕES RSU Total RSU Total
Equação*
(t/dia) (t/dia)
RSU=0,000283 (pop tot/1000) +
Norte 12.500 12.705
0,501550
RSU=0,000198 (pop tot/1000) +
Nordeste 43.555 43.871
0,708588
RSU=0,000223 (pop tot/1000) +
Centro-Oeste 14.175 14.406
0,784911
RSU=0,000153 (pop tot/1000) +
Sudeste 102.620 103.741
0,805441
RSU=0,000005 (pop tot/1000) +
Sul 20.987 21.327
0,680328
*C
onforme informação disponibilizada no Anexo I - Abordagem Metodológica, a equação permite projetar a média da quantidade
de RSU coletada por habitante/dia. Essa média pode variar em um intervalo determinado pela margem de erro.
Norte
6,5%
Nordeste
22,4%
Centro-
Oeste
7,3%
Sudeste
52,9%
Sul
10,9%
91,24 BRASIL
95,09 SUL
98,06 SUDESTE
92,83 CENTRO-OESTE
79,06 NORDESTE
81,27 NORTE
Fonte: Pesquisa ABRELPE/IBGE
NÃO
NÃO 9,5%
12,2% NÃO
29,6%
N NE CO SE S BR
REGIÕES
2016 2017 2016 2017 2016 2017 2016 2017 2016 2017 2016 2017
Sim 263 270 889 902 202 209 1.454 1.464 1.070 1.078 3.878 3.923
Não 187 180 905 892 265 258 214 204 121 113 1.692 1.647
114.189 115.801
45.500 44.881
33.948 35.368
2016 2017
2016 2017
2016 2017
* Incluídas as despesas com a destinação final dos RSU e com serviços de varrição, capina, limpeza e manutenção de parques e
jardins, limpeza de córregos, etc.
SE
1,217
BR
1,035
NE CO
0,969 0,978
N
0,872
SE
0,757
Os 450 municípios da região Norte geraram, Os municípios da região Norte aplicaram em 2017,
em 2017, a quantidade de 15.634 toneladas/dia uma média mensal de R$ 8,17 por pessoa na co-
de RSU, das quais aproximadamente 81,3% foram leta de RSU e demais serviços de limpeza urbana,
coletadas. e o mercado de serviços de limpeza urbana da
Dos resíduos coletados na região, 65,3%, cor- região movimentou quase R$2,1 bilhões no ano,
respondentes a 8.295 toneladas diárias, foram registrando aumento de cerca de 4,1% em relação
encaminhados para lixões e aterros controlados. a 2016.
1,20
Coleta de RSU (kg/hab/dia)
1,00
0,80
0,60
0,40
y = 0,000283x + 0,501550
R2 = 89,6%
0,20
0
500 1000 1500 2000 2500
I. GERAÇÃO DE RSU
1,2% 0,11%
15.444 15.634 0,871 0,872
2016 2017 2016 2017
REGIÃO NORTE
3.772
3.732
2016 2017
POPULAÇÃO
REGIÕES Recursos aplicados Recursos aplicados
TOTAL
(R$ milhões/ano) / (R$ milhões/ano) /
(R$/hab/mês) (R$/hab/mês)
REGIÃO NORTE
EMPREGOS
2016 2017
Os 1.794 municípios da região Nordeste gera- da região Nordeste aplicaram em 2017, uma mé-
ram, em 2017, a quantidade de 55.492 toneladas/ dia mensal de R$ 8,66 por pessoa na coleta de RSU
dia de RSU, das quais aproximadamente 79,1% e demais serviços de limpeza urbana. O mercado
foram coletadas. de serviços de limpeza urbana da região movimen-
Dos resíduos coletados na região, 64,6% ou tou quase R$ 6,45 bilhões, registrando aumento de
28.351 toneladas diárias, foram encaminhadas cerca de 6,3% em relação a 2016.
para lixões e aterros controlados. Os municípios
1,20
Coleta de RSU (kg/hab/dia)
1,00
0,80
0,60
0,40
y = 0,000198x + 0,708588
R2 = 94,8%
0,20
0
500 1000 1500 2000 2500
I. GERAÇÃO DE RSU
0,8% 0,2%
55.056 55.492 0,967 0,969
2016 2017 2016 2017
REGIÃO NORDESTE
15.449 15.520
14.284 14.356
13.995
13.662
2016 2017
POPULAÇÃO
REGIÕES Recursos aplicados Recursos aplicados
TOTAL
(R$ milhões/ano) / (R$ milhões/ano) /
(R$/hab/mês) (R$/hab/mês)
REGIÃO NORDESTE
EMPREGOS
2016 2017
1,20
Coleta de RSU (kg/hab/dia)
1,00
0,80
0,60
0,40
y = 0,000223x + 0,784911
R2 = 90,7%
0,20
0
500 1000 1500 2000 2500
I. GERAÇÃO DE RSU
1,2% -0,1%
15.337 15.519 0,979 0,978
2016 2017 2016 2017
REGIÃO CENTRO-OESTE
5.765
5.875
4.845 5.018
3.455 3.623
2016 2017
POPULAÇÃO
REGIÕES Recursos aplicados Recursos aplicados
TOTAL
(R$ milhões/ano) / (R$ milhões/ano) /
(R$/hab/mês) (R$/hab/mês)
REGIÃO CENTRO-OESTE
EMPREGOS
2016 2017
1,20
Coleta de RSU (kg/hab/dia)
1,00
0,80
0,60
0,40
y = 0,000154x + 0,805441
R2 = 95,1%
0,20
0
1000 2000 3000 4000 5000
I. GERAÇÃO DE RSU
0,96% 0,33%
104.789 105.794 1,213 1,217
2016 2017 2016 2017
REGIÃO SUDESTE
75.135
74.642
17.851
17.750
10.755
10.228
2016 2017
POPULAÇÃO
REGIÕES Recursos aplicados Recursos aplicados
TOTAL
(R$ milhões/ano) / (R$ milhões/ano) /
(R$/hab/mês) (R$/hab/mês)
REGIÃO SUDESTE
EMPREGOS
2016 2017
0.76
Coleta de RSU (kg/hab/dia)
0,74
0,72
0,70
0,68
y = 0,000005x + 0,680328
R2 = 93,4%
0,66
0
500 1000 1500 2000 2500
I. GERAÇÃO DE RSU
1,36% 0,66%
22.127 22.429 0,752 0,757
2016 2017 2016 2017
REGIÃO SUL
14.971
14.824
3.884
3.859
2.472
2.304
2016 2017
POPULAÇÃO
REGIÕES Recursos aplicados Recursos aplicados
TOTAL
(R$ milhões/ano) / (R$ milhões/ano) /
(R$/hab/mês) (R$/hab/mês)
REGIÃO SUDESTE
EMPREGOS
2016 2017
2016 2017
REGIÃO
RCD Coletado (t/dia) / Índice
RCD Coletado (t/dia) Índice
(kg/hab/dia)
2016 2017
REGIÃO
RCD Coletado (t/dia) / Índice
RCD Coletado (t/dia) Índice
(kg/hab/dia)
2016 2017
REGIÃO
RCD Coletado (t/dia) / Índice
RCD Coletado (t/dia) Índice
(kg/hab/dia)
2016 2017
REGIÃO
RCD Coletado (t/dia) / Índice
RCD Coletado (t/dia) Índice
(kg/hab/dia)
2016 2017
REGIÃO
RCD Coletado (t/dia) / Índice
RCD Coletado (t/dia) Índice
(kg/hab/dia)
2016 2017
REGIÃO
RCD Coletado (t/dia) / Índice
RCD Coletado (t/dia) Índice
(kg/hab/dia)
O
s dados apresentados no pre- De acordo com dados fornecidos pelas
sente capítulo são resultado empresas do setor, a capacidade instala-
da pesquisa direta aplicada da em equipamentos para tratamento de
pela ABRELPE aos municípios RSS por diferentes tecnologias aumentou e
e de levantamento junto às empresas do se- alcançou 1.007,3 toneladas diárias.
tor, os quais permitiram a projeção nacional. A legislação aplicável estabelece que
Os resultados da pesquisa permitiram determinadas classes de resíduos de ser-
concluir que, em 2017, 4.518 municípios viços de saúde demandam o tratamento
prestaram os serviços de coleta, trata- previamente à sua disposição final; no en-
mento e disposição final de 256.941 tone- tanto, ainda cerca de 27,5% dos municípios
ladas de RSS, o equivalente a 1,2 kg por brasileiros destinaram seus RSS sem decla-
habitante/ano. O dado atual representa rar o tratamento prévio dado aos mesmos,
uma diminuição na geração de 0,04% em o que contraria as normas vigentes e apre-
relação ao total gerado em 2016, e queda senta riscos diretos aos trabalhadores, à
de 0,8% no índice per capita. saúde pública e ao meio ambiente.
Incineração
Microondas 47,6%
2,7%
Autoclave
22,1%
2016 2017
UF
(t/ano)/(kg/hab/ano) (t/ano)/(kg/hab/ano)
Outros* Incineração
52,8% 45,6%
Fonte: Pesquisa ABRELPE/IBGE
Autoclave
1,6%
UF INCINERAÇÃO TOTAL
*Em 2016 os RSS da região Norte também foram tratados por incineração
2016 2017
UF
(t/ano)/(kg/hab/ano) (t/ano)/(kg/hab/ano)
Rio Grande
2.560/0,737 2.591/0,739
do Norte
Sergipe 741/0,327 741/0,324
Autoclave
10%
Rio Grande
-- 2.044 2.044
do Norte
2016 2017
UF
(t/ano)/(kg/hab/ano) (t/ano)/(kg/hab/ano)
Mato Grosso
3.675/1,370 3.722/1,372
do Sul
Outros*
8,8%
Autoclave
24%
Fonte: Pesquisa ABRELPE/IBGE
Incineração
67,2%
2016 2017
UF
(t/ano)/(kg/hab/ano) (t/ano)/(kg/hab/ano)
Microondas
7,2%
2016 2017
UF
C
om a vigência da Política Na- é o processo de transformação dos resídu-
cional de Resíduos Sólidos (Lei os que envolve a alteração de suas proprie-
12.305/2010), a logística reversa dades físicas, físico-químicas ou biológicas,
foi estabelecida como um dos com vistas à transformação em insumos
instrumentos de implementação do prin- ou novos produtos, foi inserida dentre as
cípio da responsabilidade compartilhada ações prioritárias a serem implementadas.
pelo ciclo de vida dos produtos, de manei- Diante disso, diversos setores têm en-
ra a viabilizar um conjunto de ações que caminhado ações para a implementação
visam a coleta e a restituição dos produtos de sistemas de logística reversa de produ-
e resíduos sólidos ao setor empresarial, tos e embalagens pós consumo, com vis-
para reaproveitamento em seu ciclo ou tas a priorizar a reciclagem dos mesmos,
em outros ciclos produtivos, ou outra des- constituindo-se num novo ciclo de gestão
tinação final ambientalmente adequada, e gerenciamento de resíduos.
de forma a minimizar o envio de materiais As informações apresentadas a seguir
para disposição. abordam os sistemas de logística reversa
A PNRS também orienta a hierarquia já implantados para determinados tipos
de ações a serem seguidas na gestão e no de produtos, embalagens e seus resíduos
gerenciamento dos resíduos sólidos, sen- e que possuem resultados expressivos e
do que a reciclagem, que nos termos da lei, publicamente disponibilizados.
12 14 23 40 80 99 92 91
2008 2009 2010 2011 2014 2015 2016 2017
Fonte: Instituto Jogue Limpo. Nota: Não foram divulgados dados referentes aos anos de 2012 e 2013
1 Informações obtidas no Relatório Técnico Acordo Setorial de Embalagens em Geral- Fase 1, disponível em: http://www.sinir.gov.br/documents/10180/23979/
Relatorio+Final+Fase+1/348c0aad-efc0-457a-9c6a-ee46d623dcf8. Acesso em agosto de 2018.
8,2 8,2
7,7
7,3
7,5 7,5
O
Panorama dos Resíduos Sólidos no descartados, pois não apresentam nenhuma pro-
Brasil 2017, mais do que uma radio- teção ambiental e causam severos impactos na
grafia, apresenta os desafios existen- saúde das pessoas. Se considerarmos o volume
tes no país para uma gestão integra- total de resíduos, houve um aumento de 1% na
da e sustentável de resíduos sólidos. destinação inadequada em 2017, com mais de 29
A consolidação das pesquisas realizadas junto milhões de toneladas depositadas em lixões e ater-
aos municípios permitiram projetar os dados com ros controlados.
um índice de segurança superior a 95% e eviden- Além dos Resíduos Sólidos Urbanos, assim
ciaram um aumento na geração de resíduos sóli- considerados aqueles gerados em residências ur-
dos urbanos, em índice superior ao crescimento banas e os recolhidos pelos serviços de limpeza de
populacional, revertendo a tendência verificada vias e logradouros públicos, os dados obtidos pelas
na edição anterior do Panorama, apesar de o país pesquisas demonstraram que os municípios tam-
ainda estar emergindo de uma crise econômica de bém foram responsáveis pelo manejo de Resíduos
consideráveis proporções. A geração total de RSU de Construção e Demolição (RCD) e por Resíduos
cresceu 1% no período pesquisado, mesmo avan- de Serviços de Saúde (RSS), embora tais frações
ço observado no Produto Interno Bruto do país. O sejam de responsabilidade direta dos respectivos
aumento registrado na geração de RSU per capita geradores.
foi de 0,48%, ao passo que o PIB per capita variou O volume de RCD e RSS coletados pelos muni-
positivamente em 0,2%. cípios em 2017 apresentou índices praticamente
A cobertura dos serviços de coleta de resídu- estáveis, mas ligeiramente inferiores aos valores
os sólidos urbanos avançou em todas as regiões registrados em 2016, e ainda bastante considerá-
e chegou a mais de 91% dos domicílios, mas ainda veis. Se forem somadas as quantidades de resídu-
implica em cerca de 19.000 toneladas de RSU por os sob gestão municipal, temos que as prefeituras
dia sem recolhimento que, certamente, são depo- brasileiras gerenciaram, no ano, aproximadamen-
sitadas em locais inadequados. A região Nordeste te 117 milhões de toneladas de resíduos sólidos e,
apresenta o menor índice de cobertura de coleta para tanto, investiram em média R$ 10,37 por ha-
de RSU, sendo a única abaixo dos 80%, apesar de bitante por mês, valor que é bastante reduzido pra
responder por 25% dos resíduos gerados no país. fazer frente sequer aos custos dos serviços básicos
A destinação adequada dos resíduos sólidos colocados à disposição da população.
urbanos coletados pelos municípios pouco avan- Outro dado verificado no Panorama 2017 e
çou, enquanto o volume enviado para lixões apre- que também traz uma situação preocupante refe-
sentou um crescimento de 3% de 2016 para 2017, re-se ao tratamento dos resíduos de serviços de
com 1.610 cidades fazendo uso dessas unidades, saúde, visto que 28% do que é coletado em hos-
que são a pior forma de destinação dos materiais pitais, clínicas e demais unidades de geração não
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Departamento de Resíduos Especiais É permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Odair Luiz Segantini
Publicação: Setembro | 2018