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Entre o final do século XIX e início do XX, despontam três polos que vão
modificar a dinâmica do par antigo/moderno. O primeiro desses polos, o dos
modernismos, passa por três realidades históricas: um, pelo movimento literário de
cultura hispânica, modernismo literário, que se contrapõe às visões materialistas,
possuindo um ímpeto aristocrático, e recusando a submissão aos modelos da
antiguidade clássicas. O segundo, chamado “modernismo religioso”, que fervilha no
catolicismo, refere-se à Igreja conservadora que está em bate com a sociedade após
as transformações da Revolução Industrial e da Revolução Francesa, tal como novas
vertentes teológicas, o pulular das ideologias liberal e socialista. E por último, tem-se
a “Modern Style”, termo que abrangerá uma série de movimentos artísticos europeus
e norte-americanos, que glorificam a novidade, rejeitam o academicismo e a
idealização da antiguidade clássica, acusada de produzir uma arte do artificial e
elitista. Esse modernismo artístico objetiva um mergulho no cotidiano, uma arte para
o povo.
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1MELLO E SOUZA, Laura de. Idade Média e Época Moderna: fronteiras e problemas. Revista da
Abren. Número 7, 2005.
Com a mesma dinâmica da valorização no par antigo-moderno trazida por Le
Goff, Mello diz que os renascentistas se identificavam como modernos, em oposição
aos “velhos” do medievo, exemplo de decrepitude, porém se identificavam com os
“antigos”, os gregos e romanos da antiguidade. Aqui vemos o exemplo de uma relação
entre antigo e moderno que não se dá por oposição, nem desvalorização de um dos
pares, mas por identificação e, pelo reconhecimento do fulgor dos antigos, uma
tentativa de afirmar ou no mínimo compartilhar daquela grandiosidade. Em
contraposição, o que torna possível identificação e valorização, cada vez mais
destacadamente, é a desvalorização e empobrecimento das realizações do período
intermediário.