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Aula #7: Trabalho e energia

Disciplina: Física 1
Prof: Yipsy Roque Benito
CONTEÚDOS
1. Introdução
2. Trabalho
3. Energia cinética e trabalho
4. Trabalho e energia com força variável
5. Potência
6. Energia potencial e conservação de energia
7. Energia Potencial Gravitacional
8. Energia Potencial Elástica
9. As forças conservativas e não-conservativas
OBJETIVOS
• O que significa que uma força realize trabalho sobre um corpo, e como
calcular a quantidade de trabalho realizado.
• Definição de energia cinética (energia de movimento) de um corpo, e
significado físico.
• Como o trabalho total realizado em um corpo muda a energia cinética do
mesmo, e como usar este princípio para resolver problemas mecânicos.
• Usar a relação entre o trabalho total e a variação de energia cinética quando
as forças não são constantes e o corpo segue uma trajetória curva, ou ambos.
• Solução de problemas envolvendo a potência (taxa de realização de
trabalho).
INTRODUÇÃO
Introdução
As leis de Newton permitem analisar muitos tipos de movimentos.
Contudo, tem problemas que envolvem detalhes do movimento que
não estão disponíveis usando os métodos simples aprendidos até
aqui.
vi  0

Exemplo: qual é a
velocidade final de um
carrinho na chegada de
um percurso de montanha
russa?
v f ?

Aqui a aceleração não é constante


Introdução

Existem outros métodos para abordar estes problemas, usando


uma forma mais simples para analisar o movimento.

Para isto, serão introduzidos os conceitos de trabalho e


energia e do princípio de conservação da energia, os quais
tiveram um papel preponderante no desenvolvimento da
Física.

Os mesmos podem ser estendidos a outras situações, tais


como reações químicas, processos geológicos e funções
biológicas.
Energia

O termo energia é tão amplo que é difícil pensar em


uma definição concisa.
Associa-se geralmente à capacidade de realizar um A conservação
efeito, uma ação. da energia total
de um sistema
A energia é uma grandeza que pode ser convertida de isolado é uma
uma forma para outra, mas não pode ser criada nem lei
fundamental
destruída.
da natureza.
Tecnicamente, a energia é uma grandeza escalar
associada a um estado de um sistema.

“Energia” é um conceito que vai além da mecânica de Newton e


permanece útil na mecânica quântica, relatividade, eletromagnetismo, etc.
TRABALHO
Trabalho, conceito físico

Não confundir W (trabalho ) com w (peso)


Trabalho, conceito físico

Um corpo que se desloca a uma distância s


ao longo de uma linha reta.
Uma força com módulo constate F atua
sobre ele na mesma direção e sentido do
deslocamento.
O trabalho realizado pela força constante F
é definido como:
Trabalho, conceito físico
Na forma vetorial , o trabalho representa o produto escalar de dois vetores:

E para diversas forças agindo sobre o corpo


Trabalho positivo, negativo ou nulo

Dependendo
das direções
relativas entre
a força e o
deslocamento
Trabalho realizado por diversas forças
Trabalho da
força normal e do
 peso

 F
fa

Δx

mg

Trabalho realizado pelos carregadores: Wc Fx


Trabalho realizado pela força de atrito: Wa   f a x  c mgx

Wtot   W  Wc  Wa Uma alternativa seria


calcular a força resultante Wtot  Fr s
TRABALHO E
ENERGIA CINÉTICA
Trabalho e velocidade
O trabalho total também é relacionado com a velocidade do corpo.
BLOCO DESLIZANDO SOBRE UMA MESA SEM ATRITO
(relação entre a aceleração e o trabalho)
Energia cinética
A energia cinética K é a energia associada ao estado de
movimento de um objeto.

Para um objeto de massa m, movendo-se com velocidade v


(muito menor que a velocidade da luz) a energia cinética é:
1 2
K mv
2

A unidade de energia cinética no SI é o joule (J):


1 joule = 1 J = 1 kg.m2/s2
Energia cinética e trabalho

“Realizar trabalho” é um ato de transferir energia. Assim, o


trabalho e a energia têm a mesma unidade e são grandezas
escalares.
Quando se aumenta a velocidade de um objeto aplicando-se a
ele uma força, sua energia cinética aumenta.

Então, dizemos que um trabalho é realizado pela força que age


sobre o objeto.
Energia cinética e trabalho
Problema 1-D: Um corpo de massa m se desloca na direção x sob ação de uma
força resultante constante que faz um ângulo  com o eixo.
Fx
Da segunda lei de Newton: ax 
m

Da cinemática para

aceleração F
F  
constante: v 2  v02  2ax s  2 x s v0
 v
m 
m x
s
1 1
Então: m v  mv02  Fx s
2

2 2 trabalho
realizado pela
força sobre o
variação da energia
corpo W  F  s
cinética do corpo

K  W
Teorema do trabalho-energia

O trabalho realizado pela força resultante sobre uma


partícula fornece a variação de energia cinética da partícula.

Os valores do trabalho e da variação da energia cinética podem


diferir de um sistema de referência para outro. Isto é porque os
valores de velocidade e deslocamento mudam para cada sistema de
referência inercial.
Trabalho e energia cinética em 2D ou 3D
(Força resultante constante com 3 componentes)
 
Se uma força resultante F provoca
 um deslocamento
  r numa
partícula de massa m, o trabalho de F é: W  F r
Para cada componente:
1 2 1 2
Fx x  mvx  mv0 x
2 2
1 1
Fy y  mvy2  mv02y
2 2
1 2 1 2
Fz z  mvz  mv0 z
2 2
Então:
 
W  F r  Fx x  Fy y  Fz z 
1 1 1 1
m( v 2x v 2y  v 2z )  m(v 0 2x v 0 2y  v 02z )  mv 2  mv0
2

2 2 2 2
TRABALHO E ENERGIA COM
FORÇA VARIÁVEL
Trabalho de uma força variável (1-D)
Seja F  F (x) a força resultante que atua sobre uma partícula de massa m.
Dividimos o intervalo (x2-x1) em um número muito grande de pequenos
intervalos xi. Então:
W   F ( xi )xi
i x2

No limite, fazendo x0 W   F ( x)dx


x1
(O trabalho é a área sob a curva da força !)
xf xf vf
dv
W  F ( x)dx  m 
xi xi
dt
dx  m  vdv 
vi

 m  v 2f  vi2   K
1
2
Este é o teorema do trabalho-energia cinética: “o trabalho da força resultante
que atua sobre uma partícula entre as posições x1 e x2 é igual à variação da energia
cinética da partícula entre estas posições”.
Trabalho realizado por uma força
elástica
Força da mola: F  kx
F kx
xf

Wmola   F ( x)dx
xi
xi xf
x
xf
1
Wmola  k  xdx   k ( x 2f  xi2 )
xi
2

 Se o trabalho sobre a mola (massa) for


F
realizado por um agente externo, seu valor
é o obtido acima, porém com sinal trocado.

(mola sendo esticada) Se xi < xf W<0


Teorema do trabalho-energia cinética: força
variável

 Uma massa atinge uma mola não distendida com velocidade v0 .
Qual é a distância que a massa percorre até parar?

v0
O trabalho da mola até a massa parar é:
k
m
W   k  x f  xi    kx f (pois xi  0)
1 2 2 1 2
2 2

K  m  v 2f  vi2    mv02
1 1
A variação da energia cinética será:
2 2
Portanto,
m m
K  W  kx  mv  x f  
2
f
2
0 v0  x  v0
k k
Trabalho de uma força variável: 3D

O trabalho infinitesimal dW de uma força F agindo ao longo de

um deslocamento infinitesimal ds é:
 
dW F  ds
Se a partícula descreve uma trajetória qualquer:
  
ds W  dW  F  ds   F ds cos
C C C

F (integral de linha)
Trajetória C

  F 
Se F Fx i  Fy ˆj  Fz kˆ

e Fx  Fx x  ; Fy  Fy ( y ) ; Fz  Fz (z ) somente: ds
xf yf zf

W   Fx dx   Fy dy   Fz dz
xi yi zi
Ausência de trabalho no
movimento circular uniforme

  A força centrípeta não realiza trabalho:


v ds
   
dW Fc  ds 0 , pois Fc  ds

Fc Pelo teorema do trabalho-energia cinética:

K  W  0


v cte

A força Fc altera apenas a direção do vetor velocidade,
mantendo o seu módulo inalterado.
POTÊNCIA
Potência
Até agora não nos perguntamos sobre quão rapidamente é
realizado um trabalho!
A potência P é a razão (taxa) de realização do trabalho por
unidade de tempo:
dW Unidade SI:
P
dt J/s = watt (W)

Considerando o trabalho em mais de uma dimensão: dW  F  d s


dW ds
P F
dt dt
O segundo termo é a velocidade. Então:

P F v
Trabalho e potência

Trabalho realizado sobre o corredor de 100 m rasos: 2,1 x 104 J


Trabalho realizado sobre maratonista (42 142 m): 5,9 x 106J
P. A. Willems et al, The Journal of Experimental Biology 198, 379 (1995)

2,110 4 J
Potência do corredor de 100 m rasos: P100   2100 W
10s
5,910 6 J
Potência do corredor de maratona: Pmar   816 W
26060s
ENERGIA POTENCIAL
GRAVITACIONAL
Energia potencial

Atentar pro sinal


negativo!!!
Energia potencial: definição (caso 1D)
Variação de energia potencial (caso unidimensional):
y

U  y0  y   U  y   U  y0   W    F ( y )dy
y0
É usual tomar y0 como uma configuração de referência fixa. Assim, a
energia potencial da partícula na configuração y é:
y
dU
U( y )  U( y0 )   F( y )dy F 
y0
dy

Notem que é preciso que a força seja uma função apenas da posição.

Do ponto de vista físico, apenas as variações de energia potencial são


relevantes. Então, pode-se sempre atribuir o valor zero à configuração de
 0
referência: U y  0
Conservação da energia mecânica
(Somente se a gravidade realiza trabalho)
Do teorema do trabalho-energia cinética para uma força que só
depende da posição:
W  K

Como U( y2 )  U  y1    W
1 2 1 2
U  y1   U  y2   mv2  mv1
A soma da 2 2
energia cinética
com a energia
1 2 1 2
potencial define mv1  mgy1  mv2  mgy2
a energia 2 2
mecânica total
do sistema: A energia
1 2 mecânica total
E  K U E mv  mgy  constante
2 não varia!
Conservação da energia mecânica
(quando atuam outras forças)
Do teorema do trabalho-energia cinética para uma força que só
depende da posição:

Woutras  Wgrav  K
Woutras  U1  U 2  K 2  K1

1 2 1 2
Woutras  mv1  mgy1  mv2  mgy2
2 2

O trabalho realizado por


outras forças além da
Woutras  E gravidade é igual à
variação da energia
mecânica total
ENERGIA POTENCIAL
ELÁSTICA
Força elástica e energia potencial
elástica x
1 2
Configuração de referência: x0= 0  U ( x)  0   (k ) xdx  kx
0
2
1 2 1 2
E  mv  kx  constante
2 2
1
v  0 e x  A  E  kA2
2
1 2
v  vmax e x  0  E  mvmax
2
1
v  0 e x   A  E  kA2
2
1 2
v  vmax e x  0  E  mvmax
2
1 2
v  0 e x  A  E  kA
2
FORÇAS CONSERVATIVAS E
NÃO-CONSERVATIVAS
Energia potencial em mais dimensões
Em mais de uma dimensão, só é possível definir a energia potencial
para forças conservativas.
Uma força é dita conservativa se o trabalho que ela realiza sobre
um corpo que se desloca entre dois pontos não depende da trajetória
seguida pelo corpo, mas apenas das posições inicial e final.
Equivalentemente, uma força é conservativa se o trabalho que ela
realiza sobre um corpo que descreve um percurso fechado é zero.
Exemplos de forças conservativas:
1. força gravitacional
2. força elástica
3. qualquer força unidimensional que só dependa da posição: F(x)

Com técnicas de cálculo mais avançadas, é possível estabelecer


um critério matemático simples para determinar se uma força é
conservativa.
Trabalho de forças conservativas

B
L
d
A


C

Trabalho realizado pela força gravitacional ao longo do circuito


fechado A B  C indicado:

WA  WB  WC  mgd  mgLsen  0  0
Forças não-conservativas
Forças não-conservativas: seu trabalho depende da trajetória.

Exemplos: força de atrito e força de arraste.


 
atr  A  B    fatr
W
Watr ( AB )  f atr ddssf fatratrLLAA
BB

CC

  c mgd reta

 c mg d / 2 semi-círculo

Nesse caso, não é possível definir uma energia potencial porque o


trabalho da força de atrito depende da trajetória descrita pelo corpo.
Energia mecânica em mais
dimensões
Generalizando, sempre se pode associar uma energia potencial
a uma força conservativa:

   
r  
U (r )  U (r0 )  W (r0  r )    F dr

r0

 
Note que não é preciso dizer qual trajetória tomar entre r0 e r .

Se só há forças conservativas, então a energia mecânica total


(potencial + cinética) é conservada:

E  K  U  constante
Energia mecânica na presença de
forças não-conservativas
Entretanto, se há forças não-conservativas:

W  Wnãocons  Wcons  K 
  Wnão cons  K  U  Emec
Wcons  U 

No caso de forças como de atrito e de arraste, o trabalho é sempre


negativo (a força é sempre no sentido oposto ao deslocamento):

Watrito   f atrito L  0  Emec  0

Como o trabalho forças dissipativas é sempre negativo, a energia


mecânica do sistema sempre diminui na presença delas.
Lei de conservação da energia

O trabalho das forças dissipativas (e a consequente diminuição da energia


mecânica) é acompanhado de um aumento da temperatura dos corpos em contato
(aumento da agitação térmica das moléculas):
 variação da energia interna = - trabalho das forças dissipativas

Watrito  Eint 
  Eint  Emec    Eint  Emec   0
Watrito  Emec 

Etotal  Eint  Emec  constante


A energia total de um sistema isolado, mecânica mais interna, é conservada.
Em geral, há outras formas adicionais de energia (elétrica, magnética,...) que,
uma vez adicionadas acima, fornecem uma quantidade que se conserva.
Exemplo:
O bloco de massa m é solto de x = d. Qual é sua velocidade em
x = 0?
a) Sem atrito 1 2 
K  mv  0 
 2 
F   K  U
1 2
U  0  kd
2 
d 1 2 1 2
mv  kd  v 
k
d
2 2 m

b) Com atrito
 E  K  U  Watr   c mgd
F
1 2 1 2
mv  kd  c mgd
 2 2
d fa
kd 2
v   2c gd
m
fim
Física Geral e Experimental I

Trabalho e Energia Cinética

Prof. Hebert Monteiro


46
47
A unidade de Trablaho no S.I. é o Joule. Sendo a unidade da força o Newton
(N) e a unidade do deslocamento o metro (m), concluimos que:
1 joule = (1 newton) (1 metro) ou 1J = 1 N.m
48
Quando a força aplicada está na direção do movimento temos o trabalho
representado pela equação W = F.d, porém, se ao empurrar um carro por
exemplo, a força aplicada formar um ângulo Ф com o seu deslocamento?
Nesse caso F possui uma componente na direção do deslocamento
FII = F.cosФ e uma componente na direção perpendicular ao movimento
F _|_ = F. sen Ф. Neste caso somente a componente FII é importante pra
nós, pois, é atuante no movimento, tornando a equação do trabalho:

W = F.d.cos Ф

49
Exercício
1) Esteban exerce uma força uniforme de 210N sobre o carro enguiçado na figura
anterior, conforme o desloca por uma distância de 18m. O carro também está
com um pneu furado, de modo que para manter o movimento retilíneo Esteban
deve empurrá-lo a um ângulo de 30° em relação ã direção do movimento. a)
Quanto trabalho ele realiza? b) Disposto a cooperar mais, Esteban empurra
outro carro enguiçado com uma força uniforme F = (160N)i – (40N)j. O
deslocamento do carro é d = (14m)i + (11m)j. Quanto trabalho ele realiza neste
caso?

50
Trabalho: positivo, negativo ou nulo.

51
Exemplo de trabalho nulo

52
Exemplo de trabalho negativo

53
Trabalho realizado por diversas forças
O fazendeiro engata o trenó
carregado de madeira ao seu
trator e o puxa até uma
distância de 20m ao longo de
um terreno horizontal. O peso
total do trenó carregado é igual
a 14700 N. O trator exerce uma
força constante de 5000N,
formando um ângulo de 36,9°,
acima da horizontal, como visto
na figura. Existe uma força de
atrito de 3500N que se opõe ao
movimento. Calculemos o
trabalho que cada força realiza
sobre o trenó e o trabalho total
realizado por todas as forças.

54
Solução
1°) Passo: Identificar os ângulos entre cada força e o deslocamento.
Wp = 0 (direção perpendicular ao deslocamento), pela mesma razão:
Wn = 0, logo Wn = Wp = 0.

Falta considerar a força exercida pelo trator Ft e a força de atrito f. Pela equação,
o trabalho realizado por Ft é:
Wt = Ft.d.cosФ => Wt = (5000N) . (20m) . 0,800 => Wt = 80000 N.m = 80Kj

A força de atrito possui sentido contrário ao deslocamento de modo que Ф = 180°.


Wf = f.d.cos180° = (3500N) . (20m) . (-1) => Wf = (-70Kj)

Wtot = Wp + Wn + Wt + Wf = 0 + 0 + 80Kj + (-70Kj) => Wtot = 10Kj

55
Energia cinética e o teorema do trabalho-energia.
O trabalho total realizado pelas forças externas sobre um corpo é relacionado com o
deslocamento do corpo. Contudo o trabalho total também é relacionado com a
velocidade do corpo.

56
Imaginem um objeto de massa m movimentando-se na horizontal da esquerda
para direita. Imaginem também que em um determinado momento da sua
trajetória uma força é aplicada na mesma direção do movimento, realizando
um trabalho positivo sobre ele e assim aumentando a velocidade do objeto,
que passa de vo para vf, indo do ponto xo ao ponto xf, realizando assim um
deslocamento d = xf –xo. Podemos dizer então que:

2 2
Vf = Vo + 2.a.d

Pela segunda lei de Newton: F = m . a


Isolando a aceleração na primeira fórmula, temos:

2 2
a = Vf – Vo
2.d
Substituindo na equação da segunda lei de Newton, temos:

2 2 2 2
F = m . Vf – Vo  F.d = m . Vf - m . Vo
2.d 2 2
57
O produto F.d é o trabalho W realizado pela força resultante F e, portanto é o
trabalho total Wtot realizado por todas as forças que atuam sobre a
partícula.

2
A grandeza m . V é denominada energia cinética K do objeto:
2

2
K=m.V
2

A energia cinética é uma grandeza também escalar e só depende da massa e


da velocidade do objeto, sendo indiferente o sentido e a direção do
movimento.

58
2 2
Voltando à equação: F.d = m . Vf - m . Vo , podemos interpretá-la em termos
2 2
do trabalho e da energia cinética.

2 2
Se o primeiro menbro Kf = m . Vf e o segundo membro Ko = m . Vo , a dife-
2 2
rença entre os dois termos é a variação da energia cinética. Logo, dizemos:

O trabalho realizado pela força resultante sobre a partícula fornece a variação


da energia cinética da partícula:

Wtot = Kf – Ko = ΔK

Este resultado é conhecido como o Teorema do Trabalho-energia.

59
• Quando o Wtot é positivo, a energia cinética aumenta (a energia final K2 é
maior que a energia inicial K1) e a velocidade final da partícula é maior que
a velocidade incial.

• Quando Wtot é negativo, a energia cinética diminui (K2, é menor do que K1)
e a velocidade final da partícula é menor do que a velocidade incial.

• Quanto Wtot = 0, a energia cinética é constante (K1 = K2) e a velocidade


não se altera.

A energia cinética e o trabalho possuem as mesmas unidades de medida,


ou seja o Joule (J).

60
• Exercícios

1) Vamos utilizar como objeto o trenó carregado de madeira do exemplo


anterior. Suponha que a velocidade inicial v1 é 2,0 m/s. Qual a velocidade
escalar no trenó após um deslocamento de 20m ? Calcular utilizando o
teorema do trabalho-energia. (Wtot = K2 – K1). Obs: m = p/g (Massa é o
quociente entre peso e gravidade).

61
2) Em um bate estaca, um martelo de aço de 200 kg é elevado até uma altura
de 3,0m acima do topo de uma viga I vertical que deve ser cravada no solo
como mostra a figura. A seguir, o martelo é solto, enterrando mais 7,4cm a
viga I. Os trilhos verticais que guiam a cabeça do martelo exercem sobre
ele uma força de atrito constante igual a 60N. Use o teorema do trabalho-
energia para achar: a) a velocidade da cabeça do martelo no momento em
que atinge a viga I. b) a força média exercida pela cabeça do martelo sobre
a mesma viga. Despreze os efeitos do ar.

62
• 3) Dois rebocadores puxam um navio petroleiro. Cada rebocador
exerce uma for;a constante de 1,80 x 106N. , uma a 14º na direção
noroeste e outra a 19° na direção nordeste, sendo o petroleiro
puxado 0,75 km. Qual o trabalho total realizado sobre o petroleiro?

• 4) Use o teorema do trabalho-energia para resolver os seguintes


problemas: a) Um galho cai do topo de uma arvore de 95,0 m de
altura, partindo do repouso. Qual a sua velocidade ao atingir o solo?
b) Um vulcão ejeta uma rocha diretamente de baixo para cima a
525m no ar. Qual a velocidade da rocha no instante em que saiu do
vulcão? c) Uma esquiadora que se move a 5,0 m/s encontra um
longo trecho horizontal aspero de neve com coeficiente de atrito
cinético com 0,220 com seu esqui. Qual distância ela percorre
desse trecho antes de parar? (d) Suponha que o trecho áspero
tivesse apenas 2,90 m de comprimento. Qual seria sua velocidade
no final do trecho?

63
• Para acelerar uma partícula de massa m a partir do repouso (energia
cinética zero) até uma velocidade v, o trabalho realizado sobre ela deve ser
2
igual à variação da energia cinética desde zero até K = m. v
2

Wtot = K – 0 = k
Wtot = k

Portanto, quando em repouso, a energia cinética de uma partícula é igual ao


trabalho total realizado para acelerá-la a partir do repouso até sua
velocidade presente.

64
Trabalho e energia com forças variáveis
• Até o momento consideramos apenas forças constantes e movimentos
retilíneos, porém podemos imaginar diversas situações em que as forças
aplicadas variam em módulo, direção e sentido e o corpo se desloca em
trajetória curva por exemplo.

• Exemplo de força variável: Quando comprimimos uma mola. Quanto mais


comprimimos a mola, maior é a força que temos que aplicar sobre ela, de
modo que a força então não é constante.

• O teorema do trabalho-energia também é verdadeiro para essas situações


e com ele analisaremos os vários movimentos.

65
x2

 F dx
x1
x

Trabalho realizado por uma força variável em movimento retilíneo

Imaginem por exemplo dirigir um


carro em estrada retilínea com sinais
de parada onde o motorista precisa
alternar entre pisar no freio e no
acelerador.
Agora visualizem no primeiro gráfico
uma partícula que possui uma
determinada força na posíção x1 e
outra força na posiçao x2. Abaixo
verifiquem o gráfico da força em
funçao da distância.

Wtot = Fax Δxa + Fbx Δxb + …


x2
W=
 F dx
x1
x

66
Aplicando o conhecimento em deformações de molas
Para esticarmos uma mola à uma distância x além de sua posição não
deformada, devemos aplicar uma força de módulo F em cada uma de suas
extremidades. O módulo da força F é diretamente proporcional ao módulo
do deslocamento x:

Fx = K.x

Constante da mola.

67
x

 Kx.dx
x

 Kx.dx
0

O trabalho realizado por F quando o alongamento varia de zero a um valor


máximo X é dado por:
x x
W=
 Fx
0
.dx =
0
 Kx.dx
= 1 KX
2
2

Quando temos uma mola sendo alongada x1 e depois de x1 sendo


alongada x2, o trabalho realizado para esticá-la até um alongamento final x2
é dado por:
x2 x2

W=  Fx.dx =  Kx.dx 2
= 1 Kx2 - 1 Kx1
2

x1 x1 2 2

68
Exercício
• Uma mulher pesando 60N está em pé sobre uma balança de mola
contendo uma mola rígida como na figura abaixo. No equilíbrio, a mola está
comprimida 1,0 cm sob a ação do seu peso. Calcule a constante da mola e
o trabalho total realizado pela força de compressão sobre a mola.

69
Teorema do trabalho-energia para um movimento retilíneo com força
variável
Como sabemos a intensidade da força é diretamente proporcional à
velocidade do movimento descrito pelo objeto. Assim, quando temos uma
situação onde a força varia durante o movimento retilíneo, teremos também
a velocidade do objeto variando durante o deslocamento. A equação que
representa tal situação é:

v2

Wtot =  m.v .dv


v1
x x

2
A integral de Vxdvx é simplesmente igual a vx . Substituindo os limites da
2
integral, achamos finalmente:

2 2
Wtot = mv2 – mv1
2 2

70
Exercício

• Um cavaleiro com 0,100Kg de


massa está ligado à
extremidade de um trilho de ar
horizontal por uma mola cuja
constante é 20 N/m.
Inicialmente a mola não está
esticada e o cavaleiro se move
com velocidade igual a 1,5 m/s
da esquerda para a direita.
Encontre a distância máxima d
que o cavaleiro pode se mover
para a direita. a) Supondo que
o ar esteja passando no trilho e
o atrito seja desprezível. b)
Supondo que o ar não esteja
passando pelo trilho e o
coeficiente de atrito cinético
seja μc = 0,47.

71
Potência
• Muitas vezes precisamos saber quanto tempo demoramos para realizar um
trabalho. Isso pode ser descrito pela potência. Na linguagem comum
potência é confundido com energia ou força. Na física, temos uma definição
muito mais precisa, onde potência é a taxa temporal da realização de um
trabalho. Trata-se de uma grandeza escalar cuja unidade de medida é o
Watt (W). 1W = 1J/s

72
73
• No sistema inglês a unidade de medida de potência é o horsepower (hp)
que quer dizer potência de cavalo)

1 hp = 746 W

74
• Em mecânica podemos escrever a potência em função da força e da
velocidade, sendo:

P = F.v

Exercício:

1) Cada um dos dois motores a jato de um avião Boeing 767 desenvolve


uma propulsão (força que acelera o avião) iagual a 197000N. Quando o
avião está voando a 250m/s (900 km/h), qual a potência instantânea que
cada motor desenvolve? Em W e hp.

75
2) Uma velocista de Chicago com massa de 50,0 Kg sobe correndo as
escadas da Torre Sears em Chicago, o edifício mais alto dos Estados
Unidos, altura de 443 m. Para que ela atinja o topo em 15,0 minutos, qual
deve ser a sua potência média em watts? E em quilowatts? E em
horsepower?

76
FORÇA E ENERGIA
POTENCIAL
Força a partir de Energia Potencial
x
U ( x)  U ( x0 )  W ( x0  x)    F ( x) dx
x0

dU
F ( x)  
dx

 dU  F(x0) = 0
  0
 dx  x  xo U(x0): Mínima ou Máxima
Trabalho de uma força constante:
a força gravitacional na superfície da
Terra
Se o corpo se eleva de uma altura d:

v  W mgd cos mgd cos180 0  mgd

 d (o sinal negativo indica que a força gravitacional retira a
Fg
energia mgd da energia cinética do objeto durante a

subida).
v0  Agora, qual é o trabalho realizado pela força peso sobre
 um corpo de 10,2 kg que cai 1,0 metro?
Fg
W 10,2 9,81,0  100 J
Qual é a velocidade final do corpo, se ele parte do repouso?
1 2 1 2 1 2
K  mv f  mvi  mv f  W
2 2 2 ( O mesmo resultado, obviamente,
2W 200 poderia ter sido obtido diretamente da
 vf    4, 4 m/s equação de Torricelli).
m 10, 2
Um pouco de história

definição da unidade James Watt 1736-1819


cavalo-vapor:
1 cv = 550 lb.ft/s v = 1,0 m/s
1 cv = 746 W
m ~ 76 kg

Unidade de potência criada por Watt para fazer


Esquema de máquina a vapor o marketing de sua máquina em uma sociedade
de James Watt - 1788 fortemente dependente do (e acostumada ao)
trabalho realizado por cavalos.
1a motivação: retirada da água das minas de carvão.
Energia cinética relativística:
curiosidade
 
 1 
K  m0 c 2   1 2.0
2
 1 v 
 c2 
(energia cinética relativística) relativística

2
K / m0c
1.0

No limite para v << c : clássica

1
K  m0 v 2 0.0
2 0.0 0.5 1.0 1.5
v/c
(energia cinética clássica)
DIAGRAMAS DE ENERGIA
Diagramas de energia e estabilidade
do equilíbrio
Ponto de retorno ou reversão: a velocidade se anula e troca de sinal

Ponto de equilíbrio instável:


F(x) = 0 e U(x) é máximo

K Pontos de equilíbrio indiferente:


F(x) = 0 e U(x) não é máximo nem
U mínimo

Pontos de equilíbrio estável:


dU
F  F(x) = 0 e U(x) é mínimo
dx
Diagrama da Energia Potencial Elástica
Energia potencial de um bloco de massa m preso a uma mola de constante
elástica k :
U(x)
1
U ( x)  k x 2
2
Conservação de energia: E
K
1 2 1 2 U
E  mv  kx  constante -xm 0 xm x
2 2
 K  E U (x)
Desta relação e do diagrama, vemos que o movimento do bloco é limitado a
pontos x compreendidos no intervalo  xm  x  xm . De fato, para pontos x fora deste
intervalo, teríamos U ( x )  E , e portanto K  0 , o que é obviamente impossível.
x m e  x m são os pontos de retorno, onde a velocidade é nula:
2 E kx2
v ( x)   
m m
Ligação química: Potencial de Lenard-
Jones

F>0 repulsão

F
F<0 atração

U
Mínimo de energia

Exemplo de ligação representada por


Um potencial Lenard - Jones
Energia potencial gravitacional : força

Força gravitacional: 
r F
 GMm  
F  2 rˆ ds
r
1
r
  r r
U ( r ) U ( r0 )   F  ds   F ds   F ( r ) dr , pois ds  dr  2
r0 r r0
r
r
GMm
 2
dr
r0
r
Tomando a configuração de referência U (r0  ) 0 :
r
 GMm GMm
U ( r )   2 dr  

r r
Energia potencial gravitacional: perto da superfície do
astro
 1 1
U ( R  y )  U ( R)  GMm   
U(r) R y R
y  GM 
 GMm   2  my  mgy
RR  y  R 
g  9,8 m/ s 2

0 R R+y
r
y
Pode-se estimar g a uma altura de 400 km:
2
GM GM  R 
g´ h  400 km    2   
 R  h R  Rh
2

GMm
  6, 4 
2

R  9,83     8, 7 m/s 2

 6,8 
R 6,3710 3 km
Velocidade de escape

v  vesc v0

Velocidade limiar para escapar da atração gravitacional de um astro:


 velocidade de lançamento tal que chegue ao infinito com
velocidade nula. Por conservação de energia mecânica:
E  K ( R) U ( R) K () U ()  0
1 2 1 2 GMm
E mvesc  U  R   U ()  0  mvesc 
2 2 R
2GM GM
vesc   2 2 R  2 gR
R R
vesTerra
c  11, 2 km/s
Buracos negros
Se igualarmos a velocidade de escape à velocidade da luz,
obtemos o raio de um buraco negro de massa M:

2GM 2GM
vesc  cR 2 Raio de Schwarzschild
R c

Embora esse resultado da mecânica newtoniana seja igual ao


que é obtido na Teoria da Relatividade Geral, isso é apenas uma
coincidência!

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