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Como eu aprendo

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INFORMATIVO Como eu aprendo


Tirando suas dúvidas sobre DISLEXIA

As perguntas abaixo foram as selecionadas em meio às centenas de perguntas que me foram


enviadas por pais, professores e profissionais da área da saúde e educação através de um
formulário.

Dúvidas sobre as características da Dislexia

1. O que é Dislexia?
Keates (2000), em um livro sobre as tecnologias de informação & comunicação e dislexia,
admite francamente: “No decorrer das pesquisas para este livro, tentei encontrar uma
definição única e amplamente aceita de dislexia. Entretanto, depois de encontrar 28
definições diferentes sem sequer esgotar minha busca, eu desisti.”
Ou seja, existem várias definições aceitas sobre a Dislexia. Para nos nortear, podemos
considerar a do DSM-V e do CID-10. No sistema de saúde brasileiro (público ou particular), o
CID-10 é o mais utilizado. Sendo assim, Dislexia no CID-10 é denominada Transtorno
Específico de Leitura e trata-se de um quadro pertencente aos transtornos específicos do
desenvolvimento das habilidades escolares. Ele propõe que a característica essencial do
transtorno é o comprometimento específico e significativo do desenvolvimento das
habilidades de leitura não atribuível à idade mental, a transtornos de acuidade visual ou
escolarização inadequada.

2. Como verificar se o aluno pode ter dislexia?


Além da dificuldade significativa nas habilidades fonológicas, os portadores de dislexia
apresentam memória verbal de curto prazo limitada (dificuldades em entender instruções de
uma ou mais etapas, de repetir ordem numérica e de calcular mentalmente); expressam-se
com dificuldades (por exemplo, procuram palavras); têm problemas de enunciado, sobretudo
quando utilizam palavras longas ou complicadas; têm dificuldades de memorizar
acontecimentos sucessivos e de organizá-los no tempo e no espaço; adquirem precariamente
o vocabulário, um vocabulário técnico ou uma língua estrangeira.

3. Quais as causas da dislexia?


Há um consenso tanto nos transtornos de aprendizagem como da psicopatologia infantil de
que as manifestações desses transtornos representam, na maioria dos casos, o resultado de
influências diversas de fatores biológicos, psicológicos, educacionais, sociais e culturais.
Dessa forma, existem estudos que relatam fatores genéticos, neurobiológicos e
neuropsicológicos, bem como fatores familiares, sociais e culturais.

4. A dislexia tem vários graus? Como identificar os tipos de dislexia?


Na CID-10 não há descrição de subtipos do Transtorno Específico de Leitura.
Porém, algumas pesquisas classificam os transtornos em:
Transtorno de leitura – dificuldades principalmente de decifração e/ou atenção e de memória.
Transtorno de leitura – dificuldades principalmente de compreensão.
Transtorno de leitura e/ou escrita – dificuldades principalmente de linguagem, de fluência, de
ortografia ou de motricidade.

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5. Para uma criança ser considerada disléxica tem que ter o QI igual ou superior à idade?
E se não for disléxica, caso tenha o QI inferior, qual pode ser seu problema?
Sim. O primeiro critério a ser analisado para o diagnóstico de dislexia é que a criança tenha
o QI de acordo com o esperado para sua idade (acima de 70) ou superior. Pois, se o QI for
abaixo, trata-se de um déficit cognitivo ou Deficiência Intelectual. Neste caso, ela apresentará
dificuldades de aprendizagem, mas não se trata de um transtorno.

6. É possível ter o problema em uma determinada área somente? Por exemplo: é possível
você ter facilidade em diversas áreas e quando se diz respeito à Matemática, cálculos
e horas, tudo relacionado aos números, por mais que se tente aprender, não consegue?
Os transtornos de aprendizagem podem afetar apenas uma área (Leitura, Escrita ou Cálculo)
ou podem ser concomitantes. Dessa forma, um disléxico pode ser muito bom em matemática
ou em outras áreas do conhecimento que envolvam habilidades diferentes da leitura, por
exemplo.

7. Toda criança que tem dislexia também tem problemas no PAC (processamento auditivo
central) e no processamento visual?
Nos critérios utilizados pelo CID-10 ou pelo DSM-V não há descrição das habilidades
prejudicadas nos portadores de Dislexia, ou seja, um diagnóstico pode ocorrer sem observar
estas áreas. Porém, a Associação Americana de Dislexia define que “há uma combinação de
dificuldades que afetam o processo de aprendizagem em uma ou mais áreas da leitura,
ortografia e escrita. Dificuldades concomitantes podem ser identificadas nas áreas de
processamento da velocidade, memória de curto prazo, sequencialização, percepção auditiva
e/ou visual, linguagem falada e habilidades motoras”.
Ou seja, déficits no PAC e no processamento visual são indícios compatíveis com dislexia,
mas, necessariamente, não se tratam de critérios para o diagnóstico.

8. Quais as evidencias de dislexia numa criança de 5 a 7 anos? Para qual profissional


deve ser encaminhado?
O profissional que tem por definição avaliação e intervenção de dificuldades de aprendizagem
é o psicopedagogo. Porém, por tratar-se de um transtorno que apresenta características em
diversas áreas, um psicólogo especializado em dificuldades de aprendizagem ou
neuropsicologia, fonoaudiólogos que atendam dificuldades de leitura e escrita ou mesmo um
neuropediatra poderão realizar o diagnóstico de dislexia.
Quanto às evidencias a serem observadas, além das características já relatadas, a criança
disléxica pode:
- hesitar nas palavras;
- confundir letras com formas semelhantes na leitura, como o u e o n;
- omitir palavras pequenas ou o final das palavras ao ler;
- substituir palavras semanticamente relacionadas, por exemplo, ler gato ao invés de cão;
- usar inadequadamente tempos verbais.

Dúvidas sobre Avaliação e Intervenção (tratamento) da Dislexia

1. Quero ajudar meu filho a aprender a ler e escrever, mas não sei como. O que faço?
As Línguas que têm base alfabética (correspondência estreita entre a maneira como se fala
e como se escreve), como o Português, facilitam a aprendizagem da leitura e escrita do
disléxico. Dessa forma, o melhor método de alfabetização é o que trabalhe os aspectos de
associação entre as letras (grafemas) e os sons (fonemas). Ausência de métodos ou
miscelânea não contribuem para crianças com dificuldades de aprendizagem em geral.

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2. Como treinar a leitura de uma criança disléxica?


A leitura fluente não é apenas uma questão de treino. Assim como a escrita também não o é.
Aquela máxima de que, se a criança escreve errado é falta de leitura, é um mito. As
habilidades envolvidas na leitura e na escrita são distintas e ninguém lê um texto tentando
memorizar a forma ortográfica das palavras. Da mesma forma que não é APENAS cobrando
leitura diária que o disléxico irá melhorar sua fluência. Ler constantemente contribui para o
processo de automatização da leitura (rota lexical), mas é importante que todos
compreendam que, quando o leitor lê um texto, está preocupado em compreender o sentido
dele e não se sua velocidade de leitura é adequada, por exemplo.

3. Existe algum método para a criança aprender tabuada e horas?


O ideal é que a criança compreenda o processo, o raciocínio por trás da tabuada e do relógio.
E isso vale para crianças disléxicas e não disléxicas.

4. Todos os neurologistas são capazes de diagnosticar a dislexia? É necessário algum


exame médico?
Os exames médicos não identificam a dislexia. Apenas descartam outros fatores que
justificariam o fato da criança não estar aprendendo adequadamente. É o mesmo caso do
teste de QI já mencionado.

5. Todos os psicopedagogos estão preparados para atender o disléxico?


Teoricamente, todos os psicopedagogos estão habilitados a avaliar e atender um disléxico.
Mas, infelizmente, a maioria dos cursos de formação não abordam amplamente este tema,
sendo mais generalista no assunto e, portanto, oferecendo conhecimento superficial sobre o
transtorno.
Há outra questão relacionada à abordagem teórica do profissional. Para algumas
abordagens, as dificuldades de aprendizagem não são classificadas como um transtorno
cognitivo.

6. Como saber se a psicopedagoga se encaixa nas dificuldades da criança disléxica?


É difícil elaborar um check-list para que os pais ou professores avaliem a atuação de um
profissional. O ideal é conversar com a psicopedagoga sobre o transtorno, a abordagem
teórica que adota e sua experiência no assunto. Procurar informações na internet ou mesmo
com a escola para saber maiores informações sobre sua atuação também ajuda bastante.

7. É possível perceber o avanço da criança em quanto tempo? Por quanto tempo deverá
acontecer o tratamento?
A dislexia é um transtorno e, portanto, não tem cura. Existem níveis de comprometimento que
vão do leve ao severo. Casos severos, requerem atendimento por toda a vida escolar.

8. Quais profissionais que devem acompanhar a criança disléxica?


Profissionais capacitados em ajudá-la a desenvolver as habilidades de leitura e escrita
comprometidas por causa do transtorno. Não se trata de determinar se é um psicopedagogo,
um fonoaudiólogo, um pedagogo, um educador especial. Trata-se de observar se o
profissional tem a capacitação para atuar com disléxicos. O psicólogo, apesar de, na maioria
dos casos não atuar diretamente com alfabetização, contribui na compreensão do transtorno
por parte da criança e na resolução de conflitos emocionais ou sociais que possam surgir. Os
terapeutas ocupacionais ou psicomotricistas também atuam nas habilidades de coordenação
motora, percepção visual e lateralidade que, por ventura, possam estar comprometidas.

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9. Quais processos de intervenção eficazes para construção da alfabetização na


adolescência?
Os processos de intervenção são os mesmos. O que vai mudar é adaptação temática das
atividades. E, muito possivelmente, a necessidade de apoio psicológico por se tratar de uma
etapa onde a autoestima precisa estar preservada para o enfrentamento dos conflitos comuns
à ela.

10. Como ter certeza que uma criança tem dislexia já que o psicopedagogo não é o único
especialista a diagnosticar?
Resposta para profissionais: procurar qualificação para realizar o diagnóstico. Existem
critérios diagnósticos que devem ser observados. Desde que sejam respeitados e utilizados
por alguém que compreenda o transtorno, o diagnóstico pode ser dado tranquilamente.
Resposta para pais e professores de disléxicos: procurar um profissional qualificado.

Dúvidas sobre legislação e direitos dos disléxicos

1. A criança com dislexia consegue copiar a tarefa escolar da lousa? Se sim, qual a
média? Os professores conseguem compreender essa dificuldade?
A Resolução CNE/CEB nº 2, de 11 de fevereiro de 2001, que institui as diretrizes nacionais
para a Educação Especial na Educação Básica (Ed. Infantil, Ens. Fundamental e Ens. Médio),
trata das Necessidades Educacionais Especiais (NEE’s) e assegura adaptações a serem
realizadas pela escola para alunos que, mediante avaliação, apresentem dificuldades de
aprendizagem acentuadas, de causa orgânica específica ou não. Dessa forma, se o aluno foi
avaliado e tem um diagnóstico de dislexia, os professores são obrigados a flexibilizar e
adaptar o currículo dos conteúdos básicos, metodologias de ensino, recursos didáticos
diferenciados e processos de avaliação, em consonância com o projeto pedagógico da
escola.

2. A criança com dislexia pode frequentar aulas regulares?


Sim! Independente das dificuldades e das causas, todos os alunos com dificuldades de
aprendizagem (salvo casos de grave deficiência mental ou múltipla – segundo a resolução já
citada) devem frequentar salas de aula regulares.

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