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Breve Introdução

ao Simbolismo Astrológico

Tradicional
“De todas as especulações que atualmente se podem fazer sobre o mundo, nenhuma
teria sido possível se os homens não tivessem visto nem os astros, nem o Sol, nem o
Céu. Mas a verdade é que existem o dia e a noite, os equinócios, os solstícios, coisas
que nos deram o conhecimento do número e nos permitiram especular sobre a
essência do universo. Graças a isso foi-nos dada essa espécie de ciência, da qual se
pode dizer que nenhum bem maior foi jamais dado ao homem... O motivo pelo qual
Deus criou a visão foi sua presciência de que, tendo nós, homens, observado os
movimentos periódicos e regulares da inteligência divina nos céus, poderíamos fazer
uso deles em nós mesmos: tendo estudado a fundo esses movimentos celestes, que
são partícipes da retidão da inteligência divina, poderemos então ordenar por eles
nossos próprios pensamentos, os quais, entregues a si mesmos, não cessam de
errar.”

— Platão

Parte I
O Que é Astrologia Tradicional

Ciência Tradicional e Ciência Moderna


Este é um curso de introdução à Astrologia Tradicional. Por isso, antes de mais nada,
precisamos procurar definir, ou pelo menos clarear, o que é a ciência tradicional em geral. Para
tanto, vamos distingui-la da ciência moderna.
A ciência natural moderna é o estudo dos aspectos matematizáveis dos entes naturais, que
correspondem aproximadamente às causas material e eficiente dos fenômenos, ao passo que a
ciência tradicional é o estudo do aspecto qualitativo dos mesmos entes, que corresponde às
causas formal e final. Ao estudar a água, por exemplo, o cientista moderno vai procurar saber do
que ela é feita (causa material), como surge (causa eficiente) e como se comporta — e vai dizer
que a água é feita de H e O, surge pela exposição desses dois elementos a um determinado tipo
de energia num determinado meio e apresenta determinados tipos de movimento, expressos
segundo certas fórmulas matemáticas.
Os elementos H e O são a causa material da água,. mas a água só existe realmente quando
H e O estão ordenados de tal modo que essa matéria passa a fazer parte de um novo ser, distinto
tanto de H quanto de O e dotado de propriedades específicas, diferentes das de H e de O. O
modelo das propriedades específicas da água é a sua causa formal, e é mais adequado dizer que a
água é esse modelo do que dizer que ela é H2O.
Tudo o que ocorre sempre ou com muita freqüência com um determinado ente é
expressão de uma intenção natural desse ente. A intenção natural não é necessariamente uma
intenção consciente; significa apenas o fim natural para o qual tende o ente. Esse fim natural é a
causa final do ente. Em todo ente natural, seu fim próprio é atingir, em sua ordem material, o
estado mais semelhante ao seu modelo. Na água, por exemplo, o fato de procurar sempre o lugar
mais baixo deve-se ao fato de o baixo ser, na ordem terrestre, o reflexo mais adequado da
Passividade Universal, que é o modelo representado pela água.
Em suma, o objetivo de toda ciência tradicional é conhecer não principalmente as causas
material e eficiente, mas a causa formal e a causa final das coisas, ou seja, o modelo delas e o
estado que mais se assemelha a esse modelo na ordem natural a que pertencem. Para estudar um
determinado fenômeno, o cientista tradicional vai, em primeiro lugar, estudar quais são as
condições mais gerais para a existência desse fenômeno; depois, quais são as determinações que
diferenciam essas condições; e, por fim, com essas determinações, vai construir um sistema
simbólico.
A Astrologia, por exemplo, é a ciência que estuda o tempo e quer conhecer quais são as
diferenças que existem entre as coisas simplesmente pelo fato de essas coisas existirem em
tempos diferentes. Os tempos se diferenciam pelos movimentos dos astros. Esses movimentos,
estudados e compreendidos quanto à sua forma essencial e à sua finalidade, vão ser os elementos
componentes do sistema simbólico pelo qual se estudam as diferenças dos tempos.
Está clara, portanto, a distinção que existe entre ciência tradicional e ciência moderna.
Acrescentamos que a Astrologia Tradicional não se interessa, de modo algum, em saber se existe
um processo de causalidade eficiente entre os astros e os acontecimentos terrestres, ou seja, se os
planetas e estrelas emitem algum tipo de “energia” que determina o destino da Terra e dos seres
que nela vivem. O interesse da Astrologia Tradicional, como já dissemos, é o de usar os
astros e seus movimentos como símbolos das determinações gerais do tempo.

A Cosmologia Tradicional: Uma Síntese Simbólica


Qualquer situação particular envolve, para a sua determinação, um conjunto indefinido de
variáveis. Tomemos como exemplo o caso do cão e do meteoro: um cão caminhava pela rua
quando um meteoro caiu do céu e atingiu-o na cabeça. Ora, é impossível a qualquer ser humano
conhecer de modo distinto e exaustivo todas as causas que levaram à queda do meteoro sobre o
cão. A cosmologia tradicional, porém, oferece uma solução para esse problema, pois, do seu
ponto de vista, tudo o que acontece, mesmo a coisa mais improvável — como a queda de um
meteoro sobre a cabeça de um cachorro — imita ou atualiza certos modelos universais que são
uma expressão direta das condições de existência dos entes naturais. Esses modelos (como o
mapa astrológico de um acontecimento, a carta geomântica de um edifício, um hexagrama do I
Ching, etc.) são sínteses simbólicas de todas as causas e condições que estão em jogo num
determinado momento e num determinado lugar. O conhecimento dessas sínteses simbólicas nos
leva a ter uma idéia da resultante qualitativa dessas causas e condições.
Exemplo Simplificado de Interpretação
Tomemos como exemplo o caso de uma pessoa que quer organizar um piquenique para
seus amigos. As causas do piquenique, a rigor, encontram-se todas dentro da pessoa do
organizador: são, pela ordem, (a) a imagem do piquenique e do seu prazer na imaginação do
sujeito; (b) a inclinação ou desejo que isso gera no apetite concupiscível do sujeito; e (c) o
consentimento da vontade do sujeito. Tais são as causas do piquenique enquanto ação humana.
Porém, toda ação humana tem uma matéria na qual acontece; no caso, essa matéria é constituída
pelo lugar e o momento em que o piquenique vai se realizar e pela disposição da vontade de cada
uma das pessoas nele envolvidas. Em outras palavras, fora da ordem causal interna do
organizador, para que o piquenique aconteça são necessários um lugar propício, um tempo bom e
o contentamento dos participantes. Ora, os fatores que podem determinar a coincidência desses
três elementos são de fato em número indefinido e não podem ser apreendidos e calculados
exaustivamente pelo organizador.
O que ele faz? Como não pode saber diretamente se o piquenique será um sucesso ou um
fracasso, consulta um astrólogo, que lhe diz que um piquenique é naturalmente significado pelo
planeta Vênus, o qual é o significador natural dos divertimentos, dos prazeres, do contentamento,
da imaginação — e do apetite concupiscível. Para se ter uma idéia razoável do resultado do
piquenique, basta examinar a condição de Vênus no céu no mapa astrológico do momento do
piquenique. Se Vênus estiver bem colocado, se estiver em bom aspecto com o planeta ou os
planetas que significam as pessoas que dele vão participar, e se o mapa do nascer do Sol naquele
dia indicar bom tempo, pode-se ter a forte expectativa de que o piquenique será um sucesso.
E o que o astrólogo fez? Pegou vários grupos de fatores e foi sintetizando-os em uma
coisa só, a qual pôde então ser avaliada segundo os parâmetros da arte. É impossível, por
exemplo, conhecer todos os fatores que vão determinar o humor de cada uma das pessoas
naquele dia; assim, o astrólogo “junta” todas as pessoas em um só planeta e vê como esse planeta
está colocado no mapa. Essa síntese, porém, é feita segundo rigorosos critérios de analogia
formal.
Os Princípios do Aprendizado
No sistema de síntese utilizado — que, na Astrologia, é o céu visível — , cada uma das
peças ou elementos que o compõem corresponde rigorosamente a um princípio universal que
necessariamente opera em todos os entes naturais; e essa correspondência é o fundamento
científico da arte. Portanto, o primeiro passo para o aprendizado de qualquer arte e ciência
tradicional é a compreensão dos princípios universais das coisas. Como este é um curso breve,
não poderemos, nele, estudar sistematicamente esses princípios. Teremos de apresentá-los
segundo a ótica do simbolismo astrológico e logo fazer a relação deles com os símbolos da
Astrologia. A primeira etapa do curso, portanto, consistirá numa introdução ao sistema simbólico
da Astrologia, com a explicação dos seus símbolos fundamentais.
Daremos, no final, uma introdução às técnicas do ramo mais básico da Astrologia, que é a
Astrologia Horária — a arte de responder a uma pergunta com base na hora em que ela foi feita.

Parte II
Os Elementos do Sistema Simbólico da Astrologia

Todo o sistema simbólico da astrologia se baseia nos aspectos do céu visível que servem
para medir o tempo. Daremos a seguir uma lista desses aspectos, com suas principais
propriedades.

O Equador Celeste e os Pólos Celestes, a Eclíptica e o Zodíaco


Se imaginarmos o céu como uma grande esfera, o Equador Celeste será simplesmente a
projeção do Equador Terrestre sobre essa esfera; ídem os pólos celestes em relação aos pólos
terrestres.
A Eclíptica é o círculo, traçado sobre essa esfera, do caminho que o Sol percorre durante
o ano contra o pano de fundo das estrelas fixas. É um círculo inclinado cerca de 23 graus em
relação ao Equador Celeste e cruza este em dois pontos, correspondentes à posição do Sol nos
dois equinócios.
O Zodíaco é uma faixa de mais ou menos 16 graus de largura, no centro da qual passa a
Eclíptica. Seu nome significa “Roda da Vida” ou “Roda dos Viventes”.
Os Signos
Os signos são subdivisões da Eclíptica, definidos por um processo puramente geométrico
de divisão do círculo em doze partes a partir do ponto vernal, ou seja, de um dos pontos em que a
Eclíptica cruza o Equador celeste — o ponto no qual o Sol se encontra quando do equinócio de
primavera no hemisfério norte (equinócio de outono no hemisfério sul). Os signos, portanto, não
são conjuntos de estrelas, mas divisões geométricas da Eclíptica.
áries

Símbolo: A Os chifres do carneiro.


Elemento: Fogo
Qualidades Sensíveis: Quente e seco
Triplicidade: Cardinal
Séquito: Lunar
Regente: Marte
Exaltação: Sol
Exílio: Vênus
Queda: Saturno
Clima: No hemisfério norte, o degelo da primavera e a aparição dos primeiros brotos. No
sul do Brasil, o abrandamento do calor do verão com as primeiras chuvas de outono.

touro

Símbolo: B A cabeça do touro ou da vaca, com chifres em forma de crescente lunar.


Elemento: Terra
Qualidades Sensíveis: Frio e seco
Triplicidade: Fixo
Séquito: Lunar
Regente: Vênus
Exaltação: Lua
Exílio: Marte
Queda: —
Clima: No hemisfério norte, a época em que as plantas aprofundam suas raízes e se
firmam e fortalecem sobre a terra. No sul do Brasil, o exato ponto intermediário entre a
pujança do verão e o recolhimento do inverno, a época em que a vegetação se estabiliza
depois de atingir o seu máximo crescimento, o que lhe define as formas e ressalta as
cores.
gêmeos

Símbolo: C Os gêmeos são representados pelos dois traços verticais ou, de preferência,
pelos horizontais, pois trata-se sempre de um par de gêmeos não idênticos: um mortal e
outro imortal (os Dióscuros), um homem e uma mulher (Apólo e Ártemis), etc.
Elemento: Ar
Qualidades Sensíveis: Quente e úmido
Triplicidade: Mutável
Séquito: Lunar
Regente: Mercúrio
Exaltação: —
Exílio: Júpiter
Queda: —
Clima: No hemisfério norte, a época em que os brotos se diferenciam em caule, folha e
botão de flor. No sul do Brasil, a época em que as árvores decíduas começam a perder
suas folhas e, de maneira geral, em que a vegetação velha morre; os ventos de outono,
que agitam a vegetação para que caiam as partes caducas.

câncer

Símbolo: D As garras do caranguejo.


Elemento: Água
Qualidades Sensíveis: Frio e úmido
Triplicidade: Cardinal
Séquito: Lunar
Regente: Lua
Exaltação: Júpiter
Exílio: Saturno
Queda: Marte
Clima: No hemisfério norte, a época em que se formam os frutos e eles crescem, sem
porém amadurecer. No sul do Brasil, a época de maior recolhimento da natureza em geral
e da vegetação em específico.

leão

Símbolo: E A cauda do leão.


Elemento: Fogo
Qualidades Sensíveis: Quente e seco
Triplicidade: Fixo
Séquito: Solar
Regente: Sol
Exaltação: —
Exílio: Saturno
Queda: —
Clima: No hemisfério norte, a época em que os frutos amadurecem, depois de já
crescidos. No sul do Brasil, é a época em que as forças do verão voltam a mostrar sua
influência no meio do inverno: o tempo permanece frio, mas os raios do Sol, quando ele
aparece, são penetrantes. Início do período das queimadas.

virgem

Símbolo: F
Elemento: Terra
Qualidades Sensíveis: Frio e seco
Triplicidade: Mutável
Séquito: Solar
Regente: Mercúrio
Exaltação: Mercúrio
Exílio: Júpiter
Queda: Vênus
Clima: No hemisfério norte, é a época das colheitas. No sul do Brasil, é a época em que
os botões de flor se destacam da vegetação abatida pelo inverno.

libra

Símbolo: G A balança.
Elemento: Ar
Qualidades Sensíveis: Quente e úmido
Triplicidade: Cardinal
Séquito: Solar
Regente: Vênus
Exaltação: Saturno
Exílio: Marte
Queda: Sol
Clima: Época temperada, nem muito fria, nem muito quente. No sul do Brasil, o ar já está
quente, mas as águas dos rios, por exemplo, ainda estão frias. Aparecem as primeiras
flores.

escorpião

Símbolo: H O escorpião com seu ferrão.


Elemento: Água
Qualidades Sensíveis: Frio e úmido
Triplicidade: Fixo
Séquito: Solar
Regente: Marte
Exaltação: —
Exílio: Vênus
Queda: Lua
Clima: No hemisfério norte, é o começo do frio e da morte da vegetação, que cai na terra
para formar o húmus que a fertilizará no ano seguinte; no sul, a natureza manifesta-se em
toda a sua intensidade: o mês de Escorpião é o ápice do florescimento da vegetação na
primavera.

Sagitário

Símbolo: I A flecha do centauro-arqueiro.


Elemento: Fogo
Qualidades Sensíveis: Quente e seco
Triplicidade: Mutável
Séquito: Solar
Regente: Júpiter
Exaltação: —
Exílio: Mercúrio
Queda: —
Clima: No sul do Brasil, época quente, mas de um calor que, por não ser excessivo, incita
à atividade e não à preguiça.

capricórnio

Símbolo: J A cabra com cauda de peixe.


Elemento: Terra
Qualidades Sensíveis: Frio e seco
Triplicidade: Cardinal
Séquito: Solar
Regente: Saturno
Exaltação: Marte
Exílio: Lua
Queda: Júpiter
Clima: No hemisfério norte, o rigor do inverno. No sul do Brasil, o calor opressivo de
dezembro-janeiro.

aquário

Símbolo: K Dupla seqüência de ondas.


Elemento: Ar
Qualidades Sensíveis: Quente e úmido
Triplicidade: Fixo
Séquito: Lunar
Regente: Saturno
Exaltação: —
Exílio: Sol
Queda: —
Clima: No hemisfério norte, o começo da preparação da terra para a semeadura. No sul
do Brasil, o calor de verão do mês de Aquário se distingue pelo caráter incisivo e cortante
dos raios solares. Ao passo que em Capricórnio o calor é como um bloco que comprime o
corpo por todos os lados, em Aquário é mais fruto da ação aguda do Sol.

peixes

Símbolo: L Dois peixes nadando em direções opostas.


Elemento: Água
Qualidades Sensíveis: Frio e úmido
Triplicidade: Mutável
Séquito: Lunar
Regente: Júpiter
Exaltação: Vênus
Exílio: Mercúrio
Queda: Mercúrio
Clima: No hemisfério norte, o abrandamento do frio do inverno. No sul do Brasil, o signo
de Peixes se faz sentir principalmente num frescor e transparência do ar no mês que lhe
corresponde.

Os Planetas
A Astrologia Tradicional só leva em consideração os planetas visíveis, pois os elementos
do seu sistema simbólico são exatamente os fenômenos que servem para medir o tempo; ora, não
se pode medir o tempo com planetas invisíveis.
lua

Símbolo: R
Qualidades: Fria (normal) e úmida (-)
Ciclo: 28 dias
Passiva
Aspecto: Luminar noturno, de cor branca mas luminosidade azulada (as coisas por ela
iluminadas ficam todas com um mesmo tom azulado), cresce e diminui, chegando a
desaparecer; é o mais rápido dos planetas.
Traço Simbólico: Princípio de geração, nutrição e crescimento.

mercúrio

Símbolo: S
Qualidades: Seco (normal) e frio (-)
Ciclo: o mesmo do Sol, com ciclo de anomalia de 88 dias
Neutro
Aspecto: Aparece só antes do nascer do Sol e depois do pôr do Sol; tem uma
luminosidade cintilante, como se estivesse emitindo faíscas.
Traço Simbólico: Princípio de adaptação, articulação, relação e comunicação.
Vênus

Símbolo: T
Qualidades: Úmida (+) e fria (-)
Ciclo: O mesmo do Sol, com ciclo de anomalia de 223 dias
Pequeno Benéfico
Aspecto: Aparece só antes do nascer do Sol e depois do pôr do Sol, como Estrela da
Manhã e Estrela da Tarde; depois do Sol e da Lua, é o astro mais brilhante do
firmamento. Seu brilho caracteriza-se pela suavidade e doçura.
Traço Simbólico: Princípio de atração e união.
sol

Símbolo: Q
Qualidades: quente (+) e seco (normal)
Ciclo: 1 ano
Ativo
Aspecto: Luminar diurno, de luz amarela quente, o mais brilhante; evidencia em cada
coisa sua cor própria; tem luz e calor.
Traço Simbólico: Princípio de poder e carisma.
marte

Símbolo: U
Qualidades: Seco (++) e quente (+)
Ciclo: 686 dias
Pequeno Maléfico
Aspecto: Luz avermelhada; é, dos planetas, o que tem a cor mais intensa e mais quente.
Traço Simbólico: Princípio de esforço e superação.
Júpiter

Símbolo: V
Qualidades: Quente (+) e úmido (-)
Ciclo: 12 anos
Grande Benéfico
Aspecto: Depois de Vênus, é o planeta mais brilhante, de luz branco-azulada. Sua luz tem
uma qualidade irradiante.
Traço Simbólico: Princípio de expansão e plenitude.

Saturno

Símbolo: W

Qualidades: Frio (++) e seco (+)


Ciclo: 29 anos e meio
Grande Maléfico
Aspecto: É o menos brilhante dos planetas e tem a cor amarelo-pálida.
Traço Simbólico: Princípio de contração e limite, dificuldade.

As Casas
As casas são uma divisão do Zodíaco em doze partes, feita a partir do horizonte, que
corta o Zodíaco em duas metades, uma acima do horizonte e outra abaixo, e do grande círculo do
meridiano (a projeção vertical, sobre a esfera celeste, da linha norte-sul), que corta o Zodíaco
também em duas partes, uma oriental e outra ocidental. Os quatro quadrantes assim obtidos são
por sua vez divididos em três, e o Ascendente é o ponto de interseção do zodíaco com o
horizonte oriental.
A casa i ou Ascendente representa a qualidade distintiva do sujeito ou objeto
representado pelo mapa, aquilo que ele torna presente no mundo.
A casa ii representa os meios necessários para sustentar, reforçar ou manter presente a
qualidade representada pela Casa I.
A casa iii representa as relações de semelhança e diferença entre a qualidade que o
sujeito torna presente, representada pela casa I, e as qualidades dos outros seres.
A casa iv ou fundo do céu representa o limite último de manifestação da qualidade
representada pela Casa I. Esse limite é tradicionalmente entendido de dois modos: como
um limite espacial, e nesse caso a Casa IV representa o lugar próprio da qualidade
representada pela Casa I; ou como um limite temporal anterior, ou seja, o passado, os
antepassados e a história do sujeito.
A casa v representa as capacidades de realização do sujeito, o que ele mesmo pode criar
ou tornar presente no mundo.
A casa vi representa os recursos pelos quais essas capacidades podem se tornar
permanentes ou maximamente eficientes.
A casa vii ou descendente representa as relações de harmonia e desarmonia entre a
realização das capacidades do sujeito e as realizações das capacidades dos outros seres.
A casa viii representa o limite da capacidade de realização do sujeito, ou seja, por um
lado, o aspecto sob o qual as realizações se tornam um limite para o próprio sujeito (o
caráter maléfico das realizações) e, por outro lado, a morte.
A casa ix representa os fins ou ideais que orientam a realização das capacidades do
sujeito.
A casa x ou meio do céu representa os meios pelos quais esses ideais se efetivam ou se
fixam na vida do sujeito.
A casa xi representa as relações de conveniência ou inconveniência entre os fins e ideais
que orientam as realizações do sujeito e os que orientam as realizações de outros seres.
A casa xii representa o limite de realização dos ideais e, logo, as provações que o sujeito
encontra em sua vida.

As Casas I, IV, VII e X são angulares e qualquer planeta situado nelas se encontra
fortalecido. As casas II, V, VIII e XI são as casas sucedentes, e os planetas nelas situados têm
um grau intermediário de poder. As casas III, VI, IX e XII são as casas cadentes, e, em
princípio, os planetas nelas situados se encontram enfraquecidos.

Os Elementos Secundários do Sistema Simbólico da Astrologia


Os signos, os planetas e as casas são os elementos primários do sistema simbólico da
Astrologia. Há um outro conjunto de três elementos secundários — os aspectos, as estrelas e as
partes — cujo simbolismo é derivado do simbolismo dos elementos primários. Os aspectos
derivam seu simbolismo das relações entre os signos que formam aspectos entre si no Zodíaco. O
simbolismo das estrelas é derivado do simbolismo dos planetas, e o das partes é derivado do das
casas.

Os Aspectos
O simbolismo dos aspectos é derivado das relações entre as qualidades dos signos que
formam entre si determinados ângulos, que são sempre divisões exatas do círculo.

A conjunção (!) é a divisão do círculo por 1 (360o ou 0o), e representa justamente a


conjunção de dois princípios que tendem a realizar a mesma coisa. A conjunção desses dois
princípios nem sempre é benéfica, pois, embora o seu fim seja o mesmo, eles podem ser
naturalmente incompatíveis entre si.

A oposição (") é a divisão do círculo por 2 (180o), e representa justamente a oposição ou


incompatibilidade entre dois princípios que tendem à realização de coisas contrárias.

O trígono ($) é a divisão do círculo por 3 (120o), e representa a harmonia entre dois
princípios que tendem à realização de fins diferentes mas complementares.
A quadratura (#) é a divisão do círculo por 4 (90o), e representa a luta e a tensão entre
dois princípios que procuram, cada qual, subordinar a ação do outro à sua ação.

O sextil (') é a divisão do círculo por 6 (60o), e representa as oportunidades que dois
princípios oferecem um ao outro e que facilitam as realizações próprias desses princípios; as
tendências dos dois princípios não são necessariamente complementares ou harmônicas, mas
acidentalmente colaboram entre si.
Os ângulos dos aspectos apresentam uma certa elasticidade, ou seja, podem variar um
pouco para mais ou para menos, dependendo dos objetos que formam esses ângulos entre si.
Essa variação possível chama-se orbe. O maior orbe é o do Sol, que chega a 16o para mais ou
para menos (em relação ao ângulo-base do aspecto considerado). O orbe da Lua é de 12o; o de
Júpiter, 10o; o de Saturno, 9o; o de Marte e o de Vênus, 8o; o de Mercúrio, 7o; o das casas
angulares, 5o; o das outras casas, 3o; o das partes, 3o. Para saber o orbe de um aspecto formado
entre dois elementos do mapa, tomam-se os orbes dos dois elementos, somam-se e divide-se o
resultado da soma por dois. Num aspecto de Sol com Júpiter, por exemplo, somamos 16o e 10o e
obtemos 26o. Dividindo 26o por dois, obtemos 13o, que é o orbe admissível para esse aspecto. Ou
seja, um trígono de Sol e Júpiter pode ir de 107o a 133o.
É preciso deixar claro, porém, que os orbes só são admitidos quando os planetas
encontram-se em signos que formam entre si o aspecto considerado. “A importância fundamental
das quatro qualidades básicas [quente, frio, seco e úmido] para a compreensão dos aspectos tem
sido tão esquecida que os modernos chegaram a ignorar totalmente os limites entre os signos ao
avaliar se dois planetas fazem aspecto entre si. Pode-se admitir um orbe em torno da medida
exata do aspecto; porém, esse orbe termina onde termina o signo. Se um planeta está no primeiro
grau de Touro e outro, no quinto grau de Touro, os dois estão conjuntos. Se um planeta está no
primeiro grau de Touro e outro, no último grau de Áries, o astrólogo moderno os reconheceria
como conjuntos; mas, como não partilham do mesmo elemento e da mesma qualidade sígnica
que produziria entre eles uma perfeita compatibilidade, a idéia de conjunção, neste caso, é
absurda — embora os planetas estejam mais próximos, em graus, do que no primeiro caso.”
(John Frawley, The Real Astrology, p. 87)

As Estrelas Fixas
O simbolismo das estrelas fixas é derivado do simbolismo dos planetas. Com efeito, as
estrelas, classificadas sempre em benéficas e maléficas, levam cada qual a “marca” ou o estilo de
um planeta ou de um par de planetas. Seu caráter benéfico ou maléfico não depende, porém, do
fato de os planetas com os quais partilham o simbolismo serem benéficos ou maléficos. Ou seja,
uma estrela pode ter a natureza de Saturno, que é o Grande Maléfico, e ainda assim ser benéfica:
no caso, a contração ou limitação, que é a característica de Saturno, se manifesta na estrela de
maneira benéfica, como uma purificação ou uma proteção contra um mal. Do mesmo modo, uma
estrela de caráter jupiterino pode ser maléfica e, nesse caso, a expansão jupiterina vai representar
um excesso ou uma dissipação de uma qualidade.
A ação das estrelas fixas só se exerce por conjunção (ou seja, um trígono perfeito entre
um planeta e uma estrela fixa, por exemplo, nada significa), e o orbe admitido para a conjunção é
de no máximo 1o.
Algumas das principais estrelas fixas:
Maléficas Benéficas

Vértex (U e R): 27o A 57’ Aldebaran (U): 9o C 56’

Sharatan (U e W): 4o B 07’ Pollux (U): 23o D 22’

Algol (W e V): 26o B 19’ Regulus (U e V): 29o E 59’

Praesepe (U e R): 7o E 23’ Spica (U e T): 23o G 59’

Facies (Q e U): 8o J 28’ Lucida Lancis (V e U): 15o H 14’

Antares (U e V): 9o I 55’

As Partes
As partes são pontos do Zodíaco determinados pelas relações e proporções entre certos
planetas e certas casas, escolhidos de acordo com o tema que se quer conhecer. Sua função é
idêntica à das casas: representam um setor da existência, que pode ser bastante específico, e que
é avaliado segundo a colocação por signo e casa, a disposição e a aspectação.
O grau de especificidade das partes chega a ser impressionante. Existe, por exemplo, a
“parte do feijão”, que, aplicada ao mapa de um determinado ano, pode nos dizer como vai ser a
safra de feijão daquele ano. Mas as partes mais importantes são:

Asc. + R - Q
Parte da Fortuna R
Parte do Espírito Q Asc. + Q -R

Parte do Amor T Asc. + T - Parte do Espírito

Parte da Necessidade S Asc. + Parte da Fortuna - S

Parte da Coragem U Asc. + Parte da Fortuna - U

Parte da Vitória V Asc. + V - Parte do Espírito

Parte da Justiça W Asc. + Parte da Fortuna - W

Para aplicar as fórmulas de cálculo das partes, precisamos acrescentar a longitude do


planeta, casa ou parte no signo à longitude do signo no Zodíaco. Um planeta situado a 10o de
Touro, por exemplo, está a 10o + 30o (longitude do 0o de Touro), ou seja, 40o. Um planeta
situado a 22o de Escorpião está a 22o + 210o (longitude do 0o de Escorpião), ou seja, 232o.
Vamos calcular a Parte da Fortuna para um mapa com Ascendente em 15o de Touro, Lua
em 28o de Sagitário e Sol em 7o de Virgem:
Primeiro, convertemos esses graus em graus de longitude zodiacal:
Asc. em 15o de Touro = 15o + 30o = Asc. em 45o
Lua em 28o de Sagitário = 28o + 240o = Lua em 268o
Sol em 7o de Virgem = 7o + 150o = Sol em 157o
Então aplicamos a fórmula:
Parte da Fortuna = Asc. + Lua - Sol = 45o + 268o - 157o = 156o = 150o + 6o = 6o de
Virgem.
Ou seja, nesse caso, a Parte da Fortuna está em 6o de Virgem.
Se o resultado for superior a 360o, basta subtrair dele 360o. Se for negativo, basta
acrescentar-lhe 360o.
Longitudes do grau 0 de cada signo:

A Áries 0o
B Touro 30o
C Gêmeos 60o
D Câncer 90o
E Leão 120o
F Virgem 150o
G Libra 180o
H Escorpião 210o
I Sagitário 240o
J Capricórnio 270o
K Aquário 300o
L Peixes 330o

Parte III
O Simbolismo dos Números

A Noção de Número
Para compreender o simbolismo dos números, é preciso compreender, antes de mais
nada, que o número é uma medida; e que existem coisas que são essencialmente medidas pelos
números, e outras que só o são acidentalmente.
Nas coisas que são essencialmente medidas pelos números, cada uma das unidades que
compõem o número que as mede tem, em relação às outras unidades, uma diferença qualitativa;
e cada uma das qualidades referentes a cada uma das unidades simboliza um tipo universal.
Além disso, o número é intrínseco à natureza das coisas que ele mede essencialmente: elas só
existem naquele número. Tal é o caso, por exemplo, das três cores primárias, que não podem ser
senão três, independentemente do nosso cômputo. Por fim, as coisas medidas essencialmente
pelos números pertencem sempre ao mesmo nível de realidade; não pode haver entre elas uma
hierarquia, caso em que não se trataria mais de um número, mas da soma de tantos números
quantos forem os níveis hierárquicos de que se trata.
Nas coisas acidentalmente medidas pelos números, o número é extrínseco à natureza da
coisa. Tal é o caso, por exemplo, de três pedras escolhidas ao acaso e contadas. É o caso
também, por exemplo, do número total de pedras que existem na Terra. Esses dois casos se
diferenciam porque o primeiro depende de um cômputo feito pela nossa mente, ao passo que o
segundo é um dado da natureza. Em ambos, porém, os números são acidentais e extrínsecos à
natureza das coisas que estão medindo.
Como o essencial sempre tem prioridade sobre o acidental, o próprio conhecimento dos
números acidentais só é possível pelo conhecimento dos números essenciais.

Definição de Número
O número tem a natureza de uma forma, porque é o que diferencia uma quantidade da
outra. Se diferencia, é porque dá à quantidade uma determinação. Ora, é a matéria que é o
indeterminado. Se o número dá uma determinação à quantidade, é porque ele é a forma, o
determinante da quantidade. Numa definição:
“O número é a forma essencial da multiplicidade,
que é dada pela medida da multiplicidade pela unidade.”

O Simbolismo do Um
O tipo da unidade é o Ser absoluto ou o Princípio de todo ser relativo, o Real, Aquele
Que É. Assim como todo ser relativo é uma medida do Ser absoluto, todo número é uma medida
da unidade. Por isso, tudo o que é — tudo a que se pode atribuir o ato de ser — é em alguma
medida um. Porém, os símbolos próprios do Um são aqueles objetos que, dentro de uma
determinada ordem, são o princípio da definição dos elementos que pertencem a essa ordem. Tal
é o caso, por exemplo, do Sol entre os planetas; da unidade na série dos números; do ponto em
relação à extensão espacial e às figuras; de todas as diversas “localizações” do centro, como, por
exemplo, o templo na cidade, o coração no organismo, a origem temporal na história. O Um
corresponde ainda à forma mais perfeita dentro de uma ordem de formas: o ouro entre os metais;
o modelo na mente do artista em relação à sua obra.

O Simbolismo do Dois
O tipo da dualidade é o par Infinitamente Determinante/Infinitamente Determinável, ou o
Absoluto e o Infinito. Não são consideradas como verdadeiras dualidades aquelas que se baseiam
na posse e na privação de algum atributo (exceto, em certa medida, quando a privação tem algum
aspecto de positividade em relação a outro ser — como a noite, que é privação de luz solar, tem
em relação a nós). A dualidade se expressa no par Sol e Lua; no masculino e no feminino; na
atividade e no repouso; na essência e na substância; no céu e na terra; no vento e na água; em
objeto e sujeito.
O Simbolismo do Três
O tipo do três é o das relações principiais de Unidade, Verdade e Bondade entre as partes
essenciais do ser em ato (tanto o Ser absoluto quanto os seres particulares).
Por relações principiais queremos dizer relações estabelecidas pelo próprio ato de ser da
coisa, e não uma relação entre a coisa e outras coisas.
As partes essenciais do ser em ato são:
1. aquilo que é: a substância ou o sujeito, o determinável;
2. o que ele é: a essência ou natureza, o determinante;
3. o ato de ser: o ato pelo qual ele é, a determinação.
As relações principiais entre as partes essenciais do ser em ato são:
1. Se considerarmos o ato de ser em si mesmo, ele possui a perfeição da Unidade, pois é por
ele que cessa a divisão entre essência e substância. Na medida em que essência e
substância estão separadas ou divididas, não há ser; é pelo ato de ser, que é um ato
simultâneo da essência e da substância, que cessa a divisão entre elas.
2. Se considerarmos o ato de ser enquanto ato da substância em relação à essência, ele
possui a perfeição da Verdade, pois a substância necessariamente reflete em alguma
medida a essência; caso contrário, não seria definida de modo algum por essa essência.
3. Se considerarmos o ato de ser enquanto ato da essência em relação à substância, ele
necessariamente possui a perfeição da Bondade, porque comunica e preenche: é uma
medida atual da essência, e isso é um bem.
Como o ato de ser é simultaneamente essas três coisas pelo mesmo ato, todo ser é em
alguma medida um, bom, e verdadeiro.
O número Três se manifesta em começo, meio e fim, ou juventude, maturidade e velhice;
nas três dimensões do espaço (longitude, latitude e a dimensão vertical); nas três cores primárias;
no ternário hindu sat, chit, ananda; no Sol, em forma, luz e calor.
O Simbolismo do Quatro
O tipo fundamental do quaternário é o dos aspectos do Princípio na sua relação com a
manifestação: Pureza ou Exclusividade, Atração ou Interioridade, Serenidade ou Inclusividade,
Força ou Atividade. Por um lado, o Princípio exclui tudo o que é distinto dele, pois é o único
real; por outro, sua própria realidade inclui toda positividade e toda perfeição, e, portanto, toda
possibilidade. O Princípio é Força ou Atividade porque projeta permanentemente a sua realidade
na manifestação, dando continuamente a existência aos seres manifestados; mas é também
Atração ou Interioridade porque ordena todos eles a Ele mesmo como fim e repouso. “Eu sou o
Alfa e o Omega, o Princípio e o Fim.”
O quaternário se reflete nas quatro direções cardeais do espaço; nas quatro estações do
ano; nos quatro elementos; nas quatro fases da Lua; nos quatro animais protetores da geomancia
chinesa.

Parte IV
O Simbolismo dos Signos

A Importância do Ternário e do Quaternário nas Ciências Tradicionais


A Essência e a Substância universais, como vimos na parte referente ao simbolismo dos
números, são significadas por 1 e 2. Já o par 3-4 significa uma “localização” da Essência e da
Substância, ou seja, a essência e a substância de um ser determinado ou de uma determinada
ordem de seres. De todos os pares compostos de um número celeste e outro terrestre, o par 3-4 é
o mais importante para o conhecimento das diferenças entre as ordens de seres ou entre os seres
de uma mesma ordem.
Nesse par, o 3 é o pólo celeste e o 4, o pólo terrestre. De certo modo, por ser o pólo
celeste, o 3 representa o conteúdo de um ser, e o 4, o receptáculo ou o continente do ser.
Na divisão do Zodíaco, a divisão ternária é celeste, o que é indicado pelo fato de ser uma
divisão intrínseca à própria natureza do círculo. Já a divisão quaternária do Zodíaco depende da
sua situação espacial, que permite que quatro de seus pontos sejam associados às quatro direções
cardeais do espaço.

A Divisão do Zodíaco
As quatro direções cardeais são uma projeção, num plano, do círculo do Equador e do
eixo dos pólos. A linha leste-oeste é a projeção do Equador, que tem por atributo natural o calor,
uma qualidade yang; o eixo norte-sul corresponde à frieza, que é um atributo natural dos pólos e
uma qualidade yin. O eixo leste-oeste, portanto, é relativamente yang, e o eixo norte-sul,
relativamente yin.
No eixo leste-oeste, embora seus dois pólos sejam yang, o leste é yang em relação ao
oeste, que é relativamente yin. Isso porque o leste é a direção do Sol nascente — um princípio de
atividade ou expansão — , e o oeste, a direção do Sol poente — um princípio de passividade ou
contração. Portanto, o leste é yang/yang, ou quente e seco, e corresponde ao elemento fogo na
Astrologia. O oeste é yang/yin, ou quente e úmido, e corresponde ao elemento ar.
As estrelas que giram em torno do pólo norte voltam para ele o seu lado direito, que é o
lado ativo ou yang. Ora, o yang busca sempre o seu complementar, o yin; logo, o pólo norte é
yin. Uma vez que o eixo norte-sul já é yin por natureza, o norte corresponde a um princípio
yin/yin, ou frio e úmido, representado pela água na Astrologia. Já as estrelas que giram em torno
do pólo sul voltam-lhe o seu lado yin, evidenciando que ele é yang. O sul corresponde, portanto,
a um princípio yin/yang, ou frio e seco, representado na Astrologia pelo elemento terra.
Os signos correspondentes às direções cardeais são Áries (elemento fogo) para o leste,
Câncer (elemento água) para o norte, Libra (elemento ar) para o oeste e Capricórnio (elemento
terra) para o sul. São esses os signos chamados cardinais, que refletem a característica distintiva
dos elementos, as diferenças entre os elementos. Podem ser associados, por isso, ao princípio
ternário Unidade, explicado no texto sobre o simbolismo dos números.
Se aplicarmos a divisão ternária a cada um desses elementos, fazendo de cada um desses
signos o vértice de um triângulo eqüilátero inscrito no círculo do Zodíaco, teremos nos outros
dois vértices de cada triângulo as outras formas ou modos dos mesmos elementos.
Os vértices do triângulo construído sobre Áries revelarão os aspectos do elemento fogo,
ou melhor, mostrarão como o fogo, enquanto elemento de base, pode servir para manifestar cada
uma das qualidades ternárias. Na ordem, depois de Áries temos Leão. Em Leão, o fogo se torna
veículo de manifestação da Bondade. Os signos que manifestam a qualidade de Bondade são
chamados fixos e caracterizam-se por evidenciar não os elementos nas suas qualidades
distintivas, mas os efeitos desses elementos sobre os seres. Além de Leão, esses signos são
Escorpião (elemento água), Aquário (elemento ar) e Touro (elemento terra).
O último vértice do triângulo de fogo cai no signo de Sagitário, onde o fogo serve de base
para a manifestação da qualidade Verdade. Os signos que manifestam a Verdade são chamados
mutáveis e manifestam especificamente, cada qual, o fim para o qual tende o seu elemento — o
estado no qual o elemento se aproxima ao máximo do seu modelo. Os signos mutáveis, além de
Sagitário, são Peixes (elemento água), Gêmeos (elemento ar) e Virgem (elemento terra).

Séquito Solar e Séquito Lunar; Domicílios


Há um outro princípio de distinção que nos ajuda a compreender as qualidades dos
signos. Para apresentá-lo, imaginemos o céu como um reino cujo rei é o Sol e cuja rainha é a
Lua; metade do reino pertence ao rei, e metade, à rainha. Cada um deles concede aos cinco
membros da corte um território sobre o qual podem exercer o seu domínio. A metade solar do
reino vai de Leão a Capricórnio. Nela, o rei pega para si a primeira porção, um sexto do total: o
signo de Leão. Concede a segunda parte, o signo de Virgem, a Mercúrio; a terceira, Libra, a
Vênus; a quarta, Escorpião, a Marte; a quinta, Sagitário, a Júpiter; e a sexta, Capricórnio, a
Saturno. Já a metade lunar do reino vai de Aquário a Câncer. A primeira parte, Aquário, a rainha
concede a Saturno; a segunda, Peixes, a Júpiter; a terceira, Áries, a Marte; a quarta, Touro, a
Vênus; a quinta, Gêmeos, a Mercúrio; e a sexta, Câncer, toma para si mesma. Esses signos,
sendo como domínios ou territórios dos planetas aos quais foram concedidos, são lugares
adequados para que eles ajam cada qual segundo a sua natureza. Os planetas como que se sentem
em casa nos signos que lhes pertencem.

Um Esclarecimento sobre os Signos


Os signos, multiplicação do 3 pelo 4, constituem um desdobramento mínimo dos aspectos
do Puro Ser e, nesse sentido, não podem ser considerados eles mesmos como seres particulares;
são, antes, arquétipos presentes em todos os seres, aspectos dos seres e pontos de vista pelos
quais eles podem ser encarados. Aliás, um mesmo objeto, quando encarado sob diversos pontos
de vista ou sob diferentes aspectos, pode corresponder a mais de um signo ou mesmo a todos
eles. “[...] os signos são naturalmente relacionados com todas as manifestações cósmicas, as
quais são elas mesmas devidas às diversas combinações de suas qualidades [dos signos]. Na
medida em que essas combinações são ilimitadas, as analogias que se podem traçar entre as
manifestações cósmicas e os signos também não têm fim.”

Parte V
O Simbolismo dos Planetas

Todas as doutrinas tradicionais, sem exceção alguma, estabelecem uma distinção entre o
Absoluto e o relativo, entre o Princípio e a manifestação ou, em termos cristãos, entre o Criador e
a criatura. O campo do relativo, da manifestação ou da criatura é dividido em três mundos
hierarquizados e dotados cada qual de suas qualidades próprias: o mundo dos anjos, o mundo da
alma e o mundo do corpo; ou céu, atmosfera e terra; ou manifestação pura, manifestação sutil e
manifestação grosseira. Esses mundos são uma sucessão de imagens cada vez menos perfeitas do
Princípio. Além disso, os mundos inferiores são sempre imagens dos mundos superiores.
Portanto, do ponto de vista da Astrologia Tradicional, os planetas que nós vemos são somente as
imagens corpóreas, ou da manifestação grosseira, de uma realidade sutil, que são as potências da
alma; e estas, por sua vez, são somente imagens sutis de qualidades da manifestação pura, as
quais são a imagem mais direta que se pode ter do Princípio mesmo.
Entender o simbolismo astrológico, portanto, é conhecer as relações entre os planetas, as
potências da alma e as qualidades ou hierarquias da manifestação pura. Todas as demais
significações que os planetas podem apresentar — a relação de Marte com os militares e a de
Saturno com os monges, por exemplo — são uma expansão horizontal desse simbolismo vertical
primeiro. Com efeito, sob o ponto de vista tradicional, o exercício de uma profissão exige
habilidades que decorrem do aperfeiçoamento ou da plenitude de uma potência específica da
alma — por isso, a profissão é significada por esse planeta, que por sua vez é a tradução sensível
dessa potência. No mundo tradicional, além disso, o exercício da profissão em questão envolve a
realização de ritos de invocação dos atributos divinos dos quais a própria profissão, o planeta e a
potência da alma são imagens. Esse encadeamento simbólico universal é expresso de modo
magistral por René Guénon:
Tudo o que é, seja qual for o modo do seu ser, participa necessariamente dos
princípios universais e nada é senão por participação nesses princípios, que são as
essências eternas e imutáveis contidas na permanente atualidade do Intelecto
Divino; em conseqüência, pode-se dizer que todas as coisas, por mais
contingentes que sejam em si mesmas, traduzem ou representam os princípios à
sua maneira e segundo a sua ordem de existência, pois, se assim não fosse, não
passariam de um puro nada. Assim, de uma ordem a outra, tudo se encadeia e se
corresponde a fim de concorrer para a harmonia universal e total, pois a harmonia,
como já indicamos, não é outra coisa senão o reflexo da unidade principial na
multiplicidade do mundo manifestado; e essa correspondência é o verdadeiro
fundamento do simbolismo. É por isso que as leis de um domínio inferior sempre
podem ser tomadas para simbolizar as realidades de uma ordem superior, nas
quais têm a sua razão profunda, que é a um só tempo seu princípio e seu fim [...].
Guénon faz, então, a crítica das desvirtuações modernas da idéia de simbolismo e nos dá
uma indicação de o que é a verdadeira astrologia:
“[...] aproveitaremos para assinalar, nesta ocasião, o erro das modernas
interpretações “naturalistas” das antigas doutrinas tradicionais, interpretações que
invertem pura e simplesmente a hierarquia das relações entre as diversas ordens
de realidade. Por exemplo, para não falar senão de uma das teorias mais
difundidas em nossa época, os símbolos ou os mitos jamais tiveram a finalidade
de representar o movimento dos astros; o que ocorre amiúde é que encontram-se
neles figuras inspiradas nesse movimento, mas destinadas a expressar
analogicamente outra coisa, uma vez que as leis desse movimento traduzem
fisicamente os princípios metafísicos dos quais dependem; e é nisto que se
fundamenta a verdadeira astrologia dos antigos”.
Passaremos, então, à consideração do simbolismo de cada um dos planetas,
correlacionando-o com uma faculdade da alma e um princípio celeste ou divino e dando
indicações sobre o seu sentido geral.

A Lua
Na alma humana, a Lua corresponde ao sentido comum. Segundo os ensinamentos
tradicionais, além dos cinco sentidos externos, nós possuímos o sentido comum, que é o órgão
sutil que reúne os dados de todos os sentidos. O sentido comum transforma em imagem interna
as qualidades e características dos objetos exteriores a nós. Por meio dele, podemos portar
internamente as qualidades sensíveis dos objetos. O sentido comum é comparável à Lua por
diversos motivos. Em primeiro lugar, assim como a Lua reflete a luz do Sol, o sentido comum
reflete os objetos sensíveis. Além disso, esse reflexo interior dos objetos sensíveis é capaz de
gerar em nós um prazer ou um desprazer, ou seja, uma variação interna do próprio sujeito, que é
comparável ao crescer (prazer) e ao diminuir (desprazer) da Lua no seu ciclo mensal. Por fim, o
prazer ou o desprazer nos levam a atribuir aos objetos sensíveis um determinado valor ou
desvalor, o qual não se baseia na qualidade intrínseca dos objetos, mas na nossa reação a eles.
Isso se compara ao fato de a luminosidade lunar homogeneizar as cores dos objetos, tornando-as
todas semelhantes à própria cor da Lua, como se pode ver facilmente em noites de Lua cheia.
A Lua simboliza o Princípio enquanto “O Evidente”, ou “O Que Evidencia”. Por um
lado, sob o seu aspecto mais imediato, a percepção sensível é o que evidencia para nós a
existência das coisas. Por outro lado, no homem perfeito ou santificado, são as coisas percebidas
pelo sentido comum que evidenciam a existência e a presença do Absoluto.
A água, de maneira geral, é relacionada à Lua. Só quando a água repousa no lugar mais
baixo de uma região (um lago) é que ela reflete perfeitamente o céu. Do mesmo modo, enquanto
a alma é perturbada pelos valores e desvalores, pelo prazer e desprazer, ela é incapaz de refletir
puramente a realidade. Sabe-se, por exemplo, que uma pessoa perturbada por um sentimento
intenso, de amor ou ódio, por exemplo, é incapaz de julgar imparcialmente os valores das coisas.
A Lua é a significadora natural da mulher, da mãe e da maternidade em geral; significa
também o povo, que tomado em seu conjunto, é essencialmente passivo em relação à autoridade
espiritual e ao poder temporal; os agricultores e a atividade agrícola.
Mercúrio
Na alma humana, Mercúrio corresponde à estimativa. Além de perceber os objetos
sensíveis, nós percebemos o que eles representam em relação a nós. Quando o passarinho vê um
graveto, percebe não só o graveto como também a possibilidade de esse graveto vir a fazer parte
de um ninho — percebe, em suma, uma utilidade possível do graveto, que este ainda não
realizou sensivelmente. Quando a ovelha vê um lobo, percebe também a possibilidade de
agressão que o lobo representa, mas que ainda não realizou. O sentido comum só percebe as
propriedades atuais dos objetos. Já a estimativa percebe as intenções particulares dos entes.
Todo ser é dotado de uma lógica interna que determina os seus fins particulares. É
preciso que haja uma lógica universal que conecte as lógicas internas dos seres, de modo que os
fins particulares de cada um possam servir também a outros. Assim, a chuva não existe por causa
da semente; mas há uma lógica universal que faz com que as intenções particulares da chuva
colaborem com a realização das intenções particulares da semente. A qualidade divina que cria
essa ordem horizontal entre os seres e permite que eles auxiliem-se uns aos outros a realizar cada
qual as suas possibilidades particulares é a do Princípio enquanto “Aquele Que Auxilia”, ou “O
Auxiliador”.
Mercúrio sempre foi o significador dos símbolos e da linguagem em geral, pois a
capacidade que um objeto tem de significar outro é uma intenção particular do dito objeto. Do
mesmo modo a palavra, que se define por ser um objeto sensível com intenção significante.
Mercúrio é ainda o significador dos comerciantes e do comércio, da troca de mercadorias, que
permite a mútua realização de intenções particulares.
A luz do planeta Mercúrio é cintilante, como se ele emitisse faíscas. Essas faíscas
simbolizam as intenções particulares que os seres como que “emitem” no meio cósmico, para
serem aproveitadas por outros seres. Além disso, Mercúrio sempre aparece no céu antes de o Sol
nascer ou pouco depois de ele se pôr; essa dualidade simboliza o fato de que as intenções
particulares de um ente, quando são percebidas por um outro ente, sempre se apresentam sob a
forma da dualidade útil/inútil, favorável/nocivo. Ou seja, as intenções particulares dos outros
entes sempre são percebidas como favoráveis ou desfavoráveis à realização das nossas próprias
intenções.

Vênus
Na alma humana, Vênus corresponde ao apetite concupiscível, que é a capacidade de
inclinar-se na direção do que causa prazer. O prazer e o desprazer percebidos pelo sentido
comum geram na alma os primeiros atos do apetite concupiscível: a simpatia e a antipatia.
Essas, por sua vez, geram respectivamente o desejo e a aversão, que são a inclinação a
permanecer junto do objeto simpático e a inclinação a se afastar do objeto antipático. Os atos
últimos do apetite concupiscível são, por um lado, a alegria, que advém da posse do objeto de
desejo, e, por outro, a tristeza, quando se é obrigado a permanecer junto do objeto de aversão.
Vênus é o planeta que possui a luz mais suave, o que simboliza o caráter de atração pelo
aprazível ou pela beleza. Por outro lado, apresenta grande variação de brilho, o que indica os
pólos positivo e negativo, as duas séries de movimentos que podem ser geradas pelo apetite
concupiscível. Por fim, o caráter excludente desses dois processos é manifesto pelo fato de
Vênus apresentar-se ora como Estrela da Tarde, ora como Estrela da Manhã.
O Nome divino ou qualidade divina relacionada a Vênus é “O Que Dá Forma”, pois é a
proporcionalidade da forma do objeto em relação ao sujeito que torna esse objeto atraente ou
não. Com efeito, a simpatia se origina de o sujeito ser um receptáculo proporcionado ao objeto
do seu desejo. O objeto do desejo como que dá uma forma exterior e fugaz a uma possibilidade
interna de perfeição do próprio sujeito. O Princípio, ao manifestar-se, realiza exteriormente, sob
formas determinadas, as possibilidades que correspondem às suas Realidades íntimas; quando o
apetite concupiscível sente-se atraído por um determinado objeto, é porque o sujeito,
conscientemente ou não, atribui a esse objeto uma razão de semelhança ou correspondência com
uma perfeição interior possível.
Vênus é o significador natural da arte, que nada mais é do que a perfeita expressão formal
de um conteúdo universal (vide a noção platônica do Belo como esplendor do Verdadeiro); e dos
artistas em geral.

Marte
Na alma humana, Marte corresponde ao apetite irascível, que é a capacidade de gerar
inclinação ou movimento em direção às dificuldades ou obstáculos à realização de um bem.
Tomemos como exemplo o caso da gazela que está com sede, mas vê um leão entre ela e a água.
Ela precisa de um princípio de movimento que a leve em direção à água passando pelo leão, ou
seja, que a mova na direção do leão. Antes de mais nada, a estimativa avalia a possibilidade de
superação da hostilidade representada pelo felino. Essa avaliação vai gerar, por sua vez, o
primeiro ato do apetite irascível, que pode ser a esperança ou a desesperança de alcançar o
objetivo. Dessas duas modalidades do primeiro ato decorrem as duas do segundo ato, que são a
audácia, proveniente da esperança, e o temor, proveniente da desesperança. A audácia é uma
inclinação a ir em direção ao obstáculo, dada a possibilidade de superá-lo; o temor é uma
inclinação a fugir do obstáculo, dada a impossibilidade de superá-lo.
Realizada a superação pela audácia (a gazela que consegue fugir do leão e beber água),
surge o terceiro ato do apetite irascível: a calma ou sensação de liberdade, conhecida de todos
quantos transpuseram um obstáculo à realização ou obtenção de um bem. Por outro lado, quando
o ser não consegue fugir da dificuldade, mas é atingido por ela (a gazela caindo nas garras do
leão), surge a outra modalidade do terceiro ato, que é a ira: a reação que sobrevem quando o
temor já de nada aproveita, quando o confronto temido torna-se inevitável ou já aconteceu.
O apetite irascível gera movimentos muito mais fortes, dotados de uma intensidade muito
maior, que os do apetite concupiscível. Além disso, os atos contrários do apetite irascível
(esperança/desesperança; audácia/temor; calma/ira) não se excluem mutuamente de modo
absoluto. Pelo contrário, cada um sempre contém uma medida do outro. Esses dois fatos são
simbolizados pela cor e pelo brilho do planeta Marte: de cor vermelha, é ele que tem o brilho
mais intenso, “concentrado”, de todos os planetas.
A qualidade divina correlata ao planeta Marte é “O Que Vivifica”, “O Que Dá a Vida”,
tomando-se “vida” num sentido muito particular, de intensidade de movimento. Com efeito,
como já dissemos, os mais fortes movimentos que um ser pode sofrer são determinados pelo
apetite irascível. Por outro lado, os extremos patológicos da ação dessa faculdade caracterizam-
se por um entrave da vida: o covarde fica paralisado de pânico e o temerário caminha para a
morte.
Marte é o significador natural da classe guerreira. Com efeito, nos guerreiros, a atividade
do apetite irascível deve ser desenvolvida à sua plenitude, que se reflete num equilíbrio entre
suas manifestações passiva e ativa e numa permanente prontidão a avaliar as situações e reagir a
elas adequadamente, quer ofensivamente, quer defensivamente. É ainda o significador dos
esportistas, que se dedicam à superação de obstáculos.

Saturno e Júpiter
Além de ter potências sensitivas e apetitivas, o ser humano é capaz de compreender a
essência mesma dos objetos e dos entes — não só as intenções particulares dos entes em relação
a nós, mas as suas intenções universais, que expressam o que eles são em si mesmos. É essa a
capacidade intelectiva do homem, cujas potências intelectivas são o intelecto agente,
simbolizado por Saturno, e o intelecto paciente, simbolizado por Júpiter.
Nós somos capazes de perceber a essência das coisas, mas não é pela simples percepção
sensível que essa essência se evidencia para nós. Para inteligir, temos de separar as diversas
notas que percebemos no objeto do nosso estudo e, separando-as, vamos percebendo quais notas
são particulares ou acidentais e quais são universais ou essenciais. Quando contemplamos só as
notas universais, elas como que se “fundem” num todo ordenado que expressa a própria essência
do objeto. A primeira atividade — o trabalho de separação e classificação, ou hierarquização —
é a do intelecto agente, e a segunda — pela qual percebemos a união entre as notas universais e,
portanto, a própria essência do objeto — é a do intelecto paciente.
O intelecto agente é análogo a Saturno, porque a sua atividade é a mais difícil, a mais
lenta e a última a ser desenvolvida no processo da vida humana. Saturno, do mesmo modo, é o
planeta mais lento, o de brilho mais fraco (o mais difícil de ver) e o limite externo do nosso
sistema planetário Além disso, é o único planeta cuja cor — amarelo-pálida, semelhante à luz de
uma vela — é semelhante à do Sol. Se o Sol simboliza o Intelecto Divino, Saturno simboliza o
reflexo desse Intelecto no ser humano.
Já o intelecto paciente é simbolizado por Júpiter, pois este é o planeta que tem a luz mais
irradiante, de cor branco-azulada, e seu brilho (ao contrário do de Vênus, que, embora seja mais
forte, é como que contido em si mesmo, suave) dá a impressão de expandir-se, abrir caminhos
luminosos no céu noturno. Assim também a atividade do intelecto paciente é a que mais abre
possibilidades para o ser humano e, dentro da mente humana, é a mais irradiante.
A qualidade divina a que Saturno corresponde é a do “Senhor”, Aquele que determina a
ordem universal, o Princípio que hierarquiza todos os seres e coloca cada um no lugar que lhe
cabe. Do mesmo modo, a função do intelecto agente é a de descobrir o lugar natural de cada
coisa na ordem universal e fazer o mesmo com a alma, hierarquizando os elementos desta.
O intelecto paciente se caracteriza por um movimento de assimilação e orientação em
relação à ordem descoberta pelo intelecto agente. Uma vez conhecida a ordem, conhecemos o
lugar que nela ocupamos, ou seja, o nosso fim próprio, que determina a nossa tendência
universal. Assim, a qualidade divina a que Júpiter corresponde é a do Princípio enquanto
“Aquele Que Orienta”, Aquele que dá direção e sentido à vida.
Saturno é o significador natural dos monges, cuja existência é inteiramente dedicada à
obra interior de distinção entre o Real e o ilusório; é o significador das hierarquias; é o
significador dos obstáculos e dificuldades em geral, e ainda de tudo aquilo que exige
determinação, paciência e perseverança.
Júpiter é o significador natural dos sacerdotes, cuja função, segundo Guénon, é “antes de
tudo uma função de conhecimento e ensino”; é ainda o significador de tudo quanto amplia
possibilidades.

O Sol
Se somos capazes de conceber pelo intelecto a idéia universal de bem, na alma existe
também uma potência cuja característica própria é a de inclinar-se ou gerar movimento na
direção desse bem universal concebido. Tal faculdade é a vontade ou apetite intelectivo, e é
simbolizada pelo Sol. Os apetites concupiscível e irascível só podem, em princípio, ser movidos
por algo percebido pelos sentidos ou pela imaginação; já o apetite intelectivo pode ser movido
pela percepção de objetos inteligíveis, ou universais.
A vontade tem soberania sobre os dois apetites sensíveis e é capaz de subordiná-los em
função de um bem maior, de uma razão universal ou pelo menos entendida de modo universal.
Essa soberania é um traço de majestade que vincula nitidamente a vontade ao Sol visível.
Além disso, é pelo pleno exercício da vontade ou apetite intelectivo que o ser humano
realiza o bem universal em si mesmo. É o apetite do bem universal que, por seu poder soberano,
ordena todas as atividades da alma segundo a virtude, realizando nelas esse bem. Do mesmo
modo, é o Sol que torna luminosos todos os planetas e a própria Terra.
A qualidade divina a que o Sol corresponde é a do Princípio enquanto “Presença
Realizadora” no centro de cada ser. É por meio dessa Presença, depositada nele como uma
semente (a “centelha divina”), que o ser é capaz de realizar completamente a sua medida de ser,
i.e., a plenitude das suas possibilidades. A Presença é um princípio de semelhança da criatura
com o Criador, pelo qual o Absoluto habita no coração de cada ser relativo.
O Sol é o significador natural do pai, que transmite o ser ao filho como o Sol transmite
luz e calor aos planetas; é ainda o significador dos reis e da realeza.

Parte VI
Princípios de interpretação

A arte da interpretação é a arte de encontrar a correspondência entre cada um dos


elementos de uma dada situação e os elementos do simbolismo astrológico. Suponhamos, por
exemplo, que alguém queira saber se os seus bens materiais vão aumentar ou diminuir no ano
que vem. O astrólogo que se propuser a responder a essa pergunta terá de encontrar, no mapa, o
seguinte:
— o que corresponde aos bens materiais;
— o que corresponde aos agentes capazes de efetuar mudanças nos bens materiais;
— o que corresponde ao resultado da ação desses agentes.
Em geral, as questões a ser interpretadas pelo simbolismo astrológico contêm esses três
elementos, que podem ser definidos como segue:
1. Um sujeito passível de mudança, ou não passível de mudança. Em geral, o sujeito
passível ou impassível de mudança — mas que, de qualquer modo, não é capaz de mudar
a si mesmo — é representado por uma casa do mapa astrológico ou, secundariamente,
por uma parte. A primeira pergunta que o astrólogo deve se fazer é: qual é a casa
astrológica que significa esse sujeito?
2. Um agente da mudança, que pode ser capaz ou incapaz de causar mudança no sujeito, e
que é, em geral, representado por um planeta. Há três maneiras de identificar o agente no
mapa: a) pode ser o planeta regente do signo em que começa a casa mencionada no item
1; b) pode ser o planeta significador da atividade à qual se refere a pergunta; e c) pode ser
o planeta regente da mesma casa, mas no mapa natal do sujeito. O agente de mudança
pode ser representado, secundariamente, por estrelas fixas em conjunção com a cúspide
da casa que representa o tema da pergunta, com a parte correlata, com o planeta-agente
ou com algum outro planeta que aspecta o agente.
3. Um resultado da ação, que é geralmente representado por todas as qualidades que
influem sobre o agente, dentre as quais se destacam o signo em que ele está e os signos
em que estão os planetas que formam aspecto com ele.
As possibilidades de ação do agente são determinadas por três fatores:
1. A força do agente, sua capacidade intrínseca de agir, determinada por suas dignidades
ou debilidades essenciais ou acidentais.
2. Sua inclinação a agir, seu interesse pelo tema, determinado pelas recepções.
3. A ocasião da sua ação, determinada pelos aspectos.
“De maneira geral, a posição de um planeta, tanto pela casa quanto por suas próprias
dignidades essenciais, evidencia o poder do planeta, a medida da sua capacidade de ação. As
recepções, as diversas combinações das suas próprias dignidades com as de outros planetas com
os quais ele tem relação de recepção, mostram quais são as suas inclinações e prioridades, e
indicam assim de que maneira ele pode decidir fazer uso do poder de que dispõe. Os aspectos
entre os vários planetas são uma expressão da ocasião: o que está acontecendo, já aconteceu ou
ainda vai acontecer.”

Parte VII
Técnica da Astrologia Horária

O Que É a Astrologia Horária


A Astrologia Horária é a arte de responder a uma pergunta por meio da interpretação do
mapa do momento em que a pergunta foi entendida pelo astrólogo.

Diretrizes para o Esclarecimento da Pergunta


Não se deve perturbar desnecessariamente a mente do cliente, pedindo-lhe
esclarecimentos de modo incisivo. A clareza da resposta depende, por um lado, da premência da
questão na mente do cliente, premência essa que pode ser perdida caso o astrólogo o confunda
com excessivas perguntas; e, por outro lado, da capacidade do astrólogo de fazer seu o problema
ou a dúvida do cliente, sem, porém, perturbar-se com a expectativa de uma resposta.
O astrólogo deve se perguntar, antes de mais nada, se a pergunta pode ser respondida
clara e completamente com um “sim” ou um “não”.
Quando a pergunta se refere a alguma ação, deve-se procurar definir claramente o que se
espera como resultado da ação. Se o cliente quer saber, por exemplo, se um novo emprego será
“bom” para ele, deve-se procurar saber o que o cliente espera do novo emprego.
O astrólogo deve ter certeza de qual resultado pode ser considerado positivo e qual deve
ser considerado negativo.

Tabela de Significados das Casas para Questões Horárias


Casa Direto Indireto
I Consulente Casa terminal dos pais
Empreendimento Morte de pequenos animais
O presente Viagens ou educação superior dos filhos

II Bens móveis Economias, patrimônio e morte do


cônjuge ou sócio
Bens perdidos Carreira dos filhos
O futuro Saúde dos netos
Saúde dos cunhados

III Viagens curtas ou a lugares próximos Filhos dos amigos


Transportes Amigos dos filhos
Contratos, documentos Doença dos pais
Escritos, comunicação Viagens longas do cônjuge ou sócio
Educação primária Educação superior do cônjuge ou sócio
Vizinhos, vizinhança
Vendedor, agente
Rumores
IV Os Pais Bens dos irmãos
Pai Negócios ou carreira do cônjuge ou
sócio
Lar, imóveis Doença de amigos ou de filhos adotivos
Fazendas, minas, poços Morte de netos
Fim da questão

V Gravidez Bens dos pais


Animais de estimação Morte da mãe
Especulação, concurso Áreas de recreação ou diversão
Invenção (objeto inventado) Escolas
Relacionamento amoroso (se o Doença de tios
consulente já for casado)

VI Doença Bens dos filhos


Trabalho, serviço voluntário Viagens dos pais
Inquilinos Serviço militar
Empregados Propriedades de irmãos
Pequenos animais, filhotes

VII Casamento, divórcio, sociedade Casa terminal dos pais


Caso de amor Pequenas viagens dos filhos
Os outros, outros lugares O comprador ou vendedor, em assuntos
de venda/compra
Acordos, processos Guerra, inimigos declarados
Médico, advogado, ladrão Mudanças de residência
VIII Testamentos, heranças, empréstimos Dinheiro do cônjuge ou sócio
Impostos, dívidas, seguros (como Lar dos filhos
beneficiário)
Cirurgião, cirurgias Doença dos irmãos
Morte Lucro proveniente de sociedade,
mudanças

IX Viagens longas Doença dos pais


Educação superior Reclusão dos pais
Religião, clero, cerimônias Casamento de irmãos
Filosofia
Empresas, companhia de seguros
Editoras

X Mãe Doença dos filhos


Carreira, negócios Morte de irmãos
Governo Doença de animais de estimação
Empregador Fim do casamento - Casa VII
Símbolo de autoridade
Lucros provenientes de publicações,
viagens ou empresas

XI Amigos Morte dos pais


Desejos Casamento dos filhos
Organizações, grupos Doenças dos tios
Dinheiro ou lucro do negócio Doenças de pequenos animais
Dinheiro do empregador Bens dos pais
XII Hospitais, asilos, prisão Saúde do cônjuge ou sócio
Isolamento (forçado ou voluntário) Morte dos filhos
Lugares remotos Negócios dos irmãos
Inimigos secretos Viagens pequenas dos pais
Grandes animais, gado O passado

Tabela de Dignidades Essenciais

Signo Regente Exalta- Triplicidade Termo Face Exílio Queda


ção

+5 +4 Dia Noite +2 +1 +1 +1 -5 -4

+3/2/1 +3/2/1

A u q q/v/w v/q/w V T S U W U Q T t w
19 6 14 21 26 30 10 20 30

B t r t/r/u r/t/u T S V W U S R W u
3 8 15 22 26 30 10 20 30

C s w/s/v s/w/v S V T W U V U Q v
7 14 21 25 30 10 20 30

D r v t/u/r u/t/r U V S T W T S R w u
15 6 13 20 27 30 10 20 30

E q q/v/w v/q/w W S T V U W V U w
6 13 19 25 30 10 20 30

F s s t/r/u r/t/u S T V W U Q T S v t
15 7 13 18 24 30 10 20 30

G t w w/s/v s/w/v W T V S U R W V u q
21 6 11 19 24 30 10 20 30
H u t/u/r u/t/r U V T S W U Q T t r
6 14 21 27 30 10 20 30

I v q/v/w v/q/w V T S W U S R W s
8 14 19 25 30 10 20 30

j w u t/r/u r/t/u T S V U W V U Q r v
28 6 12 19 25 30 10 20 30

k w w/s/v s/w/v W S T V U T S R q
6 12 20 25 30 10 20 30

l v t t/u/r u/t/r T V S U W W V U s s
27 8 4 20 26 30 10 20 30

Tabela de Dignidades Acidentais

Dignidades Acidentais Debilidades Acidentais


Na Casa X ou na Casa I 5 Na Casa XII -5
Nas Casas VII, IV ou XI 4 Nas Casas VIII ou VI -4
Na Casa II ou na Casa V 3
Na Casa IX 2
Na Casa III 1
Na casa do seu gozo 2 Na casa oposta à do seu gozo -1

Em movimento direto (menos Q e 4 Retrógrado -5


R)
Rápido 2 Lento -2
Crescendo em latitude norte 2 Crescendo em latitude sul -2
Halb ou Hayz 2/3

Partil ! V ou T 5 Partil ! W ou U -5

Partil ! < 4 Partil ! > -4

Partil $ V ou T 4 Partil " W ou U -4

Partil ' V ou T 3 Partil # W ou U -3

Cercado por V e T 5 Cercado por W e U -5

Não está combusto nem sob os raios 5 Combusto -5


Cazimi 5 Sob os raios -4

R ocidental (crescendo em luz) 2 R oriental (diminuindo em luz) -2

W V U orientais 2 W V U ocidentais -2

T S ocidentais 2 T S orientais -2

! Regulus (29 de Leão) 6 ! Caput Algol (26 de Touro) -5

! Spica (23 de Libra) 5

A casa do gozo da Lua é a Casa III; de Mercúrio, a Casa I; de Vênus, a Casa V; do Sol, a
Casa IX; de Marte, a casa VI; de Júpiter, a Casa XI; e de Saturno, a Casa XII.
Um planeta está em halb quando está numa posição “correta” em relação ao horizonte: se
for um planeta diurno (Saturno, Júpiter e Sol), deve estar acima do horizonte durante o dia e
abaixo durante a noite; e vice-versa se for um planeta noturno (Marte, Vênus e Lua). Para estar
em hayz, um planeta deve estar em halb e, ainda, se for um planeta masculino (Saturno, Júpiter,
Sol e Marte), deve estar num signo masculino; ou num signo feminino se for um planeta
feminino (Vênus e Lua). Mercúrio é diruno quando nasce antes do Sol e noturno quando nasce
depois do Sol.
Partil é um aspecto formado por dois planetas que encontram-se nos mesmos graus de
seus respectivos signos.
Diz-se que um planeta está combusto quando está a menos de 8 graus e meio do Sol, e
sob os raios quando está a menos de 17 graus. Porém, quando um planeta está a menos de 17
minutos do Sol, diz-se que ele está cazimi, ou seja, “próximo do coração” do Sol.
Algumas Partes Usadas em Questões Horárias

1. Desejo Urgente Asc. + Regente do Asc. - Regente da hora


2. Informação Verdadeira ou Falsa Asc. + R - S

3. Danos aos Negócios Asc. + Parte da Fortuna - Regente do Asc.


4. Servos e Empregados S+W-V
5. Senhores e Mestres R+W-V
6. Casamento Asc. + Cúspide da VII - T

7. Tempo de Agir Asc. + V - Q

8. Vida ou Morte de Pessoa Ausente Asc. + U - R

9. Animal Perdido Asc. + U - Q

10. Ação na Justiça Asc. + S - U

11. Resultado Favorável Asc. + V - Q

Lua Fora de Curso


A Lua está fora de curso quando não forma aspecto com nenhum planeta antes de sair do
signo em que está. Como a Lua sempre é co-significadora da pessoa que faz a pergunta, de duas,
uma: ou os resultados que o mapa apresenta serão adiados ou não vão acontecer. Em geral, é
melhor fazer a mesma pergunta em outro momento.

Refreamento
“Se, antes de os regentes completarem o aspecto, o planeta mais rápido entrar em
retrogradação, a ação ou o acordo prometidos deixam de se concretizar. [...] Ou, se o planeta
mais lento mudar de signo antes de o mais rápido completar o aspecto, resultando num longo
período antes de o aspecto completar-se, também se trata de um refreamento.”

Interferência (Frustração)
“A interferência ou frustração acontece quando os regentes do consulente e do objetivo
caminham para uma conjunção ou um aspecto favorável, prometendo a realização, mas antes de
o aspecto completar-se um terceiro planeta aspecta um dos regentes. Num caso desses, o assunto
pode ser prejudicado, principalmente se o terceiro planeta afligir um dos regentes. Ou a situação
termina de uma vez, ou é preciso superar algum obstáculo antes de chegar-se à realização da
questão. A casa ocupada ou regida pelo planeta que intervém mostra, com freqüência, a origem
[ou a natureza] da interferência.”

Translação de Luz
“Quando os regentes de uma pergunta estão em aspecto separativo e um terceiro planeta,
mais rápido, aspecta primeiro um dos regentes e logo em seguida o outro, diz-se que ele
translada a luz entre os dois regentes. O terceiro planeta mostra uma terceira pessoa ou alguma
circunstância favorável capaz de concretizar a questão.”

Coleta de Luz
“Quando dois regentes importantes para a pergunta não fazem aspecto entre si, mas
ambos se aplicam a um planeta mais lento, este terceiro planeta pode indicar a pessoa ou a
situação que irá concretizar a questão.”

Bibliografia

I. Introdução
René Guénon, A Crise do Mundo Moderno. Editorial Vega, Lisboa, 1977.
Seyyed Hossein Nasr, O Homem e a Natureza. Zahar, Rio de Janeiro, 1977.
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II. Cosmologia -- Física
Aristóteles, Física, Livros I, II e Capítulos 1, 2 e 3 do Livro III
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disponível online em http://www.josephkenny.joyeurs.com/CDtexts/
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America Press, Washington, DC, 1996.
Plotino, Enéada II, Tratados 1 ao 6
Plotino, Enéada III, Tratados 1, 2, 3, 5, 7 e 8
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III. Cosmologia -- Psicologia
Aristóteles, De Anima.
São Tomás de Aquino, Comentário ao De Anima de Aristóteles. Tradução para o inglês
disponível online em http://www.josephkenny.joyeurs.com/CDtexts/
Santo Agostinho, O Sermão da Montanha. Paulinas, São Paulo, sd.
IV. Astrologia
Titus Burckhardt, Clé Spirituelle de l'Astrologie Musulmane. Arché, Milano, sd. (Clave
Espiritual de la Astrologia Musulmana. José J. de Olañeta, Barcelona, 1983.)
(Mystical Astrology According to Ibn ‘Arabi. Fons Vitae, Louisville [Kentucky],
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