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Quanto ao nitrogênio (N), este é fornecido com base na sua extração pelas plantas e
exportação pelas colheitas. Um indicativo do teor de nitrogênio presente no solo é a
quantidade de matéria orgânica do mesmo. Cerca de 5% da matéria orgânica do solo é
constituída por nitrogênio total. No entanto, este nem sempre está em forma disponível às
plantas. As formas de N no solo, disponíveis às plantas, como a nítrica (NO3-) e a amoniacal
(NH4+) ou mesmo as não disponíveis , são instáveis ou seja, são sujeitas à rápidas mudanças,
devido as ações dos microorganismos na mineralização da matéria orgânica, às lixiviações
provocadas pelas águas da chuva ou irrigação, etc.
Os teores de matéria orgânica do solo indicam também de maneira indireta, a textura
(granulometria) do solo. Considera-se solo arenoso aquele que contém matéria orgânica até 15
g/dm3; solo de textura média aquele com matéria orgânica entre 16 e 30 g/dm3 e solo argiloso
aqueles com matéria orgânica entre 31 a 60 g/dm3. Sempre que possível, é interessante
realizar a análise granulométrica (textura) do solo para se conhecer as reais quantidades de
areia, silte e argila do mesmo.
3. Interpretação da análise foliar
A análise foliar é uma ferramenta fundamental na aferição mais precisa para as
recomendações de doses de macro e micronutrientes em hortaliças.
As partes das plantas a serem amostradas, a época de amostragem , o número de plantas a
serem coletadas e a interpretação das análises foliares para algumas hortaliças conduzidas
sob cultivo protegido são apresentadas respectivamente nas tabelas 3; 4 e 5. Ressalte-se que
é importante a adoção desses critérios de amostragem para permitir a correta interpretação
dos resultados das análises. Caso não seja possível amostrar as hortaliças nas épocas
indicadas deve-se fazer duas amostragens, coletando as plantas “com anomalias”
separadamente das plantas aparentemente “normais”, possibilitando comparar os resultados.
Isso permitirá obter boas conclusões quanto a possíveis problemas de deficiência ou toxidez de
nutrientes.
Tabela 3. Amostragem de hortaliças sob cultivo protegido, para análise foliar
Hortaliça Descrição da amostragem
Alface Folhas recém desenvolvidas, da metade a 2/3 do ciclo: 15 plantas
Berinjela Pecíolo da folha recém desenvolvida: 15 plantas
5ª folha a partir da ponta, excluindo o tufo apical, no início do
Pepino
florescimento: 20 plantas.
Folha recém desenvolvida, do florescimento à metade do ciclo: 25
Pimentão
plantas
Tomate Folha com pecíolo, por ocasião do 1º fruto maduro: 25 plantas
Obs: Maiores doses de fertilizantes orgânicos para solos de fertilidade baixa. Aplicar
cerca de 30 dias antes do plantio. Incorporar a 20 a 30 cm de profundidade em área
total do canteiro.
A figura 2 mostra o húmus de minhoca em embalagem fechada. Tal adubo orgânico é um dos
mais importantes insumos que proporciona boas produtividades de hortaliças, mantendo o
equilíbrio microbiano do solo
Figura 2. Húmus de minhoca próprio para adubação orgânica em pré-plantio.
Foto: Reginaldo Bassetto (Santa Cruz do Rio Pardo-SP).
Adubação mineral de cobertura: Aplicar de 200 a 300 kg/ha de N; 60 a 120 kg/ha de P2O5 e
120 a 240 kg/ha de K2O, parcelando as doses através da fertirrigação. As quantidades
menores ou maiores de nutrientes a serem aplicados dependerão da análise de solo, análise
foliar, cultivar utilizado e produtividade esperada.
Outro sistema de fertirrigação é através de tubo - gotejadores que são dispostos ao longo das
linhas de irrigação e gotejam água com fertilizantes dissolvidos sobre vasos de plástico com
substratos diversos. (figuras 4 e 5).
Em alguns tipos de estufas, como as do tipo túnel alto (nas formas de arco e capelas) e
quando são plantadas hortaliças folhosas, é também utilizado o sistema de aspersão com
barras contendo os aspersores na altura de 50 a 60 cm. Deve-se aplicar água limpa sobre as
hortaliças após a aplicação dos fertilizantes via água de irrigação.(figura 7).
Figura 7: Sistema de miniaspersão utilizado no cultivo de hortaliças folhosas, tais como
o espinafre da Nova Zelândia, sob estufa do tipo capela.
Foto: Paulo E. Trani, Campinas-SP.
Figura 8: Fertirrigação por nebulização em mudas de alface. Deve ser aplicada água
limpa após a utilização dos fertilizantes.
Foto: Oliveiro Bassetto Jr. (Santa Cruz do Rio Pardo-SP)