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Coligação Por Um Rio Grande Justo - PT e PCdoB

PARTIDO DOS
PT TRABALHADORES - RS
COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE GOVERNO

CÍCERO BALESTRO
COORDENADOR

DANIEL BRUNO MOMOLI


MARLI CONZATTI
ASSESSORIA

PEDRO ARTHUR KÖTZ


DIAGRAMAÇÃO E ARTE FINAL

UBIRAJARA MACHADO
CLAUDIO FACHEL
RICARDO STUCKERT
FOTOGRAFIA

ELIANE SILVEIRA
EDIÇÃO
POR UM RIO GRANDE JUSTO
Apresentação

O Rio Grande do Sul precisa voltar a crescer e desenvolver a sua eco-


nomia, a sua indústria, os seus arranjos produtivos locais, a sua agricultura.
Precisa de um governo que atue fortemente na geração de empregos para
os gaúchos e gaúchas, que, atualmente, somam mais de meio milhão de
desempregados.
O Rio Grande precisa de um governo que defenda o fortalecimen-
to dos bancos públicos (Banrisul, BADESUL e BRDE) como indutores do
desenvolvimento, com sistemas de crédito que contribuam para o cres-
cimento da economia gaúcha, não de um governo que queira destruir o
patrimônio dos gaúchos, pois não se vence a crise vendendo ou desmon-
tando instrumentos estratégicos para o desenvolvimento, como as empre-
sas públicas e os órgãos de produção de pesquisa e conhecimento. É, sim,
possível vencer a crise sem vender o Estado.
O Rio Grande precisa de um governo que não feche escolas e deixe-
-as sem luz elétrica, mas que recupere a estrutura física dessas escolas e
pague em dia os seus professores(as).
O Rio Grande precisa de um governo que recomponha o efetivo dos
policiais e demais profissionais da área da segurança, pois a população
gaúcha hoje vive com medo de sair às ruas, isso não pode continuar assim.
O Rio Grande precisa de um governo que invista na saúde, que esta-
beleça parceria com os municípios, que crie centros regionais de especiali-
dades/policlínicos para acabar com as longas esperas para um atendimen-
to médico especializado, dessa forma, não necessita de um governo que
desmonte a saúde pública.
O Rio Grande precisa de um governo que promova políticas públi-
cas adequadas e que atue efetivamente na defesa dos direitos das mulhe-
res, na promoção da igualdade racial, em favor dos direitos da população
LGBT e das pessoas com deficiência.
Queremos crescer junto com o Brasil. Nos governos dos Presidentes
Lula/Dilma o país crescia e desenvolvia-se, gerava empregos e promovia a
inclusão social. A situação do Brasil, após o golpe de 2016, todos conhece-
mos bem. Por isso, queremos governar o Rio Grande com Miguel Rossetto
e voltar a governar o Brasil com Lula, Haddad e Manuela, para devolver a
alegria e a esperança, que nos foram tiradas pelas forças do atraso e do
ódio.
Este Programa de Governo Participativo foi elaborado em um amplo
diálogo com as representações de diferentes setores e movimentos, o Rio
Grande pode e precisa mudar de verdade, o Rio Grande pode ser Justo.

Boa Leitura a todos(as)!


PROGRAMA DE GOVERNO PT

POR UM RIO GRANDE JUSTO QUE PRECISA CRESCER E SE DESENVOLVER..........6


- UMA AGENDA PARA O CRESCIMENTO DA ECONOMIA DO RS...........................................................7
- FINANÇAS PÚBLICAS.....................................................................................................................................8
- ECONOMIA SOLIDÁRIA..................................................................................................................................8
- MICRO E PEQUENAS EMPRESAS.................................................................................................................9
- TURISMO............................................................................................................................................................10
- DESENVOLVIMENTO REGIONAL E FORTALECIMENTO DAS CADEIAS PRODUTIVAS................10
- PARTICIPAÇÃO POPULAR E RECUPERAÇÃODAS FUNÇÕES PÚBLICAS DO ESTADO..................12

O RS PRIORIZANDO A DIGNIDADE COM SAÚDE, EDUCAÇÃO E SEGURANÇA..14


- A EDUCAÇÃO QUE O RIO GRANDE QUER:
UM PROJETO ESTRATÉGICO PARA RECUPERAÇÃO DA REDE ESTADUAL......................................14
- UERGS................................................................................................................................................................17
- O RIO GRANDE QUE PROTEGE E PROMOVE SAÚDE...........................................................................18
- SEGURANÇA PÚBLICA: DIRETRIZES E AÇÕES PARA UM RIO GRANDE SEGURO........................22

O RS QUE INCLUI...........................................................................................................25
- A CULTURA E O RESGATE DO RIO GRANDE...........................................................................................25
- ESPORTE, RECREAÇĀO E LAZER COMO DIREITO................................................................................27
- INCLUSÃO DIGITAL E TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO....................................................................28

O RIO GRANDE QUE AFIRMA OS DIREITOS E A CIDADANIA...............................30


- ASSISTÊNCIA SOCIAL..................................................................................................................................30
- DIREITOS HUMANOS....................................................................................................................................30
- JUVENTUDE....................................................................................................................................................31
- IGUALDADE RACIAL.....................................................................................................................................33
- PESSOAS COM DEFICIÊNCIA......................................................................................................................35
- MULHERES.......................................................................................................................................................36
- LGBT..................................................................................................................................................................38
- O DIREITO À SEGURANÇA ALIMENTAR E COMBATE A FOME.........................................................39

O RS QUE PRESTA SERVIÇOS PÚBLICOS DE QUALIDADE....................................41


- INFRAESTRUTURA........................................................................................................................................41
- DESENVOLVIMENTO URBANO:..................................................................................................................42
- MEIO AMBIENTE.............................................................................................................................................45
- O SETOR DE MINAS E ENERGIA COMO ÁREA ESTRATÉGICA..........................................................47
- CIÊNCIA, TECNOLOGIA E COMUNICAÇÃO.............................................................................................49
POR UM
RIO GRANDE JUSTO
QUE PRECISA
CRESCER E SE
DESENVOLVER
O governo atual não tem
políticas para o desenvol-
vimento e crescimento
econômico do Estado. Esta
ausência reflete-se nos nú-
meros, por exemplo, no ano
de 2016, o Produto Interno
Bruto do RS, em valor no-
minal, foi de R$ 410.276 bi-
lhões. Já o PIB per capita
foi de R$ 36.329. Naque-
le mesmo ano, o PIB teve
uma queda de 3,1%; a agro-
pecuária, 4,5%; a indústria
caiu 3,9% e o setor servi-
ços diminuiu 2,1%. Além de
sua completa ausência na
apresentação de políticas
indutoras para o desenvol-
vimento. Com isso, o go-
verno Sartori segue com o
parcelamento de salários e
utiliza este contexto para
justificar a venda das fun-
dações públicas e a adesão
a uma política de submis-
são fiscal como as únicas
soluções para o futuro do
Rio Grande, gerando con-
sequências graves, dentre
elas o desemprego que
hoje atinge cerca de 500
mil pessoas.

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UMA AGENDA PARA O CRESCIMENTO DA ECONOMIA DO RS

Para que o RS volte a crescer, é preciso que o Estado retome o seu protagonismo na apresen-
tação de políticas ativas para o desenvolvimento econômico e social, a fim de superar a atual
tendência de fragilidade instalada no RS. Para isso, será preciso buscar junto à União a (o):

I - retomada do Polo Naval;


II - investimento em 2,1 mil km de linhas de transmissão e oito subestações e ampliação de 13
unidades existentes (resultado do leilão vencido pela Eletrosul em 2014) para viabilizar o escoa-
mento de um montante adicional de cerca de 10 GW de diversas fontes de energia;
III - extensão da Ferrovia Norte Sul até Rio Grande, reduzindo os custos de transporte e aumen-
tando a competitividade dos produtos gaúchos no Brasil e no exterior;
IV – resolução sobre a concessão ferroviária no Estado, com vistas à consumação dos investi-
mentos previstos no contrato de concessão;
V - ampliação das hidrovias, com a constituição da Hidrovia do Mercosul e da operação portuária
- com o Plano Nacional de Dragagens e a expansão da área do Porto de Rio Grande;
VI – início e aceleração das obras rodoviárias federais;
VII - expansão dos aeroportos regionais de Rio Grande, Passo Fundo e Santa Rosa; a criação do
novo Aeroporto Regional da Serra e a consolidação dos estudos de viabilidade do novo Aero-
porto Regional Metropolitano;
VIII- aceleração e novas obras rodoviárias, como a nova ponte do Guaíba, a continuação da Ro-
dovia do Parque e duplicações das BR 290, 287, 392 e outras;
IX- reivindicação junto ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), à Agência Nacional
de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e à Petrobras a retomada das perfurações na
Bacia de Pelotas, para verificação da existência de petróleo e/ou gás natural;
X – estudo sobre a viabilidade da ampliação da Refinaria Alberto Pasqualini (REFAP) para aten-
der às deficiências de combustíveis de países do Mercosul.
Para superar a crise, as seguintes ações serão assumidas como príncipios de orientação para a
política econômica de desenvolvimento do RS:
-Revogação das medidas privatistas do Governo Sartori e proposição de um novo ciclo de polí-
ticas culturais, sociais e econômicas;
- Manutenção e fortalecimento dos bancos públicos (BANRISUL, BADESUL e BRDE) serão estra-
tégicos para o desenvolvimento e o crescimento do Estado. Estes bancos devem desempenhar
uma política de investimento com o sistema de créditos que priorize o financiamento para pro-
jetos de inovação das empresas gaúchas;
- Investimento em novas formas de Tecnologia da Informação para a melhoria da qualidade do
gasto público e a prestação de mais e melhores serviços para a sociedade;
- Refinanciamento da dívida da agricultura familiar e apoio ao cooperativismo, com reformas
normativas e de fomento: cooperativas (FUNDOPEM), microcrédito, profissionais qualificados,
Plano Safra (agricultura familiar) e Política Industrial voltada à estrutura produtiva gaúcha;
- Avanço na Política de Desenvolvimento Econômico com a diversificação da estrutura produtiva
para tornar a Economia do Rio Grande forte e promover a geração de empregos;
- Transformação do Estado em uma referência em inovação e desenvolvimento sustentável;
-Criação do Programa Estadual de Recuperação da Indústria Naval Gaúcha, com o objetivo de
retomar o Polo Naval em Rio Grande e São José do Norte, rearticulando a cadeia de fornecedo-
res de bens e serviços no RS;
- Criação de linhas de financiamento para empresas que desejam integrar-se ao setor produtivo
da indústria naval;
- Apoio direto para o transporte (hidrovias, ferrovias, estradas), energia e comunicações (banda
larga, infovias) para o fortalecimento econômico do RS;
- Apoio à agropecuária, às cooperativas, à agricultura familiar, ampliação da irrigação, incentivo
ao sistema cooperativo – aglutinações produtivas e comerciais competitivas;
- Implantar o polo carboquímico;
- Implantar o polo de energia limpa eólica e fotovoltaica.

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FINANÇAS PÚBLICAS

O ciclo econômico gerado pelo atual governo do RS tem sido marcado pela ausência de iniciati-
vas políticas para os setores tradicionais da economia; pelo enfraquecimento da função pública
do Estado e pela desarticulação dos programas de fomento. O atual governo do RS tem sido ine-
ficiente e incompetente na gestão do Estado e, consequentemente, nas finanças públicas, com
isso, limitou a capacidade do Estado e impediu o repasse de recursos destinados aos investimen-
tos públicos. Os prejuízos formam um quadro de grandes proporções e isso representa hoje um
grande problema a ser enfrentado. A sua reversão exige um nível de investimento adequado às
necessidades de qualificação da infraestrutura, da atração de novos investimentos e da geração
de empregos. As ações de recuperação das finanças públicas serão orientadas pelas seguintes
ações:

- Buscar o crescimento econômico para alcançar a sustentabilidade fiscal, ou seja, a plena capa-
citação do Estado para atender as necessidades sociais e de infraestrutura;
- Utilizar o espaço fiscal para a renegociação da dívida;
- Investir em capacitação e na disseminação das melhores práticas e sistemas informatizados
para transparência das despesas públicas;
- Cobrar da União o ressarcimento pelas perdas decorrentes da Lei Kandir: são quatro bilhões de
reais ao ano, decorrentes da desoneração dos produtos primários e semi-elaborados na expor-
tação;
- Manter o compromisso com soluções e novas formas para financiar o passivo anual da previ-
dência pública;
- Potencializar a captação de recursos orçamentários voluntários junto à União e financiamentos
internacionais para aplicação em políticas públicas.
- Aprimorar as ações de cobrança dos devedores do Estado, com celeridade nas ações, e com-
bate aos maus pagadores;
- Ampliar o combate à sonegação, com mais tecnologia e postos de fiscalização.

ECONOMIA SOLIDÁRIA

A construção de políticas para o desenvolvimento econômico terá ações transversais com ou-
tras Secretarias e áreas estratégicas para a efetivação do projeto de governo pretendido para o
Estado.
A defesa da Economia Solidária (ES) em um governo popular é uma forma de combater as de-
sigualdades locais e regionais com ações voltadas às mulheres, às comunidades tradicionais, à
agricultura familiar, à população LGBT, pois, assim, é possível que o Estado atue como indutor de
políticas universais de inclusão social. O embrião desse modelo de desenvolvimento terá como
princípio de sustentabilidade:

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Desenvolvimento de Políticas Públicas
- Implantar as ações do Programa de Economia Solidária (ES)
através da Política Estadual de Fomento à Economia Solidá-
ria;
- Desenvolver políticas públicas de fortalecimento e qualifi-
cação das Redes de Economia Solidária e Feminista articula-
das com demais políticas públicas;
- Valorizar a diversidade cultural dos empreendimentos da
ES, buscando potencializar o seu desenvolvimento;
- Incentivar o processo de industrialização dos resíduos reci-
clados nos municípios com prioridade à contratação de coo-
perativas e associações de catadores;
- Efetivar programas de fornecimento e de compras públicas
para ES.

Cooperativismo Solidário
- Incentivar o cooperativismo solidário através de programas
de aquisição de alimentos direto do produtor;
- Incentivar o cooperativismo habitacional no campo e na ci-
dade;
- Fortalecer as Cadeias solidárias pelos empreendimentos
solidários;
- Viabilizar Casas de Economia Solidária no território do RS
como espaço de qualificação articulado com as políticas de
formação, comercialização e, em alguns casos, de produção,
fortalecendo também a articulação e a participação cidadã
da economia solidária, a transversalidade com outras ações
convergentes – gênero, saúde, habitação, luta contra a vio-
lência, superação da pobreza extrema.

MICRO E PEQUENAS EMPRESAS


As micro e pequenas empresas são as principais geradoras de
empregos da Economia do RS, especialmente no comércio e
em serviços, e são fundamentais para o adensamento das ca-
deias produtivas, dos Arranjos Produtivos Locais (APLs) e o
desenvolvimento das regiões. Por isso, são prioridades para
a política de desenvolvimento com crescimento sustentável
do RS. Nesse sentido, nossas políticas estão orientadas a par-
tir das seguintes propostas:

- Ampliar as condições de competitividade das micro e pe-


quenas empresas através do aperfeiçoamento das redes de
cooperação, extensão produtiva e inovação;
- Fortalecer os programas de microcrédito com especial
atenção às (aos) jovens empreendedoras e empreendedores
gaúchos entre 18 e 30 anos; às mulheres; às negras e aos
negros;
- Capacitar as micro e pequenas empresas para integrarem-
-se à cadeia produtiva da indústria oceânica, para Economia
Criativa, para atendimento às demandas decorrentes de no-
vos investimentos no RS e para ampliarem os seus mercados.
- Apoiar o setor de Comércio e Serviços através da capaci-
tação e qualificação de empreendedoras, empreendedores,
trabalhadoras e trabalhadores.

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TURISMO

O RS tem um enorme potencial turístico em todas as suas regiões.


Portanto, é uma das áreas que pode contribuir com a superação
da crise enfrentada pelo Estado através de uma política de ges-
tão descentralizada, participativa e cooperada com os atores do
turismo gaúcho e pode fomentar o desenvolvimento regional a
partir das potencialidades locais. No entanto, isso exige a elabo-
ração de políticas públicas transversais, de modo a posicionar o
setor como vetor do desenvolvimento econômico, social, humano
e cultural. Para isso, é preciso apostar no contínuo aumento da
competitividade das regiões turísticas com o apoio permanente
ao desenvolvimento, à estruturação e à promoção de produtos e
segmentos turísticos regionais. Os eixos fundamentais para reto-
mar o desenvolvimento do setor turístico no RS, são:

- Criar linhas de microcrédito e fomento para pequenos e micro-


empreendedores do turismo;
- Ampliar as atividades turísticas nas regiões estratégicas do Es-
tado, utilizando financiamentos externos para fortalecimento do
Programa de Desenvolvimento do Turismo do Rio Grande do Sul
(Prodetur/RS);
- Criar Programas de formação e qualificação profissional para no-
vos empreendedores;
- Investir na segmentação dos produtos turísticos de acordo com
as potencialidades das regiões, com foco no turismo de negócios
e eventos, no turismo de fronteira (compras e cultural), no turismo
rural, no enoturismo e turismo de natureza, assim, diversificando a
oferta nacional e internacional;
-Retomar o Plano Diretor de Turismo como estratégia para elabo-
ração das políticas públicas do setor.

DESENVOLVIMENTO REGIONAL E FORTALECIMENTO


DAS CADEIAS PRODUTIVAS

No meio rural, o mais importante são as pessoas. Elas trabalham,


produzem alimentos, buscam a sua renda e a sua qualidade de
vida, entendendo e valorizando o território como um espaço de
vida, multicultural, produtivo, de residência, prestação de servi-
ços e patrimonial. São diretrizes de ações para o setor, a criação
de um sistema estadual de pesquisa agropecuária, integrado às
demais instituições de ensino, pesquisa e extensão; e a retomada
de políticas que atendam à diversidade de públicos (mulheres,
jovens, idosos, indígenas, quilombolas, assentados da reforma
agrária, agricultura familiar, pecuaristas familiares, aquicultores e
pescadores artesanais) e suas diferentes atividades.
O desenvolvimento local e regional necessita de uma política de
qualificação da infraestrutura básica no meio rural, através de po-
líticas nas áreas de energia elétrica/força, estradas asfaltadas, in-
ternet, telefonia celular, habitação rural, armazenamento de água
para irrigação e água potável para as pessoas e os animais. Propo-
mos o fortalecimento do associativismo e cooperativismo, através
das câmaras setoriais (arroz, trigo, suínos, aves e leite) com base
na sustentabilidade econômica, social e ambiental para desenvol-
ver os pequenos e médios municípios de acordo com as suas po-
tencialidades. Nossas políticas serão orientadas pelas seguintes
ações:

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Recuperação das Funções Públicas
e da Capacidade Operacional do Estado
- Recuperar o Sistema Estadual de Pesquisa Agropecuária
e reorganizar os órgãos operacionais como estratégia para
qualificação da defesa agropecuária;
- Retomar e qualificar a extensão rural através da EMATER e de
organizações da sociedade civil.

Produção e Consumo
de Alimentos Saudáveis
- Desenvolver um programa de massificação da produção agroecoló-
gica, orgânica e em transição agroecológica;
- Estruturar a cadeia da Pesca e Aquicultura no RS, com a criação de um
Programa Estadual de Fortalecimento da Pesca Artesanal e a retomada do Pro-
grama “RS Pesca e Agricultura”;
- Implantar um sistema de monitoramento e controle do uso de agrotóxicos para a produção de
alimentos convencionais através de uma política estadual de redução de uso com fiscalização de
fronteiras, análises laboratoriais, programas educativos, combate ao desperdício e licenciamen-
to ambiental;
- Criar ações de proteção a sementes crioulas e à agrobiodiversidade.

Cadeias Produtivas
- Promover o setor de serviços e geração de renda no meio rural com investimento em projetos
produtivos, modernização e agroindustrialização de cooperativas através dos bancos públicos:
BRDE, BADESUL e BANRISUL;
- Criar as condições para ampliar e qualificar a capacidade de agroindustrialização das grandes
cadeias produtivas do Estado;
- Ampliar e qualificar o programa da agroindústria familiar “Sabor Gaúcho” e consolidar o Siste-
ma Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar Artesanal e de Pequeno Porte (SU-
SAF-RS);
- Retomar o Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite (PRODELEITE) e o
Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite (FUNDOLEITE).

Fortalecimento do
Associativismo e Cooperativismo
- Fortalecer o Associativismo e o Cooperativismo como instrumento de desenvolvimento dos
pequenos e médios municípios;
- Apoiar as cooperativas da agricultura familiar que industrializam o leite produzido por seus
cooperativados;
- Resgatar as políticas e os programas de desenvolvimento do cooperativismo gaúcho.

Mudanças Climáticas,
Políticas de Mitigação e Convivência
- Elaborar políticas de mitigação e convivência, com reativação do Fórum Gaúcho de Mudanças
Climáticas;
- Avançar em potentes programas de acumulação de água para a irrigação, como
instrumento de prevenção aos efeitos das estiagens e atender o déficit da
produção de grãos no Estado pela agricultura familiar.

Desenvolvimento Agrário
- Gestionar junto ao Governo Federal a aquisição de novas áre-
as para assentamentos;
- Mediar os conflitos entre comunidades indígenas e agricul-
tores familiares, gestionando junto ao Governo Federal para
a implementação de políticas que fortaleçam as comunida-
des e resolvam os conflitos;
- Retomar o Plano Safra/RS como uma plataforma abran-

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gente de ações voltadas a financiar e apoiar a agricultura,
a pecuária, a pesca, a comercialização, o abastecimento,
o armazenamento, as agroindústrias familiares, a pesqui-
sa agropecuária, a assistência técnica, a infraestrutura, a
segurança alimentar e o combate à pobreza rural;
- Criar políticas específicas de fomento à sucessão fa-
miliar vinculada a um projeto produtivo de desenvolvi-
mento, regularização fundiária, habitação, crédito, e As-
sistência Técnica e Extensão Rural e Social (ATERS) em
articulação com as áreas de educação, cultura e lazer;
- incentivo para manter o jovem no campo.

Abastecimento e
Soberania Alimentar
- Retomar as políticas de abastecimento regional com
prioridade às cooperativas de produção, armazenamen-
to e comercialização, além do estímulo às feiras locais e
regionais;
- Fortalecer a CEASA e avançar nas compras institucio-
nais pelo Estado, aplicando 30% e aumentar gradativa-
mente, com prioridade às cooperativas de abastecimento
da agricultura familiar;
- Garantir o abastecimento das escolas estaduais, presí-
dios, hospitais e universidades com alimentos in natura,
minimamente processados e industrializados, bem como
com a produção de agroecológicos, orgânicos e em tran-
sição;
- Fortalecimento do Programa Camponês.

PARTICIPAÇÃO POPULAR E RECUPERAÇÃO


DAS FUNÇÕES PÚBLICAS DO ESTADO

O Estado do RS precisa recuperar a sua função pública.


Nosso compromisso com uma gestão participativa e po-
pular será efetivada desde o primeiro dia de governo,
com a revitalização dos Conselhos, a reorganização das
Secretarias e, principalmente, com o resgate e a imple-
mentação do Orçamento Participativo (OP), com outras
formas de participação popular, com a revisão da extin-
ção das fundações, o investimento e a qualificação na
produção do conhecimento, em pesquisa, ciência e tec-
nologia.
Para a recuperação das funções públicas do Estado, será
preciso combater os privilégios; não é justo que, enquan-
to a grande maioria dos servidores tem os seus salários
permanentemente atrasados, alguns poucos recebam be-
nefícios abusivos e injustos. Os servidores estaduais não
têm reajuste, enquanto os Secretários do governo atual
receberam 64,2% de aumento e os Juízes e Promotores
recebam auxílio moradia no valor de R$ 4.300,00.
Um governo deve assumir como compromisso a constru-
ção da cidadania, a solidariedade e a socialização da po-
lítica. Nesse sentido, será preciso restabelecer e avançar
no processo de cogestão entre governo e sociedade, com
a participação popular, o planejamento participativo e o
controle social na definição e na execução das políticas
públicas de caráter regional e geral do Estado, para zelar
com mais transparência pelo bem público. A partir dessa
diretriz, propomos:

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Criação de um Sistema de Democracia
Participativa
- Criação de um Sistema de Democracia Parti-
cipativa com o Orçamento Participativo (OP),
Conselhos Regionais de Desenvolvimento
(COREDEs), combinados e articulados com
as políticas dos conselhos estaduais e mu-
nicipais de direitos, setoriais e temáticos e
dos movimentos sociais;
-Implementação da participação da popu-
lação no Orçamento Participativo Estadu-
al, num processo de democracia direta,
voluntária e universal, nas regiões dos
COREDEs através de assembleias popu-
lares nos municípios;
-Realização de conferências, plebiscitos
e referendos, incorporando instrumen-
tos como o plebiscito, a ampliação da
capacidade resolutiva das conferências
na busca pela permanente qualificação
das políticas públicas de caráter seto-
rial, regional e geral do Estado, bem
como aprofundar, no OP, a discussão
e o controle da execução dos Planos
de Investimentos e das despesas pú-
blicas, da receita e da dívida públicas
e do financiamento do Estado;
-Criação do Fórum da Reforma Ur-
bana e Democracia: instrumentos in-
dutores da aplicação do Estatuto da
Cidade, da participação popular e de
outros mecanismos democráticos nos
municípios gaúchos;
- Desenvolvimento de programas de
divulgação, formação e qualificação
do processo do OP, envolvendo os
conselheiros, os delegados e a popu-
lação, especialmente aquela parcela
de maior vulnerabilidade social.

Ampliação e Qualificação da
Participação Popular
-Formulação de programas nas áreas
de educação, saúde, assistência social,
habitação popular, saneamento básico,
desenvolvimento econômico regional e
estadual e economia popular e solidária
articulados com fontes de financiamento
orçamentárias e extra-orçamentárias do
Governo Federal para a priorização da po-
pulação no OP e com execução direta pelo
Estado em cogestão com Municípios, con-
selhos e entidades do movimento social e
autogestão de cooperativas e de empresas
recuperadas pelos trabalhadores;
-Construção do Plano Plurianual, elaborado
em debate com a sociedade em um processo
amplo de participação em todo o Estado.

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O RS PRIORIZANDO A DIGNIDADE
COM SAÚDE, EDUCAÇÃO E SEGURANÇA

A EDUCAÇÃO QUE O RIO GRANDE QUER:


UM PROJETO ESTRATÉGICO PARA
RECUPERAÇÃO DA REDE ESTADUAL

A Rede Estadual de Ensino do Rio Grande do Sul (REE-RS)


atende em torno de um milhão de alunos em 2.500 escolas.
Essa grande massa de crianças e jovens, em sua ampla maio-
ria, integra os segmentos populares socialmente desprivile-
giados, com os quais a coligação Por um Rio Grande Justo
tem um compromisso político e com as suas reivindicações
históricas e nos enfrentamentos presentes para viabilizar os
sonhos do futuro. Nessa perspectiva e frente à necessidade
de recuperar a autoestima e a dignidade de todos os sujeitos
envolvidos com o trabalho e o estudo na REE-RS, propomos
um Projeto Estratégico de Estado, para resgatar a escola pú-
blica estadual do RS com o objetivo de oferecer e melhorar a
qualidade de ensino e garantir o acesso. As metas prioritárias
são: recuperar e modernizar as 2.500 escolas; universalizar o
acesso ao Ensino Médio (EM) para os setenta mil jovens de 15
a 17 anos que estão fora desse nível de ensino; reduzir a eva-
são e a repetência a níveis residuais; garantir a atualização
permanente dos profissionais da educação.

Educação Democrática Popular e Cidadã


O projeto educacional para um governo de caráter democrá-
tico e popular tem como conceito uma educação democráti-
ca e pressupõe uma proposta que afirma a educação como
direito de todos os cidadãos e cidadãs. Contudo, não basta
o acesso, é necessária uma educação pública com qualidade
social, que garanta a permanência com aprendizagem, for-
mando as crianças e os jovens para a convivência democrá-
tica e cidadã, com base nos valores da solidariedade, da co-
operação, da sustentabilidade, da responsabilidade, da não
violência, do respeito ao outro e do pluralismo.
O projeto educacional do campo popular identifica-se com
a proposição de uma Educação Integral e presume o aces-
so a uma formação geral, abrangendo todas as dimensões
do ser humano. Essa proposta demanda uma escola aberta
às comunidades, que seja dinâmica, criativa, que estimule a
participação dos educadores, das crianças e dos jovens, para
a construção de relações cooperativas com as comunidades.
A escola que propomos ao RS não reproduz a discriminação
social, o preconceito de raça, etnia, gênero, religião, orienta-
ção sexual e de pessoas com deficiência. Na sua prática real,
constitui-se em uma Educação Popular, com uma unidade
articuladora de políticas públicas, aberta à participação das
comunidades e dos movimentos sociais.

Financiamento e Estrutura Física da REE-RS


A recuperação da escola pública passa pelo financiamento
e pela estrutura física da REE-RS. A degradação das estru-
turas educacionais e o fechamento de escolas determinam,
em muitos casos, a extinção dos únicos espaços culturais, la-
zer, recreação, esportes e vida comunitária das populações
jovens das periferias urbanas e do campo. Frente a esse qua-

14
dro, propomos a retomada dos investimentos com ações efetivas de curto, médio e longo prazo.
O Projeto Estratégico de Recuperação da REE-RS deverá recuperar fisicamente todas as escolas,
recriando e qualificando espaços, conforme as exigências educacionais contemporâneas. Para a
realização deste Projeto, propomos:
- Formação de um Fundo para a Sustentação do Projeto Estratégico, para um grande investimen-
to, possibilitando obras ao longo dos próximos dez anos;
- Reestruturação dos espaços ociosos das escolas para aumentar o atendimento da Educação de
Jovens e Adultos e, também, para a expansão do turno integral;
- Ampliação das salas de recursos e dos equipamentos técnico-pedagógicos de tecnologias as-
sistivas para buscar a universalização do atendimento;
- Reestruturações das escolas técnicas agrícolas, atualizando os equipamentos técnico-pedagó-
gicos para ensino e pesquisa nas diferentes áreas do setor;
- Reestruturação e atualização dos equipamentos e dos recursos humanos das escolas técnicas
urbanas.

Reestruturação Curricular e Formação dos Profissionais da Educação


Também se constituem como um compromisso a reestruturação curricular e a formação dos
profissionais da educação. Uma proposta de educação integral, democrática e popular para a
Educação Básica passa pela construção de um currículo que articule os seus blocos constituintes
(educação infantil, ensino fundamental e ensino médio) na organização vertical da etapa de de-
senvolvimento do aluno/a, bem como articule entre si, horizontalmente, os três blocos. A partir
desses elementos conceituais, propomos:
- Introdução da pesquisa como atitude pedagógica inerente ao ensino e como estímulo ao de-
senvolvimento de uma cultura de investigação, articulando o currículo com as práticas sociais e
com o mundo do trabalho;
- Organização interdisciplinar do currículo integrando os conteúdos formativos da Educação de
Jovens e Adultos, da Educação Especial, da Educação Indígena, Quilombola, bem como contem-
plando a diversidade e o pluralismo das nossas juventudes expressas nas questões de classe,
gênero, etnias, religião e orientação sexual;
- Retomada do currículo das escolas do campo, organizado com base no princípio da agroeco-
logia, no fortalecimento dos vínculos das juventudes com a agricultura familiar, estimulando a
sucessão na pequena propriedade;
- Organização do currículo da educação profissional integrado à educação geral, em diálogo
com os arranjos produtivos regionais;
- Instituição dos Centros de Estudos de Idiomas para atendimento das escolas
da rede com recursos humanos existentes e laboratórios que assegurem o
aprendizado da segunda língua;
- Incentivo às feiras pedagógicas e tecnológicas no espaço escolar,
regional e estadual em eventos nacionais e internacionais de na-
tureza científica;
- Integração ao currículo de atividades artísticas e culturais,
tais como: a música, o teatro, a dança e as artes visuais;
- Estímulo à sustentação material de orquestras, ban-
das, corais e grupos culturais;
- Fortalecimento dos jogos estudantis como ativi-
dade curricular, democratizando a participação
das diversidades, sem prejuízo do estímulo ao
alto rendimento;
- Garantia de espaços e tempos livres na es-
cola para estudo, planejamento e trabalhos
inerentes à docência, viabilizando 1/3 da
carga-horária para hora atividade;
- Instituição de Centros de Referência Re-
gional para viabilizar a política de forma-
ção permanente e em serviço, mediante
a estruturação de um processo de for-
mação com multiplicadores em cada
escola e orientadores de estudos vincu-
lados aos centros regionais;
- Estabelecimento de cooperação com
as instituições de Ensino Superior (Uni-

15
versidades e Institutos Federais) que se disponibili-
zem para o ensino e a pesquisa articulados com as
demandas da REE-RS;
- Prioridade para a UERGS como um espaço públi-
co para a formação, inclusive na oferta de Pós-gra-
duação.

Democratização da Gestão do
Sistema Educacional
A democratização da gestão do sistema educacio-
nal também se constitui como área estratégica com
a criação de novos espaços de participação, forta-
lecimento e aperfeiçoamento dos mecanismos já
existentes para viabilizar o Projeto Estratégico de
Recuperação da REE-RS. Nessa perspectiva, pro-
pomos:
- Fortalecer o Fórum Estadual de Educação como
espaço público legítimo para discutir a reorgani-
zação do Sistema Estadual, atualizando a Lei Esta-
dual de Ensino e retomar os objetivos e metas do
Plano Nacional de Educação;
- Criar e institucionalizar espaços de participação
como conferências regionais e estadual, consolida-
ção da assembleia escolar como o espaço de deci-
são do Plano Político Pedagógico da Escola;
- Instituir uma política de autoavaliação institu-
cional com a participação da comunidade escolar,
com acompanhamento acadêmico externo;
- Fortalecer as instâncias de gestão da escola, ga-
rantindo estrutura de recursos humanos qualifica-
dos;
- Realizar eleição de diretores com mandatos de
três anos, limitados a uma reeleição;
- Ofertar pela mantenedora cursos de formação de
gestores, inicial, antes da posse, e permanente, du-
rante a gestão;
- Estimular a participação da comunidade escolar
nos Conselhos Escolares, viabilizando a formação
e a instrumentalização dos eleitos;
-Incorporar no currículo a temática da Educação
Cooperativa e estimular Cooperativas Estudantis;
- Estruturar uma política de apoio à Juventude:
incentivo e permanência com bolsas e subsídios;
iniciação científica; formação profissional; retomar
e incentivar a criação e o fortalecimento dos Grê-
mios Estudantis;
- Organizar a escola como Polo Cultural, disponível
à expressão das experiências culturais da comuni-
dade e espaço de articulação das políticas públicas
(saúde, segurança, transporte, esporte e lazer), vi-
sando ao atendimento integral das crianças e ado-
lescentes;
- Criação do Batalhão de Policiamento Escolar
Comunitário (BPEC), através de ações articuladas
com a Brigada Militar, Polícia Civil, representações
comunitárias e a escola, com foco na prevenção e
atendimento nas regiões que apresentam os mais
elevados indicadores de violência e tráfico de dro-
gas.

16
UERGS

A UERGS é a única universidade estadual no RS e está presente em 24 regiões, atendendo em


torno de seis mil alunos em cursos de graduação, especialização e mestrado. Uma universida-
de jovem que necessita de autonomia financeira, organizacional e administrativa para ampliar
e fortalecer a sua atuação em todas as regiões do Estado. Para isso, propomos a integração da
Universidade com o Projeto Estratégico para Recuperação da Rede Estadual (REE-RS), através
de investimentos e ações a serem realizadas ao longo dos próximos dez anos.
Devido a sua inserção em diferentes regiões do Estado, a UERGS integrará o plano para o desen-
volvimento estratégico do Estado com a produção de conhecimento, ciência e tecnologia, arti-
culando conhecimento com ações de cidadania para a melhoria da qualidade de vida do povo
gaúcho. Assim, trabalharemos pela transformação da UERGS, tornando-a referência no ensino,
na pesquisa e na extensão, através de sua articulação com as comunidades e vocações regionais.
O nosso compromisso com a defesa e o fortalecimento da UERGS terá como princípios:

- Fortalecimento da descentralização da Universidade, a partir de instrumentos que promovam


a sua maior autonomia administrativa e acadêmica;
- Busca de convênio junto ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Comunicação (MCTIC) para
liberação de recursos federais destinados à estruturação física da Universidade, possibilitando a
ampliação das ações de ensino, pesquisa e extensão da UERGS;
- Ampliação da disponibilidade de vagas nos cursos de graduação, buscando focar o ensino, as
pesquisas e a extensão no desenvolvimento regional, garantindo alternativas da permanência de
jovens nas diversas regiões do Estado.

17
O RIO GRANDE QUE PROTEGE E PROMOVE SAÚDE

Assistimos à deterioração do SUS e ao abandono da saúde como um direito


humano fundamental. A E.C. 95\16 congela, por vinte anos, os gastos em
saúde e educação, reduzindo drasticamente os repasses.
A E.C. 95 está causando o desmonte das políticas públicas, o enfra-
quecimento da Estratégia da Saúde da Família, do programa Mais
Médicos e Farmácia Popular. Retornaram doenças já erradicadas;
como a malária, a febre amarela, a poliomielite, a dengue e o
sarampo. O mais trágico e simbólico desse abandono é o cres-
cimento da mortalidade infantil, depois de duas décadas de
consistente redução.
No Estado do Rio Grande do Sul, vemos salários atrasados
e falta de condições de trabalho, medicamentos especiais
e aumento da judicialização da saúde devido à ausência
de ações do Estado, fechamento de leitos e atraso no pa-
gamento aos hospitais. O abandono do cofinanciamento
dos programas de saúde aos Municípios, com uma dí-
vida em torno de 500 milhões de reais também é uma
realidade. Tudo isso preocupa profundamente e atinge
a população gaúcha.
O compromisso que assumimos consiste em cuidar
da saúde da população, garantindo acesso, sem dis-
criminação, rápido e resolutivo. Nosso conceito de
saúde vai além da assistência, é um complexo pro-
dutivo que gera renda, emprego, trabalho, inovação
tecnológica, ciência, conhecimento, desenvolvimen-
to econômico e social.
Defendemos o SUS universal, gratuito e integral,
que dê prioridade absoluta à vida. Reafirmamos o
compromisso constitucional com o orçamento de
12% à saúde e a luta pela revogação da E.C. 95. Te-
mos o compromisso com o financiamento sustentá-
vel, com gestão regionalizada, democrática, partici-
pativa e com Controle Social.
Nosso compromisso, em parceria com os municí-
pios, será fortalecer as redes de atenção à saúde,
resolutivas e de fácil acesso, a partir das regiões de
saúde. Vamos qualificar o atendimento às condições
crônicas de saúde, que correspondem a 80% dos
atendimentos das Unidades de Saúde, fortalecendo a
Atenção Básica e desafogando as emergências. Esses
usuários representam 80% das consultas na Atenção
Básica e 2/3 das emergências hospitalares, eles ocu-
pam 42% dos leitos com reinternações.

Atenção Básica (AB)


- A AB deve ser a principal porta de entrada e a ordena-
dora do cuidado.
- Articular e integrar a AB com as demais redes de atenção
(saúde da mulher, do homem, da criança, do adolescente,
do idoso, da população negra, LGBT, indígena, população do
campo) com promoção, prevenção e cuidado;
- Garantir a Política Integral da Saúde da Mulher, com foco no en-
frentamento à violência de gênero e na garantia de direitos sexuais
e reprodutivos;
- Promover maior integração da AB com os serviços secundários e ter-
ciários, avançando na informação e informatização, tornando as regiões
mais autossuficientes e resolutivas;
- Aumentar a cobertura das equipes de saúde da família (ESF), saúde bucal
(ESB), saúde prisional e Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF).

18
Saúde Mental e Cuidado
- Defender a Reforma Psiquiátrica, a Política Nacional de Hu-
manização e a Redução de Danos nos serviços de saúde men-
tal;
- Fortalecer os Centros de Atendimento Psicossocial (CAPS)
adulto, infantil, Álcool e outras drogas;
- Ampliar leitos psiquiátricos em hospitais gerais, unidades
de acolhimento infantil e adulto e residenciais terapêuticos.

Materno-Infantil
- Garantir Ambulatórios de Gestante em Alto Risco (AGAR),
com estruturas físicas, recursos humanos e financiamento
adequado e ainda a ampliação e a qualificação dos leitos de
UTI adulto, UCI e UTI neonatal;
- Avançar na adequação das maternidades com investimento
nos centros de Parto Normal e Casas de Gestante;
- Ampliar exames pré-natais, teste rápido de gravidez e de-
tecção da Sífilis e HIV.

Urgência e Emergência
- Ampliar a cobertura do SAMU e a renovação das frotas (am-
bulâncias);
- Dotar as regiões com serviços e equipamentos de pronto
atendimento 24h, para dar retaguarda às urgências, de forma
rápida e oportuna;
- Capacitar e formar profissionais da rede de urgência e emer-
gência.

Cuidados às Pessoas com Deficiência


- Proporcionar às Pessoas com Deficiência a atenção integral
à saúde - da atenção básica até a reabilitação - incluindo o
fornecimento de órteses, próteses e meios auxiliares de loco-
moção. Enfrentar e resolver as filas de espera da Reabilitação;
- Manter e qualificar os serviços de reabilitação auditiva, físi-
ca, intelectual ou visual nas diversas regiões de saúde e qua-
lificar os Centros Especializados em Reabilitação (CER);
- Assistir as pessoas ostomizadas e oportunizar o Tratamento
Fora do Domicílio;
- Implementar políticas específicas de saúde às mulheres com
deficiência, considerando a acessibilidade, a prioridade e os
equipamentos adaptados, como mesas ginecológicas.

Saúde do Idoso
- Fortalecer Políticas intersetoriais (práticas integrativas e
complementares, cultura, lazer, esporte, mobilidade e aces-
sibilidade);
- Ampliar ações que contemplem a qualidade de vida da po-
pulação idosa com a ampliação da política de atenção domi-
ciliar, garantindo a autonomia do idoso;
- Preparar a rede de Saúde para acolher o idoso de forma
humanizada e rápida;
- Criar casas de acolhimento e espaços de convivência;
- Implementar política de formação e educação permanente
de cuidadores (profissionais e familiares) e para o autocuida-
do.

19
Mais Especialidades no Rio Grande
- Criar a REDE DE ESPECIALIDADES MULTIPROFISSIONAL (REM) / Policlínica Regional com
financiamento do Estado, de forma gradativa e em parceria com a União, iniciando pelas espe-
cialidades de maior demanda e tempo de espera por região;
- Dotar as regiões de autonomia e capacidade de regulação;
- Ampliar o número de especialistas no SUS para maior agilidade e presteza no atendimento à
população.

Saúde no Lugar e na Hora Certa


- Criar agenda (ágil, desburocratizada e inteligente) garantindo que os usuários saiam do serviço
de saúde já com a data e hora do próximo atendimento;
- Modernizar a Rede Estadual de Saúde, a partir da gestão de Tecnologia da Informação (TI), in-
troduzindo o Prontuário Eletrônico Integrado e monitorando as informações sobre serviços, usu-
ários e o SUS; Telessaúde, Teleeducação, Telediagnóstico e outras tecnologias de comunicação;
- Expandir a informatização às Unidades Básicas de Saúdes (UBSs) e integrá-las às redes de
informação e comunicação para agilizar o agendamento por telefone ou internet na rede espe-
cializada e ambulatórios.

Vigilância em Saúde
- Fortalecer e aumentar a capacidade de enfrentamento e de resposta às doenças emergentes e
endemias, com ênfase na AIDS, dengue, tuberculose, influenza, entre outras, através da criação
de um Plano Estadual Permanente de Objetivos e Metas;
- Incentivar e qualificar a atuação preventiva, incidindo sobre os riscos decorrentes da produção
e do uso de produtos, serviços e tecnologias de interesse à saúde;
- Qualificar e descentralizar as ações da Vigilância Sanitária (VISA) através de recursos humanos
suficientes e capacitados;
- Promover uma maior integração entre vigilância em saúde e Atenção Básica;
- Qualificar os programas de segurança do paciente, as comissões de controle de infecção e os
núcleos hospitalares de epidemiologia;
- Garantir a política de Saúde do Trabalhador com atuação dos Centros de Referência, dotando-
-os de recursos humanos suficientes e capacitados.

20
Mais Médicos no Rio Grande
- Implementar a Resolução Nacional do Programa Mais
Médicos, criada no governo Dilma, que permite o uso de
recursos próprios para ampliar o número de médicos do
Programa nos Municípios;
- Garantir provimento e formação de Médicos de Famí-
lia em todo o Estado.

Gestão do Trabalho e da Educação


- Constituir uma política de gestão integrada com os
Municípios e com gestores privados e conveniados,
incentivando e fornecendo cooperação técnica para
uma maior valorização das trabalhadoras e dos tra-
balhadores;
- Potencializar as Mesas Estaduais de Negociação
Permanente do SUS, para debater e construir uma
política salarial adequada;
- Fortalecer a Escola de Saúde Pública (ESP) des-
centralizada;
- Articular, com as Universidades, Política de for-
mação de profissionais com ênfase na Atenção
Básica;
- Ampliar e interiorizar as vagas de Residência In-
tegrada em Saúde;
- Investir em formação e Educação Permanente
de especialistas, garantindo a quantidade neces-
sária para cada região do Estado.

Mais Medicamentos e Terapias


- Ampliar a assistência farmacêutica, facilitando
o acesso a medicamentos;
- Apoiar a organização e a produção de fitote-
rápicos, considerando as experiências e os co-
nhecimentos já existentes, levando em conta os
saberes tradicionais e populares.

Hospital da Gente
- Elaborar Programa de recuperação e financia-
mento para os Hospitais de pequeno e médio
porte do Estado, localizados nas Regiões de Saú-
de;
- Implantar a experiência bem sucedida de Hospi-
tais Comunitários de cuidado intermediário e de
Hospitais Horizontais, articulados em rede regio-
nal;
- Fortalecer a rede hospitalar, permitindo um me-
lhor acesso e maior resolutividade, em tempo ade-
quado;
- Garantir Hospitais regionais resolutivos.

Diversidade e Saúde
Todas as políticas e as ações de Saúde devem incluir
o recorte e reconhecer a temática do gênero, etnia,
raça, acessibilidade e mobilidade.
- Fortalecer uma Política Estadual de Saúde para a saú-
de da População Negra, Indígena, Cigana, população do
Campo e Quilombola;
- Garantir Saúde integral para pessoas LGBT.

21
SEGURANÇA PÚBLICA: DIRETRIZES E AÇÕES
PARA UM RS SEGURO

Nos últimos três anos, o governo atual priorizou a política


de ajuste fiscal e Estado mínimo, com influência significativa
na política estadual de segurança e no desempenho das or-
ganizações policiais. A violência, atualmente, é um dos mais
sérios problemas da sociedade gaúcha. Os crimes graves,
como homicídios, latrocínios, estupros e assaltos, apresenta-
ram crescimento e atingiram os maiores patamares, aprofun-
dando, assim, as preocupações da população em relação à
violência e à criminalidade.
Nesse sentido, é fundamental a apresentação de diretrizes do
Plano Estadual de Segurança Pública que restabeleçam a se-
gurança nas comunidades, a proteção coletiva, a implemen-
tação de políticas públicas com melhorias aos operadores da
área. A Segurança Pública não pode ser vista como campo
isolado. Ela tem o envolvimento de diversos setores sociais
e institucionais de forma transversal, como educação, saúde,
política de combate ao racismo, homofobia, inclusão de jo-
vens, cultura, lazer e trabalho.
O Plano Estadual de Segurança Pública para o RS pressupõe
um amplo diálogo com todos os segmentos que atuam na
área de segurança, abrangendo a integração e o trabalho
conjunto entre as instituições policiais, na repressão e na pre-
venção da criminalidade. Deve prever também a efetivação
de políticas garantidoras de direitos para uma cultura de paz,
com o aprofundamento das relações federativas - União, Es-
tado e Municípios- e a participação da sociedade.
A proposta deve ampliar as políticas de valorização dos pro-
fissionais da segurança pública e estabelecer programa sis-
têmico pró-equidade de gênero, raça e etnia, envolvendo
processos integrados de formação, qualificação profissional,
aperfeiçoamento e valorização educacional; plano de recupe-
ração de efetivo a curto, médio e longo prazos, assim como
garantir o atendimento das necessidades materiais e técnicas
na execução das atividades e a implantação de processos de
atenção à saúde física e mental dos operadores da Segurança
Pública.

Prioridade máxima na Segurança Pública


-Considerando o quadro de gravidade e exigência de recu-
peração da situação, a Segurança Pública terá prioridade
máxima pelo Governo do Estado. Com o comando direto do
Governador, será constituída uma Coordenação que envolva
todos os Secretários de áreas afins com as ações policiais e
ações transversais de prevenção.

Transparência e Integridade
- Desenvolver Programa de Integridade nas instituições de
Segurança Pública, considerando a necessidade de trabalhar
a cultura ética dos servidores nas relações internas e no rela-
cionamento com a comunidade. Manter uma prática de servi-
ços com padrões de qualidade.

Controle e Participação Social


- Fortalecer e ampliar as formas de participação e controle
social, incluindo conselhos, conferências, e o envolvimento
das Universidades para a proposição e o acompanhamento
de alternativas para a área, assim como canais de ouvidoria
e de denúncia.
22
Integração
- Intensificar o processo de integração dos
órgãos da Secretaria de Segurança e demais
entidades municipais, estaduais, federais, do
Executivo e dos demais Poderes, que tratam
dos processos criminais em toda a sua dimen-
são — a investigação, as perícias, o cumpri-
mento de pena e a articulação do Estado para
a reinserção social com trabalho do apenado e
a prevenção ao crime;
- Fortalecer o Gabinete de Gestão Integrada
Estadual (GGI-E) e estimular a criação dos Ga-
binetes de Gestão Integrada Municipal (GGI-
-M), com a participação dos representantes
dos órgãos da Segurança Pública, Judiciário e
Ministério Público.

Inteligência, Informações e Tecnologia


- Estabelecer programa específico de enfren-
tamento aos crimes violentos e mais perturba-
dores da sociedade, a partir de estudos sobre
cada crime, como homicídios e roubos, e pla-
nejar ações de prevenção em conjunto com as
demais organizações;
- Implementar Programas de Enfrentamento
ao Tráfico de Drogas, Combate aos Crimes
Contra Mulheres e Meninas, Juventude, Indí-
genas, população negra e população LGBT;
- Retomar as Patrulhas Maria da Penha e as Sa-
las Lilás, que integraram a Rede em parceria
com as Delegacias Especializadas de Atendi-
mento às Mulheres;
- Aprofundar e fortalecer a dimensão opera-
cional de cada órgão e também a dimensão
coletiva da situação, em busca de diagnóstico
territorial e criminal, para estabelecer ações,
intervenções e operações direcionadas e foca-
lizadas de acordo com as análises feitas.

Policiamento Comunitário
- Criação do Batalhão de Policiamento Escolar
Comunitário (BPEC) com o objetivo de garan-
tir a segurança no entorno das escolas e uni-
versidades;
- Criar as “Rondas da Saúde” com o intuíto de
dar segurança nos arredores dos hospitais e
postos de saúde.

Prevenção e Transversalidade
-Desenvolver ações de prevenção comple-
mentar à ação policial, a partir de ações de
prevenção à violência e a criminalidades, esta-
belecendo dimensões territoriais de interven-
ção (Territórios de Paz).

Controle da Circulação de Armas


-Promover uma política de controle de armas
ilegais em circulação.

23
Sistema Penitenciário
-Qualificar a gestão prisional com a criação de novas vagas e a implantação de novas tecnolo-
gias, como bloqueadores de celular e equipamentos de revista (scanner), para romper a influ-
ência das facções criminosas no interior dos presídios, permitindo o controle efetivo do Estado
sobre a população carcerária;
- Formalizar instâncias integradas do sistema de persecução penal (Ministério Público, Poder
Judiciário, Defensoria Pública), com o objetivo de obter soluções adequadas à superlotação
prisional e aos presos sem condenação; organizar programas de assistência e trabalho para ape-
nados e egressos do sistema; incentivar e estimular a criação de novas APACS - Associações de
Proteção e Assistência aos Condenados.

Corpo de Bombeiros
- Implantar políticas públicas que valorizem a instituição e a Defesa Civil, que busquem a exce-
lência do serviço prestado, com investimentos em equipamentos e estruturas, de forma a ga-
rantir o cumprimento de suas atribuições legais, especialmente nas localidades que não contam
com esses serviços na sua integralidade;
- Retomar a aviação do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CBMRS) para atuação
no combate a incêndios, busca e salvamento com a Secretaria de Saúde e SAMU para atividades
que visam salvar vidas;

24
O RS QUE INCLUI
A CULTURA E O RESGATE DO RIO
GRANDE

A Cultura é fator de afirmação do povo gaúcho,


em sua riqueza e diversidade. As políticas cul-
turais vêm sofrendo processo de desmonte nos
governos Sartori e Temer, contra a sua força de
afirmação cidadã. Exemplos foram os casos de
fechamento de exposições e de instituições cul-
turais - como a Fundação Piratini - e a própria
fusão das áreas da cultura com a do turismo, es-
porte e lazer no governo atual.
A Cultura deve ser entendida como um “LUGAR
DE TODOS”, campo dos diversos fazeres simbó-
licos, criativos e representativos das múltiplas
identidades do povo, das diversas linguagens
artísticas, das memórias culturais, do patrimô-
nio material e imaterial e ainda na sua dimensão
econômica, de surgimento de potentes e novas
oportunidades de atividades intensivas em co-
nhecimento e criatividade. Portanto, uma política
cultural arrojada, que coloque a cultura no centro
das estratégias do governo e do desenvolvimen-
to econômico e social, deve ser objeto de uma
construção coletiva ampla, democrática, partici-
pativa, transversal e representativa de todas as
vozes do RS. Entre as diretrizes e propostas nes-
se campo, destacam-se:

Participação, Democratização, Liberdade


de Expressão
- Realizar Conferência Estadual de Cultura em
2019;
- Retomar o Plano Estadual de Cultura e o Sistema
Estadual de Cultura, com os Colegiados Setoriais
e a valorização da relação com os Municípios;
- Fortalecer e ampliar a atuação do Conselho Es-
tadual de Cultura.

Financiamento da Cultura
- Adequar o orçamento para a Cultura, procuran-
do a democratização do acesso e o aperfeiçoa-
mento dos mecanismos de financiamento;
- Retomar as Ações Especiais do Sistema Pró-
-Cultura, que permitem a ampliação dos recursos
disponíveis para projetos culturais do FAC;
- Criar modalidade de incentivo à colaborativida-
de no Sistema Pró-Cultura;
- Priorizar o financiamento da cultura, através de
políticas culturais para qualificação da educação
pública, combate à violência, especialmente a
que atinge a juventude das periferias, assim como
para recuperar a autoestima do povo gaúcho.

25
Cultura para Fortalecer e Beneficiar a Sociedade
- Retomar o Programa CULTURA VIVA, os Programas de Circu-
lação Cultural, tais como o RodaSom e RodaCine e incentivar
o Programa RS CRIATIVO;
- Reconstruir Programas que estimulem a formação (cidadã
e profissional), a produção e a distribuição e a memória das
diversas áreas, como as das linguagens artísticas, das expres-
sões da diversidade cultural, do patrimônio material e imate-
rial;
- Buscar a integração das políticas culturais com as áreas de
segurança pública e educação, bem como com as demais po-
líticas setoriais;
- Considerar a acessibilidade nos programas e projetos cultu-
rais do Estado;
- Estabelecer uma política diplomático-cultural com o resga-
te dos compromissos de protocolos e acordos de integração,
cooperação e coprodução cultural do Estado e outros países.

Interiorização, Memória e Reconhecimento


- Construir um Sistema Estadual de Proteção e Promoção dos
Acervos, com a restruturação das políticas de memória e pre-
servação do patrimônio cultural do Estado;
- Implementar uma política de registro para o patrimônio ima-
terial do Estado e o reconhecimento dos Pontos e Espaços de
Memória da sociedade civil;
– Instituir uma Rede de Espaços de Educação e Cultura, atra-
vés de parcerias com as prefeituras, com programas escolares
e com o resgate de espaços e ativos culturais;
- Valorizar e reconhecer as expressões da diversidade étnica,
de gênero, da juventude e dos idosos, regionais, das culturas
populares e tradicionais;
- Incrementar e reconhecer as expressões da cultura negra, da
capoeira, hip hop, slam e das periferias;
- Incentivar o fortalecimento da cadeia produtiva do carnaval
gaúcho, tanto na capital como na região metropolitana e inte-
rior, assim como a valorização e o reconhecimento dos blocos
e tribos;
- Retomar e criar novas formas de circulação da criação e pro-
dução artística entre as diversas regiões do Estado em parce-
ria com os municípios, bem como incentivar a circulação da
produção artística local para além do território estadual.

Fomento à Formação, à Produção e às


Expressões Artísticas Diversas
– Utilizar espaços ociosos pertencentes ao patrimônio esta-
dual como forma de apoiar a produção artística e a formação
cultural, buscando integração com o Programa Cultura Viva e
com os diversos grupos e instituições estaduais e da socieda-
de civil;
- Buscar integração com as diversas instituições de conheci-
mento, cultura e pesquisa;
- Retomar e ampliar um sistema de formação de profissionais
e de iniciativas voltadas para a produção audiovisual em par-
ceria com instituições como o Parque Científico e Tecnológico
da PUR RS (TECNOPUC);
- Retomar iniciativas de circulação de autores, o fortalecimen-
to do Sistema Estadual de Bibliotecas, da rede de feiras de
livro do Estado e os programas de incentivo à leitura em par-
ceria direta com os municípios.

26
ESPORTE, RECREAÇĀO E
LAZER COMO DIREITO

O esporte e o lazer, como direi-


tos fundamentais do processo
de humanização dos indivídu-
os e das sociedades e como
expressões da cultura huma-
na, são direitos fundamentais
do processo de humanização
dos indivíduos e das socieda-
des. Portanto, devem ser en-
tendidos como alavancas do
desenvolvimento integral do
ser humano, tratados como
questão de Estado e inse-
ridos na totalidade das re-
lações sociais, sempre à luz
dos preceitos fundamentais
de “cidadania”, “diversida-
de” e “inclusão”, legitimados
através da construção de po-
líticas públicas. Entendemos
que as Políticas de Esporte e
Lazer, além de direitos sociais,
melhoram a qualidade de vida
da população, principalmen-
te se forem desenvolvidas em
ações intersetoriais, transversais
e integradas com políticas de saú-
de, educação, segurança e cultura.
Investir em Esporte e Lazer é ga-
rantir a inclusão social; é contribuir
para a redução dos índices de violên-
cia e drogadição; é promover a saúde
e contribuir para o desenvolvimento
humano. Nossos compromissos são:

Fortalecer o Sistema
Estadual de Esporte
- Construir, em conjunto com as Federações e
Ligas Esportivas, um Plano Estadual do Esporte
de Alto Rendimento;
- Retomar o Programa de Desenvolvimento do Es-
porte em três eixos: massificação do esporte via rede
escolar; associações comunitárias e prefeituras munici-
pais; nos polos regionais de desenvolvimento do esporte
em parceria com Instituições de Ensino Superior;
- Compor parceria com a Secretaria de Educação para a valo-
rização dos profissionais de Educação Física, fortalecer os Jogos
Escolares e planejar ações transversais com outras Secretarias.

27
Participação e Controle Social
- Promover a Conferência Estadual de Esporte, Recrea-
ção e Lazer e as Pré-Conferências;

Democratização das Políticas


- Fortalecer as redes e os grupos de pesquisa do esporte e
lazer em parceria com a FAPERGS, CBCE e as instituições de
Ensino Superior;
- Realizar seminários e formações para gestores e agentes sociais
visando à democratização do planejamento, execução e avaliação
das políticas públicas de esporte e lazer.

Desenvolvimento Econômico e Social


- Estimular a realização de grandes eventos esportivos no Estado, promovendo a geração de
trabalho e renda e o desenvolvimento da cadeia produtiva do esporte;
- Retomar os Jogos Intermunicipais do Rio Grande do Sul (JIRGS), Jogos Intermunicipais do Rio
Grande do Sul para Pessoas com Deficiência (ParaJIRGS), os Jogos de Integração do Idoso e os
Jogos dos Povos Indígenas. Aprimorar os Jogos Escolares do Rio Grande do Sul (JERGS) e de-
senvolver jogos e festivais esportivos municipais e regionais, a partir de um calendário esportivo
estadual construído coletivamente.

Esporte Lazer como Qualidade de Vida


- Promover políticas direcionadas e amplas para todos os segmentos da sociedade, respeitando
as diversidades de seus públicos e priorizando o acesso daqueles historicamente excluídos; re-
tormar as políticas para Pessoas com Deficiência (PcD) e necessidades especiais;
- Incentivar a implantação e a construção de espaços e equipamentos públicos para prática de
atividades físicas, recreação e lazer, como academias nas praças, além de ciclovias e pistas de
caminhada, prevenindo o sedentarismo.

INCLUSÃO DIGITAL E TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO

A Ciência e Tecnologia e, principalmente, a Tecnologia da Informação serão tratadas como tema


estratégico e transversal a toda iniciativa governamental, perpassando várias outras áreas, e não
serão tidas como mero instrumento de aumento de produtividade do trabalho ou de inovação
tecnológica. Um Estado forte investe no desenvolvimento econômico, mas também no desen-
volvimento tecnológico e na infraestrutura. Quatro temas são centrais para isso:
Cidades Inteligentes, Saúde Inteligente, Agricultura Inteligente, Indústria
Inteligente.
As ações do governo estarão focadas nos serviços que qualificam a
vida dos cidadãos, tais como saúde, educação, segurança públi-
ca e desenvolvimento econômico, ou seja, aqueles de real ca-
rência das pessoas que mais necessitam da ação do Estado.
Para tanto, é necessário uma política de informatização
adequada a gestão destas áreas.
A força econômica dos mercados no caso das teleco-
municações e das tecnologias da informação (TI), a
velocidade das inovações, o vertiginoso desenvolvi-
mento da tecnologia, deve refletir sobre as políticas
públicas. Assim, a Companhia de Processamento
de Dados do Estado do RS (PROCERGS) deverá
atuar institucional, técnica e comercialmente para
o desenvolvimento do RS, com prioridade para
aumentar a contribuição do macrossetor de TI na
economia local e prestar mais e melhores servi-
ços ao cidadão. As políticas de inclusão digital e
acesso às novas tecnologias serão desenvolvidas
com base nas seguintes propostas:

28
Uso de Tecnologias e Padrões Abertos
e Software Livre para que o Estado
tenha Soberania Tecnológica
- Potencializar a contribuição do ma-
crossetor de Tecnologia da Informação
e Internet na economia local por meio
do uso de software livre em todos os ór-
gãos de administração direta e indireta,
conforme estabelece a legislação;
- Estimular a disseminação e a produ-
ção de software livre na sociedade
gaúcha como um todo.

Inclusão Sociodigital
- Instituir uma Coordenadoria dos pro-
gramas de inclusão sociodigital a fim
de prover conhecimento e acesso à in-
formática, além de estabelecer parce-
ria com Projeto Um Computador por
Aluno (UCA); e parcerias com outros
projetos de Inclusão Sócio-Digital.

Desenvolvimento Tecnológico,
Infraestrutura e
Governança Eletrônica
- Instituir um programa para Cria-
ção de polos regionais de hardware
e software visando à criação de um
Programa de Conectividade Estadual;
Parques Tecnológicos e Incubadoras;
Desenvolvimento da Indústria de Sof-
tware, com preferência e diferencia-
ção em software livre;
- Estabelecer parceria para destina-
ção do lixo eletrônico;
- Inserir a área de Tecnologias da In-
formação e Comunicação (TIC) no
fortalecimento das cadeias produtivas
naturais do Estado do RS para o au-
mento de eficiência produtiva e gera-
ção de emprego e renda de maior valor
agregado;
- Ampliar e fortalecer na administração
pública a transparência, a segurança da
informação, a gestão social e a qualida-
de do gasto público;
- Resgatar o papel estratégico do Esta-
do na elaboração e coordenação de um
Plano Diretor de Informática (PDI) para
o RS;
- Recuperar a gestão da Rede RS (infra e
serviços), com a reestruturação das regio-
nais e com uma política de Banda Larga.

29
O RIO GRANDE QUE AFIRMA
OS DIREITOS E A CIDADANIA

ASSISTÊNCIA SOCIAL

A política pública de Assistência Social avançou muito nos


governos Lula/Dilma com a atuação pactuada dos entes fe-
derados – Município, Estado e União –, com ações e serviços
estruturados em redes de proteção social, de caráter continu-
ado, a partir do Sistema Único da Assistência Social (SUAS). O
papel do Estado, nesse contexto, é de cofinanciamento, com
recursos próprios destinados aos serviços socioassistenciais,
monitoramento, avaliação, capacitação e apoio técnico para
implementação do Sistema em âmbito municipal.

Sistema Único da Assistência Social


- Coordenar e assessorar a implantação do SUAS em todos
os municípios do Estado e promover serviços regionalizados
para a população usuária;
- Buscar reforço técnico, financeiro junto a união visando su-
porte permanente aos municípios para criar condições de im-
plementação do SUAS.

Políticas e Serviços
- Integrar as políticas públicas, tendo em vista a indivisibilida-
de do ser humano, que precisa ter as necessidades atendidas
no campo da assistência social, do trabalho, educação, saúde,
entre outras;
- Descentralizar as ações e os serviços de assistência social e
os processos de negociação e pactuação entre os gestores;
- Estimular programas que fomentem a capacitação de pres-
tadores de serviços, na área da assistência social.

Participação e Democracia
- Estimular a criação de conselhos de assistência social nos
municípios e outros conselhos de direito.

DIREITOS HUMANOS

A nova era de afirmação dos direitos e da cidadania no RS as-


segurará o papel fundamental das políticas públicas de direi-
tos humanos na condução de todas as ações do Estado e a ga-
rantia do livre direito à expressão e à manifestação. Para isso,
serão reinstituídos os Conselhos Estaduais de Direitos, com o
objetivo de fortalecer as organizações de direitos humanos
em todas as esferas. Assim, será possível ampliar a articulação
política e o desenvolvimento de ações que garantam a univer-
salidade e a efetividade no acesso ao Direito e à Justiça nos
diferentes territórios de identidade.
As políticas de promoção da liberdade e da diversidade esta-
rão orientadas a partir das seguintes propostas:

Acesso ao Direito e à Justiça


- Desenvolver medidas voltadas à popularização do Direito
e ao fortalecimento da cidadania, com ênfase para a justiça
participativa e comunitária, contribuindo com a celeridade, a
efetividade e a desburocratização na resolução de conflitos;

30
- Fortalecer a assistência jurídica gratuita, e de cumprimen-
to de medidas socioeducativas, em regiões do Estado, que
dispõem de unidades prisionais.
- Desenvolver e instituir ações estratégicas para a reabilita-
ção e a reintegração social da pessoa condenada com foco
na sua educação e capacitação profissional;
- Fortalecer a participação popular e o controle social para
a garantia do acesso ao Direito e à Justiça através do apoio
e da implantação de ouvidorias externas acessíveis.

Sistema de Proteção à Pessoa


- Desenvolver, de modo articulado com a sociedade civil,
Universidades e poder público municipal, acesso e interiori-
zação dos “Sistemas de Proteção à Pessoa”, a saber: Siste-
ma de proteção a vítimas e testemunhas; Sistema de prote-
ção a crianças e adolescentes ameaçados de morte; Sistema
de proteção aos defensores de Direitos Humanos; Sistema
de proteção ao tráfico de pessoas; Ações de combate à tor-
tura; Ações de combate ao trabalho escravo;
- Apoiar o desenvolvimento de programas e projetos para
o acolhimento e o atendimento específico, integral e inclu-
sivo de vítimas e testemunhas de crimes, além de vítimas
de tráfico de pessoas, de tortura e de trabalho escravo, em
articulação com os sistemas de saúde, segurança e justiça.

Erradicação do Trabalho Escravo


- Fortalecer os mecanismos para fiscalizar e coibir o traba-
lho forçado.

Pessoas em Situação de Rua


- Desenvolver medidas junto aos municípios que garantam
a participação da população em situação de rua através de
obras e serviços realizados pelo poder público ou em parce-
ria com a iniciativa privada;
- Promover medidas voltadas à garantia de moradia digna.

JUVENTUDE

O RS possui em torno de 2,6 milhões de jovens na faixa etá-


ria de 15 a 29 anos. A juventude é um segmento estratégico
para o desenvolvimento do Estado e para o combate às de-
sigualdades sociais. As políticas públicas para a juventude,
de forma transversal às demais políticas, devem considerar
os jovens como sujeitos de direitos e oportunizar o desen-
volvimento das potencialidades das juventudes, atualmen-
te, desperdiçadas pela condição de desemprego, pela po-
breza, pela precarização das instituições educacionais, pela
violência e pela ausência de incentivo ao esporte e à cultu-
ra. Isso exige que o Estado esteja atento às necessidades da
juventude, articulando políticas de educação com inclusão,
capacitação e inserção qualificada no mundo do trabalho;
promovendo a prevenção à violência e combate ao geno-
cídio da juventude; a construção de um plano estadual de
assistência estudantil; a ampliação da política de redução
de danos e políticas da saúde. Além disso, entendemos
como necessária a criação de um órgão de gestão respon-
sável pela elaboração, execução e avaliação das políticas
públicas para a juventude e pelo permanente diálogo entre

31
governo e sociedade civil; garantir a participação popular das diferentes juventudes, através de
instrumentos como a Conferência Estadual de Juventude e a reorganização do Conselho Estadual
da Juventude - CONJUVE. Assim, propomos como ações:

Educação e Programa Estadual de Assistência Estudantil


- Instituir um Programa de Bolsa de Estudos, para combater à evasão e garantir a permanência de
jovens trabalhadores em diferentes programas de formação e qualificação profissional;
- Elaborar um estudo de viabilidade para destinação de prédios públicos ociosos e abandonados
para casa de estudantes/moradia estudantil;
- Recuperar e ampliar o passe livre estudantil e intermunicipal para estudantes em situação de
vulnerabilidade socioeconômica;
- Promover campanha que estimule discussões de gênero e diversidade sexual nas escolas.

Direitos Humanos, Segurança Pública e Juventude


- Criar Centros de Referência de Juventude nas comunidades vinculadas aos Territórios de Paz,
com projetos voltados à cultura, arte, esporte, cursos profissionalizantes e outros;
- Executar projeto de ocupação dos espaços públicos pela juventude com dispositivos esportivos
e culturais, incentivando a ocupação desses espaços;
- Potencializar o caráter socioeducativo dos serviços da Fundação de Atendimento Sócio-Educa-
tivo do RS (FASE), com a criação de bibliotecas e construção de projetos e atividades socioedu-
cativas, como oficinas de capoeira, hip hop, música, informática, esportes, bem como atividades
profissionalizantes;
- Combater a xenofobia através de projetos de conscientização nas escolas e instituições públicas;
- Promover o debate sobre as questões migratórias (imigrantes e refugiados), cuja maioria é jo-
vens, garantindo a oferta de cursos de língua portuguesa, o acesso à informação sobre os direitos
sociais e o combate à precarização da mão-de-obra imigrante;
- Enfrentar a questão do uso abusivo de drogas como um problema de Saúde Pública.

Esporte e Cultura
- Incentivo e fomento às ações de cultura popular, como o hip hop, capoeira, funk, teatro, música
e grupos artísticos;
- Incentivo e fomento ao esporte, como futebol, basquete, corrida, skate e etc.;
- Programa Juventude que faz Cultura: editais voltados para juventude, com acesso facilitado para
financiamento de ações culturais e aquisição de equipamentos.

Políticas de Saúde para a Juventude
- Instituir campanhas preventivas em relação ao abuso de susbtâncias psicoativas com programas
alternativos às internações compulsórias;
- Promover práticas antimanicomiais visando ao cuidado em liberdade através da manutenção e
ampliação dos Centros de Apoio Psicossociais – CAPS;
- Desenvolver ações que promovam a educação sexual na sociedade, mobilizando as famílias e
instituições;
- Democratizar informações relacionadas à sexualidade e à saúde reprodutiva e sexual de forma
não punitiva e não moralista.

Juventude Rural e Permanência da Juventude no Campo


- Fortalecimento da Educação no campo, incentivando a pedagogia da al-
ternância e a retomada de investimentos para as escolas do campo e as
escolas técnicas estaduais;
- Formação e assistência continuada no campo sobre temas como
gênero, sexualidade, raça, agroecologia e gestão da propriedade;
- Atuar junto a União para viabilização de linhas de crédito espe-
cíficas para a juventude da agricultura familiar, especialmente
para as jovens mulheres, incentivando a agroecologia, o asso-
ciativismo, o cooperativismo e a Economia solidária;
- Incentivo ao acesso à internet de qualidade no campo;
- Projetos de acessibilidade no campo e integração cam-
po-cidade, contemplando a inclusão digital, o saneamen-
to básico e a habitação rural.

32
IGUALDADE RACIAL

A disparidade social e econômica entre negros e brancos no Brasil ainda é um


desafio que precisa ser enfrentado através de políticas públicas e privadas
de promoção de igualdade racial e combate ao racismo, que devem envolver
estratégias de diminuição da mortalidade e encarceramento da população
negra. Levando-se em conta que mais da metade dos pobres no Brasil é
preta e parda, que a pobreza em nosso país diminuiu em 50,6% ao longo
de quatro gestões petistas, podemos afirmar que os principais beneficia-
dos na redução da pobreza nos governos Lula/Dilma foram os segmentos
mais vulneráveis da sociedade, ou seja, a população negra.
Nosso compromisso é Por Um Rio Grande Justo para todas e todos, por
isso precisamos combater a E.C. 95/2016, pois, ela atinge aqueles (as)
que mais precisam do Estado. Para iniciar uma era de afirmação dos
Direitos e da Cidadania, assumimos como compromissos:

A Retomada das Políticas de


Promoção da Igualdade Racial
- Criar a Secretaria Estadual de Políticas de Promoção de Igualdade
Racial (SEPPIR-RS), com dotação orçamentária própria e quadro téc-
nico funcional;
- Fortalecer e retomar as atribuições e as cláusulas de comprometi-
mento para a efetiva implantação do Sistema Nacional de Promoção
da Igualdade Racial (SINAPIR);
-Revitalizar o Conselho de Participação e Desenvolvimento da Co-
munidade Negra (CODENE) e o Conselho do Povo de Terreiro do
Estado do Rio Grande do Sul;
- Implementar diretrizes da I Conferência Estadual do Povo de Ter-
reiro do Estado do Rio Grande do Sul;
- Efetivar, nas redes públicas e privadas, as ações e as iniciativas do
Plano Estadual de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacio-
nais para a Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino das
Histórias e das Culturas Afro-brasileiras, Africanas e Indígenas;
- Promover a formação para os quadros funcionais do sistema edu-
cacional, de forma sistêmica e regular, para o Ensino da História e da
Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígenas;
- Regulamentar o art. 13 da Lei. 11.901/2003, que trata da criação do
Fundo Estadual de reparações da Comunidade Negra;
- Criar um programa de formação em direitos humanos, com recorte
étnico racial, de gênero, respeitando as diversidades, dirigidos à Bri-
gada Militar, Polícia Civil e para os funcionários do sistema prisional e
de organismo de acolhimento e ressocialização de crianças e adoles-
centes em conflito com a lei.

Enfrentamento da Vulnerabilidade e do Extermínio da


Juventude Negra
- Desenvolver um plano estadual de desencarceramento e redução da
mortalidade da juventude pobre como um todo e da juventude negra
em particular;
-Combater a discriminação no mercado de trabalho e promover a empre-
gabilidade tanto para os jovens negros em vulnerabilidade social como
para aqueles que são rejeitados pelo racismo institucional e estrutural do
mercado de trabalho;
- Criar políticas de promoção do trabalho para os jovens negros/as, jovens
e adolescentes em conflito com a lei, jovens ciganos/as, indígenas, quilom-
bolas, de comunidades tradicionais de terreiro;
- Fomentar, através de apoio financeiro, cursos e oficinas profissionalizantes
para a juventude negra;
- Criar programas de formação, assistência e trabalho para inserção de jovens
em cumprimento de medidas socioeducativas.

33
Saúde da População Negra
- Revitalizar o processo de implementação da Política Nacional de Saúde Integral da População
Negra e Política Estadual de Atenção Integral à Saúde da População Negra; da Estratégia da Saú-
de da Família Quilombola; do Programa de Combate ao Racismo Institucional na Atenção Básica
(PCRI-AB); do Programa Articulador Jovem de Saúde; da Política Nacional de Atenção Integral
às Pessoas com Doença Falciforme e outras Hemoglobinopatias e Política Estadual de Atenção
Integral às Pessoas com Doença Falciforme e outras Hemoglobinopatias; da Linha de Cuidado
Integral às Pessoas com Doença Falciforme;
-Garantir o preenchimento do quesito raça/cor nos formulários do sistema de informação em
saúde;
- Implantar um Programa de Saúde Mental da População Negra, dando atenção ao sofrimento
psíquico produzido pela violência racial.

Prioridade às Mulheres Negras


- Implantar um Pacto Estadual de Enfrentamento à violência contra a mulher negra, articulado
com ações na área de Segurança Pública que visem à superação da discriminação racial e de
gênero, assegurando a realização de campanhas governamentais de combate ao racismo, ao
feminicídio, à violência doméstica e sexual contra as mulheres negras, ¨Cis e Trans¨;
-Incorporar o recorte de gênero e raça nas metodologias de análises e avaliação da qualidade da
educação, saúde, oportunidades de emprego e combate à violência e todas as formas de discri-
minações contra as mulheres negras.

Programa de Ações Afirmativas para as Oportunidades de Trabalho


- Incentivo à adoção de cotas para jovens negros/as nos programas de estágios voltados para o
acesso ao mercado de trabalho, incentivando formas associativas, cooperativas e de Economia
Solidária para o trabalho entre os jovens;
- Estimular a adoção de programas de ações afirmativas e de combate ao racismo institucional
no setor público e privado e considerar a existência desses programas como critério para parti-
cipação em processos licitatórios.

Combate à Intolerância Religiosa


- Criar um Plano Estadual de Direito à Liberdade de culto e Diversidade para combater a intole-
rância religiosa;
- Implementar atendimento policial especializado em Crimes Raciais e de Intolerância Religiosa.

Valorização das Comunidades Tradicionais de Terreiro,


Comunidades Quilombolas e Ciganos
- Criar a Coordenadoria dos Povos Tradicionais de Matriz Africana na estrutura organizacional da
Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR);
- Garantir o direito à terra, ao território, à titulação e ao desenvolvimento sustentável das comu-
nidades quilombolas, comunidades negras rurais e comunidades tradicionais de terreiro, simpli-
ficando o acesso ao crédito;
- Estimular a produção das comunidades quilombolas, comunidades negras rurais e comunida-
des tradicionais de terreiro, por meio da utilização das compras institucionais para estimular a
produção e a inclusão produtiva dessas comunidades.

34
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

A igualdade dos direitos e a promoção da cidadania Por Um Rio Grande Justo será feita com o
estabelecimento de políticas públicas que objetivem a promover a equiparação de oportunida-
des voltadas para as Pessoas com Deficiência por meio do exercício pleno do convívio comu-
nitário. Isso inclui os aspectos mais básicos da vida: educação, trabalho, habitação, segurança
econômica e pessoal, entre outras, rechaçando qualquer espécie de privilégios e recusando, por
conseguinte, todo tipo de paternalismo e/ou assistencialismo que são oferecidos na linha do
mero “atendimento”, sem propostas de efetiva mudança social. As políticas para Pessoas com
Deficiência e Altas Habilidades serão orientadas a partir das seguintes ações:

Acessibilidade Universal com Cidadania


- Garantia do protagonismo da Fundação de Articulação e Desenvolvimento de Políticas Públi-
cas Para PcD e PcAH no RS (FADERS) como espaço de coordenação para implementação das
políticas públicas para as pessoas com deficiência e altas habilidades em todas as áreas de atu-
ação do Estado, com Acessibilidade Universal;
- Defesa em todas as áreas de atuação do Estado dos quatro eixos: unicidade de direitos; univer-
salização dos direitos; controle público; participação popular;
- Protagonismo das Pessoas com Deficiência e Altas Habilidades no cumprimento da diretriz em
que a Acessibilidade Universal é um Direito de Todas e Todos;
- Transversalização das políticas da pessoa com deficiência em todas as ações do Estado, reco-
nhecendo as diferenças e não restringindo as áreas da assistência social, saúde e educação.

35
MULHERES

As mulheres são a maioria da população do


Rio Grande do Sul (51%) e do Brasil, bem
como a maioria do eleitorado (52,3%). Ain-
da assim, elas são minoria nos espaços de
poder político ou econômico e compõem
o segmento da população que mais sen-
tiu o impacto dos ataques aos direitos e
às políticas públicas no país do pós-golpe.
No nosso Estado, a situação das mulheres
é agravada pela redução dos investimen-
tos, pelos ataques aos serviços públicos,
pelo desmonte das políticas de educação,
saúde, segurança, e pelos crescentes índi-
ces de violência que impactam diretamen-
te a qualidade de vida das mulheres e de
suas famílias.
Um Rio Grande Justo só será possível a
partir do compromisso do Estado com a
promoção da igualdade de gênero, garan-
tindo cidadania à diversidade das mulhe-
res gaúchas, por meio do investimento em
políticas públicas de forma integrada en-
tre as diferentes áreas que contemplem a
igualdade racial e a diversidade sexual.
Um Programa para e com as mulheres
deve ter, como eixos centrais, a autonomia
e a participação das mulheres; o comba-
te à violência e à discriminação; a garan-
tia dos direitos sexuais e reprodutivos; a
igualdade de gênero na educação e a pro-
moção da igualdade no mundo do traba-
lho, garantindo autonomia financeira das
mulheres. Nossos compromissos com as
Mulheres Gaúchas terão como base as se-
guintes ações:

Políticas para as Mulheres


- Devolver ao Rio Grande do Sul a Secre-
taria de Políticas para Mulheres com con-
dições orçamentárias adequada ao desen-
volvimento de políticas públicas;
- Garantir a alocação e a execução de re-
cursos específicos nos Planos Plurianuais,
Leis de Diretrizes Orçamentárias e Leis Or-
çamentárias Anuais para implementação
das políticas públicas para as mulheres.

Mais Poder para as Mulheres


- Garantir a participação das mulheres e
de suas entidades representativas no con-
trole social, na formulação, na implemen-
tação, no monitoramento e na avaliação
das políticas públicas;
-Implementar políticas públicas e ações
afirmativas voltadas para a igualdade de
gênero, raça e orientação sexual, no servi-
ço público estadual.

36
Enfrentamento à Violência de Gênero
- Ampliar e fortalecer a Rede Lilás, composta pelos Centros
de Referência, Casas Abrigo, Delegacias de Polícia Espe-
cializadas( DEAMs) Sala Lilás nos Departamentos de Me-
dicina Legal DMLs (DMLs), Ministério Público, Defensoria
Pública e Varas Especializadas do Poder Judiciário;
- Promover programas e ações voltadas ao enfrentamen-
to e à superação de todas as formas de violência contra
a mulher, com destaque ao feminícidio;
- Combater, por meio de ações informativas e formati-
vas, a cultura do estupro;
- Articular o Pacto pelo Enfrentamento à Violência
Contra a Mulher, entre o Estado e os Municípios;
- Promover, por meio da Rede Lilás, os debates sobre
alienação parental e sobre medidas para garantir a ce-
leridade nas investigações e na responsabilização dos
assassinatos;
- Garantir a celeridade nas investigações e na respon-
sabilização pelos feminicídios (assassinatos de mu-
lheres);
- Combater as distintas formas de apropriação e ex-
ploração mercantil do corpo e da vida das mulheres,
como a exploração sexual e o tráfico de mulheres;
-Fortalecer as Delegacias da Mulher e as Patrulhas
Maria da Penha;
- Promover a formação das (os) servidores(as) públi-
cos(as) em temas como gênero, raça, etnia, orienta-
ção sexual e direitos humanos;
-Propor a retomada do acordo federativo – Governo
Federal, Estados e Municípios sobre a política nacio-
nal de enfrentamento à violência contra a mulher.

Promover a Igualdade de Gênero na


Educação
-Garantir uma educação inclusiva e não-sexista, que
promova a igualdade de gênero, raça, etnia e orien-
tação sexual;
- Fortalecer a EJA, implementando Salas de Acolhi-
mento para os filhos das jovens estudantes junto à
rede pública estadual;
- Ampliar a oferta de educação técnica, tecnológica
e profissional para as mulheres;
- Estabelecer um conjunto de políticas para a inclusão
digital das mulheres.

Autonomia Financeira e Maior


Dignidade para as Mulheres
- Promover o acesso das mulheres à moradia digna,
com a titulação em nome da mulher, assegurando a
prioridade às mulheres chefes de família no acesso e
na titularidade, em consonância com a política federal;
- Resgatar e apoiar o Programa de Documentação da
Mulher Rural Trabalhadora;
- Implementar programas voltados a garantias de direi-
tos das mulheres gaúchas, considerando a sua diversida-
de e as características geracionais.

37
Garantia do Atendimento Pleno à Saúde das Mulheres
- Garantir a articulação entre as duas políticas de Estado, a Política Nacional de Atenção Integral
à Saúde da Mulher (PNAISM) e o Plano Nacional de Políticas para as Mulheres (PNPM);
- Promover a humanização do parto com HIV/AIDS, assim como atenção especial às mães que
não podem amamentar;
- Assegurar a efetivação dos direitos sexuais e reprodutivos no âmbito do SUS no Rio Grande do
Sul;
- Implementar programa de proteção à maternidade;
- Enfrentar a violência obstétrica.

Mulheres Negras
- Promover programas e ações voltados à visibilidade, ao empoderamento e à garantia de direi-
tos das mulheres negras;
- Implementar um Programa de Saúde da Mulher negra, incentivando políticas de atenção básica
à sáude da mulher;
- Fortalecer e ampliar as políticas de garantia de direitos para esses povos, com destaque para
as Mulheres líderes dessas comunidades.

Mulheres LBT
Implantar políticas que garantam a visibilidade, o empoderamento e a garantia de direitos nas
diferentes àreas para as Mulheres LBTs.

LGBT

A dignidade da população LGBT deve inserir-se numa política de justiça social, de forma trans-
versal, que garanta à classe trabalhadora LGBT condições de igualdade em direitos e oportu-
nidades. O projeto popular da coligação Por um Rio Grande Justo deve, de forma plena, ser o
instrumento para a cidadania e a emancipação da população LGBT, bem como de todas as po-
pulações discriminadas e excluídas.
As nossas ações estão concentradas em eixos que visam fortalecer a Política Esta-
dual de Atenção Integral à Saúde da População LGBT, para qualificar a Rede
Estadual do SUS e eliminar todas as formas de discriminação e violência e
ampliar o acesso aos serviços; além da promoção da inclusão e da ga-
rantia dos direitos sociais. As políticas para a população LGBT serão
orientadas pelas seguintes ações:

Políticas Públicas e Participação Popular


- Criar o Sistema Estadual LGBT para o combate à LGBTfo-
bia, com a participação de todas as Secretarias de Estado,
e reativar o programa “Rio Grande sem LGBTfobia”;
- Fortalecer o Conselho Estadual LGBT, garantindo a sua
descentralização e ampliando a sua participação na
construção de políticas públicas;
- Implantar o Centro de Referência LGBT no Estado,
de forma descentralizada;
-Realizar a 4ª Conferência Estadual LGBT.

Educação Inclusiva e Políticas de Saúde


- Garantir uma escola pública inclusiva e segura para
a população LGBT, em especial à população Trans;
- Formar e capacitar profissionais da educação e
comunidade escolar através de parcerias com as
universidades;
- Promover a assistência e prevenção do HIV/AIDS e
outras IST’s;
- Fortalecer e divulgar a política de Saúde Integral;
- Descentralizar o atendimento ambulatorial especia-
lizado para a população Trans;
- Capacitar agentes de saúde para o atendimento da
população LGBT.

38
Segurança da População LGBT
- Garantir a segurança da população LGBT em espaços de privação de liberdade, em respeito à
Resolução 01/2014, do CNCD/LGBT e CNPCP;
- Destinar espaços públicos para o desenvolvimento de projetos de promoção da cidadania, da
profissionalização e de albergagem;
- Capacitar agentes de segurança pública, agentes de saúde e demais áreas do funcionalismo
público para atendimento e abordagem da população LGBT.

Dignidade e Valorização
- Realizar chamadas públicas para o desenvolvimento de projetos culturais, bem como apoio às
Paradas Gays em todo o Estado;
- Estimular e promover o emprego formal e a Economia Solidária para a população LGBT.

O DIREITO À SEGURANÇA ALIMENTAR E COMBATE À FOME

A garantia dos direitos sociais passa pelo combate à fome e pela construção de uma agenda
para segurança alimentar e nutricional compreendida como uma política pública de Estado, num
amplo processo intersetorial e com a participação da sociedade civil. Um governo comprometi-
do com as trabalhadoras e os trabalhadores precisa promover o acesso universal à alimentação
adequada e saudável; incentivar a produção de alimentos saudáveis e sustentáveis; estruturar,
através da agricultura familiar, o fortalecimento de sistemas de produção de base agroecológica;
ampliar a disponibilidade hídrica e o acesso à água para a população gaúcha, em especial, a po-
pulação pobre no meio rural.
O enfrentamento da fome e a garantia da segurança alimentar são estratégias alinhadas ao de-
senvolvimento do Rio Grande que devem ser acompanhadas por conselhos e câmaras municipais
de segurança alimentar e nutricional, atendendo à legislação federal e estadual. Nosso compro-
misso com assegurar o Direito Humano à alimentação em quantidade e qualidade suficientes
será orientado a partir das seguintes ações:

39
Fortalecimento das Ações de
Segurança Alimentar
- Consolidar no RS a implementação do Sistema Nacional
de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN), realizando
as Conferências de Segurança Alimentar e Nutricional e
apoiando as ações do Conselho Estadual e da Câmara
Intersecretarias de Segurança Alimentar;
- Elaborar e executar, por meio da Câmara Interministe-
rial de Segurança Alimentar e Nutricional (CAISAN), o
Plano Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional;
- Promover, universalizar e coordenar ações de segu-
rança alimentar e nutricional para a população gaú-
cha, com especial atenção para povos e comunida-
des tradicionais;
- Assegurar, junto ao Governo Federal, a manuten-
ção e a ampliação do programa Fomento à Inclu-
são Produtiva.

Acesso à Alimentação Saudável


- Fomentar a criação de Centros de Referência
em Segurança Alimentar e Nutricional para ações
articuladas com demais equipamentos públicos,
como CRAS, CREAS, Estratégia Saúde da Família
com ênfase em educação alimentar, formação,
qualificação profissional;
- Incentivar os circuitos curtos de produção, dis-
tribuição e comercialização de alimentos em
todo o Estado;
- Expandir o abastecimento de água potável no
meio rural.

Fortalecimento da Produção
Agroecológica
- Retomar e ampliar o Programa Agroecológico
Integrado Sustentável (PAIS) em todo o Estado;
-Implantar políticas de fortalecimento da rede
de produção agroecológica de alimentos;
- Incentivar a criação de programas de horta ur-
bana e periurbana agroecológica nos Municípios.

Educação Alimentar e
Promoção da Saúde
- Assegurar processos permanentes de educação
alimentar e nutricional e promoção da alimenta-
ção adequada e saudável para garantia da Segu-
rança Alimentar e Nutricional;
- Criar campanha publicitária de educação alimen-
tar e nutricional para a população gaúcha;
- Massificar a Campanha de Aleitamento Materno em
todo o Estado;
- Implantar programa de promoção da saúde para a
população com doenças decorrentes da má alimenta-
ção, priorizando o atendimento às famílias e pessoas
em situação de insegurança alimentar e nutricional;
- Criar políticas, em parceiras com os Municípios, de sa-
neamento básico nas áreas urbana e rural, referente ao
tratamento de esgoto e do lixo.

40
O RS QUE PRESTA SERVIÇOS PÚBLICOS DE QUALIDADE

INFRAESTRUTURA

O investimento em infraestrutura é uma das principais ações para o desenvolvimento da Eco-


nomia, para a construção de uma diretriz de integração e combate às desigualdades regionais.
O fortalecimento da produção local produz impactos diretos nas indústrias e agroindústrias,
na agricultura familiar, nas cooperativas e na agropecuária. Um planejamento integrado de in-
fraestrutura precisa diminuir a concentração do modal rodoviário no Estado. Para integrar o
Estado, impulsionar o desenvolvimento e diminuir o custo logístico, são necessarias alternativas
com Ferrovias e Hidrovias; a criação de um Programa Continuado de Investimento em Estradas
para a garantia da infraestrutura das pequenas a grandes obras regionais, como acessos muni-
cipais, novas duplicações e ligações regionais consideradas como corredores de escoamento da
produção. Em articulação com os Municípios, constituiremos novos instrumentos de operações
consorciadas urbanas e metropolitanas, preconizadas pelo Estatuto das Cidades. As políticas de
Infraestrutura serão orientadas a partir das seguintes ações:

Uma Agenda de Investimento em Infraestrutura e Desenvolvimento Regional


- Buscar a recuperação do financiamento das obras de infraestrutura com Bancos de Fomento:
BNDES, BID, BIRD-Fonplata, CAF e outros.
- Retomar a agenda com o Governo Federal, pois não há investimento sustentável em infraestru-
tura sem a participação da União. As principais ações são:
I – Resolução sobre a concessão ferroviária no Estado, com vista à consumação dos investimen-
tos previstos no contrato de concessão;
II - Expansão da malha ferroviária, por meio da Norte-Sul;
III - Ampliação das hidrovias, com a constituição da Hidrovia do Mercosul e da operação portuá-
ria - com o Plano Nacional de Dragagens e a expansão da área do Porto de Rio Grande;
IV – Início e aceleração das obras rodoviárias federais;
V - Expansão dos aeroportos regionais de Rio Grande, Passo Fundo e Santa Rosa; criação do
novo Aeroporto Regional da Serra e consolidação dos estudos de viabilidade do novo Aeroporto
Regional Metropolitano;
VI- Aceleração e novas obras rodoviárias, como a nova ponte do Guaíba, a continuação da Rodo-
via do Parque e duplicações das BR 290, 287, 392 e outras.

Fortalecimento da EGR
- O fortalecimento da EGR e a ampliação de sua intervenção com a execução de obras rodovi-
árias de pequeno e grande portes, realizando, quando necessário, Sociedade de Propósito Es-
pecífico (SPEs) ou outras formas de articulação com investimento privado, levando sempre em
consideração o interesse público;
- Garantia de investimento em infraestrutura viabilizado pelo fluxo financeiro da empresa que
possibilite a ampliação de obras demandadas pela população;
- Instituição de um programa permanente de manutenção e restauro, com a renovação e a am-
pliação do Contrato de Restauração e Manutenção de Rodovias (CREMA) em todas as regiões
do Estado, a partir da retomada da estratégia de financiamento desses contratos com o BIRD-
Banco Mundial, além do compromisso em finalizar as obras de ligações regionais em andamento;
- Alteração do modelo da Conservação Rotineira das estradas estaduais pavimentadas, tornando
a conservação uma ação de investimento estadual que aumenta ainda mais os recursos disponí-
veis para essa atividade;
- Criação de um programa específico de conservação das estradas não pavimentadas de acordo
com as suas peculiaridades;
-Implementação de uma política de redução de acidentes nas rodoviais estaduais por meio de
um programa que ampliará a contratação de sinalização vertical, horizontal e eletrônica, novas
passarelas e intersecções, em contratos abrangentes e regionais que darão celeridade à resolu-
ção de demandas e anteciparão problemas.

41
DESENVOLVIMENTO URBANO

As políticas de desenvolvimento urbano em nível estadual devem


estar voltadas à promoção do direito à cidade, da inclusão social,
da sustentabilidade ambiental e da qualidade de vida da popu-
lação. O direito à cidade é entendido como o direito à moradia
digna, à terra urbanizada, ao saneamento ambiental, à mobilidade
urbana, à infraestrutura e aos serviços e equipamentos urbanos
de qualidade, além de meios de geração de renda e do acesso à
educação, saúde, cultura, esporte, lazer, segurança pública e assis-
tência social.
Para isso, será importante fortalecer as instituições públicas vol-
tadas ao planejamento urbano e regional – em especial, a Fun-
dação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (ME-
TROPLAN), órgão responsável pelo planejamento e pela gestão
territorial nas Regiões Metropolitanas e Aglomerados Urbanos;
pelo apoio técnico a todos Municípios do Estado no âmbito do
planejamento urbano; e pela articulação entre as políticas de mo-
bilidade e de desenvolvimento urbano nesses territórios – além de
fortalecer a democracia e a participação popular nos processos de
planejamento.
Devemos integrar as diferentes políticas urbanas, superando a
fragmentação da ação do Estado, e articulá-las com as políticas de
educação, assistência social, saúde, lazer, segurança, preservação
ambiental, emprego e desenvolvimento econômico. Nossas políti-
cas estarão orientadas pelos seguintes compromissos:

Retomar o Papel do Estado na


Indução do Desenvolvimento
- Fortalecer o planejamento territorial, elaborar os planos regio-
nais e estaduais de ordenação do território e de desenvolvimento
econômico e social previstos no Estatuto da Cidade e os Planos
de Desenvolvimento Urbano Integrado (PDUIs) para as Regiões
Metropolitanas e Aglomerações Urbanas, previstos no Estatuto da
Metrópole, de forma participativa, envolvendo as comunidades e
respeitando as relações existentes entre as pessoas e o território;
-Revitalizar o Conselho Estadual de Cidades para fortalecer a par-
ticipação e o controle social;
- Articular as políticas estaduais de desenvolvimento urbano com
a Nova Agenda Urbana aprovada na Conferência das Nações Uni-
das (ONU) para Habitação e Desenvolvimento Urbano Sustentável,
em 2016, e das Conferências Nacionais realizadas pelo Ministério
da Cidades; com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
(ODS), além do marco legal federal (Constituição Federal; Estatuto
da Cidade; Estatuto da Metrópole e legislações setoriais);
- Induzir a estruturação de uma rede de cidades mais equilibrada
do ponto de vista do desenvolvimento socioeconômico e da redu-
ção das desigualdades regionais.

Crescimento com Inclusão e Respeito ao Meio Ambiente


- Promover políticas de desenvolvimento urbano que garantam
sustentabilidade social, cultural, econômica, política e ambiental
baseadas na garantia da qualidade de vida para gerações futuras;
- Reduzir as desigualdades socioespaciais, atendendo prioritaria-
mente à população de baixa renda, Municípios e regiões com me-
nores indicadores sociais;
- Promover programas e ações adequados às características locais
e regionais, respeitando-se as condições ambientais do território,
as características culturais, as especificidades e potencialidades
de cada região.

42
Habitação
- Articulação da política habitacional com as demais áreas:
I - Debater o papel do Banrisul, Badesul e BRDE para propiciar investimentos na produção social
da moradia;
II - Priorizar o Associativismo e o Cooperativismo como setores estratégicos na produção social
da moradia;
III - Investir em novas tecnologias através da relação com a CIENTEC, potencializando produção
alternativa com tecnologias viáveis e respeito à realidade cultural;
IV - Combater todas as formas de espoliação, segregação urbana e desigualdades socioespa-
ciais;
V - Induzir os municípios a adotarem medidas efetivas de combate à especulação imobiliária, às
formas de espoliação, à segregação urbana, às desigualdades socioespaciais, adotando instru-
mentos capazes de combater a retenção de imóveis e terrenos ociosos, buscando o cumprimen-
to da função social da cidade e da propriedade.

- Oportunidade de acesso a terra urbanizada, à regularização fundiária, à qualidade do meio am-


biente, à assistência técnica e jurídica gratuita

I- Promover o acesso à moradia digna, compreendida como um direito fundamental, buscando


apoio dos municípios e do Governo Federal, a partir da diversidade de alternativas de ações,
contemplando: urbanização e regularização fundiária de loteamentos irregulares e assentamen-
to precários; produção de novas unidades de Habitação de Interesse Social (HIS), incluindo pro-
moção pública, privada e por autogestão; locação social; reaproveitamento de edifícios públicos
e particulares em áreas consolidadas(que não estiverem cumprindo função social); provisão de
material de construção e Assistência Técnica para Habitação de Interesse Social (ATHIS); viabili-
zação de Banco de terras do Estado para proporcionar moradia digna;
II – Buscar a resolução dos conflitos fundiários urbanos com estrutura de negociação ligado ao
Gabinete do Governador.

Saneamento
- Investir na gestão sustentável dos recursos hídricos e viabilizar o acesso à água e ao saneamen-
to, entendido como um direito fundamental, em sintonia com as metas do Objetivo do Desenvol-
vimento Sustentável (ODS) de Água e Saneamento da ONU;
- Articular com União e Municípios a execução da Política de Saneamento Básico, buscando a
universalização da cobertura de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto sanitário
e a disposição e tratamento de resíduos sólidos;
- Apoiar o desenvolvimento de Planos Municipais de Saneamento Básico;
- Ampliar os serviços de saneamento básico, energia elétrica e equipamentos urbanos nas áreas
urbanas e rurais;
- Garantir a gestão pública de Saneamento Básico no RS.

43
Mobilidade Urbana
- Reequilibrar a matriz de Transporte do Estado:
I) Retomar e fortalecer o planejamento da mobilidade
urbana no âmbito estadual;
II) Alinhar as ações e políticas estaduais com os princí-
pios, as diretrizes e os objetivos da Política Nacional
de Mobilidade Urbana (Lei 12.587/2012), como a prio-
rização dos modos não motorizados e do transporte
público coletivo; a acessibilidade universal e a equi-
dade no acesso ao transporte público coletivo;
III) Orientar políticas públicas estaduais para a pro-
moção da mobilidade urbana inclusiva e sustentá-
vel, com atenção prioritária à população de baixa
renda, à inclusão social e à sustentabilidade am-
biental;
IV) Promover e resgatar estudos que identifiquem
os potenciais viáveis de ampliação e qualificação
das redes ferroviária, hidroviária e cicloviária do
Estado (para passageiros e carga), com especial
atenção às cidades e regiões que já contam com
esses modais;
V) Incentivar os modos não motorizados de
transporte, com especial atenção aos ciclistas e
pedestres.

- Investimento no Transporte Público e na quali-


ficação da mobilidade:
I) Qualificar os Sistemas Metropolitanos de
Transporte Coletivo de Passageiros na Região
Metropolitana de Porto Alegre, Região Metro-
politana da Serra Gaúcha, Aglomeração Urbana
do Sul e Aglomeração Urbana do Litoral Norte –
regiões que concentram aproximadamente 70%
da população gaúcha, onde o sistema de trans-
porte é de gestão do Governo do Estado;
II) Buscar fontes de financiamento para realiza-
ção de melhorias nos veículos, nas paradas, nos
abrigos e nos equipamentos; nos sistema de in-
formação e de comunicação com o usuário, de
modo a trazer mais qualidade no atendimento;
III) Promover a integração física e tarifária entre
os diferentes sistemas e modais de transporte nas
Regiões Metropolitanas e Aglomerados Urbanos;
IV) Qualificar a mobilidade entre Municípios, com
a recuperação das rodovias estaduais; melhoria
nas estações rodoviárias, implantação de ciclovias
intermunicipais nas vias e rodovias com potencial;
e transporte público de melhor qualidade, especial-
mente nas Regiões Metropolitanas e Aglomerações
Urbanas;
V) Resgatar os projetos dos Corredores Metropolita-
nos de ônibus com financiamento do Governo Federal
(Ministério das Cidades);
VI) Fortalecer o passe livre estudantil nas Regiões Me-
tropolitanas e Aglomerações Urbanas;

44
MEIO AMBIENTE

Os principais órgãos ambientais do RS, a


Secretaria Estadual do Ambiente e Desenvolvi-
mento Sustentável (SEMA), a Fundação Estadu-
al de Proteção Ambiental (FEPAM) e a Fundação
Zoobotânica estão em processo de extinção e ani-
quilação, ao contrário do que foi feito durante os
Governos de Olívio Dutra e Tarso Genro, em que
foram realizados investimentos, planejamento, re-
cursos humanos, recuperação física, tecnologia e
controle social. O Saneamento Básico público foi
e deverá voltar a ser fortalecido com investimen-
tos planejados. Nossos compromissos serão:

Fortalecimento dos Órgãos Ambientais


- Captação de recursos em agências financiado-
ras para programas de sustentabilidade;
- Manutenção do Parque Zoológico e Unidades de
Conservação sob gestão pública;
- Fortalecer e modernizar os serviços prestados
pela FEPAM e a SEMA, buscando eficiência e
transparência com qualidade nos procedimentos
de licenciamento ambiental.

Instrumentos de Gestão
- Efetivar a modernização tecnológica na gestão
ambiental, com integração das informações dos
órgãos ambientais, como monitoramento e licen-
ciamento ambiental, tendo como base de dados o
Zoneamento Ecológico e Econômico (ZEE);
- Valorizar, qualificar e aperfeiçoar instrumentos
de gestão ambiental, tais como Planos e Zonea-
mentos, construídos com Controle Social;
- Elaborar as Listas das Espécies Ameaçadas de
Extinção dentro dos prazos legais;
- Utilizar o Cadastro Ambiental Rural (CAR) como
ferramenta de gestão e planejamento;
- Dar efetividade ao Sistema de Monitoramento
de Áreas de Risco e Alerta de Desastres.

Proteção da Biodiversidade e Biomas


- Promover melhorias e adequações da infraestru-
tura e efetivação dos Planos de Manejo;
- Criar um Programa especial de proteção e valo-
rização do bioma Pampa;
- Desenvolver uma Política de valorização da bio-
diversidade, incentivo ao desenvolvimento de co-
nhecimento e de novos produtos, com atenção ao
ecoturismo.

Sistema Estadual de Recursos Hídricos


- Avançar na concretização dos Planos de Bacias;
- Fortalecer uma política de preservação dos re-
cursos hídricos, efetivando o monitoramento das
águas.

45
Plano Estadual de
Resíduos Sólidos
- Implementar o Plano Es-
tadual de Resíduos Sólidos
com participação social;
- Avançar na implantação da
logística reversa no Estado;
- Concretizar Ações de incen-
tivo à compostagem e coleta
seletiva, com apoio aos Muni-
cípios para implantação dos
seus planos municipais.

Estratégias para a Cultura


Socioambiental
- Promover a educação am-
biental através de um amplo
processo de sensibilização e
mobilização da população à
proteção ambiental.

Controle Social e
Gestão Ambiental
- Fortalecer e ampliar a par-
ticipação popular e o contro-
le social na gestão ambien-
tal, através dos conselhos e
comitês, com a realização
a Conferência Estadual do
Meio Ambiente.

Fortalecimento da
Pesquisa
- Promover a cooperação com
Universidades, para qualificar
a gestão ambiental, valorizan-
do especialmente a UERGS.

Governança Ambiental
- Rever a extinção da Funda-
ção Estaduall de Planejamen-
to Metropolitano e Regional
(METROPLAN), por conside-
rá-la como suporte técnico
de elaboração, planejamento
e efetivação de políticas ter-
ritoriais na região metropoli-
tana;
- Fortalecer as parcerias en-
tre Estado e Municípios;
- Transversalizar as políticas
ambientais entre órgãos de
gestão ambiental e demais
secretarias, retomando a
Agenda de Sustentabilidade
do RS;
- Implantar a política estadu-
al das mudanças climáticas.

46
SETOR DE MINAS E ENERGIA COMO ÁREA ESTRATÉGICA

Cabe à União legislar, regular, fiscalizar e promover as atividades de energia e recursos minerais.
No entanto, um Governo Estadual que tenha compromisso com o desenvolvimento e a qualidade
de vida da sua população deve participar, desenvolver e implantar políticas de energia e recursos
minerais. Ademais, agir para que todas as demandas de energia elétrica, novas ou ampliações,
sejam atendidas, priorizando aquelas elencadas pela população através do mecanismo de parti-
cipação popular definido pelo Governo. Para fazer do Rio Grande um estado justo, nossas políti-
cas para essa área serão orientadas pelas seguintes ações:

Estrutura de Governo
- Recriar o COPERGS (Comitê de Planejamento Energético do RGS), para monitorar e articular a
implantação de obras no Estado, entre outras ações;
- Manter, pela sua condição estratégica, as estatais estaduais CEEE, SULGÁS e CRM como em-
presas públicas, com gestão democrática e eficiente, propugnando o mesmo para as estatais
federais PETROBRAS e Transpetro.

Setor Industrial
- Incentivar a fabricação de placas fotovoltaicas em parceria com empresas gaúchas, dando prio-
ridade aos segmentos intensivos em tecnologia já existentes.

Energia Elétrica
- Articular a conclusão de todos os projetos de geração já licitados, em especial, os parques eó-
licos em construção, bem como articular a implantação de novos parques;
- Estudar a viabilidade de novas usinas hidrelétricas, contemplando a participação e o desenvol-
vimento da população afetada (Decreto 51.595/2014);
- Defender o funcionamento da Usina Termelétrica de Uruguaiana;
- Propugnar o funcionamento adequado e permanente das Usinas Termelétricas de Candiota;
- Gestionar junto a União incentivo as Pequenas Centrais Termelétricas, dando um destino útil
aos resíduos de madeira e casca de arroz;
-Promover e facilitar o uso da energia solar no contexto da energia distribuída;
-Habilitar a CEEE-GT a participar de novos leilões de geração e transmissão;
-Articular a recuperação de obras de transmissão atrasadas no Estado, em especial, o lote A do
Leilão 04/2014, vencido pela Eletrosul, cujas obras abrangem as regiões Metropolitana, Litoral
Norte, Sul e Fronteira Oeste, que estão orçadas em torno de R$ 3,5 bilhões;
- Garantir a Concessão da CEEE-D tornando-a referência na prestação de seus serviços no Esta-
do;
- Articular, juntamente com os governos municipais, formas de regularizar o fornecimento de
energia elétrica às comunidades carentes, diminuindo as ligações clandestinas;
- Articular a criação do programa Força no Campo para reforço das redes rurais, permitindo a
instalação de agroindústrias.

Petróleo e Petroquímica
-Buscar a retomada do funcionamento dos Polos Navais, em especial, o de Rio Grande e São José
do Norte;
- Reivindicar junto ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), à Agência Nacional de
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e à Petrobras a retomada das perfurações na Ba-
cia de Pelotas, para verificação da existência de petróleo e/ou gás natural;
- Estudar a viabilidade da ampliação da Refinaria Alberto Pasqualini (REFAP) para atender às
deficiências de combustíveis de países do Mercosul;
- Estimular e promover a implantação de empresas de terceira (3ª) geração para finalização dos
produtos no Polo Petroquímico do Sul.

47
Gás Natural
O gás natural é considerado um dos melhores combustíveis do planeta, muito eficiente e pouco
poluidor, que possibilita uma Economia mais eficiente. São alternativas de solução:
I - Propugnar a construção de gasoduto com origem em Penápolis/SP e destino em Rio Grande/
RS (parte do antigo Gasoduto do Chimarrão), incluindo braço para Uruguaiana, para garantir
abastecimento da Usina Termoelétrica;
II - Articular a implantação de terminal de Gás Líquido Natural (GNL), preferencialmente em Rio
Grande, e implantação das redes para a sua distribuição;
III - Promover amplo programa de produção de biometano a partir da biomassa, aterros sanitá-
rios e resíduos em geral, tanto no meio urbano como agrícola.

Biodiesel
- Manter o RS entre os principais Estados produtores de biodiesel.

Carvão Mineral
No contexto mundial, o carvão mineral é a fonte de energia primária mais usada na produção
de energia elétrica. No Brasil, o RS é detentor de quase 90% das reservas nacionais. Para a sua
utilização, devem ser usadas tecnologias mais apropriadas, menos poluentes e mais efetivas,
como as desenvolvidas pela Fundação de Ciência e Tecnologia (CIENTEC).
- Articular a construção de novas usinas termelétricas a carvão, com tecnologias adequadas;
- Viabilizar a adequada utilização dos subprodutos da lavra e combustão do carvão: cinzas, ar-
gilas, piritas (enxofre), areias.
- Estudar a possibilidade de mineração de camadas com fração de carvão coqueificável da Ja-
zida de Santa Terezinha.

Outros Recursos Minerais Relevantes


- Desenvolver políticas adequadas para água subterrânea, a fim de resolver os problemas das
secas cíclicas;
- Explorar, com licenciamentos criteriosos, a mineração de titânio, em São José do Norte e Boju-
ru; zinco, chumbo e prata na Jazida de Santa Maria (Alto Camaquã) e fosfato em Lavras dos Sul.

48
CIÊNCIA, TECNOLOGIA E
COMUNICAÇÃO

Ciência e Tecnologia
A ciência e tecnologia são essenciais
para a soberania de um Estado e de uma
Nação. Sem investimento em Ciência e
Tecnologia e Tecnologia da Informação
(CT&TI), não será possível melhorar a
Economia e a vida das gaúchas e dos
gaúchos. O Estado que não investe em
Tecnologias da Informação (TI) torna-
-se um consumidor de produtos ex-
ternos. Para isso, é necessária a ela-
boração de uma política industrial,
tecnológica e de comércio exterior
com um sistema integrado para a in-
dução da inovação nas empresas; a
retomada das políticas de inovação
tecnológica para promover avanços
relevantes na produção da ciência,
do conhecimento e das tecnologias;
e o estimulo à inovação e à moder-
nização tecnológica das empresas,
a partir da criação de um ambiente
institucional e funcional favorável à
cooperação entre as Fundações, a
UERGS e o setor produtivo.

Inovação e Modernização
Tecnológica
- Valorizar e ampliar o RS Tecnópole
e ampliar gradativamente os investi-
mentos em CT&TI no sistema, garan-
tindo o atendimento dos projetos es-
tratégicos com apoio às Incubadoras
Populares Sociais e Tecnológicas;
- Construir uma Política Estadual de
Ciência, Tecnologia e Inovação a fim
de fomentar a modernização tecnoló-
gica do Estado;
- Fortalecer e valorizar a Companhia
de Processamento de Dados do Esta-
do do RS (PROCERGS) como empresa
estratégica no macrossetor de TI, TICs e
Internet para o desenvolvimento local e
regional.

49
Desenvolvimento Regional Através da Qualificação Tecnológica
- Priorizar a continuidade dos Programas e Projetos com forte conotação para o desenvolvimen-
to local e regional, garantindo recursos a todas as regiões e evitando a concentração nas áreas
metropolitanas, sem perder de vista a densidade dessas áreas;
- Fixar pesquisadores e capacitar profissionais nas cadeias produtivas com o apoio da UERGS,
para o desenvolvimento regional e qualificação das trabalhadoras e trabalhadores;
- Mobilizar esforços para o atendimento das áreas deprimidas economicamente e engajar os Pro-
gramas na erradicação da pobreza e geração de renda com qualificação tecnológica;
- Ampliar a interação entre os polos de ciência e tecnologia do RS e a cadeia produtiva da In-
dústria Naval, qualificando universidade, centros de pesquisa, fornecedores e trabalhadores para
atrair investimentos privados.

Comunicação
A recuperação das funções públicas do Estado passa pela modernização da gestão, a partir do
investimento em novas formas de Tecnologia da Informação para a melhoria da qualidade do
gasto público e a prestação de mais e melhores serviços para a sociedade.
O Estado do RS tem capacidade para tornar-se referência em Governança Eletrônica, através
da elaboração de uma política para mídias digitais que articule as ações de Governo na Segu-
rança com a integração completa dos sistemas operacionais e de inteligência; na Saúde, com a
informatização de todo sistema; na Educação, com o aperfeiçoamento do uso da tecnologia no
sistema educacional. Para a montagem de uma proposta que responda às necessidades atuais
do Rio Grande e diante dos desafios que temos no atual contexto, são necessários os princípios
norteadores que serão utilizados para a construção de políticas para um novo ciclo de desen-
volvimento do RS. A política de Comunicação do Governo será orientada pelas seguintes ações:

- Fomentar o uso, a difusão e o desenvolvimento de softwares livres na sociedade e no Governo;


- Implementar a comunicação integrada e transversal – a produção de informações, eventos, no-
tícias, publicidade institucional;
- Propor novas ferramentas de gestão a partir do conceito da Governança Eletrônica, aproximan-
do o Governo e a sociedade gaúcha com o uso da Tecnologia da Informação e Comunicação;
- Utilizar as redes sociais e as tecnologias de dispositivos móveis como propulsores para uma
comunicação moderna, eficiente, popular e de baixo custo entre os diversos atores do Governo
e da Sociedade.

50
COLIGAÇÃO POR UM RIO GRANDE JUSTO - PT e PC do B CNPJ 31.181.987/0001-11 GRÁFICA 05677050/0001-21 - TIRAGEM 1.000

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GOVERNADOR m· ,�

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