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PARTIDO DOS
PT TRABALHADORES - RS
COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE GOVERNO
CÍCERO BALESTRO
COORDENADOR
UBIRAJARA MACHADO
CLAUDIO FACHEL
RICARDO STUCKERT
FOTOGRAFIA
ELIANE SILVEIRA
EDIÇÃO
POR UM RIO GRANDE JUSTO
Apresentação
O RS QUE INCLUI...........................................................................................................25
- A CULTURA E O RESGATE DO RIO GRANDE...........................................................................................25
- ESPORTE, RECREAÇĀO E LAZER COMO DIREITO................................................................................27
- INCLUSÃO DIGITAL E TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO....................................................................28
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UMA AGENDA PARA O CRESCIMENTO DA ECONOMIA DO RS
Para que o RS volte a crescer, é preciso que o Estado retome o seu protagonismo na apresen-
tação de políticas ativas para o desenvolvimento econômico e social, a fim de superar a atual
tendência de fragilidade instalada no RS. Para isso, será preciso buscar junto à União a (o):
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FINANÇAS PÚBLICAS
O ciclo econômico gerado pelo atual governo do RS tem sido marcado pela ausência de iniciati-
vas políticas para os setores tradicionais da economia; pelo enfraquecimento da função pública
do Estado e pela desarticulação dos programas de fomento. O atual governo do RS tem sido ine-
ficiente e incompetente na gestão do Estado e, consequentemente, nas finanças públicas, com
isso, limitou a capacidade do Estado e impediu o repasse de recursos destinados aos investimen-
tos públicos. Os prejuízos formam um quadro de grandes proporções e isso representa hoje um
grande problema a ser enfrentado. A sua reversão exige um nível de investimento adequado às
necessidades de qualificação da infraestrutura, da atração de novos investimentos e da geração
de empregos. As ações de recuperação das finanças públicas serão orientadas pelas seguintes
ações:
- Buscar o crescimento econômico para alcançar a sustentabilidade fiscal, ou seja, a plena capa-
citação do Estado para atender as necessidades sociais e de infraestrutura;
- Utilizar o espaço fiscal para a renegociação da dívida;
- Investir em capacitação e na disseminação das melhores práticas e sistemas informatizados
para transparência das despesas públicas;
- Cobrar da União o ressarcimento pelas perdas decorrentes da Lei Kandir: são quatro bilhões de
reais ao ano, decorrentes da desoneração dos produtos primários e semi-elaborados na expor-
tação;
- Manter o compromisso com soluções e novas formas para financiar o passivo anual da previ-
dência pública;
- Potencializar a captação de recursos orçamentários voluntários junto à União e financiamentos
internacionais para aplicação em políticas públicas.
- Aprimorar as ações de cobrança dos devedores do Estado, com celeridade nas ações, e com-
bate aos maus pagadores;
- Ampliar o combate à sonegação, com mais tecnologia e postos de fiscalização.
ECONOMIA SOLIDÁRIA
A construção de políticas para o desenvolvimento econômico terá ações transversais com ou-
tras Secretarias e áreas estratégicas para a efetivação do projeto de governo pretendido para o
Estado.
A defesa da Economia Solidária (ES) em um governo popular é uma forma de combater as de-
sigualdades locais e regionais com ações voltadas às mulheres, às comunidades tradicionais, à
agricultura familiar, à população LGBT, pois, assim, é possível que o Estado atue como indutor de
políticas universais de inclusão social. O embrião desse modelo de desenvolvimento terá como
princípio de sustentabilidade:
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Desenvolvimento de Políticas Públicas
- Implantar as ações do Programa de Economia Solidária (ES)
através da Política Estadual de Fomento à Economia Solidá-
ria;
- Desenvolver políticas públicas de fortalecimento e qualifi-
cação das Redes de Economia Solidária e Feminista articula-
das com demais políticas públicas;
- Valorizar a diversidade cultural dos empreendimentos da
ES, buscando potencializar o seu desenvolvimento;
- Incentivar o processo de industrialização dos resíduos reci-
clados nos municípios com prioridade à contratação de coo-
perativas e associações de catadores;
- Efetivar programas de fornecimento e de compras públicas
para ES.
Cooperativismo Solidário
- Incentivar o cooperativismo solidário através de programas
de aquisição de alimentos direto do produtor;
- Incentivar o cooperativismo habitacional no campo e na ci-
dade;
- Fortalecer as Cadeias solidárias pelos empreendimentos
solidários;
- Viabilizar Casas de Economia Solidária no território do RS
como espaço de qualificação articulado com as políticas de
formação, comercialização e, em alguns casos, de produção,
fortalecendo também a articulação e a participação cidadã
da economia solidária, a transversalidade com outras ações
convergentes – gênero, saúde, habitação, luta contra a vio-
lência, superação da pobreza extrema.
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TURISMO
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Recuperação das Funções Públicas
e da Capacidade Operacional do Estado
- Recuperar o Sistema Estadual de Pesquisa Agropecuária
e reorganizar os órgãos operacionais como estratégia para
qualificação da defesa agropecuária;
- Retomar e qualificar a extensão rural através da EMATER e de
organizações da sociedade civil.
Produção e Consumo
de Alimentos Saudáveis
- Desenvolver um programa de massificação da produção agroecoló-
gica, orgânica e em transição agroecológica;
- Estruturar a cadeia da Pesca e Aquicultura no RS, com a criação de um
Programa Estadual de Fortalecimento da Pesca Artesanal e a retomada do Pro-
grama “RS Pesca e Agricultura”;
- Implantar um sistema de monitoramento e controle do uso de agrotóxicos para a produção de
alimentos convencionais através de uma política estadual de redução de uso com fiscalização de
fronteiras, análises laboratoriais, programas educativos, combate ao desperdício e licenciamen-
to ambiental;
- Criar ações de proteção a sementes crioulas e à agrobiodiversidade.
Cadeias Produtivas
- Promover o setor de serviços e geração de renda no meio rural com investimento em projetos
produtivos, modernização e agroindustrialização de cooperativas através dos bancos públicos:
BRDE, BADESUL e BANRISUL;
- Criar as condições para ampliar e qualificar a capacidade de agroindustrialização das grandes
cadeias produtivas do Estado;
- Ampliar e qualificar o programa da agroindústria familiar “Sabor Gaúcho” e consolidar o Siste-
ma Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar Artesanal e de Pequeno Porte (SU-
SAF-RS);
- Retomar o Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite (PRODELEITE) e o
Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite (FUNDOLEITE).
Fortalecimento do
Associativismo e Cooperativismo
- Fortalecer o Associativismo e o Cooperativismo como instrumento de desenvolvimento dos
pequenos e médios municípios;
- Apoiar as cooperativas da agricultura familiar que industrializam o leite produzido por seus
cooperativados;
- Resgatar as políticas e os programas de desenvolvimento do cooperativismo gaúcho.
Mudanças Climáticas,
Políticas de Mitigação e Convivência
- Elaborar políticas de mitigação e convivência, com reativação do Fórum Gaúcho de Mudanças
Climáticas;
- Avançar em potentes programas de acumulação de água para a irrigação, como
instrumento de prevenção aos efeitos das estiagens e atender o déficit da
produção de grãos no Estado pela agricultura familiar.
Desenvolvimento Agrário
- Gestionar junto ao Governo Federal a aquisição de novas áre-
as para assentamentos;
- Mediar os conflitos entre comunidades indígenas e agricul-
tores familiares, gestionando junto ao Governo Federal para
a implementação de políticas que fortaleçam as comunida-
des e resolvam os conflitos;
- Retomar o Plano Safra/RS como uma plataforma abran-
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gente de ações voltadas a financiar e apoiar a agricultura,
a pecuária, a pesca, a comercialização, o abastecimento,
o armazenamento, as agroindústrias familiares, a pesqui-
sa agropecuária, a assistência técnica, a infraestrutura, a
segurança alimentar e o combate à pobreza rural;
- Criar políticas específicas de fomento à sucessão fa-
miliar vinculada a um projeto produtivo de desenvolvi-
mento, regularização fundiária, habitação, crédito, e As-
sistência Técnica e Extensão Rural e Social (ATERS) em
articulação com as áreas de educação, cultura e lazer;
- incentivo para manter o jovem no campo.
Abastecimento e
Soberania Alimentar
- Retomar as políticas de abastecimento regional com
prioridade às cooperativas de produção, armazenamen-
to e comercialização, além do estímulo às feiras locais e
regionais;
- Fortalecer a CEASA e avançar nas compras institucio-
nais pelo Estado, aplicando 30% e aumentar gradativa-
mente, com prioridade às cooperativas de abastecimento
da agricultura familiar;
- Garantir o abastecimento das escolas estaduais, presí-
dios, hospitais e universidades com alimentos in natura,
minimamente processados e industrializados, bem como
com a produção de agroecológicos, orgânicos e em tran-
sição;
- Fortalecimento do Programa Camponês.
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Criação de um Sistema de Democracia
Participativa
- Criação de um Sistema de Democracia Parti-
cipativa com o Orçamento Participativo (OP),
Conselhos Regionais de Desenvolvimento
(COREDEs), combinados e articulados com
as políticas dos conselhos estaduais e mu-
nicipais de direitos, setoriais e temáticos e
dos movimentos sociais;
-Implementação da participação da popu-
lação no Orçamento Participativo Estadu-
al, num processo de democracia direta,
voluntária e universal, nas regiões dos
COREDEs através de assembleias popu-
lares nos municípios;
-Realização de conferências, plebiscitos
e referendos, incorporando instrumen-
tos como o plebiscito, a ampliação da
capacidade resolutiva das conferências
na busca pela permanente qualificação
das políticas públicas de caráter seto-
rial, regional e geral do Estado, bem
como aprofundar, no OP, a discussão
e o controle da execução dos Planos
de Investimentos e das despesas pú-
blicas, da receita e da dívida públicas
e do financiamento do Estado;
-Criação do Fórum da Reforma Ur-
bana e Democracia: instrumentos in-
dutores da aplicação do Estatuto da
Cidade, da participação popular e de
outros mecanismos democráticos nos
municípios gaúchos;
- Desenvolvimento de programas de
divulgação, formação e qualificação
do processo do OP, envolvendo os
conselheiros, os delegados e a popu-
lação, especialmente aquela parcela
de maior vulnerabilidade social.
Ampliação e Qualificação da
Participação Popular
-Formulação de programas nas áreas
de educação, saúde, assistência social,
habitação popular, saneamento básico,
desenvolvimento econômico regional e
estadual e economia popular e solidária
articulados com fontes de financiamento
orçamentárias e extra-orçamentárias do
Governo Federal para a priorização da po-
pulação no OP e com execução direta pelo
Estado em cogestão com Municípios, con-
selhos e entidades do movimento social e
autogestão de cooperativas e de empresas
recuperadas pelos trabalhadores;
-Construção do Plano Plurianual, elaborado
em debate com a sociedade em um processo
amplo de participação em todo o Estado.
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O RS PRIORIZANDO A DIGNIDADE
COM SAÚDE, EDUCAÇÃO E SEGURANÇA
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dro, propomos a retomada dos investimentos com ações efetivas de curto, médio e longo prazo.
O Projeto Estratégico de Recuperação da REE-RS deverá recuperar fisicamente todas as escolas,
recriando e qualificando espaços, conforme as exigências educacionais contemporâneas. Para a
realização deste Projeto, propomos:
- Formação de um Fundo para a Sustentação do Projeto Estratégico, para um grande investimen-
to, possibilitando obras ao longo dos próximos dez anos;
- Reestruturação dos espaços ociosos das escolas para aumentar o atendimento da Educação de
Jovens e Adultos e, também, para a expansão do turno integral;
- Ampliação das salas de recursos e dos equipamentos técnico-pedagógicos de tecnologias as-
sistivas para buscar a universalização do atendimento;
- Reestruturações das escolas técnicas agrícolas, atualizando os equipamentos técnico-pedagó-
gicos para ensino e pesquisa nas diferentes áreas do setor;
- Reestruturação e atualização dos equipamentos e dos recursos humanos das escolas técnicas
urbanas.
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versidades e Institutos Federais) que se disponibili-
zem para o ensino e a pesquisa articulados com as
demandas da REE-RS;
- Prioridade para a UERGS como um espaço públi-
co para a formação, inclusive na oferta de Pós-gra-
duação.
Democratização da Gestão do
Sistema Educacional
A democratização da gestão do sistema educacio-
nal também se constitui como área estratégica com
a criação de novos espaços de participação, forta-
lecimento e aperfeiçoamento dos mecanismos já
existentes para viabilizar o Projeto Estratégico de
Recuperação da REE-RS. Nessa perspectiva, pro-
pomos:
- Fortalecer o Fórum Estadual de Educação como
espaço público legítimo para discutir a reorgani-
zação do Sistema Estadual, atualizando a Lei Esta-
dual de Ensino e retomar os objetivos e metas do
Plano Nacional de Educação;
- Criar e institucionalizar espaços de participação
como conferências regionais e estadual, consolida-
ção da assembleia escolar como o espaço de deci-
são do Plano Político Pedagógico da Escola;
- Instituir uma política de autoavaliação institu-
cional com a participação da comunidade escolar,
com acompanhamento acadêmico externo;
- Fortalecer as instâncias de gestão da escola, ga-
rantindo estrutura de recursos humanos qualifica-
dos;
- Realizar eleição de diretores com mandatos de
três anos, limitados a uma reeleição;
- Ofertar pela mantenedora cursos de formação de
gestores, inicial, antes da posse, e permanente, du-
rante a gestão;
- Estimular a participação da comunidade escolar
nos Conselhos Escolares, viabilizando a formação
e a instrumentalização dos eleitos;
-Incorporar no currículo a temática da Educação
Cooperativa e estimular Cooperativas Estudantis;
- Estruturar uma política de apoio à Juventude:
incentivo e permanência com bolsas e subsídios;
iniciação científica; formação profissional; retomar
e incentivar a criação e o fortalecimento dos Grê-
mios Estudantis;
- Organizar a escola como Polo Cultural, disponível
à expressão das experiências culturais da comuni-
dade e espaço de articulação das políticas públicas
(saúde, segurança, transporte, esporte e lazer), vi-
sando ao atendimento integral das crianças e ado-
lescentes;
- Criação do Batalhão de Policiamento Escolar
Comunitário (BPEC), através de ações articuladas
com a Brigada Militar, Polícia Civil, representações
comunitárias e a escola, com foco na prevenção e
atendimento nas regiões que apresentam os mais
elevados indicadores de violência e tráfico de dro-
gas.
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UERGS
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O RIO GRANDE QUE PROTEGE E PROMOVE SAÚDE
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Saúde Mental e Cuidado
- Defender a Reforma Psiquiátrica, a Política Nacional de Hu-
manização e a Redução de Danos nos serviços de saúde men-
tal;
- Fortalecer os Centros de Atendimento Psicossocial (CAPS)
adulto, infantil, Álcool e outras drogas;
- Ampliar leitos psiquiátricos em hospitais gerais, unidades
de acolhimento infantil e adulto e residenciais terapêuticos.
Materno-Infantil
- Garantir Ambulatórios de Gestante em Alto Risco (AGAR),
com estruturas físicas, recursos humanos e financiamento
adequado e ainda a ampliação e a qualificação dos leitos de
UTI adulto, UCI e UTI neonatal;
- Avançar na adequação das maternidades com investimento
nos centros de Parto Normal e Casas de Gestante;
- Ampliar exames pré-natais, teste rápido de gravidez e de-
tecção da Sífilis e HIV.
Urgência e Emergência
- Ampliar a cobertura do SAMU e a renovação das frotas (am-
bulâncias);
- Dotar as regiões com serviços e equipamentos de pronto
atendimento 24h, para dar retaguarda às urgências, de forma
rápida e oportuna;
- Capacitar e formar profissionais da rede de urgência e emer-
gência.
Saúde do Idoso
- Fortalecer Políticas intersetoriais (práticas integrativas e
complementares, cultura, lazer, esporte, mobilidade e aces-
sibilidade);
- Ampliar ações que contemplem a qualidade de vida da po-
pulação idosa com a ampliação da política de atenção domi-
ciliar, garantindo a autonomia do idoso;
- Preparar a rede de Saúde para acolher o idoso de forma
humanizada e rápida;
- Criar casas de acolhimento e espaços de convivência;
- Implementar política de formação e educação permanente
de cuidadores (profissionais e familiares) e para o autocuida-
do.
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Mais Especialidades no Rio Grande
- Criar a REDE DE ESPECIALIDADES MULTIPROFISSIONAL (REM) / Policlínica Regional com
financiamento do Estado, de forma gradativa e em parceria com a União, iniciando pelas espe-
cialidades de maior demanda e tempo de espera por região;
- Dotar as regiões de autonomia e capacidade de regulação;
- Ampliar o número de especialistas no SUS para maior agilidade e presteza no atendimento à
população.
Vigilância em Saúde
- Fortalecer e aumentar a capacidade de enfrentamento e de resposta às doenças emergentes e
endemias, com ênfase na AIDS, dengue, tuberculose, influenza, entre outras, através da criação
de um Plano Estadual Permanente de Objetivos e Metas;
- Incentivar e qualificar a atuação preventiva, incidindo sobre os riscos decorrentes da produção
e do uso de produtos, serviços e tecnologias de interesse à saúde;
- Qualificar e descentralizar as ações da Vigilância Sanitária (VISA) através de recursos humanos
suficientes e capacitados;
- Promover uma maior integração entre vigilância em saúde e Atenção Básica;
- Qualificar os programas de segurança do paciente, as comissões de controle de infecção e os
núcleos hospitalares de epidemiologia;
- Garantir a política de Saúde do Trabalhador com atuação dos Centros de Referência, dotando-
-os de recursos humanos suficientes e capacitados.
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Mais Médicos no Rio Grande
- Implementar a Resolução Nacional do Programa Mais
Médicos, criada no governo Dilma, que permite o uso de
recursos próprios para ampliar o número de médicos do
Programa nos Municípios;
- Garantir provimento e formação de Médicos de Famí-
lia em todo o Estado.
Hospital da Gente
- Elaborar Programa de recuperação e financia-
mento para os Hospitais de pequeno e médio
porte do Estado, localizados nas Regiões de Saú-
de;
- Implantar a experiência bem sucedida de Hospi-
tais Comunitários de cuidado intermediário e de
Hospitais Horizontais, articulados em rede regio-
nal;
- Fortalecer a rede hospitalar, permitindo um me-
lhor acesso e maior resolutividade, em tempo ade-
quado;
- Garantir Hospitais regionais resolutivos.
Diversidade e Saúde
Todas as políticas e as ações de Saúde devem incluir
o recorte e reconhecer a temática do gênero, etnia,
raça, acessibilidade e mobilidade.
- Fortalecer uma Política Estadual de Saúde para a saú-
de da População Negra, Indígena, Cigana, população do
Campo e Quilombola;
- Garantir Saúde integral para pessoas LGBT.
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SEGURANÇA PÚBLICA: DIRETRIZES E AÇÕES
PARA UM RS SEGURO
Transparência e Integridade
- Desenvolver Programa de Integridade nas instituições de
Segurança Pública, considerando a necessidade de trabalhar
a cultura ética dos servidores nas relações internas e no rela-
cionamento com a comunidade. Manter uma prática de servi-
ços com padrões de qualidade.
Policiamento Comunitário
- Criação do Batalhão de Policiamento Escolar
Comunitário (BPEC) com o objetivo de garan-
tir a segurança no entorno das escolas e uni-
versidades;
- Criar as “Rondas da Saúde” com o intuíto de
dar segurança nos arredores dos hospitais e
postos de saúde.
Prevenção e Transversalidade
-Desenvolver ações de prevenção comple-
mentar à ação policial, a partir de ações de
prevenção à violência e a criminalidades, esta-
belecendo dimensões territoriais de interven-
ção (Territórios de Paz).
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Sistema Penitenciário
-Qualificar a gestão prisional com a criação de novas vagas e a implantação de novas tecnolo-
gias, como bloqueadores de celular e equipamentos de revista (scanner), para romper a influ-
ência das facções criminosas no interior dos presídios, permitindo o controle efetivo do Estado
sobre a população carcerária;
- Formalizar instâncias integradas do sistema de persecução penal (Ministério Público, Poder
Judiciário, Defensoria Pública), com o objetivo de obter soluções adequadas à superlotação
prisional e aos presos sem condenação; organizar programas de assistência e trabalho para ape-
nados e egressos do sistema; incentivar e estimular a criação de novas APACS - Associações de
Proteção e Assistência aos Condenados.
Corpo de Bombeiros
- Implantar políticas públicas que valorizem a instituição e a Defesa Civil, que busquem a exce-
lência do serviço prestado, com investimentos em equipamentos e estruturas, de forma a ga-
rantir o cumprimento de suas atribuições legais, especialmente nas localidades que não contam
com esses serviços na sua integralidade;
- Retomar a aviação do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CBMRS) para atuação
no combate a incêndios, busca e salvamento com a Secretaria de Saúde e SAMU para atividades
que visam salvar vidas;
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O RS QUE INCLUI
A CULTURA E O RESGATE DO RIO
GRANDE
Financiamento da Cultura
- Adequar o orçamento para a Cultura, procuran-
do a democratização do acesso e o aperfeiçoa-
mento dos mecanismos de financiamento;
- Retomar as Ações Especiais do Sistema Pró-
-Cultura, que permitem a ampliação dos recursos
disponíveis para projetos culturais do FAC;
- Criar modalidade de incentivo à colaborativida-
de no Sistema Pró-Cultura;
- Priorizar o financiamento da cultura, através de
políticas culturais para qualificação da educação
pública, combate à violência, especialmente a
que atinge a juventude das periferias, assim como
para recuperar a autoestima do povo gaúcho.
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Cultura para Fortalecer e Beneficiar a Sociedade
- Retomar o Programa CULTURA VIVA, os Programas de Circu-
lação Cultural, tais como o RodaSom e RodaCine e incentivar
o Programa RS CRIATIVO;
- Reconstruir Programas que estimulem a formação (cidadã
e profissional), a produção e a distribuição e a memória das
diversas áreas, como as das linguagens artísticas, das expres-
sões da diversidade cultural, do patrimônio material e imate-
rial;
- Buscar a integração das políticas culturais com as áreas de
segurança pública e educação, bem como com as demais po-
líticas setoriais;
- Considerar a acessibilidade nos programas e projetos cultu-
rais do Estado;
- Estabelecer uma política diplomático-cultural com o resga-
te dos compromissos de protocolos e acordos de integração,
cooperação e coprodução cultural do Estado e outros países.
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ESPORTE, RECREAÇĀO E
LAZER COMO DIREITO
Fortalecer o Sistema
Estadual de Esporte
- Construir, em conjunto com as Federações e
Ligas Esportivas, um Plano Estadual do Esporte
de Alto Rendimento;
- Retomar o Programa de Desenvolvimento do Es-
porte em três eixos: massificação do esporte via rede
escolar; associações comunitárias e prefeituras munici-
pais; nos polos regionais de desenvolvimento do esporte
em parceria com Instituições de Ensino Superior;
- Compor parceria com a Secretaria de Educação para a valo-
rização dos profissionais de Educação Física, fortalecer os Jogos
Escolares e planejar ações transversais com outras Secretarias.
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Participação e Controle Social
- Promover a Conferência Estadual de Esporte, Recrea-
ção e Lazer e as Pré-Conferências;
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Uso de Tecnologias e Padrões Abertos
e Software Livre para que o Estado
tenha Soberania Tecnológica
- Potencializar a contribuição do ma-
crossetor de Tecnologia da Informação
e Internet na economia local por meio
do uso de software livre em todos os ór-
gãos de administração direta e indireta,
conforme estabelece a legislação;
- Estimular a disseminação e a produ-
ção de software livre na sociedade
gaúcha como um todo.
Inclusão Sociodigital
- Instituir uma Coordenadoria dos pro-
gramas de inclusão sociodigital a fim
de prover conhecimento e acesso à in-
formática, além de estabelecer parce-
ria com Projeto Um Computador por
Aluno (UCA); e parcerias com outros
projetos de Inclusão Sócio-Digital.
Desenvolvimento Tecnológico,
Infraestrutura e
Governança Eletrônica
- Instituir um programa para Cria-
ção de polos regionais de hardware
e software visando à criação de um
Programa de Conectividade Estadual;
Parques Tecnológicos e Incubadoras;
Desenvolvimento da Indústria de Sof-
tware, com preferência e diferencia-
ção em software livre;
- Estabelecer parceria para destina-
ção do lixo eletrônico;
- Inserir a área de Tecnologias da In-
formação e Comunicação (TIC) no
fortalecimento das cadeias produtivas
naturais do Estado do RS para o au-
mento de eficiência produtiva e gera-
ção de emprego e renda de maior valor
agregado;
- Ampliar e fortalecer na administração
pública a transparência, a segurança da
informação, a gestão social e a qualida-
de do gasto público;
- Resgatar o papel estratégico do Esta-
do na elaboração e coordenação de um
Plano Diretor de Informática (PDI) para
o RS;
- Recuperar a gestão da Rede RS (infra e
serviços), com a reestruturação das regio-
nais e com uma política de Banda Larga.
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O RIO GRANDE QUE AFIRMA
OS DIREITOS E A CIDADANIA
ASSISTÊNCIA SOCIAL
Políticas e Serviços
- Integrar as políticas públicas, tendo em vista a indivisibilida-
de do ser humano, que precisa ter as necessidades atendidas
no campo da assistência social, do trabalho, educação, saúde,
entre outras;
- Descentralizar as ações e os serviços de assistência social e
os processos de negociação e pactuação entre os gestores;
- Estimular programas que fomentem a capacitação de pres-
tadores de serviços, na área da assistência social.
Participação e Democracia
- Estimular a criação de conselhos de assistência social nos
municípios e outros conselhos de direito.
DIREITOS HUMANOS
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- Fortalecer a assistência jurídica gratuita, e de cumprimen-
to de medidas socioeducativas, em regiões do Estado, que
dispõem de unidades prisionais.
- Desenvolver e instituir ações estratégicas para a reabilita-
ção e a reintegração social da pessoa condenada com foco
na sua educação e capacitação profissional;
- Fortalecer a participação popular e o controle social para
a garantia do acesso ao Direito e à Justiça através do apoio
e da implantação de ouvidorias externas acessíveis.
JUVENTUDE
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governo e sociedade civil; garantir a participação popular das diferentes juventudes, através de
instrumentos como a Conferência Estadual de Juventude e a reorganização do Conselho Estadual
da Juventude - CONJUVE. Assim, propomos como ações:
Esporte e Cultura
- Incentivo e fomento às ações de cultura popular, como o hip hop, capoeira, funk, teatro, música
e grupos artísticos;
- Incentivo e fomento ao esporte, como futebol, basquete, corrida, skate e etc.;
- Programa Juventude que faz Cultura: editais voltados para juventude, com acesso facilitado para
financiamento de ações culturais e aquisição de equipamentos.
Políticas de Saúde para a Juventude
- Instituir campanhas preventivas em relação ao abuso de susbtâncias psicoativas com programas
alternativos às internações compulsórias;
- Promover práticas antimanicomiais visando ao cuidado em liberdade através da manutenção e
ampliação dos Centros de Apoio Psicossociais – CAPS;
- Desenvolver ações que promovam a educação sexual na sociedade, mobilizando as famílias e
instituições;
- Democratizar informações relacionadas à sexualidade e à saúde reprodutiva e sexual de forma
não punitiva e não moralista.
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IGUALDADE RACIAL
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Saúde da População Negra
- Revitalizar o processo de implementação da Política Nacional de Saúde Integral da População
Negra e Política Estadual de Atenção Integral à Saúde da População Negra; da Estratégia da Saú-
de da Família Quilombola; do Programa de Combate ao Racismo Institucional na Atenção Básica
(PCRI-AB); do Programa Articulador Jovem de Saúde; da Política Nacional de Atenção Integral
às Pessoas com Doença Falciforme e outras Hemoglobinopatias e Política Estadual de Atenção
Integral às Pessoas com Doença Falciforme e outras Hemoglobinopatias; da Linha de Cuidado
Integral às Pessoas com Doença Falciforme;
-Garantir o preenchimento do quesito raça/cor nos formulários do sistema de informação em
saúde;
- Implantar um Programa de Saúde Mental da População Negra, dando atenção ao sofrimento
psíquico produzido pela violência racial.
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PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
A igualdade dos direitos e a promoção da cidadania Por Um Rio Grande Justo será feita com o
estabelecimento de políticas públicas que objetivem a promover a equiparação de oportunida-
des voltadas para as Pessoas com Deficiência por meio do exercício pleno do convívio comu-
nitário. Isso inclui os aspectos mais básicos da vida: educação, trabalho, habitação, segurança
econômica e pessoal, entre outras, rechaçando qualquer espécie de privilégios e recusando, por
conseguinte, todo tipo de paternalismo e/ou assistencialismo que são oferecidos na linha do
mero “atendimento”, sem propostas de efetiva mudança social. As políticas para Pessoas com
Deficiência e Altas Habilidades serão orientadas a partir das seguintes ações:
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MULHERES
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Enfrentamento à Violência de Gênero
- Ampliar e fortalecer a Rede Lilás, composta pelos Centros
de Referência, Casas Abrigo, Delegacias de Polícia Espe-
cializadas( DEAMs) Sala Lilás nos Departamentos de Me-
dicina Legal DMLs (DMLs), Ministério Público, Defensoria
Pública e Varas Especializadas do Poder Judiciário;
- Promover programas e ações voltadas ao enfrentamen-
to e à superação de todas as formas de violência contra
a mulher, com destaque ao feminícidio;
- Combater, por meio de ações informativas e formati-
vas, a cultura do estupro;
- Articular o Pacto pelo Enfrentamento à Violência
Contra a Mulher, entre o Estado e os Municípios;
- Promover, por meio da Rede Lilás, os debates sobre
alienação parental e sobre medidas para garantir a ce-
leridade nas investigações e na responsabilização dos
assassinatos;
- Garantir a celeridade nas investigações e na respon-
sabilização pelos feminicídios (assassinatos de mu-
lheres);
- Combater as distintas formas de apropriação e ex-
ploração mercantil do corpo e da vida das mulheres,
como a exploração sexual e o tráfico de mulheres;
-Fortalecer as Delegacias da Mulher e as Patrulhas
Maria da Penha;
- Promover a formação das (os) servidores(as) públi-
cos(as) em temas como gênero, raça, etnia, orienta-
ção sexual e direitos humanos;
-Propor a retomada do acordo federativo – Governo
Federal, Estados e Municípios sobre a política nacio-
nal de enfrentamento à violência contra a mulher.
37
Garantia do Atendimento Pleno à Saúde das Mulheres
- Garantir a articulação entre as duas políticas de Estado, a Política Nacional de Atenção Integral
à Saúde da Mulher (PNAISM) e o Plano Nacional de Políticas para as Mulheres (PNPM);
- Promover a humanização do parto com HIV/AIDS, assim como atenção especial às mães que
não podem amamentar;
- Assegurar a efetivação dos direitos sexuais e reprodutivos no âmbito do SUS no Rio Grande do
Sul;
- Implementar programa de proteção à maternidade;
- Enfrentar a violência obstétrica.
Mulheres Negras
- Promover programas e ações voltados à visibilidade, ao empoderamento e à garantia de direi-
tos das mulheres negras;
- Implementar um Programa de Saúde da Mulher negra, incentivando políticas de atenção básica
à sáude da mulher;
- Fortalecer e ampliar as políticas de garantia de direitos para esses povos, com destaque para
as Mulheres líderes dessas comunidades.
Mulheres LBT
Implantar políticas que garantam a visibilidade, o empoderamento e a garantia de direitos nas
diferentes àreas para as Mulheres LBTs.
LGBT
A dignidade da população LGBT deve inserir-se numa política de justiça social, de forma trans-
versal, que garanta à classe trabalhadora LGBT condições de igualdade em direitos e oportu-
nidades. O projeto popular da coligação Por um Rio Grande Justo deve, de forma plena, ser o
instrumento para a cidadania e a emancipação da população LGBT, bem como de todas as po-
pulações discriminadas e excluídas.
As nossas ações estão concentradas em eixos que visam fortalecer a Política Esta-
dual de Atenção Integral à Saúde da População LGBT, para qualificar a Rede
Estadual do SUS e eliminar todas as formas de discriminação e violência e
ampliar o acesso aos serviços; além da promoção da inclusão e da ga-
rantia dos direitos sociais. As políticas para a população LGBT serão
orientadas pelas seguintes ações:
38
Segurança da População LGBT
- Garantir a segurança da população LGBT em espaços de privação de liberdade, em respeito à
Resolução 01/2014, do CNCD/LGBT e CNPCP;
- Destinar espaços públicos para o desenvolvimento de projetos de promoção da cidadania, da
profissionalização e de albergagem;
- Capacitar agentes de segurança pública, agentes de saúde e demais áreas do funcionalismo
público para atendimento e abordagem da população LGBT.
Dignidade e Valorização
- Realizar chamadas públicas para o desenvolvimento de projetos culturais, bem como apoio às
Paradas Gays em todo o Estado;
- Estimular e promover o emprego formal e a Economia Solidária para a população LGBT.
A garantia dos direitos sociais passa pelo combate à fome e pela construção de uma agenda
para segurança alimentar e nutricional compreendida como uma política pública de Estado, num
amplo processo intersetorial e com a participação da sociedade civil. Um governo comprometi-
do com as trabalhadoras e os trabalhadores precisa promover o acesso universal à alimentação
adequada e saudável; incentivar a produção de alimentos saudáveis e sustentáveis; estruturar,
através da agricultura familiar, o fortalecimento de sistemas de produção de base agroecológica;
ampliar a disponibilidade hídrica e o acesso à água para a população gaúcha, em especial, a po-
pulação pobre no meio rural.
O enfrentamento da fome e a garantia da segurança alimentar são estratégias alinhadas ao de-
senvolvimento do Rio Grande que devem ser acompanhadas por conselhos e câmaras municipais
de segurança alimentar e nutricional, atendendo à legislação federal e estadual. Nosso compro-
misso com assegurar o Direito Humano à alimentação em quantidade e qualidade suficientes
será orientado a partir das seguintes ações:
39
Fortalecimento das Ações de
Segurança Alimentar
- Consolidar no RS a implementação do Sistema Nacional
de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN), realizando
as Conferências de Segurança Alimentar e Nutricional e
apoiando as ações do Conselho Estadual e da Câmara
Intersecretarias de Segurança Alimentar;
- Elaborar e executar, por meio da Câmara Interministe-
rial de Segurança Alimentar e Nutricional (CAISAN), o
Plano Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional;
- Promover, universalizar e coordenar ações de segu-
rança alimentar e nutricional para a população gaú-
cha, com especial atenção para povos e comunida-
des tradicionais;
- Assegurar, junto ao Governo Federal, a manuten-
ção e a ampliação do programa Fomento à Inclu-
são Produtiva.
Fortalecimento da Produção
Agroecológica
- Retomar e ampliar o Programa Agroecológico
Integrado Sustentável (PAIS) em todo o Estado;
-Implantar políticas de fortalecimento da rede
de produção agroecológica de alimentos;
- Incentivar a criação de programas de horta ur-
bana e periurbana agroecológica nos Municípios.
Educação Alimentar e
Promoção da Saúde
- Assegurar processos permanentes de educação
alimentar e nutricional e promoção da alimenta-
ção adequada e saudável para garantia da Segu-
rança Alimentar e Nutricional;
- Criar campanha publicitária de educação alimen-
tar e nutricional para a população gaúcha;
- Massificar a Campanha de Aleitamento Materno em
todo o Estado;
- Implantar programa de promoção da saúde para a
população com doenças decorrentes da má alimenta-
ção, priorizando o atendimento às famílias e pessoas
em situação de insegurança alimentar e nutricional;
- Criar políticas, em parceiras com os Municípios, de sa-
neamento básico nas áreas urbana e rural, referente ao
tratamento de esgoto e do lixo.
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O RS QUE PRESTA SERVIÇOS PÚBLICOS DE QUALIDADE
INFRAESTRUTURA
Fortalecimento da EGR
- O fortalecimento da EGR e a ampliação de sua intervenção com a execução de obras rodovi-
árias de pequeno e grande portes, realizando, quando necessário, Sociedade de Propósito Es-
pecífico (SPEs) ou outras formas de articulação com investimento privado, levando sempre em
consideração o interesse público;
- Garantia de investimento em infraestrutura viabilizado pelo fluxo financeiro da empresa que
possibilite a ampliação de obras demandadas pela população;
- Instituição de um programa permanente de manutenção e restauro, com a renovação e a am-
pliação do Contrato de Restauração e Manutenção de Rodovias (CREMA) em todas as regiões
do Estado, a partir da retomada da estratégia de financiamento desses contratos com o BIRD-
Banco Mundial, além do compromisso em finalizar as obras de ligações regionais em andamento;
- Alteração do modelo da Conservação Rotineira das estradas estaduais pavimentadas, tornando
a conservação uma ação de investimento estadual que aumenta ainda mais os recursos disponí-
veis para essa atividade;
- Criação de um programa específico de conservação das estradas não pavimentadas de acordo
com as suas peculiaridades;
-Implementação de uma política de redução de acidentes nas rodoviais estaduais por meio de
um programa que ampliará a contratação de sinalização vertical, horizontal e eletrônica, novas
passarelas e intersecções, em contratos abrangentes e regionais que darão celeridade à resolu-
ção de demandas e anteciparão problemas.
41
DESENVOLVIMENTO URBANO
42
Habitação
- Articulação da política habitacional com as demais áreas:
I - Debater o papel do Banrisul, Badesul e BRDE para propiciar investimentos na produção social
da moradia;
II - Priorizar o Associativismo e o Cooperativismo como setores estratégicos na produção social
da moradia;
III - Investir em novas tecnologias através da relação com a CIENTEC, potencializando produção
alternativa com tecnologias viáveis e respeito à realidade cultural;
IV - Combater todas as formas de espoliação, segregação urbana e desigualdades socioespa-
ciais;
V - Induzir os municípios a adotarem medidas efetivas de combate à especulação imobiliária, às
formas de espoliação, à segregação urbana, às desigualdades socioespaciais, adotando instru-
mentos capazes de combater a retenção de imóveis e terrenos ociosos, buscando o cumprimen-
to da função social da cidade e da propriedade.
Saneamento
- Investir na gestão sustentável dos recursos hídricos e viabilizar o acesso à água e ao saneamen-
to, entendido como um direito fundamental, em sintonia com as metas do Objetivo do Desenvol-
vimento Sustentável (ODS) de Água e Saneamento da ONU;
- Articular com União e Municípios a execução da Política de Saneamento Básico, buscando a
universalização da cobertura de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto sanitário
e a disposição e tratamento de resíduos sólidos;
- Apoiar o desenvolvimento de Planos Municipais de Saneamento Básico;
- Ampliar os serviços de saneamento básico, energia elétrica e equipamentos urbanos nas áreas
urbanas e rurais;
- Garantir a gestão pública de Saneamento Básico no RS.
43
Mobilidade Urbana
- Reequilibrar a matriz de Transporte do Estado:
I) Retomar e fortalecer o planejamento da mobilidade
urbana no âmbito estadual;
II) Alinhar as ações e políticas estaduais com os princí-
pios, as diretrizes e os objetivos da Política Nacional
de Mobilidade Urbana (Lei 12.587/2012), como a prio-
rização dos modos não motorizados e do transporte
público coletivo; a acessibilidade universal e a equi-
dade no acesso ao transporte público coletivo;
III) Orientar políticas públicas estaduais para a pro-
moção da mobilidade urbana inclusiva e sustentá-
vel, com atenção prioritária à população de baixa
renda, à inclusão social e à sustentabilidade am-
biental;
IV) Promover e resgatar estudos que identifiquem
os potenciais viáveis de ampliação e qualificação
das redes ferroviária, hidroviária e cicloviária do
Estado (para passageiros e carga), com especial
atenção às cidades e regiões que já contam com
esses modais;
V) Incentivar os modos não motorizados de
transporte, com especial atenção aos ciclistas e
pedestres.
44
MEIO AMBIENTE
Instrumentos de Gestão
- Efetivar a modernização tecnológica na gestão
ambiental, com integração das informações dos
órgãos ambientais, como monitoramento e licen-
ciamento ambiental, tendo como base de dados o
Zoneamento Ecológico e Econômico (ZEE);
- Valorizar, qualificar e aperfeiçoar instrumentos
de gestão ambiental, tais como Planos e Zonea-
mentos, construídos com Controle Social;
- Elaborar as Listas das Espécies Ameaçadas de
Extinção dentro dos prazos legais;
- Utilizar o Cadastro Ambiental Rural (CAR) como
ferramenta de gestão e planejamento;
- Dar efetividade ao Sistema de Monitoramento
de Áreas de Risco e Alerta de Desastres.
45
Plano Estadual de
Resíduos Sólidos
- Implementar o Plano Es-
tadual de Resíduos Sólidos
com participação social;
- Avançar na implantação da
logística reversa no Estado;
- Concretizar Ações de incen-
tivo à compostagem e coleta
seletiva, com apoio aos Muni-
cípios para implantação dos
seus planos municipais.
Controle Social e
Gestão Ambiental
- Fortalecer e ampliar a par-
ticipação popular e o contro-
le social na gestão ambien-
tal, através dos conselhos e
comitês, com a realização
a Conferência Estadual do
Meio Ambiente.
Fortalecimento da
Pesquisa
- Promover a cooperação com
Universidades, para qualificar
a gestão ambiental, valorizan-
do especialmente a UERGS.
Governança Ambiental
- Rever a extinção da Funda-
ção Estaduall de Planejamen-
to Metropolitano e Regional
(METROPLAN), por conside-
rá-la como suporte técnico
de elaboração, planejamento
e efetivação de políticas ter-
ritoriais na região metropoli-
tana;
- Fortalecer as parcerias en-
tre Estado e Municípios;
- Transversalizar as políticas
ambientais entre órgãos de
gestão ambiental e demais
secretarias, retomando a
Agenda de Sustentabilidade
do RS;
- Implantar a política estadu-
al das mudanças climáticas.
46
SETOR DE MINAS E ENERGIA COMO ÁREA ESTRATÉGICA
Cabe à União legislar, regular, fiscalizar e promover as atividades de energia e recursos minerais.
No entanto, um Governo Estadual que tenha compromisso com o desenvolvimento e a qualidade
de vida da sua população deve participar, desenvolver e implantar políticas de energia e recursos
minerais. Ademais, agir para que todas as demandas de energia elétrica, novas ou ampliações,
sejam atendidas, priorizando aquelas elencadas pela população através do mecanismo de parti-
cipação popular definido pelo Governo. Para fazer do Rio Grande um estado justo, nossas políti-
cas para essa área serão orientadas pelas seguintes ações:
Estrutura de Governo
- Recriar o COPERGS (Comitê de Planejamento Energético do RGS), para monitorar e articular a
implantação de obras no Estado, entre outras ações;
- Manter, pela sua condição estratégica, as estatais estaduais CEEE, SULGÁS e CRM como em-
presas públicas, com gestão democrática e eficiente, propugnando o mesmo para as estatais
federais PETROBRAS e Transpetro.
Setor Industrial
- Incentivar a fabricação de placas fotovoltaicas em parceria com empresas gaúchas, dando prio-
ridade aos segmentos intensivos em tecnologia já existentes.
Energia Elétrica
- Articular a conclusão de todos os projetos de geração já licitados, em especial, os parques eó-
licos em construção, bem como articular a implantação de novos parques;
- Estudar a viabilidade de novas usinas hidrelétricas, contemplando a participação e o desenvol-
vimento da população afetada (Decreto 51.595/2014);
- Defender o funcionamento da Usina Termelétrica de Uruguaiana;
- Propugnar o funcionamento adequado e permanente das Usinas Termelétricas de Candiota;
- Gestionar junto a União incentivo as Pequenas Centrais Termelétricas, dando um destino útil
aos resíduos de madeira e casca de arroz;
-Promover e facilitar o uso da energia solar no contexto da energia distribuída;
-Habilitar a CEEE-GT a participar de novos leilões de geração e transmissão;
-Articular a recuperação de obras de transmissão atrasadas no Estado, em especial, o lote A do
Leilão 04/2014, vencido pela Eletrosul, cujas obras abrangem as regiões Metropolitana, Litoral
Norte, Sul e Fronteira Oeste, que estão orçadas em torno de R$ 3,5 bilhões;
- Garantir a Concessão da CEEE-D tornando-a referência na prestação de seus serviços no Esta-
do;
- Articular, juntamente com os governos municipais, formas de regularizar o fornecimento de
energia elétrica às comunidades carentes, diminuindo as ligações clandestinas;
- Articular a criação do programa Força no Campo para reforço das redes rurais, permitindo a
instalação de agroindústrias.
Petróleo e Petroquímica
-Buscar a retomada do funcionamento dos Polos Navais, em especial, o de Rio Grande e São José
do Norte;
- Reivindicar junto ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), à Agência Nacional de
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e à Petrobras a retomada das perfurações na Ba-
cia de Pelotas, para verificação da existência de petróleo e/ou gás natural;
- Estudar a viabilidade da ampliação da Refinaria Alberto Pasqualini (REFAP) para atender às
deficiências de combustíveis de países do Mercosul;
- Estimular e promover a implantação de empresas de terceira (3ª) geração para finalização dos
produtos no Polo Petroquímico do Sul.
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Gás Natural
O gás natural é considerado um dos melhores combustíveis do planeta, muito eficiente e pouco
poluidor, que possibilita uma Economia mais eficiente. São alternativas de solução:
I - Propugnar a construção de gasoduto com origem em Penápolis/SP e destino em Rio Grande/
RS (parte do antigo Gasoduto do Chimarrão), incluindo braço para Uruguaiana, para garantir
abastecimento da Usina Termoelétrica;
II - Articular a implantação de terminal de Gás Líquido Natural (GNL), preferencialmente em Rio
Grande, e implantação das redes para a sua distribuição;
III - Promover amplo programa de produção de biometano a partir da biomassa, aterros sanitá-
rios e resíduos em geral, tanto no meio urbano como agrícola.
Biodiesel
- Manter o RS entre os principais Estados produtores de biodiesel.
Carvão Mineral
No contexto mundial, o carvão mineral é a fonte de energia primária mais usada na produção
de energia elétrica. No Brasil, o RS é detentor de quase 90% das reservas nacionais. Para a sua
utilização, devem ser usadas tecnologias mais apropriadas, menos poluentes e mais efetivas,
como as desenvolvidas pela Fundação de Ciência e Tecnologia (CIENTEC).
- Articular a construção de novas usinas termelétricas a carvão, com tecnologias adequadas;
- Viabilizar a adequada utilização dos subprodutos da lavra e combustão do carvão: cinzas, ar-
gilas, piritas (enxofre), areias.
- Estudar a possibilidade de mineração de camadas com fração de carvão coqueificável da Ja-
zida de Santa Terezinha.
48
CIÊNCIA, TECNOLOGIA E
COMUNICAÇÃO
Ciência e Tecnologia
A ciência e tecnologia são essenciais
para a soberania de um Estado e de uma
Nação. Sem investimento em Ciência e
Tecnologia e Tecnologia da Informação
(CT&TI), não será possível melhorar a
Economia e a vida das gaúchas e dos
gaúchos. O Estado que não investe em
Tecnologias da Informação (TI) torna-
-se um consumidor de produtos ex-
ternos. Para isso, é necessária a ela-
boração de uma política industrial,
tecnológica e de comércio exterior
com um sistema integrado para a in-
dução da inovação nas empresas; a
retomada das políticas de inovação
tecnológica para promover avanços
relevantes na produção da ciência,
do conhecimento e das tecnologias;
e o estimulo à inovação e à moder-
nização tecnológica das empresas,
a partir da criação de um ambiente
institucional e funcional favorável à
cooperação entre as Fundações, a
UERGS e o setor produtivo.
Inovação e Modernização
Tecnológica
- Valorizar e ampliar o RS Tecnópole
e ampliar gradativamente os investi-
mentos em CT&TI no sistema, garan-
tindo o atendimento dos projetos es-
tratégicos com apoio às Incubadoras
Populares Sociais e Tecnológicas;
- Construir uma Política Estadual de
Ciência, Tecnologia e Inovação a fim
de fomentar a modernização tecnoló-
gica do Estado;
- Fortalecer e valorizar a Companhia
de Processamento de Dados do Esta-
do do RS (PROCERGS) como empresa
estratégica no macrossetor de TI, TICs e
Internet para o desenvolvimento local e
regional.
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Desenvolvimento Regional Através da Qualificação Tecnológica
- Priorizar a continuidade dos Programas e Projetos com forte conotação para o desenvolvimen-
to local e regional, garantindo recursos a todas as regiões e evitando a concentração nas áreas
metropolitanas, sem perder de vista a densidade dessas áreas;
- Fixar pesquisadores e capacitar profissionais nas cadeias produtivas com o apoio da UERGS,
para o desenvolvimento regional e qualificação das trabalhadoras e trabalhadores;
- Mobilizar esforços para o atendimento das áreas deprimidas economicamente e engajar os Pro-
gramas na erradicação da pobreza e geração de renda com qualificação tecnológica;
- Ampliar a interação entre os polos de ciência e tecnologia do RS e a cadeia produtiva da In-
dústria Naval, qualificando universidade, centros de pesquisa, fornecedores e trabalhadores para
atrair investimentos privados.
Comunicação
A recuperação das funções públicas do Estado passa pela modernização da gestão, a partir do
investimento em novas formas de Tecnologia da Informação para a melhoria da qualidade do
gasto público e a prestação de mais e melhores serviços para a sociedade.
O Estado do RS tem capacidade para tornar-se referência em Governança Eletrônica, através
da elaboração de uma política para mídias digitais que articule as ações de Governo na Segu-
rança com a integração completa dos sistemas operacionais e de inteligência; na Saúde, com a
informatização de todo sistema; na Educação, com o aperfeiçoamento do uso da tecnologia no
sistema educacional. Para a montagem de uma proposta que responda às necessidades atuais
do Rio Grande e diante dos desafios que temos no atual contexto, são necessários os princípios
norteadores que serão utilizados para a construção de políticas para um novo ciclo de desen-
volvimento do RS. A política de Comunicação do Governo será orientada pelas seguintes ações:
50
COLIGAÇÃO POR UM RIO GRANDE JUSTO - PT e PC do B CNPJ 31.181.987/0001-11 GRÁFICA 05677050/0001-21 - TIRAGEM 1.000
ROSt(AAFFONP 1�
GOVERNADOR m· ,�