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© Editora Inspire
CÉLULAS VIVENDO AS
ESTAÇÕES ©2015 de Murilo Dantas
©
Colaboradores: Andrei Alves, Editora ConradoPfanemüller, Inspire Cristina
Piccino, Fábio Albuquerque, Flávio Chaves, Keóla Dantas, Leila Paes, Rafael Migowski e
Viviam Ribeiro.
Coordenação editorial: Mariana C. Madaleno e Heliete Oliveira
Revisão: Heliete Oliveira
Capa: Jamille Almeida
Projeto Gráfico e Diagramação: Jamille Almeida
D192c
Dantas, Murilo.
Células vivendo as estações: modelo orgânico de liderança celular / Murilo
Dantas. – São José dos Campos (SP): Inspire, 2015.
191 p. : 15 x 21 cm
Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-7708-111-0
PREFÁCIO ____________________________________________________ 07
APRESENTAÇÃO _______________________________________________ 11
1. PERFIL DO LÍDER CÉLULA ______________________________________13
2. VISÃO GERAL DA PIB EM SJCAMPOS E ICS ______________________ 23
3. VISÃO GERAL DE CÉLULAS ____________________________________41
4. CÉLULA INFANTIL, JUNIOR E ADOLESCENTE _____________________61
5. PROCESSO DE DISCIPULADO NA PIB EM SJCAMPOS _____________ 75
6. CIRCUITO VIDA _____________________________________________ 93
7. DISCIPLINA E CUIDADO PASTORAL ____________________________ 109
8. PRINCÍPIOS DE ACONSELHAMENTO ____________________________ 119
9. ESTUDO BÍBLICO ____________________________________________129
10. VIDA FINANCEIRA___________________________________________ 141
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11. BATALHA ESPIRITUAL ________________________________________ 157
Estou feliz que você esteja com este recurso em mãos para iniciar seu pro-cesso
de treinamento de liderança de células no modelo das estações. Neste curso você
será equipado para liderar melhor a Igreja de Cristo, ganhando e gerando
discípulos saudáveis alinhados com a visão da igreja. Gostaria de começar
fazendo algumas perguntas, que poderiam ser as suas, e esboçan-do algumas
respostas.
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Basta ter pequenos grupos ou células? Também não! Por 7 anos, aplicamos os
pequenos grupos e depois as células sem um ciclo natural de multi-plicação; no
máximo, chegamos a 100 células, nunca ultrapassamos esta barreira. Contudo,
quase 5 anos depois de implementar as células vivendo as estações e há 2 anos o
discipulado pessoal, já estamos chegando a 800 células. Se uma célula, um
organismo vivo, não se multiplicar, assim como a célula biológica,
inevitavelmente, ela morrerá.
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sável. A isso chamamos de GPS - Guiado pelo Senhor (hora devocional pesso-al).
Como fez Jesus: “De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus levantou--se,
saiu de casa e foi para um lugar deserto, onde ficou orando” Marcos 1.35. E também:
“Mas Jesus re irava-se para lugares solitários, e orava” Lucas 5.16.
Tudo isso trabalha alinhado com um único alvo e foco, que é a aplicação de tudo
que aprendemos no púlpito em nossas celebrações, nos estudos das cé-lulas, na
mentoria do discipulado e na meditação da Palavra no devocional pessoal. Todo
ensino recebido deve ser aplicado à vida! Como está escrito: “Os discípulos foram
e fizeram o que Jesus inha ordenado” Mateus 21.6. Aprendiza-do sem aplicação
gera religiosidade. Devemos receber, celebrar e aplicar toda a vida de Jesus e os
mandamentos e preceitos da Palavra de Deus.
Carlito Paes
Pastor sênior da PIB em SJC e da Rede de Igrejas da Cidade.
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APRESENTAÇÃO
O texto de Gênesis 3.8, diz: “Ouvindo o homem e sua mulher os passos do Se-
nhor Deus que andava pelo jardim quando soprava a brisa do dia, esconderam--
se da presença do Senhor Deus entre as árvores do jardim”. Neste verso, per-
cebemos a primeira célula liderada pelo próprio Deus. Havia um encontro diário
onde Criador e as criaturas se reuniam, para um tempo de qualidade juntos.
Talvez Deus contasse um pouco mais sobre como havia formado cada criatura, ou
como ele os amava. Também deveria dar instruções de como cuidar do Éden,
além de presenteá-los com Sua presença perfeita de onde emanavam Suas
virtudes.
Hoje precisamos entender que nosso lar aberto para receber pessoas e ministrar
em vidas, é também o lugar onde Deus se manifesta através da presença do
Espírito Santo. Precisamos perceber as células primeiramente
como algo espiritual. A célula é um ambiente espiritual de relacionamen-tos
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espirituais.
Dessa forma, notamos a responsabilidade e a bênção de receber uma célula da
igreja em nossa casa. A Bíblia ilustra com clareza esses fatores, no episódio da
Arca da Presença contido em 1 Crônicas 13.13,14. Havia em todo o povo o temor
a respeito da proximidade com tal arca, por se tratar da manifestação da presença
do próprio Deus entre os homens. Apesar da necessidade de clara percepção
acerca do respeito com este utensílio, o tex-to também expõe que Odebe-Edom
levou-a para casa e, durante três meses, sua família e tudo o que ele possuía foi
abençoado.
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Este curso foi preparado para que você conheça mais claramente os temas
relacionados com essa tarefa divina de cuidar de pessoas numa célula, além de
lhe conduzir a um crescimento espiritual. Este material é direcio-nado
prioritariamente para a formação de líderes de célula na Primeira Igreja Batista
em São José dos Campos e nas Igrejas da Cidade. Ele conduzi-rá o futuro líder a
caminhar com maior tranquilidade a partir de ensina-mentos sólidos contidos na
Palavra de Deus, organizados em doze temas. Tais temas estão completos o
suficiente para ajudá-lo na compreensão do conteúdo. No final de cada disciplina,
você terá exercícios de fixação para lhe ajudar a estudar, além da bibliografia e
indicação de leitura.
Finalmente, abra seu coração, pois vamos começar uma linda, surpreen-dente
e abençoadora jornada de ser ministrados pelo Espírito Santo de Deus. Ele nos
alegrará com alimento farto e nos guiará a ministrar nas vidas que teremos o
privilégio de receber para cuidar.
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1. PERFIL DO
LÍDER DE CÉLULA
Cada vez mais em nossa igreja, a célula tem ido além de um conceito e tem se
transformado em um estilo de vida. Para a nossa igreja, a célula é hoje um valor
conquistado inegociável. É neste microambiente que todo o corpo recebe alimento
adequado e é impulsionado a viver segundo os propósitos eternos de Deus.
Para que a célula seja uma realidade em nossa comunidade cristã, o Líder de
Célula é uma pessoa muito estratégica. Ele é a referência para o grupo tanto de
ensino, quanto de cuidado, motivação, lealdade, fidelidade e en-volvimento no
Reino de Deus. Além disso, ele demonstra na prática o que é ser discípulo e
como discipular pessoas, conduzindo-as a Cristo.
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QUEM É O LÍDER DE CÉLULA?
Toda célula possui um líder. Este líder é a pessoa que dirige e direciona o
desenvolvimento do grupo. Em geral, o líder de célula é aquele que foi esco-lhido
para discipular e cuidar pastoralmente de um grupo que está sob sua
responsabilidade. Portanto, apesar de o líder não ter talvez uma formação
teológica formal, ou já ter sido ordenado pastor, ele exerce o pastoreio do
pequeno rebanho, compartilhado por nosso pastor-líder.
Entretanto, isso também é uma responsabilidade! É preciso que o líder seja uma
boa referência para a célula. Ele precisa de fato representar a lide-rança pastoral
da igreja e não substitui-la. Na prática, é liderar como se o
próprio pastor sênior estivesse liderando aquela célula. Por exemplo: como o pastor sênior
cuidaria ©desteEditorapequenorebanho?InspireComoele o motivaria?
Como seria o estudo ministrado por ele? Como o pastor-líder passaria os
avisos e as orientações para o grupo?
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Toda célula é reflexo de seu líder. Se ele cresce, sua célula está crescendo
saudavelmente. Escrevendo a seu discípulo Timóteo em sua primeira carta, Paulo
o ensina a lidar com vários aspectos importantes do ministério de cuidar de
pessoas. Em 1 Timóteo 4.15 ele enfatiza: “Seja diligente nessas coi-sas; dedique-
se inteiramente a elas, para que todos vejam o seu progresso”. Isso nos
impulsiona a querer crescer intencionalmente.
CRESCIMENTO PESSOAL
Há vários livros instrutivos e histórias marcantes sobre liderança. Eles são uma
fonte primorosa para nosso crescimento e preparo como líderes. A grande
maioria destes materiais destaca a importância de, antes de liderar um grupo, o
líder ter clara compreensão de que ele precisa crescer pro-gressivamente, desde
como pessoa, passando pela família, até alcançar a liderança de um grupo numa
dada igreja.
“Estaafirmaçãoédignadeconfiança:Sealguémdesejaserbispo,dese-
jaumanobrefunção.Énecessário,pois,queobisposejairrepreensível,
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maridodeumasómulher,moderado,sensato,respeitável,hospitaleiro e apto
para ensinar; não deve ser apegado ao vinho, nem violento, mas
simamável,pacíficoenãoapegadoaodinheiro.Eledevegovernarbem sua
própria família, tendo os filhos sujeitos a ele, com toda a digni-dade. Pois,
se alguém não sabe governar sua própria família, como
poderá cuidar da igreja de Deus?” 1 Timóteo 3.1-5.
Esse texto é uma orientação pastoral, que pode ser bem aplicada ao líder de
célula. Ele traz orientações para o viver do líder e como ele pode conduzir sua
própria família. Se o líder de célula não souber cuidar de sua família, como
poderá aconselhar a outros?
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líderes excelentes. Para ele, “o Inspire
quefazalguém sergrandeou
excelente é sua habilidade de desenvolver relacionamentos comprometidos e saudáveis”
(KORNFIELD, 2007). Sendo assim, ele traça a partir do Grande Mandamen-to
(Mateus 22.36-40) e da Grande Comissão (Mateus 28.18-20) a base dos sete
relacionamentos mais importantes para um líder: com Cristo, consigo mesmo,
com sua família, com um grupo pastoral, com sua equipe, com seu discipulador e
com amigos íntimos.
Crescimento em conhecimento
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relativos à liderança de pessoas. Precisamos decidir ler tais livros para apri-morar
nossa ação como líderes. A percepção que temos da necessidade de “liderar com
interesse” (Romanos 12.8) é que vai determinar se temos tido a responsabilidade
diante de Deus de melhorar constantemente.
AO CUIDAR DO GRUPO
A saúde de um rebanho pode ser medida pelo investimento de seu pastor ou líder.
O foco do cuidado com o grupo deve estar inicialmente com o alimento fornecido
às pessoas. Na Primeira Igreja Batista em São José dos Campos (PIB-SJC) e nas
Igrejas da Cidade (ICs) os estudos e orientações são desenvolvidos pelo
colegiado pastoral e corpo de ministros da igreja. Há todo um processo de
avaliação e consideração da relevância e das teolo-gias bíblica e sistemática
abordadas nesses materiais. Sendo assim, o líder de célula jamais deve suplantar
o ensino e a orientação recebidos de seus líderes diretos. Ao contrário, devem até
conferir se tal ensino condiz com a orientação de nosso pastor sênior.
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Valores como amor a Deus, à Sua Palavra e às pessoas, discipulado inte-gral,
cuidado mútuo, multiplicação do cuidado e da visão, exercício do ministério,
pastoreio na célula, grandes celebrações, comprometimento com o Reino de
Deus e visão elevada, devem ser ensinados com paixão. O líder de célula deve
transmitir a visão da igreja constantemente, pois “a visão vaza”, segundo Bill
Hybels. Ou seja, as pessoas tendem a esquecer-se rapidamente da visão e da
orientação. Relembrar a visão aos irmãos na fé constantemente é uma de nossas
funções.
O bom líder de célula também procura estar atento espiritualmente e ter dis-
cernimento aguçado pelo Espírito Santo. Ele tenta ouvir além do que é dito
verbalmente. Ao ouvir com o coração, aponta passos coerentes para trilhar o
Caminho. Ou seja, é aquele que já está na jornada há um pouco mais de tem-po,
conduz seus discípulos através das ferramentas oferecidas e disponíveis na igreja.
É um líder que conhece bem experiências marcantes com Deus, mas também
valoriza processos para o devido crescimento do rebanho.
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BIBLIOGRAFIA
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SUGESTÃO DE LEITURA
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2. VISÃO GERAL DA PIB
EM SJCAMPOS E ICS
Deus nos ama tão intensamente que decidiu enviar seu Filho Jesus para morrer
por nós. Foi através da morte e da ressurreição de Cristo que rece-bemos acesso
definitivo ao Pai. Em Cristo somos um Corpo como sua Igreja amada.
A PIB em SJCampos e ICs são lugares de fé, esperança e amor. Conforme nosso
pastor sênior, Carlito Paes, em suas pregações,“continuaremos a ser uma igreja
contextualizada, dinâmica, ágil, vibrante, cheia de fé, que valo-
riza pessoas acima de regras humanas e estruturas organizacionais, porque somos ‘a igreja
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Nosso es ilo de adoração: contemporâneo.
Assim, conforme nosso pastor líder, Carlito Paes, somos “uma igreja dirigi-da
por propósitos bíblicos, informal, contextualizada, ágil e transparente em suas
ações, que valoriza pessoas acima de estruturas ou programas”.
Isso é reflexo do equilíbrio e do foco. Conforme Rick Warren em seu livro Uma igreja
com ©propósitosEditora,oscincoInspirepropósitossão vividos na igreja
composta pelas chamadas bases, as quais vão conduzir toda a igreja local a viver
os propósitos de Deus como estilo de vida. Cada base possui líderes específicos
que atuarão estrategicamente ao lado do pastor sênior. Esses líderes de bases têm
a função de pensar na essência do propósito e como isso será transmitido para
toda a igreja.
Nossa igreja é orientada por uma missão e uma agenda totalmente pautadas pela
Palavra de Deus. Entendemos que uma igreja precisa ser relevante em to-das as
suas ações pela natureza de sua missão e pela demanda da sua agenda.
Missão da Igreja
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Jamais devemos nos esquecer de que estamos em uma missão orientada e liderada
pelo Senhor Jesus. Nossa missão não é chefiada por homens e sim pelo Senhor.
Ele mesmo nos designou para missão! É assim que a igreja deve desenvolver seu
trabalho.
2. Envolve a todos nós (v. 1b.): “... outros setenta...”.
Os discípulos foram enviados aonde Jesus ainda não havia ido e a lugares e
situações nunca alcançados. Do mesmo modo, nós seremos enviados a
experimentar situações diferentes do que estamos acostumados! Jesus de-seja
que sua igreja e seus discípulos tenham visão, não atrás do seu tempo,
mas sim à frente, adiante do seu tempo, antecipando boas novidades para o Reino de
Deus. A Igreja ©precisaEditoraserprecursoraInspireenãocopiadora.
4. É coopera iva (1d.): “...de dois em dois...”.
A missão da Igreja de Cristo nunca foi realizada por uma única pessoa. Ela já
começou com 13 pessoas, pois a tarefa é muito grande! Isso significa que é
preciso desenvolver um trabalho em equipe e não numa “euquipe”. Se quisermos
fazer um trabalho grandioso e relevante, precisamos caminhar juntos, de dois em
dois, lado a lado, para partilharmos as tristezas e as vitó-rias, e sempre
participando do Corpo de Cristo ativamente.
5. É universal (1e.): “... a todas as cidades e lugares...”.
O texto bíblico em Atos 1.8 reafirma isto. A igreja deve realizar a obra do
evangelho de Jesus na cidade, na região, no estado, no Brasil e em todo o
mundo. A visão da igreja deve ser da Terra, plantada fisicamente em um local,
mas sonhando e atuando em todo o mundo. Cremos numa igreja mobilizadora,
que vai e envia missionários a todas as cidades e lugares, sempre em nome do
Senhor Jesus!
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Agenda
2. É marcada por grandes riscos (v. 3): “... eis que vos envio como ovelhas no
meio de lobos”.
A Igreja de Cristo vive dias maus e sempre precisou ser um movimento an-
ticultural, conforme a Bíblia (Efésios 5) e a História. Por isso, ela precisa ser ágil,
estar alerta e atenta, por estarmos justamente no meio de uma grande batalha
espiritual (1 Pedro 5.8). Santos em guerra sempre vão correr riscos para fazer se
cumprir a agenda do Senhor no mundo!
3. É marcada pela©fé (vEditora.4a):“...NãoleveisInspirenembolsa,nem alforje”.
4. Precisa ser desenvolvida com urgência (v. 4b.): “... a ninguém saudeis
pelo caminho...”.
Jesus está voltando! Maranata! Não podemos perder tempo. Acreditamos que
precisamos de menos conversa e mais “pé na estrada”. 55 mil pessoas morrem
por dia sem conhecer a Jesus Cristo como Senhor de suas vidas.
Muitas crianças morrem de fome por hora no mundo ou estão sendo trafi-cadas
pelo preço de um cappuccino.
5. É desenvolvida em paz (vs. 5-7): “... dizei primeiro, paz seja com esta casa”.
6. É lexível, de acordo com as necessidades locais (v. 9): “... curai os enfer-
mos que nela houver...”.
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A agenda deve ser flexível para atender a necessidade do momento. A igreja
local pode planejar muitas coisas, mas precisa sempre estar aberta ao mover do
Espírito de Deus em sua execução.
7. É de natureza profé ica (vs. 11-12): “Dizei... está próximo Reino de Deus”.
Somos nós, na execução da agenda, que estaremos dizendo ao mundo que Jesus
está voltando. Temos uma mensagem profética que precisa ser proclamada já,
condenando o pecado e revelando a brevidade da segunda vinda de Cristo!
Liderança
Para uma igreja seguir cumprindo sua missão numa agenda completamen-te
guiada pelo Espírito Santo precisa de líderes que reconhecem e admitem seu
chamado. Todos os que já se arrependeram e entregaram suas vidas para Jesus
Cristo, como seu Salvador e Senhor foram chamados para a vida e para frutificar.
Além disso, o líder precisa ter sensibilidade para ouvir a Deus através de sua
liderança. Isso o conduzirá à disponibilidade para servir em qualquer lugar ou
situação. Sensibilidade e disponibilidade são dois elementos ne-cessários para
cumprir o projeto de Deus!
Há alguns axiomas em nossa igreja que devem fazer sentido para todos os
líderes em nossa igreja, especialmente os líderes de célula:
1. Não menospreze os pequenos começos: “Eu lhes digo a verdade: Quem
lhes der um copo de água em meu nome, por vocês pertencerem a Cristo, de
modo nenhum perderá a sua recompensa” Marcos 9.41.
2. Orgulhe-se do seu chamado: “Portanto, não se envergonhe de testemunhar
do Senhor” 2 Timóteo 1.8.
3. Honre sua santa vocação: “Que nos salvou e nos chamou com uma santa
vocação” 2 Timóteo 1.9.
4. Sirva para eternidade: “Ele tornou inoperante a morte e trouxe à luz a
vida e a imortalidade por meio do evangelho” 2 Timóteo 1.10.
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5. Reconheça seus dons: “Deste evangelho fui cons ituído pregador, apóstolo e
mestre” 2 Timóteo 1.11.
6. Passe pela refinaria de Deus: “Por essa causa também sofro, mas não me
envergonho, porque sei em quem tenho crido e estou bem certo de que ele é
pode-roso para guardar o que lhe confiei até aquele dia” 2 Timóteo 1.12.
7. Mantenha seu foco: “Retenha, com fé e amor em Cristo Jesus, o modelo
da sã doutrina que você ouviu de mim” 2 Timóteo 1.13.
Toda igreja saudável e crescente possui princípios que são o fundamento para a
sua ação. Para nós como igreja, tais princípios são consequência da visão que
Deus nos deu, conforme apresentamos acima. A seguir, apresen-tamos estes
princípios da PIB em SJCampos e das ICs, em sua maioria, des-critos mais
detalhadamente no livro Igrejas que prevalecem (PAES, 2009).
1. Aplicar a Bíblia de forma ainda mais efe iva em nosso ministério: “Os
bereanos eram mais nobres do que os tessalonicenses, pois receberam a mensa-gem com
2. Preparar líderes servos para liderar com excelência: “Se é exercer lide-
rança, que a exerça com zelo” Romanos 12.8b.
3. Executar a instrução dada por Deus: “Somente seja forte e muito corajoso!
Tenha o cuidado de obedecer a toda a lei que o meu servo Moisés lhe ordenou;
não se desvie dela, nem para a direita nem para a esquerda, para que você seja
bem-sucedido por onde quer que andar” Josué 1.7.
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7. Avaliar frequentemente nossas ações: “Assim diz o Senhor dos Exércitos:
‘Vejam aonde os seus caminhos os levaram!” Ageu 1.7.
12. Viver a prá ica de uma comunidade viva autônoma: “A igreja de Deus
que está em Corinto, com todos os santos de toda a Acaia” 1 Coríntios 1.2.
13. Manter as boas tradições sem nos tornarmos tradicionalistas: “Portan-
to, assim como vocês receberam Cristo Jesus, o Senhor, con inuem a viver nele, enraizados e
edificados nele, © firmadosEditoranafé,comoInspireforamensinados, transbor-
dando de gra idão. Tenham cuidado para que ninguém os escravize a filosofias
vãs e enganosas, que se fundamentam nas tradições humanas e nos princípios
elementares deste mundo, e não em Cristo” Colossenses 2.6-8.
14. Inves ir nos relacionamentos entre nossos membros: “Sirvam uns aos
outros mediante o amor” Gálatas 5.13b.
17. Ampliar nossa pregação encorajadora e prá ica: “Além de ser sábio, o
mestre também ensinou conhecimento ao povo. Ele escutou, examinou e colecio-
nou muitos provérbios. Procurou também encontrar as palavras certas, e o que
ele escreveu era reto e verdadeiro” Eclesiastes 12.9-10.
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18. Inves ir na formação de nossa liderança: “Assim, Paulo ficou ali durante
um ano e meio, ensinando-lhes a palavra de Deus” Atos 18.11.
19. Mo ivar nosso povo para a segunda vinda do Senhor Jesus: “Estejam
prontos para servir, e conservem acesas as suas candeias” Lucas 12.35.
22. Ampliar nossa rede de pastoreio em células: “Par iam o pão em suas casas, e
juntos par icipavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração”
Atos 2.46.
24. Atuar amplamente em ministérios sociais: “Ao ver as mul idões, teve
compaixão delas, porque estavam a litas e desamparadas, como ovelhas sem
pastor” Mateus 9.36.
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25. Plantar novas igrejas pelo Brasil e pelo mundo: “Portanto, vão e façam
discípulos de todas as nações, ba izando-os em nome do Pai e do Filho e do
Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu
estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos” Mateus 28.19,20.
Nossa igreja é uma Igreja com Propósitos (ICP). Toda ICP está direcionada por
meio de grandes áreas denominadas propósitos ou bases de ação. Ao todo são
cinco bases fundamentadas nos propósitos extraídos do Grande Mandamento
(Mateus 22.36-40) e da Grande Comissão (Mateus 28.18-20): adoração,
comunhão, discipulado, ministério e missões. A partir destes textos bíblicos, o Pr.
Rick Warren explana o conceito dos propósitos bíbli-cos com foco na igreja em
Uma Igreja com propósitos e com foco na vida pessoal no livro Uma vida com
propósitos.
Estes propósitos devem ser a força motriz de nossa vida, ministério e igreja, como
ensinado por Jesus (FIELDS, 1999). Na célula não pode ser diferente:
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é através da célula que anunciamos a salvação aos “sem igreja”, começan-do
pelas pessoas de nossas próprias casas, aos nossos amigos e vizinhos (Atos 1.8).
Alguns deles, talvez, jamais entrariam em uma igreja em algum momento de suas
vidas; na célula realizamos uma forma livre de louvor e adoração a Deus, sem
nos preocuparmos com formas ou rituais (João 4.24); também na célula
desenvolvemos relacionamentos pessoais de confiança, camaradagem e amor ao
próximo (Atos 2.42-47); na célula edificamos a nós mesmos e aos demais,
conduzindo todos a serem imitadores de Cristo, sendo verdadeiros discípulos (1
Coríntios 11.1); e, por fim, na célula temos o privilégio de descobrir em que área
Deus tem nos capacitado para poder-mos servir à Igreja (Romanos 12.3-8).
Como igreja, procuramos proporcionar atmosfera e ambiente para que cada filho
amado de Deus descubra o caminho de ser um adorador em espírito e em
verdade, através de uma vida devocional rica e de crescimen-to na intimidade
com Deus. Vivendo para adorar ao Senhor, trazemos para a casa de Deus a
colheita dessa alegria, em celebrações semanais que tem diferentes propósitos,
por isso são diferentes também. Essas reuniões pro-clamam o amor de Deus e O
anunciam às pessoas que ainda não tem Jesus, de modo que essas são atraídas a
Ele.
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“letra cristã”, que pode ser revisada para assegurar a correção doutrinária. Nossas
celebrações em geral buscam criar uma atmosfera motivadora, alegre
encorajadora, familiar, renovadora e informal, apresentando às pes-soas a rica
oportunidade do relacionamento com Jesus. Exemplos de minis-térios ligados à
Base de Adoração: Bandas, Intercessão, Teatro e Imagem.
Base de Comunhão
Para isso, precisamos criar um ambiente onde as pessoas desejem unir-se à igreja,
através do amor e da aceitação. Assim, todos compreenderão que somos
chamados para nos unirmos à Família de Deus e não a uma institui-ção. Ser
família é um valor da vida cristã.
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Exemplos de ministérios ligados à Base de Comunhão: Águas que marcam,
Recomeço, Aconselhamento e Ceia do Senhor.
Base de Discipulado
“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que, es-tando em mim não dá
fruto, ele corta; e todo aquele que dá fruto, ele poda, para que dê mais fruto ainda. Vocês já
estão limpos, pela palavra que lhes
tenhofalado.Permaneçamemmim,eeupermanecereiemvocês ©EditoraInspire.Nenhum
ramo pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira. Vocês
também não podem dar fruto, se não permanecerem em mim.”.
Base de Ministério
Esse propósito foi revelado por Deus através do Grande Mandamento o qual
ensina que amar ao próximo não é uma escolha, mas um dever.
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O objetivo desta base é desenvolver na igreja o coração de servo. Isso significa
que todos devem amar sem parar. Precisamos estar atentos às necessidades das
pessoas identificando onde e como podemos agir para compartilhar o amor de
Deus.
As células exercem um papel fundamental nesse contexto, pois elas devem estar
alinhadas e envolvidas com as dinâmicas dos ministérios, potencia-lizando as
ações e viabilizando a entrega de amor através do seu grupo. Ao amarmos de
forma prática por meio do serviço, nós nos tornamos instrumen-tos de Deus para
que as pessoas sejam tocadas e transformadas por Jesus.
Base de Missões
Todos são chamados para seguir a Jesus e alcançar vidas. Precisamos viver
missões como um estilo de vida, pois não se pode terceirizar a ação de alcançar
pessoas para Cristo. Somos todos chamados por Jesus, conforme Mateus 4.19:
“E disse Jesus: ‘Sigam-me, e eu os farei pescadores de homens’”.
Em seu livro Igreja Brasileira com Propósitos, o Pr. Carlito Paes ensina que:
“AIgrejadevedefiniroalvoevangelísticolevandoemconsideraçãofatores
geográficos,demográficos(faixaetária,estadocivil,rendamédia,ocupação etc.),
culturais e espirituais (...). Afinal os sem Igreja não são todos iguais”.
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Isso significa que não devemos perder a capacidade de nos comunicar com o
mundo. Por isso, é preciso conversar com as pessoas e descobrir suas ideias, seus
anseios e questionamentos. Se não fizermos as perguntas certas, não teremos as
respostas adequadas e isso, certamente, compromete o desenvolvimento de uma
estratégia eficaz.
Em geral, as pessoas não frequentam encontros cristãos, não porque são ateus,
mas muitas vezes porque a mensagem não lhes alcança o coração. É importante
avaliar se sua célula está preparada para receber todo tipo de pessoa. Sua célula
vive missões como estilo de vida? As pessoas sem-igreja conseguem se sentir
acolhidas nos encontros?
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ALCANÇANDO DIFERENTES IDADES
3. Jovens
a. Eleve Livre: solteiros (19 a 29 anos).
b. Eleve UP: solteiros (30+ anos).
c. Eleve A3: recém-casados, namorados e noivos.
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4. Adultos: A3+ casados com filhos e adultos em outras situações (35 a
60 anos).
5. Terceira Idade: Master (61+ anos).
Cada faixa etária pode ainda criar ministérios que atendam a demandas apenas
das pessoas de tal idade, como por exemplo, o Acampamento de Adolescentes
Oxigênio. Deve também partir da Visão e Missão da igreja
para desdobrar a sua visão e missão específicas. Por exemplo, a visão da igreja é alcançar
a ©todosEditoraparaJesus,masInspireoalvodajuventude é alcançar os
jovens dentro desta visão.
O líder de célula precisa estar alinhado com as faixas etárias para que cada pessoa
receba suporte adequado ao crescimento espiritual. Se há jovens numa célula de
adultos, estes devem ser estimulados e encorajados a de-senvolverem
relacionamentos com pessoas da mesma idade em ambientes promovidos pelo
pastor de jovens. O mesmo deve ocorrer com crianças e adolescentes, pois o líder
de célula é chamado para cuidar da família.
Diante disso, onde há uma célula de adultos, estimulamos que tenha também
uma célula para as crianças que receberá o estudo de acordo com a sua
linguagem. Orientamos que a esposa do líder inicie essa célula de
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crianças e depois poderá desafiar um casal da sua célula para assumir essa
responsabilidade, se assim preferir. Todas as células devem ter não apenas a casa,
mas seus corações abertos ao pastoreio dos menores.
MATRIZ 5x5
A relação entre Bases e Faixas Etárias é chamada de Matriz 5x5. Essa estru-tura
alinha as ações ministeriais; aumenta a unidade da equipe estratégica; direciona a
distribuição dos recursos, pois a igreja investe com equilíbrio em cada propósito;
conduz a gestão de todos os ministérios; mede os re-sultados perguntando, por
exemplo, como cada faixa etária está de acordo com cada propósito; define os
programas conforme a equação: público alvo + propósito = programa; orienta o
planejamento; produz excelência nas ações ministeriais; e realiza a supervisão de
cada ministério ligado às Bases. Todos os ministérios da igreja estão ligados a
pelo menos uma Faixa Etária e a uma Base. Veja ilustração a seguir:
Figura 2.1: Matriz 5x5 – destaque para a relação entre Adoração e Adolescentes.
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MISSÕES ADORAÇÃO COMUNHÃO DISCIPULADO MINISTÉRIO
Infantil
Adolescentes
Jovens
Adultos
3ª idade
36
Faixa Etária. A Figura 2.1 ilustra a relação entre a Base de Adoração e a Fai-xa
Etária dos Adolescentes. Enquanto a Base de Adoração define quais são os
sonhos e estratégias do ano para conduzir a igreja para viver adoração como
estilo de vida, a Faixa Etária trabalha para comunicar tal essência aos
adolescentes, neste exemplo.
Assim, entendemos que somos chamados por Deus para ganhar todas as pessoas
para Jesus, e Ele tem nos ensinado muitas coisas nesse caminho. Louvamos ao
Pai por tudo o que Ele tem proporcionado à nossa igreja nes-se tempo e por
poder andar com Ele em Seus maravilhosos planos.
© Editora Inspire
37
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
2. Quais são os elementos básicos na igreja local? Escreva com suas palavras a
relevância desses elementos.
38
BIBLIOGRAFIA
PAES, C.M. Igrejas que prevalecem. 2ª ed. São Paulo: Vida, 2009.
PAES, C.M. Igreja brasileira com propósitos: A explicação que faltava. São
Paulo: Vida, 2012.
WARREN, R. Uma igreja com propósitos. 2ª ed. São Paulo: Vida, 2013.
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LEITURA OBRIGATÓRIA
PAES, C.M. Igreja brasileira com propósitos: A explicação que faltava. São
Paulo: Vida, 2012.
39
3. VISÃO GERAL
DE CÉLULAS
A nossa igreja está sempre alinhada com a direção que o Espírito Santo nos
conduz. Por isso, procuramos desenvolver a visão que Deus entregou aos nossos
pastores líderes, Pr. Carlito e Pra. Leila Paes. Esta visão é bíblica e coerente com
os ensinos de Jesus.
Como Paulo bem ilustrou em sua primeira carta aos coríntios, formamos um
corpo de muitos membros: “Ora, assim como o corpo é uma unidade, em-bora
tenha muitos membros, e todos os membros, mesmo sendo muitos, formam um só
corpo, assim também com respeito a Cristo” 1 Coríntios 12.12. Ou seja, como
Igreja, somos o Corpo de Cristo. Este corpo é um organismo vivo, onde cada
membro tem seu lugar e função.
Assim, todo aquele que nasce de novo é inserido nesta estrutura que foi
criada por Deus para um propósito específico. Ele não deixou um membro do corpo
40
DEFINIÇÃO DE CÉLULA
Também conhecida pela expressão pequeno grupo, o conceito de célula tem sido
explorado e redefinido por muitos autores. No livro Manual do líder de célula,
Ralph Neighbour Jr. define um pequeno grupo como um “lugar em que pessoas
são evangelizadas, discipuladas, equipadas para ser-vir; é o lugar em que os
membros se edificam mutuamente. O grupo serve como comunidade em que
cristãos podem prestar contas e manter total transparência entre si”
(NEIGHBOUR JR, 2006).
Joel Comiskey, o define como “um grupo de três a quinze pessoas que se en-
contram semanalmente fora dos prédios da igreja com o propósito de evan-
gelismo, comunhão e discipulado, com o alvo da multiplicação do grupo”
(COMISKEY, 2008). Já Paulo Mizoguchi a considera “uma ação estratégica que
nosso Deus planejou para que a eficiência no cuidado mútuo, na integra-ção e na
comunhão fosse algo real em cada membro” (MIZOGUCHI, 2012). Para ele, a
célula “é uma das ferramentas mais eficazes de terapia informal pessoal, conjugal
e familiar dentro da igreja local” (MIZOGUCHI, 2012).
Assim, cremos que a célula é um grupo de alguns membros da igreja, juntamente com
seus © convidadosEditora.AprincipalInspireaçãodeste grupo é a reunião
regular semanal em uma casa, para evangelizar, estudar a Bíblia, aprofun-dar o
relacionamento com Deus e uns com os outros, além de facilitar o crescimento
em maturidade cristã de cada discípulo de Jesus. Essa reunião conduzirá as
pessoas a viverem saudavelmente os propósitos de Deus ex-postos em Sua
Palavra no Grande Mandamento e na Grande Comissão.
Razões para termos células em nossa igreja:
41
FUNDAMENTAÇÃO BÍBLICA PARA CÉLULAS
A visão das células é bíblica, e é por isso que temos na Palavra de Deus o
respaldo para tudo o que fazemos neste sentido. Traçando uma visão pano-râmica
na Bíblia, podemos perceber aspectos dos grandes e dos pequenos ajuntamentos,
tanto no Antigo quanto no Novo Testamento.
Foi dentro de algumas casas que o Senhor proferiu alguns dos seus mais
preciosos ensinos e, foi quase sempre dentro de uma casa que Ele falou aos Seus
discípulos os mistérios do Reino dos Céus. Naquele dia em que Jesus curou um
paralítico em Cafarnaum havia muitas pessoas dentro da casa, ali se ouviu:
“Filho, os seus pecados estão perdoados” (Marcos 2.1-12).
42
Na casa de Mateus, o Senhor conversou com pecadores e explicou que não tinha
vindo chamar justos, mas pecadores ao arrependimento (Marcos 2.13-17). Ao
ressuscitar a filha de Jairo, Ele o fez na intimidade da casa. Além disso, foi na
casa de Simão, o leproso, que o Senhor predisse a sua morte (Mateus 26.6-13).
Durante os três primeiros séculos, a igreja não tinha templos. Foi nesse período
que ela experimentou o maior crescimento de sua história. Basi-camente, os
crentes se reuniam nos lares e usavam lugares neutros como sinagogas e
anfiteatros apenas para evangelizar (Atos 2.46).
Quando Pedro encontrou Cornélio com a sua família e amigos, houve ali
um fluir natural e espontâneo na forma como eles foram trazidos para o Reino de
43
coríntios, Paulo menciona a igreja que se reúne na casa de Áquila e Priscila (1
Coríntios 16.19). A respeito deste casal é importante dizer que eles inicial-mente
moravam em Roma, onde tinham uma igreja em sua casa. Por causa de um
decreto do imperador romano, todos os judeus foram expulsos de Roma e eles
foram morar em Éfeso onde mais uma vez tiveram uma igreja em sua casa.
Depois se mudaram para Corinto e a história mais uma vez se repetiu. A vida
deles nos mostra que esse era o padrão da Igreja Primitiva: a igreja ia com as
pessoas. O próprio Paulo usou a sua casa como um centro ministerial próximo ao
final de sua vida. Em sua casa alugada ele recebia a todos e ensinava todos os
dias. A igreja nas casas não era uma reunião temporária, mas uma prática normal
da Igreja.
Como vimos na seção anterior, as células faziam parte do padrão bíblico para os
encontros entre os crentes viverem as mutualidades cristãs. A Igreja Primi-tiva
viveu essa realidade e difundiu assim o evangelho com muita assertivida-
de. Quando olhamos para a História da Igreja, notamos que a igreja nas casas foi desde o
44
As células têm sido praticadas em toda a História da Igreja. Um importante
personagem da história da igreja foi João Wesley. Ele criou os chamados clubes
de san idade. Estes se tornaram a base para o movimento metodista. Wesley
trabalhou aproximadamente por 30 anos. Quando ele morreu havia mais de 27
mil metodistas. Passados 70 anos, um em cada trinta ingleses era metodista.
As igrejas que mais crescem hoje no mundo são as igrejas que consideram as
células em sua organização. Isso acontece pela ação poderosa do Espí-rito Santo,
que está restaurando a noiva de Cristo, para ter a glória do pri-meiro século. A
maior delas, a Igreja do Evangelho Pleno de Yodo, em Seul, na Coréia, foi a
pioneira a aplicar as células em sua estrutura integral da igreja. Em 2010 tinha
700 mil pessoas frequentando células. A igreja Elim em El Salvador possui mais
de 150 mil membros e mais de 8 mil células. É hoje uma das igrejas com células
mais influentes no mundo.
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7 mil membros. Esta expansão se deu através do cuidado intencional das células
(HUBER, 2011).
Finalmente, nossa igreja também pode ser considerada neste histórico. Fundada
em 1942, a Primeira Igreja Batista em São José dos Campos-SP está organizada
como uma igreja com propósitos e é liderada pelo pastor Carlito Paes. Ele faz
parte da liderança da igreja desde 1997. Possuindo um campus de 203 mil m2, a
igreja está em franca expansão se reunindo em um ambiente para 2,5 mil pessoas
sentadas. Atualmente, a igreja está construindo o audi-tório principal para 6,5 mil
lugares e recebe semanalmente cerca de 10 mil pessoas nas celebrações de fim de
semana. Ela possui mais de 100 ministérios oferecendo diversas oportunidades de
serviço, além de mais de 700 células.
45
1. Encontro regular: a célula deve ter um local fixo para o encontro,
registrado na igreja em sistema específico.
2. Encontro intencional: todos os encontros devem ser planejados e
direcionados. A Igreja fornece o estudo e ele não deve ser alterado. No dia
do encontro da célula, o líder deve estar em oração preparando o ambiente
para receber as pessoas.
3. Foco no relacionamento através do discipulado: o número de partici-
pantes regulares em uma célula pode variar de 3 e 10 pessoas, permitindo um
relacionamento interpessoal mais íntimo entre os participantes.
5. Cuidado mútuo: cada pessoa orando uma pela outra, visitando, enco-
rajando, conduzindo em todas as ferramentas de crescimento da igreja.
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6. Valor à honra: lugar onde a liderança espiritual é reconhecida e
honrada. Todos nós somos ovelhas dos nossos pastores Carlito e Leila.
7. Lugar de edificação em Cristo: as pessoas devem ser cada vez mais
parecidas com Cristo, conforme 1 Coríntios 11.1.
46
visando a expansão do Reino de Deus “até os confins da terra” através das
estratégias que o líder apresentar debaixo da orientação da igreja.
3. Qualidade de apoio: é importante criar um ambiente onde os mem-bros
da célula apoiem-se e cresçam, edificando-se mutuamente em Cristo.
4. União: cada participante deve buscar ser sensível às necessidades,
sentimentos, vida e situações uns dos outros, dentro de um espírito de união
e participação recíproca.
5. Envolvimento: os membros da célula devem dispor seus recursos
pessoais (tempo, atenção, ideias, bem como recursos materiais) para
servirem uns aos outros.
6. Núcleo de amor: a célula deve desenvolver o amor verdadeiro entre
os membros.
47
ESTRUTURA DE CÉLULA NA PIB
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se repete em toda a estrutura, conforme Figura 3.2.
Os líderes de célula têm em sua célula uma média de até 10 pessoas. En-tretanto,
seus discípulos diretos serão entre 3 e 4 pessoas, formando o seu GDP. Se a célula
é de casais, a esposa do líder cuida da esposa dos discípu-los do seu esposo. Esses
discípulos cuidam das demais pessoas que estão na célula, promovendo assim
cuidado para todos. Os discípulos recém-chega-dos e que ainda não possuem
discípulos iniciam seu GDP como um Grupo de Amigos, ou GA. Este é um grupo
com foco inicial no evangelismo, mas que logo se transformará num GDP,
multiplicando a visão. O discipulado, o GDP e o GA na rede Infanto-Juvenil e nas
células de adolescentes têm uma dinâmica diferente que será abordada na
disciplina quatro logo a seguir.
48
Figura 3.1: Organização da Rede de Células na PIB.
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49
Figura 3.3: Organização do discipulado na coordenação.
© Editora Inspire
50
Nas células, um princípio importante é o da homogeneidade. Elas precisam ter
sempre um perfil majoritário. Por exemplo: células de casais, mulheres, homens
ou de jovens. Uma célula de mulheres só poderá acolher mulheres e uma célula de
homens, acolherá apenas homens.
Entretanto, uma célula de casais pode acolher inicialmente um jovem, mas com a
missão de integrá-lo em uma célula da sua faixa etária, para que ele desenvolva
relacionamentos com pessoas de sua idade e possa usufruir de tudo que a sua rede
oferece, sempre usando o bom senso. Mesmo numa célula de juventude que seja
mista, por exemplo, o discipulado só pode acontecer de homem para homem e de
mulher para mulher.
51
ajudar e esclarecer bem nossas ovelhas; pastoreia os membros de sua célula;
recolhe os alimentos para doação e ajuda aos necessitados; rea-liza o
discipulado com três dos membros de sua célula orientando-os no discipulado
dos demais.
52
CÉLULAS E ESTAÇÕES
Cremos que os tempos de Deus são essenciais para a plenitude da igreja, pois
somos um corpo, um organismo vivo e Deus tem um propósito para nós em cada
estação. As estações, além de trazer essa cultura da vida orgânica natural, também
nos remetem de maneira didática à vivência dos cinco propósitos. Por isso somos
uma igreja com propósitos cujo pastoreio é realizado através das células.
Deus tem nos dado, a cada ano, novos sonhos para que possamos crescer sau-
davelmente, desfrutando da satisfação em Jesus sem parar em cada estação!
Queremos estimular cada líder para, junto com sua célula, viver este grande
momento com muita alegria e disposição para ver o crescimento exponen-cial de pessoas
transformadas ©EditoraporJesusInspire.Oresultadodisso será a abertura
de lares para novas células, um número cada vez maior de pessoas sendo
cuidadas e a capacitação contínua de líderes sempre em ampliação.
Com isso, as estações são ênfases trimestrais com o objetivo de alcançar maior
desempenho das ações em célula. A integração, comunhão e cres-cimento
espiritual acontecem de forma eficaz no ambiente das células, através dos
relacionamentos desenvolvidos. Essas ênfases gerarão um pro-cesso natural de
cultivo, cuidado, crescimento e colheita. Vamos semear e arar a terra (missões),
proteger e cuidar (serviço), fazer crescer e frutificar (discipulado) e colher os
frutos celebrando a multiplicação (adoração) em um ambiente saudável de
intensa comunhão e mutualidade o ano todo (comunhão). Além disso, tais
estações visam também estabelecer uma comunicação clara e motivadora que
impulsione a todos à integração em célula, pois a expansão da igreja, o alcance
de sua visão e o equilíbrio nos propósitos de Deus dependem e são
potencializados pelas células.
53
A seguir apresentamos um resumo de cada estação:
Estação do CULTIVO
• PROPÓSITO: missões.
Estação do CUIDADO
• PROPÓSITO: ministério.
• OBJETIVO: cuidar/consolidar/integrar as pessoas que foram alcan-
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çadas para Jesus. São três meses intensos focados no cuidado e início da
formação espiritual dos novos decididos. A igreja se mobiliza para servir e
suprir as necessidades da comunidade também.
Estação do CRESCIMENTO
• PROPÓSITO: discipulado.
54
Estação da COLHEITA
• PROPÓSITO: adoração.
A célula tem como principal atividade o encontro semanal das pessoas. Este encontro
deve ter no máximo a duração de 1 hora e 30 minutos. O próprio estudo de célula traz
orientações a este respeito. Esta estrutura não pode ser modificada, pois ela foi
pensada para que todos tenham o mesmo ambiente que
A reunião da célula não deve ser cansativa, sendo flexível, podendo termi-nar em
no máximo 10 minutos após o tempo estipulado. A abertura deve ser sempre no
horário. O líder deve gerar esse ambiente em oração. Nos minutos que antecedem
a chegada dos membros da célula, orientamos que o líder não ligue sua TV, mas
que prepare a casa para o encontro com uma música ambiente, por exemplo, já
arrumando as cadeiras e a mesa onde serão servidos os lanches do encontro, logo
no início.
55
O lanche precisa ser simples e compartilhado, para não sobrecarregar o líder, nem
o hospedeiro. Além disso, os participantes não se sentirão obriga-dos a
oferecerem lanches muito elaborados ao se tornarem líderes. Esse tem-po de
oração agradecendo pela presença, alimento e comunhão acontece no início da
reunião. Isso facilita para quem vai ao encontro direto do trabalho. Aproveite
também este início para dar avisos e dicas dos eventos da igreja.
Em seguida começa o momento do estudo. Durante este tempo, você pode deixar
petiscos disponíveis para as pessoas opcionalmente. O estudo deve durar no
máximo 20 minutos. É uma explanação simples, direta e voltada para a prática
cristã. Nesse momento, os participantes podem anotar suas dúvidas para o
momento de interação realizado ao final do estudo. O mate-rial para estudo que é
fornecido pela igreja nunca pode ser substituído por outro. Este material é
abordado nas reuniões do TPL, onde há a ministra-ção do estudo para que os
líderes o recebam com antecedência.
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correta exposta no estudo.
56
Estamos aqui porque desejamos alcançar todos para Jesus! Somos uma igreja que
tem clareza do seu chamado e vamos cumpri-lo até que Jesus volte. Tenha
consciência de que quem o chamou foi o próprio Deus. Por-tanto, submeta-se com
alegria a todos os processos para os quais o Senhor o direcionar. Deixe seu
coração sempre focado na abundância, já neste iní-cio de caminhada, pois por
vezes, tudo pode logo dar certo, ou talvez haja dificuldades no caminho.
Tranquilize-se! Estamos todos em um processo contínuo de aprendizado. Peça
ajuda ao seu coordenador, seu discipulador, supervisor e pastor de rede. Deus e a
sua igreja desejam que você alcance muitos discípulos para o Reino cumprindo a
Grande Comissão:
“Portantoide,fazeidiscípulosdetodasasnações,batizando-osemnome do Pai,
e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que
eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a
consumação dos séculos. Amém” Mateus 28.19-20.
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
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BIBLIOGRAFIA
© Editora Inspire
LEITURA OBRIGATÓRIA
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4. CÉLULA INFANTIL,
JUNIOR E ADOLESCENTE
Qual desses grupos de palavras você acha que estão mais associadas com as
características de Jesus?
GRUPO 1: cólera, ira, irritação, ódio, enfado, impaciência, repulsa e revolta.
“AlgunstraziamcriançasaJesusparaqueeletocassenelas,masosdiscí-
pulososrepreendiam.QuandoJesusviuisso,ficouindignadoelhesdisse:
‘Deixem vir a mim as crianças, não as impeçam; pois o Reino de Deus
pertenceaosquesãosemelhantesaelas.Digo-lhesaverdade:Quemnão receber
o Reino de Deus como uma criança, nunca entrará nele’. Em se-
guida,tomouascriançasnosbraços,impôs-lhesasmãoseasabençoou”.
60
Infelizmente, mesmo depois de 2 mil anos, muitos discípulos de Jesus insis-tem
em cometer o mesmo erro, impedindo crianças e adolescentes de serem
abençoados pelo Mestre! Isso acontece quando um adulto: não dá o exemplo,
criticando os líderes e a igreja, ou seja, com insubmissão, deslealdade e mur-
muração; vive uma vida superficial e religiosa, sendo uma coisa na igreja e outra
em casa, sem considerar que as palavras convencem, mas o exemplo arrasta;
considera as crianças e os adolescentes como uma categoria menor de crente sem
lembrar que Jesus pôs Suas mãos sobre as crianças e disse que elas possuem
características típicas de um cidadão do Reino dos Céus; considera os ministérios
de crianças ou de adolescentes, ministérios de baixo escalão ao reter os líderes em
potencial, considerando que tais ministérios seja perda de tempo ou uma atividade
muito insignificante para si; e coloca seu conforto, interesse e bens materiais na
frente das crianças e dos adoles-centes, ao se recusar a cuidar deles por serem os
“baderneiros”.
QUEM É A CRIANÇA?
É notável o fato de que Deus sempre se preocupou com o ensino das crianças.
Isso é perceptível na História de Israel. Infelizmente, é perceptível também o fato
de que o povo negligenciou essa função e, por causa disso, contemplamos com
horror um povo tão dedicado a Deus ter se corrompido na geração seguinte e
padecer na época dos juízes.
61
Deus havia instruído Seu povo a orientar desde cedo seus filhos e o salmis-ta
relembra esse importante ensino:
É triste ver um profeta tão ungido, como o profeta Samuel, ser sucedido por filhos
tão displicentes. Ou, ver o grande e humilde rei Davi, sofrer pela disputa de poder
com seu filho Absalão; ver o sábio rei Salomão ser sucedido pelo filho, o tolo
Roboão; ou ainda, ver o rei Ezequias, tão temente a Deus, ser sucedido pelo filho
Manassés, o pior rei que Judá já teve.
©
Mesmo com o passar dos tempos, Editora Inspire
muitascoisas nãomudaram
com rela-ção a essa ruptura entre gerações. Muitas igrejas estão sendo vendidas
na Europa, para se transformarem em hotéis, bares ou cabarés! Isso está
acontecendo, pois uma geração inteira foi perdida e, de alguma forma, seus pais
não fizeram o que o Salmo 78 orienta, indignando o Mestre e desprezando as
crianças!
62
Elas são a igreja de hoje
Entretanto, é um grande erro achar que nossas crianças são apenas a igreja do
amanhã; que poderão fazer grandes coisas no futuro, mas, agora, tudo que podem
fazer é se preparar! Ao contrário, o texto de Atos 2.17-21 nos mostra que o único
requisito para um ser humano fazer coisas grandes, não é a idade, o gênero ou seu
status social, mas se ele possui o Espírito Santo de Deus! Veja:
“Nos últimos dias, diz Deus, derramarei do meu Espírito sobre todos os
povos. Os seus filhos e as suas filhas profetizarão, os jovens terão visões,
os velhos terão sonhos. Sobre os meus servos e as minhas servas
derramarei do meu Espírito naqueles dias, e eles profetizarão. Mostrarei
maravilhas em cima no céu e sinais em baixo, na terra, sangue, fogo e
nuvens de fumaça. O sol se tornará em trevas e a lua em sangue, antes que
venha o grande e glorioso dia do Senhor. E todo aquele que invocar o
nome do Senhor será salvo!” Atos 2.17-21.
Repare que o texto faz uma aparente inversão: “Os filhos e as filhas profe-
izarão!” Parece-nos ©queEditoraseriamaiscoerenteInspirequeoautor bíblico
dissesse que os velhos profetizariam, afinal, para muitos, profetizar é algo para
pessoas maduras na fé!
O autor também diz: “os velhos terão sonhos!”. Parece-nos, contudo, que seria
mais coerente dizer que os jovens é quem sonhariam! Afinal, quem melhor para
sonhar do que os jovens, que têm a vida inteira pela frente? Mas o autor diz que
os filhos e as filhas é que profetizariam e os velhos é que teriam sonhos! Assim,
cremos que o Espírito Santo não age de acordo com a idade, ele simplesmente
age!
As crianças não são apenas a igreja do amanhã! Elas são a igreja de hoje! Elas
podem falar em línguas estranhas, curar enfermos, expulsar demônios e operar
grandes sinais e maravilhas através de sua oração!
Aliás, é esse tipo de fruto que temos colhido no ministério infantil de nossa igreja.
Um exemplo é o caso do Vinícius, o menino de 7 anos que doou todo o seu
dinheiro para a construção do novo templo; ou a juniora que orou pelo primo
morto no ventre de sua tia e no nome de Jesus fez a criança ressuscitar. E isso é
só o começo!
63
Para que uma criança se desenvolva espiritualmente, basta que os adul-tos saiam
da frente dela! Buscar a Jesus e deleitar-se com sua presença é algo muito natural
para uma criança, mas nós adultos as impedimos com nossos preconceitos, da
mesma forma que os discípulos fizeram, trazen-do indignação a Jesus!
A criança possui uma fé muito mais apurada que a de um adulto! Não é à toa que
80% das pessoas que se decidem por Cristo, fazem isso antes dos 15 anos de
idade! O problema é que o reino das trevas sabe muito bem como atuar para
impedir que as crianças cheguem até Jesus e nós não cuidamos delas como
deveríamos.
QUEM É O ADOLESCENTE?
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A adolescência é um momento de vida muito complexo para todos os seres
humanos. Em geral, são marcados pelas mudanças frequentes, intensas
e necessárias desse período da vida. As evidentes alterações físicas têm efeitos
psicológicos marcantes, e vice-versa. Além disso, as certezas são tão absolutas
como as de um ancião, quanto passageiras como as de um bebê.
Mesmo tendo tamanho e buscando ser tratado como adulto, o adolescen-te ainda
é uma pessoa que carece de supervisão de perto, do qual ainda
64
não se podem esperar comportamentos adultos e tomada de decisão como se
fosse adulto. Ele ainda precisa ser guiado, e ainda precisa de receber provisão
farta para o seu “tanque emocional”, bem como limites para continuar
crescendo rumo a ser um adulto seguro.
Se você tem um adolescente na sua família, certamente sabe que ele tem uma
característica admirável. Eles costumam ser impressionantes! As
pessoas que têm uma expectativa limitada a respeito deles, normalmente são
surpreendidas ©comEditoradesempenhos Inspireacimadamédia em compreensão e
aptidão. Veja a reação dos doutores que conversavam com Jesus, confor-me o
texto de Lucas 2.47: “Todos os que o ouviam ficavam maravilhados com o seu
entendimento e com as suas respostas”.
b. Ensino Cria ivo: o lúdico é uma parte muito importante para o desen-
volvimento de uma criança! Não devemos extirpar a imaginação delas, mas
saber utilizá-la com prudência para que o ensino encontre grande força de
impacto em sua vida! É necessário que o líder de célula surpreen-
66
da a criança a cada encontro; dando vida aos mais loucos sonhos de uma
criança, de uma forma que glorifique a Jesus. No caso dos adolescentes não é
muito diferente, mas há a necessidade de encontrar uma identidade para o
grupo. Isso exige criatividade, pois eles são muito relacionais.
c. Ensino Relevante: o líder precisa falar uma linguagem que seus dis-cípulos
entendam. Uma linguagem conforme a idade de cada um! É por isso que as
células se beneficiam de: divisão etária, de 4 a 8 anos (Kids), de 9 a 12 anos
(Juniores) e de 13 a 18 anos (Adolescentes); e dos gêneros separados
(meninos e meninas) para juniores e adolescentes. No que diz respeito aos
adolescentes, o ambiente da célula é perfeito para respon-der aos
questionamentos básicos e complexos, que normalmente são feitos
simultaneamente. É muito importante ouvi-lo.
2. Líderes que sejam sensíveis aos con litos da criança e do adolescente:
precisamos de pessoas que tenham a ótica da criança ou do adolescente, ou pelo
menos, que estejam dispostos a desenvolvê-la. Precisamos de homens e mulheres
que: saibam se divertir com o desenho que elas assistem e ex-trair deles
importantes lições espirituais; saibam brincar de bola, videoga-
me e em cada momento aproveitar os conflitos para discipulá-los; saibam
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aconselhar indicações de jogos, filmes e livros, com a devida fundamenta-ção de
sua indicação, principalmente no caso dos adolescentes; entendam o peso
emocional que uma rejeição tem sobre a vida de uma criança, mes-mo as mais
simples, como a de ficar de fora de uma brincadeira; saibam identificar um
coração ferido por trás de cada mau comportamento.
1. Quem está falando isso? Foi Jesus quem disse “apascenta os meus cor-
deiros”! Antes de qualquer coisa, precisamos lembrar que os cordeiros são de
Jesus! Não são nossos!
67
2. Quem são os cordeiros? São os filhotes das ovelhas. Jesus está fazendo
uma referência clara aos mais novos na fé, pois na sequência do versículo ele
fala sobre as ovelhas, fazendo uma distinção entre cordeiros e ovelhas! É sobre
nossos pequenos que ele está falando!
3. Para quem Jesus está falando isso? Para Pedro! Ele exercia uma função de
liderança sobre os demais apóstolos, juntamente com Tiago e João (Gálatas 2.9).
É notável que Jesus tenha deixado essa responsabilidade com Pedro e não com
Maria Madalena ou um discípulo menos influente. Ou seja, grande é a nossa
função que cuidamos dos pequenos.
4. Em que ocasião Jesus está dizendo isso? No momento de cura e recon-
ciliação de Pedro. Após ter negado Jesus três vezes, Pedro teve que declarar três
vezes o seu amor por Cristo. É de se esperar que Jesus respondesse à sua
declaração com um caloroso abraço e um emocionante “eu também te amo!”
Mas, ao invés disso, limitou-se a declarar seu amor com a frase “cuide dos meus
cordeiros!” Jesus estava dando uma nova oportunidade para Pedro, confiando a
ele o que Jesus tinha de mais precioso: os Seus cordeiros, comprados pelo Seu
próprio sangue!
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PERFIL DAS CÉLULAS
Células infan is
Células de juniores
68
Células de adolescentes
Células de adolescentes
PERGUNTAS FREQUENTES
1. Minha célula tem crianças menores de 4 anos. Elas podem par icipar da
célula infan il? Não, a célula infantil é de 4 a 8 anos, pois o nosso com-
promisso é discipular as crianças e não entretê-las. Uma criança abaixo dessa
idade não compreenderá o que está sendo ministrado e ainda pode
69
prejudicar o ensino das outras. É necessário que as células com crianças
menores se organize para desenvolver um trabalho de cuidado com essas
crianças. Nossos líderes da rede infantil não estão autorizados a receber
crianças abaixo de 4 anos.
2. Minha célula tem crianças maiores de 8 anos. Elas podem par ici-par da
célula infan il? Não. Contudo, os juniores são muito habilidosos e podem ser de
grande ajuda ao líder no desenvolvimento da célula. Isso não exime o junior de
participar de uma célula de juniores, sendo isso um requisito para ele servir. Ou
seja, ele pode ajudar na célula infantil desde que esteja frequentando em outro
horário uma célula de juniores.
3. Sou esposa do líder de minha célula, mas não tenho habilidade com
crianças, posso terceirizar essa missão? Você pode levantar alguém para
assumir o compromisso de ministrar na célula infantil, mas isso não exime você
de sua responsabilidade que é garantir que a célula infantil aconteça. Assim, em
caso de saída da outra pessoa, a esposa do líder precisa assumir até providenciar
outra pessoa.
4. Tenho um lar hospedeiro e muitos juniores ou adolescentes. Só preci-so de um líder
70
8. Qual é a idade máxima permi ida para se trabalhar com células infan is?
200 anos! Na verdade a terceira idade é muito bem acolhida pelas crianças e
juniores, basta que tenha disposição e esteja sintonizada com os conflitos dessa
geração para aconselhá-los de forma eficaz.
9. Por que uma criança ou um junior não pode assumir uma célula? Não se
trata de capacidade, mas de uma responsabilidade jurídica. É preciso ter alguém
maior de idade que possa assumir a responsabilidade pela célula.
Mas nada impede que, mediante a supervisão de um líder adulto, a criança ou o
junior ministre o estudo em um determinado dia.
As crianças e os adolescentes são por demais preciosos para Jesus e para nós!
Assim, louvamos a Deus pelos líderes que se levantam para pastorear os
pequeninos e o faz com compromisso profundo. Todas as nossas células
precisam ter a preocupação de levantar lideres para as células infantis, de
juniores e de adolescentes. É preciso apoiá-los a fim de que cumpram seu
chamado sem jamais desistir.
© Editora Inspire
71
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
2. Quem é a criança?
3. Quem é o adolescente?
© Editora Inspire
72
BIBLIOGRAFIA
PAES, C.M. Família para sempre. São José dos Campos: Inspire, 2013.
WEBGRAFIA
© Editora Inspire
73
5. PROCESSO DE
DISCIPULADO NA PIB
EM SJCAMPOS
© Editora
nossa compreensão sobre a criaçãoédirigidaInspire pelafé.Sem fé não
podemos ter uma compreensão adequada de Deus e é pela fé que entendemos que a
criação foi um ato da vontade livre de Deus: não houve pressões externas nem
necessidades internas ou carências que o impulsionaram a criar.
Deus nos fez à Sua imagem, que nos é então intrínseca. Ou seja, só há
humanidade com essa imagem e isso permite um relacionamento pessoal e
consciente com Deus. Desta forma, podemos afirmar que o ser humano é uma
criatura criativa, não oriunda de um processo evolutivo. A existência humana só
foi possível pela vontade e pela intenção divinas.
74
tiva de vida completamente independente de Deus. Compreendemos este ponto
como o nível do descompromisso para com Deus, seja consciente ou
inconsciente. Com isso, passando por alguns estados gradativos e inter-mediários
de compromisso, o objetivo do discipulado é que os discípulos restaurem sua
intimidade com Deus através de Sua revelação por meio de Cristo, num nível de
profundo compromisso com ele.
75
Assim, o objetivo do discipulado é que ele aperfeiçoe a todos em sua inte-
gralidade formando o caráter do discípulo; desenvolvendo uma espiritua-lidade
cristocêntrica que privilegia o servir; dando conhecimento bíblico e teológico
essencial; e moldando a liderança através da prática. É ajudar as pessoas a se
tornarem parecidos com Jesus levando-as a desenvolverem um estilo de vida ao
mesmo tempo dinâmico e dependente de Deus, tendo como produto final pessoas
criativas e satisfeitas ao se relacionar com Deus e depender Dele como fonte de
vida. Tal discipulado deve acontecer em três eixos de formação espiritual:
pessoal, através de Cristo agindo na pessoa e gerando experiências espirituais no
desenvolvimento de um ca-ráter elevado; educacional, através do ensino de
conteúdos relevantes à fé cristã; e relacional, através da interação e do
relacionamento com outras pessoas para a edificação mútua e capacitação ao
exercício do ministério.
Eixo pessoal
76
4. Agregador: entende a importância da equipe e paga o preço pelo traba-lho
em conjunto, percebendo que em equipe se vai mais longe.
5. Consciente de suas fraquezas espirituais: tem claro para si qual é a sua
maior luta.
6. Disponível para uma causa: luta por algo maior que ele mesmo.
Eixo educacional
© Editora Inspire
Ao decidir ser discípulo de Jesus, a pessoa traz consigo uma história de vida.
Algumas pessoas tiveram um envolvimento com a religiosidade, com pecados
escravizadores ou até com demônios. Outras se envolveram ilici-tamente com
outras pessoas através da sexualidade promíscua, alianças comerciais ilegais,
conchavos políticos etc. Além disso, há aquelas pessoas que tiveram um ensino
antibíblico ou anticristão.
77
pode ser confrontado e ter um espaço para expor suas lutas e seu dia a dia. Além
disso, é possível fazer uso dos Grupos de Discipulado Pessoal (GDP 1), que abrem
espaço para o discipulado um a um, para o ensino--aprendizagem num nível mais
pessoal e para a confrontação e prestação de contas. O discipulado um a um é
uma ferramenta muito eficiente, pois fomenta essa formação no individual e abre
espaço para o desenvolvi-mento de uma espiritualidade autêntica.
© Editora Inspire
de acordo com sua relevância e importância.
Além do estudo bíblico, a formação teológica sólida deve fazer parte dessa
formação de discípulos abordando a História da Igreja; as técnicas de inter-
pretação da bíblia; as diferentes teologias, e o treinamento para a reflexão
teológica e a prática do ministério.
Eixo relacional
79
DISCÍPULOS E DISCIPULADORES
5. Participa ativamente das celebrações da igreja, pelo menos uma por se-mana,
ouvindo de Deus e, também, retribuindo seu amor com entrega e devoção.
10. Busca conhecer seu discipulador, ouvi-lo e compreender o que Deus está
dizendo por meio da vida dele.
11. Pergunta sempre que tem dúvidas sobre a fé ou sobre algum assunto
relacionado à igreja e à vida com Jesus.
13. Procura prestar contas de seu viver, buscando ajuda para ouvir a voz de
Deus, entender Sua vontade e cumpri-la.
80
14. Caso encontre em seu discipulador alguma discordância de conduta ou
orientação com o que está na Palavra de Deus, busca falar com o
supervisor ou coordenador dele e, se não for possível, com um dos
pastores da igreja.
15. Busca ser fiel mordomo das finanças, sendo fiel dizimista e generoso
ofertante na casa de Deus.
11. Está disponível para orientar e apontar para Jesus no que diz respeito ao
viver de seu discípulo, mas não o controla, não abusa de sua
81
autoridade, muito menos ordena ou exige. O discipulador explica, ensina
e aponta para Jesus.
12. Está atento para não causar aparência do mal em nenhuma situação, nem
um mau testemunho público.
13. Ouve a Deus com extremo zelo e perseverança, a fim de orientar sem-pre
de acordo com o que Deus diz e não de acordo com seu próprio
entendimento.
16. Está sempre pronto para servir, com “sua toalha e sua bacia”.
18. Está sempre atento a ter sua vida financeira em dia diante de Deus e
da sociedade.
© Editora Inspire
Princípios do GDP
82
1. Cobertura espiritual: a proteção acontece física, emocional e espiritu-
almente. Um discipulador precisa prezar por seu discípulo, antevendo
situações perigosas e cercando-o de cuidado e proteção.
2. Encorajamento: precisa haver, da parte do discipulador, esforço para ajudar
o discípulo a manter o curso e viver tudo o que Jesus ensina nas diferentes
atividades que envolvem o discípulo sejam em ambientes relacionais,
profissionais ou ministeriais.
3. Prestação de contas: entendendo que, como o discípulo terá um nível alto
de cuidado, acompanhamento e suporte, este precisará ser o mais sincero e
transparente possível, a ponto de confessar seus pecados e pedir ajuda nas
tentações, para evitar recaídas.
4. Ministério: um discipulador sempre precisa ter em mente que ele serve a seu
discípulo. Ele precisa assim proteger seu coração dos abusos de liderança e
evitar que o discípulo tenha obrigação de prestar um serviço além do que o
Espírito Santo direcionar. Assim, o discipulador também dá ao discípulo o
exemplo de como proceder com seus futuros discípulos.
© Editora Inspire
ESTADOS DE COMPROMISSO COM DEUS
83
© Editora Inspire
84
Assim, nosso papel como igreja é ajudar as pessoas a se relacionarem com Deus
num nível profundo de intimidade com Ele. Em nossa percepção bí-blica, esse
processo pode ser organizado em cinco estados de compromisso. Veja a seguir (as
ferramentas oferecidas pelo Circuito Vida em cada estado serão apresentadas no
Capítulo 6).
Este círculo refere-se a todas as pessoas que, embora estejam em nossa ci-dade e
circunvizinhança, não estão em uma igreja, nem tomaram nenhum
posicionamento espiritual positivo a respeito do Deus que cremos descrito na
Bíblia. Mesmo assim, elas já são alvo de nossas orações e estratégias
evangelísticas.
Por causa da presença de Deus e de Seu povo é possível que tais pessoas
venham a começar um compromisso, que nasce no conhecimento e no
relacionamento com Deus. Assim, um encontro com Deus acontece e elas vão
se deparar com um Deus de amor que se importa com elas. Sua visão
de mundo muda e elas passam para uma realidade espiritual de vida e de
Este nível é formado por pessoas que tomaram a decisão por Cristo, foram
impactadas pelo convencimento do Espírito Santo e passaram a ser chama-
85
das de filhos de Deus. Entretanto, tais pessoas ainda não têm um compro-misso
com a igreja local. Elas recebem a essência da família de Cristo, mas apenas
frequentam as celebrações ou as células. Em geral, participam na adoração, nos
louvores e nas intercessões. Estão interessadas pela paz e pela alegria que
experimentamos nos ambientes de celebração. Também percebem a igreja como
um novo lugar para se estar e a cada dia vão se vendo mais apaixonadas por ela,
embora ainda apresente resistências e ressalvas para com um maior
envolvimento.
Caracterís icas deste estado:
2. Obje ivo: revelar a importância em ser Igreja de Cristo e como ela é rele-
vante para cada pessoa.
3. Estratégia: trabalhar para que esta pessoa perceba na igreja um ambien-te
de cuidado. Para que um convívio passe a acontecer a fim de que ela cresça
e se fortaleça, precisamos considerar os interesses e as necessida-des, a fim
de que a pessoa seja levada a ligar-se à igreja local. O propósito mais
evidente neste estado é o de Adoração.
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Terceiro Estado de Compromisso com Deus: RELACIONAMENTO
Este estágio abrange as pessoas que decidiram ou estão por decidir a se tornar
membros da igreja local. Tais pessoas entenderam que esta é a igreja que Deus
tem para elas, se adequaram à visão, ao estilo e ao jeito de ser da igreja, mas ainda
não firmaram um compromisso maior de estar em célula ou servir em algum
ministério.
Caracterís icas deste estado:
2. Obje ivo: trazer para o coração desta pessoa que, uma vez que ela faz parte
desta família espiritual, é necessário que ela se permita ser cuidada. Além
disso, é importante ressaltar a importância dela quanto a servir e a atuar com
seus dons e talentos na edificação do corpo de Cristo.
86
3. Estratégia: instruir a pessoa a desenvolver seu papel dentro da igreja e
tomar uma decisão de começar a crescer e ser cuidada. O propósito mais
evidente neste estado é o de Comunhão.
Neste círculo temos pessoas que acabaram por decidir tanto estar em célu-las,
quanto servir em ministérios. Saíram das “arquibancadas” e decidiram “jogar”.
Seu compromisso agora está totalmente alinhado com a visão
da igreja local e passam do estágio de membro para discípulo. Há uma
demonstração do desejo e do chamado para cuidar de outros, podendo se tornar
um líder de ministérios e/ou de células.
Caracterís icas deste estado:
2. Obje ivo: que cada membro saiba seu papel no corpo através de cuidado e
direcionamentos, preparando-se servir e para cuidar de outros.
3. Estratégia: um cuidado intensivo, específico para solidificar sua identi-
© Editora Inspire
dade em Cristo e sua função no Reino. O propósito mais evidente neste
estado é o de Ministério.
87
3. Estratégias: apoiar e potencializar a prática de um caminhar natural de
discípulos maduros com Deus por si só. O propósito mais evidente neste
estado é o de Discipulado.
© Editora Inspire
88
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
© Editora Inspire
89
BIBLIOGRAFIA
PAES, C.M. Igreja brasileira com propósitos: A explicação que faltava. São
Paulo: Vida, 2012.
WARREN, R. Uma igreja com propósitos. 2ª edição. São Paulo: Vida. 2008.
LEITURA OBRIGATÓRIA
© Editora Inspire
WELLS, M. Discipulado celes ial. Santo Amaro: Abba Press, 2007.
90
© Editora Inspire
91
6.CIRCUITO VIDA
92
ordeno estejam em seu coração. Ensine-as com persistência a seus filhos. Con-
verse sobre elas quando es iver sentado em casa, quando es iver andando pelo
caminho, quando se deitar e se levantar” Deuteronômio 6.6-7.
Decidir se tornar cristão implica numa nova vida para quem o faz. A igreja local
tem um papel fundamental no cuidado dos que passaram pelo novo nascimento.
Ela precisa investir no crescimento das pessoas através do ensino. De certo
modo, a igreja local está reeducando um povo. Segundo Lawrence Richards
(1983), a “comunidade cristã torna-se um todo dinâmi-co, transformador,
ajudador e educador mútuo”. A igreja deve, portanto, extrapolar o conceito
tradicional de educação, onde o objetivo é apenas a transferência de informações
entre o mestre e o aluno. Todo processo de formação espiritual precisa incluir
conteúdos atitudinais, conceituais, fac-tuais e procedimentais em todas as formas
de ensinar (RICHARDS, 1983).
© Editora Inspire
COMO DISCIPULAR PESSOAS
93
Além disso, é preciso evitar o uso de siglas. Pessoas novas na igreja não
conhecem sua dinâmica e nem a sua linguagem. Não se pode focar no que ela
não fez ou em quanto tempo ela está sem participar de algo. É preciso ser
positivo: valorizar a decisão de hoje e o que ela pode aproveitar de agora em
diante. É ter sensibilidade ao que o Espírito Santo está fazendo na vida dela.
Um bom discipulador ou líder jamais deve estimular que a pessoa pule etapas.
Tudo tem seu tempo e seu pré-requisito. Em seu ritmo, o discípulo participará de
tudo e dará muitos frutos. Os pré-requisitos não são impe-dimentos, mas
direcionamentos dados pela liderança de nossa igreja para que ele se desenvolva
da maneira mais saudável e protegida possível. Tudo o que nossa liderança
planeja e desenvolve tem por objetivo disponibilizar o melhor de Deus para a
vida de todos que frequentam nossa igreja. Tudo é feito com muito amor, carinho
e cuidado.
Acampib
94
Editora e Inspire Bookstore
Colégio Inspire
95
Áreas da igreja
Sistemas computacionais
96
Gestão, produção e voluntários
Além disso, é possível formar um bom grupo com alguns funcionários chaves
com formação específica e um grupo motivado de voluntários inte-ressados que
acreditam na visão da igreja. Essas pessoas são fundamentais no processo, pois se
dispõem a colocar seus dons e habilidades de ensino a favor da educação do povo
de Deus.
Uma das ações da Base de Discipulado neste sentido é o de revitalizar o
© Editora Inspire
chamado ministerial dos mestres da igreja. Entendemos que eles são essen-ciais
para o desenvolvimento estruturado da igreja local protegendo-a das heresias,
como ensino relevante e de alta qualidade teológica e técnica.
97
Nossos retiros proporcionam uma pausa necessária para dedicar tempo a Deus, à
sua Palavra e ao crescimento no relacionamento com Ele. Eles são uma
oportunidade de ensino intensivo, sempre ligado à prática da vida cristã, levando a
um entendimento claro do que Deus espera de cada um de nós e a oportunidade
imediata de praticar o que Ele pede.
Estado do ENCONTRO
1. Re iro Inspiração:
©éumEditoraretiro100%evangelísticoInspire.Oobjetivo
é alcan-çar os não-crentes através de um final de semana focado em gerar um
encontro com Deus. A proposta é apresentar Jesus às pessoas de maneira clara,
profunda e impactante com expectativa de salvação e integração ágil na igreja
por meio das células. Neste retiro abordamos temas como nosso relacionamento
com Deus versus religião. Mostra-mos que há uma separação entre o homem e
Deus através do pecado. Entretanto, apresentamos a graça de Deus e a
possibilidade de um retorno genuíno para Deus através do arrependimento, que
precisa-mos demonstrar, e do perdão que Deus nos concede através de Jesus.
Mostramos qual o significado de recebermos uma nova vida e perce-ber que
tudo se fez novo, esclarecendo sobre o Batismo. O retiro dá uma oportunidade
muito clara para se receber Jesus e ser batizado ao final, se assim o participante
desejar. Oferecido pela Base de Missões.
98
três faixas etárias: 08 a 13, 14 a 18 e acima de 18 anos. Há palestras pre-
ventivas, instrutivas ou voltadas para a restauração da pessoa. Além disso,
são oferecidas palestras voltadas para as famílias no que tange à
codependência. Dependendo da demanda, as palestras podem ser únicas ou
num contexto de ciclos, contemplando também a formação de monitores
(pessoas com mais de 18 anos) para lidar com um adicto em substância
psicoativa. A agenda dessas palestras depende das soli-citações, mas a igreja
mantém palestras fixas aos sábados, além de ofe-recer atendimentos
individuais. O programa pretende oferecer mais cursos voltados para uma
formação básica de como orientar, atender e mentorear um adicto e seu
familiar no assunto endêmico das drogas. Oferecido pela Faixa Etária de
Adultos.
©com
cionamentos:
99
4. Re iro Rendição: é um retiro para os que estão frequentando o Cele-brando
Recuperação, pois no caminho dos 12 passos, o quarto é: “Farei um
minucioso e destemido inventário moral de mim mesmo.” (Roma-nos 12.1).
Este inventário propicia um momento para que a pessoa rece-ba revelação do
Espírito Santo para perdoar, compreender e amar mais. É sua última olhada
para o passado para receber cura. O retiro nasceu em virtude de ser este passo
um momento crítico na vida dos que frequentam o CR, pois até então eles
recebem conteúdo e ministrações, sem movimentação dos participantes.
Como o inventário é um trampo-lim para uma completa recuperação e muitos
desistem ou pulam esta etapa, há uma notável diminuição nesta fase dos que
frequentam o CR. Neste retiro, temos ajuntamentos esclarecedores com
liberação para a escrita de sua história de vida, sempre incentivando,
cuidando e orando para que a pessoa sinta-se a vontade para escrever seu
inventário. Para participar é preciso ser, no mínimo, um frequentador da PIB
ou Igreja da Cidade, que esteja fazendo o CR. Oferecido pela Base de
Discipulado.
Estado da CONVIVÊNCIA
100
3. A Rede: é uma ferramenta para que os universitários cristãos possam levar o
Evangelho a seus colegas e professores de maneira contextu-alizada e
criativa. O intuito dos encontros nas faculdades é ajudar os universitários
cristãos a criar um ambiente propício para falarem dos seus valores e estilo
de vida, ou seja, de Cristo. Além disso, o objetivo de aRede é proporcionar a
criação de amizade verdadeira entre os estudantes através de testemunho
vivo. E também para instigar os não cristãos a questionarem sua percepção
de verdade e valor. Os univer-sitários de aRede se reúnem nas universidades
uma vez por semana, geralmente (mas não obrigatoriamente) no horário do
intervalo. Ofere-cido pela Faixa Etária da Juventude.
Estado do RELACIONAMENTO
© Editora Inspire
1. Retiro e Encontro Satisfação: baseia-se nas metáforas de João 15 e
ministra diretamente na identidade do que recebeu a salvação em Cristo
Jesus. Percebemos que há um pensamento norteando a maioria dos crentes,
de que é necessário um grande esforço para chegarem a algum lugar e para
crescerem. Entretanto, cremos que uma coisa só é preciso: estar conectados
à Videira para recebermos, regozijarmos e repartirmos. Este retiro foi
inspirado nos livros:
A vida que sa isfaz (MCCORD, 2008); Discipulado celes ial (WELLS,
2007), Problemas, oração e presença de Deus (WELLS, 2004) e Perdido no
Deserto (WELLS, 2008). Para participar a pessoa precisa ser, no mínimo, um
frequentador da PIB ou Igreja da Cidade. Oferecido pela Base do
Discipulado.
101
3. Conhecendo mais a Bíblia: este curso é livre e visa apresentar um re-sumo
do panorama bíblico com seus livros e personagens. Duração de 12
encontros semanais em diferentes dias da semana. Oferecido pela Base de
Discipulado e pelo IPE.
4. Conhecendo mais a Fé Cristã: curso livre com a missão de conduzir a
pessoa ao entendimento das doutrinas mais elementares da fé cristã, sob a
perspectiva de nossa igreja. Duração de 12 encontros semanais em
diferentes dias da semana. Oferecido pela Base de Discipulado e pelo IPE.
Estado da DOAÇÃO
102
2. Re iro Restauração: tem como objetivo levar as pessoas a uma auto
avaliação perante Deus, trazendo à mente o passado que ainda é presente. A
pessoa é levada a conhecer a verdade em Cristo, confiar e acreditar no
sacrifício de Jesus de modo que, tanto as pequenas, quan-to as maiores
situações em sua vida, estão sob o olhar atento do Se-nhor Jesus. Ao
reconhecermos tudo isso perante Deus, reconhecemos e identificamos
pontos relevantes em nossas vidas que precisam ser tratados como: quebra
de alianças passadas, confissão de pecados que ainda fazem parte de nossas
vidas e reconquista de relacionamentos perdidos. É um retiro de cura interior
e libertação no qual abordamos como temas: arrependimento, orgulho,
perdão, vida financeira, pater-nidade, submissão, contaminação espiritual,
pecados escravizadores, herança geracional, Espírito Santo, e restauração de
sonhos. Para participar, a pessoa precisa ser um membro há mais de 6 meses
da PIB ou Igreja da Cidade e ter feito o Retiro Satisfação. Além disso,
precisa estar em uma célula. Organizado pela Base de Discipulado.
Estado da INTIMIDADE
103
chegamos a este nível somos Guiados Pelo Senhor (GPS) em nosso pleno
potencial para com Ele. Esta interação com o Espírito Santo acontece também nos
outros estados, durante toda a vida do cristão. No estado de intimidade isso é
plenamente natural. Neste ponto cada membro é incentivado a fazer os
devocionais da igreja, a participar das Madrugadas de Oração, das vigílias, das 24
Horas de Adoração etc.
© Editora Inspire
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
© Editora Inspire
105
BIBLIOGRAFIA
MCCORD, C. A vida que sa isfaz. São José dos Campos: Propósitos Treina-
mentos e Recursos, 2008.
RICHARDS, L.O. Teologia da Educação Cristã. 2ª edição. São Paulo: Vida
Nova, 1983.
LEITURA OBRIGATÓRIA
WEBGRAFIA
106
© Editora Inspire
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7. DISCIPLINA E
CUIDADO PASTORAL
A Igreja existe por causa do perdão dos pecados, que oferece ao ser huma-no
uma nova chance de se achegar a Deus. Entretanto, algumas pessoas se
esquecem desta prioridade, transformando o seguir a Jesus num fardo de culpa e
de religiosidade. São pessoas que preferem viver atualizando listas e mais listas
de pecados, sendo que o mais importante é o valor incalculá-vel do ser humano,
reflexo do sangue do Autor da vida.
É o amor infinito de Deus que cria condições de comunhão entre o homem e Seu
Espírito que é Santo. Por isso, viver com Deus exige santidade. A san-tidade é a
bússola da Igreja para seguir a Jesus. O próprio Deus nos orienta quanto a isso:
“Pois eu sou o SENHOR, o Deus de vocês; consagrem-se e sejam santos, porque
eu sou santo” Levítico 11.44a.
A Palavra de Deus descreve a Igreja como noiva. Nunca vimos uma noiva desarrumada
108
palavras; isso não traz proveito, e serve apenas para perverter os ou-vintes.
Procure apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que
se envergonhar e que maneja corretamente a palavra da
verdade.Eviteasconversasinúteiseprofanas,poisosquesedãoaisso
prosseguem cada vez mais para a impiedade” 2 Timóteo 2.14-16.
PROPÓSITOS DA DISCIPLINA
109
1. Glorificar a Deus: Mateus 18.15-19, Romanos 16.17, 1 Coríntios 5, 1 Tes-
salonicenses 5.14, 1 Timóteo 5.20, Tito 1.13; 3.10 e Apocalipse 2.14, 20.
2. Recuperar o ofensor: Mateus 18 e 2 Tessalonicenses 3.15.
110
correção aplicada aos filhos pelo pai que ama e pressupõe a possibili-dade do
castigo. É uma expressão comum no texto de Hebreus 12.4-11 que aborda o
método educacional de Deus com o seu povo. Tal método quase sempre gera
tristeza (Hebreus 12.11), pois reflete uma mudança de curso. Aquele que está
sendo educado por Deus precisa ter uma atitude de reverência e temor
(Hebreus 12.5). Toda disciplina comporta um processo educativo, onde Deus
é o único capaz de executar, apli-cando o devido castigo ou correção para
aquele que resistem uma vida de completa rendição e santidade.
111
SITUAÇÕES QUE EXIGEM DISCIPLINA
Somos uma igreja bíblica. Isso significa que o padrão de conduta deve estar
baseado nas Escrituras. A disciplina se aplica quando há a quebra dos padrões
bíblicos na comunidade. A igreja local exerce o papel de promover a devida
correção a partir da verdade e da instrução bíblicas.
2. Quando a unidade cristã for violada por aqueles que formam facções e
dividem a igreja local: 1 Coríntios 1.10-17, Romanos 16.17, 18 e Tito 3.10.
3. Quando a lei cristã for violada por aqueles que vivem escandalosa-
mente: Tito 1.16, Mateus 15.19, 20, Romanos 13.8-14, Efésios 4.25-28, 2
Timóteo 3.2-5 e 1 Tessalonicenses 4.1-10.
4. Quando a verdade cristã for violada por aqueles que negam as dou-
trinas essenciais da fé: 1 Timóteo 1.19-20; 6.3-5, 2 João 7-11, 1 João 1.8;
3.14-17; 2.22; 4.2 e 5.5-8.
©
5. Quando o nome de Cristo Editora forblasfemado Inspireporaqueles
que “naufra-garam na fé”: 1 Timóteo 1.19-20.
Quando Jesus ensina Seus discípulos a orar em Mateus 6, primeiro Ele explica o
que não é oração, este mesmo método pode ser usado aqui para explicar a ideia
bíblica de disciplina: não podemos confundir disciplina com punição, ou
vingança. A punição pressupõe infligir penalidade; a vingança, fazer sofrer
aquele que fez sofrer. Já a disciplina envolve a pro-moção do crescimento e a
compaixão no cuidado. É corrigir se colocando no lugar daquele que errou e
necessita de correção. O resultado da boa disciplina traz segurança para o ofensor
arrependido e para a comunidade que aprende pelo exemplo.
112
PROCESSO DE DISCIPLINA NA IGREJA
“Se o seu irmão pecar contra você, vá e, a sós com ele, mostre-lhe o erro.
Se ele o ouvir, você ganhou seu irmão. Mas, se ele não o ouvir,
leveconsigomaisumoudoisoutros,demodoque‘qualqueracusação
sejaconfirmadapelodepoimentodeduasoutrêstestemunhas’.Seele se
recusar a ouvi-los, conte à igreja; e, se ele se recusar a ouvir tam-
bém a igreja, trate-o como pagão ou publicano” Mateus 18.15-17.
Precisamos entender que Deus trata cada indivíduo de forma pessoal e específica.
Não há um regimento interno para o comportamento dos mem-bros da PIB. Este
material pretende auxiliar o líder no trato com pessoas
e seus pecados numa perspectiva bíblica, alinhada com a visão da igreja,
considerando algumas experiências anteriores e suas consequências em nossa
comunidade.
A Palavra de Deus enfatiza o zelo com Deus e com a Igreja, além do cuida-do
com o ofensor como motivações para a disciplina. A forma como Paulo trata a
imoralidade da igreja de Corinto demonstra para nós um princípio importante: o
pecado deve gerar em nós indignação e certa tristeza, mas não devemos tolerá-lo,
sem causar injustiças ou exageros:
113
“Portodaparteseouvequeháimoralidadeentrevocês,imoralidade que não
ocorre nem entre os pagãos, a ponto de um de vocês possuir a mulher
de seu pai. (...) O orgulho de vocês não é bom. Vocês não sabem que
um pouco de fermento faz toda a massa ficar fermenta-da? (...) Já lhes
disse por carta que vocês não devem associar-se com pessoas imorais.
Com isso não me refiro aos imorais deste mundo nem aos avarentos,
aos ladrões ou aos idólatras. Se assim fosse, vocês precisariam sair
deste mundo. Mas agora estou escrevendo quenãodevemassociar-
secomqualquerque,dizendo-seirmão,seja imoral, avarento, idólatra,
caluniador, alcoólatra ou ladrão. Com
tais pessoas vocês nem devem comer.” 1 Coríntios 5.1, 6, 9-11.
© Editora Inspire
paciente dá prova de grande entendimento”.
Para respeitar essa ideia, cada situação deve ser observada atentamente com o
máximo de informação possível. Cada pessoa deve ser ouvida, pois toda
história tem mais de um lado. Então, ao saber de um fato que exija disciplina é
preciso atentar para algumas considerações importantes:
114
6. Depois de um consenso, estabeleça um processo de recuperação e alguém
para acompanhar. A pessoa deve ser afastada de todas as suas atividades
ministeriais para focar na recuperação. Exemplo: participar do CR, fazer um
retiro específico, ir a um culto específico etc.
11. Toda disciplina tem prazo para acabar e posturas a serem avaliadas
posteriormente.
12. Uma vez terminada a disciplina, a pessoa é reintroduzida às ativi-dades
normais, © Editora
mas duranteumtempo Inspire éacompanhada
de perto e precisará prestar contas de suas atividades e funções.
115
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
© Editora Inspire
116
BIBLIOGRAFIA
LEITURA OBRIGATÓRIA
© Editora Inspire
WEBGRAFIA
117
8. PRINCÍPIOS DE
ACONSELHAMENTO
O conselheiro cristão procura levar pessoas a um relacionamento pessoal com
Jesus Cristo, ajudando-as, assim, a encontrar perdão e a se livrar dos efeitos
incapacitantes do pecado e da culpa. Como lemos em Colossenses 3.16a: “Habite
ricamente em vocês a palavra de Cristo; ensinem e aconselhem--se uns aos
outros com toda a sabedoria”. O objetivo final do cristão é ajudar outros a se
tornarem discípulos de Cristo e a discipular outras pessoas.
Assim, no ambiente de célula, temos a oportunidade de usar essa ferra-menta para
que aqueles a quem Deus ama cresçam no conhecimento de Cristo, sigam Seus
passos e orientações e vivam a vida plena por Ele pro-metida. Como lemos em 1
Tessalonicenses 3.12: “Que o Senhor faça crescer e transbordar o amor que
vocês têm uns para com os outros e para com todos, a exemplo do nosso amor
por vocês”.
O conselheiro procura estimular o crescimento espiritual do aconselhando
© Editora Inspire
e encorajar a confissão dos pecados para recebimento do perdão divino. Além
disso, ajuda a moldar padrões, atitudes, valores e estilo de vida cristãos. Apresenta
a mensagem do Evangelho, encoraja o aconselhando a entregar sua vida a Jesus se
ainda não o fez e estimula-o a desenvolver va-lores e padrões de conduta
baseados nos ensinos da Bíblia, em vez de viver de acordo com os modos,
maneiras e cultura humanas. Ele faz tudo isso em um ambiente seguro,
assegurando-se de que nunca quebrará o sigilo das conversas que manteve com
seus discípulos, a não ser em casos excepcio-nais em que isso é necessário, e
sempre com a ciência do aconselhando, assim sempre merecendo a confiança dos
seus líderes e de seus liderados, como convém aos que servem ao Senhor.
118
que nos lembrar de um princípio: o maior objetivo de um aconselhamento na
célula é guiar o outro a fazer o que Jesus faria em cada situação.
Certamente, Jesus é o melhor modelo que temos, pois Ele é o nosso “mara-vilhoso
conselheiro” Isaías 9.6. Dependendo da situação, das características da pessoa
aconselhada e da natureza do problema, Jesus usava maneiras diferenciadas de
abordagem. Às vezes, Ele simplesmente ouvia com aten-ção, sem dar nenhuma
orientação direta. Em outras ocasiões, ensinava com palavras claras e firmes.
Jesus animava e amparava, mas também questionava e contestava. Acolhia os
pecadores e necessitados, mas tam-bém requeria deles arrependimento, obediência
e ação.
119
PSICOLOGIA À LUZ DA BÍBLIA
120
Durante o aconselhamento, o conselheiro deve sempre:
1. Orar.
© Editora
ajudando. “Por que está tãoperturbado?”Inspire poderíamos perguntar.
“Como ele vê a situação?”. “Se eu fosse ele, como me sentiria?”. A empatia procu-
ra se colocar no lugar do outro, ver de seu ponto de vista, para daquele ponto
poder levá-lo para o que Cristo ensina.
121
vezes, os conselheiros impõem sobre si mesmos um fardo, o de acreditar que
devem ser perfeitos, saber sempre o que dizer e o que fazer, nunca cometer erros e
ter sempre o conhecimento e a habilidade necessários para resolver qualquer
problema. Conselheiros deste tipo têm dificuldade de admitir suas próprias
fraquezas e falta de conhecimento em algum assunto ou questão. Eles ficam tão
ansiosos de serem bem sucedidos que se tornam artificiais, distantes e até
pretensiosos. Fuja disso.
Use sempre de imparcialidade e vigie para não se deixar levar por pré--conceitos.
Há momentos em que o aconselhando precisa ser confron-tado por causa de um
pecado ou comportamento inadequado, mas isso não é o mesmo que condenar ou
pregar para a pessoa durante a sessão de aconselhamento. Jesus nunca fez vista
grossa para o pecado, mas entendia os pecadores e sempre demonstrava bondade
e respeito por aqueles que desejam aprender, arrepender-se e mudar seu estilo de
vida, como a mulher no poço de Jacó.
122
Jamais dê ordens em vez de explicar. Este é um erro comum e pode ser um
reflexo do desejo inconsciente do conselheiro de dominar e exercer controle.
Quando os aconselhandos recebem instruções sobre o que devem fazer, como
ordens, eles acabam confundindo a opinião do conselheiro cristão com a vontade
de Deus, sentem-se culpados e incompetentes se não seguirem o conselho
recebido e raramente aprendem como amadurecer espiritual e emocionalmente,
até o ponto de decidirem tomar todas as suas decisões sem qualquer ajuda. Assim,
o conselheiro deve sempre guiar o aconselhando ao que Jesus faria, apontar para
Ele, mostrar na Palavra o que o Senhor ensina e pemitir que o aconselhando tome
as suas próprias decisões, de maneira sadia e firme em Cristo.
123
ORIENTAÇÕES GERAIS
2. Não vamos nos colocar entre Deus e a pessoa. Se ela precisar viver o
tratamento de Deus em sua história, não vamos evitar que isso aconte-ça sob
pena da pessoa não crescer!
5. Entre o que nós achamos que deve ser e o que Deus acha, vamos sem-pre
optar pelo que Deus diz!
7. Não julgar.
8. O livre arbítrio foi entregue por Deus às pessoas e elas fazem uso dele! É
preciso permitir que pessoas usem a sua capacidade de fazer escolhas e
lembrar de que ninguém escolhe por ninguém. Nosso papel
é apontar para Jesus.
9.
© Editora Inspire
Muito cuidado em dar profecias. Precisamos ter muito temor em falar em
nome de Deus, de maneira extrema. Ai de nós se falarmos algo em nome do
Senhor que não venha Dele.
11. Se a pergunta que a pessoa está fazendo tem resposta clara na Bíblia, é o
que vamos mostrar para ela. Em situações da vida em que a pessoa precisa
tomar decisões, como com quem vai se casar ou se vai vender sua casa, é o
caso de orar com ela, estudar os princípios bíblicos e per-mitir que a pessoa
escolha. Nós não somos Deus na vida das pessoas!
12. Encaminhe sem medo os casos difíceis para pessoas mais experientes ou
para as que têm instrumentos para ajudar.
124
16. Tenha em mente que Deus não é “padronizado”. Ele é criativo, amo-roso
e, para Ele, cada indivíduo é um indivíduo! No aconselhamento também é
assim.
17. Casos de polícia precisam ser encaminhados para a polícia.
18. Se o aconselhando trouxer para você uma situação que precisa ser tratada
e que não pode ser mantida em sigilo, você esclarecerá que terá que levar
a situação adiante. Por exemplo, se uma adolescente está grávida, você
explicará a ela que precisará falar com seus pais e vai ajudá-la a fazer isso.
19. Lembrar que a pessoa que está à sua frente para ser aconselhada é alguém
por quem Cristo morreu na cruz. Ela é do Senhor, e não “sua”.
© Editora Inspire
125
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
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126
BIBLIOGRAFIA
LEITURA OBRIGATÓRIA
© Editora Inspire
COLLINS, G. Aconselhamento Cristão – Edição século 21. São Paulo: Vida
Nova, 2011.
127
9.ESTUDO BÍBLICO
128
lha de um tema atraente é um fator fundamental no desenvolvimento do estudo,
pois é o assunto que ligará o ouvinte e seus problemas às verdades bíblicas. Para
isso, é fundamental ter um objetivo claro, conhecer bem o assunto e os ouvintes,
levando em conta fatores psicológicos, sociológicos e espirituais, tudo isso
seguindo um roteiro organizado.
Roy Zuck (1994) afirma que “um dos maiores motivos porque a Bíblia é um
livro difícil de entender é o fato de ser antigo”. Por isso, neste processo,
precisamos transpor as barreiras cronológicas, geográficas, culturais, lin-guísticas
e literárias. Daí a necessidade de interpretação, para removermos os obstáculos à
comunicação e ao entendimento.
129
seus leitores originais. Portanto, neste processo é o autor do texto quem
determina o que o texto bíblico significa e não o leitor.
130
às seguintes questões: Quem está presente no texto? Onde e quando ele
acontece? O que acontece? Por que e para que? Há termos enfatizados ou
repetidos? Há contrastes ou semelhanças?
2. Entendimento do contexto: o contexto é o meio envolvente do texto. Ele é
importante para nos dar uma visão mais abrangente do significa-do do texto.
131
parábola, uma metáfora ou alegoria, uma literatura profética ou
apocalíptica etc. A identificação dos diversos tipos de literatura e ex-
pressões gramaticais nas Escrituras, nos auxilia a interpretá-las com
maior precisão. O estilo literário de cada livro ajuda a transmitir a
essência do livro, de forma que versículos e parágrafos possam ser vistos
à luz do todo. Quando o contexto literário é considerado fica mais fácil
evitar o problema de tirar o versículo do seu contexto.
3. Inves igação dos termos: muitas vezes para descobrir o que o autor
pretendia transmitir, precisaremos investigar a origem das palavras--chave do
texto. Para isso podemos pesquisar em que outros textos bíblicos esta mesma
palavra é encontrada, verificar quais dos signifi-cados essa palavra assume
no contexto do texto bíblico e ainda investi-gar a origem da palavra em sua
língua original. Algumas ferramentas como concordâncias bíblicas e bíblias
de estudo de palavras-chave poderão auxiliar nesta etapa.
© Editora Inspire
e sua interpretação correta são essenciais, mas somente isso não basta.
Precisamos ter o coração aberto e a disposição de apropriar as verdades
bíblicas para nossa vida. Fazemos isso através da aplicação. A interpretação
nos dá novas visões para o relacionamento com Deus, consigo mesmo e
com outras pessoas.
Prepare-se
132
1. Dependência do Espírito Santo.
2. Escolha da passagem.
Desenvolva um esboço
Todo estudo bíblico precisa ter uma estrutura ou esboço. Tal esboço não deve
conter ambiguidade; não deve conter material alheio ao tema principal; deve
apresentar continuidade de pensamento nas ideias; e deve dirigir-se para a
aplicação.
Seguem abaixo elementos de um esboço típico de estudo ou mensagem bíblica. Um
dos objetivos ©EditoradesteformatoInspireéqueoesboço sirva de auxílio
visual, possibilitando ver à mensagem inteira rapidamente.
1. Título: é geralmente um dos últimos itens a serem preparados. É a ex-
pressão do assunto e do tema, formulado para servir de anúncio ade-quado
ao estudo. Deve ser breve, pertinente ao texto ou à mensagem e interessante.
É preciso ter atenção com títulos rudes, irreverentes ou sensacionalistas!
133
clara do princípio eterno da passagem principal e indica claramente o rumo
que o estudo deve tomar. O ideal é que seja uma frase afirmativa, devendo
ser específica e não apresentar ambiguidade ou imprecisão.
5. Oração de transição: tem por objetivo ligar a proposição ao restante do
estudo, unindo a proposição às divisões, fornecendo uma progressão suave
para elas. Deve sempre conter uma palavra-chave que delineie a
característica dos pontos principais.
6. Divisões principais: são as seções principais de um estudo ordenado. Seu
objetivo é promover clareza de ideias e unidade de pensamento. As divisões
esclarecem os pontos principais do estudo e auxiliam as pessoas a recordá-
los. Cada divisão contribui para o desenvolvimento da proposição e devem
ser distintas umas das outras e, se possível, dispostas em forma de
progressão. É necessário que cada divisão con-tenha sua própria discussão,
ilustração e aplicação.
a. A discussão é o desdobramento das ideias contidas nas divisões.
esclarecimento©EditoradamensagemInspire.Jesusutilizava
muitas ilustrações em seus sermões, pois elas trazem clareza ao estudo e o
tornam mais interessante. Dão vida e ênfase à verdade bíblica. Pode ser uma
parábola, uma analogia, uma história, o relato de uma experiência pessoal, um
acontecimento histórico etc.
134
Para mais tipos de formatos de esboços de estudos e mensagens bíblicas, leia:
STANLEY e JONES (2010), PAES (2009) e MARINHO (2008). Essas fon-tes
possuem riquíssimas ilustrações e modelos.
2. Tenha Bíblias com outras traduções: NVI, Viva, NTLH, ARA, ARC etc.
7. Tenha um bom testemunho, pois ele fala mais alto que a sua voz.
135
ESTUDO BÍBLICO PARA A CÉLULA
É muito importante o líder de célula ter bem claro o conceito de célula abordado
na Disciplina 3, acima. Veja na página 30. Isso é fundamental, pois o líder de
célula não pode deduzir que o estudo bíblico é o único objeti-vo da reunião
semanal da célula. Ao invés disso, há outros elementos na reunião igualmente
importantes.
© Editora Inspire
Portanto, o líder de célula deve adquirir o estudo através do sistema supracitado
com antecedência. Com o esboço já preparado, o líder deve estudá-lo, de modo a
contextualizá-lo ao perfil de sua célula (por exemplo: juventude, adolescentes
etc.). Geralmente, o estudo possui alguns pontos de aplicação. Na aplicação, o
líder tem a liberdade de ser sensível ao Espírito Santo a ponto de, não
necessariamente, ter que aplicar todos os pontos do estudo. Relembre a estrutura
do encontro de célula nas páginas 58, 59 e 60, na Disciplina 3.
136
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
aplicado©Editoraàsuavida? Inspire
4. Explicite elementos de um esboço de estudo bíblico.
137
BIBLIOGRAFIA
PAES, C.M. Como preparar mensagens para transformar vidas. São Paulo:
Vida, 2009.
STANLEY, S. e JONES, L. Comunicação que transforma. São Paulo: Vida,
2010.
ZUCK, R.B. A interpretação bíblica. São Paulo: Vida Nova, 1994.
LEITURA OBRIGATÓRIA
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PAES, C.M. Como preparar mensagens para transformar vidas. São Paulo:
Vida, 2009.
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139
10. VIDA FINANCEIRA
A Bíblia tem mais versículos sobre dinheiro do que sobre salvação. Con-tudo,
há muitas famílias lutando nessa área; você conhece algumas delas, ou você
mesmo esteja vivendo dias difíceis. Vamos, então, estudar juntos, começando
pelo que a Bíblia nos esclarece sobre o assunto.
No livreto Guia prá ico de Dízimos & Ofertas – 100 perguntas e respostas
bíblicas, o autor complementa: Mamom é um deus que age em relação ao
dinheiro. Uma potestade que atua na área financeira, a mando de Satanás,
140
para trazer destruição e desviar o nosso coração de Deus, atraindo nossa
atenção para o poder, status e dominação (RIBEIRO, 2014).
Ele conta ainda que, ao entrar em um destes postos durante a viagem, pen-sou
em comprar uma goma de mascar – uma das marcas mais conhecidas
– para ir mastigando e espantando o sono. Depois decidiu não comprar, mas, de
repente, viu no caixa que aquela marca estava realizando um sorteio de
um carro. “Oba! Vou levar”, ele pensou. E logo se deparou com uma pergun-
© Editora Inspire
ta: “Qual a chance de ganhar um carro comprando um chiclete?” Viu que,
daquela vez, a “deusa sorte” estava prestes a influenciar uma decisão.
A Bíblia diz por meio do profeta Isaías que esses tipos de influências espiri-tuais
são verdadeiros ladrões, pois desejam roubar nossa fé em Jeovah Jireh, o Deus
da Provisão.
141
Isaías também alerta sobre outro tipo de demônio, chamado aqui de deus Destino,
que podemos interpretar como o outro lado da moeda; há a sorte de um lado, e o
destino de outro. Este destino refere-se a pensamentos recorrentemente negativos
quanto à fé em nós mesmos e em nosso posi-cionamento aliado à benção divina.
Há pessoas que tendem a entregar sua situação a um fatalismo em que creem que
coisas boas não acontecerão com elas. De nada adiantará estudar, preparar-se
melhor ou ser o melhor funcionário da empresa, porque o reconhecimento não
virá. Se você reco-nhece esse pensamento de “freio de mão puxado” na área
financeira da sua vida, pode ser que tenha se rendido à influência maligna nessa
questão.
O profeta Isaías nos orienta a confiar em Jeovah Jireh, o Deus da Provisão, que,
como um Pai amoroso, deseja premiar seu esforço e abençoá-lo com o melhor
dessa terra, dando-lhe, por exemplo, a paz de espírito quando você recebe seu
holerite, o sentimento de gratidão por tudo que você já tem e a satisfação de uma
vida plena em Cristo.
Em todo o relato bíblico, contudo, vemos Satanás usando a deusa Sorte ou o deus
Destino para que pessoas desconfiassem de Jeovah Jireh. Deus nunca
trará uma palavra profética ou um sonho divino em que oriente o jogo
© Editora Inspire
com a sorte. Como diz o apóstolo Paulo, seja anátema qualquer profecia,
sonho ou ensino que venha neste sentido (Gálatas 1.9).
ATESTADO DE POBREZA
Em nosso país, toda uma cultura é regida pela chamada “lei de Gerson”. Na
verdade, ela é mais antiga do que o episódio que lhe deu o nome, mas foi muito
bem representada por um jogador da seleção brasileira de futebol
142
em 1970, torneio em que ganhamos definitivamente a Taça “Jules Rimet” no
México. Em um lance do jogo, um jogador do time adversário cometeu uma falta
contra o jogador brasileiro Gerson. O juiz não apitou e ele continuou a jogada.
Mas os jogadores do time contrário, reconhecendo a falta, para-ram de jogar. O
brasileiro, então, deu um passe para um gol. Os adversários reclamaram, pois
esperavam que ele parasse a bola ao invés de continuar, levando vantagem no
erro do juiz. Foi um lance muito discutido. O episódio ficou conhecido como a
“Lei do Gerson”, por conta de uma propaganda de cigarros que, na época, apenas
mostrou esta faceta da cultura brasileira: a de sempre dar um “jeitinho” e tentar
levar vantagem em tudo.
Existem pessoas que são levadas pelo pensamento de que precisam sempre
ganhar, normalmente à custa de outras pessoas. Se o outro ganha, ela sente--se
lesionada. Este pensamento de “levar vantagem”, estar sempre ganhando, é uma
verdadeira traça, uma ferrugem que corrói vidas e relacionamentos.
ACUMULADORES
143
Houve um episódio que mostrou a história de um homem não jogava os jornais
fora, e sua casa ficou tomada por pilhas de jornais. Um dia, uma pilha caiu em
cima dele e trancou a porta. Ele ficou soterrado por dias até que morresse, pois
ninguém mais o visitava. Os vizinhos só descobriram o ocorrido pelo cheiro de
morte, depois de algum tempo.
Se você tem contas de luz ou água pagas datadas do século passado, antes de
2000, não se preocupe, pode jogá-las fora! Há uma lei que determina quantos
anos você deve guardar certos documentos (alguns até 20 anos), mas faça uma
revisão em seu guarda roupa, no seu escritório, na sua casa e na sua mesa.
Certamente há coisas das quais você pode e deve se desfazer, e outras que vão ser
benção na vida de outras pessoas; você deve doá-las, e rápido.
© Editora
vamente das influências de Mamomemnossas Inspire vidas.Em
primeiro lugar, devemos identificar, em nós mesmos, quais são estes espíritos ou pensa-
mentos malignos. Não devemos olhar para o outro, mas fazermos uma
autoanálise sincera e dirigida pelo Espírito de Deus. Em segundo lugar, devemos
viver esta libertação que temos em Jesus diariamente. Precisamos praticar todos
os dias uma nova mentalidade financeira. Como fazer isso? Falaremos de três
princípios.
1. Credibilidade. Ganharmos credibilidade significa removermos toda
legalidade em nossas vidas. Algumas ações incluídas neste quesito são:
144
a. Dízimos e ofertas programadas:
“Queméfielnopouco,tambéméfielnomuito,equemédesonestonopou-
co,tambémédesonestonomuito.Assim,sevocêsnãoforemdignosdecon-
fiançaemlidarcomasriquezasdestemundoímpio,quemlhesconfiaráas
verdadeirasriquezas?Esevocêsnãoforemdignosdeconfiançaemrelação ao
que é dos outros, quem lhes dará o que é de vocês?” Lucas 16.10-12.
lomão,emtodooseuesplendor,vestiu ©EditoraInspire-
secomoumdeles.SeDeusvesteassim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no
fogo, não vestirá muito mais a vocês, homens (e mulheres) de pequena fé?” Mateus 6.28-30
a. Dívidas;
145
a nossa: “Saí nu do ventre da minha mãe, e nu par irei. O Senhor o deu, o
Senhor o levou; louvado seja o nome do Senhor” Jó 1.21.
“Não amem o mundo nem o que nele há. Se alguém ama o mundo, o amor
do Pai não está nele. Pois tudo o que há no mundo – a cobiça da carne, a
cobiça dos olhos e a ostentação dos bens – não provém do Pai, mas do
mundo. O mundo e sua cobiça passam, mas aquele que faz a vontade de
Deus, permanece para sempre” 1 João 2.15-17.
b. Tentar usar o dinheiro para comprar coisas que não podem ser com-
pradas tais como amor, paz de espírito, segurança, amizades etc.
146
como alimento e roupas. Tudo o que recebemos além disso comprova a
abundância de Deus em nossas vidas. “Pois nada trouxemos para este
mundo e dele nada podemos levar, por isso, tendo o que comer e com que
ves ir-nos, estejamos com isso sa isfeitos.” 1 Timóteo 6.7-8.
É certo que existem muitas coisas além do alimento e roupa que podem
tornar a vida mais agradável e produtiva, como casa própria, um carro
confortável para a família, a possibilidade de uma viagem a passeio etc. No
entanto, é importante fazer uma distinção entre a necessidade e o desejo. Está
aí um ponto central da questão. Grande parte dos problemas da vida
financeira nascem da dificuldade de fazer esta distinção. A maioria das
pessoas que sofrem por dívidas, está en-dividada por conta de desejos, e não
de necessidades. Percebemos, pela Palavra de Deus, que Ele tem prometido
suprir as nossas necessidades (comida e roupa), mas, não está comprometido
com os nossos desejos que podem, inclusive, estar contaminados pela
“cobiça da carne, a cobi-ça dos olhos e a ostentação dos bens” 1 João 2.16.
Deus não nos assina um “cheque em branco”, mas credita a nós o que será
preciso para suprir nossas necessidades e, como é um Pai amoroso,
eventualmente atende
“Seioqueépassarnecessidadeeseioqueéterfartura.Aprendiosegredo
devivercontenteemtodaequalquersituação,sejabemalimentado,seja com
fome, tendo muito, ou passando necessidade.” Filipenses 4.12
147
“Lembrem-se: aquele que semeia pouco também colherá pouco, e
aquele que semeia com fartura, também colherá fartamente.
Cada um dê conforme determinou em seu coração, não com pesar ou por
obrigação, pois Deus ama ao que dá com alegria. E Deus é poderoso para
fazer que lhes seja acrescentada toda a graça, para que em todas as coisas,
em todo o tempo, tendo tudo o que é necessário, vocês transbordem em
toda boa obra.” 2 Coríntios 9.6-8.
Certamente, estes seis princípios para uma vida financeira equilibrada não
esgotam o assunto, porém, são bases essenciais à nossa vida. A partir da adoção
destes princípios, podemos passar a abordar um assunto muito importante, uma
ferramenta de auxílio para o equilíbrio financeiro.
SAÍDAS
148
Veja uma sugestão abaixo de como poderia se organizar este orçamento:
149
vérbios 22.7b. Por isso, é a orientação bíblica: “Não devam nada a ninguém, a
não ser o amor de uns pelos outros...” Romanos 13.8.
2. Seja resistente às compras não planejadas
a razão pela qual seus meios, aparentemente, não têm sido suficientes para seus
gastos. Talvez houve descontrole nos gastos, com coisas supér-fluas; talvez haja
alguma raiz de pecado envolvida ou mesmo um cenário espiritual mais
abrangente familiar. Talvez Deus esteja testando sua fé ou preparando você para
mudanças. Busque a ajuda do Espírito Santo e de sua igreja para responder a estas
questões.
5. Fuja radicalmente das dívidas
Você pode utilizar esta tabela a seguir para avaliar suas dívidas. Se necessá-rio,
faça isso com a ajuda de seu discipulador. Primeiro, liste todas as suas dívidas e
valores. Depois, responda ao questionário.
150
AVALIAÇÃO FINANCEIRA
1. Faça uma relação de todas as dívidas
Devo
Dinheiro Juros Quantia Avaliação
Compras vender?
que devo a anuais total
SIM NÃO
Pode ser substituído por algo Não pode ser substituído por
mais barato. algo mais barato.
151
COMO ORIENTAR NA CÉLULA SOBRE FINANÇAS
1. Como líder, tenha sempre uma vida financeira equilibrada. Seu exem-plo
falará mais alto!
3. Use o livro Derrote Mamom (Ed. Inspire, 2011) como referência de estu-do,
o que pode ser feito individual ou coletivamente.
152
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
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153
BIBLIOGRAFIA
LEITURA OBRIGATÓRIA
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© Editora Inspire
155
11. BATALHA ESPIRITUAL
Somos advertidos, na Palavra de Deus, que travamos uma luta espiritual que não é
contra as pessoas e sim contra potestades espirituais. Ter uma consciência clara
disso faz com que não haja desgastes com pessoas, não se quebre relacionamentos
e não se veja as forças esmorecem por aplicar-se energia no lugar errado. Nossa
luta não é contra pessoas! Lembre-se de que Jesus morreu por elas: “Pois a nossa
luta não é contra seres humanos, mas contra os poderes e autoridades, contra os
dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas
regiões celes iais” Efésios 6.12.
© Editora Inspire
deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora
opera nos filhos da desobediência” Efésios 2.2 (ACF).
Você não deve ter medo, pois tem uma aliança com Jesus e está debaixo da
proteção do Seu sangue. Portanto, revista-se da armadura de Deus (Efésios 6).
Lembre-se: “Filhinhos, vocês são de Deus e os venceram, porque aquele que
está em vocês é maior do que aquele que está no mundo” 1 João 4.4.
O objetivo deste estudo não é esgotar, tampouco abordar o tema de forma muito
aprofundada, mas trazer uma abordagem equilibrada e conheci-mento bíblico
básico para nortear suas ações que, com certeza, contarão com a ajuda
imprescindível do Espírito Santo.
BUSCANDO O EQUILÍBRIO
Quando o assunto é batalha espiritual, percebemos hoje dois erros que chegam
aos extremos: um é o excesso e outro a escassez na atenção dada a este assunto.
Há igrejas em que, a cada pecado, conflito ou problema que as pessoas passam,
coloca-se a culpa em demônios que devem ser, então,
156
expulsos. Algumas chegam a colocar uma pessoa endemoninhada em cima do
altar, fazem perguntas, deixam-no falar no microfone, expõem-na em programas
de TV etc. Entretanto, esquecem-se de que o Diabo é o pai da mentira; além de
mentir numa circunstância assim, também está expondo a pessoa ao
constrangimento.
Portanto, procuramos sempre ter uma postura equilibrada. Não damos ênfase em
nossas celebrações a nenhuma manifestação, pois o alvo da cele-bração é a
adoração a Deus e é exatamente isso que o Diabo deseja roubar.
“Há dois erros iguais, mas opostos, nos quais nossa raça pode cair, com
respeito aos demônios. Um deles é descrer em sua existência. O outro, é
crer neles e sentir por eles um interesse doentio. Os próprios demônios
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sentem-se bem, igualmente, quando esses erros ocorrem, e saúdam um
materialista ou um mágico com o mesmo deleite.” C. S. Lewis
“Então Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo
Diabo. Depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome. O
tentadoraproximou-sedeleedisse:SeésoFilhodeDeus,mandequees-
taspedrassetransformemempães.Jesusrespondeu:Estáescrito:Nem só de
pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus.
Então o Diabo o levou à cidade santa, colocou-o na parte mais alta do
templo e lhe disse: Se és o Filho de Deus, joga-te daqui para bai-xo. Pois
está escrito: Ele dará ordens a seus anjos a seu respeito, e com as mãos
eles o segurarão, para que você não tropece em alguma pedra.
Jesuslherespondeu:Tambémestáescrito:NãoponhaàprovaoSenhor, o seu
Deus. Depois, o Diabo o levou a um monte muito alto e mostrou--lhe
todos os reinos do mundo e o seu esplendor. E lhe disse: Tudo isto te
157
darei, se te prostrares e me adorares. Jesus lhe disse: Retire-se, Satanás!
Pois está escrito: Adore o Senhor, o seu Deus e só a ele preste culto. En-
tão o diabo o deixou, e anjos vieram e o serviram” Mateus 4.1-11.
CONCEITOS IMPORTANTES
• Batalha espiritual é vencer as aflições do mundo pela fé: “Eu lhes disse
essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão
a lições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo” João 16.33.
158
• Batalha espiritual é livrar pessoas da morte: “Liberte os que estão sendo
levados para a morte; socorra os que caminham trêmulos para a
matança” Provérbios 24.11.
Quando pecou no Jardim do Éden, o homem entregou o direito legal dado por
Deus sobre a Terra a Satanás; isto é, passou uma “procuração em branco” para
que o adversário se tornasse posseiro, por meio do enga-no, daquilo que pertence
a Deus e foi entregue nas mãos do homem. Há, portanto, um nível mais amplo de
batalha espiritual quando um conjunto de soldados, ou seja, a igreja ou várias
igrejas guerreiam unidas em uma esfera mais estratégica, por exemplo, ao agirem
para conquistar uma cida-de para Cristo. Lemos em Mateus 12.28: “Mas se é
pelo Espírito de Deus que eu expulso demônios, então chegou a vocês o Reino de
Deus”.
159
Nível 3: Guerra espiritual
A guerra espiritual é uma referência a esta guerra em caráter geral, à luta total
travada pela Igreja contra Satanás, universalmente. É neste contexto maior que
entendemos a missão da Igreja de Cristo e a de cada um de nós:
“Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão
minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins
da terra” Atos 1.8. E também Marcos 16.15: “E disse-lhes: Vão pelo mundo todo
e preguem o evangelho a todas as pessoas”.
Como líder de uma célula que está em uma cidade, é muito importante que você
compreenda que sua família e célula fazem parte da estratégia de
Deus dada à nossa igreja para conquista desta cidade para o Senhor Jesus. O exemplo de
Como líder de célula você deve ter uma vida de constante oração e ado-ração a
Deus. Lembre-se de orar em seu lar e inspirar sua célula a orar também. Participe
dos movimentos de oração convocados pela igreja, tais como 24h de Oração e
Adoração e as Madrugadas de Oração. Você faz par-
160
te de um santo exército levantado por Deus para proclamar Seu Reino aqui na
terra. Não precisamos ter medo do Diabo, mas precisamos ter consciên-cia das
ciladas que ele procura armar contra todos nós.
Além disso, você deve desenvolver os frutos do Espírito, tendo uma vida de
santidade e lealdade. Esteja atento a comportamentos de pessoas que
confrontam os valores bíblicos; saiba diferenciar dúvida de combate. Há
pessoas que não conhecem a Palavra de Deus, mas sempre se posicionam
contra o que a Bíblia diz.
Cuidado com a deslealdade. Há uma diferença entre ter uma opinião dife-rente e
se posicionar contra um direcionamento dado a igreja por nossa li-derança. Essas
pequenas ações refletem a necessidade de oração específica. Cuidado também
com pessoas que tentam atingir suas emoções, fazendo-o se sentir desqualificado
para liderar, deixando-o com baixa autoestima.
Às vezes o inimigo usa pessoas para nos desequilibrar e nos enfraquecer
espiritualmente, portanto, tenha uma consciência clara de quem você é em
Jesus. Sua identidade firmada em Jesus não permitirá que você sofra ataques
em sua mente.
A leitura bíblica e devocional são ações simples e poderosas que nos auxi-liam
em nossas batalhas diárias. Comece seu dia sempre entregando suas primícias
ao Senhor Jesus em oração e leitura da Palavra. Tenha hábitos de orar em sua
casa, pelos seus filhos, ungindo-os, tendo a adoração em família como um estilo
de vida.
OS ADVERSÁRIOS
As pessoas precisam saber que o Diabo existe, assim como seus demônios. Não
devem se manter na passividade, fazendo de conta que ele não atacará os filhos de
Deus. Podemos comprovar sua existência e a de seus liderados (demônios) pela
Palavra de Deus. Mas entenda que Deus não os criou, tudo começou pelo orgulho
e rebelião. Veja o texto bíblico:
161
“Você estava no Éden, no jardim de Deus; todas as pedras preciosas o
enfeitavam: sárdio, topázio e diamante, berilo, ônix e jaspe, safira,
carbúnculoeesmeralda.Seusengasteseguarniçõeseramfeitosdeouro; tudo
foi preparado no dia em que você foi criado. Você foi ungido como um
querubim guardião, pois para isso eu o designei. Você estava no monte
santo de Deus e caminhava entre as pedras fulgurantes. Você era
inculpável em seus caminhos desde o dia em que foi criado até que se
achoumaldadeemvocê.Pormeiodoseuamplocomércio,vocêencheu--se de
violência e pecou. Por isso eu o lancei em desgraça para longe do
montedeDeus,eeuoexpulsei,óquerubimguardião,domeiodaspedras
fulgurantes.Seucoraçãotornou-seorgulhosoporcausadasuabeleza,e
vocêcorrompeuasuasabedoriaporcausadoseuesplendor.Porissoeuo atirei à
terra; fiz de você um espetáculo para os reis” Ezequiel 28.13-17.
© Editora Inspire
cada um dos adversários daqueles que creem:
162
postura em nossas decisões, ética e em nossas ações. 1 João 5.19 afirma que
“o mundo todo está sob o poder do Maligno”. Paulo, em 2 Coríntios 4.4 diz: “O
deus desta era cegou o entendimento dos descrentes, para que não vejam a luz do
evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus” 2 Coríntios 4.4.
Tudo que o Diabo quer é ganhar este mundo trazendo sua influência para alcançar
aqueles que não estão abertos para Cristo e até mesmo os cristãos. “Esse é o
espírito do an icristo, acerca do qual vocês ouviram que está vindo, e agora já
está no mundo” 1 João 4.3b. As pessoas precisam saber que o Diabo não brinca
de ser Diabo, então, os filhos de Deus não podem brincar de “serem crentes”.
© Editora Inspire
A batalha contra Satanás
1. Ele deseja que as pessoas não creiam na sua existência. Existem pesso-as
que creem que Satanás é um mito inventado pela religião. Admitir sua
existência é necessário para combatê-lo.
2. Ele coloca uma lente de aumento em si mesmo para provocar medo nas
pessoas. Muitos têm uma atitude medrosa para com o Inimigo. Atribuem a
ele muitas coisas. Procuram conhecer as profundezas de Satanás e vivem
cheias de superstições. Devemos procurar conhe-cer mais de Deus e da sua
Palavra, isso sim, nos dará condições de sermos vitoriosos: “Portanto,
submetam-se a Deus. Resistam ao Diabo, e ele fugirá de vocês” Tiago 4.7.
163
POSSESSÃO DEMONÍACA
Satanás e seus demônios querem habitar em homens, mulheres e crianças que são
vazias do Espírito Santo, os filhos das trevas. Os espíritos malignos, então,
possuem a pessoa e a obrigam a fazer coisas que ela jamais faria em sã
consciência. A possessão demoníaca se dá quando um ou mais demônios entram
em uma pessoa e ficam ali, usando-a sob seu controle, expressan-do todo o seu
ódio e maus propósitos através dela. A própria expressão “possessão demoníaca”
já diz que é alguém que está sob posse de Satanás. Mas o Espírito Santo habita
nos filhos de Deus e os usa para fazerem obras grandiosas conforme a vontade de
Deus.
• Jovens: “Essa moça seguia a Paulo e a nós, gritando: Estes homens são
servos do Deus Altíssimo e lhes anunciam o caminho da salvação. Ela con
inuou fazendo isso por muitos dias. Finalmente, Paulo ficou indigna-do,
voltou-se e disse ao espírito: Em nome de Jesus Cristo eu lhe ordeno que
saia dela! No mesmo instante o espírito a deixou” Atos 16.17-18.
164
• Adultos: “Enquanto eles se re iravam, foi levado a Jesus um homem
ende-moninhado que não podia falar. Quando o demônio foi expulso, o
mudo começou a falar” Mateus 9.32-33.
• Pessoas que se envolveram com ocul ismo como bruxaria, fei içaria,
idolatria e espiri ismo: “Não permitam que se ache alguém entre vocês
que queime em sacrifício o seu filho ou a sua filha; que pra ique adivi-
nhação, ou dedique-se à magia, ou faça presságios, ou pra ique fei içaria
ou faça encantamentos; que seja médium ou espírita ou que consulte os
mortos. O Senhor tem repugnância por quem pra ica essas coisas, e é por
causa dessas abominações que o Senhor, o seu Deus, vai expulsar aquelas
nações da presença de vocês. Permaneçam inculpáveis perante o Senhor, o
seu Deus. As nações que vocês vão expulsar dão ouvidos aos que pra icam
© Editora Inspire
magia e adivinhação. Mas, a vocês, o Senhor, o seu Deus, não permi iu
tais prá icas” Deuteronômio 18.10-14.
Quem expulsar demônios deve apenas usar o nome de Jesus com autorida-de.
Não se deve “entrevistar” estes espíritos malignos, tudo o que falarem não tem
nenhum valor, já que eles são mentirosos e enganadores. Repeti-mos que Satanás
é conhecido como pai da mentira. Quem usa a autoridade que há no nome de
Jesus para expulsar demônios não precisa agredir o en-
165
demoninhado, nem nada parecido. Jesus não entrava em luta corporal com o
possesso, apenas usava Sua autoridade. Tudo deve ser feito com a maior discrição
e muito respeito ao ser humano pelo qual Jesus morreu na cruz.
ORIENTAÇÕES PRÁTICAS
Cada pessoa e cada situação demandará uma total dependência do Espírito Santo
para a instrução de como agir naquele momento. Existem, também, algumas
orientações gerais que devemos ter como princípios:
• Mande pegar tudo o que pertence a ele e que vá para o lugar onde Jesus
determinar.
• Se estiver com mais ©deEditoraumapessoao
acompanhando, Inspire apenas uma ministra, as outras intercedem.
Precisamos lembrar de que o direito legal para que um demônio esteja em uma
pessoa precisa ser renunciado por ela mesma. Esta base legal pode ser por pecado
pessoal ou por atitudes na herança familiar com envolvi-mentos ocultistas.
166
colocar toda sua suficiência em Jesus Cristo porque você é povo adquirido,
sacerdócio santo de Deus: “Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real,
nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que
os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” 1 Pedro 2.9. Deus tem um
imenso prazer em tornar pessoas livres, salvas e plenas. Além disso, servi-mos a
um Deus Todo-Poderoso: o Senhor é um homem de guerra (Êxodo 15.3); Deus é
o Senhor dos exércitos (Zacarias 4.6b, 1 Samuel 1.11); o Senhor peleja pelo seu
povo (Êxodo 14.14) e a guerra é do Senhor (1 Samuel 17.47b).
Você ainda pode ler o livro Cobertura Espiritual (Ed. Inspire), do nosso Pr.
Carlito Paes, material que fornecerá mais informações sobre como
proteger sua casa, seus filhos e seu lar das ações malignas. Esse livro é uma
importante ferramenta para sua formação espiritual nesta área.
Louvado seja o Senhor pela vitória que Ele mesmo nos concedeu, pela Sua graça
e Seu poder. Sigamos as orientações bíblicas e, destemidamente, denun-ciemos as
obras das trevas para a liberdade de todos os que amam a Jesus.
© Editora Inspire
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
© Editora Inspire
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BIBLIOGRAFIA
© EditoraInspire
LEITURA OBRIGATÓRIA
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12. GESTÃO DE PESSOAS
Lidar com pessoas é uma tarefa árdua, mas necessária em todas as esferas da vida
humana. Não fomos criados para viver sozinhos! Estamos cercados de pessoas
em casa, no trabalho, na escola ou no trânsito. Relacionar-se
é uma ação intrínseca a todos nós. É verdade que nos relacionamentos existem
diferentes graus de intimidade e que vivemos neles grandes dores, mas também
grandes alegrias. Como líderes, aprender a nos relacionar bem e a fomentar bons
relacionamentos é um de nossos maiores e mais importantes desafios.
Algumas pessoas podem pensar que nascem com o talento natural para cuidar,
mobilizar e atrair pessoas; outras, porém, podem se sentir grande-mente
desafiadas. Ser um líder é pastorear pessoas e isso certamente re-quer certas
habilidades, dons e talentos. Eles podem vir mais naturalmente,
mas também, podem e devem ser ampliados e enriquecidos por meio de
© Editora Inspire
treinamentos, leituras e capacitações.
Você é um líder! Então, tem que desenvolver sua capacidade em gerir pessoas,
viabilizar projetos e formar novos líderes. Talvez não haja muitas pessoas sob sua
liderança, mas você pode começar liderando a si mesmo! Se você está neste
curso, é porque pessoas reconhecem em você este poten-cial. Então, encare de
frente o desafio de sempre aprender e crescer ainda mais, seja na gestão de
pessoas, seja em outras áreas de sua liderança. Todas as suas limitações podem
ser alvos de seu investimento em oração, treinamento e capacitação.
170
livremente” Tiago 1.5a. De fato, isso não deve ser feito de qualquer forma, mas
deve ser alvo de nosso esforço e atenção! “Procure obter sabedoria; use tudo o
que você possui para adquirir entendimento” Provérbios 4.7.
1. O exemplo de Barnabé
171
fé e menos esforço; se pessoas são o que há de mais importante, elas vão
requerer grande esforço de nossa parte.
2. O exemplo de Eliseu
“Em seguida, Elias lhe disse: Fique aqui, pois o Senhor me enviou ao rio
Jordão. Ele respondeu: Juro pelo nome do Senhor e por tua vida que não
te deixarei ir só! Então partiram juntos. Cinquenta discípulos dos profetas
os acompanharam e ficaram olhando a distância, quando Elias e Eliseu
pararam à margem do Jordão. Então Elias tirou o manto, enrolou-o e com
172
elebateunaságuas.Aságuassedividiram,eosdoisatravessaramemchão seco.
Depois de atravessar, Elias disse a Eliseu: O que posso fazer em seu favor
antes que eu seja levado para longe de você? Respondeu Eliseu: Faze
demimoprincipalherdeirodeteuespíritoprofético.DisseElias:Seupedido é
difícil; mas, se você me vir quando eu for separado de você, terá o que pe-
diu;docontrário,nãoseráatendido.Derepente,enquantocaminhavame
conversavam,apareceuumcarrodefogoepuxadoporcavalosdefogoque
os separou, e Elias foi levado aos céus num redemoinho” 2 Reis 2.6-11.
A liderança de Eliseu nos mostra que um bom líder ensina por meio de seus
exemplos e a itudes. Suas ações têm poder maior que suas palavras! Na tare-fa de
ensinar valores e princípios a outros, um líder eficaz precisa, antes de tudo, ter
essas mesmas práticas em sua vida.
Também aprendemos com Eliseu que bons líderes possuem bons mentores. “Só
os tolos não aprendem com os bem sucedidos”, diz Carlito Paes. Mentores ou
discipuladores são pessoas que encorajam, dão cobertura espiritual e
impulsionam a seguir os passos de Jesus. Todo bom líder deve, antes de tudo, ser
um excelente liderado, um aprendiz convicto e um discípulo atento.
© Editora Inspire
Eliseu nos mostra que o liderado acompanha o seu líder. Eliseu tinha um
compromisso com Elias; havia em seu coração uma predisposição a ir com seu
mestre. Precisamos estar perto de pessoas que nos inspirem e nos permitam, em
humildade, a aprender com elas. Por isso, o discipulado é um processo maior que
afinidade pessoal. Por vezes, temos muitos amigos, mas nem todos eles são uma
inspiração para nós. Ter um discipulador e discipular está numa esfera maior que
a amizade, pois é uma tarefa espiri-tual. Se você é um líder que busca crescer por
meio do exemplo de pessoas cheias de Deus, seus liderados também serão
inspirados pelo seu exemplo.
Outra lição que aprendemos com Eliseu é que o liderado tem experiências
sobrenaturais com seu líder. Como lemos: “Quando o SENHOR levou Elias aos
céus num redemoinho, aconteceu o seguinte: Elias e Eliseu saíram de Gilgal, e
no caminho disse-lhe Elias: Fique aqui, pois o SENHOR me enviou a Betel.
Eliseu, porém, disse: Juro pelo nome do SENHOR e por tua vida que não te
deixarei ir só” 2 Reis 2.1-2. No Reino de Deus não há espaço para carreira solo.
Jesus sempre esteve cercado de pessoas. Quantas experiências Seus discípulos
tiveram ao Seu lado! Quando lideramos e mobilizamos pessoas, vivemos
experiências que nunca poderíamos experimentar sozinhos.
173
Eliseu também nos ensina que a liderança passa pela prestação de contas. Eliseu
reconhecia o poder de Deus na vida de Elias e buscava a ele como seu mentor.
Como líderes, devemos ter o valor da prestação de contas e então compartilhá-la
com nossos liderados. A partir do exemplo, teremos autoridade para ouvir aqueles
que estão nosso seu cuidado. O líder respeita e almeja a unção de seu mentor.
Precisamos ter uma visão clara dele: todo homem de Deus é suscetível a falhas;
porém, isto não deve ferir o princí-pio do respeito e da busca por chegar até onde
alguém já chegou. Apenas recebemos da unção que respeitamos. Veja o pedido
de Eliseu: “Depois de atravessar, Elias disse a Eliseu: O que posso fazer em seu
favor antes que eu seja levado para longe de você? Respondeu Eliseu: Faze de
mim o principal herdeiro de teu espírito profé ico” 2 Reis 2.9.
Quando você honra aqueles por quem é liderado, você inspira aqueles que lidera.
Filhos que tratam bem seus pais, viram seus pais tratarem bem seus avós. Quanto
mais você honrar aquele que lhe dá cobertura espiritual, mas confiantes com sua
liderança ficarão seus liderados. Contudo, não se es-queça de que pessoas são
imperfeitas, todos somos crentes em recuperação!
Quando focamos nas falhas, esquecemo-nos do poder de Deus sobre aquela pessoa. Ao
©emEditoraoraçãoaDeus, Inspirecertamenteessa será a atitude
levarmos isso
de nossos liderados quando eles tiverem de lidar com nossas falhas.
ESTILOS DE LIDERANÇA
Nem todos os líderes são iguais. Existem diferentes perfis de liderança, e será
muito útil que você conheça suas características ao liderar. Bill Hybels, em seu
livro Liderança Corajosa (HYBELS, 2010), descreve estilos que considera os
principais perfis de liderança, os quais apresentaremos a seguir. Estes estilos
não são excludentes, mas podem surgir e se comple-mentar de acordo com a
situação.
O líder visionário tem em mente uma imagem clara do que o futuro pode tra-zer.
Prega visões poderosas deste futuro e possui um entusiasmo incansável para
tornar essas visões em realidade. Não sente qualquer inibição em convi-dar
qualquer pessoa a fazer parte desta visão. O líder visionário é idealista e
174
cheio de fé e não é facilmente desencorajado ou dissuadido. Coloque-o diante de
um grande número de pessoas, e ele exibirá a visão para todo mundo. Pode ou não
possuir habilidade natural para formar equipes, alinhar talentos, estabelecer metas
ou administrar o progresso em caminho. Por vezes, terá de achar outras pessoas
que possam ajudá-lo, ou terá de trabalhar arduamente para desenvolver as
habilidades que não lhe são naturais. O líder visionário transmite a visão, atrai
pessoas a ela e morrerá tentando realizá-la.
Este estilo de liderança tem a habilidade, dada por Deus, para escolher o
caminho certo para uma organização quando ela chega a um impasse decisivo.
Avalia cuidadosamente os valores da organização, a missão, os
pontos fortes e os fracos, os recursos, o pessoal e a capacidade de aceitação para
mudanças. Com extraordinária sabedoria, o líder direcional coloca a igreja ou um
ministério na direção certa. É uma liderança extremamente importante, pois erros
em momentos decisivos podem arruinar organiza-
ções. Líderes direcionais podem ou não ser conhecidos em uma organiza-ção; podem
O líder estratégico tem a habilidade, dada por Deus, de tomar uma empol-gante
visão e fragmentá-la em uma série de fases alcançáveis e sequenciais. Possibilita a
uma organização marchar de forma consciente para a concre-tização de sua
missão. Forma um plano estratégico que todos podem com-preender e no qual
todos podem participar. Ele, então, desafia os membros da equipe a realizar o
plano. Esforça-se para alinhar os vários subgrupos de uma organização, de forma
que toda a energia da organização se concentre na realização da visão.
175
“água na boca” ao pensar em trazer ordem ao caos. Sente profunda satis-fação em
monitorar e em ajustar processos, motivando os membros da equipe ao
estabelecer as devidas marcações pelo caminho, até chegarem ao objetivo final.
O líder motivacional é o que tem a habilidade, dada por Deus, de manter seus
companheiros de equipe empolgados. Está à procura de “ombros encurvados e
olhos embotados” e é rápido em injetar o tipo certo de inspiração naque-les que
mais precisam dela. O líder motivacional possui um senso aguçado sobre quem
precisa de reconhecimento público e quem precisa apenas de uma palavra de
encorajamento em particular. Percebe que mesmo nossos melhores companheiros
de equipe ficam cansados e se desconcentram. Ele não fica amargo ou vingativo
quando a moral do grupo afunda.
Este líder possui uma percepção sobrenatural acerca de pessoas, o que lhe
permite ter êxito em achar e desenvolver pessoas certas, com habilidades certas,
o caráter certo e a apropriada combinação com os outros membros. Em seguida,
sabe como dispor essas pessoas nas posições corretas, pelos motivos corretos,
liderando-os assim para que produzam os resultados
176
certos. O ponto forte do formador de equipe é o seu completo domínio da
estratégia e uma arguta percepção sobre as pessoas. Isso permite que ele coloque
pessoas certas nas posições de liderança mais críticas. Encontrar pessoas certas
para as tarefas certas, em concordância com seus melhores talentos, é a marca
inconfundível do estilo do líder que forma equipes.
O líder empreendedor tem facilidade em iniciar tarefas. Se esse líder não puder
iniciar algo novo regularmente, começa a perder energia. Uma vez que um
projeto esteja em funcionamento e operando plenamente, passan-do a exigir um
gerenciamento estável e contínuo, ou, logo que ocorram complicações, exigindo a
necessidade de intermináveis discussões a respei-to de políticas, sistemas e
controles, a maioria dos líderes empreendedores perde o entusiasmo, a
concentração e, às vezes, até mesmo a confiança.
Este líder possui uma enorme flexibilidade; é um diplomata, com uma habili-dade
sobrenatural inspirada para contemporizar e negociar. É especialmente talentoso
para ouvir, compreender e raciocinar de forma ampla. Ama o desafio de se
relacionar com diversos grupos de pessoas e sente-se mais em-polgado a enfrentar
o desafio de unir e satisfazer as necessidades de vários grupos. Lidar com a
complexidade é o ponto forte do líder consensual, o que faz deste líder uma
contribuição importante para grandes organizações.
177
COMO VIABILIZAR PROJETOS
A palavra “projeto” vem do latim projectus, que refere-se a algo lançado para a
frente. Um projeto pensa acerca de uma realidade que ainda não aconte-ceu e traz
ideias de como torná-la real. Projetar é analisar o presente como oportunidade
para realizar o futuro. Dentro de um projeto, existe um plane-jamento de como
antecipar esta realidade, contudo, teremos sempre de lidar com imprevistos,
mudanças e as variáveis de um trabalho em equipe.
A formulação de um projeto consiste em relacionar as etapas necessárias
© Editora Inspire
para que suas ideias transformem-se em ações. Para isso, é preciso que
estejam claros:
• Seus obje ivos. Qual o problema a ser solucionado? Ele deve existir
numa esfera mensurável a administrável.
• Seus stakeholders. Quais são as partes envolvidas? Quais são as pesso-as
ou instituições necessárias para alcançar seu objetivo?
• Seus recursos. Quais são os recursos humanos, físicos e financeiros
necessários?
• Seus prazos. Quanto tempo espera-se para cada etapa e qual o prazo para
a conclusão de seu objetivo?
Formulação de um Projeto
178
2. Jus ifica iva. Apresenta o porquê da existência deste projeto e qual
problema ele visa endereçar.
Como líder de célula, uma das ações em que você experimentará o desafio de
mobilizar e liderar pessoas são os atos de bondade. Um ato de bondade pode
acontecer individual ou coletivamente, porém acontece de forma especial por
meio das células, com o intuito de abençoar pessoas que estão à nossa volta.
Como descreve Carlito Paes, no ato de bondade “Serviremos indepen-dentemente
de religião às pessoas da nossa comunidade, como fez Jesus nos-so Salvador,
Senhor e Mestre. Ir ao encontro dos que mais precisam é nossa missão!” (Revista
Felizcidade, Pastoral, Semana 28 de 10 a 16 de julho, 2011).
Existem muitas formas e ideias para realizar um ato de bondade com a sua célula.
Um fator em comum a todos eles é que você, como líder, tem recur-sos e tempo
limitado para fazê-lo. É aqui que sua criatividade, mobilização e liderança serão
colocados à prova. Lembre-se de que as melhores ideias surgem quando os
recursos são limitados!
179
Diante deste desafio, alguns passos são muito importantes antes da concep-ção e
da realização de um ato de bondade:
Como referência e fonte de inspiração, colocamos abaixo ideias criativas para que
você mobilize sua célula nos desafios propostos pela igreja, dentro do contexto
dos atos de bondade, ou mesmo fora dele, como eventos ponte e outras ações
esporádicas. Por mais criativa que seja, toda ação deve envolver a oração e total
dependência do Espírito Santo. Deve-se ainda comunicar sua liderança para que
tudo o que você faça tenha uma cobertura espiritual.
180
08. Fazer o enxoval de uma gestante carente.
11. Promover um dia especial para crianças e suas famílias em uma região
carente da cidade (brinquedos, jogos, lanches e roupas).
12. Organizar uma visita especial para o centro de tratamento com pacien-tes
psiquiátricos (com toda a orientação do pastor da área).
© Editora Inspire
18. Fazer um cine especial para levar princípios cristãos com as crianças da
vizinhança.
181
28. Oferecer serenatas para os vizinhos.
31. Levar flores para o ambiente de trabalho e compartilhar com os seus colegas.
Coloque uma mensagem motivadora, em um cartão preso a cada flor.
33. Colocar corações de papel com uma mensagem “Você é especial para Deus.
Lembre-se disso!” e prenda nos para-brisas dos carros estaciona-dos na
faculdade.
35. Ligar ou visitar para uma pessoa que está longe de casa e não vê a
família há muito tempo.
36. Decidir elogiar e agradecer pelo menos uma pessoa por dia.
38. Presentear policiais com cartas de gratidão ilustradas por crianças com
alguns presentes.
40. Dar uma gorjeta generosa com uma mensagem “Jesus te ama” para o
garçom, frentista e outros.
41. Descobrir uma necessidade de alguém que presta serviço a você e sur-
preendê-lo, suprindo esta necessidade.
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43. Pagar para a pessoa que estiver atrás de você na fila do cinema. Se ela
perguntar o motivo, diga a ela que foi Deus quem pediu para você fazer
isso.
44. Deixar uma nota de valor expressivo no bolso de alguém que você sabe estar
passando por dificuldade financeira.
45. Enviar uma cesta de café da manhã para uma família necessitada, com um
cartão feito por cada pessoa da sua família ou célula.
46. Realizar uma disputa de games (mobilize seus filhos na organização) com
premiação. No acontecimento dê uma palavra objetiva e ore pelos
convidados.
47. Prender uma sacolinha na porta do quarto de cada membro da família. Por
uma semana, coloque um presentinho, doce, ou bilhete na porta cada dia,
para que eles encontrem quando acordar de manhã.
49. Deixar um “crédito extra” em uma lanchonete para aquela pessoa que
estiver perto, aparentemente sem condições.
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50. Distribuir 40 livros que trará benefícios para a vida das pessoas (Suges-tões
da Editora Inspire: Quebre os mitos que te fazem sofrer, Palavras de Maria,
Código JMR).
53. Pedir a sua célula doação de um computador ou laptop usado. Doe para
uma pessoa necessitada e dê um curso de noção de informática e internet.
Pode ser uma pessoa idosa, vocês podem criar um e-mail e um perfil em
Rede Social para ela e passar a interagir com ela.
55. Conversar com sua célula e fazer uma semana para perdoar dívidas. Cada
um deve perdoar uma dívida.
183
56. Matricular um adolescente carente no Colégio Inspire e custear um ano
de estudos.
64. Visitar pessoas que estão afastadas da igreja que estejam em seu raio de
convívio.
65. Dar um suporte maior aos órfãos e viúvas de nossa igreja/comunidade.
© Editora Inspire
Fazer uma compra e levar roupas novas a viúvas, crianças, juniores e
adolescentes órfãos.
67. Fazer um encontro com professores da rede pública para dar um su-porte
físico e espiritual. Entregar algo que demonstre gratidão a eles.
68. Chegar mais cedo em seu trabalho e deixar um bombom com um reca-do
inspirador na mesa de cada colega.
69. Abençoar com palavras de fé as pessoas nos elevadores, nas filas etc.
70. Comprar presentes como livros, CDs ou DVDs e esperar na porta do Re-
começo (ministério que recebe novos convertidos após as celebrações) para
presentear alguém que aceitou Jesus.
72. Colocar em sua rede social pelo menos 03 frases inspiradoras por dia
durante 15 dias.
184
73. Organizar visitas a Casas de Recuperação para levar amor e suprimen-tos
(com orientação do pastor da área).
76. Fazer uma oficina de brinquedos artesanais para meninas e meninos e colocar
princípios espirituais nesse encontro para deixar uma semente ao coração
delas.
77. Ficar com os filhos de amigos para que o casal tenha uma noite especial.
78. Levar uma família amiga, que precisa de um descanso, para um fim de
semana de viagem e entretenimento.
84. Doar um dia de beleza e higiene para o pet (cão, gato) do seu vizinho.
85. Comprar pão e leite pelo menos três vezes na semana para um vizinho.
87. Emprestar o seu carro reserva para alguém que não tenha carro para
passear com sua família.
89. Ajudar durante uma semana uma mãe com bebê recém-nascido (dar todo
suporte).
185
91. Promover um chá da tarde para mulheres.
94. Demonstrar gratidão aos times de São José dos Campos (Futsal, Vôlei,
Basquete etc.) pela campanha nos campeonatos. Levar presentes aos
jogadores e literatura de espiritualidade.
95. Fazer uma carreata de oração com sua célula pela cidade.
96. Enviar pelo site da prefeitura palavras de bênçãos e gratidão para o nosso
prefeito.
97. Dar uma oferta exponencial para alguém (peça para Deus lhe mos-trar a
pessoa).
103. Fazer pedalada musical. Com sua célula, convidar amigos para andar de
bicicleta e cantar canções durante o trajeto.
105. Fazer um dia de lava carro gratuito para as pessoas do seu condomínio.
106. Fazer um café da manhã para as pessoas da rua onde acontece sua célula.
108. Montar uma tenda na praça ou centro da cidade e oferece livros cris-tãos
gratuitos às pessoas.
186
109. Pagar a compra de supermercado de um idoso em bairro carente.
110. Organizar ajuda orfanatos, asilos, creches e convidar amigos não cren-tes
para “Dia do Serviço Amigo”.
111. Organizar encontros para integrar amigos não crentes na célula (fute-bol, noite
da pizza, churrasco).
114. Organizar com usa célula a doação de 1 semana das férias em ação
missionária (Lar Batista-orfanato, Haiti, Senegal etc.).
O exemplo de Jesus nos ensina que pessoas estão acima das tarefas. Ele não
deixou de cumprir as tarefas, mas deu muito valor àqueles que estavam perto. Ao
liderar e mobilizar pessoas, nunca se esqueça de que pessoas estão acima de
projetos, metas e números. Como sempre falamos em nossa igreja, os eventos
passam, as pessoas ficam. Elas são nosso maior investi-mento e o seu mais alvo
como líder.
A missão de Jesus tinha um tempo específico para acontecer, mas Sua equipe foi
o instrumento usado por Deus para a continuidade da missão de
187
Cristo na Terra. Como Jesus nos ordenou: “Portanto, vão e façam discípulos de
todas as nações, ba izando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo,
ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com
vocês, até o fim dos tempos” Mateus 28.19-20. Formar novos líderes está no
coração de nossa missão.
John Maxwell nos lembra que “formar uma equipe é uma tarefa dura, mas rende
grandes resultados” (MAXWELL, 2008). A equipe de Jesus é o melhor exemplo
desta máxima, e este também pode ser o exemplo de sua célula. O trabalho em
equipe e a formação de novos líderes realizados Jesus gerou o avanço do Reino,
uma multiplicação do fruto de Sua ação. Portanto, seja intencional e persistente
ao liderar pessoas e formar novos líderes.
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
a. Barnabé
b. Eliseu
2. Quais são os estilos de liderança com os quais você mais se identifica? Cite
pelo menos dois.
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BIBLIOGRAFIA
©EditoraInspire
LEITURA OBRIGATÓRIA
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