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Direito Administrativo
Matheus Carvalho
DIREITO ADMINISTRATIVO
1. REGIME JURÍDICO
- Confere Prerrogativas (Princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o Particular) e Restrições (Pe-
rece. da Indisponibilidade do Interesse Público) - São os SUPERPRINCÍPIOS, dos quais decorrem os outros
princípios.
- Garrido Falla: Denomina tal circunstância de “o Binômio do direito administrativo” (prerrogativas e sujeições). Maria
Sylvia chama de “Bipolaridade do direito administrativo”.
1. (VUNESP - 2014 - DPE-MS - Defensor Público) A expressão regime jurídico-administrativo é utilizada para
designar:
A) os regimes de direito público e de direito privado a que pode submeter-se a Administração Pública.
B) o conjunto das prerrogativas e restrições a que está sujeita a Administração Pública e que não se encontram nas
relações entre particulares.
C) as restrições a que está sujeita a Administração Pública, sob pena de nulidade do ato administrativo, excluindo-
se de seu âmbito as prerrogativas da Administração.
D) as prerrogativas que colocam a Administração Pública em posição de supremacia perante o particular, excluindo-
se de seu âmbito as restrições impostas à Administração.
1.1. Princípios Decorrentes desses 02 Princípios (SUB-PRINCÍPIOS) Art. 37, caput, da CF/88: Princípios
Constitucionais da Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência.
LEGALIDADE: A adm. Pública só pode atuar conforme a lei, todas as suas atividades estão subordinadas
aos comandos legais. Diferentemente da Legalidade no âmbito dos particulares, onde o que não está
proibido está permitido (art.5°, inc.II, CF), pela Legalidade Administrativa, o administrado só atuará com
prévia autorização legal, sem a qual a Administração não pode agir.
IMPESSOALIDADE (§ 1°, art.37, CF): A Administração Pública tem que agir objetivamente em prol da
coletividade. Os atos de pessoalidade são vedados, a atividade da administrativa é da Administração e a
ela são imputadas todas as condutas dos agentes públicos. Teoria do Servidor (ou agente público de
fato).
- As publicidades da adm. não poderão conter nomes de administradores ou gestores, serão meramente
informativas, educativas ou de orientação social.
A impessoalidade é um dos princípios mais cobrados das provas de tribunais. Vejamos um exemplo:
2. (FCC - 2014 - TRT - 16ª REGIÃO/MA - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador) 28. O Diretor Jurí-
dico de uma autarquia estadual nomeou sua companheira, Cláudia, para o exercício de cargo em comissão
na mesma entidade. O Presidente da autarquia, ao descobrir o episódio, determinou a imediata demissão
de Cláudia, sob pena de caracterizar grave violação a um dos princípios básicos da Administração pública.
Trata-se do princípio da:
A) presunção de legitimidade.
B) publicidade.
C) motivação.
D) supremacia do interesse privado sobre o público.
E) impessoalidade.
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MORALIDADE: Maurice Hauriou, 1927: noção de adm. proba, a moralidade administrativa seria um con-
junto de regras extraídas da boa e útil disciplina interna da adm., conjunto de valores que fixam um padrão
de condutas que deve ser observado pela Administração no sentido de que ela atue com retidão de cará-
ter, ética, honestidade, decência, lealdade, boa-fé.
- Não basta que as atividades da Administração estejam de acordo com a Lei, essas atuações têm que
ser conduzidas com Lealdade, Ética e Probidade.
Art.5°, inc.LXXIII da CF/88 Ação popular para controlar a moralidade administrativa dos agentes
públicos.
EFICIÊNCIA: Introduzido pela EC 19/98, antes já era princípio infraconstitucional. A atuação da Adminis-
tração deve ser:
Rápida: Dinamismo, Celeridade, descongestionar e desburocratizar.
Perfeita: Completa, Satisfatória.
Rentável: ótima, máxima com menor custo.
3. Prova: FCC - 2010 - TCE-AP - Procurador ) O princípio constitucional da eficiência, que rege a Adminis-
tração Pública, apresenta-se em:
A) nível materialmente superior ao princípio da legalidade, uma vez que autoriza a Administração Pública a adotar
medidas formalmente em desacordo com a lei em prol do aumento de produtividade e agilidade.
B) hierarquia superior aos demais princípios constitucionais, uma vez que deve nortear toda a atuação da Adminis-
tração Pública.
C) relação ao modo de estruturação da Administração Pública, uma vez que autoriza a derrogação do regime jurídico
de direito público e a aplicação do direito privado quando este se mostrar financeiramente mais atrativo.
D) mesmo nível de hierarquia do princípio da supremacia do interesse público, eis que também possui prevalência
superior apriorística.
E) relação ao modo de organizar, estruturar e disciplinar a Administração Pública, não apenas em relação a atuação
do agente público.
Finalidade Pública Geral: impõe atuação que atuação administrativa seja sempre voltada à coletivi-
dade, ao interesse público, nunca para atender interesses particulares.
Finalidade Pública Específica: determinados atos devem atingir fins específicos. Se este ato é pra-
ticado para atingir outro fim que não seja o seu fim específico, estará ferindo o princípio da finalidade
pública (Desvio específico de finalidade).
Até que se prove o contrário os atos da Administração são legais e legítimos (presunção relativa, juris
tantum). Sua ilegalidade terá que ser provada, e até que se prove os atos serão válidos.
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A Administração tem prerrogativa de controlar sua própria atuação para corrigir seus próprios atos.
PODERÁ anular o ato que ela mesma praticou, quando o ato estiver eivado de ilegalidade Súm.
346, STF :“A Administração Pública pode declarar a nulidade de seus próprios atos.”
A Administração PODERÁ invalidar seus próprios atos eivados de ilegalidade (dos quais não se
originam direitos) e revogar atos por motivos de conveniência e oportunidade. Súm.473, STF :
”A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais,
porque deles não se originam direitos, ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial”.
Em todos esses casos de Invalidação e Revogação, o Poder Judiciário poderá ser provocado e
deverá apreciar os atos de invalidação e os de revogação. No entanto, a apreciação judicial res-
tringe-se a aspectos formais, não havendo controle de mérito, pois não se pode apreciar a conve-
niência e oportunidade da revogação. Daí o caráter de não definitividade do autocontrole da Admi-
nistração, que não faz coisa julgada.
Lei 9784/99, art.53 Processo Administrativo Federal: “A Administração DEVE ANULAR seus
próprios atos, quando eivados de vícios de legalidade e PODE REVOGÁ-LOS por motivos de con-
veniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos”.
4. (Prova: FCC - 2006 - PGE-RR – Procurador) Em relação aos princípios constitucionais aplicáveis à Admi-
nistração Pública é correto afirmar que o princípio da:
A) supremacia do interesse público é hierarquicamente superior aos demais, devendo ser aplicado sempre que
houver embate entre direito público e direito privado.
B) publicidade dispensa publicação no Diário Oficial do Estado, desde que o particular interessado tenha sido noti-
ficado sobre o ato administrativo que lhe seja pertinente.
C) autotutela abrange a faculdade que possui a Administração Pública de rever seus próprios atos.
D) moralidade administrativa, embora previsto de forma individualizada na Constituição Federal, somente é aplicável
à Administração Pública quando o ato praticado revestir-se de ilegalidade.
E) eficiência autoriza a mitigação do princípio da legalidade sempre que houver necessidade de privilegiar o alcance
de melhores resultados na prestação de serviços públicos.
Princípio da Motivação:
Em regra, a Administração deve enunciar as razões que a levaram a expedir determinado ato. Inc.
IX e X, do Estatuto da Magistratura: As decisões administrativas no exercício de função atípica do
judiciário devem ser fundamentadas.
Entende-se por Motivo a razão de fato ou de direito que autorizou ou determinou a prático de um
ato. Já a Motivação se trata da Exigência de explicitação, de enunciação dos motivos.
Exceções ao Princípio da Motivação: A Exoneração ad nutum, que se refere àquela aplicável aos
ocupantes de cargo em comissão, prescinde de motivação. Entretanto, se a Administração motivar
ato que poderia não ser motivado, estará vinculada aos motivos que explicitou. Os motivos vinculam
todo o ato, e se não forem respeitados, o ato poderá ser apreciado pelo Judiciário (Teoria dos
Motivos Determinantes). Ex. agente destituído por improbidade, esta deverá ser provada.
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Os meios adotados pela Administração, voltados a atingir determinados fins, devem se apresentar
como:
Princípio da Continuidade
Estampado no art. 6º, §1º da lei 8987-95, define que a atuação administrativa deve ser ininterrupta.
Ressalva 1 – o servidor público tem direito de greve que será exercido nos termos de lei específica. Enquanto não
houver lei específica para regulamentação, fará greve nos moldes da Lei geral de greve, no entendimento do STF.
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Precedentes citados do STF: AI 799.041-MG, DJe 31/5/2010; RE 456.530-SC, DJe 31/5/2010; RE 480.989-
RS, DJe 11/5/2010; RE 538.923-PA, DJe 16/3/2010, e MI 3.085-DF, DJe 1º/9/2010. MC 16.774-DF, Pet
7.920-DF, e Pet 7.884-DF, Rel. Min. Hamilton Carvalhido, julgados em 22/9/2010 (ver Informativo n.
440).
Ressalva 2 – o art. 6º, §3º da lei 8987/95 permite a interrupção do serviço por razões de ordem técnica e por motivo
de inadimplemento do usuário em situações de urgência, ou se houver prévio aviso.
A razoabilidade orienta a atuação administrativa dentro dos padrões de conduta aceitos pela sociedade. Normal-
mente aplicado na prática de atos discricionários, quando o agente público tem margem de escolha, com base em
critérios de oportunidade e conveniência.
Se entende que a proporcionalidade é inerente à razoabilidade e diz respeito à adequação entre fins e meios para
a prática de atos administrativos. Veja como isso pode ser cobrado em prova de carreiras jurídicas.
5. (VUNESP - 2014 - TJ-SP – Juiz) No que diz respeito ao princípio da razoabilidade, é correto afirmar que:
A) demanda que o administrador escolha sempre a maneira mais correta de atender ao interesse público, desca-
bendo a utilização de critérios subjetivos e pessoais.
B) o administrador pode atuar de acordo com os seus valores pessoais, adotando providências administrativas de
acordo com o seu entendimento, desde que fundamentado de forma razoável.
C) é ele sinônimo do chamado princípio da proporcionalidade.
D) é ele ligado intrinsecamente à racionalidade, subsumindo-se ao princípio da supremacia do interesse público
sobre o do particular.
*PODERES ADMINISTRATIVOS*
2. CONCEITO:
- Conjunto de medidas, meios ou instrumentos dos quais se valem os sujeitos da Administração Pública como
necessários ao desempenho de suas próprias atividades administrativas.
- São Poderes Instrumentais utilizados como meios para satisfação do interesse público, enquanto dever da
administração, sem os quais a mesma não atuaria, eles são inerentes à Administração Pública, nascem com
ela (Poder-Dever). São Poderes Jurídicos, criados pelo Direito.
- Obs.: Alguns autores (Maria Sylvia) negam a autonomia desse Poder, sob o argumento de que ele só impõe
sujeições e limitações à Administração, que não terá liberdade na prática do ato.
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4. PODER DISCRICIONÁRIO:
- A Ordem jurídica confere à Administração Pública, na expedição de determinados atos, a possibilidade de se
valer do juízo de conveniência e oportunidade na escolha do Objeto e na avaliação dos Motivos do ato praticado.
- Concede à Administração certo espaço, com possibilidade de ponderações e escolhas na prática do ato. Pode
deliberar a respeito do Motivo e do Objeto do ato, quando a Lei deixar alguns dos elementos para prática de um
ato para que a Administração atue de forma mais livre, com possibilidade de tomada de mais de uma decisão.
- Entretanto, a Administração deve adotar, dentre os vários motivos e objetos possíveis, o mais benéfico. Nunca
poderá escolher qualquer objeto ou motivo. É uma liberdade relativa, condicionada.
- Obs.: O Judiciário pode fazer o controle de mérito, não de forma ampla, mas dentro do contexto dos princípios
constitucionais.
5. PODER HIERÁRQUICO
- Confere à Administração uma capacidade para ordenar, coordenar, controlar, corrigir, delegar (quando conve-
niente) e avocar suas funções. Este Poder estabelece a relação Hierárquica entre órgãos do mesmo âmbito e
escalão da Administração e a divisão de competências.
Capacidade de Controlar: controlar o próprio desempenho dos agentes público, fazendo também com
que sejam observadas as Leis e Instruções necessárias ao cumprimento das funções.
Capacidade para Corrigir (AUTOTUTELA): Invalidar atos ilegais e revogar atos que não sejam mais
convenientes e oportunos ao interesse público.
Capacidade para Delegar Atividade ou Função Administrativa (art.12, Lei do Processo Administrativo
Disciplinar, lei 9.784/99): Poderá haver quando for conveniente e não houver impedimento legal (delegar
competência para julgamento de recurso administrativo; para edição de atos normativos; ou quando o ato
deva ser praticado com competência exclusiva), mesmo entre órgãos de igual ou inferior escalão, mesmo
que o órgão ou o agente delegado não sejam subordinados ao órgão ou agente delegante. A delegação
é regra, sendo sua proibição uma excepcionalidade. Obs.O responsável pelo ato será o agente que
recebeu a delegação (delegado).
Capacidade para Avocar (art.15, Lei 9.784/99): É o chamamento da competência pela autoridade que
não era, originariamente, competente para prática ato, tirando a competência da autoridade que assim o
era. É excepcional, só será possível quando permitida por Lei. A autoridade avocante deverá ser superior
à autoridade avocada. Deve ser justificada e Temporária. O Poder Hierárquico está presente somente em
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âmbito interno (poder de organização interna). Entre os órgãos da Administração direta e dentro dos pró-
prios órgãos da Administração Indireta. Não há poder hierárquico de órgão da Administração Direta sobre
órgão da Administração Indireta, tampouco de uma entidade da Administração Indireta sobre outra enti-
dade da Administração indireta, já que não há Poder Hierárquico no âmbito externo. OBSNão é controle
de subordinação o que ocorre da Administração Direta sobre a Indireta. É um controle finalístico (incide
sobre os fins e objetivos, nunca sobre os meios) para o qual foi criada a entidade da Administração indi-
reta: Tutela Administrativa. No âmbito da União: supervisão Ministerial (as entidades da Administração
indireta se vinculam a um ministério).
Importa sempre ressaltar que o poder hierárquico é poder interno, não se manifestando entre pessoas jurí-
dicas diferentes. Veja como já se manifestou o STJ:
11. PODER NORMATIVO (Gênero) Vale para todos os órgãos da Administração Pública.
Aplicação de penalidades a todos aqueles que possuam vínculo especial com o poder público, como os servidores
públicos e contratados pela Administração.
A aplicação das penalidades depende de respeito ao devido processo legal, no qual sejam respeitados o contradi-
tório e a ampla defesa.
6. (Prova: FCC - 2011 - TCE-SP – Procurador) Em relação aos poderes da Administração Pública, é correto
afirmar que o poder:
A) normativo é decorrência do poder vinculado da Administração, na medida em que só admite a prática de atos
expressamente previstos em lei.
B) normativo é reflexo do poder discricionário nos casos em que é dado à Administração Pública o poder de substituir
a lei em determinada matéria.
C) disciplinar é decorrente do poder de polícia administrativo, na medida em que admite a aplicação de sanções a
todos os particulares.
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D) disciplinar, no que diz respeito aos servidores públicos, é decorrente do poder hierárquico, na medida em que
se traduz no poder da Administração de apurar infrações e aplicar penalidades aos servidores públicos sujeitos à
sua disciplina.
E) regulamentar, quando decorrente do poder hierárquico, é discricionário, porque não encontra estabelecidos em
lei as hipóteses taxativas de sua incidência.
- Conceito Amplo: toda e qualquer atividade desempenhada pelo Estado e dirigida a se restringir as liberdades
individuais. Alcança os Poderes Executivo e Legislativo. Mesmo uma Lei que venha a restringir uma liberdade
seria decorrente do Poder de Polícia.
- Conceito Estrito: O Poder de Polícia é toda atividade administrativa exercida pelas entidades, órgãos e agen-
tes da Administração Pública para limitar e condicionar o exercício das liberdades individuais e o uso, gozo e
disposição da propriedade, visando adequá-los e conformá-los aos interesses públicos e bem-estar geral da
coletividade. É um Poder de Polícia Administrativo.
Objeto do P. de Polícia: Um bem, direito ou atividade exercida pelo particular, serão limitados pelo Poder
de polícia da Administração que, entretanto, não poderá abolir os direitos do administrados, apenas limita-
los de modo que não ponham a coletividade em risco.
Manifestação: É uma atividade administrativa manifestada através de atos com destinatários indetermi-
nados, gerais ou abstratos, individuais ou concretos; de prevenção ou fiscalização.
Via de regra, o P. de Polícia é discricionário. No entanto, a Administração não pode ficar inerte, tem
que exercê-lo, tem o dever de responder, decidir a respeito dos pedidos do administrado, se se mantiver
inerte, essa inércia poderá ser apreciada pelo Judiciário. Exceções: As licenças são atos vinculados
quando o particular cumpre todos os requisitos.
Sanções: Devem vim previstas expressamente em Lei. As sanções prevêem o resultado útil do Poder de
Polícia. Ex. Interdições, apreensões, demolições, multas.
Setores do Poder de Polícia: Ex. Polícia Ambiental, Polícia Edilícia (SUCOM), INMETRO.
O poder de polícia é alvo de muitas provas de carreiras jurídicas, incluindo advocacia pública. Vejamos:
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7. (Prova: FCC - 2012 - PGM-Joao Pessoa-PB - Procurador Municipal ) É ato administrativo produzido pela
Administração, no exercício do poder de polícia, porém destituído do atributo de autoexecutoriedade, a:
8. (TRF - 4ª REGIÃO - 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - Juiz Substituto) Dadas as assertivas abaixo, assinale a
alternativa correta.
I. Os atos de polícia são executados pela própria autoridade administrativa, independentemente de autorização
judicial. Não obstante, se o ato de polícia tiver como objeto a demolição de uma casa habitada, a respectiva execu-
ção deve ser autorizada judicialmente e acompanhada por oficiais de justiça.
II. É condição constitucional para a cobrança de taxa pelo exercício de poder de polícia a competência do ente
tributante para exercer a fiscalização da atividade específica do contribuinte.
III. Um órgão administrativo federal e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua
competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando
for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.
IV. Compete privativamente ao Presidente da República sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como
expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução, mas é possível a delegação a Ministro de Estado para
dispor, mediante decreto, sobre organização e funcionamento da administração federal.
*ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO*
15.1- DESCONCENTRAÇÃO: Atividade distribuída dentro do próprio núcleo, da própria Pessoa Jurídica. Há
Hierarquia, Subordinação.
Descentralização:
Por Outorga: O Poder Público transfere a titularidade mais a execução do serviço. Só pode ser feita
através de lei e para as Pessoas Jurídicas de Direito Público da Administração Indireta.
Delegação: Transfere somente a execução do serviço, o Poder Público mantém a titularidade. Pode
ser feita a qualquer um (Administração Direta, Indireta, particulares). Pode ser feita por:
a) Lei (Legal): quando for para Pessoas Jurídicas de Direito Privado da Administração Indireta
(Empresas Públicas, Sociedade de Economia Mista).
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Teoria do Mandato: O Estado transfere poderes a seus agentes através de um contrato de mandato.
Não serve porque o Estado não pode manifestar vontade, portanto, não pode celebrar contrato de man-
dato.
Teoria da Representação: O Estado é tratado como incapaz, por isso precisaria de um representante.
Não serve porque, no Brasil, o Estado é responsável por seus atos e de seus agentes, não é incapaz.
Teoria do Órgão ou Teoria da Imputação (Hely Lopes): Utilizada no Brasil, o agente exerce o poder,
manifesta a vontade do Estado em razão de um Poder Legal, decorre de uma previsão legal.
Vejam isso:
9. (FCC - 2014 - TJ-CE – Juiz) O diretor de órgão integrante da estrutura de autarquia estadual assina termo
de ajustamento de conduta com o Ministério Público Estadual, visando à regularização de práticas adminis-
trativas da referida autarquia, as quais, no entender do parquet, ofendem direitos dos usuários do serviço
público prestados pela entidade autárquica. Nessa situação, o descumprimento do termo de conduta propi-
ciará a execução judicial do acordo em relação:
A) à autarquia, em litisconsórcio necessário com Estado-membro, pois em razão da relação de tutela, este sempre
deverá ser chamado a intervir em demandas que digam respeito ao exercício de atividades descentralizadas.
B) à autarquia a que pertence o referido órgão, visto que em razão da teoria da imputação, o órgão é uma unidade
sem personalidade jurídica própria, que congrega atribuições exercidas por agentes que o integram e expressam a
vontade do ente estatal.
C) ao agente público, que é responsável direto pela manifestação de vontade que produziu e que deverá cumprir
pessoalmente as obrigações ali assumidas.
D) ao órgão da autarquia, visto que este tem personalidade jurídica própria, distinta da entidade administrativa na
qual está inserido, a qual responderá apenas em caráter subsidiário.
E) ao Estado-membro, pois, conforme a teoria da representação, é atribuível ao ente político a manifestação de todo
e qualquer órgão ou entidade que estejam em sua esfera e que o representam nas relações com os demais sujeitos
de direito.
- Núcleo especializado de competências que servem para prestação de atividade administrativa. Não
pode celebrar contrato. Não têm Personalidade Jurídica, por isso não tem aptidão para ser sujeito de direitos
e obrigações. Mas pode ir a juízo, desde que preenchida 02 condições (ir em busca de prerrogativas funcio-
nais, sempre como sujeito ativo). Tem CNPJ. É possível a existência de órgão público na Administração direta
e na indireta (Lei 9784/99).
CLASSIFICAÇÃO:
C Superior: ainda tem poder de decisão, mas está subordinado aos órgãos autônomos e
aos independentes. Ex. Procuradorias.
DSubalterno: Não tem poder de decisão, só executa o que foi mandado pelo independente
ou autônomo. Ex. zeladoria, almoxorifado.
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ASimples: Não tem outros órgãos agregados à sua estrutura. Ex. Gabinetes.
B Compostos: tem outros órgãos agregados à estrutura. Ex. Delegacia de Ensino- Escolas
ligadas.
- Possuem Personalidade Jurídica Própria: tem aptidão para ser sujeito de direitos e obrigações, é res-
ponsável pelos próprios atos e os de seus agentes. Não existe relação de hierarquia entre Administração
Direta e Indireta.
- Patrimônio e Recursos Próprios, autonomia técnica, financeira (decide como vai aplicar o dinheiro),
administrativa. Só não tem autonomia, nem capacidade legislativa. Obs. No máximo poderá regular, comple-
mentar, disciplinar o que está previsto em lei.
Formas de Controle:
Exterior: Poder Legislativo (CPI´s e TCU); Poder Judiciário; pelos cidadãos, através da Ação Po-
pular; Pelo Poder Executivo (supervisão Ministerial, dirigentes escolhidos pelo Ministério, receitas e
despesas fiscalizadas, finalidades predeterminadas).
AUTARQUIAS
Conceito: Pessoa Jurídica de Direito Público que serve para prestação de atividades típicas do
Estado, com autonomia administrativa, técnica e financeira, mas sem capacidade legislativa. São cria-
das e extintas por lei ordinária específica.
Finalidade vinculada à finalidade para a qual a Lei a criou. Não são criadas para visar o Lucro.
Atos e Contratos:
Responsabilidade Civil :
a) Conduta + Dano + Nexo (sem necessidade de comprovação de culpa ou dolo). Será Objetiva:
quando houver ação por parte do Estado; Subjetiva: quando em razão de omissão do Estado,
e a responsabilidade do servidor também será subjetiva.
b) Obs. Se a Autarquia não tiver patrimônio, o Estado responderá de forma objetiva, subsidiaria-
mente pelo Dano.
c) Exceção: No Casos das PPP´s, a Responsabilidade do Estado é Solidária.
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a) Inalienabilidade Relativa: Todos os bens públicos são alienáveis de forma condicionada. Para
haver alienação, há um procedimento a ser seguido: (Desafetação- Autorização Legislativa-
Licitação).
c) Impossibilidade de Oneração: O Bem Público não pode ser objeto de Dir. Real de garantia
(O Penhor e a Hipoteca são vedados).
a) Documento através do qual, o Tribunal reconhece débito com procedência transitada em jul-
gado. Os Precatórios constituídos até 01º de julho devem ser pagos no exercício financeiro
seguinte, se existir disponibilidade orçamentária. Podem ser pagos em parcelamentos anuais
(10 por ano).
b) Cada Pessoa Jurídica tem a sua própria fila, cada autarquia tem uma fila própria. Obs. Alimen-
tos: Obedecem ao Precatório, mas têm fila própria dentro da fila geral. Exceção: Há um valor
de 60 salários mínimos, no qual a pessoa estará fora do precatório.
Privilégios Processuais:
a) Prazo para Recurso: prazo quádruplo, 60 dias. Contestação: prazo duplo, 30 dias.
b) Duplo grau obrigatório de Jurisdição, reexame necessário: Se o processo não for submetido ao
duplo grau obrigatório, não haverá Coisa Julgada.
Regime Tributário:
a) Imunidade Tributária recíproca Somente quanto aos Impostos. A Imunidade não é absoluta:
Restringe-se às finalidades específicas de cada autarquia, previstas na sua lei de criação. As
atividades complementares estão sujeitas aos impostos.
b) Obs. Há cobrança dos outros tributos.
c) Procedimento Financeiro: Lei 4320/64 (Lei de Finanças Públicas) e LC 101/2000 (Lei de Res-
ponsabilidade Fiscal).
d) Regime de Pessoal (EC 19 aboliu o Regime jurídico único):
A Estatutário: Para titulares de cargo público (só nas Pessoas Jurídicas de Dir. Público).
Preferencialmente, deve ser adotado o Regime Estatutário, de cargo público.
Antigamente: Natureza de Autarquia. Porém, a Lei 9649/98, art.58: Conselho de Classe terá natu-
reza de Pessoa Jurídica de Direito Privado.
STF, ADIN 1717: Como os Conselhos de Classe têm como função principal o Poder de Polícia,
fiscalizando as atuações profissionais, não podem ser considerados PJ de Dir.Privado. Declarou in-
constitucional o art.58 da Lei 9649/98, determinando que os Cons.de Classe terão natureza de Autar-
quia.
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Controle pelo Tribunais de Contas; Devem Obedecer a Lei 4320/64 (Lei de Finanças)
Exceção OAB: A contribuição da OAB não tem natureza tributária; Não sofre controle do Tribunal
de Contas e não deve obediência à Lei de Finanças Nacional.
Surgiram para conceituar as Universidades Públicas, que têm mais autonomia e liberdade. Reitor:
Tem prazo certo de mandato, só sairá depois da expiração desse. São escolhidos por eleição. Não é
cargo de livre nomeação, nem de livre exoneração.
OBS. Banco Central: É autarquia comum, mas seu Presidente é nomeado pelo Presidente após
prévia aprovação do Senado.
b) Capacidade Legislativa: Não a tem, não podendo, de tal sorte, legislar. Têm o papel de com-
plementar as leis, com normas técnicas específicas de sua atuação.
c) Regime Especial: Têm mais autonomia, Liberdade normativa, liberdade econômica e finan-
ceira.
e) Mandato com Prazo certo e determinado: A Lei de criação de cada Autarquia de regime
especial irá determinar o prazo do mandato (máximo. de 04 anos). Obs. Já há Projeto de Lei
querendo uniformizar o prazo: 04 anos para todas.
f) Vedação (Quarentena): Quando o dirigente sai do cargo, deve ficar 04 meses ou 01 ano (a
depender da lei da autarquia especial) sem poder atuar na área de atuação da Agência Regu-
ladora.
g) Distinções:
AProcedimento Licitatório:
- Lei 9472/97: em contrariedade ao disposto na Lei 8666/93, cada agência teria seu próprio
procedimento licitatório, previsto na sua lei de criação. Com modos específicos de Licitação
(Pregão e Consulta).
- STF, ADIN 1668: Se a Agência Reguladora é autarquia, terá que seguir a Lei 8666/93,
deixando, entretanto, que elas tenham as modalidades específicas determinadas pela Lei
9472/97, Pregão e Consulta.
- O Pregão já tem a Lei 10520/02, que o estendeu a todos os Entes, não sendo mais modali-
dade específica das Agências Reguladoras. Atualmente, a Consulta, que ainda não tem Lei
lhe regulando, é a modalidade específica das Agências Reguladoras.
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B Regime de Pessoal:
- Lei 9886/00: Regime Celetista, com contratação temporária. A Doutrina já dizia que o Re-
gime da CLT só deveria ser adotado em situações excepcionais, para funções subalternas
ou para contratações temporárias.
-ADIN 2310, STF: Declarou que não era hipótese para contratação temporária, que é excep-
cional, e que, portanto, não deveria adotar o Regime Celetista. Declarou a Inconstitucionali-
dade das 02 regras: Regime Celetista e Contratação Temporária.
- MP 155/03 Lei 10871/04: Determinou o Regime Estatutário, com concurso público, para
todas as Agências Reguladoras. Os que entraram por contratação temporária sairão depois
de findo o tempo do contrato.
h) Exemplos de Agências:
AANS; ANTT; ANTAQ; ANAC; ANP; ANA (bens públicos); ANCINE (fomento).
C Serviços Sociais Autônomos: APEX, ABDI. Obs: CVM: deveria ser agência reguladora,
mas é autarquia comum.
AGÊNCIA EXECUTIVA:
a) São Autarquias ou Fundações Públicas que precisam ser modernizadas, e para isso fazem um
planejamento para reestruturação.
b) Contrato de Gestão: Celebrado entra uma Autarquia ou Fundação Pública e o Poder Público.
Serve para dar mais autonomia ou recurso público. Ex: Autarquia A Contrato de gestão
Agencia Executiva A.
c) O título de Agência Executiva é temporário, findo o contrato de gestão, o ente que se tornou
agência executiva temporariamente voltará a ser autarquia ou fundação pública. Ex. de ag.exe-
cutiva: INMETRO.
d) Liberdade Específica (só para agências executivas): Art.24, par.único, Lei 8666/93: Dis-
pensa de Licitação. Regra Geral:
AValor de até 10% do Convite (até R$150.000, se obras ou serviços de engenharia; até
R$80.000 para os outros serviços);
e) Dispensa para as Agências Executivas: 20% do Valor do Convite, ou seja, quando o valor
da licitação for até R$30.000 ou R$16.000, a agência executiva estará dispensada de licitação.
Essa dispensa vale também para: Sociedades de Economia Mista, Empresas Públicas e Con-
sórcios Públicos. Só vale para as Autarquias e fundações públicas, quando qualificadas como
agência executiva.
FUNDAÇÃO PÚBLICA
São instituídas e constituídas pelo Poder Público, fazendo parte da Administração. Obs.: Quando
forem constituídas pela iniciativa privada, não serão Fundação Pública.
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a) Natureza Jurídica: Regime de Dir. Público. É uma espécie de autarquia e faz parte da Fazenda
Pública. Tem todos os privilégios e obrigações de uma autarquia. Obs. Quando o concurso falar
de Fundação Pública, será a de Direito Público.
a) Natureza Jurídica: Regime de Direito Privado, derrogado parcialmente por algumas normas
de dir.público.
c) Privilégio Processual: Não tem prazo especial, porque não faz parte da Fazenda Pública.
d) Tem sua Criação autorizada por Lei Ordinária; Lei Complementar deve determinar a finalidade
das fundações públicas de dir.privado.
e) OBS: Celso Antonio entende que não há essa divisão. Segundo ele, quando se fala em Funda-
ção Pública, todas elas são de Direito Público.
EMPRESAS PÚBLICAS:
a) Pessoa Jurídica de Direito Privado; Podem prestar serviço público ou explorar atividade econô-
mica; sua criação autorizada por lei.
b) Têm capital exclusivamente público: Pode ser capital de vários entes da federação. Entre-
tanto, não poderá haver capital de uma Sociedade de Economia Mista investido na Empresa
Pública, do contrário ela perderá esse status.
c) Tem livre Constituição: Pode ser constituída por qualquer atividade empresarial.
a) Pessoa Jurídica de Direito Privado; Podem prestar serviço público ou explorar atividade econô-
mica; Criação autorizada por lei.
b) Têm Capital Misto: O Capital do Ente Público deve ser a maioria do capital votante. Devem
ser constituídas, obrigatoriamente, como Sociedades Anônimas.
d) FINALIDADES:
A Prestar Serviço Público: Quando forem prestadoras de serviço público, haverá preva-
lência do Dir.Público sobre o Dir.Privado.
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A 1ª Regra: LICITAÇÃO:
02. Quando Exploradora de Atividade Econômica: Podem ter estatuto próprio, que re-
gerá o procedimento licitatório de cada Pessoa Jurídica. Entretanto, até hoje, não há esta-
tuto. Assim, deverão obedecer à Lei 8666/93. Dispensa e Inexigibilidade (Arts.24 e 25 da
Lei 8666/93).
BFALÊNCIA:
01. Antes: Se prestadoras de serviço público não estavam sujeitas à falência; Se explo-
radoras de atividade econômica Estavam sujeitas à falência.
02. Agora (Lei de Falências, 11101/05, art.2º): Empresas Públicas e Sociedades de Eco-
nomia mista, sejam exploradoras de atividade econômica, sejam prestadoras de serviço
público, não estão sujeitas à falência.
03.Obs: A doutrina critica tal orientação, dizendo que as exploradoras de atividade econô-
mica devem estar sujeitas à lei de falências, já que estão muito próximas do Dir.Privado.
C RESPONSABILIDADE CIVIL:
01. Prestadoras de Serviço Público (Art.37, par.6º, CF): A responsabilidade será obje-
tiva, de regra. E a responsabilidade do Estado será subsidiária e objetiva.
D REGIME TRIBUTÁRIO:
01. Regra Geral: As Empresas Públicas e as Sociedades de Economia Mista não têm imu-
nidade tributária recíproca e privilégios não extensíveis à iniciativa privada.
03. Empresa dos Correios e Telégrafos: Exerce atividade exclusiva e indelegável do Es-
tado (serviço postal), por isso é tratado com Fazenda Pública. Goza de imunidade tributária
recíproca; Tem privilégios processuais (prazos diferenciados); Os seus bens públicos são
impenhoráveis, não oneráveis, impenhoráveis e imprescritíveis; Estão sujeitas ao regime
de precatório.Obs. Isso não vale para as franquias privadas da Empresa.
E REGIME DE BENS:
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02. Obs. José dos Santos C. Filho entende que só os bens das Pessoas Jurídicas de Dir.Pú-
blico são bens públicos, ou seja, os bens das entidades governamentais não são bens pú-
blicos.
03. Maioria da Doutrina: Os bens públicos são todos aqueles pertencentes às Pessoas
Jurídicas de Direito Público e os diretamente ligados à prestação do serviço público nas
entidades governamentais, concessionárias, permissionárias e autorizatárias. Neste ultimo
caso, os bens seguirão as regras dos bens públicos.
F REGIME DE PESSOAL:
01. Celetista: Titular de Emprego (Não é emprego público. Este e o cargo público são
exclusivos das PJ´s de Dir.Público). Equiparam-se aos servidores em alguns aspectos:
10. Sobre as empresas públicas e sociedades de economia mista, assinale a alternativa INCORRETA:
A) Empresa pública é pessoa jurídica criada por autorização legal como instrumento de ação do Estado, detendo
personalidade jurídica de Direito Privado, cujo capital é formado exclusivamente por recursos de pessoas de Direito
Público interno ou de pessoas de suas Administrações indiretas, com predominância acionária na Administração
direta;
B) Sociedade de economia mista é pessoa jurídica criada por autorização legal, com personalidade de Direito Pri-
vado, cujas ações com direito a voto pertencem em sua maioria à administração direta ou indireta, com remanes-
cente acionário de propriedade particular;
C) As Sociedades de economia mista podem adotar qualquer forma societária admitida cm Direito ao passo que as
empresas públicas terão obrigatoriamente a forma de sociedade anônima;
D) Há dois tipos fundamentais de empresas públicas e sociedades de economia mista: as exploradoras de atividade
econômica e aquelas prestadoras de serviços públicos ou coordenadoras de obras públicas;
E) Quanto ao regime jurídico das empresas estatais (empresas públicas e sociedades de economia mista), o con-
trole sobre elas é feito pelo Ministro a cuja Pasta estejam vinculadas, cabendo a ele, diretamente ou por meio de
órgãos superiores do Ministério, orientá-las, coordená-las e controlá-las.
São entes paraestatais, Pessoas Jurídicas de Direito Privado que não fazem parte da Administra-
ção pública, mas que cooperam com o Estado na consecução de alguns fins públicos.
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ORGANIZAÇÃO SOCIAL
a) Lei 9637/98: As Organizações Sociais servem para prestação de serviços públicos, serviços
estes que estão listados nesta Lei. Ex.: meio-ambiente; pesquisa; saúde; desenvolvimento tec-
nológico.
b) As Organizações Sociais surgiram como órgãos públicos extintos, que foram transformadas em
Pessoas Jurídicas de Direito Privado denominadas Organização Social.
d) A empresa não precisa existir no mundo jurídico, nem ter experiência prévia no ramo em que
for atuar para que celebre o contrato de gestão. Ato Administrativo Discricionário do Ministério
do Planejamento e Gestão, após a celebração do contrato de gestão, dá o status de Organiza-
ção Social.
e) Controle/ Licitação: Art.24, inc.24 da Lei 8666/93: Dispensa a Administração de licitar com as
Organizações Sociais quando o contrato a ser firmado for decorrente de contrato de gestão.
A A Pessoa Jurídica precisa existir no mundo jurídico no mesmo ramo de atividade, há pelo
menos 01 ano, para tornar-se uma OSCIP.
B O Vínculo jurídico com o Estado é o Termo de Parceria, que tem natureza de contrato
administrativa, segundo parte da doutrina.
C Regra Geral: Não há cessão de servidores, não há transferência de bens públicos, nem
dotação orçamentária (não participa diretamente do orçamento, mas recebe recursos públi-
cos via depósito bancário).
F Obs: O que tem ocorrido é que a Administração contrata as OSCIP´s para, via de regra,
burlar o concurso público, já que os empregados das OSCIP´s não necessitam de concurso.
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ENTIDADES DE APOIO
b) Funcionam ao lado das Universidades Públicas e hospitais públicos. São fundações privadas
que atuam com a estrutura e o dinheiro do Estado. Vínculo Jurídico: Convênio celebrado
com a universidade. Ex. As entidades de apoio fazem convenio com a universidade pública
para organizarem uma pós-graduação, da qual se poderá cobrar mensalidade.
c)Lei 8958/94: Entidades de apoio que atuam junto às Universidades Públicas. Quanto às outras
entidades ainda não há legislação.
TERMO DE COLABORAÇÃO – planos de trabalho propostos pela administração pública em regime de mútua
cooperação
TERMO DE FOMENTO - planos de trabalho propostos pela entidade privada em regime de mútua cooperação
ACORDO DE COOPERAÇÃO – Quando não houver transferência de recursos públicos.
Habilitação da entidade
Sem fins lucrativos
3 anos de existência
Experiência no objeto
Capacidade técnica e operacional
Encerramento
Homologação e adjudicação
PRESTAÇÃO DE CONTAS
1 - Relatório de Execução do Objeto: elaborado pela organização da sociedade civil, assinado pelo seu
representante legal, contendo as atividades desenvolvidas para o cumprimento do objeto e o comparativo de metas
propostas com os resultados alcançados
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2 - Relatório de Execução Financeira: assinado pelo seu representante legal e o contador responsável, com
a descrição das despesas e receitas efetivamente realizadas.
Prazo de até 150 dias
* ATOS ADMINISTRATIVOS *
- Atos jurídicos, ou não, por meio dos quais a Administração emite uma declaração de vontade para executar a
lei aos casos concretos e fazer prevalecer o interesse público sobre os interesses particulares, no desempenho
das suas atividades.
14.1 -Atos Jurídicos Regidos pelo Direito Privado: a Relação Jurídica é horizontal, há igualdade entre os
contratantes (administração x particular), a administração não se vale da sua supremacia.
14.2 -Atos Materiais = FATO ADMINISTRATIVO. Não são atos jurídicos, apenas realizam, executam uma
atividade do Estado. (Ex. construção de uma estrada, pavimentação).
14.3 - Atos Políticos ou de Governo: São de natureza jurídica, editados pelo Estado no exercício de função
política de soberania. Ex. sanção do presidente a um projeto de lei.
Conceito: É um ato jurídico¹ por meio do qual o Estado, ou quem lhe faça as vezes², exprime uma
declaração unilateral de vontade, no exercício de suas Prerrogativas Públicas, consistentes em provi-
dências jurídicas complementares da Lei³, a título de lhe dar execução, sujeitas ao controle de legitimi-
dade pelo Judiciário, no desempenho de atividades essencialmente administrativas da gestão dos inte-
resses coletivos.
01. É Ato jurídico: tem por fim criar, alterar, extinguir algo no mundo do Direito, no que se diferenciam
do fato administrativo (realizações da administração sem declaração de vontade).
02. Estado (Três Poderes) e Quem lhe faça as vezes (delegatários, concessionários, que atuam em
nome do Estado e podem exprimir declaração de vontade em nome do mesmo, emitindo atos ad-
ministrativos).
03. Providências jurídicas complementares da Lei: atividade precípua da administração na sua fun-
ção de executar a lei, de ofício, ao caso concreto.
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11. (TRT 8R - 2014 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Juiz do Trabalho) Dentre as alternativas a seguir, assinale a
única INCORRETA:
A) O ato administrativo pode ser conceituado como toda medida, de natureza unilateral ou bilateral, editada pelo
Estado, por meio de seus representantes, no exercício regular de suas funções, ou por qualquer pessoa que dete-
nha, nas mãos, fração de poder delegada pelo Estado, que tem por finalidade imediata criar, reconhecer, modificar,
resguardar ou extinguir situações jurídicas subjetivas, em matéria administrativa.
B) Dentre os requisitos de validade do ato administrativo está a finalidade, a qual impõe seja o ato administrativo
praticado unicamente para um fim de interesse público e, este, por sua vez, há de ser próprio do ato praticado; não
pode o agente público praticar um ato visando o fim inerente a outro, mesmo que ambos sejam de sua competência
e abriguem um interesse público.
C) Quanto à natureza do conteúdo, os atos administrativos podem ser classificados em concretos e abstratos; con-
cretos são os que dispõem para um único e específico caso, e se esgotam nessa aplicação, tais como nas hipóteses
de exoneração de funcionário e declaração de utilidade pública para fins de desapropriação. São abstratos os atos
que dispõem para casos que possam se repetir, não se esgotando mesmo depois de reiteradas aplicações, sendo
o regulamento um exemplo típico dessa espécie de ato administrativo.
D) Em razão da maior ou menor liberdade que tem a Administração Pública para agir ou decidir, os atos adminis-
trativos podem ser classificados em vinculados e discricionários. Vinculados são os atos administrativos praticados
conforme o único comportamento que a lei prescreve à Administração Pública, não cabendo a essa outro compor-
tamento que não aquele ditado na lei. Discricionários são os atos administrativos praticados conforme um dos com-
portamentos que a lei prescreve, cabendo à Administração Pública a escolha dentre as condutas previstas, obser-
vados os critérios de conveniência e oportunidade.
E) Segundo a teoria dos motivos determinantes, o ato administrativo só é valido se os motivos anunciados efetiva-
mente aconteceram; desse modo, a menção a motivos falsos ou inexistentes vicia irremediavelmente o ato prati-
cado, mesmo que não exigidos por lei.
12. (CESPE - 2014 - TJ-SE - Titular de Serviços de Notas e de Registros – Provimento) Acerca dos atos
administrativos, assinale a opção correta.
A) Pelo critério formal, são atos administrativos os editados pelos órgãos administrativos, excluindo-se dessa clas-
sificação todos os atos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário.
B) A autoexecutoriedade é um atributo inerente aos atos administrativos, ainda que não haja previsão expressa em
lei quanto à forma de execução de determinadas medidas.
C) A finalidade corresponde ao requisito do ato administrativo que serve de fundamento para a sua prática.
D) Considera-se pendente o ato administrativo que não esteja apto a produzir efeitos jurídicos por não ter comple-
tado o seu ciclo de formação.
E) A anulação, que consiste no desfazimento do ato administrativo por ilegalidade, pode ser efetuada de ofício pela
administração ou pelo Poder Judiciário.
A PERFEIÇÃO
é o cumprimento das etapas necessárias à formação do ato. O ato administrativo é perfeito quando cumpre
todos os trâmites previstos em lei para a constituição, completou o ciclo de formação.
A VALIDADE
é aferida quando todas as etapas realizadas estiverem de acordo com a lei. Logo, ato válido é aquele que foi
criado de acordo com o estabelecido na legislação.
A EFICÁCIA
é a aptidão para produção de efeitos concedida ao ato administrativo. Alguns têm eficácia imediata, logo após
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a publicação, mas outros podem ter sido editados com previsão de termos iniciais ou condições suspensivas. Por
exemplo, a autorização para realizar uma cerimônia de casamento na praia, no sábado à noite, só produz efeitos
nesta data, ainda que esteja perfeito e válido dias antes.
O ato jurídico válido, bem como o inválido podem ou não produzir efeitos automaticamente. Um ato jurídico
inexistente, como no caso de um ato putativo, produz efeitos no mundo jurídico, embora de forma limitada. Esse é
o entendimento defendido por Marçal Justen Filho ao dizer que:
“...até mesmo um ato jurídico inexistente [...[ pode produzir efeitos jurídicos, tal como se passa no caso do
chamado casamento putativo. [...[ Essa representação não significa que todos os atos são igualmente efi-
cazes. Não indica que os atos jurídicos inexistentes produzem efeitos jurídicos idênticos aos decorrentes
de atos jurídicos validos. O que se afirma que os atos jurídicos inexistentes e os jurídicos inválidos podem
ser dotados de alguma eficácia. Portanto, a existência e a validade não são requisitos para alguma eficácia”
(fl. 185;186).
Nestes casos, serão denominados de atos administrativos pendentes, todos aqueles que são perfeitos e váli-
dos, mas ainda não estão aptos a produzirem efeitos.
Presunção de Legitimidade, juris tantum: o ato administrativo presume-se editado de acordo com
as normas e princípios gerais de Direito. Decorre da Legalidade Ampla. O ato vigora enquanto não
afastado.
Presunção de Veracidade, relativa: ao conteúdo do ato e aos fatos que o compõe, corresponde à
verdade de fato Fé Pública.
Imperatividade: não é atributo de todo ato, e sim dos atos que encerram obrigações para os admi-
nistrados. O administrado fica constituído em uma obrigação, ainda que contra sua vontade.
Exigibilidade: capacidade de exigir que a obrigação imposta ao administrado seja cumprida, sob
pena de a administração se valer de meios indiretos de coação. Ex. Multa.
Auto-Executoriedade: Esse atributo tem que vir expresso em lei, salvo se não for possível outra
solução no caso concreto. A administração se vale de meios direitos de coação para execução do
ato. Ex. demolição de obra.
Elementos e Requisitos dos Atos Administrativos: A Doutrina Majoritária aponta cinco elementos,
com base na Lei de Ação Popular 4717/65, art.2°, a falta de um dos requisitos torna o ato inválido
(anulável, podendo ser sanado). Diogo Gasparini e Celso Antônio incluem mais dois elementos (conte-
údo e causa).
Competência/Sujeito: Conjunto de atribuições definidas por Lei, conferida aos órgãos e agentes
públicos para, em nome do Estado, exprimir a declaração de vontade do mesmo através dos atos
administrativos. Decorre sempre da Lei, é sempre Vinculada, portanto, mesmo quando o ato é dis-
cricionário, sem o qual o ato é inválido.
Finalidade: Ato que foge da sua Finalidade específica prevista em Lei, mesmo que atenda a uma
outra finalidade benéfica ao interesse público, estará incorrendo em desvio de finalidade ou desvio
de poder, e será Inválido. A Finalidade Específica de cada ato está sempre prevista em Lei, é sem-
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pre elemento vinculado, mesmo que ato seja discricionário. Ex. Ato de remoção, a finalidade espe-
cífica é uma melhor prestação do serviço público. Obs Não pode existir ato administrativo Inomi-
nado.
*Obs: diferencia-se de Formalidade não é elemento de todo ato administrativo, é uma solenidade
especial para prática de determinados dos atos que a exigem. O não cumprimento da formalidade
torna o ato irregular, já o vício de forma gera nulidade. Ex. Regulamento (o Decreto é ato adminis-
trativo que serve como formalidade para eficácia do regulamento).
Motivo: Razão de fato ou de direito que autoriza ou determina a prática do ato por parte da Admi-
nistração (Ex. Demissão o motivo é a razão que levou a Administração a praticar o ato). O motivo
será elemento Vinculado quando o Ato for Vinculado; Será Discricionário quando o Ato assim o for
(ocorre quando a lei não elenca o motivo, deixando que a administração o pondere).
Objeto/Conteúdo: É o próprio conteúdo, disposição jurídica do ato (o que o ato dispõe juridica-
mente). É a própria essência do ato, a própria administração vai escolher qual o seu objeto. É ele-
mento discricionário, quando o ato for discricionário, ou vinculado, quando o ato assim o for. Ex.
Remoção (o objeto é a própria remoção).
****OBS. Corrente Minoritária (Diógenes Gasparini, Celso Antônio) existem mais 02 Elementos:
Conteúdo (separado do objeto): Seria a própria disposição do ato, enquanto o objeto seria aquilo
sobre o qual o conteúdo incide, coisa ou relação jurídica sobre o qual recai o ato. O objeto seria o
elemento extrínseco ao ato e o conteúdo seria o elemento intrínseco.
a) Simples (01 vontade): É todo ato administrativo que decorre de uma única vontade, expressada
por um único órgão ou agente público, a maioria dos atos é simples (ex: nomeação, exonera-
ção). Pouco importa se o órgão é singular ou colegiado.
b) Complexo (01 + 01 vontade): Ato cuja formação depende de mais 01 ou mais vontade emanada
por mais de um órgão. Ex. Promoção por merecimento dos desembargadores dos TRF´s (o
TRF forma uma lista tríplice a encaminha para o Presidente que escolherá 01 dentre os
03 nomes).
c) Composto (01 + 01 vontade): Decorre de uma única vontade, emanada de 01 único agente ou
órgão público, mas que depende de uma vontade acessória de outro agente ou órgão para lhe
dar eficácia e validade.
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a) Geral: São Atos Normativos (sempre atos gerais). Têm como destinatários os indivíduos em
geral, incertos e indeterminados.
b) Declaratórios: Os efeitos se destinam a reconhecer uma situação jurídica preexistente. Ex. To-
dos os atos vinculados.
Atos negociais – atos nos quais a manifestação de vontade do estado coincide com o requeri-
mento do particular.
c) Licença: Ato vinculado e definitivo, através do qual a administração reconhece um direito sub-
jetivo do administrado, ora para exercer atividade material, ora para exercer atividade jurídica,
condicionadas no seu exercício ao prévio reconhecimento por parte da administração (a Lei, ao
tempo que reconhece um direito ao administrado, condiciona o seu exercício a esse prévio re-
conhecimento).
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d) Admissão: Não é ato de provimento. É Ato Vinculado, através do qual a Administração reco-
nhece ao administrado o direito de usufruir um serviço público. Ex. matrícula em escola ou uni-
versidade pública.
Obs: Decreto Regulamentar: São 02 atos administrativos, de Competência Privativa dos Che-
fes do Executivo, que podem expedir atos gerais, abstratos ou individuais (nomeação de Min.
do STF). Servirá sempre como formalidade para outro ato. Obs2: O Decreto Lei foi abolido do
Brasil com a Constituição Federal de 1988 permanecendo apenas os Decretos Anteriores à
Carta Magna que estejam em vigor. Obs3: Diferenciam-se do Decreto Legislativo, que é Lei
“lato senso”. Obs4: Diferenciam-se da Resolução Legislativa, que é Lei “lato senso” de efeitos
internos às Casas Legislativas. Exceção: Possibilidade do Decreto Autônomo (art.84, VI da
CF): para Extinguir Cargos Vagos e para Organização da Administração, desde que não crie
novas despesas.
c) INSTRUÇÕES (Ministros e Secretários): Tem caráter abstrato, são atos formais através dos
quais a Administração expede normas gerais de orientação interna. Põem em execução os De-
cretos Executivos, para regulamentar os regulamentos do Poder Executivo.
d) ORDEM DE SERVIÇO: Ato Administrativo que certas autoridades públicas editam para deter-
minarem a implementação ou realização de algum fato material (fato administrativo). Ex. Ordem
de construção.
e) PORTARIA (qualquer autoridade administrativa que não seja o Chefe do Executivo). Utili-
zada para qualquer ato que disponha sobre o próprio servidor e sua vida funcional. Ex. Instau-
ração de Inquérito policial (quando não for instaurado por auto de prisão em flagrante); Instau-
ração de Processo Administrativo Disciplinar, Sindicância.
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13. (FCC - 2014 - TJ-CE – Juiz) No tocante às várias espécies de ato administrativo, é correto afirmar:
A) Certidões são atos constitutivos de situações jurídicas formadas a partir da aplicação de preceitos legais vincu-
lantes.
B) Homologação é ato unilateral e discricionário, pelo qual o superior confirma a validade de ato praticado por
subordinado.
C) Decretos são atos de caráter geral, emanados pelo Chefe do Poder Executivo.
D) Alvará é o ato administrativo unilateral e vinculado, pelo qual a Administração faculta àquele que preenche os
requisitos legais o exercício de uma atividade.
E) A permissão de uso qualificada é ato unilateral e discricionário que faculta a utilização privativa de bem público,
no qual a Administração autolimita o seu poder de revogar unilateralmente o ato.
2. Objeto da Revogação: Só o Ato Válido poderá ser revogado. Apesar de válido, o ato
torna-se inconveniente à Administração.
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6. Efeitos da Revogação: Ex-Nunc. Impede a produção dos efeitos futuros do ato, perma-
necendo os efeitos pretéritos.
5. Efeitos: Ex-Tunc para os atos que atinjam pessoas indeterminadas, para atos restritivos
dos Direitos dos administrados. Para os terceiros de Boa-fé e para os Atos ampliativos dos
Direitos do administrado: A Invalidação terá efeito Ex-Nunc.
*AGENTES PÚBLICOS*
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• Todo aquele que exerce função pública, quer seja temporária, quer sem remuneração (ex. integran-
tes do júri, mesário). É a expressão mais abrangente, compreendendo os Agentes Políticos, Servidores
Estatais e Agentes Honoríficos.
b) SERVIDOR ESTATAL Todo aquele que atua no Estado, não sendo necessariamente ‘Funcio-
nário Público’.
▪ Servidor Estatal
Celetistas
Estatutários
cargo em Comissão
● Subdivide-se em cargo Efetivo
cargo Vitalício
É de livre nomeação e exoneração Exoneração AD NUTUM. Qualquer pessoa pode exercer cargo
de confiança, desde que se reserve um limite mínimo que detenha cargo efetivo, pelo principio da con-
tinuidade.
b) CARGO EFETIVO Nomeado por Concurso Público, em caráter definitivo, podendo vir a adquirir
a estabilidade. O cargo é efetivo e não estável, já que essa última qualidade pertence ao servidor.
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Quando o servidor se torna estável, só poderá ser demitido via Processo Administrativo, processo Ju-
dicial transitado em julgado ou avaliação periódica.
c) CARGO VITALÍCIO só pode haver dispensa via processo judicial transitado em julgado (ex. Mi-
nistério Público, Juiz, Tribunal de Contas, esse ultimo sequer precisa de concurso publico para contra-
tação)
14. (TRT 23R (MT) - 2014 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Juiz Substituto) Sobre o regime jurídico dos servidores
estatais (titulares de cargos ou empregos públicos), assinale a alternativa CORRETA:
A) A acessibilidade aos cargos e empregos públicos se dá por meio de concurso público, salvo nos casos de con-
tratação para o atendimento de necessidade temporária de excepcional interesse público, quando a atividade é
temporária ou na ocorrência de alguma contingência incomum que reclame satisfação imediata e provisória;
B) Os servidores púbicos possuem livre direito à greve, entretanto, o direito de sindicalização poderá ser exercido
apenas nos termos e limites estabelecidos em lei específica;
C) Aos servidores estatais é vedada a acumulação remunerada de cargos e funções públicas na Administração
Direta, sendo, contudo, permitida a acumulação de empregos públicos na Administração Indireta;
D) Nos casos de servidores titulares de cargos públicos, os atos de improbidade administrativa, sem prejuízo da
ação penal cabível, poderão acarretar a suspensão dos direitos políticos, perda da função pública, indisponibilidade
dos bens e ressarcimento do erário, o que já não se aplica aos empregados públicos já que regidos pela CLT;
E) Os subsídios e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, não se admitindo
ressalvas, por se tratar de garantia constitucional.
15. (CESPE - 2014 - PGE-PI - Procurador do Estado Substituto) A respeito de concurso público, função pú-
blica, improbidade administrativa e responsabilidade civil do Estado, assinale a opção correta.
A) Se um servidor público for preso em flagrante, em uma operação da Polícia Federal, por desvio de verba pública,
então, nesse caso, nos termos da Lei de Improbidade Administrativa, o afastamento desse servidor do cargo que
ocupa dependerá de sentença condenatória em primeira instância.
B) A invasão, por particular, de área de preservação ambiental na qual monte ele um empreendimento que cause
danos ao meio ambiente não acarretará responsabilidade do Estado, tendo em vista que se trata de culpa exclusiva
de terceiros.
C) Segundo o entendimento STJ, os agentes públicos respondem objetivamente pelos atos de improbidade admi-
nistrativa.
D) O prazo de validade de dois anos para um concurso público poderá ser prorrogado, a critério da administração,
sucessivas vezes, inclusive com prorrogação por período inferior a dois anos.
E) A convocação de um cidadão, pela justiça estadual, para compor o corpo de jurados de determinado julgamento,
mesmo que em caráter transitório, faz que esse cidadão seja considerado agente público enquanto exercer a função
que lhe foi designada pelo Estado.
03. PROVIMENTO
Originário Nomeação
• Provimento Vertical Promoção
Derivado Horizontal Readaptação
Reingresso Reintegração
Recondução
Reversão
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▪ EMPOSSAR Aceitar o cargo (assina os papéis). Quando se anui à posse, têm-se a investidura,
que é a formação de relação jurídica com a Administração.
Se nomeado, tem 30 dias para tomar posse. Empossado, terá 15 dias para entrar em exercício.
Se o nomeado não tomar posse nos 30 dias, a nomeação torna-se sem efeito. Perde-se a vaga no
concurso. Se tomar posse, mas não entrar em exercício nos 15 dias, ocorrerá desinvestidura mediante
EXONERAÇÃO de OFÍCIO.
ObsA desinvestidura também poderá ser pela modalidade de demissão, porém sem aplicabilidade
no caso anterior, pois a demissão sempre será uma penalidade disciplinar.
Cargo em COMISSÃO;
Agentes Comunitários de Saúde e de Combate a Endemias (via processo seletivo, art. 198,
§4º, C.F/88);
b) Provimento DERIVADO
Vertical Promoção
▪ Derivado Horizontal Readaptação
Reingresso Reintegração
Recondução
Reversão
Obs. Remoção não é provimento, pois é forma de deslocamento de um lugar para outro.
A Lei 8.112/90, art.10º elenca rol taxativo quanto aos casos de provimento.
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Obs. Quando ocorrer Excesso de Despesa com Pessoal (art.169 da C.F/88). Para
tanto, observa-se os limites de gasto com pessoal impostos no art. 19 da LC 101/00 que
estabelece os seguintes índices:
União 50%
art. 19 da LC 101/00 Estado 60%
Município 60%
Obs. Se houver dispensa sem observância dessa ordem legal, o servidor é REINTE-
GRADO, ante a ilegalidade da conduta administrativa. Daí, se o servidor retorna ao cargo
de origem, terá direito a todas as vantagens do período em que esteve afastado (subsí-
dio/vencimento, tempo para fins de antiguidade etc). Dessa forma, o atual ocupante do
cargo pertencente ao servidor, então, reintegrado deverá ser RECONDUZIDO a outro
cargo vago.
O reconduzido tem direito a voltar ao cargo de origem desde que VAGO. Se não estiver
vago, reconduz para cargo equivalente vago. Novamente, se não houver vaga, ficará em
DISPONIBILIDADE, recebendo proporcionalmente ao tempo de serviço 1. Pelo instituto
do REAPROVEITAMENTO, ele volta ao cargo porventura vago.
Demissão
▪ Desinvestidura Exoneração
Cassação
Destituição
1
Com o advento da EC 20/98, todas as outras hipóteses constitucionais mudaram para ‘tempo de contri-
buição’, excetuando a citada que ainda considera o ‘tempo de serviço’.
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▪ Penalidades:
Obs.2A DESTITUIÇÃO ocorrerá sempre que o servidor ocupante de Cargo ou Função em Co-
missão for apenado com suspensão ou demissão (em qualquer um desses casos).
SINDICÂNCIA
SUMÁRIO ACUMULAÇÃO Ilegal de Cargos
▪ Processo Administrativo Disciplinar
ORDINÁRIO PAD propriamente dito
Provimento SUMÁRIO
Precisa de contraditório e ampla defesa. Se a infração mais grave for detectada, incum-
birá a instauração de Processo Administrativo propriamente dito.
ARQUIVA ADVERTÊNCIA
▪ SINDICÂNCIA INFRAÇÃO LEVE SUSPENSÃO por até 30 dias
PAD propriamente dito
II) ACUMULAÇÃO ILEGAL DE CARGOS Art. 133 do Regime Jurídico da União – RJU.
Seu prazo é de 30 dias prorrogáveis por mais 15. Se verificada a acumulação, a Admi-
nistração deve dar a opção ao servidor de qual cargo quer permanecer, sendo do outro
EXONERADO.
Instauração Instrução
▪ Fases Inquérito Administrativo Defesa
Julgamento Relatório
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Na segunda fase (Inq. Adm), têm-se o miolo do processo, com instrução, defesa e relatório. O
relatório é conclusivo (deve propor um resultado) e o julgamento só poderá contrariá-lo se
esse se mostrar incompatível com as provas dos autos.
Penalidades em geral:
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16. (CESPE - 2014 - PGE-PI - Procurador do Estado Substituto) Um servidor, vinculado à administração
pública unicamente por cargo em comissão, cometeu infração administrativa e, após regular processo ad-
ministrativo disciplinar, a autoridade julgadora, concordando com o relatório final da comissão processante,
entendeu que a falta se enquadrava nas hipóteses de suspensão.
Nesse caso, nos termos da Lei n.º 8.112/1990, a penalidade a ser aplicada ao servidor será:
A) a exoneração de ofício.
B) a destituição do cargo em comissão.
C) a demissão.
D) a suspensão.
E) o desligamento.
ESPÉCIES de EXONERAÇÃO:
I) A PEDIDO do Servidor;
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b) SUBSÍDIOS É parcela única que, no latim, significa ‘ajuda de sobrevivência’, mas quem a recebe
é o alto escalão.
Chefes do Executivo;
Auxiliares Imediatos do Executivo (Ministros e Secretários);
Membros do Legislativo;
Magistratura;
Membros do Ministério Público (Promotor e Procurador);
AGU;
Procuradores e Defensores;
Conselheiros dos Tribunais de Contas;
Policiais (Toda a carreira);
Todos os demais estruturados em cargos de carreira;
▪ Necessita de lei de iniciativa de quem for pagar a conta. Alguns casos não dependem de lei e sim
de Decreto Legislativo (o qual dispensa a sanção ou veto do Executivo).
Presidente
▪ CONGRESSO NACIONAL DL Ministro de Estado
Senador e Deputado Federal
Governador
▪ LEI Deputado Estadual
Prefeito
▪ LEI Câmara Deputados Senado Sanção/Veto do Presidente
▪ Ninguém ganha mais que Ministro do STF. Com a EC 41, criou-se Subtetos:
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Poder Executivo
UNIÃO Ministro do STF Poder Legislativo
(teto vale para todos) Poder Judiciário
Por se tratar de matéria muito importante, fica disponibilizado aos alunos o Quadro Sinóptico acerca do tema retirado
do Manual de Direito Administrativo – Matheus Carvalho – ed. Juspodivm
QUADRO SINÓPTICO
AGENTES PÚBLICOS
CONCEITO
Todos os particulares contratados sob regime de cargo temporário, nos moldes defini-
dos pelo art. 37, IX da Constituição Federal, ainda são considerados agentes públicos
e exercem função pública.
Os atos destes agentes ficam sujeitos ao controle judicial que pode se dar por meio dos
remédios constitucionais, tais como Mandado de Segurança e Ação Popular.
CLASSIFICAÇÃO DE AGENTES
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AGENTES PÚBLICOS
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AGENTES PÚBLICOS
ATENÇÃO! Estes servidores estão proibidos de acumu-
larem seus empregos com outros cargos ou empregos
públicos, salvo as exceções constitucionalmente admiti-
das (art. 37, XVII, CF/88).
São agentes públicos para fins de responsabilização por
atos de improbidade administrativa (art. 2º, da lei
8.429/92).
Enquadram-se na definição de “funcionário público”
para fins penais (artigo 327, CP).
seus atos se submetem a correção e controle judicial, por
meio dos remédios constitucionais
devem-se submeter a concurso público de provas ou de
provas e títulos.
devem respeitar a aplicação do teto remuneratório, pre-
visto no art. 37, XI da Carta Magna, salvo se a entidade
não receber dinheiro público para custeio ou pagamento
de pessoal.
não podem ficar em disponibilidade remunerada quando
da extinção do emprego ou função e submetem-se a re-
gime geral de previdência social, entre outras normas de
direito privado a eles aplicáveis.
não se admite a extensão da estabilidade aos detentores
de empregos (doutrina e súmula 390, II, do TST).
os atos de dispensa dos empregados das empresas
estatais prestadoras de serviços públicos devem ser
motivados (STF).
têm vínculo permanente com a Administração, de natureza
profissional, com prazo indeterminado, para execução de
atividades permanentes de interesse do Estado.
o candidato é aprovado em um concurso público para pro-
SERVIDOR
vimento de cargos e, após nomeação, ao assinar o termo
ES
de posse, se submete a todas as normas dispostas na le-
ESTATUTÁ
gislação para sua carreira.
RIOS
em virtude da ausência de contrato dispondo acerca de
todos os direitos e obrigações, o servidor estatutário não
tem direito adquirido a manter as prerrogativas definidas
em lei.
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AGENTES PÚBLICOS
a criação de empregos públicos deve ser feita mediante lei e, pelo prin-
cípio da simetria das formas, se exige esta mesma regra para sua extin-
ção.
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AGENTES PÚBLICOS
Agentes comunitários de saúde e agentes de combate
às endemias
a nomeação direta, sem a necessidade de realização de
concursos públicos para os Ministros dos Tribunais de
Contas, do Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribu-
nal de Justiça, além dos ministros dos demais tribunais su-
periores.
a formação do quinto constitucional.
em relação a estas empresas estatais, a doutrina ainda
admite a contratação direta, para situações de contrata-
ção de profissionais qualificados, em determinados ra-
mos de atividade de interesse da entidade, que não esta-
riam dispostos a se submeterem a concurso.
conselhos profissionais ostentam natureza jurídica au-
tárquica, em relação a todas as prerrogativas e limitações,
inclusive em relação ao regime de pessoal, que, indiscuti-
velmente, devem seguir o Regime Jurídico único, previsto
na lei 8.112/90.
A OAB não ostenta a qualidade de autarquia e, portanto,
não se submete à exigência de concurso público para
nomeação de seus empregados.
é de até dois anos, admitindo-se uma única
prorrogação por mesmo período (art. 37, III
da CF/88)
Prazo de o edital poderá dispor acerca de concurso
vigência com prazo inferior a dois anos.
a prorrogação é por igual período e uma
única vez e deve ocorrer antes do término
de vigência originário.
configura afronta direta ao princípio da iso-
REGRAS nomia e da segurança jurídica, não sendo
Alteração
DEFINIDAS de admitida, salvo em situações excepcionais,
PELO devidamente justificadas em alterações le-
disposiçõe
EDITAL gislativas que modificam o regime de car-
s editalícias
gos e empregos na carreira a ser preen-
chida pelo procedimento.
o Poder Judiciário não pode substituir-se
à banca examinadora, definindo critérios
de seleção e reavaliando provas e notas
Controle atribuídas a candidatos, sob pena de
judicial adentrar no mérito da atuação discricioná-
ria da Administração Pública.
admite-se que o Poder Judiciário verifique
a cobrança de itens da matéria não previs-
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REALIZAÇ
ÃO DE
NOVO “durante o prazo improrrogável previsto no edital de con-
CONCURS vocação, aquele aprovado em concurso público de provas
O NA ou de provas e títulos será convocado com prioridade so-
VIGÊNCIA bre novos concursados para assumir cargo ou emprego,
DO na carreira”(EC n.19/98).
CERTAME
ANTERIOR
NACIONAL Ressalte-se que a lei não pode distinguir entre brasileiros natos e natu-
IDADE ralizados, distinção apenas feita pela Constituição Federal (§3°, art. 12 e
BRASILEIR VII, do art. 89, da CF/88),logo, para ingressar em cargo público federal,
A deve ser brasileiro (nato ou naturalizado).
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O GOZO
aqueles que, de alguma forma, não estiverem em pleno gozo dos direitos
DOS
políticos não poderão ingressar na carreira pública federal, (art. 5º, II, da
DIREITOS
lei 8.112/90).
POLÍTICOS
A
QUITAÇÃO
COM AS
requisito estampado no art. 5º, III, da lei 8.112/90, para assunção de
OBRIGAÇ
cargo público estatutário civil, no âmbito federal, devendo ser demons-
ÕES
trado por meio de certidões extraídas nos respectivos órgãos, que de-
MILITARES
monstrem a ausência de pendência do cidadão.
E
ELEITORAI
S
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AGENTES PÚBLICOS
A conclusão em cursos de pós-graduação na área jurídica que, à luz
do entendimento anterior, poderia ser considerado como tempo de
atividade jurídica não mais é admitida para esse fim pela regra atual.
Em relação ao ingresso nas carreiras do Ministério Público, a matéria se
encontra regulamentada pela Resolução n. 40/09 do Conselho Nacional
do Ministério Público – CNMP que admite como tempo de atividade jurí-
dica os cursos de pós-graduação, desde que respeitadas algumas regras
expostas.
Em respeito ao princípio da moralidade e da impessoalidade das nome-
ações, é exigido que o agente não possua vínculo familiar com o nome-
ante. Trata-se de requisito negativo de acesso e que deve ser tratado
com muito cuidado.
A lei 8112/90, em seu art. 117, VIII define que é punível com advertência
a prática do nepotismo, expondo que configura infração administrativa
“manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, côn-
juge, companheiro ou parente até o segundo grau civil”.
“A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colate-
VEDAÇÃO
ral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nome-
AO
ante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de
NEPOTISM
direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comis-
O
são ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na Administração
Pública direta e indireta, em qualquer dos Poderes da União, dos Esta-
dos, do Distrito Federal e dos municípios, compreendido o ajuste medi-
ante designações recíprocas, viola a Constituição Federal”(súmula vin-
culante n.13).
É inaplicável da vedação ao nepotismo quando se tratar de nomeação
de agentes para o exercício de cargos políticos.
No âmbito federal, a matéria é regulamentada por meio do Decreto
7.203/10.
ESTABILIDADE
Cargos em Não adquirem estabilidade, pois são cargos de livre nomeação e exone-
comissão ração, assim definidos pela Constituição.
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momento da posse, não sendo necessária a observação do prazo de
dois anos. O mesmo ocorre com os ministros e conselheiros dos Tribu-
nais de Contas.
Em relação àqueles que ingressam nas carreiras da magistratura ou do
Ministério Público mediante aprovação em concurso, por sua vez, a vita-
liciedade é adquirida, somente, após dois anos de efetivo exercício no
cargo.
DIREITO DE GREVE DO SERVIDOR PÚBLICO
Os servidores militares não têm direito de greve nem de sindicalização, por expressa
vedação constitucional (art. 142, IV).
Aos servidores públicos civis, o direito de greve está garantido pelo art. 37, VII da Cons-
tituição Federal e será exercido nos limites definidos em lei específica.
A doutrina majoritária e a jurisprudência do STF entendem que o direito de greve dos
servidores públicos decorre de uma norma de eficácia limitada, pois mesmo tendo di-
reito constitucional, o exercício desta garantia fica limitado à edição de lei específica
que a regulamente.
O STF determinou que, enquanto não houver lei específica a regulamentar a greve dos
servidores, será utilizada a lei geral de greve (Lei 7.783/89) para o exercício deste di-
reito.
A greve pode, desde que seja realizada licitamente, ser exercida, inclusive por servido-
res que estejam em estágio probatório.
Embora não tenha direito à remuneração pelos dias parados, haja vista se tratar a con-
traprestação pelo exercício da atividade pública, não deve sofrer o corte da remunera-
ção durante o exercício regular deste direito (STJ).
Ao terminar a movimentação grevista, ficará sujeito à compensação pelos dias parados,
sob pena de ressarcimento ao erário dos valores percebidos.
A Justiça do Trabalho terá legitimidade para julgar as greves realizadas pelos empre-
gados públicos. Em relação aos servidores estatutários, detentores de cargos efetivos,
a competência será da justiça comum. Já quando o movimento for nacional ou abarcar
mais de um ente federativo a competência é do STJ.
Aos servidores públicos, em geral, é garantido o direito, não somente à
greve, mas também à sindicalização (VI, art. 37, da CF/88).
“A fixação de vencimentos dos servidores públicos não pode ser objeto
Sindicaliza de convenção coletiva”(Súmula 679 do STF).
ção
“é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da
candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito,
ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se come-
ter falta grave nos termos da lei”(VIII, art. 8°, da CF/88).
PROVIMENTO
É um ato administrativo por meio do qual há esse preenchimento de cargo, atribuindo
as funções a ele inerentes a uma determinada pessoa.
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Proviment
o Nomeação
Originário:
Promoção
Readaptação
Reversão
Proviment
o Derivado: Reintegração
Recondução
Aproveitamento
é ato administrativo que atribui um cargo a servidor que não integrava
o quadro de servidores daquele órgão.
a nomeação é única forma de provimento originário, no ordenamento
jurídico brasileiro, dependendo de prévia habilitação em concurso público
de provas ou de provas e títulos, obedecidos a ordem de classificação e
o prazo de sua validade.
o momento da nomeação configura discricionariedade do administrador
PROVIMEN (art. 9º e seguintes da Lei 8112/90).
TO
o provimento do cargo se dá com a nomeação, mas a investidura, no
ORIGINÁRI
cargo, se dá com a posse (art. 7º, Lei 8.112/90).
O
nos termos da lei federal, é de 30 (trinta) dias, contados da publicação
do ato de provimento, o prazo máximo para a posse, podendo ser feita
mediante procuração (art. 13, da Lei n. 8.112/90).
E o prazo para o servidor público federal começar exercer as funções do
cargo é de 15 dias no máximo (art. 15, da Lei n. 8.112/90).
Se for nomeado e não tomar posse, o ato de nomeação se torna sem
efeito.
O cargo público será atribuído a um servidor que já exerce funções na
carreira em que pretende assumir novo cargo.
Não pode haver provimento derivado em outra carreira.
“É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servi-
dor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao
PROVIMEN seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anterior-
TO mente investido”(Súmula 685, do STF).
DERIVADO
Promoção na carreira pública é o chamado provimento
PROVIMEN derivado vertical, ensejando a garantia de o servidor pú-
TO blico ocupar cargos mais altos, na carreira de ingresso, al-
DERIVADO ternadamente por antiguidade e merecimento.
VERTICAL É necessário a assunção de cargo escalonado em car-
reira.
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É diferente da progressão funcional que configura au-
mento do padrão remuneratório sem mudança de cargo e
ocorre em determinadas carreiras em que cada cargo é
escalonado com o pagamento de vencimentos progressi-
vos, sempre por antiguidade.
Por meio de promoção, não se pode assumir um cargo em
outra carreira mais elevada.
A ascensão ou acesso foi abolido do ordenamento jurídico
pela Constituição Federal de 1988.
A readaptação (art. 24, Lei 8112/90) é o aproveitamento
do servidor em novo cargo razão de uma limitação sofrida
na capacidade física ou mental.
É garantida a equivalência de vencimentos
Independe da existência de cargo vago na carreira, po-
Proviment dendo ser readaptado, no novo cargo, como excedente.
o derivado
horizontal Não havendo nenhum cargo, na carreira, com funções
compatíveis, o servidor será aposentado por invalidez.
A princípio, independentemente de culpa, o servidor tem
direito a ser readaptado.
Não cabe a transferência, ou seja, não pode assumir novo
cargo em carreira diversa.
retorno do servidor público aposentado ao
exercício do cargo público.
Reversão da
quando cessam os moti-
aposentadoria
vos da invalidez
por invalidez
Deve haver solicitação do
aposentado, que já tinha
estabilidade quando na
Reversão atividade; a aposentado-
PROVIMEN
Reversão do ria deve ter ocorrido nos
TO cinco anos anteriores;
servidor
DERIVADO deve haver cargo vago e
aposentado
POR
voluntariamen interesse da Administra-
REINGRES ção Pública.
te
SO
Após os 70 anos de
idade, não será possível
a reversão (aposentado-
ria compulsória).
Retorno do servidor público estável, ao
cargo que ocupava anteriormente, em vir-
Reintegraçã tude da anulação do ato de demissão.
o
Invalidade da demissão do servidor estável
por decisão judicial ou administrativa.
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O reintegrado será indenizado por tudo que
deixou de ganhar.
Basta que este agente seja detentor de
cargo público efetivo (STF).
Inabilitação É o retorno à carreira an-
em estágio terior em que já havia ad-
probatório quirido estabilidade, ao
relativo a invés de ser exonerado
outro cargo do serviço público.
O servidor pode requerer
Reconduçã reintegração a recondução dentro do
o do anterior período de estágio proba-
ocupante tório (doutrina majoritá-
ria).
Pode o servidor ser reconduzido a pedido
seu ou por decisão administrativa (STJ).
Não gera direito a percepção de indeniza-
ção.
Retorno de determinado servidor público
que se encontra em disponibilidade, para
assunção de cargo com funções compatí-
veis com as que exercia, antes de ter ex-
tinto o cargo que ocupava.
VACÂNCIA
Deverá ser aprovada pelo Tribunal de Contas para que tenha vali-
Aposentad dade(ato complexo).
oria Voluntária
Compulsória
Por invalidez
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ACUMULAÇÃO DE CARGOS
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Caso a acumulação seja ilegal, o servidor deve ser notificado por inter-
médio de sua chefia imediata, para apresentar opção no prazo improrro-
gável de dez dias, contados da data da ciência.
DESLOCAMENTO
ato discricionário
a jurisprudência do Supe-
REMOÇÃO rior Tribunal de Justiça
dispõe que, para a con-
deslocamento do cônjuge
cessão desta remoção, é
do servidor
Hipóteses necessário demonstrar
desta que os dois servidores
sendo ato coabitavam
vinculado por motivo de saúde do ser-
vidor, cônjuge ou de depen- o poder público não pode
dente econômico do servi- sobrepor esta situação
dor, comprovado o requisito ao interesse do serviço.
por laudo médico oficial.
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REDISTRI- A lei permite que o deslocamento seja feito entre órgãos diferentes e até
BUIÇÃO mesmo entre entidades diferentes, desde que seja dentro do mesmo Po-
der, sendo possível que este deslocamento incida sobre cargos ocupa-
dos ou vagos.
a remuneração do servidor público deve ser definida mediante a edição de lei especí-
fica, assim como a revisão ou alteração.
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O vencimento básico pode ser inferior ao mínimo legal, desde que a re-
SALÁRIO
muneração total não o seja (art. 41, §5º da lei 8.112/90).
MÍNIMO
Os artigos 7º, IV, e 39, § 3º (redação da EC 19/98), da Constituição, re-
ferem-se ao total da remuneração percebida pelo servidor público (sú-
mula vinculante 16).
Devem incidir juros de mora, nos pagamentos em atraso feitos pela Ad-
ministração Pública (o art. 1º-F, da lei 9.494/97).
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Defensores públicos;
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Teto
remunerat Subsídio do Ministro do Supremo Tribunal Federal.
ório
Subteto
Subsídio do Prefeito do Município.
municipal
VANTAGENS
Preenchidas essas condições o agente terá garantido seu direito de recebê-la (Art. 49,
da lei 8.112/90).
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vedado o duplo
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AGENTES PÚBLICOS
o deslocamento tenha ocorrido após 30 de
junho de 2006
somente será paga a indenização continuamente por um
período máximo de oito anos, a cada doze anos
Gratificaçã
Trata-se de gratificação paga ao agente público pelo exer-
o de
cício de uma função de direção chefia ou assessoramento.
função
paga ao servidor, até o dia 20 de dezembro de cada ano,
na proporção de um doze avos da remuneração de de-
zembro para cada mês de serviço público prestado
Gratificaçã a fração igual ou superior a quinze dias será considerada
o natalina como um mês integral.
o servidor exonerado perceberá sua gratificação natalina,
proporcionalmente aos meses de exercício, calculada so-
bre a remuneração do mês da exoneração
É paga ao servidor público pelo exercício de atividades
não inerentes ao exercício do seu cargo;
Gratificaçõ ao servidor que atuar como instrutor em curso de forma-
es ção, de desenvolvimento ou de treinamento regularmente
instituído no âmbito da administração pública federal;
àquele que participar de banca examinadora ou de comis-
são para exames orais, para análise curricular, para corre-
Gratificaçã
ção de provas discursivas, para elaboração de questões
o por
de provas ou para julgamento de recursos intentados por
encargo de
candidatos;
curso ou
concurso ao que participar da logística de preparação e de realiza-
ção de concurso público envolvendo atividades de plane-
jamento, coordenação, supervisão, execução e avaliação
de resultado, quando tais atividades não estiverem incluí-
das entre as suas atribuições permanentes;
aos agentes que participarem da aplicação, fiscalização ou
avaliação de provas de exame vestibular ou de concurso
público ou supervisionar essas atividades.
Será paga por hora de atividade
A retribuição não poderá ser superior ao equivalente a 120 (cento e vinte)
horas de trabalho anuais.
Se justificados devidamente e previamente aprovada pela autoridade
máxima do órgão ou entidade, o valor máximo da hora trabalhada cor-
responderá: 2,2%, em se tratando de atividades de instrutor em curso de
formação ou examinador de bancas de concurso público realizado pelo
órgão estatal; 1,2%, em se tratando de atividade de aplicação, fiscaliza-
ção de provas de concurso ou a coordenação e planejamento destas ati-
vidades, incluindo a organização da estrutura logística.
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Na legislação federal encontramos os seguintes adicionais: adicional
ADICIONAI pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas, adicional
S de férias, pelo exercício de horas extras e de horas noturnas. Analisemos
cada um deles separadamente.
FÉRIAS
Nos moldes da lei 8.112/90, o servidor público tem direito a 30 dias de férias por ano
(civil).
para que possa gozar do primeiro período de férias, o servidor deve ter 12 meses de
exercício (art. 77 e seguintes da Lei 8112/90).
No interesse da Administração é possível haver acumulação de períodos de férias, por
no máximo 2 (dois) períodos.
As férias do servidor público podem ser parceladas em até 3 (três) períodos (a pedido
do servidor e a critério da Administração). No entanto, o adicional de férias (1/3 da
remuneração do mês das férias) não é parcelado.
Caso o servidor seja exonerado antes de usufruir de seu período de férias, fará jus a
este pagamento de forma proporcional, com acréscimo do adicional de 1/3 (STF).
As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade pública, como-
ção interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral, ou por necessidade do
serviço declarada pela autoridade máxima do órgão ou entidade.
O restante do período interrompido será gozado de uma só vez, observado o disposto
no art. 77 (art. 80, da Lei n° 8.112/90).
LICENÇAS
As licenças podem ser remuneradas ou não e algumas têm prazo determinado, fixado
em lei.
I - pessoa da família doente, podendo ser assim considerado cônjuge ou
companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado,
ou dependente que viva a suas expensas e conste do seu assentamento
funcional;
II - o doente depende da assistência direta do servidor, não sendo pos-
sível o auxílio por outra pessoa da família; e
III - impossibilidade de o servidor, ao mesmo tempo, prestar a assistência
Licença devida ao familiar enfermo e exercer sua função pública, nem mesmo
por motivo mediante compensação de horários, permitida na lei.
de doença
Comprovados os requisitos, o servidor tem direito à licença por até 60
familiar
dias com remuneração, limite este que inclui as prorrogações necessá-
rias. Terminado este período, pode prorrogar por até 90 dias, sem remu-
neração. Evidentemente, cada nova prorrogação exige a comprovação
de todos os requisitos anteriormente analisados.
Concedida a licença por motivo de doença de membro da família, outra
só poderá ser concedida após 12 meses, ainda que não usufruído todo
o período permitido.
Por motivo Ocorre quando o cônjuge do servidor é deslocado para qualquer lugar
de do território nacional ou do exterior, ou para o exercício de mandato ele-
afastament tivo, no Poder executivo ou no Legislativo.
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o do A licença não tem prazo definido em lei, podendo ser concedida por
cônjuge tempo indeterminado e, durante o período de licença, o servidor não fará
jus ao recebimento de sua remuneração.
Caso o cônjuge também seja servidor público e esteja se deslocando no
interesse da Administração, a lei regulamenta a possibilidade de exercí-
cio provisório.
ato vinculado (entendimento do STF).
Essa licença se divide em dois momentos:
o primeiro vai da escolha do sujeito, na convenção partidária, até a vés-
pera do registro da candidatura na justiça eleitoral (neste período, a li-
Para cença e concedida sem remuneração).
exercício o segundo vem com o registro da candidatura e segue até 10 dias após
de as eleições (neste período, a licença será concedida com remuneração,
atividade não podendo ultrapassar 3 (três) meses).
política Servidores que exercem funções ou cargos comissionados não podem
se candidatar sem se desincompatibilizar. Considera-se desincompatibi-
lização o afastamento do cargo ou função por um período de 180 (cento
e oitenta) dias sem direito à remuneração.
A licença será concedida para prestação da atividade militar e dura o
Para tempo do serviço militar.
prestação
do serviço Terminado o serviço, o servidor ainda terá, nos moldes da legislação fe-
militar deral, o prazo máximo de 30 (trinta) dias, sem remuneração, para retor-
nar ao cargo público.
Trata-se de licença imotivada (art. 91, da Lei n. 8.112/90).
Por motivo
de É discricionária e precária.
interesse
particular Concedida pelo prazo máximo de 3 (três) anos, improrrogáveis, e sem
que o servidor faça jus à percepção de sua remuneração.
Conforme a lei 8112/90, a cada 5 (cinco) anos de efetivo exercício no
serviço publico o servidor tem direito a até 3 (três) meses de licença para
participar de curso de capacitação profissional, no interesse da Adminis-
tração Pública. Estes 3 (três) meses não configuram uma garantia, mas
sim o limite definido ao servidor público. Dessa forma, se o curso do qual
o agente decidiu participar, tiver duração de 2 (dois) meses, este será o
prazo da sua licença.
Para
capacitaçã Os períodos são inacumuláveis, não senso admitido que, após 10 (dez)
o anos de exercício, a licença chegue a seis meses. (art. 87).
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Situações nas quais o servidor pode se ausentar do serviço, sendo considerada a au-
sência como efetivo exercício.
1 dia de
Doação de sangue
ausência
REGIME DISCIPLINAR
regulamenta as penalidades que podem ser aplicadas aos servidores públicos que des-
respeitam regras legalmente previstas para o exercício das funções.
o servidor público, por uma única infração cometida, pode ser punido mais de uma
vez, haja vista a possibilidade de aplicação de sanções nas esferas penal, civil e
administrativa.
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Sanções
descumprimento de normas funcionais, mediante processo administra-
administrat
tivo disciplinar.
ivas
Mesmo que o servidor público que faleça após cometer uma infração, as sanções pa-
trimoniais a ele aplicadas se transmitem aos herdeiros e sucessores deste servidor
falecido, nos limites da herança transmitida.
Toda a atuação do agente público é orientada para uma boa execução da atividade
estatal e, neste ínterim a lei define algumas condutas proibidas que, caso sejam prati-
cadas, configuram infrações disciplinares.
Cada uma das infrações definidas na lei será punida com uma penalidade disciplinar
específica, não havendo margem de escolha à autoridade pública no que tange à es-
pécie punitiva a ser utilizada.
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crime
contra a
não poderá mais retornar ao serviço público federal.
administra
ção pública
incontinên
cia pública
e conduta na repartição.
escandalo
sa
insubordin
ação grave grau determinado pela discricionariedade do chefe.
em serviço
ofensa
física, em salvo em legítima defesa própria ou de outrem.
serviço
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aplicação
implica a indisponibilidade dos bens do servidor até que
irregular de
seja feito o completo ressarcimento ao erário público
dinheiros
pelos danos causados.
públicos
revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo
lesão aos não poderá mais retornar ao serviço público federal
cofres
públicos e
dilapidaçã implica a indisponibilidade dos bens do servidor até que
o do seja feito o completo ressarcimento ao erário público
patrimônio pelos danos causados.
nacional.
não poderá mais retornar ao serviço público federal
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PRO-
CESSO
ADMINIS-
Se a permanência do servidor no cargo puder atrapalhar o andamento
TRATIVO
do processo, seu afastamento preventivo pode ser determinado, pelo
DISCIPLI-
prazo máximo de 60 dias, prorrogáveis por mais 60 (prazo peremptório),
NAR PRO-
mantida obrigatoriamente sua remuneração integral (art. 147).
PRIA-
MENTE
DITO (PAD)
Designa-se a comissão (composta por três servidores
estáveis que não sejam cônjuges ou parentes até o
Instauraçã terceiro grau civil do acusado).
o O membro presidente (detentor de cargo ou nível de
escolaridade igual ou superior ao do acusado) é indicado
pela autoridade competente.
Ampla, cabendo a prova emprestada,
instrução
desde que tenha sido produzida
probatória,
regularmente no processo judicial.
o réu terá o prazo de 10 dias para
apresentação de defesa.
Se citado por edital o prazo para defesa é
de 15 dias.
havendo dois ou mais acusados no mesmo
FASES DO defesa processo, o prazo de defesa será de 20
PRO- Inquérito
administrat dias.
CESSO
ADMINIS- ivo Com a revelia há a designação defensor
TRATIVO dativo (poder qualquer pessoa com cargo
DISCIPLI- ou nível de escolaridade igual ou superior
NAR ao acusado).
Pedido de reconsideração
Impugnaçõ
es Recurso
administrat
Revisão
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ivas do É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento
julgamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de
recurso administrativo (súmula vinculante n. 21).
ATENÇÃO! PAD tem duração de 60 dias, prorrogáveis por mais 60 dias,
até elaboração do relatório, depois a autoridade terá mais 20 dias para
que seja proferido o julgamento (+ 20 dias).
PROCESSO SUMÁRIO
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ATENÇÃO! No caso de acumulação ilegal de cargos, a opção poderá ser feita após
uma notificação e antes da instauração do PAD, ou até o último dia do prazo para a
defesa no PAD. Ao fazer a escolha, em ambos os casos, presumir-se-á a sua boa-fé e
será determinada a exoneração a pedido.
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como na idade, somente para fins de apo-
sentadoria voluntária integral.
Critérios
Apenas em relação aos casos previstos ao
diferenciad
art. 40, §4°, da Lei n. 8.112/90.
os
No regime próprio de previdência social do servidor pú-
blico, a alíquota de contribuição será sempre de 11% (art.
4°, da Lei n. 10.887/94).
o servidor inativo que ganhar acima do teto do regime ge-
ral de previdência social contribuirá (também 11%) sobre
VALOR DA
tudo aquilo que seu provento de aposentadoria ou pensão
CONTRI-
ultrapassar o referido teto (EC n. 41/03 c/c ADI 3105).
BUIÇÃO
caso o servidor inativo sofra de doença incapacitante, só
contribuirá sobre aquilo que os proventos de sua aposen-
tadoria ultrapassar o dobro do valor definido como teto
para os sujeitos ao regime geral de previdência (EC n.
47/05).
com a edição da lei 12.618/12, a aposentadoria dos servi-
dores públicos passou a se submeter ao teto, pois ao ins-
tituir o regime de previdência complementar para os servi-
dores públicos federais titulares de cargo efetivo, também
fixou o limite máximo para a concessão de aposentadorias
e pensões pelo regime de previdência de que trata o art.
40 da Constituição Federal.
o Decreto n. 7.808/12 regulamentou a lei, de forma aque-
les que ingressaram no serviço público após a criação da
TETO DO FUNPRESP terão proventos de aposentadoria e pensão
REGIME limitados ao valor máximo pago aos segurados do regime
PRÓPRIO geral.
no novo regime complementar, o valor do benefício pro-
gramado será calculado de acordo com o montante do
saldo da conta acumulado pelo participante, devendo o va-
lor do benefício estar permanentemente ajustado ao refe-
rido saldo.
os benefícios decorrentes dos eventos invalidez e morte e,
se for o caso, a cobertura de outros riscos atuariais são
assegurados.
o cálculo é feito nos mesmos moldes defi-
nidos para o regime geral de previdência,
Paridade e qual seja, mediante cálculo da média arit-
Integralidad
Integrali- mética dos salários de contribuição do ser-
e
dade vidor público, ao longo de sua vida, atuali-
zados monetariamente, consoante art. 40,
§3º da Constituição Federal.
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Com o fim desta, criou-se uma revisão
anual, no texto constitucional, não vincu-
Paridade
lada ao reajuste dos servidores em ativi-
dade (art. 40, §8°, da CF/88)
ato complexo, pois é conjunção da manifestação do ór-
NATU- gão que o servidor exerce suas atividades e da aprova-
REZA JU- ção do ato de aposentadoria pelo Tribunal de Contas.
RÍDICA DO Se o Tribunal de Contas não aprovar a concessão inicial,
ATO DE não precisa respeitar o contraditório e a ampla defesa, por-
APOSEN- que não se trata de anulação de ato ampliativo, mas tão-
TADORIA somente a não perfeição deste ato que ainda se encon-
trava em formação (súmula vinculante n. 3).
Mesmo sem ter cumprido os requisitos, po-
derá se aposentar sem a idade mínima.
Homem: 53 anos de idade e 35 anos de
contribuição.
Mulher: 48 anos de idade e 30 anos de con-
tribuição.
contudo, o período de tempo de contribui-
ção é de 20% a mais do que faltaria para
quem
completar a idade mínima.
ingressou
no serviço sem as prerrogativas da paridade ou da in-
público tegralidade (art. 40, §8°, da CF/88).
antes
da EC n. Caso seja feita a opção de se aposentar
REGRAS com idade menor, o servidor sofrerá uma
20/98
DE TRAN- redução de remuneração de 3,5%, para
SIÇÃO cada ano que faltava para completar a
DAS RE- idade mínima de aposentadoria do novo re-
FORMAS gime (a partir de 2006, o redutor passa a
PREVI- ser de 5%).
DENCIÁ-
RIAS a EC n. 47/05 definiu novas regras de tran-
sição para aqueles que ingressaram no ser-
viço público antes de 1998, sem excluir as
regras anteriores (art. 3°).
Mesmo sem ter completado o tempo neces-
sário para a aposentadoria, podem manter
quem seus proventos com as prerrogativas de pa-
ingressou ridade e integralidade.
no serviço
Homem: 60 anos de
público
idade e 35 anos de contri-
antes
buição.
da EC nº Requisitos
41/03 Mulher: 55 anos de idade
e 30 anos de contribui-
ção.
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E 20 anos de efetivo
exercício no serviço pú-
blico; 10 anos de carreira
e 5 anos no cargo (soma-
dos aos anteriores).
o cônjuge ou companheiro
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metade
condenação, por sentença definitiva, desde
da
que a pena não determine a perda de
remuneraçã
cargo.
o
ASSISTÊN
nos mesmos moldes definidos no tópico referente à saúde
CIA
do servidor público ativo ou inativo.
À SAÚDE
*IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA*
- A Probidade Administrativa não é novidade no ordenamento jurídico brasileiro, já o Princípio da Moralidade foi
introduzido pela Constituição Federal de 1988. Esse princípio tem conceito vago e indeterminado, por isso muito
doutrinadores misturam moralidade com probidade, porque ambas decorrem da idéia de honestidade.
- Entretanto, a improbidade é muito mais ampla que a moralidade, envolvendo muito mais hipóteses.
1.0- CONCEITO:
- É Designativo técnico para definir a corrupção administrativa, como desvirtuamento da administração pública,
com a desobediência às regras de administração pública.
2.0- FONTES:
b) Art.85: Prática de atos de improbidade faz parte do rol de crimes de Responsabilidade do Presidente
da República.
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União: Com fundamento no art.22, I, a doutrina atribui competência legislativa exclusiva à União para legislar
a respeito, em razão da natureza das sanções aplicadas pela lei de improbidade (natureza eleitoral, civil, que
são de legislação exclusiva pela União).
- No que tange ao procedimento administrativo a competência é concorrente, ou seja, a União legisla sobre
normais gerais, e os outros entes legislam sobre matérias específicas.
- Não é ilícito penal. Para que um ato de improbidade seja também considerado ilícito penal, é necessário que
esteja tipificado como tal em Lei Penal.
- Obs. Todo crime contra administração é ato de improbidade, mas nem todo ato de improbidade é crime.
- Também não é ilícito administrativo. Mas a Lei 8.112/90, estatuto dos servidores, pode estabelecer que um
ato de improbidade seja também infração funcional, sendo, neste caso, também ilícito administrativo.
- Tem natureza de Ilícito Civil, embora alguns doutrinadores considerem que ela pode ter natureza de ilícito
político em alguns casos. É apurado pela Ação de Improbidade Administrativa, que tem natureza de Ação Civil
Pública.
- OBS. Um Ato de Improbidade que seja ilícito civil, poderá também ser um Ilícito Penal e Ilícito Adminis-
trativo, hipótese na qual haverá procedimento para punição nas instâncias civil, administrativa e penal.
a. Sentença Absolutória no Processo Penal por inexistência do fato ou negativa de autoria: Neste caso,
há comunicação das instâncias, e o absolvido no processo penal será absolvido também nos proces-
sos civil e administrativo.
b. Absolvição por Excludente no Processo Penal: Faz Coisa Julgada no Processo Civil no que diz res-
peito à existência da excludente. Contudo, ainda assim, o absolvido por excludente poderá ser con-
denado no civil.
c. Art.935, CC/02; Arts.65 e 66 do CPP; Art.126, Lei 8.112/90: Outras situações onde há comunicabili-
dade de instâncias.
- Não há necessidade de sobrestação dos processos civil e administrativo enquanto correr o processo penal,
mas o ideal é o que o juiz o faça, embora não seja obrigado a fazê-lo.
b. Pessoa Jurídica na qual o Poder Público participe com mais de 50%. Neste caso, a PJ está
sujeita integralmente à Lei de Improbidade.
c. Pessoa Jurídica na qual o Poder Público participe com menos de 50%: Neste caso, as sanções
ficarão limitadas ao patrimônio, e a sanção pela improbidade ficará limitada ao prejuízo causado ao
Poder Público. Ex. Fundos de Pensão das Empresas Públicas e Sociedade de Economia Mista.
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a) Agentes Públicos, inclusive os agentes políticos, embora haja uma reclamação no STF com objetivo
de excluí-los da lei de improbidade.
b) Terceiros: Desde que induzam, concorram ou se beneficiem da prática do ato. Entretanto, não res-
ponderá por todas as penas da ação de improbidade.
c) Pessoa Jurídica poderá ser sujeito ativo de improbidade: Também não sofrerá todas as sanções,
limitar-se-á às penas possíveis de serem aplicadas a uma Pessoa Jurídica.
- Obs Alguns autores entendem que mesmo os advogados privados poderão praticar ato de improbi-
dade quando atuarem em processo judicial, por exemplo. Mas os particulares somente praticam atos de
improbidade, juntamente com agentes públicos. Vejamos:
17. (TRF - 2ª Região - 2014 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz Federal) No tocante à improbidade administrativa, disci-
plinada pela Lei nº 8.429/92, assinale a opção em conformidade com o entendimento dominante em doutrina
e no Superior Tribunal de Justiça:
A) Todos os atos de improbidade administrativa previstos nos artigos 9º (enriquecimento ilícito), 10 (que causam
dano ao erário) e 11 (violação de princípios da Administração Pública) podem ser praticados com dolo ou culpa.
B) Quem não é agente público (o terceiro, previsto no artigo 3º da Lei nº 8.429/92) não pode responder isoladamente
(sem a presença de qualquer agente público), em ação de improbidade, e ser submetido às medidas gerais previstas
no artigo 12 da mencionada legislação.
C) Em caso de dano ao erário, causado por agente que comete ato de improbidade administrativa, é firme a orien-
tação de que a prescrição está sujeita aos prazos disciplinados no art. 23 da Lei nº 8.429/92.
D) Na aplicação das medidas estipuladas no art. 12 da Lei nº 8.429/92 (incisos I, II e III), reconhecida a improbidade
do servidor, o magistrado está vinculado à aplicação de todas as modalidades ali previstas, tendo liberdade apenas
no que se refere à gradação, haja vista que o § 4º do art. 37 da Constituição Federal encontra-se no imperativo.
E) No âmbito da improbidade administrativa, após o julgamento do tribunal de segundo grau, mantendo condenação
do agente público, a legislação admite a perda imediata do cargo público, sem prejuízo de futuro retorno na hipótese
de reforma do julgado por tribunal superior.
- O art.9º é rol exemplificativo, basta que a conduta se enquadre no caput do artigo para que haja
enquadramento no ato de enriquecimento ilícito.
- Sanções:
- Sanções:
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- Não é necessário que a violação seja a Princípio que esteja no rol do art.11.
- Obs. Doação: É Limitada às hipóteses do art.17 da Lei 8666/93, que foi alterado pela Lei 11196/05,
qualquer doação fora dessas hipóteses ensejará improbidade.
- Obs. Placa Informativa de obras e serviços públicos: Não ensejam improbidade. Entretanto, placas
e publicidades de promoção de agentes públicos, mesmo quando feita por terceiros, enseja improbi-
dade administrativa.
- Sanções:
I) Perda da Função.
II) Suspensão dos Direitos Políticos de 03 a 08 anos.
III) Multa Civil: Até 100 x, mais o correspondente ao salário mensal do agente.
IV) Proibição de contratar e receber incentivos fiscais e creditícios do poder público pelo prazo
máximo de 3 anos.
-Obs. É possível o ressarcimento dos prejuízos causados, por dano moral ou intelectual, mesmo que
não tenha havido dano econômico.
- Não é possível misturar penas imputadas a mais de um ato de improbidade, quando o agente praticou
mais de uma modalidade. As penas poderão ser aplicadas isoladamente ou em bloco. O juiz deverá levar
em conta a gravidade do ato para decidir se aplica uma, algumas ou todas as penas atribuídas à modali-
dade de improbidade praticada.
- A Lei de Improbidade leva em conta o que fez o agente público, sem importar o que fez o 3º particular.
Se o agente praticou a conduta A, o particular responderá na ação de improbidade pela conduta A, mesmo
que tenha incorrido em outro tipo de ilícito administrativo que enseje improbidade.
- Não há cumulação de punições, se o agente praticou mais de 1 ato de improbidade, responderá apenas
pelo mais grave.
Segue esquema:
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ATOS QUE
ATOS DE GERAM
ATOS DE CAUSAM ATENTAM CONTRA
ENRIQUECIMENTO
DANO AO ERÁRIO PRINCÍPIOS
ILÍCITO
ADMINISTRATIVOS
indisponibilidade e indisponibilidade e
perda dos bens adqui- perda dos bens adqui-
ridos ilicitamente ridos ilicitamente
multa de até três vezes multa de até duas ve- multa até 100 vezes a
o que acresceu ilicita- zes o valor do dano remuneração do servi-
mente causado dor
impossibilidade de
impossibilidade de impossibilidade de
contratar com o Poder
contratar com o Poder contratar com o Poder
Público nem de rece-
Público e de receber Público e de receber
ber benefícios fiscais
benefícios por 5 anos benefícios por 3 anos
por 10 anos
- Art.10: O Ato de improbidade praticado com Dano ao Erário, tipificado no art.10, é a única modalidade que
aceita expressamente que o agente seja punido se agiu com dolo ou culpa.
- Enriquecimento Ilícito e Violação a Princípio da Administração Pública só podem ser praticados na modali-
dade dolosa, segundo entendimento da maioria da doutrina.
- Obs. O Ministério Público entende que mesmo o enriquecimento ilícito e a violação a princípio da adminis-
tração pública devem ocorrer na modalidade culposa e dolosa.
- A Ação de Improbidade tem natureza de Ação Civil Pública. Por ter natureza de ACP, poderá ou não
ser precedida de Inquérito Civil. Esse inquérito servirá como investigação preliminar.
- Obs Alguns doutrinadores criticam esse entendimento, sob fundamento de que a Lei de Improbidade
é própria e o seu procedimento também é próprio. Por isso, o melhor a fazer numa prova é fazer uma
Ação de Improbidade.
9.2- Legitimidade
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- Ministério Público e a Pessoa Jurídica lesada do rol do art.1º, que será sujeito passivo do ato de
improbidade e sujeito ativo de ação de improbidade.
- Obs. Se o Ministério Público for o autor da ação, deverá notificar a Pessoa Jurídica lesada para, se ela
quiser, integrar o processo como Litisconsorte do MP. Se a autora da ação for a Pessoa Jurídica lesada,
o Ministério Público deverá participar da ACP como custos legis.
9.3- Competência
- Sempre na 1ª Instância, no foro do local onde ocorreu o dano causado pelo ato de improbidade.
- A Lei 10.628/02 introduziu o §.2º no art.84 do CPP, instituindo foro privilegiado para a autoridade que
praticasse ato de improbidade. A competência seria da Corte competente para julgar a autoridade no
Âmbito penal.
- Contudo, duas ADIN´s interpostas pelo CONAMP (No 27977) e a AMB (2860) declararam a Inconstitu-
cionalidade deste parágrafo, sob o fundamento de que lei ordinária não pode ampliar competência dis-
posta na Constituição Federal de 1988. Outro fundamento de que os Tribunais ficariam sobrecarregados
e de que o Tribunal ficaria distante dos fatos.
Art.21, Lei 8.429 A Punição por ato de improbidade independe de dano patrimonial. Independe também
de controle do TCU. Mesmo que o TCU aprove as contas da autoridade, esta poderá ser processada em
ação de improbidade.
a. Indisponibilidade de Bens.
d. Afastamento preventivo da autoridade, enquanto for necessário à instrução do processo, sem pre-
juízo da remuneração.
9.6- Prescrição
- Aquele que exerce mandato eletivo ou cargo em comissão: Prazo de 05 anos a partir do momento em
que o agente deixar o cargo.
- Para os demais agentes: O Prazo será o mesmo prazo de prescrição para as infrações funcionais sujei-
tas a pena de demissão, previstas nos estatutos, 5 anos, geralmente.
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*BENS PÚBLICOS*
1.0- CONCEITO:
- São todos aqueles bens, móveis ou imóveis, corpóreos ou incorpóreos, que compõem a dominialidade Pú-
blica do Estado, cuja titularidade é das Pessoas Jurídicas de Direito Público.
- OBS Bens das Sociedades de Economia Mista e Empresas Públicas exploradoras de atividade econômica
não considerados bens públicos, portanto, são prescritíveis, penhoráveis, alienáveis e oneráveis.
Bens Públicos Afetados: São todos aqueles que se vinculam a uma destinação específica. São os bens
de uso comum e de uso especial.
Bens Públicos Não Afetados: São todos aqueles que não se encontram vinculados a nenhuma finalidade
pública específica. São os Bens Dominicais ou Dominais.
*Afetação: Fenômeno jurídico, através do qual um bem não afetado passar a ser predisposto a um fim público
especial. Ou seja, é transformação de um bem dominical em bem de uso especial ou de uso comum.
*Desafetação: Fenômeno jurídico em face do qual o Estado, explícita ou implicitamente, retira, subtrai do bem
afeto, vinculado a uma finalidade, a sua destinação pública específica, de modo a transforma-lo em Bem
Dominical, não afetado.
- São todos aqueles bens públicos que se destinam ao uso coletivo de toda a comunidade em condições de
igualdade. Ex. Praias, avenidas, praças.
- Destinam-se ao uso do próprio Estado para o exercício de duas atividades. Estão vinculados a uma finalidade
específica. Ex. prédios, cemitérios e museus públicos, estádios de futebol públicos.
- Os bens públicos das Pessoas Jurídicas de Direito Privado Prestadoras de Serviço Público, quando vincu-
lados à prestação do serviço, serão sempre de Uso Especial.
- São todos aqueles bens que, não dispondo de nenhuma destinação pública específica, integram o chamado
patrimônio disponível do Estado, como objeto de Direito Real ou Pessoal. Não têm nenhuma destinação pú-
blica específica. Esses bens podem ser negociados pela Administração, por meio de comodato, locação,
venda, etc. Ex. Terras devolutas, terrenos da marinha.
3.0- CARACTERÍSTICAS:
a) Inalienabilidade:
- Há uma Inalienabilidade Relativa. Os bens públicos poderão alienados desde que se vinculam às formalida-
des legais.
- Os bens públicos afetados, enquanto preservarem essa condição, porque predispostos a uma finalidade
pública, são absolutamente inalienáveis.
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I) Desafetação (essa formalidade só é exigida para os bens afetados). Pode ser feita através de Decreto
do Chefe do Executivo.
II) Autorização Legislativa: Exigível apenas para os Bens Públicos, afetados ou não, pertencentes às
Pessoas Jurídicas de Direito Público. Para alienação de bens pertencentes às Empresas Públicas e
Sociedades de Economia Mista prestadoras de serviço público não há necessidade de autorização le-
gislativa.
III) Autorização do Presidente da República: Essa formalidade só é exigida no âmbito da União (Lei
Federal 9.636/93). Tal exigência é dispensada quando foi o próprio presidente quem pediu a autorização
legislativa para alienação do bem.
IV) Licitação na Modalidade Concorrência. Exceção (lei 8.666/93) Quando o bem imóvel for ad-
quiro pelo Estado em procedimento judicial ou em dação em pagamento, a licitação poderá ser por
Leilão.
V) Avaliação Prévia.
Obs Lei 8.666/93, art.17: Traz hipóteses de dispensa obrigatória dessas formalidades para alienação
de bens públicos, nos seus inciso I (bens imóveis) e II (bens móveis) :
- Obs.2 Tanto para alienação de bem móvel quanto para a alienação de bem imóvel exige-se uma
fundamentação amparada na existência do interesse público, que motive a alienação, do contrário a
alienação estará viciada.
b) Impenhorabilidade:
- Para cumprimentos de decisões judiciais contra a Administração há o regime de Precatórios, que será
dispensado, no âmbito federal, quando o valor cobrado for até 60 sal.mínimos.
Veja:
18. (FCC - 2014 - TJ-CE – Juiz) Acerca dos bens públicos, é correto afirmar:
A) A imprescritibilidade é característica dos bens públicos de uso comum e de uso especial, sendo usucapíveis os
bens pertencentes ao patrimônio disponível das entidades de direito público.
B) As terras devolutas indispensáveis à preservação ambiental constituem, nos termos do art. 225, caput, da Cons-
tituição Federal, bem de uso comum do povo.
C) Os bens pertencentes aos Conselhos Federais e Regionais de Fiscalização são bens públicos, insuscetíveis de
constrição judicial para pagamentos de dívidas dessas entidades.
D) Os bens das representações diplomáticas dos Estados estrangeiros e de Organismos Internacionais são consi-
derados bens públicos, para fins de proteção legal.
E) Os imóveis pertencentes à Petrobrás, sociedade de economia mista federal, são considerados bens públicos,
desde que situados no Território Nacional.
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19. (FCC - 2014 - TRT - 18ª Região (GO) - Juiz do Trabalho) No tocante ao regime legal dos bens das entidades
pertencentes à Administração pública, é correto afirmar:
A) Os bens pertencentes a autarquia são impenhoráveis, mesmo para satisfação de obrigações decorrentes de
contrato de trabalho regido pela Consolidação da Legislação Trabalhista.
B) Os bens pertencentes às entidades da Administração indireta são bens privados e, portanto, passíveis de pe-
nhora.
C) A imprescritibilidade é característica que se aplica tão somente aos bens públicos de uso comum e especial, não
atingindo os bens dominicais.
D) Em face da não aplicação do art. 730 do Código de Processo Civil às lides trabalhistas, os bens públicos podem
ser penhorados para satisfação de débitos reconhecidos pela Justiça Laboral.
E) A regra da imprescritibilidade dos bens públicos, por ter origem legal, não se aplica ao instituto da usucapião
especial urbana, de status constitucional.
c) Imprescritibilidade:
d) Impossibilidade de Oneração:
- Os bens públicos não podem ser gravados por ônus de direito real.
-Obs. Os bens públicos podem sofrer Enfiteuse, que ainda permanece no Direito Administrativo, mas essa
enfiteuse do Dir. Adm. não é direito real e sim contrato, direito pessoal.
- O Direito Brasileiro autoriza a utilização de bens públicos, em qualquer das suas modalidades, por terceiros
particulares, desde que se cumpram determinadas formalidades.
I) Uso Anormal de um Bem Público: Ocorre quando o bem público é utilizado de forma não compatível com
sua destinação pública, sem, contudo, eliminar essa destinação. Ex. barraca nas praias.
II) Uso Normal de um Bem Público: É o uso compatível com a destinação principal de bem público em tela.
- OBS. Todavia, o uso do bem público ainda de distingue no que diz respeito à sua exclusiva ou não exclusiva
utilização:
- O Uso é franqueado, em igualdade de condições, a todas as pessoas. É o uso para o qual concorrem
todas as pessoas.
I) Uso Comum Ordinário: É aquele, a vista do qual, todos indistintamente, podem utilizar o bem
público sem se sujeitarem a qualquer condição prévia, contemporânea ou a posteriori, ou a qualquer
restrição ou limitação.
II) Uso Comum Extraordinário: É aquele que, a despeito de a utilização do bem estar aberta a todos
indistintamente, o uso do bem público está sujeito a alguma condição prévia, contemporânea ou a
posteriori, ou alguma restrição ou limitação. Ex. utilização da estrada do coco (pagamento de pedá-
gio).
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- É o uso atribuído em caráter exclusivo a um particular. Todo bem público, independente de ser afetado
ou não, pode ter seu uso atribuído de forma exclusiva a um particular, desde que esse particular tenha
um título jurídico hábil, que lhe possibilite esse uso em caráter exclusivo. Ex. ilhas particulares, terrenos
da marinha.
Autorização de Uso: A autorização pode se destinar a possibilitar que o particular exerça uma
atividade material ou que ele proceda ao Uso exclusivo de um bem público de um bem afetado.
- É uma forma de delegação do Estado. É ato administrativo discricionário, unilateral, e precário,
pelo qual o Estado faculta ao particular a possibilidade de uso exclusivo do bem público. É a
forma mais precária de delegação para o particular, porque pode ser revogada a qualquer
tempo, sem necessidade de indenização. Na autorização predomina o interesse do particular.
Permissão de Uso: é unilateral, Discricionária e Precária, embora menos precária que a au-
torização, já que, na Permissão há uma predominância do interesse público e, também, por
ser ela precedida por Licitação. A Permissão também pode ser revogada a qualquer tempo,
mas sempre ensejará indenização, se provado prejuízo. Ex. banca de revistas e jornais.
- Qualquer pessoa pode fazer uso exclusivo de um bem não afetado, desde que possua título jurí-
dico de Direito Público (autorização, concessão ou permissão) ou de Direito Privado, que, com base
na Legislação Federal, podem ser:
Locação (Decreto Lei 9.760/46): Esse decreto lei dispõe sobre as regras do contrato de loca-
ção entre a União e seus servidores ou outros particulares. A União tem o poder, inclusive, de
rescisão unilateral do contrato se o locatário descumpre alguma cláusula.
Arrendamento (Dec.Lei 9.760/46): É Espécie de contrato de locação, mas não com fins resi-
denciais, e sim com fim de exercer alguma atividade econômica ou social.
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Enfiteuse (Dec. Lei 9.760/46, alterado, em parte, pela Lei 9636/98): A Enfiteuse do Direito
Administrativo, que é diferente daquela que existia no CC/16, está adstrita aos terrenos da
marinha, que são bens públicos dominicais.
• Domínio Direto: A União, enquanto proprietária do bem, detém o seu domínio Di-
reto.
- O Enfiteuta tem que pagar, anualmente, uma taxa de 0.6% sobre o valor do imóvel. Terá,
também, que pagar o Laudêmio, se quiser alienar o domínio útil do terreno por ele utilizado,
cuja taxa será de 05% da fração ideal do terreno sob domínio do particular.
Cessão de Uso (Lei 9.636/98): É Contrato Administrativo, por meio da qual a União faculta,
via de regra, em caráter gratuito, o uso de um bem imóvel seu a um Município, Estado ou a um
particular, Pessoa Física ou Jurídica, que exerça atividade não lucrativa, de natureza social ou
assistencial, como forma de auxiliar ou contribuir com esse propósito.
Cessão do Direito Real de Uso (Decreto Lei 271/67): É contrato administro que transfere a
um particular um Direito Real, submetido a uma condição resolutiva, a explorar terrenos de
propriedade da União, com finalidade de urbanização, industrialização, edificação, cultivo da
terra ou outra finalidade social.
- Pode ter por objeto tanto terreno da União como o espaço aéreo que o recobre. É Cessão de
tempo indeterminado, transmissível causa mortis, sujeito a autorização legislativa e a Licitação
por concorrência, já que se trata de cessão de um direito real.
- São todos aqueles terrenos banhados pelo mar, ou pelos rios ou lagoas navegáveis que sofram influên-
cia das marés, que entrem até 33 metros da linha do preamar médio, medido em 1831.
- Obs. Os terrenos acrescidos são as áreas de terra que se formam natural ou artificialmente, em com-
plementação, para dentro do mar, ou lagoas ou rios navegáveis que sofram influência das marés, em
seguimento ao terreno da marinha, sem limite de extensão.
EC 46/05 Subtraiu da União as Ilhas Costeiras que forem sede de municípios, que agora não perten-
cerão à União, e sim ao município cuja sede se localize nela. Não envolve as Ilhas Oceânicas.
- São os terrenos banhados pelos rios ou lagoas navegáveis que não sofram influência das marés, até 15
metros para dentro da terra, contados a partir da linha média das enchentes ordinárias, medidas em 1831,
mais os seus acrescidos. Via de regra, pertencem ao Estado-membro.
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- São de propriedade da União. Os índios têm título de usufruto permanente da terra e suas riquezas. São
as terras nas quais as comunidades indígenas ocupam, em caráter permanente e definitivo, nelas se
reproduzindo, tirando seu sustento e fomentando sua cultura. Os índio detêm a posse ‘ad memoriam’.
d. Faixas de Fronteira:
- Áreas de terra limítrofes com outros países, numa extensão de 150 km.
e. Terras Devolutas:
- Todas as áreas de terras públicas que não têm determinação quanto à sua extensão, não são discrimi-
nados na sua extensão.
- Procedimento Judicial específico para demarcar a extensão da terra devoluta, que deixará de ser terra devoluta
após a demarcação, assumindo o caráter de terra pública stricto senso.
*LICITAÇÃO*
1. CONCEITO:
2. FINALIDADES:
3. SUJEITOS:
- Entes da Administração Direta; Entes da Administração Indireta e Entes Controlados direta ou indiretamente
pelo Poder Público (OSCIP´s, Serviços Sociais Autônomos).
- Obs. Empresas Públicas e Sociedades da Economia Mista obedecem à Lei 8.666/93. Se explorarem ativi-
dade econômica, poderão ter licitação com regime especial. Enquanto não for criado esse regime especial,
continuam obedecendo a Lei 8.666/93, gozando, entretanto, do direito de dispensa para valores de até 20% do
valor do convite.
- Fundo Especial (serve para gestão de interesses ou recursos públicos, que sirvam a um interesse coletivo):
Pode ser órgão público (Administração direta) ou fundação pública (Administração indireta), nestes 02 casos há
necessidade de licitação. Entretanto, o Fundo Especial também pode ser usado como código orçamentário, sem
estrutura ou personalidade jurídica. Neste caso, não haverá necessidade de licitação.
- Tudo o que é relevante para licitação deve estar previsto no edital. Exige que todas as regras a serem a
respeitadas estejam previstas no edital (não se pode exigir nem menos nem mais do que está previsto no
edital). O Edital ou a Carta-Convite contém as regras da licitação.
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- O Edital tem que definir o Tipo de Licitação, não é possível a utilização de qualquer critério subjetivo
numa licitação, sob pena de violação a este princípio: (diferencia-se de modalidade).
- OBS Se o edital estabelecer que o tipo de licitação será o de Menor Preço, independentemente de
qualquer motivo, vencerá aquela empresa que, preenchendo os requisitos previstos no edital, ofereça o
menor preço, ainda que o concorrente ofereça um produto com qualidade superior. Havendo empate no
preço, haverá desempate nos critérios do art. 3º, §2º da lei 8.666/93.
- OBS.2 Quando a licitação for de Melhor Técnica e Preço: O Edital deve prever qual o critério para
resolver a situação na qual um concorrente oferece um melhor preço e o outro ofereça melhor técnica
(pode ser a média, por exemplo).
- O Processo de Licitação tem que respeitar todas as formalidades previstas na lei. É um procedimento
vinculado.
- As propostas são sigilosas até o momento de sua abertura em sessão pública. Se houver fraude (preços
combinados entre concorrentes): crime previsto na Lei de Licitação e improbidade administrativa. Exceção
a este princípio: Leilão (propostas verbais).
- Competência Privativa da União para legislar sobre normas gerais de licitação (art.22, inc.27, C.F/88).
Obs. Norma Geral pode criar nova modalidade de licitação.
- Obs. Lei complementar poderá delegar ou transferir aos Estados para legislar sobre normas gerais.
- Quando a União legislar sobre normais gerais a Lei será Nacional; Quando a União legislar sobre normas
específicas a Lei será Federal, válida somente p/ União. STF/ lei 8666/93 tem normais gerais, mas também
possui normas específicas para a União (art.17).
Lei 10.520/02 (define o pregão): Também utilizada como Norma geral, com mesmo poder da lei 8.666/93.
Lei 9.472/97 (institui ANP e ANATEL): Criou o pregão e a consulta, enquanto modalidades específicas das
agencias reguladoras. Não é norma geral de licitação. STF Mesmo não se tratando de norma geral de
licitação, a Lei 9.472/97 poderia, como fez, criar a consulta e o pregão.
Obs. A Lei de Licitação do Estado da Bahia traz os procedimentos das modalidades de licitação totalmente
invertidos em relação aos da Lei 8666/93.
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- Obs a Singularidade do Objeto tem que ser relevante para que haja inexigibilidade, e tem que estar
na lista do art.13 da Lei 8.666/93; Tem que ter Notória Especialização (reconhecida pela mídia, pela crí-
tica). Quando se falar de singularidade do objeto com todos os seus requisitos, sempre haverá um juízo
de valor do administrador.
II) Pressuposto Jurídico (interesse público): A licitação serve para proteger e atender ao interesse
público. Se a licitação acaba por prejudicar o interesse público, será inexigível.
Obs. Nos casos das Empresas Públicas e das Sociedades de Economia Mista, a Licitação será inexigível
quando prejudicar a atividade fim da empresa.
7. DISPENSA DE LICITAÇÃO
São situações em que há viabilidade de competição, no entanto, a lei determina a desnecessidade de realização do
certame. O rol de dispensa é definido em lei de forma taxativa nos art. 17 e 24 da lei 8666/93
É importante decorar as hipóteses de dispensa de caem bastante em prova. Basta o decoreba da lei que trata de
dispensa por urgência, dispensa em razão do valor, entre outros.
20. (VUNESP - 2014 - TJ-RJ - Juiz Substituto) No caso de contratação a ser feita por sociedade de economia
mista com suas subsidiárias e controladas, para a aquisição ou alienação de bens, prestação ou obtenção
de serviços, nos termos da Lei n.º 8.666/93, é correto afirmar que:
MODALIDADES:
CONCORRÊNCIA
Modalidade muito garantidora da competição, sem limite de ingresso, com o procedimento amplo, abarcando
todas as fases, desde a análise de documentação, até a escolha das propostas. Qualquer pessoa pode participar
da concorrência.
Contratos de OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA acima de R$ 1.500.000,00
Contratos de COMPRAS DE BENS E AQUISIÇÃO DE SERVIÇOS acima de R$ 650.000,00
Exceções:
A) Alienação ou aquisição de imóveis: Quando a administração pública adquire ou aliena imóveis, estas con-
tratações dependem de prévia licitação, sempre na modalidade concorrência, não sendo relevante, nestes ca-
sos, o valor do contrato.
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ATENÇÃO! se o imóvel a ser alienado tiver sido adquirido por dação em pagamento ou decisão judicial, pode-
se celebrar este contrato de alienação mediante licitação na modalidade concorrência OU leilão. Logo, nestes casos
específicos, a modalidade concorrência não será obrigatória.
B) Contrato de concessão de serviço público: Só pode ser realizada mediante concorrência.
C) Concessão de direito real de uso: Também depende de licitação na modalidade concorrência, independen-
temente do valor do bem.
D) Contratos de obra celebrados por meio de empreitada integral: não interessa o valor da obra; haverá con-
corrência mesmo que a obra não atinja um milhão e quinhentos mil reais. E) Licitações internacio-
nais: só podem ser realizada mediante concorrência.
Exceção da exceção:
1ª: se o órgão que vai realizar licitação internacional tiver cadastro internacional de licitantes, poderá optar por
fazer licitação na modalidade Tomada de Preço, desde que dentro dos limites desta modalidade.
2ª: se o bem ou serviço a ser contratado não tiver fornecedor no país, o órgão poderá fazer licitação internaci-
onal na modalidade convite (ou tomada de preço), desde que respeitados os limites de valor.
TOMADA DE PREÇO
Participam da competição apenas os licitantes que forem cadastrados no órgão ou aqueles que se cadastrarem
até 3 (três) dias antes da data marcada para a abertura dos envelopes contendo as propostas dos licitantes.
até R$ 1.500.000,00
DE BENS OU AQUISIÇÃO DE SERVIÇOS até R$ 650.000,00
CONVITE
O convite é a modalidade mais restrita de todas as previstas na lei de licitações. Participarão do certame apenas
os convidados, cadastrados ou não, sendo no mínimo 3 (três) convidados, salvo comprovada restrição de mercado,
quando então pode se realizar o convite com apenas 2 (dois) convidados. Este é o entendimento expresso do artigo
22, § 7º da lei 866693, abaixo transcrito, in litteris:
Art 22. § 7o Quando, por limitações do mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, for impossível
a obtenção do número mínimo de licitantes exigidos no § 3o deste artigo, essas circunstâncias deverão ser
devidamente justificadas no processo, sob pena de repetição do convite.
Se não foi convidado, ainda assim o interessado poderá participar da licitação desde que comprove que, cu-
mulativamente, está regularmente cadastrado no órgão e que apresentou manifestação de interesse em participar
da competição, até 24 horas antes da data marcada para a abertura dos envelopes.
Na modalidade convite, não há edital. O instrumento convocatório é simplificado e denomina-se carta-convite.
A carta-convite não é publicada em Diário Oficial, porém, ainda assim, há publicidade (toda atuação do Estado
deve respeitar a publicidade). Nestes casos, a publicidade é feita de forma diferente da publicação. Estipula a lei
que a administração deverá enviar a carta-convite aos convidados e afixar no átrio da repartição, em local visível ao
público. Respeitadas estas regras, está devidamente publicizada a licitação.
até R$ 150.000,00
até R$ 80.000,00
CONCURSO
Não se pode confundir o concurso – procedimento licitatório – com o concurso público para provimento de
cargos públicos. Concurso é modalidade licitatória que serve para escolha de trabalho de técnico, artístico e cientí-
fico por parte da administração público.
O licitante vencedor da licitação recebe um prêmio ou remuneração pelo trabalho adquirido pelo ente estatal.
Vejamos:
21. (UFPR - 2014 - DPE-PR - Defensor Público) Assinale a alternativa correta sobre licitação.
A) São tipos de licitação o menor preço, a melhor técnica, técnica e preço e o leilão.
B) A modalidade para seleção de projeto arquitetônico, o qual servirá para construção de obra pública, deve ser
selecionado por procedimento licitatório na modalidade concurso.
C) A seleção de empresa para executar obra pública, cujo valor é superior a R$ 1.500.000,00, deve ser a tomada
de preços, obrigatoriamente.
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D) A aquisição de produtos cujo valor global do lote é de R$ 50.000,00 deve ser realizado, obrigatoriamente, por
convite.
E) O pregão é a modalidade licitatória a ser adotada em casos de objetos estritamente técnicos, não importando o
preço.
LEILÃO
Esta modalidade licitatória serve para alienação de bens pelo poder público.
A) O leilão pode ser feito para alienar bens imóveis que tenham sido adquiridos por decisão judicial ou dação em
pagamento (todos os outros deverão ser alienados mediante concorrência, obrigatoriamente).
B) Também, é modalidade licitatória para alienação de bens móveis inservíveis, apreendidos e penhorados.
A) Bens inservíveis: são os bens que não têm mais serventia pública, são bens desafetados, que não estão sendo
destinados à utilização pública.
B) Bens apreendidos: adquiridos, pelo poder público, em decorrência de atos ilícitos.
C) Bens penhorados: o legislador se equivocou ao falar em “penhora” quando queria se referir ao penhor. É im-
portante atentar para o fato de que o leilão administrativo não se confunde com o leilão judicial. Em verdade,
quando se trata de licitação na modalidade leilão, utiliza-se para alienar bens empenhados pelo particular ao
ente público.
PREGÃO
O pregão é modalidade licitatória definida para aquisição de bens – por esta razão a doutrina chama de “leilão
reverso” – e serviços comuns. Ressalte-se que serviços e bens comuns são aqueles que podem ser designados
no edital com expressão usual de mercado, conforme disposição legal expressa.
Hoje, quaisquer bens e serviços vêm sendo considerados comuns pela doutrina, não sendo possível a realiza-
ção de pregão para obras públicas.
Não há limite de valor estipulado para a realização de pregão.
A licitação na modalidade pregão será sempre do tipo MENOR PREÇO.
PROCEDIMENTOS:
CONCORRÊNCIA:
1) Fase interna – fase pré-procedimental:
Nesta fase a administração pública está, internamente, se organizando para licitar.
Primeiramente, deverá fazer a exposição de motivos da contratação e definir a dotação orçamentária para a
futura contratação. Depois disso, deve designar a comissão licitante. O fato de ter comissão permanente não des-
vincula a administração de informar qual será a comissão. Ainda nesta fase, o Poder Público elabora a minuta do
edital de licitação.
2) Fase externa:
Vejamos:
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22. (CESPE - 2014 - TJ-SE - Titular de Serviços de Notas e de Registros – Remoção) Com relação às licitações
(Lei n.º 8.666/1993 e atualizações), assinale a opção correta.
A) A prestação de serviços públicos sob o regime de permissão, concessão ou autorização independe da realização
de licitação.
B) O licitante que apresentar tempestivamente impugnação contra determinada restrição para a habilitação imposta
no edital de licitação somente poderá participar do processo licitatório após o trânsito em julgado da decisão perti-
nente à referida impugnação.
C) É dispensável a licitação para a compra de imóvel destinado ao atendimento de finalidades precípuas da admi-
nistração pública, se as necessidades de instalação condicionarem sua escolha e ainda que seu preço seja superior
ao de mercado, desde que o imóvel seja adequado à destinação pretendida pela administração.
D) É possível a adoção da modalidade de licitação denominada tomada de preços caso os interessados apresentem
comprovação das condições exigidas para o cadastramento até o terceiro dia posterior à data do recebimento das
propostas, observada a necessária qualificação.
E) É vedada a inclusão, no edital de licitação, de exigências de habilitação para cujo atendimento os licitantes
tenham de incorrer, antes da celebração do contrato, em custos não necessários.
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Tomada de Preço: o procedimento é o mesmo estudado para a concorrência, porém NÃO HÁ FASE DE HA-
BILITAÇÃO, uma vez que os licitantes já estão previamente cadastrados. O cadastro serve como uma habilitação
prévia.
Convite: também segue um procedimento similar ao da concorrência, contudo, não há publicação de edital (a
publicidade da carta-convite é diferenciada) e nem fase de habilitação. A outra diferença diz respeito a prazos. Os
prazos para recursos são de 2 dias úteis (e não de 5 dias como nas outras modalidades). Se forem todos desclas-
sificados, pode-se abrir o prazo de 3 dias úteis (ao invés de 8 dias úteis) para que se adéquem ao edital.
Pregão: esta modalidade licitatória se diferencia do procedimento da concorrência, principalmente, em virtude
da inversão de fases. Isso porque, no pregão, primeiramente são classificadas as propostas, deixando a fase de
habilitação por último. Também, é feita a adjudicação antes da homologação do certame. Vejamos:
Lances verbais: a princípio, passam para os lances verbais a melhor proposta (menor preço) e todas as outras
propostas que não ultrapassarem 10% do valor da primeira. Independentemente disso, deve passar para os lances
verbais a melhor proposta mais 2(duas), para completar 3(três) licitantes, no mínimo.
Art. 4º da Lei 10.520/02:
VIII – no curso da sessão, o autor da oferta de valor mais baixo e os das ofertas com preços até 10% (dez
por cento) superiores àquela poderão fazer novos lances verbais e sucessivos, até a proclamação do ven-
cedor;
IX – não havendo pelo menos 3 (três) ofertas nas condições definidas no inciso anterior, poderão os autores
das melhores propostas, até o máximo de 3 (três), oferecer novos lances verbais e sucessivos, quaisquer
que sejam os preços oferecidos;
O próprio pregoeiro irá adjudicar e o procedimento segue para homologação da autoridade superior, ao final.
O prazo para recurso na modalidade é imediato e ocorre após a declaração do vencedor, ou seja, somente ao
final da licitação. Se o licitante recorrer, a lei concede o prazo de 3 (três) dias para elaboração e apresentação das
razões do recurso.
Pregão eletrônico: cada estado deverá ter o seu decreto específico se quiser utilizar desta forma de licitação.
No âmbito federal, foi expedido o Decreto 5450 que regulamenta o pregão eletrônico realizado pela União. O pro-
cedimento é o mesmo do pregão presencial, porque o decreto tão somente regulamentará a lei. O decreto não traz
novidades; o decreto minudencia o texto da lei para facilitar o pregão que será feito na rede.
*CONTRATOS ADMINISTRATIVOS*
1. CONCEITO:
- É uma espécie de contrato, um vínculo jurídico em que os sujeitos ativo e passivo comprometem-se a uma
prestação visando Criar, Extinguir ou Modificar Direitos na consecução do interesse público, seguindo o Re-
gime Público.
2. CARACTERÍSTICAS:
a) A presença do Poder Público, seja no pólo passivo, no pólo ativo ou nos 02 pólos. O que se
exige é a presença do poder público em pelo menos um dos pólos.
c) Contrato Consensual, que estará perfeito e acabado no momento em que se manifesta a von-
tade. Ex. O Contrato de compra e venda é consensual, estará perfeito e acabado com a mani-
festação da vontade. Não importa se o pagamento não foi descontado.
- Obs Diferencia-se do Contrato Real, que depende da entrega do bem para se tornar per-
feito.
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g) É Contrato de Adesão: Uma das partes monopoliza a relação, a outra adere se quiser. O
Contrato está previamente pronto, não há possibilidade de se discutir cláusulas contratuais.
Aqui é a Administração quem detém o monopólio.
- - Obs Uma vez publicado o edital do contrato, este deverá ser cumprido nos seus exatos
termos, não havendo possibilidade de altera-lo.
3. FORMALIDADES:
a)Contrato Escrito. Exceção Poderá ser verbal quando a lei autorizar. Art.60, Lei 8666/93 (Con-
tratos Verbais):
- Segundo a doutrina moderna, a forma do ato administrativo é vinculada; Podendo ser discri-
cionária, se a Lei Autorizar.
- É Feita com o resumo, com o extrato do contrato. A Publicação não pode ultrapassar o prazo
de 20 dias ou até o 5º dia do mês subseqüente à assinatura do contrato (o que acontecer pri-
meiro).
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- É o contratado que deve decidir qual será a forma da garantia, dentro das alternativas
elencadas pela lei: Títulos da dívida pública; Caução em dinheiro; Seguro-Garantia (con-
trato de garantia de outro contrato); Fiança Bancária (garantia fidejussória).
- Valor da Garantia: Até 05% do valor do contrato. Até 10% quando o contrato for de
grande vulto, alta complexidade e causar riscos financeiros à Administração.
- Prazo sempre determinado (art.57, §3º). A duração máxima será compatível com a dis-
ponibilidade do crédito orçamentário: 12 meses (lei orçamentária anual).
I) Quando o objeto do contrato estiver previsto no Plano Plurianual (PPP, art.166, CF):
Prazo máximo do contrato administrativo será de 04 anos.
I) Prestação Contínua: Se em razão do prazo o preço for melhor, nos casos de pres-
tação contínua, o prazo máximo do contrato será de 60 meses.
- Obs. Art.57 Admite-se uma prorrogação (60 meses + 60 meses) em caráter ex-
cepcional, mediante fundamentação e autorização da autoridade superior.
- Obs. Permissão: é Ato Unilateral: Só há permissão de serviço. Não se faz por contrato,
não é contrato, é feita por ato unilateral.
- Obs. Para cima ou para baixo, o acréscimo ou decréscimo máximo será de 25%. Ex-
ceção: Reforma de Edifício ou Equipamento: Acréscimo máximo de 50% em relação ao
original.
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• Rescisão Judicial.
04ª Hipótese: Extinção de Pleno de Direito: Por circunstancias alheias à vontade. Ex.
falência.
I) Advertência;
II) Multa;
III) Suspensão do Direito de Contratar com Poder Público, por, no máximo, 02
anos;
- Obs. Para aplicação de uma dessas 03 penalidades será feita de forma discricionária
pelo administrador, não há um rol de hipóteses para aplicação de cada uma dessas pe-
nalidades.
- Obs. Para empresa voltar a ser idônea tem que ser reabilitada, para que isso ocorra
devem ser preenchidos alguns requisitos: Passar o prazo da declaração de inidoneidade;
A contratada deve indenizar os prejuízos causados à administração (requisitos cumulati-
vos).
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Pode se dar em decorrência de vício, declarada pela Administração Pública, com efeitos ex tunc.
23.. (FCC - 2014 - TCE-PI - Auditor Fiscal de Controle Externo) Em razão de conveniência da Administração,
convencionou-se com o contratado, de forma amigável, rescindir o ajuste, firmado após regular processo
de licitação, nos termos da Lei nº 8.666/1993. Nessa hipótese, o contratado tem direito:
A) aos pagamentos devidos pela execução do contrato até a data de sua rescisão e a devolução da garantia, não
tendo direito ao pagamento do custo da desmobilização, isso em razão do princípio da supremacia do interesse
público.
B) aos pagamentos devidos pela execução do contrato até a data de sua rescisão, em razão do princípio que veda
o enriquecimento sem causa; os demais custos por ele incorridos poderão ser ressarcidos, a critério da máxima
autoridade da esfera administrativa.
C) à devolução da garantia, aos pagamentos devidos pela execução do ajuste até a data de sua rescisão, ao paga-
mento do custo da desmobilização, não tendo direito ao pagamento de nenhuma outra importância.
D) ao ressarcimento de todos os prejuízos, além do pagamento de todos os custos incorridos até o momento da
rescisão do ajuste, bem assim ao ressarcimento de lucros cessantes, que independem de regular comprovação,
dado que a rescisão não decorreu de ato culposo seu.
E) ao ressarcimento dos prejuízos regularmente comprovados, à devolução da garantia, aos pagamentos devidos
pela execução do ajuste até a data de sua rescisão, e ao pagamento do custo da desmobilização.
*PROCESSO ADMINISTRATIVO*
- O Processo Administrativo prévio é requisito para a forma do Ato Administrativo, é elemento deste. O Ato
administrativo é a “sentença” do Processo Administrativo.
- Processo x Procedimento: A Diferenciação dessas duas denominações tem importância nos Processos Civil
e Penal, que consideram o processo como um conjunto de atos que levam a uma provimento final, enquanto
que o procedimento seria a forma pela qual o processo se realiza. Contudo, essa diferenciação não tem impor-
tância alguma no Direito Administrativo.
1.0- OBJETIVOS:
a. Documentação: O Processo Administrativo serve como documentação dos atos e fatos praticados
pela Administração.
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c. Proteção aos Administrados e Servidores: Na medida em que evita arbitrariedades por parte dos
administradores públicos.
- Para o Direito Administrativo a matéria ainda é recente, ao contrário do Processo Penal e do Pro-
cesso Administrativo, onde este princípio já está sedimentado há muito mais tempo.
Ampla Defesa: Oportunidade para que a parte se defenda. Odete Medauar: O Princípio da Ampla
Defesa tem alguns desdobramentos obrigatórios:
III) Defesa Técnica: Embora sua falta não enseje nulidade, a Administração deve fazer de
tudo para possibilitá-la à parte.
IV) Produção de Provas: As Provas apresentadas devem ser, pelo menos, avaliadas.
V) Direito a Recurso: Mesmo que para o caso não haja recurso próprio, a parte terá direito
a recorrer.
- Embora nos Processos Civil e Penal a diferença entre verdade real e verdade formal venha perdendo
força, no Direito Administrativo o Princípio da Verdade Real ainda vige.
c. Princípio da Oficialidade:
- Impulso Oficial: O Processo Administrativo não depende de provocação da parte. A própria admi-
nistração deve impulsioná-lo.
- STJ Só haverá nulidade do processo administrativo quando ausente alguma formalidade impres-
cindível. Apenas para o administrador deve ser levada em consideração a prática dos atos com todas
as formalidades.
- EC 45/05 (art.5º, LXXVIII, CF): Os processos administrativos e judiciais devem ser finalizados em
prazo razoável.
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Lei 9784/99 regulando o art.5º, inc.LV da CF: Trata das normais gerais para o processo administrativo.
Os demais entes da federação também poderão legislar sobre processo administrativo, sobre normais es-
pecíficas.
a. Despesas Processuais: No Processo Administrativo é vedada a cobrança de taxas para cobrir despe-
sas processuais, salvo se houver norma específica em contrário.
- Tal disposição não impede a cobrança de taxas para outros fins, desde que não sejam para cobrir
despesas processuais.
b. Prazos: Para cada processo há um prazo próprio para prática de cada ato. No Silencio da Regra Es-
pecífica, o prazo para recurso será de 5 dias.
- Nos prazos do processo administrativo exclui-se o 1º dia, começando a correr a partir do 1º dia útil
seguinte à intimação para realização do ato, inclui-se o último dia, que será prorrogável para o dia útil
seguinte.
-ObsDia útil será aquele dia em que a repartição funcionar. Quanto ao ponto facultativo, se a reparti-
ção estiver funcionando, será dia útil.
c. Atos de Processo: Os atos do processo só podem ser praticados na repartição e durante o horário de
expediente.
Exceção: Quando o interesse público assim o justificar, o ato poderá ser realizado após o horário do
expediente.
d. Intimação: Poderá ser realizada por qualquer forma admitida no Direito, não há uma regra própria para
a intimação no processo administrativo.
- São exemplos de atos que instauram um processo administrativo: Auto de Infração, para o processo
administrativo tributário; Portaria para instauração de Inquérito Policial, quando a prisão foi feita em
flagrante, ou para instauração de processo administrativo disciplinar.
- A Instauração será feita pela Autoridade Superior que, além de instaurar a comissão que realizará o
inquérito administrativo irá julgar o relatório feito.
- As provas válidas serão todas aquelas admitidas em direito, vedada a produção de provas ilícitas.
Oportunidade de Defesa:
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Relatório do Processo:
- É o resumo do processo. Tem que ser conclusivo, devendo propor um resultado final.
- Via de regra, ele NÃO vinculará o julgamento feito pela autoridade superior. ExceçãoNo Pro-
cesso Administrativo Disciplinar da Lei 8.112/90, o relatório vincula o julgamento, salvo de o relatório
for contrário às provas dos autos.
Obs. Ao contrário do Inquérito Policial, que é procedimento administrativo prévio ao Processo
Penal, o Inquérito Administrativo é o miolo do Processo Administrativo.
- A autoridade que instaurou o processo e a comissão será a competente para julgar o relatório. O Chefe
do Executivo está vinculado ao julgamento do Proc.Administrativo.
- A parte, na peça de interposição do Recurso, deve formular o Pedido de Reconsideração, que consiste
em pedir à que a autoridade julgadora reconsidere o seu julgamento antes de encaminhar o recurso ao seu
superior hierárquico.
- Se a autoridade julgadora não Reconsiderar, deverá encaminhar o Recurso ao seu superior Recurso
Hierárquico. Obs. O Recurso Hierárquico deverá ser endereçado à Autoridade Julgadora que, após negar
o Pedido de Reconsideração, deverá encaminhá-lo à autoridade superior.
- Obs. Se não houver autoridade superior à autoridade julgadora, não haverá possibilidade de recurso hie-
rárquico, apenas do Pedido de Reconsideração.
Recurso Hierárquico Próprio: A autoridade que vai analisar o recurso hierárquico é do mesmo órgão
que a autoridade julgadora.
Recurso Hierárquico Impróprio: A autoridade que vai analisar o recurso hierárquico é de órgão diferente
da autoridade julgadora.
-Obs. O Recurso poderá atingir até três instâncias de julgamento, a depender da estrutura da administração.
Caução Prévia: Não há necessidade de caução prévia como pressuposto para interposição de recurso,
em regra.
Efeitos do Recurso Administrativo: De regra, só terá efeito devolutivo. Só terá também efeito suspen-
sivo se houver norma específica nesse sentido. Obs. O Recurso poderá piorar a situação da parte, ou seja,
é admitida a Reformatio in Pejus no Recurso Administrativo.
I) Representação: Utilizado quando a parte quer fazer uma denúncia. Serve como mecanismo
de denúncia de uma ilegalidade. É um equivalente da Ação Popular.
II) Reclamação: O Particular reclama sobre a lesão a um direito específico seu. É uma espécie
de Mandado de Segurança Administrativo.
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III) Revisão (é como uma ação rescisória administrativa). Tem, como pressuposto, ter havido
a Coisa Julgada Administrativa, ou seja, a Revisão pressupõe uma decisão administrativa irre-
corrível. E só poderá ocorrer quando surgir FATO NOVO. Prazo: Pode ser interposta a qualquer
tempo. Obs Não admite a Reformatio in Pejus.
1.1 - SINDICÂNCIA:
b) Investigação Prévia:
- Neste caso, a sindicância poderá ter sido realizada sem contraditório e ampla defesa, que ficarão
para ser respeitados no Processo Administrativo Disciplinar que virá a ser instaurado.
1.2 - Proc. Adm. Sumário por ACUMULAÇÃO ILEGAL (art.133, lei 8.112/90):
1º) Notificação do agente público para quem em 10 dias ele opte por um dos cargos que ocupe. Se optar,
será exonerado do cargo que escolher sair.
2º) Se o agente não fez a opção nos 10 dias: Instaura-se o Processo Administrativo Sumário.
3º) Instaurado o Processo Administrativo Sumário, o Servidor terá o prazo para defesa, e até esse prazo
poderá optar por um dos cargos, sendo exonerado do outro.
4º) Se o servidor não optar por um dos cargos até o prazo de apresentação da defesa: O Processo segue
e, sendo provada a ilegalidade da acumulação, o agente será Demitido de todos os cargos que ocupar.
Prazo: O Procedimento Sumário deve ser finalizado em 30 dias, prorrogáveis por mais 30.
-Obs. A Verdade Sabida não é mais admitida no Ordenamento Brasileiro, pois é procedimento que não
comportava contraditório e ampla defesa.
- Obs. É Possível o afastamento pelo prazo máximo de 60 dias. Findo esse prazo, o agente voltará à atividade,
mesmo que o processo não tenha sido finalizado.
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- STJ Estágio Probatório = 24 meses, ainda que a CF tenha previsto o prazo de 03 anos para a estabilidade.
Parte da Doutrina: Entende que o estágio probatório é de 03 anos.
1.0- CONCEITO:
- Obrigação que tem o Estado de reparar os danos causados a terceiros em razão de comportamentos lícitos e
ilícitos ou atividades materiais.
- O Estado respondia desde que se demonstrasse a culpa individualizada do seu agente, ou seja, a Res-
ponsabilidade do Estado era idêntica à Responsabilidade do Direito Privado.
- A Atividade do Estado, potencialmente, pode produzir riscos aos administrados. Obs. A Teoria da
Culpa Administrativa defende que só haveria responsabilidade por atos ilícitos praticados pelo Estado.
- Haveria, então, uma Responsabilidade Objetiva, lastreada apenas em um nexo de causalidade entre
a atuação do Estado e o dano ocorrido, sem a necessidade do elemento culpa, mesmo que o dano seja
produzido por Atividade Lícita do Estado.
- Constituição de 1824 No Brasil a Teoria da Irresponsabilidade do Estado nunca foi adotada. A Consti-
tuição de 1824 adotou a Teoria da Culpa Administrativa, na qual a Responsabilidade do Estado só existiria
quando prova a culpa deste.
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- Constituição Federal de 1988 Adotou as duas teorias, a do Risco Administrativo e a da Culpa Admi-
nistrativa.
- O Estado sempre responderá objetivamente por seus atos comissivos, lícitos ou ilícitos, jurídicos ou materi-
ais.
- Comportamento Lícito:
Jurídico: Produzido em razão de atividade jurídica do Estado. Ex. Decreto expedido por chefe do exe-
cutivo;
24. (CESPE - 2013 - TJ-BA - Titular de Serviços de Notas e de Registros – Provimento) Acerca da responsa-
bilidade extracontratual do Estado, assinale a opção correta.
A) Os delegatários de serventias de notas e de registros somente respondem pelos danos causados a terceiros se
decorrentes de dolo ou culpa.
B) De acordo com a teoria da falta do serviço, o Estado responde pela mera ausência do serviço, independente-
mente da comprovação do dano.
C) De acordo com a teoria do risco administrativo, há inversão do ônus da prova, cabendo ao Estado comprovar
que não causou o dano.
D) As empresas públicas e as sociedades de economia mista exploradoras de atividade econômica respondem
objetivamente pelos danos causados a terceiros.
E) De acordo com a jurisprudência recente do STF, as concessionárias de serviços públicos respondem objetiva-
mente pelos danos causados a terceiros, usuários ou não do serviço.
- Comportamento Ilícito:
- STF A Responsabilidade do Estado é Subjetiva, fundada na Teoria da Culpa Administrativa. Porém, tam-
bém reconhece a Responsabilidade do Estado por Omissão Legislativa, que é inconstitucional.
- Se havia o dever do Estado de atuar de forma a evitar danos por fatos da natureza, e aquele não atuou, o
Estado será responsabilizado, desde que provado que a sua omissão causou o dano.
- STF Responsabilidade Subjetiva do Estado. Ex. Assassinato de Preso por outro preso.
5.0- Responsabilidade por Ato Propiciatório de Risco (Celso Antônio Bandeira de Melo):
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- O Estado, apesar de não ser o causador direto do dano, assume atividade que propicie alto risco. O Estado
é causador indireto do dano, respondendo Objetivamente. Ex. Dano decorrente de fábrica de pólvora instalada
em bairro povoado; Dano causado por defeito em semáforo.
- Obs. Terceiro que assuma esse tipo de atividade, sem autorização do Estado: Responsabilidade Subje-
tiva.
Vejam esse julgado do STJ sobre tema, prevendo responsabilidade do Estado em caso de suicídio de preso
no presídio.
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PROBATÓRIA (SÚMULA 279/STF)- RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. - Os elementos que compõem a estru-
tura e delineiam o perfil da responsabilidade civil objetiva do Poder Público compreendem (a) a alteridade do dano,
(b) a causalidade material entre o eventus damni e o comportamento positivo (ação) ou negativo (omissão) do
agente público, (c) a oficialidade da atividade causal e lesiva imputável a agente do Poder Público que tenha, nessa
específica condição, incidido em conduta comissiva ou omissiva, independentemente da licitude, ou não, do com-
portamento funcional e (d) a ausência de causa excludente da responsabilidade estatal. Precedentes (RE 481.110-
AgR, Rel. Min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJ 9.3.2007 – grifos nossos). Agravo regimental em agravo de
instrumento. 2. Morte de preso no interior de estabelecimento prisional. 3. Indenização por danos morais e materiais.
Cabimento. 4. Responsabilidade objetiva do Estado. Art. 37, § 6º, da Constituição Federal. Teoria do risco adminis-
trativo. Missão do Estado de zelar pela integridade física do preso. 5. Pensão fixada. Hipótese excepcional em que
se permite a vinculação ao salário mínimo. Precedentes. 6. Agravo regimental a que se nega provimento (AI
577.908-AgR,Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 21.11.2008 – grifos nossos). Recurso extraordinário.
Responsabilidade civil do Estado. Morte de preso no interior do estabelecimento prisional. 2. Acórdão que proveu
parcialmente a apelação e condenou o Estado do Rio de Janeiro ao pagamento de indenização correspondente às
despesas de funeral comprovadas. 3. Pretensão de procedência da demanda indenizatória. 4. O consagrado prin-
cípio da responsabilidade objetiva do Estado resulta da causalidade do ato comissivo ou omissivo e não só da culpa
do agente. Omissão por parte dos agentes públicos na tomada de medidas que seriam exigíveis a fim de ser evitado
o homicídio. 5. Recurso conhecido e provido para condenar o Estado do Rio de Janeiro a pagar pensão mensal à
mãe da vítima, a ser fixada em execução de sentença” (RE 215.981, Rel. Min. Néri da Silveira, Segunda Turma, DJ
31.5.2002 grifos nossos). 7. Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante. 8. Pelo exposto, nego
seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal). Publique-se. Brasília, 6 de dezembro de 2012.Ministra CÁRMEN LÚCIA Re-
latora.
(STF - ARE: 723007 DF , Relator: Min. CÁRMEN LÚCIA, Data de Julgamento: 06/12/2012, Data de Publicação:
DJe-245 DIVULG 13/12/2012 PUBLIC 14/12/2012)
Responsabilidade Objetiva das Pessoas Jurídicas de Direito Privado Prestadoras de Serviço Público
(Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista, Fundações Governamentais de Direito Privado, Permis-
sionárias, Concessionárias e Autorizatárias).
-STFA Responsabilidade das Entidades de Direito Privado Prestadoras de Serviço Público só será Objetiva
em relação aos danos causados ao Usuário do serviço, quando for caso de serviço ‘uti singulis’. Quando o
serviço público prestado for ‘uti universis’ a Responsabilidade dessas Entidades será sempre Objetiva. Ex. Co-
leta de lixo.
Responsabilidade do Agente Público causador do Dano em Relação ao Estado: Será sempre subjetiva:
O Agente só responderá perante o Estado se provado que agiu com culpa ou dolo.
Direito de Regresso: Direito que assiste ao Estado de cobrar de seu agente público o dinheiro pago à
vítima, quando provado que o agente agiu com dolo ou culpa.
- STF A Vítima poderá ajuizar a vítima contra o Estado, contra o agente ou contra os dois, hipótese na qual
deverá provar que o agente agiu com culpa ou dolo.
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25. (CESPE - 2013 - TRF - 1ª REGIÃO - Juiz Federal) Assinale a opção correta acerca da responsabilidade
civil do Estado.
A) O direito da vítima de pleitear indenização pela ação danosa do Estado, assim como o direito deste de ajuizar
ação regressiva contra o agente público causador direto do dano, prescreve em cinco anos, contados da data do
ato ou fato que tenha dado origem ao dano.
B) A regra da responsabilidade civil objetiva constante na CF alcança tanto as pessoas jurídicas de direito público
quanto as de direito privado que prestam serviços públicos ou se dedicam à exploração de atividade econômica,
bem como os concessionários e permissionários de serviços públicos.
C) Apenas os danos praticados por servidores públicos, sejam eles estatutários ou celetistas, dão ensejo à respon-
sabilidade civil do Estado.
D) A ação de regresso deve ser ajuizada pelo Estado contra o agente causador do dano e, na sua falta, contra seus
herdeiros ou sucessores, podendo ser intentada, também, mesmo após a exoneração, demissão, disponibilidade
ou aposentadoria do agente responsável de seu cargo, emprego ou função.
E) A responsabilidade civil do Estado pode ser conceituada como a obrigação de recompor os danos causados a
terceiros em razão de comportamento unilateral comissivo, material ou jurídico, de natureza ilegítima, que lhe seja
imputável.
Denunciação da Lide:
- Não é obrigatória, nem cabível a denunciação à Lide do agente público pelo Estado, na ação ajuizada contra
pela vítima. A Denunciação só será obrigatória e cabível quando não trouxer fundamento novo à lide originária.
-OBS Mesmo no caso da Responsabilização por Omissão do Estado, a denunciação da lide poderá não
ser cabível, já que a vítima deve demonstrar dois tipos de culpa diferente, a culpa individual do agente e a
culpa administrativa do Estado. Entretanto, se o próprio autor da ação trata da culpa individual do agente, o
Estado poderá denunciá-lo à lide, porque, nesse caso, não há fundamento novo, já que o autor tratou da
questão na inicial.
a. Caso Fortuito e Força Maior. Obs Dirley entende, juntamente com algumas decisões jurispru-
denciais, que a demonstração de que houve Caso Fortuito ou Força Maior, por si só, não excluem
a Responsabilidade do Estado. A Pessoa Jurídica deverá provar que agiu de forma a tentar evitar
o dano causado.
Ex. Responsabilidade do Transportador por assalto realizado dentro do ônibus: Se provado que os
assaltos na região são freqüentes, o Transportador deverá demonstrar que agiu de forma a tentar
evitar assaltos, do contrário haverá Responsabilização.
b) Risco Integral: O Estado não pode invocar nenhuma das excludentes para se eximir de sua
Responsabilidade. Esta Teoria é válida em 02 situações: Danos decorrentes de atividade nuclear
desenvolvida pelo Estado; Responsabilização de qualquer Pessoa Jurídica por Danos Ambien-
tais.
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- A Atividade Legislativa ensejará responsabilidade do Estado sempre que Inconstitucional e Lesiva a tercei-
ros, ou quando houver Omissão Inconstitucional do Estado em legislar.
- A responsabilização do Estado por lei inconstitucional poderá ser decorrente de decisão judicial decorrente
de controle concentrado ou difuso de constitucionalidade, desde que seus efeitos sejam ex tunc, se forem ex
nunc não haverá responsabilização do Estado.
- STF Consagrou o direito dos servidores ao reajuste anual dos seus vencimentos, direito este que foi
introduzido pela Emenda Constitucional 19/98.
8.2- Atividade Jurisdicional: O Estado poderá ser responsabilizado por Atos judiciais lesivos ou por Erros
Judiciários. Haverá direito de regresso contra o magistrado sempre que este tenha agido com dolo ou culpa.
- Tem que ser dano essencialmente jurídico, ainda que seja um dano não econômico (o dano exclusiva-
mente econômico, que não for jurídico, não enseja indenização). O Dano será jurídico quando houver direito
lesado.
- O Dano tem que ser Real, Concreto, não fictício, não abstrato.
- OBS. Responsabilidade do Estado por comportamentos Lícitos: O Dano, além de ser jurídico, certo e
real, terá que ser também:
a. Especial: Não poderá ser um dano geral, deve ser um dano concreto, que incide sobre pes-
soa(s) determinada(s).
b. Tem que ser Dano Anormal: Faz com que recai sobre indivíduo um ônus impossível de ser
suportado.
*SERVIÇOS PÚBLICOS*
CONCEITO:
- Uma das atividades Administrativas prestadas pelo Estado, ou por seus delegados, para satisfazer as
necessidades, comodidades e meras conveniências dos administrados.
- São aquelas atividades Administrativas de natureza pública, criadas por Lei, prestadas direta ou indireta-
mente pelo Estado, para atender concretamente as necessidades ou meras comodidades da coletividade e
dos administrados, ou simples conveniências da própria Administração, sujeitas a um Regime Jurídico ora
integralmente público, ora parcialmente público e parcialmente privado.
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- Elementos Subjetivos.
- Sujeito responsável pela criação ou prestação do serviço público. Sujeito que cria o serviço é sempre o
Estado, por deter a titularidade do serviço Público, criando e extinguindo-o através de Lei. (paralelismo das
formas).
- Obs. Se a Constituição Federal cria o serviço público, só EC poderá extingui-lo, nunca uma Lei. Se o
serviço for essencial para atender Direito Fundamental, nem Emenda poderá extingui-lo.
Direta: O próprio Estado, através dos seus órgãos públicos, prestará o serviço público de forma centra-
lizada. (Forma Desconcentrada: quando mais de 01 órgão presta o serviço. Forma Concentrada: se apenas
01 órgão o presta).
Indireta (Descentralização):
Outorga: por meio de Lei, é uma descentralização funcional (Autarquias, Fundações Públicas, Empre-
sas Públicas e Sociedades de Economia Mista).
Delegação: É feita contratualmente (Concessionárias, PPP´s e Permissão) ou por ato unilateral, precá-
rio e discricionário da Administração (Autorização e permissão, em alguns casos).
Obs. Todas estas Prestadoras de Serviço Público (Pessoas Jurídicas de Dir. público e privado) respon-
derão objetivamente perante atos lesivos que seus agentes causem a terceiros.
Meios de Execução Direta: O prestador do Serviço se vale de seus próprios recursos, humanos e
materiais.
Meios de Execução Indireta: O Prestador do Serviço, não se valendo dos seus próprios recursos,
humanos e materiais, contrata-os a terceiros.
Prestação Direta por Execução Direta: O Próprio Estado atua, por meio de servidores seus.
Prestação Direta por Execução Indireta: O Próprio Estado atua, mas contrata o serviço de terceiros.
Prestação Indireta por Execução Direta: Autarquia que atua por seus próprios servidores.
Prestação Indireta por Execução Indireta: Concessionária de Transporte coletiva, aluga ônibus, ou
contrata os empregados a outras empresas. Ex. Limpurb.
Obs. Para Fins de Responsabilidade Civil, o Administrado lesado levará em conta o Prestador do
Serviço, e não quem o executa. A Empresa prestadora poderá entrar com Ação de Regresso contra o agente
ou empresa que executava o serviço e causou o dano.
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- Poderá ser integralmente de Dir. Público, qdo prestador for PJ de Dir. Público; Ou poderá ter um regime
de Dir. Privado, parcialmente derrogado pelo Dir. Público (regime híbrido).
- Em face do qual, a prestação do serviço não pode sofrer qualquer solução de continuidade, n pode
ser interrompido, é atividade permanente, contínua da Administração.
- Dá ao Estado o direito de Retomar a Prestação do Serviço, qdo a sua prestação delegada a terceiros
estiver comprometida no que se refere a seu desempenho e adequação.
- Mitigação a esse Princípio O Direito de greve do servidor público garantido pela CF de 88 mitiga,
em parte, este Princípio, que deverá ser aplicado em conformidade com o direito de greve. Entretanto,
o direito de greve também deve ser interpretado em conformidade com esse Princípio. Os servidores
não poderão paralisar o Serviço totalmente.
-Obs. Falta de Pagamento do serviço por parte do usuário: Poderá haver suspensão do serviço após
um período, com a notificação prévia do usuário.
- O Regime Jurídico do Servidor Público pode ser alterado pelo Estado mesmo unilateralmente, sem
que os administrados, servidores ou concessionários possam contestar a mudança.
- O Regime Jurídico não gera Direito Adquirido. Entretanto, gerará Indenização se essa mutabilidade
atingir o equilíbrio econômico-financeiro. Entretanto, o Equilíbrio Contratual, econômico e financeiro,
dever ser mantido nas relações da Administração com os Prestadores do Serviço (Mitigação).
- Obs O Estado também terá direito ao equilíbrio econômico financeiro, se no decorrer do contrato
ocorrer mudança que favoreça o concessionário e lese a Administração.
c) Princípio da Igualdade:
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Serviço Público Próprio: Criados pelo Estado e assumidos por Ele, que os presta direta ou
indiretamente.
Serviço Público Impróprio: Refere-se a atividades privadas, prestadas por particulares, mas
que atendem ao interesse coletivo, sem que sejam consideradas essenciais. Não são Serviço
Público propriamente dito, porque não são criados pelo Estado, são apenas autorizados por Ele.
Ex. bancos, táxi, previdência privada, planos de saúde, ONG´s, Serviços Sociais Autônomos, Or-
ganizações da Sociedade Civil.
Serv. Públicos Sociais: Visa a concretizar os postulados do Bem-Estar e da justiça social, miti-
gando ou eliminando as desigualdades sociais.
Serviços Industriais ou Comerciais: Prestados no âmbito das atividades econômicas, são one-
rosos, prestados através de delegação contratual (concessionárias ou permissionárias). Ex. Te-
lecomunicações, Serviço Postal.
Serv. Públicos Individuais (singulares, “uti singuli”): Fruídos diretamente pelo usuário. São a
maioria dos serviços públicos. Ex. telecomunicações.
Serviços Gerais (universais, “uti universi”): Usufruídos pela coletividade, o indivíduo os utiliza
indiretamente. Não podem ser onerados por Taxa. Ex. Coleta de Lixo, Iluminação.
Serv. Público Exclusivo do Estado: Serviços que o Estado detém a titularidade, exercendo-o
direta ou indiretamente, só o Estado pode prestá-lo.
Serv. Públicos Não Exclusivos: O próprio particular pode prestar o serviço em seu próprio
nome, como se dele fosse, sujeito, entretanto, ao Poder de Polícia do Estado. O Estado poderá
prestá-lo concorrentemente com o particular. Ex. Educação, saúde.
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- Nessa licitação, além dos tipos de menor preço, melhor técnica e melhor técnica e
preço, há o tipo do melhor tarifa p/ o usuário.
Prazo: Determinado. O Prazo será fixado pela Lei que cuide do serviço concedido.
É possível a prorrogação do prazo dentro do limite máximo da lei, desde que esteja
prevista essa possibilidade no contrato.
26. (MPE-PR - 2014 - MPE-PR – Promotor) De acordo com a Lei nº 8.987/95, analise as assertivas abaixo e
escolha a alternativa:
I. Poder concedente: a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Município, em cuja competência se encontre o
serviço público, precedido ou não da execução de obra pública, objeto de concessão ou permissão;
II. Concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação,
na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu
desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado;
III. Concessão de serviço público precedida da execução de obra pública: a construção, total ou parcial, conserva-
ção, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de interesse público, delegada pelo poder conce-
dente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que de-
monstre capacidade para a sua realização, por sua conta e risco, de forma que o investimento da concessionária
seja remunerado e amortizado mediante a exploração do serviço ou da obra por prazo determinado;
IV. Permissão de serviço público: a delegação, a título precário, mediante licitação, da prestação de serviços públi-
cos, feita pelo poder concedente exclusivamente à pessoa física que deposite caução equivalente ao tempo de
duração da atividade delegada.
(VUNESP - 2014 - DPE-MS - Defensor Público) Considerando as várias formas de gestão de serviços públi-
cos previstas no direito brasileiro, é correto afirmar que:
A) é possível a gestão associada de serviços públicos entre entes federativos, por meio de convênios de cooperação
ou consórcios públicos.
B) a execução direta de serviços públicos, prevista na Constituição Federal, é aquela realizada, tão somente, pela
Administração Direta.
C) a Administração Pública é plenamente livre para escolher a forma de gestão do serviço público, se por execução
direta ou delegada, por instrumento contratual.
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D) atividades exclusivas do Estado, delegáveis por sua própria natureza, poderão ser objeto de concessão, permis-
são ou autorização de serviço público.
Remuneração da Concessionária:
I) Tarifa dos Usuários: Política Tarifária (define o valor da tarifa, índice e data para
reajuste) está prevista no Procedimento Licitatório.
Obs. As tarifas podem ser diferenciadas de acordo c/a capacidade econômica do usu-
ário (Princípio da Isonomia Material).
Condições p/ a Sub-Concessão:
III) A Administração deverá anuir com a sub-concessão, hipótese na qual irá ana-
lisar se a sub-contratada preenche os requisitos para o contrato administrativo.
Extinção da Concessão:
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III) Extinção de Pleno Direito: Extinção do contrato por causas alheias à vontade
das partes.
- Surgiu para definir a natureza jurídica das Parcerias Públicos Privadas (PPP’s).
Fundamento:
- Lei 11079/04. A Concessão Especial é uma concessão comum com algumas peculiaridades,
mas é, também, delegação de um serviço público.
Objetivos:
Modalidades de PPP’s:
I) Concessão Patrocinada:
- Concessão comum em que haverá, necessariamente, tarifa do usuário + recursos pú-
blicos (aqui o recurso público é indispensável, ao contrário da concessão comum). O Per-
centual de alocação de recursos públicos será previsto no contrato.
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III) Pluralidade Compensatória: O Estado terá várias maneiras para pagar o financi-
amento privado: Via ordem bancária; via transferência de créditos não tributários; via
outorga de direitos ou outorga onerosa.
Obs. Se o Estado não pagar, o Particular tem que ir para a via judicial e a dívida
vai p/ precatório.
Vedações:
Formalidades:
- A PPP tem como vínculo jurídico o contrato, com necessidade de Licitação por Concorrência.
Obs. A Concorrência poderá ser a concorrência comum da Lei 8.666/93, ou pode ser também
uma concorrência com procedimentos invertidos e lances verbais (não é pregão).
- Só a Permissão de Serviço Público é contrato administrativo, a permissão de uso de bem público se faz por
ato unilateral.
b) Formalidades:
- É Contrato Administrativo de Adesão, sempre com Prazo Determinado (Art.40: Formalidade será dada
por contrato com prazo e indenização).
- Art.2º: Diz que a Permissão é precária (precariedade mitigada pelo fato de ser contrato).
Obs. Originalmente era ato unilateral precário, sem prazo determinado, sem indenização, no qual a
administração tinha liberdade para delegar.
- Para Celso Antônio a Permissão continua sendo ato unilateral e precário (minoritária).
- Doutrina Majoritária: É Contrato Precário, que pode ser retomado a qualquer tempo, mas com pos-
sibilidade de indenização.
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- Obs. É decisão discricionária do Administrador optar por fazer Permissão de Serviço Público ou Con-
cessão de Serviço Público. Para investimentos mais altos, considera-se mais indicado fazer concessão,
porque esta não é precária.
- Obs. Não há necessidade de Autorização legislativa para a Permissão. De resto, aplica-se, no que
couber, o que for aplicável à Concessão.
- Diferencia-se do Consórcio Público da Lei 8.666/93, que é uma gestão associada de Entes da mesma es-
pécie (município com município; Estado com Estado).
b) Modalidades:
c) Vínculo Jurídico:
- O contrato de consorcio pode formar uma Pessoa Jurídica com personalidade de Direito Público ou
Privado:
c) Órgãos e Funcionamento:
d) Procedimento Licitatório:
- Qualquer ente público que celebre contrato com o Consórcio terá dispensa na Licitação.
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II) Os valores do art.23 da Lei 8666/93 ficam dobrados se houver até três entes envol-
vidos e triplicados se houver mais de três entes envolvidos.
- A Doutrina acha um absurdo este contrato também pode formar nova Pessoa Jurídica de Direito Privado
(regime de Sociedade de Economia Mista ou Empresa Pública). Os entes políticos passariam a ter natu-
reza de direito privado, o que prejudica a autonomia dos entes políticos consorciados.
f) Podem Fazer:
Convênios/Contratos;
Concessão/Permissão;
Desapropriação;
Emitir Documentos para Cobrança de Tarifas.
- Críticas Enquanto Pessoa Jurídica de Direito Privado, não deveria ter tanto poder.
Só é atingido pelo Estado em caráter excepcional, quando previsto na Constituição Federal de 1988 ou
em Lei, só aí será possível a intervenção do Estado na propriedade. Mas, de Regra, não há intervenção.
É o direito de gozar, dispor, usar, usufruir, reaver. Tem caráter: Absoluto, Perpétuo e Exclusivo.
Obs.:Na intervenção ora será atingido seu caráter perpétuo, ora o absoluto, ora o caráter exclusivo. Na
intervenção do Estado o proprietário não perderá a propriedade, salvo na desapropriação, onde há a
transferência da propriedade.
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Finalidade: Busca do bem-estar social, que será buscado através do Poder de Polícia, quando a pro-
priedade do particular será restringida p/ satisfazer o interesse coletivo. Atinge o caráter absoluto da
propriedade, já que restringe a liberdade do proprietário.
Objeto: Pode recair sobre bens Móveis ou Imóveis. Atinge o caráter exclusivo da propriedade. Obs:
Quando tratar-se de bens fungíveis, ainda que o dono deixe de ser dono, haverá requisição. Ex. Estado
requisita roupas e frangos de uma fábrica.
Sempre que houver bens fungíveis, e tratar-se de iminente perigo, haverá requisição, e não desapro-
priação, já que o poder público pode devolver objetos iguais.
Uso do Patrimônio não edificado ao lado da obra pública para guardar os materiais da obra.
Para Evitar desapropriação desnecessária: quando o Poder Público ocupa o imóvel para pesquisa
de minérios e arqueologia, em havendo minérios ou objetos arqueológicos o poder público desapropria
a área.
Maria Sylvia: Ocupação prevista na Lei 8666/93, decorrente de Contrato Administrativo: Se o parti-
cular descumpre o contrato administrativo Processo Administrativo Administração extingue o con-
trato, rescinde-o (ato administrativo).
Durante o processo administrativo a Administração assume a prestação do serviço que era prestado
pela empresa por contrato administrativo, utilizando-se dos bens da empresa que são necessários à
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prestação do serviço. Maria Sylvia entende que há ocupação temporária nestes casos. Ao final do Pro-
cesso a Administração poderá devolver os bens à empresa, ou adquiri-los através da Reversão, com
direito ou não à indenização. Não é desapropriação.
Para alguns doutrinadores não há ocupação temporária na situação trazida por Maria Sylvia, e sim,
ocupação decorrente do contrato (cláusula exorbitante). Mesmo que não esteja no contrato, ainda as-
sim, não será ocupação temporária.
Há corrente minoritária, liderada por José dos S.C. Filho sustentando que só é possível haver tomba-
mento de bem público quando guardada uma hierarquia, do mesmo modo que na desapropriação. Ex
A união pode tombar bens dos Estados e Municípios, os Estados podem tombar bens dos Municípios.
Obs. Pode haver tombamento de Bem da União por um Município, porque o que importa é o inte-
resse, não a hierarquia, diferentemente da desapropriação.
Obs. Bem Público Tombado Inalienabilidade Absoluta. Normalmente, os bens públicos são
relativamente inalienáveis.
Obs. Se o dono não tiver condições econômicas de conservar o bem, deverá comunicar à entidade
que o tombou para que ela tome as devidas providências. Toda e qualquer conservação tem que ter
Autorização do Instituto próprio.
Obs. O proprietário que faz conservação sem autorização: destruição do patrimônio, crime do
art.165 do CP. A União tem preferência na compra do imóvel tombado, se o particular quiser vendê-lo.
Obs. Poderá haver tombamento total ou parcial: O Tombamento pode ser feito só da fachada do
imóvel; quando o tombamento for sobre todo o imóvel, poderá ser hipótese de desapropriação indireta.
Obrigações Negativas:
Não danificar, Não destruir o patrimônio tombado; impossibilidade de retirá-lo do país, exceto por
curto espaço de tempo.
O vizinho ao patrimônio tombado não pode colocar cartazes, ou qualquer outro instrumento que
prejudica a visibilidade do patrimônio tombado.
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Procedimento do Tombamento:
Obs. o Tombamento não depende do registro na escritura do imóvel, basta o registro no Livro do
Tombo, depois disso ele será válido. Entretanto, se o Estado não registra o Tombamento na escritura
do imóvel, não terá a preferência numa eventual venda do imóvel.
Indenização: O Tombamento, por si só, não gera direito à indenização. Poderá haver indenização den-
tro do Tombamento, se constituída uma obrigação de fazer, se houver dano.
24. DESAPROPRIAÇÃO
Única forma de intervenção em que o Estado toma o direito de propriedade do antigo proprietário.
É forma de aquisição originária da propriedade, não há vínculo, nem relação jurídica com o antigo pro-
prietário, a vontade dele não interessa.
Objeto Bens Móveis e Imóveis, inclusive os Bens Públicos. Defeito no Objeto: Vício no Objeto. Ex.
Município desapropria bem da União.
Regra Geral: Todos os bens podem ser desapropriados. Exceção: Vedada a Desapropriação aos Di-
reitos da Personalidade. Direitos autorais, direito á imagem, alimentos, direito à vida, não podem ser
desapropriados.
Competência Regra Geral - Todos os entes, a depender da órbita de interesse. Para Bens Públicos,
respeita-se a hierarquia União desapropria de Estados e Municípios; Estado desapropria dos Muni-
cípios. Obs. Defeito na competência: Vício na competência.
Por Necessidade e Utilidade Pública (D.Lei 3365/41) Rol taxativo. O Dec. Lei não distingue
necessidade de utilidade pública, entretanto, a doutrina faz essa distinção: Necessidade há quando a
situação exija urgência; Utilidade há quando não há urgência.
Obs Art.5º, inc.XXIV da Constituição Federal de 1988 justifica essas duas modalidades.
Competência: Todos os entes podem, a depender da órbita de interesses. Obs. Não há vício de
competência.
Objeto: Qualquer bem pode ser objeto de Desapropriação Ordinária, exceto nos casos previstos no
Dec.Lei. Obs. Só cai na via judicial em algumas circunstâncias.
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- Proprietário não cumpre função social da propriedade. Obs. O Poder Público pode fazer
reforma agrária mesmo sem natureza de penalidade, c/ fundamento no interesse social.
b) Plano Diretor: Lei que organiza o Município, Lei 10257/01 (Estatuto da Cidade).
- Procedimento Notificação do proprietário, pela prefeitura, para que este proceda à edifi-
cação (01 ano para o projeto e mais 02 para a construção) ou ao parcelamento da proprie-
dade. Se não edificada ou parcelada: IPTU com alíquota progressiva (até 15% por ano). Se
não cumprir as obrigações Desapropriação Sancionatória, aplicada em último caso.
- Obs. Desapropriação instituída pelo CC/02, não diz respeito à Desapropriação do Direito
Público.
- Pode haver expropriação apenas da área onde houve plantação ilegal de psicotrópicas e a explo-
ração de trabalho escravo na forma da lei.
- Hipóteses:
- Indenização: Não há. Daí ser chamada de expropriação, espécie de desapropriação sancionató-
ria.
- Competência: União.
Acontece quando o Poder Público não observa formalidades necessárias, simplesmente entra no Bem.
Ex. servidão e tombamento disfarçados. É chamado de “esbulho administrativo”.
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Desapropriação é possível totalmente na via administrativa, o que não ocorrerá, apenas, se o particular
não aceitar o valor da desapropriação ou se o proprietário for desconhecido.
a) Fase Declaratória:
- Poder Público declara a desapropriação via Decreto Expropriatório emitido sempre pelo
Chefe do Executivo.
- Exceção Poder Legislativo: Através de Lei de Efeitos concretos, que é lei com cara de
ato administrativo, já que produz efeitos concretos e individuais. O Legislativo pode declará-
la, mas não a executa.
b) Fase Executiva:
- Condição para fase executiva para entrar no bem, o poder público deve pagar o valor. Se
o particular não aceita o valor, necessária a via judicial.
- Necessidade ou Utilidade Pública: 05 anos. Se neste período, o poder público não pagar
a indenização e ainda não entrou no bem, só poderá repetir o Decreto expropriatório 01 ano
depois. (período de carência).
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- A Ação de desapropriação é de procedimento especial. Não pode discutir outra coisa senão
o valor e eventuais nulidades do procedimento expropriatório. Qualquer outra discussão só
será possível em ação própria.
- Antecipação da Prova Pericial: Diferentemente do que ocorre nos outros procedimentos,
onde a prova pericial não é feita no inicio do processo, na Ação de Desapropriação o juiz já
determina a realização da perícia no início do processo.
1. Urgência da situação;
2. Depósito do Valor da Indenização Valor estipulado pelo Poder Público. Obs. A Juris-
prudência vem entendendo que se o valor depositado for irrisório, o juiz poderá determinar a
complementação do valor.
- O Proprietário poderá levantar até 80% do valor depositado pelo Poder Público. Ex. Imissão
Provisória (01/01/04)----------------Sent.Final (01/01/05)
100.000 depositados Decisão Judicial: 200.000
80.000 levantados pelo particular (+ 100.000)
Obs. Em relação aos 100.000 que a decisão judicial estabeleceu a mais, esses serão cobra-
dos da Administração por meio de precatório.
- Dec.Lei 3365/41, Art.15-A (objeto de ADIN): Determinou a suspensão da parte que determi-
nava os juros compensatórios de até 06%. Atualmente o valor dos juros compensatórios é de
12% ao ano. Essa ADIN fez valer novamente a Súmula 618 do STF, que determinava os juros
compensatórios de 12% a partir do depósito até a sentença.
- Juros Moratórios Art.15-B, Dec.Lei 3365/41: Para recompor perdas relativas ao atraso
no pagamento. Começarão a correr a partir de 1º de janeiro do exercício financeiro em que
deveria ter sido pago, seguinte ao ano em que foi proferida a sentença de mérito. OBS. Não
há necessidade de a sentença haver transitado em julgado.
- Ex Sentença proferida em 01/01/04Juros a partir de 01º/01/06 (em 2005 entra no pre-
catório). Ex. Sentença proferida em 31/07/04 juros a partir 01/01/07 (precatórios em 2006).
Vejamos:
28. (CESPE - 2013 - TJ-RN – Juiz) Acerca do processo de desapropriação, assinale a opção correta.
A) Não cabe, além dos juros, indenização complementar pela demora no pagamento do preço da desapropriação.
B) Os juros compensatórios, incidentes após a Medida Provisória n.° 1.577/1997, devem ser fixados em 12% ao
ano até 13 de setembro de 2001, e, a partir de então, em 6% ao ano.
C) A base de cálculo dos honorários de advogado consiste no valor da indenização fixada, corrigida monetariamente.
D) É devida a correção monetária até a data do efetivo pagamento da indenização, sendo a atualização do cálculo
devida apenas uma vez, para recompor o valor da indenização.
E) O poder expropriante, imitido na posse de ações de uma sociedade desapropriada, não pode exercer todos os
direitos inerentes aos respectivos títulos
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GABARITO
1. B
2. E
3. E
4. C
5. A
6. D
7. E
8. E
9. B
10. C
11. A
12. A
13. E
14. A
15. E
16. B
17. B
18. C
19. A
20. C
21. B
22. E
23. E
24. E
25. D
26. B
27. D
28. A
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