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RESENHA CRÍTICA

Informações Técnicas:

Filme: Adorável Professor

Título Original: Mr. Holland’s Opus

Gênero: Drama

Duração: aprox. 143 minutos

Ano de Lançamento: 1995

País de Origem: EUA

Mr. Holland é um filme que mostra, a mudança de olhar de um professor, a


princípio preso a um currículo tradicional de ensino, no decorrer da sua vida profissional.
Retrata o envolvimento do profissional com o seu trabalho e a vontade de transformar o
meio que o cerca, a partir da inquietação, da insatisfação com aquilo que os alunos têm
apresentado e dos desafios que isso impõe.

O filme se passa em 1964, quando o músico compositor, Glenn Holland, decide


lecionar música em uma escola pública dos Estados Unidos da América, por motivos
financeiros. Sua meta de vida é compor uma sinfonia e por isso ele faz do trabalho de
lecionar temporário, pois o dinheiro que conseguir, pretende economizar, para depois ter
tempo de compor enquanto somente sua esposa trabalharia.

Daí podemos observar no filme, nesse momento, que o professor inicia sua
jornada desmotivado, sem clareza de qual seria seu real papel dentro da educação, sem
objetivos definidos para o seu trabalho e sem o prazer no ato de ensinar. Nessa constante
Mr, Holland depara-se com o desafio de uma turma igualmente apática, desmotivada e
com uma instituição extremamente tradicional.

Nosso personagem tem formação superior, mas não formado para dar aula, o que
é claramente perceptível, ele não se dá bem com os alunos, não suporta ficar na escola
além do tempo em que ministra suas aulas, e os alunos não gostam dele, alguns se sentem
temerosos na sua presença. Isso fica bem claramente delineado quando um dos seus
alunos verbaliza que preferia estar em qualquer outro lugar e ele perceber que sente o
mesmo. Essas situações trazem ao professor inquietações e ele percebe que estas resultam
da forma de como o mesmo se enxerga, tendo em vista que ensinar era apenas uma
ocupação para se obter lucro, uma atividade vista como inferior comparada ao trabalho
de compositor. Seu conteúdo programático lastreava-se em métodos, estático, objetivo,
distante da realidade sócio cultural dos alunos, uma simples transmissão de conteúdos
sistemáticos a serem memorizados, que transformavam a música em meras notas escritas
e enfadonhas. Portanto, como era de se esperar, encontrou grandes dificuldades de
entendimento perante seus discentes.

Diante dessa celeuma, nós espectadores sentimos uma certa antipatia para com o
personagem principal. Daí surgem questionamentos do tipo: Como ele irá ser um bom
professor se o próprio admite que não gosta de o ser? Como pode se dar a linha de
transmissão de conhecimento em um ambiente inóspito como esse?

Inevitavelmente remontamos a realidade da nossa educação e do seu fracasso


gritante. Percebemos o quanto que ser um bom profissional, em qualquer área, inclusive
professor, antes de mais nada precisa gostar do trabalho, pois o que mais vemos são cursos
de pedagogia e salas de aula lotadas de pessoas que visam apenas o retorno financeiro
imediato, por acharem que esta é a porta mais larga. Ledo engano, para ser um professor
é necessário ter noção do poder que exerce sobre as pessoas, essa profissão constrói
pensamentos, indaga questionamentos, faz transformar o ser aluno em ser social
articulado com críticas e voz para expressar, e dá movimento a este aluno para mudar a
sociedade em que vive. Entretanto um professor sem a formação adequada, sem uma
metodologia básica, atualizado, é um desestimulante às pessoas ao seu redor, ele pode
até, em casos mais crônicos, destruir o ser social dentro aluno. Essa noção é básica a quem
queira seguir esse caminho da licenciatura, e o nosso personagem, Mr, Holland, aprende
isso na prática e às duras penas, o que faz mudar a postura com seus alunos.

Sendo assim suas aulas se tornam interessantes, quando o professor reconhece que
não queria estar ali, se auto avalia, avaliando também sua metodologia. Então decide
transformar sua prática ao perceber que não está atingindo seus objetivos, e muda sua
metodologia. No momento em que ele percebe a sua necessidade de envolvimento, de
apaixonar-se pelas suas aulas e de fazer seus alunos gostarem, terem afinidade com
música, transferirem suas afinidades e conhecimentos dessa área para a aula, é que
Holland transforma sua ocupação em trabalho engajado, criando um currículo funcional,
completamente diferente, buscando um sentido de prazer: o cultivo do interesse pela
música. Nas suas aulas a música volta a ser coração e sentimento. Ele traz o Rock’n Roll
como eixo do trabalho para a sala, por ser o que os alunos gostam de ouvir e faz a ligação
entre a banda The Toys e Sebastian Bach. Nesse momento, faz uso de um repertório
cultural que seja significativo para causar um aprendizado real. Nosso personagem com
o sucesso de suas aulas contagia seus colegas, mudando totalmente o rumo da educação
naquela instituição educacional, que insistia em métodos tradicionais e excludentes. Fica
claro na mensagem do filme que ainda é possível transformar o ambiente escolar em um
lugar agradável e rico, onde educador.

Nesse diapasão vários acontecimentos importantes marcam a vida desse


professor, como quando descobre a gravidez da esposa, a felicidade da chegada do filho
e ao mesmo tempo a descoberta triste do problema auditivo do mesmo. O professor nesse
momento no papel de pai fica em parte decepcionado e triste porque pensa que seu filho
nunca irá conseguir entender a música como ele entende.

Como pai e como professor o personagem mostra que todos estão em constante
aprendizado, todos são alunos, pois o significado maior de ser um aluno é aprender. Logo,
ser professor também é ser aluno.

Com dificuldade Holland aprende constantemente a língua de libras, língua de


sinais destinadas a grupos de pessoas com deficiências auditivas, com seu filho e sua
esposa. Todavia, como é bem expressado na película, a sua vida de professor interfere na
sua vida familiar e vice-versa, frequentemente.

Aos poucos o papel de pai é assumido de forma plena ao encarar essa realidade,
percebe que o filho possui imensas riquezas a serem exploradas, consciente de sua função
como pai e educador auxilia no seu crescimento como indivíduo.
Como educador passa a trabalhar com alunos surdos, o que lhe enriquece mais como
profissional. Certamente a questão da inclusão é um dos maiores desafios da educação
atual, exigindo das famílias e educadores uma nova atitude frente às diferenças.
O filme é um excelente exemplo de como podemos mudar um conceito, um
paradigma, de como o afeto tem papel fundamental no aprendizado, pois o torna
significativo, de como precisamos olhar o que os alunos trazem, já sabem ou entendem e
ter isso como ponto de partida para ampliar o universo cultural deles e também o nosso.
Mostrou a importância do “fazer junto”, até que o educando, aprendendo, saiba fazer
sozinho. Apresentou o professor como um mediador, que com um olhar atento, relaciona
os saberes dos educandos aos que ele tem como meta trabalhar. Tudo por meio de um
currículo, que respeitou as características do grupo, suas potencialidades, dificuldades e
necessidades, que visualizou espaços de trocas, de estudo e experiências significativas,
prazerosas e estimulantes do aprendizado.

ADORÁVEL PROFESSOR (MR. HOLLAND). Opus; Gênero: Drama; Duração:


140 min.; Ano de lançamento (EUA): 1995; Distribuição: Buena Vista Picture;
Direção: Stephen Herek.

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