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MOÇÃO DE REPÚDIO À REDE GLOBO DE TELEVISÃO QUE, POR MEIO DE SUAS

NOVELAS, MANIPULA OPINIÕES E JOGA A SOCIEDADE BRASILEIRA CONTRA A


FIGURA DO/A PROFESSOR/A

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE, entidade representativa dos


profissionais do setor público da educação básica brasileira, REPUDIA de forma veemente a tentativa de
manipulação da opinião pública brasileira contra a imagem dos/as professores/as.
Em capítulo exibido no último dia 01 de setembro, a novela global “O Tempo Não Para”, que ocupa a
grade de programação da emissora no horário das 19h, personagens da trama travam um diálogo que sugere,
explicitamente, que a culpa e responsabilidade da atual situação da educação pública brasileira é do direito de
greve do/a trabalhador/a e de sua forma de contratação por meio de concursos públicos. Esse aparente inocente
diálogo em uma obra de ficção escamoteia a intenção tácita de uma emissora de televisão que, acostumada a
manipular a opinião pública, parece não ter se dado conta de que seu poder de outrora, nesse campo da construção
das ideias no Brasil, está cada vez mais comprometido e muito mitigado. A sociedade brasileira já identifica na
Rede Globo um mal que precisa ser regulado porque trata-se, sobretudo, de uma concessão pública e à sociedade
deve servir.
O pitoresco da cena reproduzida na novela em questão não passou despercebido por expressivos
segmentos sociais atentos ao atual momento político por qual passa o país. Em tempos de uma democracia
golpeada, que contou com o apoio decisivo desse grupo de comunicações, o diálogo entre as personagens da
novela flerta com as possibilidades de contratação de servidores públicos sem mais a necessidade de concurso
público, muito em decorrência da aprovação recente da terceirização ilimitada e da reforma trabalhista. Em
especial para a categoria do magistério, e em conjunto com a alteração proposta nesses dois normativos, a
Reforma do Ensino Médio propõe a contratação de professores por “notório saber” para o ensino
profissionalizante. A ideia sempre presente de conferir às nossas escolas a gestão por meio de organizações
sociais (OSs) reflete o diálogo travado na teledramaturgia global. É evidente que a cena se propôs a ser um
instrumento dessa disputa de ideias que se dá no campo dos projetos políticos e somente nesse campo deve ficar.
Todos sabemos o modelo de educação que a Globo defende, que é exatamente aquele que está se
pavimentando no Brasil. Esse poderoso grupo econômico aguarda ansiosamente a aprovação da nova Base
Nacional Comum Curricular – BNCC do Ensino Médio para que, assim, possa ser ofertado os seus telecursos
pelo Brasil afora, atendendo aos preceitos do que se pretende impor no Brasil nos tempos de hoje. Para isso, eles
precisam destruir o atual modelo público, tratando a educação como mercadoria. Por isso, a cena da novela não
foi despropositada e tampouco desinteressada.
Não é à toa que o índice de audiência dessas novelas, e no mais de toda a sua programação, cai em
vertiginosa queda anos após anos. As pessoas estão fartas dessas tentativas de manipulação grotesca. Contingente
expressivo de nossa sociedade já percebe as entrelinhas e insinuações, sempre interesseiras, dessa emissora
golpista. Está chegando o momento de regular essa distorção em nossa democracia. A democratização dos meios
de comunicação é urgente e está próxima!

Brasília, 03 de setembro de 2018


Diretoria Executiva da CNTE

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