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Universidade Estadual da Paraíba

Centro de Ciências Biológicas e da Saúde

Departamento de Farmácia

Curso: Farmácia

RELATÓRIO 08: EQUILÍBRIO DE MISTURA DE


LÍQUIDOS DE SISTEMA TERNÁRIO

Anna Júlia de Souza Freitas

Campina Grande - PB
2018
Universidade Estadual da Paraíba-UEPB

Centro de Ciências Biológicas e da Saúde-CCBS

Departamento de Farmácia

Turma: Quarta-Feira

Laboratório de: Físico-Química Experimental

Professora: Dauci Pinheiro Rodrigues

Aluna: Anna Júlia de Souza Freitas

Curso: Farmácia

Matrícula: 162130147

Título e Número referente: Experimento 08 – Equilíbrio de mistura de líquidos de


sistema ternário.

Data do Experimento: 06 de junho de 2018.

Recebimento em:-_____________ Por Professor (a): _________________

CORREÇÃO

Preparação: _____________

Relatório: _______________

Nota Global: _____________

Rubricada por Professor (A): ___________________

Campina Grande-PB

2018
1. Introdução

O estado de equilíbrio de um sistema fechado é aquele estado no qual a energia de


Gibbs total é o mínimo em relação a todas as possíveis mudanças nas temperaturas e
pressão especificadas. Muitos pares de espécies químicas, quando misturadas em uma
certa faixa de composições para formar uma única fase líquida, podem não satisfazer o
critério de estabilidade. Consequentemente, nesta faixa de composições, tais sistemas se
dividem em duas fases líquidas com composições diferentes.

Se as fases estão em equilíbrio termodinâmico, o fenômeno é um exemplo de


equilíbrio líquido-líquido, que é importante em muitas operações industriais como a
extração com solventes. O conhecimento de dados de equilíbrio líquido-líquido é
fundamental para o estudo dos processos de separação por extração. Geralmente os
dados de equilíbrio líquido-líquido são representados por um gráfico triangular
equilateral conhecido como curva binodal, que separa a região de duas fases da região
homogênea. As composições das fases em equilíbrio podem ser determinadas através
das linhas de amarração que representam as duas fases em equilíbrio.

Diagrama ternário

É conveniente visualizar um sistema ternário utilizando um diagrama triangular,


chamado de diagrama ternário ou diagrama de Stokes e Roozeboom. Este diagrama é,
geometricamente, um triângulo equilátero e define, por exemplo, as composições em
porcentagem em massa (% m/m) do sistema ou em fração molar.

Cada vértice do triângulo representa um componente. Podemos traçar uma reta


perpendicular a qualquer um dos lados do triângulo passando por um dos vértices e
dividir essa perpendicular em 10 partes iguais. Excluindo o vértice e o ponto formado
pela interseção da perpendicular com o lado do triângulo, serão originados da divisão 9
pontos sobre a perpendicular. Podemos, então, traçar retas paralelas ao lado do triângulo
em questão passando por cada um desses pontos.

Feito isso, tem-se a seguinte convenção: “Sabendo que o vértice A corresponde a


um dos componentes do sistema ternário, o lado do triângulo oposto a este vértice
representa uma composição nula deste componente no sistema.”
A primeira reta paralela a este lado, contando a partir do próprio lado, representa
uma composição de 10 % do componente no sistema, a segunda paralela representa uma
composição de 20 % e assim sucessivamente até que o próprio vértice A corresponde a
uma composição de 100 % do componente no sistema, ou seja, o componente puro
(Figura 1).

Figura 1- Construção do diagrama ternário e sua leitura.

Este procedimento é feito para todos os lados do triângulo, originando o


diagrama ternário (Figura 2). Qualquer reta paralela a um dos lados do triângulo
representa uma composição constante do componente locado no vértice oposto.
Qualquer ponto situado em um dos lados do triangulo indica que temos apenas dois
componentes no sistema, de acordo com a convenção adotada. Os pontos interiores ao
triângulo apresentam 3 coordenadas, cada uma para a composição de um componente.

Figura 2 – Diagrama pronto para utilização.

2. Objetivo

O experimento intitulado “Equilíbrio de mistura de líquidos de sistema ternário”


possui como objetivo a construção do diagrama de fases do sistema ternário água –
benzeno – álcool etílico obtendo a linha de solubilidade das misturas.

3. Materiais e métodos
3.1 Substâncias e materiais utilizados: Água destilada, álcool etílico, béqueres,
bureta, clorofórmio, pipetas de 1 mL e 5 mL, suporte para tubos de ensaio,
suporte universal, tubos de ensaio.
3.2 Metodologia:

A preparação das amostras iniciou-se seguindo o Quadro 8.1 encontrado no Manual


de Práticas. Em seguida, com auxílio de um tubo de ensaio preparou-se e enumerou-se
cada tubo de ensaio, com as respectivas quantidades de cada substância, depois os tubos
foram colocados no suporte para tubos de ensaio.

Com o auxílio de uma bureta, foi adicionando o álcool etílico em cada tubo de
ensaio. O álcool foi adicionado até que pode-se obter uma fase única, ou seja, ausência
do aspecto leitoso. Feito isso, o volume do álcool etílico escoado foi lido e anotou-se
para cada tudo de ensaio contendo uma preparação diferente.

4. Resultados e discussão

Quadro 01: Anotação experimental

Tubos H2O v (mL) Clorofórmio v (mL) C2H5OH v (mL)


1 0,5 2,5 3,8
2 1,0 2,5 4,5
3 2,0 2,5 5,7
4 3,0 2,5 7,0
5 5,0 2,5 9,0
6 5,0 0,3 3,9
7 5,0 0,5 4,6
8 0,3 5,0 4,0
9 0,5 5,0 5,4
Dados do experimento

Temperatura Média: 25ºC

4.1 Aplicação dos Resultados Experimentais


4.1.1. O que significa o aparecimento da turbidez ao adicionar álcool etílico na
mistura água + clorofórmio?
A água e o clorofórmio são miscíveis, o que implica numa miscibilidade entre a
mistura água e o clorofórmio, visto que são parcialmente miscíveis entre si. O álcool
etílico é miscível tanto na água como no clorofórmio. Portanto, quando o álcool etílico é
adicionado à mistura água e clorofórmio, causa uma turbidez, devido a uma alteração na
solubilidade presente entre os componentes. A partir do momento que o álcool etílico é
dissolvido completamente, a turbidez desaparece. Vale ressaltar, que o álcool etílico
nesse experimento atua como um tensoativo.

4.1.2. Qual a função do álcool etílico? No sistema estudado trata-se de um


equilíbrio físico ou químico? E por que?

No experimento, o álcool etílico atua como um tensoativo, possuindo como função


o aumento da solubilidade da mistura das substâncias utilizadas, permitindo a mistura
completa entre elas.

Nesse experimento, o sistema estudado representa um equilíbrio físico, pois o


número de componentes é igual ao número de substâncias, porque não ocorre reação
química.

4.1.3 Calcular a composição de cada solução nos pontos em que a turvação


desaparece, em percentagem em massa (composição mássica molar).
Usando: 𝜌𝑎𝑔𝑢𝑎 = 0,997044 ; 𝜌𝑐𝑙𝑜𝑟𝑜𝑓ó𝑟𝑚𝑖𝑜 = 1,4259 e 𝜌𝑎𝑙𝑐𝑜𝑜𝑙(𝑃𝐴) = 0,8957
 Tubo de ensaio 1
 Calculo da massa:

𝑚 𝑚
Para água: 𝜌 = → 0,997044= 0,5 → 𝑚 = 0,4982 g
𝑣
𝑚 𝑚
Para o Clorofórmio: 𝜌 = → 1,4259= 2,5 → 𝑚 = 3,5647 g
𝑣
𝑚 𝑚
Para o álcool: 𝜌 = → 0,8957 = 3,8 → 𝑚 = 3,4036 g
𝑣

Massa total = 7,4665 g

𝑚𝑛
 Cálculo da fração mássica: Xn = 𝑚𝑇

0,4982
Para água: Xágua = 7,4665 = 0,0667 x 100 = 6,67 %

3,5647
Para o Clorofórmio: Xcloroformio = 7,4665 = 0,4774 x 100 = 47,74%
3,4036
Para o álcool: Xálcool = 7,4665 = 0,4558 x 100 = 45,58%

 Tubo de ensaio 2.
 Calculo da massa:

𝑚 𝑚
Para água: 𝜌 = → 0,997044= → 𝑚 = 0,9970 g
𝑣 1
𝑚 𝑚
Para o Clorofórmio: 𝜌 = → 1,4259= 2,5 → 𝑚 = 3,5647 g
𝑣
𝑚 𝑚
Para o álcool: 𝜌 = → 0,8957 = 4,5 → 𝑚 = 4,0306 g
𝑣

Massa total = 8,5923 g

𝑚𝑛
 Calculo da fração mássica: Xn = 𝑚𝑇

0,9970
Para água: Xágua = 8,5923 = 0,1160 x 100 = 11,60 %

3,5647
Para o Clorofórmio: Xcloroformio = 8,5923 = 0,4148 x 100 = 41,48%

4,0306
Para o álcool: Xálcool = 8,5923 = 0,4690 x 100 = 46,90%

 Tubo de ensaio 3.
 Calculo da massa

𝑚 𝑚
Para água: 𝜌 = → 0,997044= → 𝑚 = 1,9940 g
𝑣 2

𝑚 𝑚
Para o Clorofórmio: 𝜌 = → 1,4259= 2,5 → 𝑚 = 3,5647 g
𝑣

𝑚 𝑚
Para o álcool: 𝜌 = → 0,8957 = 5,7 → 𝑚 = 5,1054 g
𝑣

Massa total = 10,6641 g

𝑚𝑛
 Calculo da fração mássica: Xn = 𝑚𝑇

1,9940
Para água: Xágua = 10,6641 = 0,1869 x 100 = 18,69%

3,5647
Para o Clorofórmio: Xcloroformio = 10,6641 = 0,3342 x 100 = 33,42%

5,1054
Para o álcool: Xálcool = 10,6641 = 0,4787 x 100 = 47,87%
 Tubo de ensaio 4.
 Calculo da massa:

𝑚 𝑚
Para água: 𝜌 = → 0,997044= → 𝑚 = 2,9911 g
𝑣 3

𝑚 𝑚
Para o Clorofórmio: 𝜌 = → 1,4259= 2,5 → 𝑚 = 3,5647 g
𝑣

𝑚 𝑚
Para o álcool: 𝜌 = → 0,8957 = → 𝑚 = 6,2699 g
𝑣 7

Massa total = 12,8257 g

𝑚𝑛
 Cálculo da fração mássica: Xn = 𝑚𝑇

2,9911
Para água: Xágua = 12,8557 = 0,2326 x 100 = 23,26 %

3,5647
Para o Clorofórmio: Xcloroformio = 12,8257 = 0,2779 x 100 = 27,79%

6,2699
Para o álcool: Xálcool = 12,8257 = 0,4888 x 100 = 48,88%

 Tubo de ensaio 5.
 Calculo da massa:

𝑚 𝑚
Para água: 𝜌 = → 0,997044= → 𝑚 = 4,9852 g
𝑣 5

𝑚 𝑚
Para o Clorofórmio: 𝜌 = → 1,4259= 2,5 → 𝑚 = 3,5647 g
𝑣

𝑚 𝑚
Para o álcool: 𝜌 = → 0,8957 = → 𝑚 = 8,0613 g
𝑣 9

Massa total = 16,6112 g

𝑚𝑛
 Calculo da fração mássica: Xn = 𝑚𝑇

4,9852
Para água: Xágua = 16,6112 = 0,3001 x 100 = 30,01 %

3,5647
Para o Clorofórmio: Xcloroformio = 16,6112 = 0,2145 x 100 = 21,45%

8,0613
Para o álcool: Xálcool = 16,6112 = 0,4852 x 100 = 48,52%
 Tubo de ensaio 6.
 Calculo da massa:

𝑚 𝑚
Para água: 𝜌 = → 0,997044= → 𝑚 = 4,9852 g
𝑣 5

𝑚 𝑚
Para o Clorofórmio: 𝜌 = → 1,4259= 0,3 → 𝑚 = 0,4277g
𝑣

𝑚 𝑚
Para o álcool: 𝜌 = → 0,8957 = 3,9 → 𝑚 = 3,4932g
𝑣

Massa total = 8,9061 g

𝑚𝑛
 Calculo da fração mássica: Xn = 𝑚𝑇

4,9852
Para água: Xágua = 8,9061 = 0,5597 x 100 = 55,97 %

0,4277
Para o Clorofórmio: Xcloroformio = 8,9062 = 0,0480 x 100 = 4.8%

3,4932
Para o álcool: Xálcool = = 0,3922 x 100 = 39,22%
8,9062

 Tubo de ensaio 7.
 Calculo da massa:

𝑚 𝑚
Para água: 𝜌 = → 0,997044= → 𝑚 = 4,9852 g
𝑣 5

𝑚 𝑚
Para o Clorofórmio: 𝜌 = → 1,4259= 0,5 → 𝑚 = 0,7129g
𝑣

𝑚 𝑚
Para o álcool: 𝜌 = → 0,8957 = 4,6 → 𝑚 = 4,1202g
𝑣

Massa total = 9,8183g

𝑚𝑛
 Calculo da fração mássica: Xn = 𝑚𝑇

4,9852
Para água: Xágua = 9,8183 = 0,5077 x 100 = 50,77 %

0,7129g
Para o Clorofórmio: Xcloroformio = = 0,0724 x 100 = 7,24%
9,8183

4,1202
Para o álcool: Xálcool = 9,8183 = 0,4196 x 100 = 41,96%
 Tubo de ensaio 8.
 Calculo da massa:

𝑚 𝑚
Para água: 𝜌 = → 0,997044= 0,3 → 𝑚 = 0,2991 g
𝑣

𝑚 𝑚
Para o Clorofórmio: 𝜌 = → 1,4259= → 𝑚 = 7,1295g
𝑣 5

𝑚 𝑚
Para o álcool: 𝜌 = → 0,8957 = → 𝑚 = 3,5828g
𝑣 4

Massa total = 11,0114 g

𝑚𝑛
 Cálculo da fração mássica: Xn = 𝑚𝑇

0,2991
Para água: Xágua = 11,0114 = 0,0271x 100 = 2,71%

7,1295
Para o Clorofórmio: Xcloroformio = 11,0114 = 0,6474 x 100 = 64,74%

3,5828
Para o álcool: Xálcool = 11,0114 = 0,3253 x 100 = 32,53%

 Tubo de ensaio 9.

 Cálculo da massa:

𝑚 𝑚
Para água: 𝜌 = → 0,997044= 0,5 → 𝑚 = 0,4985 g
𝑣

𝑚 𝑚
Para o Clorofórmio: 𝜌 = → 1,4259= → 𝑚 = 7,1295g
𝑣 5

𝑚 𝑚
Para o álcool: 𝜌 = → 0,8957 = 5,4 → 𝑚 = 4,8367g
𝑣

Massa total = 12,4647g

𝑚𝑛
 Cálculo da fração mássica: Xn = 𝑚𝑇

0,4985
Para água: Xágua = 12,4647 = 0,3999 x 100 = 3,999 %

7,1295
Para o Clorofórmio: Xcloroformio = 12,4647 = 0,5719 x 100 = 57,19%

4,8367g
Para o álcool: Xálcool = 12,4647 = 0,3880 x 100 = 38,8%
4.1.4 Identificar claramente, as fases de cada uma das regiões do diagrama.

Traçada a linha de solubilidade, acima desta encontra se a o região onde os três


componentes são completamente miscíveis entre si, representando assim uma fase
monofásica. Abaixo da curva traçada estão os componentes que são parcialmente
miscíveis, no experimento realizado a água e o clorofórmio, representando uma fase
bifásica. O álcool é o componente miscível em ambas as substâncias utilizadas no
experimento.

4.1.5 O sistema estudado trata de três líquidos constituídos de um par de


líquidos parcialmente miscíveis. Quais são os pares de líquidos completamente
miscíveis e o par parcialmente miscível?

Pares completamente miscíveis: Água + álcool e Clorofórmio + álcool


Par parcialmente miscível: Água + clorofórmio

4.1.6 Discuta o experimento de uma forma crítica, ou seja, observe os pontos


fracos do experimento e a partir daí dê sugestões para corrigi-los.

De maneira geral o experimento foi realizado de maneira satisfatória, sendo o


procedimento experimental de fácil execução. Sendo possível a determinação das
frações molares de cada substância e a fração mássica destas, possibilitando a
construção do diagrama de fases e construção da curva que separa as duas fases.

Embora o experimento seja realizado seguindo toda a metodologia, alguns erros


pertencentes a execução dos analistas, como por exemplo, a visualização da não
turvação. A preparação das substâncias, e a presença do álcool etílico na bureta, o qual
possui propriedades voláteis, pode influenciar no resultado final.
5. Considerações finais

O objetivo do experimento foi construir um diagrama de fases baseado no sistema


ternário composto por água, álcool e clorofórmio, sendo, entre eles, dois pares
completamente miscíveis: água + álcool e clorofórmio + álcool; e um par parcialmente
miscível: água + clorofórmio.
Ao observar o gráfico construído no sistema ternário, percebe-se que a solubilidade
da mistura varia, pois a solubilidade do álcool em meios diferentes (água e clorofórmio)
varia. A mistura que necessitaria de menor volume de álcool para tornar-se miscível
seria a que contém água, o que comprova que a solubilidade do álcool é maior em água.

6. Referências

DE MIRANDA-PINTO, C. O. B.; De Souza, E. Manual de trabalhos práticos de


Físicoquímica. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2006.

NERTEZ, P. A.; ORTEGA, G. G. Fundamentos de Físico-Química: uma abordagem


conceitual para as ciências farmacêuticas. Porto Alegre: Artmed, 2002.

Universidade Federal do Pernambuco. Diagramas de Fase. Disponível em:


<https://www.ufpe.br/ansial/capitulo1.3.pdf> .

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