FLF0506: Práticas de leitura e escrita acadêmicas – segundo semestre de 2018 Camila Gomes Villela - NUSP 10269447
I. THOMPSON, E.P. Tempo, disciplina de trabalho e capitalismo industrial –
Fichamento expresso: Parte 1 (§§1-5): Apresentação das mudanças de percepção do tempo
[O autor faz uma breve apresentação das diferentes mudanças ocorridas na
percepção do tempo e, para tal, se utiliza de episódios que abarcam do século XII até o século XVII]
Parte 2 (§§6-11): Exemplificação das percepções em diferentes contextos
[Thompson passa a exemplificar como as percepções variam de acordo com os
diferentes contextos. O autor ilustra seus exemplos com relatos de diferentes pesquisadores, deixando evidente que a percepções são muito diversas não só entre os povos primitivos, mas também em contextos culturais mais próximos ao nosso]
Parte 3 (§§12-15): Descrição da notação de tempo surgida nos contextos
exemplificados
[Apresentados os exemplos, o autor identifica a notação de tempo contida neles,
para tal, se utiliza de uma nomenclatura, a orientação pela tarefa. Após nomeá- la Thompson se propõe a tratar de três questões sobre ela e explicita o quanto a questão da orientação pela tarefa se complexificou na medida em que houve necessidade de se contratar mão de obra, transformando a orientação pelas tarefas em um trabalho de horário marcado]
Parte 4 (§§16-20): Panorama do aprimoramento dos relógios
[Thompson apresenta um panorama a respeito da precisão e confiabilidade da
hora marcada nos relógios, como se deu a evolução no ramo da relojoaria e quais percalços foram enfrentados por tal ramo]
Parte 5 (§§21-26): Exposição da difusão dos relógios e suas diferentes funções
[O autor expõe o processo de disseminação do uso do relógio entre as diferentes
classes sociais e os diferentes usos que se poderia dar àquele objeto, podendo ser adotado como símbolo de luxo ou de conveniência, de status ou de investimento, a depender de quem o portasse]
Parte 6 (§§27-35): Retomada à noção de tempo orientado pelas tarefas
[Ao retomar a noção do tempo orientado pelas tarefas, o autor deixa claro que a irregularidade contida nesta noção prevaleceu até a inserção da introdução da indústria em grande escala. Para o autor, tal irregularidade estava situada no âmbito do ciclo irregular do trabalho semanal, mas não só, visto que a irregularidade das semanas eram frutos de uma outra causa e irregularidade mais abrangente, a irregularidade do ano de trabalho, perpassado por festas e feriados]
Parte 7 (§§36-40): Contraposição entre a situação dos trabalhadores das
manufaturas, dos trabalhadores rurais e a situação das mulheres
[O autor faz uma contraposição entre a irregularidade do trabalho nas oficinas
e da situação dos trabalhadores rurais, que eram submetidos a uma disciplina férrea de trabalho regular. Entretanto, o autor demonstra uma certa descrença no que diz respeito à situação imposta aos trabalhadores rurais, visto que era inviável manter tal disciplina férrea quando tanto as horas quanto as tarefas flutuavam com o tempo. Thompson defende que o trabalho mais árduo estava a encargo das mulheres, visto que estas encaravam uma dupla jornada de trabalho, se desdobrando entre o trabalho do campo e o doméstico]