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RESUMO:
Elemento obrigatório, constituído de uma sequência de frases concisas e objetivas e não de uma simples
numeração de tópicos, contendo, no mínimo 100 e no máximo 250 palavras, seguido, logo abaixo das palavras
representativas do conteúdo do trabalho, isto é, palavras chave. O resumo deverá ser escrito em parágrafo único, com
espaçamento simples.
PALAVRAS-CHAVE: Três palavras que identifiquem as características do trabalho, separadas por vírgula.
ABSTRACT:
Versão do resumo na língua do texto, para o idioma de divulgação internacional, com as mesmas
características (em inglês Abstract, em espanhol Resumen, em francês Résumé, por exemplo)
KEYWORDS: versão das palavras-chave na língua do texto para a mesma língua do resumo (em inglês
Keywords, versão em espanhol Palabras Clave, em francês Mots-clés).
1 INTRODUÇÃO
Parte inicial do artigo, escrita com a delimitação de assunto tratado, o objetivo da pesquisa e
outros elementos necessários para situar o tema do artigo.1
2 REFERENCIAL TEÓRICO/DESENVOLVIMENTO
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deslocado do seu lugar de origem para outro a fim de ser submetido à exploração significa sofre o
cerceamento das liberdades fundamentais que são o corolário da dignidade da pessoa humana, como
a liberdade de escolha, a liberdade de movimentação e a liberdade de pensamento.
O tráfico de pessoas faz parte da realidade mundial, sendo possível a identificação de
variadas formas de sua efetivação em diversos contextos culturais históricos, assim muitas nações
começam a trabalhar para a mobilização para abolição do comércio humano a partir do século
XVIII, após as guerras levadas a cabo por Napoleão Bonaparte, quando foram assinados dois
Tratados que pretendiam restauração da paz na Europa. Em 1814, os reis da França e de Navarra e o
Imperador da Áustria, Rei da Hungria e da Boêmia e seus aliados, assinaram o Tratado de Paris
com o objetivo de restabelecer a paz e amizade de modo duradouro entre os países. O documento
remetia à necessidade de realização de um Congresso em Viena, dois meses depois, para a
complementação de suas disposições.
A partir do final do século XIX, já abolida a escravidão de negros, a preocupação passa a ser
com o tráfico de pessoas brancas para o fim de exploração sexual. No Brasil, o Código Criminal do
Império não prévia em seus moldes o crime de lenocínio, mas este foi incluído no Código Penal de
1890, em um período de intensa imigração.
A exploração sexual de mulheres não era uma atividade nova durante o século XIX e inicio
do século XX, mas havia adquirido uma nova caracterização, à medida que o capitalismo e a
expansão europeia haviam redesenhado o mundo e a vida urbana, promovendo a
internacionalização dos mercados e a expansão dos prazeres. Neste cenário, a mulher se se
transformou em produto de exportação da Europa para os outros continentes.
No Brasil está prática do tráfico de pessoas remonta ao período de colonização do Brasil,
quando os portugueses, a fim de empregar mão-de-obra dos indígenas nacionais em diversas
nacionalidades de trabalho, utilizavam métodos violentos para mantê-los na servidão, inclusive
provocando os deslocamentos forçados dentro do território colonizado. Porém , em face das
dificuldades gerados pela resistência de grupos indígenas às violências empregadas pelo
colonizador, foram os negros introduzidos no Brasil como mão-de-obra traficada em substituição à
mão-de-obra de natureza indígena.
A prática somente foi abolida com a promulgação da Lei 3.353 à Lei Àurea de 13 de maio
de 1888 que declarou extinta a escravidão no país e teve como consequência o fim oficial do tráfico
negreiro entre a África e o Brasil.
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No entanto está prática de traficar pessoas no território e fora dele não desapareceu, pois
podemos perceber nos dias atuais em que diversas mídias sociais divulgam em seu meio o tráfico, a
discussão internacional acerca da necessidade de se combater o tráfico impulsionou o Brasil a
combater tal prática criminosa desde o início do século XX , o que se depreende da conduta do país
em ratificar diversos documentos internacionais sobre assunto. A criminalização do crime no Brasil
do tráfico de pessoas surge no Código Penal de 1890 que estava prevista no artigo 278.
Sobre o objeto jurídico em questão, os elementos do tipo, o sujeito ativo conjunto com o
sujeito passivo, os elementos subjetivos, a consumação e tentativa, as formas, e a competência para
a ação penal.
O crime em questão é abordado pelo Código Penal em seu artigo 149-A em que se trata da
seguinte maneira
Não obstante de que percebemos que o bem juridicamente protegido é a moralidade pública
e em sentido mais amplo a dignidade sexual.
O objeto material do delito em estudo é a pessoa (sexo masculino ou feminino) que tem pro-
movido ou facilitado a entrada, no território nacional, de alguém que nele venha a exercer a
prostituição ou outra forma de exploração sexual, ou a saída de alguém que vá exercê-la no
estrangeiro.
Diante disso tratamos no objeto em estudo a qualidade dos sujeitos no ilícito de Trafico
Internacional de Pessoas a fim de exploração sexual.
Nas palavras de Capez (2013, p.159) “Qualquer pessoa, homem ou mulher, pode ser sujeito
ativo desse crime, sendo certo que é comum esse delito ser praticado por uma pluralidade de
agentes”.
Portanto o sujeito ativo desde ilícito pode ser qualquer pessoa, desmistificando que podemos
ter um crime próprio neste caso.
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O sujeito passivo pode ser tanto homem quanto mulher, independentemente de sua
honestidade sexual, já prostituídos ou não; pode, inclusive, tratar-se de criança ou adolescente.
(BITENCOURT, 2012, 198).
Portanto pode ser vítima qualquer ser humano, tanto homem quanto mulher, portanto a lei
não exige a pluralidade de vítimas, embora este seja a prática mais comum. Sendo que podem ser
elas aliciadas ou transportadas juntas ou separadamente, a depender do modo em que esta sociedade
criminosa se organizar.
Mas de forma clara que podemos destacar que a mulher acaba sendo à vítima mais usada
para a prática do mesmo.
O tipo penal previsto no artigo 231 do Código Penal pune tão somente aquele que promove
ou facilita a entrada de alguém, este alguém pode se tratar tanto para homens como também para
mulheres, no território nacional, a fim de que venha exercer a prostituição ou outra forma de
exploração sexual. Tão somente a segunda parte do artigo visa coibir a facilitação ou promoção da
saída de alguém para a mesma finalidade.
Aquele que promove ou facilita a ida de alguém para ao exterior para exercer a prostituição,
que é uma atividade lícita no Brasil e em diversos outros países, é punido com reclusão de 03 a 08
anos. Da forma como está redigido no dispositivo legal.
Enquadra-se na conduta aquele que empresta o dinheiro da passagem a alguém sabendo que
a finalidade da viagem é exercer a prostituição no exterior.
Contudo a uma interpretação possível e justa seria punir o crime de tráfico para fim de
prostituição apenas quando esta se apresentar efetivamente como forma de exploração, ou seja,
quando o autor do delito auferir vantagem de forma ilícita da prostituição de outrem mediante
violência, ameaça, ardil ou abuso de situação de vulnerabilidade.
Nas ações tipificadas no dispositivo legal, pela redação anterior, era promover, intermediar
ou facilitar, no território nacional, o recrutamento, o transporte, a transferência, o alojamento ou o
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acolhimento de pessoas que venha a exercer a prostituição no Brasil, ou mesmo fora o território
nacional.
Antes da reforma do dispositivo legal em 2005 o sujeito passivo deste crime era
principalmente mulheres, contudo coma reforma do dispositivo passou a vigorar no sujeito passivo
toda e qualquer pessoa, e com isso não exigindo a pluralidade de vítimas, nem adjetivando, quanto á
sua honestidade, sendo o suficiente a finalidade de exercer o comércio ou qualquer forma de
exploração sexual.
Para a tipificação do crime é indiferente a finalidade de obter lucros, embora esta seja a
regra. Contudo se este fim estiver presente, aplica-se cumulativamente a pena de multa.
Tendo em vista, várias figuras equiparadas neste ilícito bem como agenciar, aliciar ou
comprar pessoa traficada que vale a crer que as vítimas são fantasiadas com propostas grandiosas e
de muita valia.
Na figura do agenciar, pode-se afirmar, desde logo, que é o trabalho com a obtenção de
obter algo, contudo com fim lucrativo.
Por outro lado as condutas como aliciar(atrair a simpatia, envolver, seduzir, buscar adeptos
dentre outros), comprar(adquirir mediante pagamento, subornar, ou corromper) transportar(deslocar
de um local para outro, conduzir), transferir(remover, mudar de um lugar para o outro) e alojar(
hospedar, abrigar), tampouco todas essa condutas de uma forma geral não podem retroagir para
alcançar fatos praticados antes da entrada em vigor da lei.
O tipo subjetivo é constituído pelo dolo, representado com a vontade dirigida à prática da
ação tipificada, em qualquer formas, ciente de que a vítima vai exercer a prostituição no país a que
se destina, seja no Brasil, seja no exterior
Pois bem em relação a conduta descrita no caput do dispositivo legal, ocorre a consumação
com a entrada ou saída da pessoa em território nacional, sendo desnecessária que haja a exploração
sexual
A tentativa é possível, pois se trata de um crime plurissubsistente, sempre que for possível
interromper a fase executiva, por circunstância alheias a vontade do agente.
Quanto à classificação doutrinária em que se trata de um crime comum, onde o qual não
exige qualidade alguma do agente que a prática, formal em que para se consumar não exige como o
resultado o exercício da prostituição ou outra forma de exploração.
A forma é livre isso significa dizer que pode ser praticado por qualquer outro meio ou forma
pelo agente, comissivo pelas ações de promover e facilitar implica em ação positiva do agente,
assim como as demais figuras equiparadas; instantâneo em que à ação e o resultado se encontram
próximos uns aos outros, muitas vezes praticados concomitantes; plurissubsistente em que pode ser
interrompido em sua fase executória por circunstâncias alheias à vontade do agente.
Quanto à ação penal se dá de forma pública incondicionada, isto é não depende de qualquer
condição ou manifestação da vítima ou de seu representante legal para sua instauração, tratando-se
de crime internacional, a competência é da Justiça Federal oque consta no artigo 109, V da
Constituição Federal de 1988.
No “Brasil, a uma soberania dos aliciadores, assim como no quadro global, é a do sexo
masculino e os mesmos possuem idade entre 20 e 50 anos; de modo geral estes detém um poder
econômico elevado e participam da vida pública nas cidades de origem ou destino do tráfico de
mulheres; estima-se que grande parte dos aliciadores conta com a ajuda de mulheres na conexão do
tráfico de mulheres, exercendo a função de recrutamento e aliciamento de outras mulheres para
serem traficadas; pois a presença de mulheres envolvidas no aliciamento confere maior certeza às
ofertas de emprego anunciadas para enganar as vítimas”. Corroborando neste sentido, o Ministério
da Saúde revelou que cerca de 65% dos casos de agressão a vítimas de tráfico de pessoas foram
cometidos por homens.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal, 4: parte especial: dos crimes contra a
dignidade sexual até dos crimes contra a fé pública – 7. Ed.rev., ampl. E atual de acordo com as leis
n.12.720 e 12.737, de 2012 – São Paulo: Saraiva, 2013
CAPEZ, Fernando. Curso de direito penal, volume 3, parte especial: dos crimes contra a
dignidade sexual a dos crimes contra a administração pública(arts. 213 a 359-H)/ Fernando Capez – 11.
Ed. De acordo com as leis 12.720 e 12.737, de 2012 – São Paulo: Saraiva, 2013
CUNHA, Rogério Sanches; PINTO, Ronaldo Batista. Tráfico de Pessoas – Lei 13.344/2016
comentada por artigos. Salvador: Editora Juspodivm. 2017.
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