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Brasília
2018
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 0
1 O PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA À LUZ DA LEI 8.666/93 1
1.1 A saturação do Modelo Burocrático de Weber na Administração.
1.2 Eficiência na Administração Pública Brasileira 1
1.2 A lei 8.666/93 1
2 FUNDAMENTOS DA INEXIBILIDADE DE LICITAÇÃO 1
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BRASIL, Constituição Federal. Disponível em: http://www. planalto. gov. br/ccivil_03/constituicao/constitui%
C3% A7ao. htm. Acessado em 16/08/2018, v. 19, 1988.
2
KOSSMAN, Edson Luís. A constitucionalização do princípio da eficiência. Porto Alegre. Ed.: 2015
12
Nesse contexto, o Estado brasileiro, no final da década de 80 e início dos anos 90,
buscou se adequar a uma nova forma de gestão. Isso é, adequar o seu papel, pois
como definido por MAXIMIANO5: o papel da administração é assegurar a eficiência e
eficácia das organizações.
3
COLTRO, Alex. Teoria geral da administração. Curitiba: Intersaberes, 2015. p. 86 e 87.
4
CARVALHO, Débora. As disfunções da burocracia transformam-se na própria ‘’burocracia’’. 2010. Acessado
em http://www.administradores.com.br/artigos/economia-e-financas/as-disfuncoes-da-burocracia-transformam-
se-na-propria-burocracia/44412/ em 23/08/2018.
5
MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Teoria geral da administração: da revolução urbana à revolução digital.
6. Ed. São Paulo: Atlas, 2011. p. 5
6
RODRIGUES, Eduardo Azeredo. O princípio da eficiência à luz da teoria dos princípios: aspectos dogmáticos
de sua interpretação e aplicação. Editora Lumen Juris, 2012.p.3
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7
BRESSER PEREIRA, Luiz Carlos et al. Plano diretor da reforma do aparelho do Estado. Brasília: Presidência
da República, v. 1, 1995. Disponível em
http://www.bresserpereira.org.br/documents/mare/planodiretor/planodiretor.pdf acessado em 25/08/2018 às
10h40.
8
LIMA, Sídia Maria Porto. A Emenda Constitucional nº 19/98 e a administração gerencial no Brasil. Revista Jus
Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 5, n. 38, 1 jan. 2000. Disponível em:
<https://jus.com.br/artigos/475>. Acesso em: 22 ago. 2018as 08h26.
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Há, no mínimo, três razões para essa mudança não representar um retrocesso: (a)
os cidadão não mais admitem abrir mão das conquistas obtidas pelo
constitucionalismo social; (b) aumenta-se a governança do Estado (ideologia social-
democrática), e não se retira sua necessária intervenção econômica; e c) são
ampliadas a participação popular e as formas de controle sobre os atos da
Administração Pública.
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CAMPOS, Eduardo Luíz Cavalcanti. O Princípio da Eficiência no Processo Civil Brasileiro. p.12
10
DE MORAES, Alexandre. Direito constitucional. Atlas, 2016.
11
GABARDO, Emerson. Princípio da eficiência, O. Tomo Direito Administrativo e Constitucional, Edição 1,
Abril de 2017. Disponível em:https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/82/edicao-1/principio-da-eficiencia,-
o. Acessado em 25/08/2018 as 10h:32.
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a eficiência não possuía tal respaldo científico ou cultural enquanto categoria jurídica
(ainda que já constasse de alguns textos legais europeus). Sua inclusão decorreu de
uma proposição de profissionais de outras áreas do conhecimento (como Economia
e Administração).
Estabelece ainda, a Carta Magna, no seu artigo 22, XXVII, ser da competência
privativa da União Federal legislar sobre “normas gerais de licitação e contratação,
em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e
fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, vinculada ao art. 37,
XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, ao art. 173, § 1º,
III”, conforme redação dada pela EC nº 19/1998. Nas palavras de CARVALHO
FILHO13:
12
CAMPOS, Eduardo Luíz Cavalcanti. O Princípio da Eficiência no Processo Civil Brasileiro.p.14
13
CARVALHO FILHO, José dos Santos Manual de direito administrativo / José dos Santos Carvalho Filho. –
30. ed. rev., atual. e ampl. – São Paulo: Atlas, 2016. p.331
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14
Por conceito, licitar, define sucintamente Diogo de Figueiredo Moreira Neto “é um
processo administrativo vinculado destinado a selecionar o interessado que
proponha contratar nas melhores condições para a Administração”.
A Lei 8.666/93 portanto, é fonte legislativa primária disciplinadora das licitações. Dita
o processo, um encadeado de procedimentos e atos que tem finalidade definida que
é habilitar para contratar junto à administração pública. Nas palavras de MOREIRA
NETO15 o processo de licitação deve ser entendido como:
vinculado, porque, uma vez iniciado, o seu procedimento não se pode afastar das
regras para ele prefixadas; destinado a selecionar, porque tem como objeto a
escolha de um determinado sujeito – o licitante – em função de um determinado
objeto – a proposta; que proponha, porque o oferecimento não parte da
Administração, como à primeira vista pareceria, mas do licitante, ao tomar
conhecimento da instauração do certame; e, finalmente, nas melhores condições,
significando não apenas o menor preço, mas, com maior amplitude, as maiores
vantagens que possam ser obtidas para a Administração, tal como previamente
venham a ser abstratamente definidas no instrumento convocatório.
A Lei de Licitação traz em seu corpo, desde a sua publicação, elementos alinhados
ao princípio da eficiência. Portanto, a partir da EC nº 19/1998, a administração
pública passou a valer-se do princípio positivado para evoluir nos aspectos trazidos
com a sua inserção na Carta Magna.
A Lei das Estatais, está alinhada aos princípios constitucionais e destaca além da
eficiência, a probidade administrativa, o desenvolvimento nacional sustentável, a
obtenção de competitividade e o julgamento objetivo. Nas palavras de ZYMLER 18
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SILVA, Magno Antônio da Silva. O conceito de eficiência aplicado às licitações públicas: uma análise teórica à
luz da economicidade. Revista do Tribunal de Contas da União, Brasília, v. 40, n. 113, p. 71-84, 2008. p. 73 e 74.
18
ZYMLER, Benjamin. Considerações sobre o estatuto jurídico das empresas estatais (Lei 13.303/2016).
Acessado em http://www.editoraforum.com.br/wp-content/uploads/2017/05/estatuto-empresas-estatais.pdf,
07/09/2018 às 18h40.
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É mister destacar que a Lei das Estatais é um importante e atual instrumento trazido
à administração pública. Entretanto, cabe na evolução legal desde a Lei de
Licitações destaque à Lei 10.520/2002, a qual instituiu o pregão, que nas palavras
do ministro ZYMLER19:
Esta modalidade licitatória trouxe vantagens que contribuíram para a celeridade dos
procedimentos de contratação, tais como a redução do prazo de divulgação da
licitação, a inversão de fases de habilitação e julgamento, a possibilidade de
formulação de lances e a concentração da fase recursal apenas ao final do
procedimento.
19
ZYMLER, Benjamin. Considerações sobre o estatuto jurídico das empresas estatais (Lei 13.303/2016).
Acessado em http://www.editoraforum.com.br/wp-content/uploads/2017/05/estatuto-empresas-estatais.pdf,
07/09/2018 às 18h40
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MOREIRA, Egon Bockmann; GUIMARÃES, Fernando Vernalha. Licitação pública: a Lei geral de
licitações/LGL eo regime diferenciado de contratações/RDC. Malheiros Editores, 2015.p.44
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verticais, é uma lei geral (de incidência nacional); já, em termos cronológico-
horizontais, é uma lei especial (sucessão de leis no tempo).
O processo de licitação por si, traz o mote de que o Estado possa garantir melhor
condição para a aquisição de bens e serviços, balizando, ainda que em tese, a
condição de mais eficiência para o Estado. Contudo, o próprio procedimento
licitatório, por vezes, seria por demais oneroso ao Estado, considerando que em
certas situações a falta de competição o tornaria baldado. Nas palavras de JOEL DE
MENEZES NIEBUHR21:
Há, porém, dois aspectos preliminares que merecem ser considerados. O primeiro
diz respeito à excepcionalidade, no sentido de que as hipóteses previstas no art. 24
traduzem situações que fogem à regra geral, e só por essa razão se abriu a fenda
no princípio da obrigatoriedade.
O outro diz respeito à taxatividade das hipóteses. Daí a justa advertência de que os
casos enumerados pelo legislador são taxativos, não podendo, via de consequência,
ser ampliados pelo administrador. Os casos legais, portanto, são os únicos cuja
dispensa de licitação o legislador considerou mais conveniente ao interesse público
21
NIEBUHR, Joel de Menezes. Dispensa e inexigibilidade de licitação pública. 4. ed. rev. e ampl. Belo
Horizonte: Fórum, 2015. p.33
22
CARVALHO FILHO, José dos Santos Manual de direito administrativo / José dos Santos Carvalho Filho. –
30. ed. rev., atual. e ampl. – São Paulo: Atlas, 2016. p.345
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