Sei sulla pagina 1di 30

Maclagem e Transformação

Martensítica
DEFORMAÇÃO POR MACLAGEM E
TRANSFORMAÇÕES MARTENSÍTICAS
 Maclagem: processo de deformação plástica

 Reação Martensítica: processo de transformação de fase

 Semelhanças: volumes cristalinos finitos da fase matriz se realinham em


novos reticulados cristalinos

 Macla: reproduz a estrutura cristalina original em nova orientação


Ex.: Zn hcp

 Placa de martensita: produz uma nova orientação e uma estrutura


cristalina diferente.
Ex.: aço-C CFC - martensita TCC (forma de agulhas)
DEFORMAÇÃO POR MACLAGEM

 não há mudança na estrutura cristalina, apenas reorientação do reticulado


 mudança de forma por cisalhamento simples
 A rede de uma macla é uma imagem especular da rede original. As redes
da macla e da fase original são simetricamente orientadas através de um
plano de simetria chamado plano de macla.
Comparação entre deslizamento e maclagem
Escorregamento:
 A deformação ocorre em planos individuais do
reticulado.
 Num dado plano, o cisalhamento pode ser muitas
vezes maior que o espaçamento do reticulado,
dependendo do número de discordâncias.
Maclagem:
 O cisalhamento é uniformemente distribuído em um
volume, ao invés de localizado em algum plano de
escorregamento.
 Os átomos movem-se somente uma fração do espaçamento interatômico. A
deformação total é pequena.
Maclagem é típica de metais de baixa simetria (poucos sistemas de deslizamento)
Ex.: β-Sn (tetragonal)
Arsênio e bismuto (romboédrico)
No entanto em baixas temperaturas, pode ser observado em metais cúbicos CCC e CFC.
Deformação por Maclagem
 Quando um metal sofre maclagem, a rede no interior da macla é com
frequência realinhada em uma orientação em que os planos de deslizamento
estão alinhados de forma mais favorável em relação à tensão aplicada.

 Sob certas condições, um metal altamente maclado pode ser mais


facilmente deformado que um metal sem maclas

 Por outro lado, se a deformação é confinada em um número limitado de


maclas, pode ocorrer fratura.

 Maclas também são importantes na recristalização , uma vez que


intersecções de maclas atuam como sítios para nucleação de novos grãos
durante o recozimento.
Nucleação de Maclas
 As maclas formam-se pela ação da componente de cisalhamento de uma
tensão aplicada paralela ao plano de maclagem, na direção de maclagem η1.
 Após a deformação, a seção cisalhada deve manter a estrutura e simetria do
cristal original.
 Ou seja, essa região deve manter todas as propriedades cristalográficas do
metal original, como tamanho e forma da célula unitária, o que é conseguido se
for possível encontrar 3 vetores não coplanares com os mesmos comprimentos
e orientações (ângulos) que no metal original.
Os únicos planos que não sofrem mudança de forma e tamanho com o
cisalhamento:
- Superfícies superior e inferior , planos que contém a direção de cisalhamento
(plano de maclagem ou primeiro plano não distorcido, K1)
-Plano C que intercepta o plano de maclagem em uma linha perpendicular à
direção de cisalhamento e que tem o mesmo ângulo com o plano de maclagem
antes e depois do cisalhamento (segundo plano não distorcido, K2)
K1 = plano de maclagem, ou 1º plano não distorcido
K2 = 2º plano não distorcido
1 = direção de cisalhamento
2 = direção definida pela intersecção do plano de cisalhamento com k2
Apenas nos planos K1 e K2 pode-se encontrar vetores que não serão
distorcidos pela maclagem.

ε um vetor qualquer no plano K1.

Existe apenas um vetor em K2 que faz o mesmo ângulo com ε antes e após o
cisalhamento; este é 2, que é perpendicular a intersecção de K1 e K2.
1 e a única direção no plano K1 que faz o mesmo ângulo com um vetor
arbitrário em K2 antes e após o cisalhamento. Isso decorre do fato de 1 ser
perpendicular a intersecção entre K1 e K2 .
Regras da Maclagem
 A macla é completamente definida quando K1, K2, η1, η2 são todos
conhecidos.
 η1e η2 devem estar contidos no mesmo plano.
 η1e η2 devem ser perpendiculares a intersecção dos planos K1 e K2.
Sistemas de maclagem
Contornos de maclas
 Assumindo como exemplo um contorno de macla em um cristal CFC,e
assumindo que a interface da macla é paralela ao plano de maclagem K1.
 Nesta estrutura, as duas redes se acoplam perfeitamente. Átomos dos dois
lados do contorno possuem a separação interatomica normal para a rede
CFC.
Os contornos de macla neste caso são
interfaces coerentes, de baixa energia
superficial devido à baixa distorção.
 Com o crescimento das maclas o
contorno torna-se incoerente (e na forma
lenticular), com presença de
discordâncias para ajustar os reticulados.
Efeito das Maclas nas Estruturas CFC
 A tensão crítica para escorregamento é em geral menor que a tensão para formação
de maclas, desta forma um metal CFC inicia a deformação por escorregamento.
 A tensão para formação de maclas nas estruturas CFC depende da energia da
falha de empilhamento. Isto porque a energia superficial da macla é muito próxima à
daquela da falha de empilhamento e grande parte do trabalho para formar maclas está
relacionado com a criação das superfícies. Assim quanto menor a energia da falha,
menor a tensão necessária para nuclear maclas.
 Nas estruturas CFC quanto mais soluto, menor a energia da falha de empilhamento.
Então a maclagem é comum em ligas como latões, bronzes, cobre-níquel.
 Em metais de baixa energia de falha de empilhamento os fenômenos de
escorregamento e maclagem passam a ser competitivos.
 Os contornos de maclas podem agir como contornos de grãos, portanto a presença
de maclas reduz o tamanho de grão do metal.
 Além disso, no início da formação das maclas, a taxa de encruamento da liga é
diminuída, voltando a aumentar em caso de intersecção entre maclas
MARTENSITA
 A diferença entre as energias livres das fases estável em alta temperatura e em
baixa temperatura consiste na força motriz para transformação martensítica.
A transformação martensítica é uma transformação de fase sem difusão, não
há mudança de composição durante a transformação, apenas mudança de
estrutura cristalina.
 A transformação ocorre pelo movimento da interface que separa a fase original e
produto. Enquanto a interface se move os átomos são realinhados na rede da nova
fase martensítica.
 O realinhamento dos átomos associado com a transformação martensítica
produz mudança de forma. A nova fase formada tem uma simetria diferente da fase
original.
 As placas de martensita formam-se em planos chamados planos de hábito, que
são planos não distorcidos.
 A deformação macroscópica associada com a formação de uma placa de
martensita é um cisalhamento paralelo ao plano de hábito, associado a uma
deformação por tração ou compressão perpendicular ao plano de hábito
A distorção de Bain
- Um reticulado cúbico de face centrada pode ser considerado como
tetragonal de corpo centrado com uma relação c/a = 1,4

- Um reticulado cúbico de corpo


centrado pode ser considerado como
tetragonal de corpo centrado com
relação c/a = 1

-Bain (1924) sugeriu que uma rede CCC


poderia ser obtida de uma CFC por
uma compressão na direção c e expansão
nas direções a - Distorção de Bain
A distorção de Bain
 Não há um plano não distorcido associado à
distorção de Bain
 Então, a deformação plana invariante
associada à transformação martensítica não
pode ser explicada pela distorção de Bain.
 No entanto, a distorção de Bain oferece uma
medida aproximada da magnitude dos
movimentos atômicos envolvidos na
transformação martensitica.
Ex. Liga Fe-Ni (30% Ni) sofre uma
transformação de CFC para CCC.
O eixo c é encurtado por um fator de 0,8
enquanto o eixo a alonga de um fator de 1,14.
Liga In-Ta – CFC transforma para TFC, o eixo
c torna-se 1,0238 a0 e a diminui para 0,988 a0
Características da Transformação
Martensítica

 Como já citado, a transformação martensítica é uma transformação de fase


sem difusão, não há mudança de composição durante a transformação,
apenas mudança de estrutura cristalina.

 Estudos em monocristais da liga In-Ta mostram que a transformação (CFC


para TFC) ocorre pelo movimento de uma única interface plana que separa a
fase original e produto.

 Em outras ligas como a Fe-30Ni (CFC para CCC) a transformação ocorre


com formação de placas finas tipicamente elipsoidais, ou na forma de lentes.

 A transformação martensítica envolve mudanças dimensionais e de


propriedades físicas como resistividade elétrica. Desta forma, medidas de
dilatometria e de resistência elétrica podem ser usadas par a acompanhar a
transformação martensítica.
O gráfico mostra a dilatometria de uma liga In-Ta.
No resfriamento o comprimento do material começa a mudar a
aproximadamente 345 K, temperatura chamada Ms ou Mi, que é a
temperatura de início da transformação martensítica.
A amostra não transforma totalmente até a temperatura alcançar 340K,
temperatura chamada Mf, temperatura final da transformação martensítica.
Reversibilidade da Transformação Martensítica
 A transformação martensítica é reversível.
 Para a liga In-Ta, no reaquecimento, a amostra recupera a estrutura (cúbica)
e orientação original.
 No entanto, a retransformação não ocorre no mesmo intervalo de
temperatura que a transformação ocorreu. Observa-se uma histerese na
dependência da temperatura da transformação que é típica da transformação
martensítica.

Transformação martensítica na liga In -Ta


Reversibilidade da Transformação Martensítica
 A liga Fe-Ni apresenta uma histerese muito maior que a liga In-Ta.
Ms = 243 K e As = 663K, 420K maior que Ms.
 Esta maior diferença de temperatura é devido à maior força motriz
necessária nesta liga para nuclear a transformação.
 Essa dificuldade associada à transformação martensitica nessas ligas é
evidenciada pela tamanho da placas que são muito finas .

Transformação martensítica na liga Fe-Ni


Transformação Atérmica
Experimentos em monocristais mostram que;
 A transformação martensítica em liga In-Ta ocorre como resultado de
mudanças na temperatura que aumentam a força motriz para nucleação.
 Então, o progresso da transformação, não é dependente do tempo, só
acontece com redução da temperatura. Portanto, a transformação martensítica
é predominantemente atérmica
 A figura mostra um ciclo de
aquecimento, para liga In-Ta, que foi
interrompido a 345 K e mantido por 6
horas nessa temperatura. Não houve
transformação nesse período e além
disso a interface foi estabilizada,
sendo necessário aumentar a força
motriz pelo aumento de T em aprox.
1°C para que a interface se movesse
novamente.
O progresso da transformação atérmica na liga Fe-30Ni é diferente da liga In-
Ta.

Enquanto na liga In-Ta a transformação ocorre pelo movimento de uma única


interface através da amostra inteira sendo necessária uma diminuição da
temperatura para mover essa interface;

na liga Fe-Ni, placas de martensita se formam e crescem rapidamente até seu


tamanho final.

A transformação só continua com a nucleação de novas placas que é


acompanhada pela redução da temperatura e aumento da força motriz.

O crescimento limitado das placas de martensita nessas ligas é associado


com o grau de deformação gerado pelo seu crescimento que causa
deformação plástica na matriz levando à perda da coerência. O crescimento
para com a perda da coerência.
No entanto pode ocorrer transformação isotérmica, além da atérmica em
algumas ligas, como por exemplo a Fe-30Ni.

A reação procede com nucleação de placas adicionais como na transformação


atérmica desta liga.

As curvas mostram a quantidade de martensita


isotérmica formada em função do tempo e
também mostram a quantidade de martensita
formada na têmpera para a temperatura do
tratamento isotérmico.
Nucleação de martensita
 Há evidencias experimentais de que a nucleação da martesita ocorra de
forma heterogênea com núcleos formando-se em posições de alta energia de
deformação.

 No entanto, a exata natureza desses sítios não é clara.

 Discordâncias e contornos de grãos podem agir como sítios de nucleação.

 Estudos mostram que discordâncias podem ajudar na acomodação da


deformação causada pela transformação.

 Então a Deformação Plástica da matriz afeta a formação de martensita pois


aumenta a deformação interna e faz a nucleação da martensita mais fácil.
Observa-se aumento da temperatura Mi.

 No entanto, em um metal com austenita altamente deformada, a


acomodação torna-se difícil devido ao grande encruamento e a nucleação da
martensita pode ser suprimida.
 Contornos de grãos podem agir como sítios para nucleação.
 A redução do tamanho de grão da fase original diminui Mi, uma vez que
dificulta a acomodação da mudança de forma da placa de martensita,
necessitando de uma maior força motriz para nucleação, disponível em
menores temperaturas.

A martensita pode se formar de maneira:

 atérmica: forma-se em frações de segundo desde que a diminuição de


temperatura seja suficiente para ativar os núcleos, não é necessário
ativação térmica (transformações em temperaturas de até 4K)

 isotérmica: a velocidade de nucleação é dependente do tempo

O crescimento das placas de martensita ocorre com grande rapidez


(velocidade da ordem de 1/3 da velocidade do som) independente da
temperatura.
Transformação Martensítica Termoelástica
 A formação da martensita envolve mudança de forma do material.

 A placa de martensita é coerente com a matriz, então um estado de


deformação surge na interface, chamada deformação de acomodação
(accomodation strain)

 A deformação de acomodação pode ser elástica ou plástica.

 Se a deformação da matriz é elástica , os contornos entre matriz e martensita


são capazes de mover-se facilmente e reversivelmente. Ou seja, no
reaquecimento, as placas de martensita simplesmente encolhem e
desaparecem. ( ex.: Cu-Zn, Ag-Cd, Cu-Zn-Al, Cu-Al-Ni)

 Por outro lado, se a acomodação é plástica, os contornos tornam-se fixos por


uma estrutura de discordâncias. Neste caso, no reaquecimento a austenita é
forçada a nuclear no interior da estrutura martensítica, sendo portanto
necessárias maiores temperaturas (liga Fe-Ni) (maior diferença entre Mi e Ai
Martensita induzida por tensão (SIM)
 Se uma tensão é aplicada em uma liga termoeslática em uma temperatura
acima da Mi, a liga é capaz de sofrer transformação martensítica (Martensita
induzida por tensão).
 Essa transformação é reversível com a retirada da carga.

Potrebbero piacerti anche