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3 INTRODUÇÃO
5 UNIDADE 1 - Notas históricas e revisão de conceitos fundamentais
5 1.1 Notas históricas envolvendo a resistência dos materiais
SUMÁRIO
21 1.3.1 Descrevendo nas entrelinhas as forças internas
34 2.4 Deformação
50 REFERÊNCIAS
3
INTRODUÇÃO
Salientamos que o estudo da resis- grãos muito grandes tornam o material
tência dos materiais traz para os enge- quebradiço. Geralmente, o limite de es-
nheiros, de forma geral, a segurança de coamento de um material é um indicador
empregabilidade dos materiais e tipos de adequado de sua resistência mecânica.
perfis mais adequados para um dado pro-
Além disso, segundo Hibbeler (2010),
jeto, seja ele relacionado a uma constru-
no contexto mecânico, o dimensionamen-
ção ou até mesmo uma máquina. Especi-
to de peças, que é um dos grandes obje-
ficamente falando, os engenheiros civis a
tivos da resistência dos materiais, resu-
utilizam para trabalhos em pontes, edifí-
me-se em descrever as forças atuantes
cios e rodovias, já os engenheiros mecâ-
na peça, para que a inércia da mesma con-
nicos utilizam para projetos de máquinas,
tinue existindo e para que ela suporte os
estruturas metálicas e tanques diversos.
esforços empregados. Para isso, é preciso
E ela se espalha pra todas as áreas da En-
conhecer o limite do material. Isso pode
genharia sem grandes dificuldades.
ser obtido através de experimentos que,
Segundo Hibbeler (2010), quando se em termos básicos, submetem a peça ao
fala de modo peculiar da Engenharia dos esforço que ela deverá sofrer onde será
Materiais, salienta-se que a resistência empregada, a condições padrão, para que
dos materiais nada mais é do que a capa- se possa analisar o seu comportamento.
cidade que o material possui com relação
Esses dados são demonstrados em grá-
à resistência de uma dada força a ele dire-
ficos de tensão x deformação. A tensão
cionada.
em que nos baseamos é o limite entre o
Assim, a resistência de um material é regime elástico e o plástico. Mas para fins
dada em função de seu processo de fabri- de segurança, é utilizado um c.s. (coefi-
cação, e os pesquisadores empregam uma ciente de segurança) que faz com que di-
variedade de processos para alterar essa mensionemos a peça para suportar uma
resistência posteriormente. Tais proces- tensão maior que a tensão limite mencio-
sos incluem encruamento (deformação a nada acima.
frio), adição de elementos químicos, tra-
A disciplina de Resistência dos Mate-
tamento térmico e alteração do tamanho
riais é um momento que envolve a aplica-
dos grãos, dentre outros fatores. Esses
ção dos conceitos da Física em relação a
métodos podem ser mensurados nos míni-
projetos de construções e peças diversas,
mos detalhes, seja de modo quantitativo
voltados para o dimensionamento da ten-
ou qualitativo. Todavia, tornar materiais
são, deformação, entre outros.
mais fortes pode estar associado a uma
deterioração de outras propriedades me- Várias situações do dia a dia do enge-
cânicas relacionadas. Exemplificando, na nheiro serão analisadas, com o objetivo de
alteração do tamanho dos grãos, embora fixarmos a teoria de uma forma bem mais
o limite de escoamento seja maximizado simples e prática. Sem abrir mão da com-
com a diminuição do tamanho dos grãos, plexidade dos temas propostos, o conte-
4
tensões simples e atesta que a resistên- Dessa forma, para o entendimento dos
cia de uma barra é referente à sua secção conhecimentos da resistência dos ma-
transversal, não a seu comprimento. Gali- teriais, temos que nos atentar para os
leu denomina esta resistência da barra de fundamentos da estática e de cálculos
“resistência absoluta à ruptura”. Além dis- de esforços mecânicos, cálculos geomé-
so, trabalhou com a resistência de barras tricos, envolvendo estudos de secções
engastadas em apenas uma das extremi- transversais de materiais, direcionados
dades e com uma carga na outra. ao momento de inércia, ao módulo de re-
sistência e ao raio de giração. Tais con-
Importante! Segundo Hibbeler
ceitos estão intimamente ligados com os
(2010), os esforços mecânicos são o
principal foco da resistência dos mate- cálculos de análise de tensões, sendo a
riais, pois todo o estudo gira em torno junção de conceitos geométricos, está-
de como dimensionar uma peça ou ele- tica e dados referentes ao material que
mento de máquina para que suporte os surge o cálculo de dimensionamento, no
efeitos que os esforços mecânicos ge- qual se procura desenvolver um elemento
rados por uma estrutura geral ou espe- capaz de resistir a todos os esforços que
cífica estarão atuando sobre a mesma. estarão sendo aplicados nele durante o
Cada tipo de esforço possui uma forma funcionamento da máquina, estrutura ou
específica de ser analisado, estudado e em qualquer lugar onde ele seja submeti-
calculado. do a esforços.
Figura 3: Avanço das soluções para Engenharia através da resistência dos materiais.
Fonte: Blog da Engenharia – Resistência dos Materiais.
9
PROCEDIMENTOS
A) Para diagrama de corpo livre
Estabeleça os eixos x e y, com
qualquer orientação adequada.
Logo:
420,6 N
Logo:
Solução: neste caso, temos que o pri- de By passa a ser conhecido diretamente
meiro passo é o desenho do DCL: por esse cálculo. Depois de calculado um
dos pontos, basta efetuar a aplicação das
outras equações.
F = Força
Logo:
26
Logo:
Solução:primeiramente, devemos
encontrar as cargas internas em cada
membro proposto como segue. 2.2 Tensão de cisalhamento
média
O que foi visto anteriormente, baseava-
se em tensões ocasionadas por esforços
normais a uma seção transversal, ou seja,
forças axiais. Segundo, Hibbeler (2010),
porém quando duas forças são aplicadas
Como é do conhecimento de todos, pela na direção transversal a uma barra, produz
aplicação da terceira lei de Newton, essas um tipo de tensão que denominamos de
barras ofereceram uma reação de sentido tensão de cisalhamento.
oposto em todo o segmento da barra.
Podemos assim calcular a tensa normal
VA 1, 425 kip d 2
AA
= = = 0,1139 pol
= ² π . A logo d A = 0,381 pol
τ adm 12,5 kip / pol ² 4
7
dA = pol = 0,4375 pol
16
5
dB = pol = 0,625 pol
8
Para encontrarmos esses valores, bas- Cálculo na haste:
ta pegarmos o valor encontrado e multi-
plicarmos por 16 e mantermos o denomi- O diâmetro requerido na haste ao longo
nador 16. Assim sendo, por exemplo : de seu corte central é caracterizado como
segue:
P 3,33 kip d 2
Portanto, como é um elemento de ABC
= = = π . BC
(σ t ) adm 16, 2 kip / pol ² 4
carga, nunca podemos arredondar para
baixo, sempre para casa inteira superior,
no caso 7.
34
9
d BC = pol
16
Escolhemos:
9
d BC = pol = 0,5625 pol
16
2.4 Deformação
Agora estaremos interessados na
descrição do conceito de deformação.
Segundo Hibbeler (2010), quando uma
força é aplicada a um corpo, tende a Figura 41: Exemplificando a
deformação.
mudar a forma e o tamanho dele. Tais Fonte: Hibbeler (2010).
mudanças são denominadas deformação
e podem ser perfeitamente visíveis ou
Importante! Quando se pretende
praticamente imperceptíveis sem o uso
fazer análises em um material
de equipamento para fazer medições submetido a uma carga, é necessário
precisas. Por exemplo, uma tira de borracha que se tenha equipamentos que façam
sofre deformação muito grande quando as medições de maneira cada vez mais
esticada. Por outro lado, ocorrem apenas precisas. Segundo Hibbeler (2010), a
pequenas deformações de membros deformação normal é a deformação do
estruturais quando um edifício é ocupado segmento de reta AB, conforme figura
por pessoas movimentando-se. O corpo 42.
também pode sofrer deformação quando
sua temperatura muda. Um exemplo típico
é a expansão ou a contração de um telhado
provocada pelas condições atmosféricas.
35
∆s '− ∆s
ε médio =
∆s
Figura 42: Exemplificando a defor-
mação.
A) DEFORMAÇÃO POR CISALHAMENTO
Fonte: Hibbeler (2010).
Consideremos os dois segmentos de
Devemos considerar a reta AB, quando retas da imagem abaixo.
o corpo é submetido a uma força, essa
A) REGIME DE ESCOAMENTO
Quando a tensão ultrapassa o limite
de elasticidade, ele começa a iniciar um
processo em que a sua forma não voltará
mais ao do inicial, esse comportamento é
registrado na região 2, a de Regime de es-
coamento. Nessa região de escoamento,
o corpo de prova irá se deformar de 10 a
Figura 48: Interpretando a ruptura de
40 vezes mais do que no regime elástico, materiais.
quando ele está nessa região, podemos Fonte: Hibbeler (2010).
dizer que o material está perfeitamente
plástico.
A0 − Arup
(100%)
A0
Lrup − L0
(100%)
L0
Na Engenharia, a procura do maior ideal na região elástica, sua deformação era li-
é o que se comporte bem sob ambas as si- near em relação à tensão aplicada. Tal re-
tuações, de modo que o aço pode ser sub- gra obedece a seguinte regra:
metido a estas situações e reage bem. Um
aço com teor de carbono alto, pode resis-
Sendo E a constante de proporcionali-
tir bem a ensaios de dureza, material com
dade, módulo de elasticidade ou módulo
menor teor de carbono são mais dúcteis e
de Young, nome derivado de Thomas You-
fáceis de serem conformados. Além dis-
ng que explicou a Lei em 1807.
so, o aço pode variar as suas propriedades
quando são expostos a grandes tempera- Um material é chamado de linear-elás-
turas. tico se a tensão for proporcional à de-
formação dentro da região elástica. Essa
condição é denominada Lei de Hooke e o
2.8 Lei de Hooke declive da curva é chamado de módulo de
elasticidade E (HIBBELER, 2010).
Segundo Hibbeler (2010), a Lei de
Hooke consiste na relação linear entre Para entender melhor, vamos analisar
tensão e deformação na região de elasti- novamente o diagrama de tensão-defor-
cidade. Foi descoberta por Robert Hooke, mação do aço:
em 1676, com o auxílio de molas (UFF-Vol- Sendo E a constante de proporcionali-
ta Redonda). dade, módulo de elasticidade ou módulo
Robert Hooke percebeu, com o auxílio de Young, nome derivado de Thomas You-
de molas, que quando o material estava ng que explicou a Lei em 1807.
42
1 σ lp
2
1
=ur = σ lp ε lp
Figura 53: Interpretando a energia de deformação. 2 2 E
Fonte: Hibbeler (2010).
44
σ LE = 68 ksi
Limite de resistência – definido como
a maior tensão no diagrama tensão-
deformação, este pico ocorre no ponto B:
σ r = 108 ksi
Tensão de ruptura – ocorre na maior
deformação, a tensão chega no ponto de
ruptura em C:
Figura 57: Interpretando geometricamente o
coeficiente de Poisson.
σ rup = 90 ksi Fonte: Hibbeler (2010).
47
diagrama . Ou seja, .O éo
ângulo gerado pelo cisalhamento, medido
em radianos.
de
modo que, por essa equação .
50
REFERÊNCIAS
BEER, Ferdinand P.; JOHNSTON, Jr., E.
Russell. Mecânica Vetorial para engenhei-
ros: estática. 5 ed. Ver. São Paulo: Pear-
son, 1994.
___________________________
Resistência dos Materiais. 3. ed. . São Pau-
lo: Makron Books Ltda, 1995.