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III Simpósio Nacional de História das Religiões: insurgências e

ressurgências no campo religioso

Recife, 20-22 de junho de 2001

Opressão e resistência na religião afro-brasileira


Mundicarmo Ferretti - UEMA
Mundi@prof.elo.com.br

(Versão preliminar)
RESUMO

Titulo: Opressão e resistência na religião afro-brasileira


Autor: Mundicarmo Maria Rocha Ferretti - Dra. Antropologia Social
Instituição: Universidade Estadual do Maranhão - UEMA

O que se convencionou chamar de religião afro-brasileira é um conjunto de


manifestações religiosas sincréticas que têm como matriz principal a cultura africana:
jeje, nagô, angola, cambinda e outras. Entre as mais conhecidas podem ser citadas: o
Candomblé, o Xangô, o Tambor de Mina e o Batuque. Sendo uma religião organizada,
difundida e professada inicialmente por escravos e ex-escravos africanos e seus
descendentes foi encarada de forma preconceituosa pela sociedade dominante em vários
períodos da história do Brasil. Mesmo depois da abolição da escravidão ela continuou a
ser oprimida e, apesar da Constituição republicana assegurar a liberdade de crença,
depois dela os terreiros continuam sendo objeto de perseguição policial e acusados de
curandeirismo, pratica de rituais satânicos e de magia negra, realização de sacrifícios
humanos, de desencadear estados de loucura em seus adeptos etc. A religião afro-
brasileira resistindo a essa opressão conseguiu manter suas tradições e vários terreiros
que foram organizados antes da abolição conseguiram chegar até os nossos dias, como é
o caso da Casa das Minas-Jeje e da Casa de Nagô, em São Luís-MA. Hoje, embora a
Religião afro-brasileira seja professada por diferentes camadas sociais e já não seja
objeto de perseguição da Igreja Católica e de declaradas perseguições policiais, continua
recebendo agressões de denominações religiosas evangélicas, o que tem levado seus
sacerdotes e adeptos a uma luta pelo fim da discriminação e pelo respeito à liberdade de
crença já assegurada pela Constituição. Pretendemos apontar aqui alguns exemplos de
opressão e resistência da religião afro-brasileira no Maranhão, identificados em
pesquisa realizada a partir de 1984, que tem contado nos últimos anos com a
participação de universitários do curso de História ligados ao programa de Iniciação
Científica do CNPq.
Opressão e resistência na religião afro-brasileira1

Mundicarmo Ferretti2

INTRODUÇÃO

A discussão do tema “Opressão e resistência na religião afro-brasileira” nos

leva facilmente à denúncia da perseguição sofrida pelos terreiros e à exaltação da

resistência da população negra, que foi trazida para o Brasil como mão de obra escrava

ou que descende de africanos que entraram no Brasil como escravos. Mas, antes de

enfocar essa questão diretamente, vamos procurar refletir um pouco sobre a idéia da

religião como forma de opressão e sobre o papel na religião na resistência e

emancipação de povos dominados.

A religião como forma de opressão e de resistência

O papel da religião no controle social é bastante conhecido e muitos têm

propalado que ela reflete e legitima o sistema social. Mas, desde a antigüidade, são

abundantes os exemplos onde ela foi um fator de resistência à dominação. Como mostra

a Bíblia, livro sagrado dos judeus e dos cristão, a religião foi importante na saída do

povo judeu do Egito, onde fora escravizado. No Brasil, antes do governo militar, o

catolicismo levou muitos estudantes a lutar contra o sistema capitalista e motivou a

criação do partido de esquerda “Ação Popular – AP”. E não é à toa que muitos

missionários foram presos, perseguidos, expulsos e assassinados pelos detentores do

1 Apresentado no III Simpósio Nacional de História das Religiões: insurgências e ressurgências


no campo religioso - Recife, 20-22 de junho de 2001. Retoma comunicação apresentada no
“Encontro Regional dos Estudantes de História: Brasil: 500 anos de opressão e resistência”. São
Luís, UEMA, 19 a 23/4/2000 (Mesa Redonda III: A religião como forma de opressão e
resistência).
2 Professora Titular do Departamento de Ciências Sociais – UEMA; Doutora em Antropologia
Social; Pesquisadora de Religião afro-brasileira.
poder. Por essa razão, a conhecida frase marxista “a religião é o ópio do povo” não pode

ser generalizada para todos os contextos histórico-sociais.

Sabemos que, logo após a chegada dos portugueses no Brasil, o cristianismo

começou a ser imposto à população indígena pela igreja Católica que, como foi

afirmado em bula papal de 1512, a considerava também “descendente de Adão”

(PELTRO:1967, p. 26). Mas é preciso lembrar que tal imposição era vista por ela como

uma “redenção”, como um meio de “salvar” (a alma) dos índios. Os missionários

estavam convencidos de que o gênero humano fora redimido do pecado original pelo

sangue de Cristo, mas que era preciso que todas as populações conhecessem o

cristianismo (entendido ali como catolicismo) e que aderissem a ele, para que a

redenção fosse completada. Pregar pois a fé cristã aos habitantes das terras conquistadas

parecia aos missionários católicos um objetivo altruísta, elevado, que, para ser

realizado, poderia custar-lhe a própria vida. E muitos foram os mártires.

Hoje, adotando o ponto de vista das populações dominadas, vemos que a

cristianização da população indígena contribuiu para que ela aceitasse a dominação

portuguesa e se submetesse a seus interesses econômicos, mesmo que nem sempre as

relações entre missionários e representantes da coroa portuguesa fossem harmoniosas.

Hoje, adotando a mesma postura, podemos ver também que a catequese, em última

análise, foi uma imposição da cultura do colonizador e um desrespeito à liberdade de

crença das populações dominadas, liberdade essa que na época nem todos tinham

consciência de que poderia ser conquistada e que mais tarde procurou ser assegurada no

Brasil pela Constituição republicana.

Ainda sobre a religião como opressão, tem sido argumentado que ela leva os

adeptos a uma submissão cega, sem contestação ou crítica, inibindo o seu senso crítico,

atrofiando o seu lado racional, ocasionando fanatismos, superstições e obediências


incondicionais a líderes que se apresentam como iluminados por seres superiores ou que

afirmam poder entrar em contato com eles. A história tem registrado exemplos trágicos

desse conformismo, como o episódio de Pedra Bonita, inspirado no sebastianismo,

ocorrido em Pernambuco, no ano de 1838 (CASCUDO, L.: 1962, p. 687), as “guerras

santas” e os suicídios coletivos que têm ocorrido em vários países, algumas vezes em

grupos cristãos. Felizmente não vivemos mais sob o jugo da Inquisição e várias

religiões podem pregar suas mensagens, o que garante oportunidade de escolha e o

maior posicionamento crítico dos adeptos.

Sobre a religião como forma de resistência, embora não se possa dizer que a

religião de origem africana tem inspirado no Brasil muitas ações revolucionárias, fala-se

que os negros islamizados (malês, hauças) desempenharam um papel importante nas

revoltas de escravo que ocorreram na Bahia no Século XIX, principalmente em 1835

(BASTIDE, 1971, p., 148). Mas a religião afro-brasileira ficou bastante conhecida pela

resistência ao colonialismo cultural e pelo seu papel na afirmação de identidades étnicas

africanas.

Opressão e resistência do negro: a religião afro-brasileira

Apesar de no Brasil o catolicismo ter sido inicialmente também imposto à

população negra (constituída por africanos trazidos como escravos e por seus

descendentes), da religião africana, confundida com feitiçaria, ter sido proibida no

Brasil, e dos terreiros afro-brasileiros terem sido muitas vezes objeto de perseguição

policial, a existência hoje de casas de culto abertas por africanos e crioulos antes da

abolição da escravidão, como a Casa das Minas e a Casa de Nagô (de São Luís-MA),

testemunham a resistência do negro. Mas, apesar daquelas casas serem continuadoras de


tradições religiosas africanas, tanto nelas quanto em muitos outros terreiros

maranhenses que as adotaram como modelo, as pessoas têm geralmente duas religiões:

são “mineiras” (adeptas do Tambor de Mina - denominação religiosa afro-brasileira

predominante no Maranhão) e católicas, cultuam os voduns, os orixás (entidades

africanas) e os santos canonizados pela Igreja Católica. E, embora seja antigo no Brasil

um movimento contra o “sincretismo”, que propõe a total separação entre as duas

religiões, aquele “duplo pertencemento” é também encontrada em terreiros tradicionais

de Candomblé da Bahia, como a Casa Branca, e em muitos outros contextos afro-

brasileiros.

Mas, se os africanos tornaram-se católicos no Brasil numa estratégia de

sobrevivência e passaram a festejar os santos católicos para camuflar suas práticas

religiosas africanas, o que teria causado um “sincretismo” entre sua religião tradicional

e o catolicismo, é ilusório pensar que hoje os sacerdotes e adeptos da religião afro-

brasileira que adotam o catolicismo têm uma relação apenas de conveniência com ele.

No inicio dos anos oitenta tivemos a oportunidade de conhecer um terreiro de Natal

(RN) onde a mãe-de-santo, sendo impedida de receber a comunhão pelo padre da igreja

de seu bairro, por ser de Candomblé, realizava uma vez por ano (quando suas finanças

permitiam) uma viagem de peregrinação a santuários católicos do Rio Grande do Norte

e do Ceará - de Nossa Senhora dos Impossíveis, na serra do Lima, em Patu (RN), de

São Francisco, no Canindé (CE) e à terra do Padre Cícero, em Juazeiro (CE), quando,

não sendo identificada como mãe-de-santo, podia assistir a missa e receber a comunhão

(FERRETTI, M.: 1988).

A religião afro-brasileira resistiu bravamente a proibições, perseguições e

discriminações e, apesar de ser ainda objeto de preconceitos e desconfianças, hoje os

terreiros são freqüentados por pessoas de todas as camadas sociais e a religião afro-
brasileira vem conquistando o respeito da Igreja Católica, principalmente nos setores

ligados à pastoral do negro. Espera-se que num futuro próximo esse comportamento

seja imitado pelos evangélicos, principalmente pela Igreja Universal do Reino de Deus

que, apesar de não ser das mais antigas e prestigiadas, numa demonstração de

ignorância e de desrespeitando a liberdade de crença assegurada pela Constituição

brasileira, vem agredindo sistematicamente a religião afro-brasileira.

A religião afro-brasileira no Maranhão

Luiz Mott, apresentando os resultados de sua pesquisa sobre a Inquisição nos

arquivos da Torre do Tombo, em Lisboa, afirma não ter encontrado nenhuma referência

a rituais religiosos afro-brasileiros realizados no Maranhão no período colonial:

“Diferentemente do observado para outras capitanias, notadamente Minas


Gerais, não encontramos sequer uma referência à prática de rituais e
cerimônias de origem africana no Maranhão colonial, nem mesmo os
populares ´calundus´ que aparecem citados, sobretudo no Século XVIII, do
Piauí à capitania de São Paulo. Provavelmente os ´tambores de mina´ e rituais
congêneres deveriam ser praticados tão clandestinamente que os tantãs dos
atabaques não chegavam aos pios ouvidos dos fiéis mais afeitos às denúncias
junto ao Santo Ofício” (MOTT, 1995, P.,19).

É possível, no entanto, que alguns batuques e cantorias realizadas por negros

em festas de santo de São Luís (MA), como os mencionados em 1818 pelo Frei

Francisco de Nossa Sra dos Prazeres, na festa da irmandade de São Benedito

(PRAZERES: 1818), e que alguns rituais de “cura” reprimidos mais tarde em Códigos

de Posturas municipais do Maranhão, fossem os primórdios do que mais tarde foi


denominado Pajé (“feitiçaria de negro”) ou que ficou conhecido por Tambor de Mina,

Terecô, ou Cura3.

No período imperial, embora a repressão tenha sido menor, a religião afro-

brasileira continuou a ser proibida. Embora, como lembrou Beatriz Dantas, a “feitiçaria”

não tenha aparecido como crime no Código Criminal de 1830 (DANTAS: 1989),

Códigos de Posturas de alguns municípios maranhenses, pesquisados em 1996 por

Jacira Pavão e Emanuela Ribeiro (Núcleo de Pesquisa Religião e Cultura Popular-

UFMA), como os de Codó (1848) e Guimarães (1856) previam penas para livres e

libertos que “curavam feitiço” e o Código de Postura de São Luís (1866) sujeitava a

realização de divertimentos de negros à aprovação das autoridades.

É possível que, antes da fundação da Casa das Minas e da Casa de Nagô, a

religião afro-brasileira praticada no Maranhão fosse denominada Pajé, palavra tomada

de empréstimo ao tupi, que sugere: 1) o envolvimento dos afro-brasileiros com práticas

terapêuticas, o que mais tarde passou a ser alvo de perseguição policial; 2) a influência

da cultura indígena nos terreiros; 3) ou sugere a identificação de negros com índios que,

como sabemos, tiveram a “tutela” de missionários católicos. Como registra Yvonne

Maggie (MAGGIE: 1992, p. 28), o Código Penal de 1890 (anterior a Constituição

republicana que foi promulgada em 1891) previa prisão por prática de espiritismo,

magia e curandeirismo. O de 1932 retirou a condenação ao espiritismo, mas manteve a

da magia e do curandeirismo, e a condenação ao curandeirismo foi mantida na Lei das

Contravenções Penais (de 1940) e no Novo Código Penal (de 1985), ainda em vigor. A
3 De acordo com a história oral, a Casa das Mina-Jeje, situada na Rua São Pantaleão, em São
Luís pelo menos desde 1847 (data da escritura do prédio da esquina), é o terreiro de Mina mais
antigo. Foi fundada por africanos do Daomé que teriam entrado no país como contrabando (após
1831), e funcionou inicialmente em outro local (PEREIRA, 1979, p.24; FERRETTI, S., 1996,
p.58). Emanuela Ribeiro, quando ex-bolsista do PIBIC/UFMA e orientanda de Sergio Ferretti,
localizou no Arquivo Publico do Maranhão um pedido de licença da Casa das Minas, datado de
1885 e dirigido à Polícia, para fazer uma festa (possivelmente uma de suas obrigações religiosas
para com os voduns). Localizou também em documentos da Polícia o registro de um toque
realizado em 1897 na Casa de Nagô, terreiro igualmente fundado por africanos, fundado na
capital maranhense logo depois daquele.
proibição do curandeirismo tem justificado ainda hoje a invasão a terreiros e tem levado

muitos deles a abandonar suas tradições a manipular sua genealogia para simular uma

ligação a terreiros fundados por africanos mais prestigiados e mais respeitados pela

Polícia.

Mas a perseguição ou a discriminação da religião afro-brasileira não é e nunca

foi uniforme e geralmente foi maior na cidade do que nas periferias e na área rural, em

alguns períodos foi mais forte e mais abrangente. Em outros foi mais leve, mais

localizada e mais específica. Tudo indica que entre 1876 e 1886, por exemplo, essa

repressão foi bastante forte em São Luís e seus arredores (FERRETTI, M.: 2000, p.

272), pois várias foram as prisões de curadores e chefes de culto noticiadas em jornais e

citadas por diversos pesquisadores (FREITAS: 1884; SANTOS e SANTOS NETO:

1989 e outros). Em 1876 a imprensa maranhense, noticiando a prisão de uma

"curadeira", anunciou o surgimento em São Luís de uma nova religião, denominada

Pajé, o que foi retransmitido em Jornal de São Paulo localizado pela pesquisadora Liana

Trindade (USP).

Em 1934, quando foi realizado em Recife o primeiro “Congresso Afro-

Brasileiro”, era obrigatório o registro dos terreiros na polícia e, como foi denunciado

naquele evento, as “macumbas” e “catimbós” eram perseguidas como crime e anomalia.

Embora essa obrigatoriedade tenha caído ha mais tempo na Bahia e em outros Estados,

no Maranhão vigorou até mais ou menos 1988. Os terreiros de São Luís e de outros

Estados eram obrigados a pedir licença à Polícia para realizar suas festas, pois eram

cadastrados não como “casas de culto” e sim como “casas de diversão”, não só porque

costumam fazer várias festas de santo durante o ano, mas também porque a religião

afro-brasileira não tem o mesmo “status” do catolicismo e do protestantismo, cujos

tempos, certamente, não eram cadastrados na mesma categoria.


Embora a acusação de feitiçaria, quando não substituída por “magia negra”,

esteja caindo em desuso e haja atualmente uma certa valorização de práticas

terapêuticas de terreiros como “sabedoria popular na área de saúde”, elas tendem a ser

encaradas pela classe dominante e seus representantes mais como “crendice” do que

como “medicina alternativa”.

Embora existisse uma tendência a se poupar os terreiros fundados por africanos

da acusação de curandeirismo e magia, apresentado-os como uma espécie de “reserva

cultural africana” ou como religião africana pura ou autêntica, pois alguns, como a

Casa das Minas, de São Luís (MA), conseguiram chegar aos nossos dias continuando

muitas tradições africanas e preservando muitos aspectos da língua, culto, mitologia,

música, dança e tantos outros elementos da cultura de seus ancestrais africanos, eles

também enfrentaram problemas com a Polícia (FERRETTI, S.,1996). Fala-se também

que essa “concessão” foi usada muitas vezes mais para negar verdadeiros extermínios

culturais ocorrido no Brasil e como prova contra a existência de perseguição à religião

afro-brasileira. E nessa questão, embora os antropólogos, desde o tempo de Nina

Rodrigues (precursor dos estudos afro-brasileiros), tenham ficado conhecidos como

defensores do “povo de santo”, foram algumas vezes acusados de reforçar o preconceito

em relação a grupos religiosos afro-brasileiros menos apegados a um modelo de “pureza

africana” que eles próprios ajudaram a construir, como foi tão bem apresentado por

Beatriz Dantas (DANTAS, 1988).

A liberdade de culto, afirmada na Constituição brasileira de 1891, não garantiu

a liberdade dos terreiros de religião afro-brasileira. De lá para cá muita coisa mudou,

mas a religião afro-brasileira continua encarada com desconfiança por muitos. Basta

haver um crime com mutilação de cadáver ou o desaparecimento do corpo de um morto

para eclodir uma onda de suspeitas direcionadas para o “povo de santo”. Mesmo quando
o criminoso é considerado “louco”, os elementos de seu depoimento que sugerem uma

possível ligação com a religião afro-brasileira é logo destacado e encarado como prova

de realização de ritual de “magia negra” que, na concepção de muitos jornalistas, é

praticada pelas diversas denominações religiosas afro-brasileiras. E, como existe hoje

maior consciência dessa discriminação e maior organização dos afro-brasileiros, as

ações judiciais contra os agressores têm se multiplicado e muitas delas têm sido

estimuladas ou encorajadas por redes de discussão sobre Umbanda e religião afro-

brasileira na INTERNET.

CONCLUSÃO

Para concluir, gostaríamos de dizer que a religião pode ser opressora ou

libertadora; que pode levar ao conformismo ou à resistência à dominação; que a

discriminação religiosa é um desrespeito às diferença culturais e à liberdade de credo e

deve ser combatida por todos, tanto pelos que se definem como religiosos, quanto pelos

que se apresentam como sem religião; e que a saída de problemas provocados pelo

colonialismo e escravismo pode ser facilitada se houver apoio das igrejas e

comunidades religiosas existentes no Brasil e se tiver uma motivação religiosa.

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