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Editor Fotografia
Alf redo Wagner Berno de Almeida Patrícia Maria Portela Nunes
UEA, pesquisador CNPq Tacilvan Silva Alves
Alf redo Wagner
Organizadores:
Cynthia Car valho Martins,
Patrícia Maria Portela Nunes Projeto gráfico e diagramação
Alf redo Wagner Berno de Almeida Grace Stefany Coelho
Transcrição
Tacilvan Silva Alves
Cristina da Costa Bezerra,
Elson Gomes,
Cliciane França,
Jhullienny Silva Santos.
Ficha Catalográfica
ISBN 978-85-99274-44-6
CONSELHO EDITORIAL
Otávio Velho - PPGAS-MN/UFRJ, Brasil
Dina Picotti - Universidad Nacional de General Sarmiento, Argentina
Henri Acselrad - IPPUR-UFRJ, Brasil
Charles Hale - University of Texas at Austin, Estados Unidos
João Pacheco de Oliveira - PPGAS-MN/UFRJ, Brasil
Rosa Elizabeth Acevedo Marin - NAEA/UFPA, Brasil
José Sérgio Leite Lopes - PPGAS-MN/UFRJ, Brasil
Aurélio Viana - Fundação Ford, Brasil
Sérgio Costa - LAI FU - Berlim, Alemanha
Alfredo Wagner Berno de Almeida - CESTU/UEA, Brasil
Apresentação Coleção 9
Alfredo Wagner Berno de Almeida
ANEXOS
2 Os termos “Centro de Lançamento de Alcântara”, assim como sua sigla CLA, ou ainda “Base Es-
pacial”, “Base Militar” ou simplesmente “Base” são termos alusivos ao empreendimento do Estado
de criação de uma base de lançamento de foguetes espaciais em Alcântara que foi iniciado em 1980
através de um decreto de desapropriação de terras. O decreto estadual no. 7320 de setembro de 1980
desapropriou 52 000 hectares do município de Alcântara para implantação do chamado Centro de
Lançamento de Alcântara (C.L.A.). Em 8 de agosto de 1991 outro decreto, presidencial desta vez, em
seu Art., 1º declarou de utilidade pública, para fins de desapropriação pela União, 62 000 hectares
deste município.
***
Pauta de discussão para a Assembléia Geral Ordinária do Conselho Deliberativo do STTR do dia
22 de janeiro de 2016.
PRESIDENTES COMUNIDADES
DO STTR-AL PERÍODOS PRINCIPAIS
DE ACONTECIMENTOS
MANDATOS REFERIDOS À LUTA PELA
TERRA E PELO
TERRITÓRIO
QUILOMBOLA
Gregório Periaçú
Cantanhede 1971 à 1973
Campos
As mobilizações contrárias
à grilagem de terras
30 Coleção Narrativas Quilombolas
levaram o Instituto de
Terras do Maranhão
(ITERMA) a dar início a
uma ação discriminatória
Alcantra.indd 30 como forma de resolução 07/03/16 15:51
Raimundo Águas Belas Tentativas de grilagem das
terras de Santa Teresa em
Nonato 1976 à 1979 1978-1979 e mobilizações
Rodrigues da contrárias ao cercamento
das terras.
Silva
As mobilizações contrárias
à grilagem de terras
levaram o Instituto de
Terras do Maranhão
(ITERMA) a dar início a
uma ação discriminatória
como forma de resolução
dos conflitos. No entanto,
essa ação nunca foi
concluída.
Ação de desapropriação de
áreas por interesse social para
fins de reforma agrária pelo
MDA-Incra, 1996, incidindo
respectivamente sobre o
imóvel denominado Portugal,
localizado ao sul do
município.
Pressionado pelos
movimentos sociais, o Iterma
32 Coleção Narrativas Quilombolas deu início para fins de
regularização enquanto
comunidades remanescentes
de quilombos ao
Alcantra.indd 32 07/03/16 15:51
autodesignado território
áreas por interesse social para
fins de reforma agrária pelo
MDA-Incra, 1996, incidindo
respectivamente sobre o
imóvel denominado Portugal,
localizado ao sul do
município.
Pressionado pelos
movimentos sociais, o Iterma
deu início para fins de
regularização enquanto
comunidades remanescentes
de quilombos ao
autodesignado território
quilombola de Itamatatiua,
constituído por uma área de
cerca de 55.000,00 hectares.
2009 à 2013
Sr. Antônio Marcos Pinho Diniz em sua residência na agrovila Peru, em 19 de janeiro de 2016.
Do alto dos seus 83 anos de idade, otmostra aos pesquisadores a situação nunca vivida anteriormente
em Baixa Grande de desuso da casa de farinha.
Sr. Samuel Araújo Moraes em seu roçado – Foto localizada no acervo de documentos do STTR.
O Sr. Aniceto Araújo Pereira e seu filho Wanderson em sua casa em Oitiua, em 20 de janeiro de 2016.
e um.
Aniceto: Eu assumi em novembro de oitenta e oito, aí eu fui até noventa e
um. Aí veio Vicente. Aí Vicente tirou um mandato. Aí eu voltei.
Cynthia: O Vicente ficou de noventa e um até noventa e quatro?
Aniceto: Até noventa e quatro.
Cynthia: Aí o senhor voltou em noventa e cinco.
***
Patrícia: No trabalho de construção do mapa do território vocês foram em
quais lugares seu Aniceto?
FOTO 3 - Reunião do STTR de Alcântara: Antônio Marcos Pinho Diniz, Samuel Araújo Morais, Vi-
cente Amaral Rodrigues - localizada no Acervo do STTR-AL.
FOTO 5 – Foto que denuncia o desrespeito aos aposentados do STTR - localizada no Acervo do STTR-
AL.
FOTO 6 – Foto da publicação que reúne a síntese do Seminário de 99. Acervo do STTR-AL.
Neta: Seu Samuel o senhor falou da barricada, mas nós sabemos que ti-
veram outros momentos importantes que marcaram essa luta de Alcântara
o seminário de 1999, que outros que o senhor lembra que também fizeram
o povo se mexer, acordar ou até mesmo frear alguma ação do Centro de
Lançamento?
Samuel: Olha Neta eu acho que a primeira foi a barricada, segundo o
Seminário que foi um ponto assim marcante, porque até ali nem as próprias
comunidades elas tinham garantias dos seus direitos, a gente discutia, ia para
discussão, mas não tínhamos aquilo como firmeza, porque depois do Se-
minário, inclusive na fala da doutora Debora Duprat, quando ela coloca os
nossos direitos, eu acho que foi dali que as comunidades se conscientizaram
e principalmente o Sindicato que passou a se manter mais firme. Nós nos
sentamos várias vezes na Mamuna, debaixo daquelas mangueiras, na casa
do Gabriel, inclusive quando era para ser feita a transferência, eu dizia para
eles: “olha a INFRAERO está aqui, mas todos nós sabemos que não é papel da
INFRAERO fazer transferência, a INFRAERO tem que cuidar de aeroportos e
não estão nem dando conta disso porque tem avião caindo todo dia”. A outra
questão: em 1999 quando eu estive na Alemanha, eu tenho um documento
***
FOTO 14 – Representantes dos Trabalhadores Rurais, acompanhados por seu advogado Domingos
Dutra reunidos na CPT se posicionam contra o chamado “remanejamento” proposto pela Aeronáu-
tica na década de 1980 e contra a redução do módulo rural. (Matéria de Jornal não identificado, s/d
localizado no Acervo do STTR-AL).
FOTOS 15 e 16 – Crise entre a Base e as comunidades traz Deputada Luiza Erundina de Sousa até o
CLA. Representantes das comunidades e os movimentos sociais organizados se mobilizam para serem
ouvidos, reunindo-se com ela e sua comitiva na Igreja do Carmo _ foto localizada no acervo do STRR,
sem data. Na primeira foto, o dirigente do STTR de Alcântara, Samuel Araújo Morais, manifestou-se
publicamente, enquanto na segunda foto o Sr. Domingos Ribeiro da comunidade de Canelatiua tomou a
palavra para dar a conhecer os direitos pertinentes aos domínios territoriais da chamada terra da pobreza,
localizada ao nordeste do município.
FOTO 20 - Reunião dos representantes das comunidades quilombolas de Alcântara com o então presi-
dente da Fundação Cultural Palmares (FCP-MinC), Carlos Moura; da esquerda para direita: José Rib-
amar Oliveira (Santa Maria), Samuel Araújo Morais (STTR-AL), Fátima Diniz (MONTRA), Carlos
Moura (FCP-MinC), Nonato Silva (STTR-AL), três seguintes não identificados, Ivan Rodrigues (CCN)
e Maurício Paixão (CCN) – foto do acervo do STTR-AL.
FOTOS 23 e 24 – Foto da Primeira Reunião Organizada pelo MABE com apoio do STTR na sede de
Alcântara no dia em 16 de maio de 2002, na sede de Alcântara – foto do acervo do STTR-AL.
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agosto de 1991 em seu Art., 1º declara de utilidade pública, para fins de desapropriação pela União,
62 000 hectares deste município; o que corresponde a mais da metade da área deste e atinge a mais de
2000 famílias de trabalhadores rurais.
8 MATONTI, Fredérique e POUPEAU, Franck. Le capital militant. Ensaio de définition. In: Actes de
La Reccherche in Sciences Sociales. n. 155, décembre 2004
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Dalvino Timbira
Dalvino Timbira
Memesio Timbira
Lino Cujupe
Bernardo Peroba de
cima
Aciole Itaaú
Raimundinho Itaaú
Ilton Periaçú
Jeronimo Periaçú
1 SEDE Valdirene
11 ITAPUAUA Manoel
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13
Coleção Narrativas Quilombolas
TERRA-MOLE Eliaotério dos Santos Gonçalves
11 ITAPUAUA Manoel