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PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA "" o K n PAULO

REGlSTRADO(A) SOB N°
ACÓRDÃO

<e
Vistos, relatados e discutidos estes autos de

CONFLITO DE COMPETÊNCIA n° 161.752-0/7-00, da Comarca de SÃO

PAULO, em que é suscitante MM JUIZ DE DIREITO AUXILIAR DA 3 a

VARA CÍVEL DO FORO REGIONAL DE SÃO MIGUEL PAULISTA sendo

suscitado MM JUIZ DE DIREITO TITULAR DA 3a VARA, CÍVEL DO FORO

REGIONAL DE SÃO MIGUEL PAULISTA:

ACORDAM, em Câmara Especial do Tribunal de Justiça

do Estado de São Paulo, proferir a seguinte decisão:

"JULGARAM PROCEDENTE O CONFLITO E COMPETENTE O MM. JUÍZO

SUSCITANTE. V.U.", de conformidade com o voto do Relator, que

integra este acórdão.

O julgamento teve a participação dos

Desembargadores MUNHOZ SOARES {Presidente}, BARRETO FONSECA.

São Paulo, 13 de outubro de 2008.

LUIZ TAMBARA
Relator

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PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

CONFLITO DE COMPETÊNCIA n°. 161.752.0/7-00 - SÃO PAULO

Voton° 14.632

Colenda Câmara Especial

Suscitante: MM. JUIZ DE DIREITO AUXILIAR DA 3 a VARA


CÍVEL DO FORO REGIONAL DE SÃO MIGUEL
PAULISTA.

Suscitado: MM. JUIZ DE DIREITO TITULAR DA 3 a VARA CÍVEL


DO FORO REGIONAL DE SÃO MIGUEL PAULISTA

EMENTA: Direito Processual Civil e Normas de Organização

Judiciaria.- Conflito negativo de competência entre juiz auxiliar e

titular da mesma Vara.- Ações conexas que* por forca de norma

vigente à época, foram, originalmente, distribuídas ao Juiz auxiliar.-

Posterior avocaçao dos feitos* pelo Juiz titular, que nao deve

prosperar, pois, vedada pelas normas de organização judiciaria.-

Prevalência da competência funcional e. portanto, absoluta,

estabelecida pelas Normas de Organização Judiciária quando da

primeira distribuição.- Conflito Julgado procedente, reconhecida a

competência do juízo suscitante para processar e julgar o feito.

O MM. JUIZ DE DIREITO AUXILIAR DA 3 a VARA CÍVEL

DO FORO REGIONAL DE SÃO MIGUEL PAULISTA suscitou o

presente conflito negativo de competência em face do MM, JUIZ DE

DIREITO TITULAR DA MESMA VARA CÍVEL, nos autos de ação

promovida pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e

COLENDA CÂMARA ESPECIAL -Relator LUIZ ELIAS TAMB ARA 1


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Urbano do Estado de São Paulo - CDHU - e Companhia Estadual de

Casas Populares - CECAP - em face de Israel Pinto Santana, ajuizada

em 30 de janeiro de 2001 e recebendo o número de controle 161/01.

Sustenta que outra ação, que tinha por base o mesmo imóvel, foi

distribuída para a mesma Vara por dependência, porquanto

reconhecida a conexão. Em suas alegações, o MM. Juiz suscitante

explicou que os processos, cujos finais eram ímpares competiam aos

juizes auxiliares, que presidiram o presente feito até certo ponto.

Ocorre que, a despeito do critério adotado, o Juiz titular, ora

suscitado, assumiu a presidência de ambas as ações a partir de 4 de

abril de 2006, exarando despachos, tomando algumas providências

judiciais e chegando a realizar duas audiências de conciliação,

presidindo o feito até 2008. Posteriormente, todavia, o Juiz titular

determinou que os autos lhe fossem conclusos para prolatar

sentença, fazendo cessar sua avocação. E de acordo com a edição do

Provimento n° 1.114/2006 do Conselho Superior da Magistratura,

cuja vigência deu-se com a primeira promoção depois de sua

publicação, mudou-se o critério de distribuição dos processos,

cabendo ao juiz titular continuar com todos os feitos que estavam sob

sua responsabilidade, passando a receber os novos processos de final

ímpar. Assinala, por fim, que a avocação do Juiz suscitado ocorreu

antes da vigência do Provimento citado (fis 2/10)

COLENDA CÂMARA ESPECIAL - Relator LUIZ ELIAS 1AMBARA 2


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O MM. JUIZ DE DIREITO TITULAR DA 3 a VARA CÍVEL

DO FORO REGIONAL DE SÃO MIGUEL PAULISTA, por sua vez,

remeteu os autos ao Juiz suscitante, sob o fundamento de que o

Provimento n° 1.114/2006, nos termos do artigo I o , § I o , determinou

que o critério de atribuição dos feitos de final par ao juiz titular e os

de final ímpar ao juiz auxiliar deverá ser mantido nas Varas em que

já implantado. Ademais, por força do § 2 o do refendo artigo, a


a

prevenção, em todas as hipóteses preinstas em lei dar-se-à pela

primeira distribuição, sendo irrelevante o número final dos processos

distribuídos por dependência" (n 34)

Designou-se o MM. Juiz suscitado para apreciar e

resolver as medidas urgentes <n 67)

O Ilustre representante do MINISTÉRIO PÚBLICO em

segundo grau opinou no sentido de ser julgado procedente o conflito e

declarada a competência do juízo suscitado, MM Juiz de Direito

Titular da 3 a Vara Cível do Foro Regional de São Miguel Paulista (fls

75/78)

É o relatório.

Inicialmente, cumpre salientar que, em que pese

compreensíveis os argumentos trazidos pelo douto Magistrado

suscitante, não há previsão legal para reconhecê-los.

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Com efeito, a competência para o processamento e

julgamento dos feitos deve retornar ao MM. Juiz de Direito Auxiliar,

ora suscitante, do qual não deveriam ter saído.

Sobre o ato avocatório, desnecessário se faz averiguar a

data que promovidos os Magistrados, pois, tanto no atual Provimento

n° 1.114/2006 quanto no anterior, n° 281/1986, ao tratar sobre a

distribuição de processos entre os Juizes titulares e os auxiliares, em

ambos há a vedação expressa de sua prática, artigo I o , § 3 o , e artigo

2 o , caput, respectivamente.

Quanto à disposição do artigo I o , caput, do Provimento n°

1.114/06, o qual mantém o Juiz Titular responsável pelo acervo que

já lhe pertencia, é evidente que "acervo", no caso, deve-se

compreender àqueles que regularmente já distribuídos ao Juízo, e

não sobre autos que injustificadamente foram avocados, como no

caso.

Ademais, também, não se pode alegar que em razão dos

atos praticados pelo Juiz Titular, ora suscitado, esse teria se

vinculado ao feito para a prolação de sentença, pois, observa-se que

ambas as audiências, fls. 25 e 32, restaram por infrutíferas, sendo

inócuas para a formação de convencimento do Magistrado.

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Assim, respeitado o posicionamento do MM. Juízo

suscitante, verdade é que, não constando nos autos as razões que

levaram o Juiz Titular a avocar os feitos, contrariando, desta feita, a

vedação contida tanto no Provimento anterior n° 281/1986 quanto

no atual, n° 1.114/2006, não há como afastar sua competência,

originalmente determinada.

Pelo exposto, julgam procedente o presente conflito

negativo de competência e declaram a competência do MM. JUIZ DE

DIREITO AUXILIAR DA 3 a VARA CÍVEL DO FORO REGIONAL DE

SÃO MIGUEL PAULISTA.

= Luiz Elias Tambara =

Relator

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