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Judith Roden e Hellen Ward
Introdução
Este capítulo discute a importância da ciência para pessoas de todas as idades, e por
que ela é um elemento crucial de uma estratégia transcurricular e inovadora, que
exige um perfil elevado no ensino fundamental. O capítulo inicia com a natureza da
ciência e o desenvolvimento de ideias científicas. Com base em pesquisas recentes
sobre as posturas dos alunos para com a ciência, o foco será em como se pode
desenvolver uma ciência criativa. Além disso, analisa a importância de ideias e
evidências, começando com as ideias dos alunos e incentivando-os a coletar e
interpretar seus próprios dados, ajudando-os, assim, a pensar e a raciocinar por
conta própria, enquanto desenvolvem respeito pelas evidências. Também explora
o valor do trabalho em grupo na ciência, sua importância no desenvolvimento de
habilidades cruciais para a aprendizagem, e analisa os aspectos sociais mais amplos
da ciência como atividade cooperativa. Essas características são interrelacionadas
para demonstrar que é o desenvolvimento da atitude dos educandos em relação
à ciência que determina sua aprendizagem a curto e longo prazos.
ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA: A
COMPREENSÃO PÚBLICA DA CIÊNCIA
Assim, a ciência era vista como algo inferior (ibid. p. 34) e não era
reconhecida como importante em nenhum nível do ensino. Em particular,
as “escolas públicas eram lentas para reconhecer a necessidade de pro
porcionar ensino científico para sua clientela da classe alta” (ibid. p. 111).
De fato, mesmo alguns que fizeram dinheiro em iniciativas industriais
bem-sucedidas pareciam conspirar no processo de desvalorizar as pró
prias habilidades, o conhecimento e a compreensão essenciais ao desen
volvimento industrial, para melhorar sua posição social:
O rico dono de fábrica envia seu filho para a escola clássica para aprender
latim e grego como uma preparação para a fabricação de roupas, a estamparia,
a engenharia ou a mineração de carvão... Depois da sua carreira escolar,
ele entra para a fábrica do pai absolutamente sem treinamento (Roderick e
Stephens, 1981, p. 238-239).
Apesar das vantagens que as pessoas de sua classe tinham com invenções,
deve-se observar que os cientistas não estavam bem representados entre os
grandes inventores britânicos até bem mais adiante no século XIX... Em vez,
Ensino de ciências 17
*
N. de R. No Brasil, o Early Years Foundation corresponde à Educação Infantil.
Ensino de ciências 23
*
N. de R. Para maiores informações, acesse o site www.acclaimscientists.org.uk,
conteúdo em inglês.
Ensino de ciências 25
A natureza das ideias científicas
animais era maior que o outro, evidenciado pelo tamanho das pegadas, e que
o animal com marcas5/13/2008
8-Ch-01:Ward-3718-Ch-01.qxp maiores tinha garras.
8:52 Enquanto
PM Page 11 o animal menor andava
com os dois pés juntos, as pegadas maiores foram feitas uma de cada vez. Um
adulto sugeriu que as pegadas pequenas haviam sido feitas por um ani-
mal que tinha o cérebro pequeno e que não havia desenvolvido um cére-
bro suficientemente grande para ter movimentos coordenados.
WHAT IS SCIENCE? 11
Figura
Figure 1.1 1.1 Queideas
What ideias
aresão geradas by
generated porthis
essa imagem?
picture?
Figura 1.2 Mais evidências são fornecidas; será que as ideias mudaram?
Figure 1.2 More evidence is provided; have the ideas changed?
Figura
Figure 1.3 1.3 O que
What fez these
made esses tracks?
rastros?
*
N de R.T. Dispositivo que consiste de um boneco mergulhado em um tubo transparen-
te e que se move pela compressão de uma tampa de borracha colocada em uma das
extremidades também conhecido como demônio cartesiano ou diabinho cartesiano.
32 Hellen Ward, Judith Roden, Claire Hewlett e Julie Foreman
Resumo