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Aula 13

Contabilidade Geral e Avançada p/ AFRFB - 2016 (com videoaulas)

Professores: Gabriel Rabelo, Júlio Cardozo, Luciano Rosa

00001909002 - ANDERSON ALMEIDA NUNES


Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da Receita Federal
Teoria e exercícios comentados
Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 13
AULA 13: 13. TRATAMENTO DAS PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS, CONCEITO DE COLIGADAS E
CONTROLADAS, DEFINIÇÃO DE INFLUÊNCIA SIGNIFICATIVA, MÉTODOS DE AVALIAÇÃO,
CÁLCULOS, APURAÇÃO DO RESULTADO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL, TRATAMENTO DOS
LUCROS NÃO REALIZADOS, RECEBIMENTO DE LUCROS OU DIVIDENDOS DE COLIGADAS E
CONTROLADAS, CONTABILIZAÇÃO. 14. APURAÇÃO E TRATAMENTO CONTÁBIL DA MAIS VALIA,
DO GOODWILL E DO DESÁGIO: CÁLCULOS, AMORTIZAÇÕES E FORMA DE EVIDENCIAÇÃO.

SUMÁRIO

MAIS UMA AULA! ............................................................................................................................ 1


1. PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS ..................................................................................................... 2
1.1 AÇÕES ..................................................................................................................................... 2
1.2 - DIVIDENDOS.......................................................................................................................... 2
1.3 - RESERVA DE INCENTIVOS FISCAIS E RESERVA ESPECÍFICA DE PRÊMIO DE DEBÊNTURES .............. 3
1.4 - DEBÊNTURES ......................................................................................................................... 5
1.5 - PARTES BENEFICIÁRIAS .......................................................................................................... 6
1.6 - COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS ................................................................................................. 7
2 – TRATAMENTO DAS PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS ........................................................................ 8
2.1 - INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 8
2.2 - INVESTIMENTOS .................................................................................................................... 9
2.2.1 - MÉTODO DE CUSTO ............................................................................................................. 9
2.2.2 - MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL ........................................................................... 10
2.2.2.1 DEFINIÇÕES. .................................................................................................................... 11
2.2.2.2 CÁLCULO DO MEP .............................................................................................................. 13
2.2.2.3 OUTRA FORMA DE CÁLCULO DO MEP ................................................................................... 16
2.2.3 CONTABILIZAÇÃO DOS DIVIDENDOS ..................................................................................... 19
3. LUCROS NÃO REALIZADOS ........................................................................................................ 20
4 - APURAÇÃO E TRATAMENTO CONTÁBIL DA MAIS VALIA, DO GOODWILL E DO DESÁGIO: CÁLCULOS,
AMORTIZAÇÕES E FORMA DE EVIDENCIAÇÃO. ................................................................................. 36
4.1 - RESUMO GERAL ................................................................................................................... 38
5 – QUESTÕES COMENTADAS ........................................................................................................ 41
6 - QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ...................................................................................... 71
7 - GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ............................................................... 85

MAIS UMA AULA!

Olá, meus amigos. Como estão?! Mais uma aula de Contabilidade Geral para
a o concurso de Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil. A aula de hoje
versará sobre os seguintes assuntos:

13. Tratamento das Participações Societárias, conceito de coligadas e


controladas, definição de influência significativa, métodos de avaliação,
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cálculos, apuração do resultado de equivalência patrimonial, tratamento


Aula 13 dos lucros não realizados, recebimento de lucros ou dividendos de
coligadas e controladas, contabilização. 14. Apuração e tratamento
contábil da mais valia, do goodwill e do deságio: cálculos, amortizações e
forma de evidenciação.

Veremos também nessa aula o tópico “18. Debêntures, conceito, avaliação e


tratamento contábil”, que ficou faltando.

O fórum de dúvidas está funcionando.

Gabriel Rabelo/Luciano Rosa

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1. PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS

Ocorre quando uma empresa (investidora) adquire ações ou quotas de outra


empresa (investida).

As participações societárias podem ser temporárias ou permanentes.

As participações temporárias são aquelas que a empresa adquire com intenção


de vender após algum tempo, de caráter especulativo. Neste caso, a intenção é
lucrar com a valorização das ações. Este tipo de participação societária fica
classificada no Ativo Circulante ou no Ativo Realizável a Longo Prazo.

Nas participações permanentes, não há intenção de venda, ou seja, a empresa


adquire a participação com intenção de mantê-la.

Geralmente, esse tipo de investimento está relacionado com as operações da


empresa. Pode ser uma participação num fornecedor importante (com a
finalidade de assegurar o fornecimento de matérias-primas) ou num cliente de
grande porte (para viabilizar a venda dos produtos). Fica classificado no Ativo –
Investimentos.

1.1 AÇÕES

Representam a menor fração do capital social de uma empresa.

Dividem-se em Ações Ordinárias, Ações Preferenciais e Ações de Fruição.

As ações de fruição atribuem a seus titulares direitos estabelecidos no estatuto


da empresa, normalmente dividendos. Este tipo de ação não representa parcela
do capital social e não dá direito a voto.

As ações ordinárias dão direito a voto e aos dividendos.


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As ações preferenciais possuem prioridade no recebimento dos dividendos, mas


não dão ao seu titular direito de voto nas assembleias de acionistas.

As ações preferenciais sem direito a voto não podem ultrapassar 50% do total
das ações emitidas.

1.2 - DIVIDENDOS

A Lei 6.404/76 estabelece que o Estatuto poderá estabelecer o dividendo como


porcentagem do lucro ou do capital social, ou fixar outros critérios para
determiná-lo, desde que sejam regulados com precisão e minúcia e não
sujeitem os acionistas minoritários ao arbítrio dos órgãos de administração ou
da maioria (art. 202, parágrafo 1º).

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Se o Estatuto for omisso, a empresa deve distribuir 50% do lucro ajustado


como dividendos.

O lucro ajustado é calculado da seguinte forma:

Lucro líquido do exercício 10.000


(-) Constituição da Reserva Legal (500)
(-) Constituição da Reserva de Contingência (2.000)
(+) Reversão da Reserva de Contingência 700
= Lucro ajustado (base para dividendos) 8.200

Dividendos obrigatórios: $8.200 x 50% = $ 4.100

Contabilização:

D – Lucros Acumulados (PL) 4.100


C – Dividendos a pagar (Passivo) 4.100

Finalmente, se o Estatuto for omisso e a empresa quiser instituir uma fórmula


de calculo no Estatuto, não poderá ser inferior a 25% do lucro ajustado.

1.3 - RESERVA DE INCENTIVOS FISCAIS E RESERVA ESPECÍFICA DE


PRÊMIO DE DEBÊNTURES

Além das Reservas mencionadas acima, também a Reserva de Incentivos


Fiscais e a Reserva Específica de Prêmio na Emissão de Debêntures devem ser
excluídas da base de cálculo dos dividendos.

Esses valores, antes das alterações na contabilidade, eram Reservas de Capital.


OU seja, eram contabilizadas diretamente no PL e não afetavam o Resultado do
Exercício. A contabilização (anterior às alterações) era assim:

Reserva de incentivos fiscais (por exemplo, doação de um terreno no valor de


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10.000):

D – Terrenos (imobilizado) 10.000


C – Reserva de Capital – doações (PL) 10.000

Atualmente, a contabilização é a seguinte:

Vamos supor que haja alguma condição (como construir uma fábrica e gerar
empregos) vinculada à doação.

No momento da doação, a empresa ainda não “ganhou” o terreno. Ainda


precisa cumprir a sua parte – no caso, construir uma fábrica. Portanto, deve
reconhecer um Passivo, pois irá devolver o terreno se não cumprir a condição.

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D – Terreno – Doações (Imobilizado) 10.000


C – Doações com encargos (Passivo) 10.000

Após algum tempo, a empresa constrói a fábrica. Já cumpriu a sua parte e


portanto ganhou o terreno. Mas a receita deve ser reconhecida
proporcionalmente às despesas geradas pela doação (no caso, seria a
depreciação da fábrica).

Vamos supor que a fábrica será depreciada em 20 anos. No momento em que


acaba a construção, deve ser feita a seguinte contabilização:

D – Doações com encargos (Passivo) 10.000


C – Receitas Diferida (Passivo) 10.000

A conta Receitas Diferidas poderia também ser chamada de Receitas a


Apropriar. Embora fique classificada no Passivo, possui a natureza do antigo
Grupo Resultado de Exercícios Futuros.

Vamos entender melhor. Esse valor não é um Passivo genuíno. Não é uma
obrigação presente, e não será pago a ninguém. Pelo contrário, constitui uma
receita da empresa que deverá ser apropriada por competência, em 20 anos.

Anteriormente, seria classificado como Resultado de Exercícios Futuros. Mas


esse grupo do Balanço Patrimonial foi extinto. Ficou, em seu lugar, a conta
Receitas Diferidas, que é classificada no Passivo, mas possui a natureza do
antigo grupo Resultados de Exercícios Futuros.

Muito bem. Após um ano, vamos iniciar o reconhecimento da Receita, de forma


proporcional às despesas, na base de 1/20 avos por ano (Obs: naturalmente, o
reconhecimento deve ser feito mês a mês. Para fins didáticos, vamos
contabilizar diretamente o valor do ano.)

D - Receitas Diferida (Passivo).10.000/20 500


C – Receita de Doações (Resultado)
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500

Esta contabilização se repete, ano a ano, até zerar a conta Receita Diferida e
transferir todo o seu valor para Resultado do Exercício.

Com isso, o Resultado ficou maior do que ficaria antes das alterações. Afinal, o
valor da Doação, que antigamente era contabilizado como Reserva de Capital,
agora está transitando pelo Resultado do Exercício. Para não prejudicar a
empresa com o pagamento de mais Imposto de Renda e manter a neutralidade
tributária, a empresa PODE constituir a Reserva de Incentivos Fiscais, e
transferir para essa Reserva a parcela da doação ou da subvenção que transitou
pelo Resultado.

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Vamos supor que o Resultado do Exercício seja de $ 8.000, já considerando a
receita de doação de $ 500.

Pela transferência do Resultado para Lucros Acumulados:


D – Resultado do Exercício 8.000
C – Lucros Acumulados (PL) 8.000

Pela constituição da Reserva de Incentivos Fiscais:


D – Lucros Acumulados (PL) 500
C - Reserva de Incentivos Fiscais (PL) 500

Assim, a empresa poderá calcular o lucro ajustado para dividendos da seguinte


forma:

Lucro Líquido 8.000 – Reserva Legal – Reserva de Contingência + reversão da


Reserva de Contingência – Reserva de Incentivos Fiscais 500 (essa última é
facultativa).

O prêmio na Emissão de Debêntures é semelhante ao caso descrito acima,


como veremos a seguir.

1.4 - DEBÊNTURES

O Prêmio na emissão de debêntures era classificado como reserva de capital.


Com o advento da Lei n° 11.638 e 11.941, ele passou a ser apropriado ao
resultado como receita, conforme o regime de competência.

As debêntures são títulos exclusivos das sociedades anônimas. É uma forma


alternativa ao lançamento de ações no mercado e aos empréstimos bancários,
para captação de recursos. Não podem ser confundidas com as ações, pois não
são títulos de propriedade. Não se confundem também com os empréstimos,
uma vez que oferecidas ao público, não sendo captados junto a instituições
financeiras.
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Quando o preço da debênture supera o seu valor nominal, teríamos, à visão da


legislação antiga, uma reserva de capital a ser registrada, chamada Reserva de
Prêmio na Emissão de Debêntures. Isso ocorre quando as condições como
juros, garantias e outras vantagens forem atraentes para os investidores.

Se uma empresa lançasse debêntures a R$ 1,00, num vulto de 10.000


debêntures, com resgate em 10 anos encontrando investidores que pagassem
R$ 1,50 pelo referido título, lançaríamos:

D – Caixa 15.000 (Ativo)


C – Debêntures a pagar 10.000,00 (PNC)
C – Reserva de capital – prêmio na emissão de debêntures 5.000,00 (PL)

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Contudo, essa reserva de capital deixou de existir e a mesma situação é agora
registrada da seguinte forma:

D – Caixa 15.000 (Ativo)


C – Debêntures a resgatar 10.000,00 (PNC)
C – Receitas recebidas antecipadamente - 5.000,00 (PNC –
Receitas diferidas)

Assim, exemplificando, se o resgate dessas debêntures se dará em 10 anos,


deveremos apropriar ao resultado (utilizando-se do método linear) R$ 500,00
por ano, através do seguinte lançamento:

D - Receitas recebidas antecipadamente 500,00 (PNC – Receitas diferidas)


C – Receitas financeiras 500,00 (Resultado)

Para fins didáticos, usamos o método linear. Mas o correto é usar o método
exponencial (juros compostos).

O valor apropriado ao resultado pode ser destinado à formação de reserva


específica de prêmios de debêntures, para evitar a tributação pelo Imposto de
Renda (Lei 11.941/09).

Ressaltamos que é uma faculdade da empresa. Ela pode ou não constituir tal
reserva. Se não constituir, será tributada pelo IR.

A reserva específica de prêmio de debêntures é reserva de lucro, eis que esse


valor transitou pelo resultado do exercício.

1.5 - PARTES BENEFICIÁRIAS

Segundo a Lei das S.A´s:

Art. 46. A companhia pode criar, a qualquer tempo, títulos negociáveis, sem
valor nominal e estranhos ao capital social, denominados "partes beneficiárias".
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§ 1º As partes beneficiárias conferirão aos seus titulares direito de crédito


eventual contra a companhia, consistente na participação nos lucros anuais
(artigo 190).

Vê-se que as partes beneficiárias são estranhas ao capital social. Diferem das
ações, pois não dão direito a uma parte do patrimônio da companhia, nem o de
participação da administração. Não se confundem também com as debêntures,
uma vez que não dá direito creditório contra a companhia para os que as
possuem.

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O direito a lucro é eventual. Esta é a palavra chave. A emissão das PB´s é
exclusivo de cias fechadas (LSA, art. 47). Como já dito, a participação nos
lucros deve ser menor do que 10%.

As partes beneficiárias poderão ser alienadas pela companhia, nas condições


determinadas pelo estatuto ou pela assembleia-geral, ou atribuídas a
fundadores, acionistas ou terceiros, como remuneração de serviços prestados à
companhia (LSA, art. 47). Somente a alienação onerosa das partes beneficiárias
gera lançamento contábil.

Assim, se os administradores de uma companhia, que tanto contribuíram para o


seu crescimento, resolvem aposentar, e os novos administradores, como forma
de reconhecimento deste trabalho, alienam partes beneficiárias a esses antigos
administradores, por R$ 100.000,00. O lançamento é o que se segue:

D – Caixa 100.000,00 (Ativo)


C – Reserva de Capital – Produto de alienação de partes beneficiárias
100.000,00 (PL).

A LSA dispõe que:

Art. 200. Parágrafo único. A reserva constituída com o produto da venda de


partes beneficiárias poderá ser destinada ao resgate desses títulos.

1.6 - COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS

A Lei das S.A.s (Lei 6404/76) estabelece o seguinte:

Dedução de Prejuízos e Imposto sobre a Renda

Art. 189. Do resultado do exercício serão deduzidos, antes de qualquer


participação, os prejuízos acumulados e a provisão para o Imposto sobre a
Renda.
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Parágrafo único. o prejuízo do exercício será obrigatoriamente absorvido pelos


lucros acumulados, pelas reservas de lucros e pela reserva legal, nessa ordem.

Portanto, quando a questão mencionar “Prejuízos Acumulados”, devemos


diminuí-lo do lucro, para cálculo dos dividendos.

O esquema completo fica assim:

Lucro Líquido

(-) Prejuízos acumulados


(-) Constituição da Reserva Legal
(-) Constituição da Reserva de Contingência

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(+) Reversão da Reserva de Contingência
(-) Constituição da Reserva de Incentivos Fiscais (opcional)
(-) Constituição da Reserva Específica para prêmios de Debêntures (opcional)
= Lucro ajustado (Base para os dividendos).

Atenção: o tratamento do prejuízo acumulado para o cálculo do Imposto de


Renda é diferente. A empresa pode abater até 30% do Lucro Real (base de
calculo do IR, escriturado no Livro de Apuração do Lucro Real – LALUR) dos
prejuízos fiscais acumulados.

Contabilidade  prejuízos contábeis acumulados  abate 100% do lucro, até


o limite do prejuízo contábil acumulado.

Imposto de Renda  prejuízos fiscais acumulados (LALUR)  abate até 30%


do Lucro, limitado ao valor do prejuízo fiscal acumulado.

Exemplo: Empresa tem prejuízos acumulados contábil e fiscal de 12.000 e


apura lucro de 10.000.

Na contabilidade: abate 100% e fica com prejuízo acumulado contábil e 2.000.

Para o IR: abate 30% do lucro (3.000), recolhe IR sobre 7.000 e fica com
prejuízo fiscal acumulado de 9000.

2 – TRATAMENTO DAS PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS

2.1 - INTRODUÇÃO

Podemos identificar as seguintes situações nas participações em outras


empresas, conforme o grau de controle exercido pela investidora:

- Pouca ou nenhuma influência sobre a investida, sem intenção de


permanência: Trata-se de um ativo financeiro, sendo que o principal benefício
esperado do ativo é a sua valorização. Deve ser reconhecido e mensurado pelo
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valor justo (ou ao custo, se não houver uma mensuração confiável a valor
justo), de acordo com o Pronunciamento CPC 38 – Instrumentos Financeiros:
Reconhecimento e Mensuração.

- Pouca ou nenhuma influência sobre a investida, com intenção de


permanência: Trata-se de investimento permanente sem influência
significativa ou controle. Deve ser avaliado pelo custo, ajustado a eventuais
perdas.

- Influência significativa sobre a investida: A “influência significativa”


caracteriza uma Coligada da investidora, sendo tal participação reconhecida e
mensurada conforme o CPC 18 – Investimentos em Coligadas e Controladas,
através do método da equivalência patrimonial. Lembramos que coligada é uma

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investida na qual a investidora tem influência significativa, mas sem atingir o
ponto de controle.

- Controle conjunto sobre a investida: Refere-se a um empreendimento


conjunto (joint venture), ou seja, quando duas ou mais investidoras detêm, em
conjunto, o controle da entidade. Tal participação deve ser reconhecida e
mensurada de acordo com o CPC 19 – Investimento em Empreendimentos
Controlados em Conjunto.

- Controle sobre a investida: As controladas devem ser reconhecidas e


mensuradas de acordo com o CPC 15 – Combinações de Negócios e CPC 36 –
Demonstrações Consolidadas.

2.2 - INVESTIMENTOS

Há duas formas de avaliar os investimentos permanentes: pelo Método de


Custo ou pelo Método da Equivalência Patrimonial.

Os investimentos em coligadas e controladas são avaliados pelo Método da


Equivalência Patrimonial.

Os outros investimentos, que não sejam em coligadas e controladas, serão


avaliados pelo método de Custo.

2.2.1 - MÉTODO DE CUSTO

Conforme a Lei 6404/76:

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO ATIVO

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os


seguintes critérios:

III - os investimentos em participação no capital social de outras sociedades,


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ressalvado o disposto nos artigos 248 a 250, pelo custo de aquisição, deduzido
de provisão para perdas prováveis na realização do seu valor, quando essa
perda estiver comprovada como permanente, e que não será modificado em
razão do recebimento, sem custo para a companhia, de ações ou quotas
bonificadas;

IV - os demais investimentos, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão


para atender às perdas prováveis na realização do seu valor, ou para redução
do custo de aquisição ao valor de mercado, quando este for inferior;

Os artigos 248 a 250 referem-se aos investimentos em coligadas e controladas,


que estudaremos a seguir.

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Os investimentos que não sejam em coligadas ou controladas são avaliados
pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas prováveis.

Os dividendos distribuídos são contabilizados como receita, quando da


distribuição.

Entretanto, os dividendos distribuídos no prazo de até 6 meses após a aquisição


do investimento são considerados como uma recuperação de parte do
investimento. A justificativa para esse procedimento é que o valor da compra já
incluía o lucro, que seria posteriormente distribuído.

Confira o Regulamento do Imposto de Renda:

Art. 380. Os lucros ou dividendos recebidos pela pessoa jurídica, em


decorrência de participação societária avaliada pelo custo de aquisição,
adquirida até seis meses antes da data da respectiva percepção, serão
registrados pelo contribuinte como diminuição do valor do custo e não
influenciarão as contas de resultado (Decreto-Lei nº 2.072, de 1983, art. 2º).

Segundo o Manual de Contabilidade Societária, de Sérgio de Iudícibus e outros,


1ª edição, 2010, as normas internacionais de contabilidade não aceitam esse
procedimento.

2.2.2 - MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL

A Lei 6.404/76 estabelece o seguinte:

Avaliação do Investimento em Coligadas e Controladas

Art. 248. No balanço patrimonial da companhia, os investimentos em coligadas


ou em controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo
grupo ou estejam sob controle comum serão avaliados pelo método da
equivalência patrimonial, de acordo com as seguintes normas: (Redação dada
pela Lei nº 11.941, de 2009) 00001909002

I - o valor do patrimônio líquido da coligada ou da controlada será determinado


com base em balanço patrimonial ou balancete de verificação levantado, com
observância das normas desta Lei, na mesma data, ou até 60 (sessenta) dias,
no máximo, antes da data do balanço da companhia; no valor de patrimônio
líquido não serão computados os resultados não realizados decorrentes de
negócios com a companhia, ou com outras sociedades coligadas à companhia,
ou por ela controladas;

II - o valor do investimento será determinado mediante a aplicação, sobre o


valor de patrimônio líquido referido no número anterior, da porcentagem de
participação no capital da coligada ou controlada;

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III - a diferença entre o valor do investimento, de acordo com o número II, e o
custo de aquisição corrigido monetariamente; somente será registrada como
resultado do exercício:

a) se decorrer de lucro ou prejuízo apurado na coligada ou controlada;


b) se corresponder, comprovadamente, a ganhos ou perdas efetivos;
c) no caso de companhia aberta, com observância das normas expedidas pela
Comissão de Valores Mobiliários.

§ 1º Para efeito de determinar a relevância do investimento, nos casos deste


artigo, serão computados como parte do custo de aquisição os saldos de
créditos da companhia contra as coligadas e controladas.

§ 2º A sociedade coligada, sempre que solicitada pela companhia, deverá


elaborar e fornecer o balanço ou balancete de verificação previsto no número I.

Vamos examinar as alterações dos pronunciamentos do CPC, com respeito à


equivalência:

2.2.2.1 DEFINIÇÕES.

Texto do Pronunciamento CPC 18 (R2) - Investimento em Coligada e em


Controlada:

3. Os termos a seguir são utilizados neste Pronunciamento com os seguintes


significados:

Coligada é a entidade sobre a qual o investidor tem influência significativa.

Demonstrações consolidadas são as demonstrações contábeis de um grupo


econômico, em que ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e
fluxos de caixa da controladora e de suas controladas são apresentados como
se fossem uma única entidade econômica.
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Método da equivalência patrimonial é o método de contabilização por meio


do qual o investimento é inicialmente reconhecido pelo custo e, a partir daí, é
ajustado para refletir a alteração pós-aquisição na participação do investidor
sobre os ativos líquidos da investida. As receitas ou as despesas do investidor
incluem sua participação nos lucros ou prejuízos da investida, e os outros
resultados abrangentes do investidor incluem a sua participação em outros
resultados abrangentes da investida.

Negócio em conjunto é um negócio do qual duas ou mais partes têm controle


conjunto.

Controle conjunto é o compartilhamento, contratualmente convencionado, do


controle de negócio, que existe somente quando decisões sobre as atividades

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relevantes exigem o consentimento unânime das partes que compartilham o
controle.

Empreendimento controlado em conjunto (joint venture) é um acordo


conjunto por meio do qual as partes, que detêm o controle em conjunto do
acordo contratual, têm direitos sobre os ativos líquidos desse acordo.

Investidor conjunto (joint venturer) é uma parte de um empreendimento


controlado em conjunto (joint venture) que tem o controle conjunto desse
empreendimento.

Influência significativa é o poder de participar das decisões sobre políticas


financeiras e operacionais de uma investida, mas sem que haja o controle
individual ou conjunto dessas políticas.

Comentários:

De acordo com a Lei 6404/76 Art. 243 § 1º: “São coligadas as sociedades nas
quais a investidora tenha influência significativa”.

“§ 4º Considera-se que há influência significativa quando a investidora detém


ou exerce o poder de participar nas decisões das políticas financeira ou
operacional da investida, sem controlá-la.”

“§5º É presumida influência significativa quando a investidora for titular de 20%


(vinte por cento) ou mais do capital votante da investida, sem controlá-la.”

Para definir se uma empresa é ou não coligada precisamos verificar a existência


da “influência significativa”.

Há influência significativa: trata-se de coligada e deve ser usado o método


da equivalência patrimonial.

Não há influência significativa e se trata de investimento permanente: deve


00001909002

ser avaliado pelo método de custo.

Devemos notar que o §5º apresenta uma presunção relativa, que admite prova
em contrário. Confira o texto do pronunciamento CPC 18 (R2):

INFLUÊNCIA SIGNIFICATIVA

5. Se o investidor mantém direta ou indiretamente (por meio de controladas,


por exemplo), vinte por cento ou mais do poder de voto da investida,
presume-se que ele tenha influência significativa, a menos que possa
ser claramente demonstrado o contrário. Por outro lado, se o investidor
detém, direta ou indiretamente (por meio de controladas, por exemplo), menos
de vinte por cento do poder de voto da investida, presume-se que ele não

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tenha influência significativa, a menos que essa influência possa ser
claramente demonstrada. A propriedade substancial ou majoritária da
investida por outro investidor não necessariamente impede que o investidor
minoritário tenha influência significativa.

6. A existência de influência significativa por investidor geralmente é


evidenciada por um ou mais das seguintes formas:

(a) representação no conselho de administração ou na diretoria da investida;


(b) participação nos processos de elaboração de políticas, inclusive em decisões
sobre dividendos e outras distribuições;
(c) operações materiais entre o investidor e a investida;
(d) intercâmbio de diretores ou gerentes;
(e) fornecimento de informação técnica essencial.

2.2.2.2 CÁLCULO DO MEP

Vamos explicar o cálculo do MEP, desde o início. As bancas ainda não estão
cobrando o assunto com muita profundidade, normalmente encontramos
questões mais simples.

Os investimentos em coligadas ou em controladas e em outras sociedades que


façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum serão
avaliados pelo método da equivalência patrimonial.

A Lei 6404/76 (Lei das S.A.s) apresenta a seguinte definição:

Art. 243 § 2º: “Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora,


diretamente ou através de outras controladas, é titular de direitos de sócio
que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas
deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos
administradores.”

O Método da Equivalência Patrimonial (MEP) consiste em reconhecer o resultado


00001909002

auferido pela investida na medida em que ocorre, e não apenas quando há


distribuição de dividendos.

Para isso, multiplicamos o percentual de participação da investidora pelo PL da


investida, e comparamos com o valor do investimento da investidora.

Exemplifiquemos. A Cia ABC foi constituída em 31.12.X1, com capital social de


$100.000, sendo que a empresa KLS possui 90% do capital da Cia ABC. Trata-
se de uma controlada. Portanto esse investimento da empresa KLS será
avaliado pelo MEP.

A CIA ABC apresentou os seguintes resultados:

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31.12.X2 – prejuízo de 40.000 (lançado integralmente em Prejuízos
acumulados)
31.12.X3 – lucro de 10.000 (usado para abater parte dos prejuízos
acumulados)
31.12.X4 – lucro de 50.000, sem distribuição de dividendos. (usado para abater
o restante dos prejuízos e para constituição de reservas)
31.12.X5 – lucro de 30.000, com distribuição de dividendos no valor
de $20.000 e constituição de reservas no valor restante.

Na empresa KLS, a contabilização, nos diversos anos, seria a seguinte:

Pela aquisição, em 31.12.X1:

D – Investimento avaliado pelo MEP – CIA ABC 90.000


C – Caixa/bancos 90.000

Como a Cia ABC acabou de ser constituída, seu balanço patrimonial tem a
seguinte configuração:

Ativo 100.000
PL 100.000

A empresa KLS possui 90% do Capital Social da Cia ABC. Desse modo, o valor
do seu investimento é de:

PL Cia ABC 100.000 x 90% = 90.000.

Em 31.12.X2 a Cia ABC apurou prejuízos de R$ 40.000. Seu Balanço


Patrimonial é o seguinte (Obs: para simplificar, vamos considerar que o Passivo
é igual a zero. Como para o MEP o que interessa é o valor do PL, tal
simplificação não fará diferença).

CIA ABC
00001909002

Ativo 60.000
Passivo –x-

PL
Capital Social 100.000
Prejuízos acumulados (40.000)

Total Passivo + PL 60.000

Valor da participação da Empresa KLS:

R$ 60.000 x 90% = R$ 54.000

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Vamos comparar esse valor com o valor do investimento registrado no ativo da
empresa KLS:

Valor contabilizado do investimento: 90.000


Valor calculado pelo MEP: 54.000

Resultado do MEP: Prejuízo de $90.000 – $54.000 = $36.000

Contabilização na empresa KLS:

D – Perdas com MEP (resultado) 36.000


C - Investimento avaliado pelo MEP – CIA ABC 36.000

Com a contabilização acima, o investimento fica registrado, na empresa KLS,


pelo valor de $54.000, que corresponde a 90% do PL da CIA ABC.

Outra forma de cálculo do MEP: Como o resultado da Cia ABC foi um


prejuízo de $60.000, o resultado do MEP para a empresa KLS poderia ser
calculado diretamente sobre este resultado:

Prejuízo Cia ABC $40.000 x participação da KLS 90% = $36.000

31.12.X3 – lucro de 10.000 (usado para abater parte dos prejuízos


acumulados).

Contabilização na Cia ABC:

D – Resultado do Exercício 10.000


C – Prejuízos acumulados (PL) 10.000

O Balanço Patrimonial da Cia ABC fica assim:

CIA ABC
00001909002

Ativo 70.000
Passivo -x-

PL

Capital Social 100.000


Prejuízos acumulados (30.000)

Total Passivo + PL 70.000

Valor da participação da Empresa KLS:

R$ 70.000 x 90% = R$ 63.000

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Vamos comparar esse valor com o valor do investimento registrado no ativo da


empresa KLS:

Valor contabilizado do investimento: 54.000


Valor calculado pelo MEP: 63.000

Resultado do MEP: Lucro de $63.000 – $54.000 = $9.000

Contabilização na empresa KLS:

D – Investimento avaliado pelo MEP – CIA ABC..............9.000


C – Resultado da Equivalência Patrimonial - CIA ABC......9.000

2.2.2.3 OUTRA FORMA DE CÁLCULO DO MEP

Lucro Cia ABC $10.000


x participação da KLS x 90%
-------------
Resultado do MEP $9.000

Chamamos a atenção para o fato de que o MEP reflete, na investidora, o que


está ocorrendo com o resultado da investida. Assim, quando a investida apura
prejuízo ou lucro, isso se reflete no resultado da investidora,
independentemente da distribuição dos dividendos.

31.12.X4 – lucro de 50.000, sem distribuição de dividendos. (usado para


abater o restante dos prejuízos e para constituição de reservas).

Contabilização na Cia ABC:

D – Resultado do Exercício 50.000


C – Prejuízos acumulados(PL) 30.000
C – Reservas de Lucro (PL) 20.000
00001909002

O Balanço Patrimonial da Cia ABC fica assim:

CIA ABC

Ativo 120.000
Passivo -x-

PL

Capital Social 100.000


Reservas de lucro 20.000

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Total Passivo + PL 120.000

Valor da participação da Empresa KLS:

R$ 120.000 x 90% = R$ 108.000

Vamos comparar esse valor com o valor do investimento registrado no ativo da


empresa KLS:

Valor contabilizado do investimento: 63.000


Valor calculado pelo MEP: 108.000

Resultado do MEP: $108.000 – $63.000 = $45.000 (lucro)

Contabilização na empresa KLS:

D – Investimento avaliado pelo MEP – CIA ABC..............45.000


C – Resultado da Equivalência Patrimonial - CIA ABC......45.000

Temos, ainda, outra forma de cálculo do MEP:

Lucro Cia ABC $50.000


x participação da KLS x 90%
-------------
Resultado do MEP $45.000

31.12.X5 – lucro de 30.000, com distribuição de dividendos no valor


de $20.000 e constituição de reservas no valor restante.

Contabilização na Cia ABC:

D – Resultado do Exercício.......30.000
C – Lucros Acumulados(PL)......30.000
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A partir da conta Lucros Acumulados, é feita a destinação dos lucros.


Lembramos que a conta Lucros Acumulados não pode constar com saldo no
Balanço Patrimonial. Ou seja, todo o lucro apurado deve ser atribuído como
reservas de lucro ou como dividendos.

Contabilização na Cia ABC:

D – Lucros Acumulados(PL) 30.000


C – Reservas de Lucro (PL) 10.000
C – Dividendos a Pagar (Passivo) 20.000

OBS: Estamos considerando que os dividendos são os dividendos obrigatórios.


A regra de contabilização é a seguinte:

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Dividendos obrigatórios  Passivo


Dividendos Adicionais não declarados até a data do balanço  Não são
contabilizados.
Dividendos Adicionais declarados até a data do balanço  são contabilizados no
PL, até serem confirmados pela Assembleia de acionistas. Depois disso, vão
para o Passivo.

O Balanço Patrimonial da Cia ABC fica assim:

CIA ABC

Ativo 150.000
Passivo 20.000

PL

Capital Social 100.000


Reservas de lucro 30.000

Total Passivo + PL 150.000

Valor da participação da Empresa KLS:

Neste caso, precisamos considerar o PL da Cia ABC antes da distribuição dos


dividendos, para a correta apuração do resultado da Equivalência Patrimonial.

PL anterior: $120.000 + Lucros acumulados 30.000 = $ 150.000 (valor do PL


antes dos dividendos).

PL Cia ABC 150.000


X participação KLS x 90%
------------
Valor do investimento Cia KLS 135.000
00001909002

Vamos comparar esse valor com o valor do investimento registrado no ativo da


empresa KLS:

Valor contabilizado do investimento: 108.000


Valor calculado pelo MEP: 135.000

Resultado do MEP: Lucro de $135.000 – $108.000 = $27.000

Contabilização na empresa KLS:

D – Investimento avaliado pelo MEP – CIA ABC 27.000


C – Resultado da Equivalência Patrimonial - CIA ABC 27.000

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2.2.3 CONTABILIZAÇÃO DOS DIVIDENDOS

Os dividendos diminuíram o valor do PL da Cia ABC, de $ 150.000 para $


130.000. Portanto, a empresa KLS deverá contabilizar os dividendos a receber e
diminuir o valor do seu investimento. Assim:

Empresa KLS - contabilização

D – Dividendos a receber – CIA ABC (20.000 x 90%) 18.000


C - Investimento avaliado pelo MEP – CIA ABC 18.000

Com isso, o valor do Investimento na Cia ABC fica contabilizado por $ 135.000
- $18.000 = $ 117.000.

Este total bate com a participação da empresa KLS no PL da CIA ABC, após a
distribuição dos dividendos:

PL Cia ABC 130.000


X participação KLS x 90%
-------------
Valor do investimento da KLS: 117.000

Outra forma de cálculo do MEP:

Lucro Cia ABC $30.000


x participação da KLS x 90%
-------------
Resultado do MEP $27.000

Dividendos Cia ABC $20.000


x participação da KLS x 90%
-------------
Resultado do MEP $18.000 00001909002

Contabilização Cia KLS:

D – Dividendos a Receber 18.000


D - Investimento avaliado pelo MEP – CIA ABC 9.000
C - Resultado da Equivalência Patrimonial - CIA ABC 27.000

A contabilização acima é idêntica à que apresentamos anteriormente. Apenas


não está desmembrada, como a anterior.

Importante

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No método de custo, o valor do investimento não se altera em função dos
lucros ou prejuízos da investida. Só irá se alterar em função do teste de
recuperabilidade. Os dividendos são contabilizados como receita.

Método de custo – contabilização dos dividendos:

D – Dividendos a Receber
C – Receita de dividendos

Já no Método da Equivalência Patrimonial, o resultado da investida (lucro


ou prejuízo) reflete-se no balanço e no resultado da Investidora.

E os dividendos diminuem o valor do investimento.

Contabilização – MEP:
Pelo MEP:

D – Investimento – MEP
C – Resultado com Equivalência Patrimonial

Contabilização dos dividendos:

D – Dividendos a Receber
C - Investimento – MEP

3. LUCROS NÃO REALIZADOS

Quando uma empresa vende ativos a outra, coligada ou controlada, pode haver
a ocorrência de lucros não realizados. Considera-se realizado o lucro quando o
ativo for vendido para terceiros.

O lucro não realizado pode ocorrer na venda de estoque, investimento,


instrumentos financeiros de curto prazo, imobilizado ou intangível.
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No caso do imobilizado, além de excluir o lucro não realizado, é necessário


controlar a depreciação referente a esse lucro inter-companhias (trata-se de um
processo muito trabalhoso. Dificilmente será cobrado em concurso).

A maioria das questões de lucro não realizado refere-se a venda de estoque.

Texto do pronunciamento CPC 18 (R2):

28. Os resultados decorrentes de transações ascendentes (upstream) e


descendentes (downstream), envolvendo ativos que não constituam um
negócio, conforme definido pelo Pronunciamento Técnico CPC 15, entre o
investidor (incluindo suas controladas consolidadas) e a coligada ou o
empreendimento controlado em conjunto devem ser reconhecidos nas

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demonstrações contábeis do investidor somente na extensão da participação de
outros investidores sobre essa coligada ou empreendimento controlado em
conjunto, desde que esses outros investidores sejam partes independentes do
grupo econômico ao qual pertence a investidora. As transações ascendentes
são, por exemplo, vendas de ativos da coligada ou do empreendimento
controlado em conjunto para o investidor. A participação da entidade no
resultado de coligada ou empreendimento controlado em conjunto resultante
dessas transações deve ser eliminada. As transações descendentes são, por
exemplo, vendas de ativos do investidor para a coligada ou para o
empreendimento controlado em conjunto. (Alterado pela Revisão CPC 08)

28A. Os resultados decorrentes de transações descendentes (downstream)


entre a controladora e a controlada não devem ser reconhecidos nas
demonstrações contábeis individuais da controladora enquanto os ativos
transacionados estiverem no balanço de adquirente pertencente ao mesmo
grupo econômico. O disposto neste item deve ser aplicado inclusive quando a
controladora for, por sua vez, controlada de outra entidade do mesmo grupo
econômico.

28B. Os resultados decorrentes de transações ascendentes (upstream) entre a


controlada e a controladora e de transações entre as controladas do mesmo
grupo econômico devem ser reconhecidos nas demonstrações contábeis da
vendedora, mas não devem ser reconhecidos nas demonstrações contábeis
individuais da controladora enquanto os ativos transacionados estiverem no
balanço de adquirente pertencente ao grupo econômico.

Esta é a principal alteração ocorrida no método da equivalência patrimonial.

Vamos entender melhor o que foi alterado. O pronunciamento menciona


transações ascendentes (upstream) e descendentes (downstream).

Transações ascendentes = upstream = a investida vende para a investidora.


Transações descendentes = downstream = a investidora vende para a
investida. 00001909002

Pelo Pronunciamento, os lucros não realizados nas transações, seja de venda da


investida para a investidora, seja de venda da investidora para a investida, são
eliminados para o calculo do valor do investimento no balanço individual da
investidora.

Anteriormente, apenas os lucros não realizados decorrentes de venda da


investida para a investidora eram eliminados.

Como essa alteração é importante, vamos explicar melhor.

Quando a Investida vende ativos com lucro para a investidora, o lucro fica
contabilizado no PL da investida, o qual vai servir de base para o cálculo da

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equivalência patrimonial. Portanto, o PL da Investida era ajustado, diminuindo-
se os lucros não realizados, para o cálculo da equivalência Patrimonial.

Mas, no caso de venda de Investidora para a Investida, o lucro fica no PL da


investidora. Não há efeito no PL ou no resultado da investida, que será a base
para a equivalência patrimonial. Estes resultados não realizados não eram
ajustados no balanço individual da investidora. Agora, com as alterações da
contabilidade, devem ser ajustados.

A justificativa técnica é que, no caso de venda de ativo com lucro da


Investidora para a investida, a não eliminação dos lucros não realizados
distorce o valor das demonstrações individuais da Investidora. Com efeito, sem
tal eliminação, o balanço da investidora estará demonstrando lucros não
realizados, que ainda estão no estoque da investida. Deve ser considerado
realizado apenas o resultado referente à participação de terceiros; o lucro
referente à participação da investidora deve ser ajustado.

Conforme os itens 28A. e 28B acima, há uma diferença no balanço individual,


da seguinte forma:

Venda da Investidora para a Investida:

- Balanço individual da Investidora: elimina os lucros não realizados.

Venda da Investida para a Investidora:

- Balanço individual da Investidora: elimina os lucros não realizados.


- Balanço individual da Investida: não elimina os lucros não realizados, ou
seja, o balanço individual da investida reconhece os lucros não realizados nas
transações intragrupo.

Esse assunto foi melhor detalhado na Interpretação Técnica ICPC 09 -


Demonstrações Contábeis Individuais, Demonstrações Separadas,
Demonstrações Consolidadas e Aplicação do Método de Equivalência
00001909002

Patrimonial , confira:

Lucros não realizados em operações com coligada

48. Os Pronunciamentos Técnicos CPC 18 – Investimento em Coligada e em


Controlada, CPC 19 – Investimento em Empreendimento Controlado em
Conjunto (Joint Venture) e CPC 36 – Demonstrações Consolidadas tratam de
lucros não realizados entre entidades investidora e investidas ou entre
investidas diretas ou indiretas de uma mesma investidora.

49. Nas operações de vendas de ativos de uma investidora para uma


coligada (downstream), são considerados lucros não realizados, na
proporção da participação da investidora na coligada, aqueles obtidos em

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operações de ativos que, à época das demonstrações contábeis, ainda
permaneçam na coligada. Por definição, essa coligada deve ter um controlador
que não seja essa investidora a fim de que sobre a investidora e a coligada
possa existir apenas relação de significativa influência e não de controle, e para
que ambas não sejam consideradas sob controle comum. Equiparam-se a
venda, para fins de lucro não realizado, os aportes de ativos para integralização
de capital na investida.

50. Dessa forma, na venda da investidora para a coligada, deve ser considerada
realizada, na investidora, a parcela do lucro proporcional à participação dos
demais sócios na coligada que sejam partes independentes da investidora ou
dos controladores da investidora. Afinal, a operação de venda se dá entre
partes independentes, por ter a coligada um controlador diferente do
controlador da investidora. Esses procedimentos também devem ser aplicados
para o caso de coligada e/ou investidora sem sócio controlador. Por exemplo,
um ativo com valor contábil de $ 1.000.000 é vendido pela empresa A por $
1.400.000 para a coligada B, na qual A participa com 20% do capital votante. O
tributo sobre esse lucro é de $ 150.000, de forma que o resultado da
investidora está afetado pelo valor líquido de $ 250.000. Ao vender à coligada,
é como se estivesse vendendo com lucro apenas na parte da venda aos
detentores que têm 80% do capital votante de B. A empresa A não deve
considerar realizada a parcela relativa à sua própria participação, ou seja, 20%
de $250.000 = $ 50.000.

50A. O lucro não realizado, na forma do exposto no item 50, deverá ser
reconhecido à medida que o ativo for vendido para terceiros, for depreciado,
sofrer impairment ou sofrer baixa por qualquer outro motivo.

51. A operação de venda deve ser registrada normalmente pela investidora e o


não reconhecimento do lucro não realizado se dá pela eliminação, no resultado
individual da investidora (e se for o caso no resultado consolidado), da parcela
não realizada e pelo seu registro a crédito da conta de investimento, até sua
efetiva realização pela baixa do ativo na coligada. No exemplo do item 50,
debita-se o resultado e credita-se a conta retificadora do investimento em B
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pelos $ 50.000 de lucro não realizado. Não devem ser eliminadas na


demonstração do resultado da investidora as parcelas da venda, custo da
mercadoria ou produto vendido, tributos e outros itens aplicáveis, já que a
operação como um todo se dá com genuínos terceiros, ficando como não
realizada apenas a parcela devida do lucro. Devem ser reconhecidos, quando
aplicável, conforme Pronunciamento Técnico CPC 32 – Tributos sobre o Lucro,
os tributos diferidos.

52. Na investidora, em suas demonstrações individuais e, se for o caso, nas


consolidadas, a eliminação de que trata o item 51 se dá em linha logo após o
resultado da equivalência patrimonial (suponha-se de $ 500.000, para fins de
exemplo), com destaque na própria demonstração do resultado ou em nota
explicativa.

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Exemplo:
Resultado da equivalência patrimonial sobre investimentos em
coligadas, controladas e joint ventures.................... .$ 500.000
(-)Lucro não realizado em operações com coligadas... $ (50.000) $450.000

53. Nas operações de venda da coligada para a investidora, os lucros não


realizados por operação de ativos ainda em poder da investidora ou de suas
controladas devem ser eliminados da seguinte forma: do valor da
equivalência patrimonial calculada sobre o lucro líquido da investida é
deduzida a integralidade do lucro que for considerado como não realizado
pela investidora.

Por exemplo, a coligada D obteve um lucro líquido de $ 800.000, dentro dos


quais estão $ 300.000 de lucro (já líquido do tributo sobre o resultado) de uma
operação de venda para a investidora C de bem que ainda está no ativo de C.
Essa investidora possui 30% de D. Assim, a investidora C não deve reconhecer
a parte que lhe caberia de 30% sobre o lucro de $ 300.000 da operação entre a
coligada e ela, por não estar realizado, aplicando a equivalência de 30% sobre o
restante do lucro líquido de C, ou seja, 30% x ($ 800.000 - $ 300.000) = $
150.000. Os demais $ 90.000 (30% x $ 300.000) serão reconhecidos por C à
medida da realização do ativo em questão, conforme exposto no item 50A.

54. A existência de transações com ativos que gerem prejuízos é, normalmente,


evidência de necessidade de reconhecimento de Impairment conforme
Pronunciamento Técnico CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos, o
que pode levar à não eliminação da figura desse prejuízo. Afinal, se
caracterizada a perda por não recuperabilidade de parte do ativo, deverá essa
perda ser reconhecida, conforme o Pronunciamento Técnico CPC 01 – Redução
ao Valor Recuperável de Ativos, antes da operação de venda, mesmo que
somente para fins do cálculo da equivalência patrimonial pela investidora
quando o ativo estiver na coligada. Esse conceito deve ser aplicado também
para as operações com controlada e com joint venture.
00001909002

Ufa! Acabou...a leitura dos pronunciamentos é um tanto árida, mas é


necessária para enfrentar as questões de literalidade. Façamos agora um

Resumo das alterações:

1) Devem ser eliminados os lucros não realizados resultante de venda da


coligada para a investidora OU da investidora para a coligada, para a
equivalência patrimonial.
2) Deve ser eliminado apenas o lucro referente à participação da empresa
investidora; o lucro referente à participação de terceiros é considerado
realizado.
3) Venda da investidora para a coligada: O lucro não realizado é eliminado na
linha de resultado de equivalência patrimonial :

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Resultado de equivalência patrimonial sobre investimentos em coligadas,


controladas e joint ventures $ 500.000
(-)Lucro não realizado em operações com coligadas ($ 50.000) $ 450.000

OBS: No balanço de publicação, normalmente o investimento fica demonstrado


já pelo líquido:

D – Investimento em coligadas- equiv. Patr. $ 450.000

Mas deve ser controlado em subcontas o valor do investimento ajustado pela


equivalência patrimonial e o valor do ajuste dos lucros não realizados:

D – Investimento em coligadas- equiv. Patr $ 500.000


C - Lucro não realizado em operações com coligadas ($ 50.000) $ 450.000

4) Venda da coligada para a investidora: o lucro não realizado é deduzido da


equivalência patrimonial e não é reconhecido no balanço individual da
investidora, mas é reconhecido no balanço individual da investida.

5) Outra alteração: Prejuízos não realizados.

Antes, os prejuízos não realizados não eram ajustados, para efeito da


equivalência patrimonial. Atualmente, deve ser verificado se há indícios de
perda por recuperabilidade, para definir se os prejuízos não realizados serão
eliminados ou não.

Explicando melhor: Uma empresa pode ter uma máquina contabilizada pelo
valor líquido de $ 20.000, que vale, no mercado, $15.000. Se o valor de uso de
tal máquina (ou seja, o que ela vai gerar de caixa futuro trazido a valor
presente – veja o capítulo de recuperabilidade) for inferior a $15.000, a
empresa já deveria ter reconhecido uma perda por impairment no valor de
$5.000. Portanto, se vendê-la para uma empresa do próprio grupo pelo valor de
mercado ($ 15.000), reconhece um prejuízo que já deveria ter sido reconhecido
00001909002

anteriormente. Dessa forma, não há prejuízo não realizado. A diferença entre o


valor contábil e o valor de mercado já deveria ter sido reconhecido; se a venda
fosse realizada pelo valor contábil ($20.000), a compradora iria reconhecer uma
perda por impairment assim que realizasse o primeiro teste de
recuperabilidade.

Mas vamos supor que o valor de uso da máquina fosse de $30.000. Nesse caso,
não haveria perda por impairment e o prejuízo não realizado apurado na venda
deve ser eliminado, para cálculo da equivalência patrimonial. Para o grupo, não
há impairment ou perda, apenas a transferência da máquina “de um bolso para
o outro”.(obs: o exemplo acima foi baseado no “Manual de Contabilidade
Societária”, Fipecafi, Sérgio de Iudícibus e outros, Editora Atlas, 1ª. Edição).

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6) O valor do resultado não realizado já deve estar líquido dos tributos
incidentes sobre o lucro, vale dizer, imposto de renda e contribuição social.

Exemplos:

1) A Investidora A vendeu para a sua coligada B estoques com lucro de 10.000,


os quais não foram vendidos a terceiros. O lucro total da coligada B foi de
100.000, e a participação da Investidora A é de 40%. Calcule o valor da
equivalência patrimonial e indique a sua contabilização. (Obs: para efeito
didático, desconsidere qualquer tributo).

Equivalência Patrimonial:

Cálculo:

Lucro B 100.000
(-) Lucro não realizado -10.000
sub total 90.000
(x) participação A 40% x 40%
(=) valor da equivalência 36.000

Outra forma de cálculo:

Lucro B 100.000
(x) participação A 40% x 40%
sub total 40.000
(-) parte de A nos lucros não realizados
(10000 x 40%) -4.000
(=) valor da equivalência 36.000

Contabilização no balanço individual da Investidora:

D – Investimentos em coligadas - equivalência patrimonial (Ativo) 40.000


C – Investimentos em coligadas – Lucro a apropriar (retificadora)
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(4.000)

C - Resultado de equivalência patrimonial (resultado) 40.000


D - Lucro não realizado em operações com coligadas(resultado) (4.000)

Na operação de venda da investidora para a investida acima, foi considerado


lucro não realizado apenas a participação da Investidora A (10.000 x 40% =
4.000), conforme o item 49 do ICPC 09.

Na contabilização do lucro não realizado (4.000), retificamos (reduzimos) a


receita de equivalência patrimonial, com contrapartida a crédito de
Investimento, conforme os itens 51 e 52 do ICPC 09.

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2) A coligada B vendeu para a sua investidora A estoques com lucro de 10.000,
os quais não foram vendidos a terceiros. O lucro total da coligada B foi de
100.000, e a participação da Investidora A é de 40%. Calcule o valor da
equivalência patrimonial e indique a sua contabilização. (Obs: para efeito
didático, desconsidere qualquer tributo).

Cálculo: idênticos aos apresentados no exemplo 1. Aqui, só vai mudar a


contabilização. A investida já calcula o valor da equivalência patrimonial líquido
dos lucros não realizados:

D – Investimentos em coligadas - equivalência patrimonial (Ativo) 36.000


C - Resultado de equivalência patrimonial (resultado) 36.000

Vamos ver, abaixo, como fica a equivalência patrimonial no caso de lucros não
realizados em operações com controladas:

Texto da INTERPRETAÇÃO TÉCNICA ICPC 09 (R1)

Lucros não realizados em operações entre controladora e controlada e


entre controladas

55. Nas operações com controladas, os lucros não realizados devem ser
totalmente eliminados nas operações de venda da controladora para a
controlada. São considerados não realizados os lucros contidos no ativo de
qualquer entidade pertencente ao mesmo grupo econômico, não
necessariamente na controlada para a qual a controladora tenha feito a
operação original.

55A. Deve ser aplicado o item 55 quando a controladora for, por sua vez,
controlada de outra entidade do mesmo grupo econômico. Por exemplo, a
controladora E controla F que, por sua vez, controla G; F deve eliminar
totalmente qualquer lucro não realizado ao vender um bem para G, por ser
controladora de G.
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55B. Nas demonstrações individuais, quando de operações de venda de ativos


da controladora para suas controladas (downstream), a eliminação do lucro não
realizado deve ser feita no resultado individual da controladora, deduzindo-se
cem por cento do lucro contido no ativo ainda em poder do grupo
econômico, em contrapartida da conta de investimento (como se fosse uma
devolução de parte desse investimento), até sua efetiva realização pela baixa
do ativo na(s) controlada(s).

55C. A eliminação de que trata o item 55B na demonstração do resultado deve


ser feita em linha logo após o resultado da equivalência patrimonial, com
destaque na própria demonstração do resultado ou em nota explicativa,
conforme item 52. Podem ser eliminadas na demonstração do resultado da
controladora as parcelas da venda, custo da mercadoria ou produto vendido,

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tributos e outros itens aplicáveis, já que a operação como um todo não se dá
com genuínos terceiros. Se não eliminados, esses valores devem ser
evidenciados na própria demonstração do resultado ou em notas explicativas.

56. Nas operações de venda da controlada para a controladora (upstream) ou


para outras controladas do mesmo grupo econômico, o lucro deve ser
reconhecido na vendedora normalmente. No caso das coligadas e joint
ventures, adota-se o mesmo procedimento.

56A. Nas demonstrações individuais da controladora, quando de operações de


venda de ativos da controlada para a controladora ou entre controladas, o
cálculo da equivalência patrimonial deve ser feito deduzindo-se, do patrimônio
líquido da controlada, cem por cento do lucro contido no ativo ainda em poder
do grupo econômico. Com isso, a controladora deve registrar como resultado
valor nulo, não tendo, por isso, afetação no seu resultado e no seu patrimônio
líquido como decorrência do resultado reconhecido pela controlada.

Portanto, no caso de resultado não realizado entre empresas controladas,


temos:

1) Devem ser eliminados os resultados não realizados tanto das vendas da


controlada para a controladora, como das vendas da controladora para a
controlada, no balanço individual da controladora e na equivalência patrimonial.

2) Não eliminamos só o valor referente à participação da controladora; deve ser


eliminado cem por cento do valor do lucro não realizado.

Exemplos:

1) A Controlada B vendeu para a sua controladora A estoques com lucro de


10.000, os quais não foram vendidos a terceiros. O lucro total da controlada B
foi de 100.000, e a participação da Controladora A é de 70%. Calcule o valor da
equivalência patrimonial e indique a sua contabilização. (Obs: para efeito
didático, desconsidere qualquer tributo). 00001909002

No balanço individual, a controlada reconhece normalmente o lucro ainda não


realizado. Mas, no cálculo da equivalência patrimonial, o lucro não realizado é
totalmente deduzido. (Lembramos que, no caso de coligadas, só deduzimos a
participação da investidora; no caso de controladas, deduzimos 100% do lucro
não realizado, ainda que a participação da controladora menos que 100%).

Cálculo:

Lucro B 100.000
x
(x) participação A 70% 70%
Sub-total 70.000
(-) 100% do lucro não -10.000

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realizado
(=) valor da equivalência 60.000

Lançamento na Controladora A:

Pela equivalência patrimonial:

D – Investimentos – controlada B(Ativo) 60.000


C – Resultado da Equivalência Patrimonial (resultado) 60.000

2) A Controladora A vendeu para a sua controlada B estoques por 30.000, com


lucro de 10.000, os quais não foram vendidos a terceiros. O lucro total da
coligada B foi de 100.000, e a participação da Controladora A é de 70%. Calcule
o valor da equivalência patrimonial e indique a sua contabilização. (Obs: para
efeito didático, desconsidere qualquer tributo).

Equivalência Patrimonial:

Lucro B 100.000
(x) participação A 70% x 70%
Sub-total 70.000
(-) 100% do lucro não realizado -10.000
(=) valor da equivalência 60.000

Compare esse cálculo com o realizado acima, para vendas entre empresas
coligadas.

A diferença de tratamento é justificada pelo fato de que, nas vendas a


coligadas, a transação ocorre, na maior parte, com terceiros. Portanto,
ajustamos apenas a participação da investidora.

Mas, nas transações entre empresas controladas, o que ocorre é uma venda da
empresa para ela mesma. Portanto, ajustamos 100% do lucro não realizado,
mesmo que a participação da controladora seja menor.
00001909002

Conforme o “Manual de Contabilidade Societária”, de Sérgio de Iudícibus e


outros, pg. 185:

“O procedimento contábil, nesse caso, é o seguinte: a controladora debita seu


resultado para eliminar o lucro na transação, e credita uma conta retificadora
de investimento (equivalência patrimonial) que assim permanece até a
realização final do resultado mediante venda efetiva do ativo para terceiros.
Poderia, também, na controladora, a conta de lucro diferido ficar no passivo não
circulante, (...) mas as normas internacionais preferem a alternativa de reduzir
o valor da equivalência patrimonial sobre a controlada. Essa preferência está
baseada no fato de se entender que é como se, ao vender com “lucro” para a

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controlada, e esta não houver ainda vendido para terceiros, estivesse a
controladora na realidade recebendo de volta uma parte de seu investimento na
controlada.

A contabilização completa no balanço individual da controladora fica assim:

Pela equivalência patrimonial:

D – Investimento em controladas (ativo) 70.000


C – Resultado da equivalência patrimonial (resultado) 70.000

Pela eliminação dos lucros não realizados:

D – Receita de vendas (Resultado) 30.000


C – Custo Produto Vendido (Resultado) 20.000
C – Lucros a apropriar (retificadora de investimentos – ativo) 10.000

A contabilização acima é equivalente a:

D – Lucros não Realizados (Resultado) 10.000


C - Lucros a apropriar (retificadora de investimentos – ativo) 10.000

Mas a controladora deve eliminar, da sua demonstração do resultado, as


parcelas da venda, custo da mercadoria ou produto vendido, tributos e outros
itens aplicáveis.

A conta “Lucros a Apropriar” fica, na Controladora, como redutora da


equivalência patrimonial. E, conforme a controlada venda os ativos para
terceiros, a controladora vai transferindo tal valor para resultado. Por exemplo,
se no mês seguinte a controlada já vendeu metade do estoque para terceiros, a
controladora efetua o seguinte lançamento:

D – Lucros a apropriar (retificadora de investimentos – ativo) 5.000


D – Custo Produto Vendido (Resultado) 00001909002
10.000
C – Receita de vendas (Resultado) 15.000

Demonstrações Contábeis para aplicação do método da Equivalência Patrimonial

Texto do Pronunciamento

33. Deve ser utilizada a demonstração contábil mais recente da coligada,


da controlada ou do empreendimento controlado em conjunto para aplicação do
método da equivalência patrimonial. Quando o término do exercício social do
investidor for diferente daquele da investida, esta deve elaborar, para utilização
por parte do investidor, demonstrações contábeis na mesma data das
demonstrações do investidor, a menos que isso seja impraticável.

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34. De acordo com o disposto no item 33, quando as demonstrações


contábeis da investida utilizadas para aplicação do método da equivalência
patrimonial forem de data diferente da data usada pelo investidor,
ajustes pertinentes devem ser feitos em decorrência dos efeitos de
transações e eventos significativos que ocorrerem entre aquela data e a data
das demonstrações contábeis do investidor. Independentemente disso, a
defasagem máxima entre as datas de encerramento das demonstrações da
investida e do investidor não deve ser superior a dois meses. A duração dos
períodos abrangidos nas demonstrações contábeis e qualquer diferença entre as
respectivas datas de encerramento devem ser as mesmas de um período para
outro.

35. As demonstrações contábeis do investidor devem ser elaboradas utilizando


práticas contábeis uniformes para eventos e transações de mesma natureza em
circunstâncias semelhantes.

36. Exceto pelo descrito no item 36A, se a investida utilizar práticas


contábeis diferentes daquelas adotadas pelo investidor em eventos e
transações de mesma natureza em circunstâncias semelhantes, devem ser
efetuados ajustes necessários para adequar as demonstrações
contábeis da investida às práticas contábeis do investidor quando da
utilização destas para aplicação do método da equivalência patrimonial.
(Alterado pela Revisão CPC 08)

36A. Sem prejuízo do disposto no item 36, se a entidade, que não é por si
mesma entidade de investimento, tem participação em coligada ou em
empreendimento controlado em conjunto, que é entidade de investimento, a
entidade pode, na aplicação do método da equivalência patrimonial, manter a
mensuração ao valor justo aplicada pela coligada ou pelo empreendimento
controlado em conjunto em suas controladas. (Incluído pela Revisão CPC 08)

Comentário:
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Os pontos principais são:

- As demonstrações da coligada/controlada devem ser da mesma data que da


investidora, sendo aceitável uma defasagem de 2 meses (60 dias). Nesse caso,
serão feitos ajustes, se necessário, em decorrência de eventos relevantes entre
o fechamento das demonstrações contábeis e a data da aplicação da
equivalência patrimonial.

- As demonstrações devem ser elaboradas com as mesmas políticas e critérios


contábeis.

- A duração dos períodos abrangidos nas demonstrações contábeis deve ser


igual. Ou seja, as demonstrações da investidora podem ser, por exemplo, de

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janeiro a dezembro de X1 e as da coligada de novembro / X0 a outubro / X1,
mas ambas devem ter a mesma duração (no caso, 12 meses). Não seria
aceitável que a investida apresentasse demonstrações abrangendo o período de
novembro/X0 a dezembro / X1 (14 meses).

Equivalência Patrimonial dos prejuízos apurados pela coligada/controlada

38. Quando a participação do investidor nos prejuízos do período da


coligada ou do empreendimento controlado em conjunto se igualar ou
exceder o saldo contábil de sua participação na investida, o investidor
deve descontinuar o reconhecimento de sua participação em perdas
futuras. A participação na investida deve ser o valor contábil do investimento
nessa investida, avaliado pelo método da equivalência patrimonial, juntamente
com alguma participação de longo prazo que, em essência, constitui parte do
investimento líquido total do investidor na investida. Por exemplo, um
componente, cuja liquidação não está planejada, nem tampouco é provável que
ocorra num futuro previsível, é, em essência, uma extensão do investimento da
entidade naquela investida. Tais componentes podem incluir ações
preferenciais, bem como recebíveis ou empréstimos de longo prazo, porém não
incluem componentes como recebíveis ou exigíveis de natureza comercial ou
quaisquer recebíveis de longo prazo para os quais existam garantias
adequadas, tais como empréstimos garantidos. O prejuízo reconhecido pelo
método da equivalência patrimonial que exceda o investimento em ações
ordinárias do investidor deve ser aplicado aos demais componentes que
constituem a participação do investidor na investida em ordem inversa de
interesse residual – seniority (isto é prioridade na liquidação).

39. Após reduzir, até zero, o saldo contábil da participação do


investidor, perdas adicionais devem ser consideradas, e um passivo
deve ser reconhecido, somente na extensão em que o investidor tiver
incorrido em obrigações legais ou construtivas (não formalizadas) ou
tiver feito pagamentos em nome da investida. Se a investida
subsequentemente apurar lucros, o investidor deve retomar o reconhecimento
de sua participação nesses lucros somente após o ponto em que a parte que lhe
00001909002

cabe nesses lucros posteriores se igualar à sua participação nas perdas não
reconhecidas.

39A. O disposto nos itens 38 e 39 não é aplicável a investimento em controlada


no balanço individual da controladora, devendo ser observada a prática
contábil que produzir o mesmo resultado líquido e o mesmo patrimônio
líquido para a controladora que são obtidos a partir das demonstrações
consolidadas do grupo econômico, para atendimento ao requerido quanto aos
atributos de relevância e de representação fidedigna (o que já inclui a primazia
da essência sobre a forma), conforme dispõem o Pronunciamento Conceitual
Básico – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório
Contábil - Financeiro e o Pronunciamento Técnico CPC 26 – Apresentação das
Demonstrações Contábeis.

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Comentário:

Coligadas: Os prejuízos na coligada devem parar de ser reconhecidos pela


investidora, quando o valor da sua participação chegar a zero. Vamos a um
exemplo numérico, para facilitar o entendimento:

A Cia ABC adquiriu em 31/12/X1 uma participação de 40% na empresa XYZ,


pagando o valor de R$ 80.000,00. Abaixo, o Balanço Patrimonial da investida
em X1.
31/12/X1
Empresa XYZ
Ativo Passivo
Disponibilidades 40.000 Fornecedores 140.000
Clientes 60.000 Contas a pagar 60.000
Estoque 110.000
imobilizado 190.000 PL
Capital Social 200.000

Total Ativo 400.000 Total Passivo + PL 400.000

Contabilização na Investidora Cia ABC:

D – Investimento em coligadas 80.000


C – Disponibilidades 80.000

Durante o ano de X2, a Empresa XYZ apurou prejuízos de 300.000. Abaixo, o


seu balanço em 31/12/X2:

31/12/X2
Empresa XYZ
Ativo Passivo
Disponibilidades 40.000 Fornecedores 240.000
Clientes 10.000 00001909002
Contas a pagar 160.000
Estoque 60.000
imobilizado 190.000 PL
Capital Social 200.000
Prejuízos acumulados -300.000
Total Ativo 300.000 Total Passivo + PL 300.000

Cálculo da equivalência patrimonial para a Investidora Cia ABC:

Prejuízo do período da XYZ: (300.000)


(x) participação da Cia ABC (40%): x 40%
(=) valor da equivalência patrimonial: (120.000)

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Ocorre que o valor da participação da investidora é de $80.000. Assim,
reconhecemos o prejuízo apurada na investida apenas até esse valor, zerando o
investimento da Cia ABC:

Contabilização da equivalência patrimonial na Cia ABC:

D – Resultado (perda) com equivalência patrimonial: 80.000


C – Investimento em coligadas: 80.000

Após reduzir a zero o saldo contábil da participação do investidor, perdas


adicionais são consideradas, e um passivo é reconhecido somente na extensão
em que o investidor tenha incorrido em obrigações legais ou construtivas (não
formalizadas) de fazer pagamentos por conta da coligada

Ou seja, quando a participação do investidor chegar a zero, os prejuízos da


coligada não são mais reconhecidos, a não ser que o investidor tenha a
obrigação de fazer pagamentos pela coligada. Tais obrigações ocorrem
quando a investidora assume compromissos da coligada, por questões legais
ou de preservar a imagem do grupo, o que leva ao reconhecimento de perdas
além do valor do investimento. Podemos citar como exemplo a cobertura de
garantias, avais ou fianças concedidos, quando caracterizada a incapacidade de
pagamentos pela coligada ou controlada.

Vamos transcrever abaixo o artigo 12 da Instrução CVM 247/96, que explica


melhor o reconhecimento do passivo:

Das perdas permanentes em investimentos avaliados pelo método da


equivalência patrimonial

Art. 12 - A investidora deverá constituir provisão para cobertura de:

I - perdas efetivas, em virtude de:

a) - eventos que resultarem em perdas não provisionadas pelas coligadas e


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controladas em suas demonstrações contábeis; ou


b) responsabilidade formal ou operacional para cobertura de passivo a
descoberto.

II - perdas potenciais, estimadas em virtude de:

a) tendência de perecimento do investimento;


b) elevado risco de paralisação de operações de coligadas e controladas;
c) eventos que possam prever perda parcial ou total do valor contábil do
investimento ou do montante de créditos contra as coligadas e controladas; ou
d) cobertura de garantias, avais, fianças, hipotecas ou penhor concedidos, em
favor de coligadas e controladas, referentes a obrigações vencidas ou vincendas

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quando caracterizada a incapacidade de pagamentos pela controlada ou
coligada.

Parágrafo 1º Independentemente do disposto na letra “b” do inciso I, deve ser


constituída ainda provisão para perdas, quando existir passivo a descoberto e
houver intenção manifesta da investidora em manter o seu apoio financeiro à
investida.

Parágrafo 2º A provisão para perdas deverá ser apresentada no ativo


permanente por dedução e até o limite do valor contábil do investimento a que
se referir, sendo o excedente apresentado em conta específica no passivo.

Nesse caso, a contabilização do exemplo acima ficaria assim:

Contabilização da equivalência patrimonial na Cia ABC (reconhecendo a


totalidade da perda por equivalência patrimonial):

D – Resultado (perda) com equivalência patrimonial (Resultado): 120.000


C – Investimento em coligadas ( Ativo) 80.000
C – Perdas em coligadas a pagar (Passivo) 40.000

Controladas: aqui surge outra diferença em relação às normas anteriores. O


prejuízo das controladas continua sendo reconhecido pela equivalência
patrimonial, mesmo depois de zerar o valor do investimento.

30A. O disposto nos itens 29 e 30 não se aplica a investimento em controlada


no balanço individual da controladora, devendo ser observada a prática
contábil que produzir o mesmo resultado líquido e o mesmo patrimônio
líquido para a controladora que são obtidos a partir das demonstrações
contábeis consolidadas do grupo econômico para atendimento ao
requerido quanto aos atributos de relevância, representação adequada,
primazia da essência sobre a forma e outros.

Ou seja, no caso de prejuízos em controladas, a controladora zera o valor do


00001909002

investimento e depois constitui um passivo.

Portanto ficamos assim:

Coligadas: reconhece perda pela equivalência patrimonial até zerar o


investimento, a não ser que a investidora tenha compromisso de assumir as
perdas da coligada.

Controlada: A controladora reconhece todo o prejuízo pelo método da


equivalência patrimonial, constituindo um passivo sobre o valor que exceder o
investimento.

Uma questão para gravar o assunto:

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(ESAF/Receita Federal/Auditor/2012) A Empresa Controladora S.A.,


companhia de capital aberto, apura um resultado negativo de equivalência
patrimonial que ultrapassa o valor total de seu investimento na Empresa
Adquirida S.A. em R$ 400.000,00. A Empresa Controladora S.A. não pode
deixar de aplicar recursos na investida, uma vez que ela é a única fornecedora
de matéria-prima estratégica para seu negócio. Dessa forma, deve a investidora
registrar o valor da equivalência

A) a crédito do investimento, ainda que o valor ultrapasse o total do


investimento efetuado.
B) a crédito de uma provisão no passivo, para reconhecer a perda no
investimento.
C) a crédito de uma provisão no ativo, redutora do investimento.
D) a débito do investimento, ainda que o valor ultrapasse o total do
investimento efetuado.
E) a débito de uma reserva de capital, gerando uma cobertura para as perdas.

Comentários:

Como a Empresa Controladora não pode deixar de aplicar recursos na investida,


deve contabilizar no passivo o valor que exceder o investimento.

A redação da ESAF (letra B) foi infeliz, pois parece que a investidora deve
registrar todo o valor da equivalência patrimonial no passivo.

Deve primeiro zerar o investimento no ativo e depois contabilizar no Passivo o


valor excedente.

Gabarito letra B.

4 - APURAÇÃO E TRATAMENTO CONTÁBIL DA MAIS VALIA, DO


GOODWILL E DO DESÁGIO: CÁLCULOS, AMORTIZAÇÕES E FORMA DE
EVIDENCIAÇÃO. 00001909002

O ágio na aquisição de investimentos em coligadas e controladas deve ser


classificado em duas parcelas:

1) MAIS VALIA dos ativos líquidos e


2) GOODWILL.

Vamos explicar como ficam classificados no balanço individual e no balanço


consolidado.

Na aquisição, os ativos e passivos da adquirida devem ser avaliados pelo valor


justo. A diferença entre o valor justo e o valor contábil dos ativos líquidos é a

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Mais Valia (antigamente chamada de “ágio por diferença de valor de mercado
dos ativos”).

E a diferença entre o valor pago e o valor justo é o GOODWILL (também


chamado de “ágio por expectativa de rentabilidade futura”).

Um exemplo: A Cia KZ adquiriu 100% da Empresa XYZ por $100.000. O valor


justo do ativo líquido da XYZ é de $ 80.000 e o valor contábil é de $70.000.

Cálculo da Mais Valia: Valor justo dos ativos líquidos (-) valor contábil

Mais Valia: $80.000 – $70.000 = $10.000

Cálculo do Goodwill: É a diferença entre o valor pago pelo investimento e o


valor justo do ativo líquido:

Goodwill: $100.000 - $ 80.000 = $20.000.

Nas demonstrações individuais da controladora, a Mais Valia e o Goodwill ficam


classificados em Investimento, controlados em subcontas:

D – Investimento controlada XYZ – Valor patrimonial 70.000


D – Investimento controlada XYZ – Mais Valia do ativo líquido 10.000
D – Investimento controlada XYZ – Goodwill 20.000
C – Caixa/bancos 100.000

(Obs: no balanço, pode aparecer apenas o valor do investimento, sem as


subcontas: Investimento controlada XYZ.........100.000)

NO balanço consolidado, a Mais Valia será eliminada contra os ativos e passivos


que lhe deram origem.

E o goodwill será transferido para o Intangível, em conta específica.

A Mais Valia será realizada conforme a realização do ativo e passivo que a


00001909002

originaram.

E o Goodwill não é amortizado (não é realizado), apenas deve ser submetido ao


teste de recuperabilidade.

Se o valor pago for menor que o valor justo, surge a “Compra Vantajosa”, que
era chamada de “Deságio”. A Compra Vantajosa deve ser reconhecida
(contabilizada) no Resultado do Período.

Exemplo: A Cia KZ adquiriu 100% da Empresa XYZ por $78.000. O valor justo
do ativo líquido da XYZ é de $80.000 e o valor contábil é de $70.000.

Cálculo da Mais Valia: Valor justo dos ativos líquidos (-) valor contábil

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Mais Valia: $80.000 – $70.000 = $10.000

Cálculo do Goodwill: É a diferença entre o valor pago pelo investimento e o


valor justo do ativo líquido:

Goodwill: $78.000 - $ 80.000 =- $2.000. (Goodwill Negativo = Compra


Vantajosa).

Contabilização na Controladora Cia KLR:

D – Investimento controlada XYZ – Valor patrimonial 70.000


D – Investimento controlada XYZ – Mais Valia do ativo líquido 10.000
C – Compra Vantajosa – Controlada XYZ (resultado) 2.000
C – Caixa/bancos 78.000

4.1 - RESUMO GERAL

1) Influência significativa é o poder de participar nas decisões financeiras e


operacionais da investida, sem controlar de forma individual ou conjunta essas
políticas. Presume-se que haja influência significativa quando o investidor
mantém direta ou indiretamente 20% ou mais do poder de voto da investida.
(Obs: presunção relativa, admite prova em contrário. Veja item 5 do
Pronunciamento CPC 18 (R2)).

2) Controle é o poder de governar as políticas financeiras e operacionais da


entidade de forma a obter benefícios de suas atividades.

3) Lucros não realizados: COLIGADAS.


3.1) Devem ser eliminados os lucros não realizados resultante de venda da
coligada para a investidora OU da investidora para a coligada, para a
equivalência patrimonial.

3.2) Deve ser eliminado apenas o lucro referente à participação da empresa


investidora; o lucro referente à participação de terceiros é considerado
00001909002

realizado.

3.3) Venda da investidora para a coligada: O lucro não realizado é eliminado na


linha de resultado de equivalência patrimonial :

Resultado de equivalência patrimonial sobre investimentos em


coligadas, controladas e joint ventures.........................$ 500.000
(-)Lucro não realizado em operações com coligadas.....($ 50.000) $450.000

OBS: No balanço de publicação, normalmente o investimento fica demonstrado


já pelo líquido:

D – Investimento em coligadas- equiv. Patr.................... $ 450.000

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Mas deve ser controlado em subcontas o valor do investimento ajustado pela


equivalência patrimonial e o valor do ajuste dos lucros não realizados:

D – Investimento em coligadas- equiv. Patr.............$ 500.000


C - Lucro não realizado em operações com coligadas...($ 50.000) $450.000

3.4) Venda da coligada para a investidora: o lucro não realizado é deduzido da


equivalência patrimonial e não é reconhecido no balanço individual da
investidora, mas é reconhecido no balanço individual da investida.

3.5) Outra alteração: Antes, os prejuízos não realizados não eram ajustados,
para efeito da equivalência patrimonial. Atualmente, deve ser verificado se há
indícios de perda por recuperabilidade, para definir se os prejuízos não
realizados serão eliminados ou não.

3.6) O valor do resultado não realizado já deve estar líquido dos tributos
incidentes sobre o lucro, vale dizer, imposto de renda e contribuição social.

4) Lucros não realizados: CONTROLADAS:


4.1) Devem ser eliminados os resultados não realizados tanto das vendas da
controlada para a controladora, como das vendas da controladora para a
controlada.

4.2) Não eliminamos só o valor referente à participação da controladora; deve


ser eliminado cem por cento do valor do lucro não realizado.

5) Prejuízos – coligadas : Os prejuízos na coligada devem parar de ser


reconhecidos pela investidora, quando o valor da sua participação chegar a
zero, a não ser que a investidora tenha compromisso de assumir eventuais
perdas da coligada. O valor que exceder o investimento fica contabilizado no
Passivo.

6) Prejuízos – Controladas: O prejuízo das controladas continua sendo


00001909002

reconhecido pela equivalência patrimonial, mesmo depois de zerar o valor do


investimento. Após zerar o investimento, o excesso vai para o Passivo.

7) Contabilização do ágio na consolidação:


O ágio na aquisição de investimentos em coligadas e controladas divide-se em
duas parcelas:
1) MAIS VALIA dos ativos líquidos e

2) GOODWILL.

Na aquisição, os ativos e passivos da adquirida devem ser avaliados pelo valor


justo. A diferença entre o valor justo e o valor contábil dos ativos líquidos é a

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Mais Valia (antigamente chamada de “ágio por diferença de valor de mercado
dos ativos”).

E a diferença entre o valor pago e o valor justo é o GOODWILL (também


chamado de “ágio por expectativa de rentabilidade futura”).

Nas demonstrações individuais da controladora, a Mais Valia e o Goodwill ficam


classificados em Investimento, controlados em subcontas :

D Investimento controlada XYZ Valor patrimonial........................70.000


D Investimento controlada XYZ Mais Valia do ativo líquido.........10.000
D Investimento controlada XYZ Goodwill.......................................20.000
C Caixa/bancos.................................................................................100.000

(Obs: no balanço, pode aparecer apenas o valor do investimento, sem as


subcontas:
Investimento controlada XYZ.........100.000)

8) Balanço Consolidado: No balanço consolidado, a Mais Valia será eliminada


contra os ativos e passivos que lhe deram origem.
E o goodwill será transferido para o Intangível, em conta específica.

9) Realização:

A Mais Valia será realizada conforme a realização do ativo e passivo que a


originaram.

E o Goodwill não é amortizado (não é realizado), apenas deve ser submetido ao


teste de recuperabilidade.

10) Compra vantajosa: se o valor pago for menor que o valor justo do ativo
líquido, surge a “Compra Vantajosa”, que era chamada de “Deságio”. A Compra
Vantajosa deve ser reconhecida (contabilizada) no Resultado do Período.
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11) A participação dos não controladores deve ser apresentada no balanço


patrimonial consolidado dentro do patrimônio líquido, separadamente do
patrimônio líquido dos proprietários da controladora.

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5 – QUESTÕES COMENTADAS

1. (ESAF/SRF/Auditor/2009) A empresa Livre Comércio e Indústria S.A.


apurou, em 31/12/2008, um lucro líquido de R$ 230.000,00, antes da provisão
para o Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro e das
participações estatutárias. As normas internas dessa empresa mandam destinar
o lucro do exercício para reserva legal (5%); para reservas estatutárias (10%);
para imposto de renda e contribuição social sobre o lucro (25%); e para
dividendos ( 30% ). Além disso, no presente exercício, a empresa determinou a
destinação de R$ 50.000,00 para participações estatutárias no lucro, sendo R$
20.000,00 para os Diretores e R$ 30.000,00 para os empregados. Na
contabilização do rateio indicado acima, pode-se dizer que ao pagamento dos
dividendos coube a importância de:

A) R$ 39.000,00.
B) R$ 33.150,00.
C) R$ 35.700,00.
D) R$ 34.627,50.
E) R$ 37.050,00.

Comentários:

A participação dos empregados e dos debenturistas é dedutível para efeito do


IR. Assim, este tipo de questão da Esaf, deduzimos o valor da participação dos
empregados para calculamos a Provisão do IR.

Resultado antes do IR 230.000


(-) participação dos empregados - 30.000
Base para o IR 200.000
Provisão para o IR 25% - 50.000

Portanto, a provisão do IR é de R$ 50.000. Agora, podemos calcular o Lucro


00001909002

Líquido:

Resultado antes do IR e Participações 230.000


(-) Provisão para o IR - 50.000
(-) Participação de empregados - 30.000
(-) Participação de administradores - 20.000
Lucro Líquido do Exercício 130.000

Do lucro líquido do exercício, vamos retirar a Reserva Legal de 5%. As Reservas


Estatutárias não afetam a base dos dividendos. Portanto, temos:

Lucro Líquido do Exercício 130.000


(-) Reserva Legal 5% - 6.500

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Base para cálculo dos dividendos 123.500
Dividendos 30% 37.050

A questão informa que os dividendos são de 30%, mas não esclarece que deve
ser usado o lucro ajustado como base. A rigor, usa-se o lucro ajustado apenas
no caso de Estatuto omisso quanto aos dividendos; ou se o estatuto é omisso e
a empresa decide estabelecer um percentual.

Além disso, o lucro restante deve ser destinado para as reservas de lucro ou
distribuído como dividendos. A conta lucro acumulado não deve ter saldo, no
balanço patrimonial.

Gabarito  E

2. (ESAF/Prefeitura de Natal/Auditor/2008) A empresa Mercearia


Comercial S/A auferiu, no exercício, um lucro de R$ 600.000,00, antes de fazer
qualquer destinação. Devendo pagar dividendo mínimo obrigatório de 30%
sobre o lucro, conforme os estatutos, a empresa promoveu a seguinte
distribuição:

Imposto de Renda 30%;


Participação de Empregados R$ 40.000,00;
Participação de Diretores 10%;
Reserva Legal na forma da lei;
Retenção de Lucros R$ 30.000,00;
Dividendos a Pagar 30%.

Com a contabilização feita na forma indicada, caberá à empresa distribuir


dividendos no valor de:

A) R$ 88.470,00.
B) R$ 91.548,00.
C) R$ 97.470,00.
D) R$ 100.548,00. 00001909002

E) R$ 105.840,00.

Comentários:

Questão semelhante à anterior. Vamos resolvê-la:

Resultado antes do IR 600.000


(-) participação dos empregados - 40.000
Base para o IR 560.000
Provisão para o IR 30% - 168.000

Novamente, diminuímos o valor da participação dos empregados da base de


cálculo do IR. Agora vamos calcular o Lucro Líquido:

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Resultado antes do IR 600.000


(-) Provisão para o IR - 168.000
(-) Participação de empregados - 40.000
(-) Participação de administradores - 39.200
Lucro Líquido do Exercício 352.800

A participação dos administradores foi calculada assim:

600.000 – 168.000 – 40.000 = 392.000 x 10% = 39.200

Agora, só falta o cálculo da Reserva Legal e do Dividendo. Lembramos que a


Reserva Legal tem dois limites: um, obrigatório, de 20% do Capital Social; e
um limite facultativo, quando o saldo da Reserva Legal, mais as Reservas de
Capital, exceder 30% do Capital Social.

Vamos relembrar o texto da lei 6404/76?

RESERVA LEGAL

Art. 193. Do lucro líquido do exercício, 5% (cinco por cento) serão aplicados,
antes de qualquer outra destinação, na constituição da reserva legal, que não
excederá de 20% (vinte por cento) do capital social.

§ 1º A companhia poderá deixar de constituir a reserva legal no exercício em


que o saldo dessa reserva, acrescido do montante das reservas de capital de
que trata o § 1º do artigo 182, exceder de 30% (trinta por cento) do capital
social.
§ 2º A reserva legal tem por fim assegurar a integridade do capital social e
somente poderá ser utilizada para compensar prejuízos ou aumentar o capital.

Nesta questão, como nada foi informado, vamos supor que os limites ainda não
foram atingidos, e vamos constituir a Reserva Legal pelo percentual de 5%.
00001909002

Lucro Líquido do Exercício 352.800


(-) Reserva Legal 5% - 17.640
Base para cálculo dos dividendos 335.160
Dividendos 30% 100.548

Gabarito  D

3. (ESAF/SRF/Auditor/2003) Fomos chamados a calcular os dividendos a


distribuir, no segundo semestre, da empresa Rentábil. A empresa é uma
sociedade anônima e os seus estatutos determinam que os dividendos devem
ser o mínimo obrigatório de acordo com a lei, mas não estabelecem o valor

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percentual sobre o lucro líquido. Os valores que encontramos para montar a
base de cálculo foram:

Reserva estatutária de R$ 6.500,00,


Participação de administradores no lucro de R$ 7.000,00,
Participação de empregados no lucro de R$ 8.000,00,
Provisão para o Imposto de Renda e CSLL de R$ 95.000,00 e lucro líquido,
antes do imposto de renda, de R$ 180.000,00.

Ficamos com o encargo de calcular o valor da reserva legal e do dividendo


mínimo obrigatório. Feitos os cálculos corretamente, podemos afirmar com
certeza que o dividendo será no valor de

A) R$ 15.000,00
B) R$ 16.625,00
C) R$ 30.000,00
D) R$ 33.250,00
E) R$ 35.000,00

Comentários:

Precisamos apenas montar a DRE e apurar o Lucro Líquido. Depois, calculamos


a Reserva Legal (5%) e a base para os dividendos. Como o Estatuto é omisso
(não determina nenhum percentual para os dividendos), vamos utilizar 50% do
lucro ajustado.

Os cálculos ficam assim:

Lucro líquido antes do IR 180.000


Provisão do IR - 95.000
Lucro antes das Participações 85.000
Participações
Empregados - 8.000
Administradores 00001909002

- 7.000
Lucro líquido 70.000

O Lucro Líquido do Exercício é transferido para Lucros Acumulados, no PL.

D – Lucro Líquido 70.000


C – Lucros Acumulados 70.000

Cálculo da Reserva Legal:

Lucros acumulados 70.000


x5%
-------------
Reserva Legal 3.500

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Base para dividendos: 70.000 – 3.500 = 66.500

Dividendos: 66.500 x 50% = 33.250

OBS: lembramos que o restante do lucro acumulado deve ser atribuído para
Reservas ou para dividendos. A conta Lucros Acumulados não pode figurar no
Balanço Patrimonial com saldo.

Gabarito  D

4. (ESAF/Prefeitura do Recife/Contador/2003) Uma companhia aberta


que tenha apurado o lucro líquido no valor de R$ 250.000.000, tenha feito a
destinação para a formação da reserva legal na base de 5% do lucro líquido e
tenha constituído reserva de contingências no valor de 50% do saldo
remanescente do lucro líquido. Desconsiderando outros registros, o lucro líquido
ajustado, base de cálculo do dividendo mínimo obrigatório, seria de:

A) inferior a R$ 100.000.000
B) entre R$ 100.000.000 e R$ 110.000.000
C) entre R$ 110.000.001 e R$ 120.000.000
D) entre R$ 120.000.001 e R$ 130.000.000
E) superior a R$ 130.000.000

Comentários:

Vamos calcular o Lucro Ajustado:

Lucro Líquido 250.000


Reserva Legal 5% -12.500
Base para Reserva de contingência 237.500
Reserva de Contingência -118.750
Base para dividendos - Lucro líquido Ajustado
00001909002

118.750

Gabarito  C

5. (ESAF/SRF/Auditor/2002) A empresa Agro & Pecuária S/A apurou no


exercício um lucro líquido de R$ 140.000,00. Não havendo prejuízos anteriores
a amortizar, a Contabilidade providenciou o registro da seguinte destinação:

Participações estatutárias R$ 7.000,00


Reservas estatutárias R$ 8.000,00
Reserva legal R$ 9.000,00
Reserva para contingência R$ 10.000,00
Reversão de reserva p/contingências R$ 2.000,00
Reversão de reservas estatutárias R$ 1.000,00

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Após a constituição e a reversão das reservas acima, o Contador deve


contabilizar o Dividendo Mínimo Obrigatório de 30% sobre o lucro, conforme
previsto nos Estatutos. Isso provocará um aumento do passivo no valor de

A) R$ 32.700,00
B) R$ 34.800,00
C) R$ 37.200,00
D) R$ 37.500,00
E) R$ 37.800,00

Comentários:

O que a ESAF chama de “Lucro Líquido” é o Lucro antes do Imposto de Renda,


da Contribuição Social sobre o Lucro líquido (CSLL) e das participações.
Portanto, devemos calcular, antes de tudo, o lucro líquido, para depois achar o
lucro ajustado, que será a base para os dividendos. Assim:

Lucro (LAIR) 140.000


(-) Participações (7.000)
Lucro líquido 133.000

Lucro ajustado:

Lucro Líquido 133.000


(-) Reserva Legal - 9.000
(-) Reserva de Contingência - 10.000
(+) Reversão da Reserva de Contingência 2.000
Lucro Ajustado (base para dividendos) 116.000
Dividendos 30% 34.800

Gabarito  B

6. (ESAF/SEFAZ-PI/Agente Fiscal/2001) A empresa 00001909002

Red Blue S/A


transferiu o lucro do exercício com o seguinte lançamento:

Resultado do Exercício
a Lucros Acumulados

Valor do lucro líquido que se transfere p/ balanço R$ 480.000,00

Após este lançamento, a empresa destinou R$ 40.000,00 para constituir


reserva legal e mais R$ 40.000,00 para reservas estatutárias.

Deste modo, o dividendo mínimo obrigatório, calculado com fulcro no lucro


líquido do exercício, deverá ser de

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A) R$ 220.000,00, se o estatuto, antes omisso, fixar o percentual mínimo


permitido.
B) R$ 200.000,00, se o estatuto for omisso quanto ao percentual.
C) R$ 110.000,00, se o estatuto, antes omisso, fixar o percentual mínimo
permitido.
D) R$ 110.000,00, se o estatuto for omisso quanto ao percentual.
E) R$ 100.000,00, baseado no estatuto, que é livre para fixar qualquer
percentual.

Comentários:

O primeiro lançamento mencionado na questão é a transferência do Lucro


Líquido do Exercício para Lucros Acumulados (PL).

Assim, o Lucro do Exercício foi de $480.000.

Depois, a empresa constituiu a Reserva Legal e a Reserva Estatutária.

O Lucro Ajustado, no caso do Estatuto ser omisso quanto ao calculo dos


dividendos, é o seguinte:

Lucro líquido do exercício


(-) Constituição da Reserva Legal
(-) Constituição da Reserva de Contingência
(+) Reversão da Reserva de Contingência
(-) Reserva de Incentivos Fiscais (opcional)
(-) Reserva Específica de Prêmio de Debêntures (Opcional)
= Lucro ajustado (base para dividendos)

Como se observa, a Reserva Estatutária não afeta o Lucro Ajustado.

Portanto, na questão, fica assim:


00001909002

Lucro líquido 480.000


(-) Reserva Legal (40.000)
= lucro Ajustado 440.000

Se o Estatuto for omisso, deve ser destinado aos dividendos o percentual de


50% do lucro ajustado.

440.000 x 50% = 220.000

Descartamos, portanto, as letras B e D.

Se o Estatuto, antes omisso, fixar o percentual mínimo, este será de 25%.

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440.000 x 25% = 110.000

A opção A está errada, e a C, correta.

Quanto à letra E, a questão não mencionou, em nenhum momento, que o


Estatuto fixou algo em relação aos dividendos. Deve ser descartada.

Gabarito  C

7. (ESAF/TCU/Analista Controle Externo/2000) A Assembleia Geral


Ordinária da firma Confecções Madagascar S.A aprovou proposta de distribuição
de lucros apresentada pela Diretoria, nos seguintes termos:

5% para formação de reserva legal;


10% para pagamento de participação à diretoria;
20% para formação de reserva estatutária;
25% para pagamento de dividendo mínimo obrigatório;
30% para pagamento do imposto de renda e
o restante para crédito em lucros acumulados.

Observações:

A conta lucros ou prejuízos acumulados já tinha saldo devedor de R$ 5.000,00.


O crédito do período antes de qualquer destinação foi um lucro líquido de R$
45.000,00.

Com fulcro nessas informações, pode-se afirmar que, no encerramento do


exercício de que se trata, foi contabilizado o valor de

A) R$ 1.260,00 em Reserva Legal


B) R$ 3.200,00 em Participações da Diretoria a Pagar
C) R$ 5.600,00 em Reservas Estatutárias
D) R$ 7.235,00 em Dividendos a Pagar
E) R$ 11.600,00 em Provisão para Imposto de Renda
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Comentários

Lucro antes IR e participações 45.000


(-) prejuízos acumulados -5.000
LAIR (-) prejuízos 40.000
(-) IR 30% -12.000
Lucro antes participações 28.000
(-) part. Diretoria (10) -2.800
Lucro líquido - prejuízos 25.200
(-) reserva legal 5% -1.260
Lucro (-) reserva legal 23.940

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(-) dividendos 30% -7.182
(-) reserva estatutária 20% -4.788
Saldo para lucro acumulados 11.970

Vamos analisar as alternativas:

A) R$ 1.260,00 em Reserva Legal

Correta. È o gabarito da questão.

B) R$ 3.200,00 em Participações da Diretoria a Pagar

Errada, o valor da Participação da Diretoria é de $2.800

C) R$ 5.600,00 em Reservas Estatutárias

Errada, as Reservas Estatutárias são de $ 4.788

D) R$ 7.235,00 em Dividendos a Pagar

Errada, os dividendos são de $7.182

E) R$ 11.600,00 em Provisão para Imposto de Renda

Errada, a provisão para o IR é de $12.000

Gabarito  A

8. (ESAF/SUSEP/Analista Técnico/2010) A Companhia Epson adquiriu da


Companhia Ypsilon 30% de seu Patrimônio Líquido, que é representado
unicamente pela conta Capital, cujo valor é R$ 200 mil.

Sabemos que a compra, no início do período, foi realizada por R$ 60 mil; que as
companhias Epson e Ypsilon são empresas coligadas; que o investimento é
00001909002

considerado relevante; e que o lucro líquido do período, antes da distribuição de


dividendos, foi de R$ 100 mil, na empresa Ypsilon e de R$ 80 mil, na empresa
Epson.

Sabemos também que a assembleia geral de cada empresa mandou contabilizar


a distribuição de 40% do lucro como dividendos.

Com base nas informações acima, pede-se indicar por quanto deverá ser
avaliado o investimento no Balanço Patrimonial da Companhia Epson no fim do
período.

O valor da avaliação será:

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A) R$ 78.000,00.
B) R$ 42.000,00.
C) R$ 90.000,00.
D) R$ 72.000,00.
E) R$ 102.000,00.

Comentários:

A questão apresenta muitas informações. Nesse caso, resolva “de baixo para
cima”. Ou seja, o que exatamente está pedindo a questão?

“Pede-se indicar por quanto deverá ser avaliado o investimento no Balanço


Patrimonial da Companhia Epson no fim do período.”

O investimento é avaliado pelo MEP, pois são empresas coligadas. Assim, o


valor do investimento para a Companhia Epson será o PL da Ypsilon
multiplicado pela participação da investidora.

PL inicial da Ypsilon 200.000


+ lucro 100.000
(-) dividendos (40%) (40.000)
-------------
PL final da Ypsilon 260.000
Participação Epson x 30%
Valor da participação 78.000

Gabarito  A

9. (ESAF/Receita Federal/Auditor/2009) Em fevereiro de 2008 a empresa


Calcedônia Minerais S.A. investiu R$ 350.000,00 em ações de outras
companhias, contabilizando a transação em seu ativo permanente. Desse
investimento, R$ 200.000,00 deverão ser avaliados por "Equivalência
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Patrimonial" e R$ 150.000,00, pelo Método do Custo. Durante o exercício em


questão, as empresas investidas obtiveram lucros que elevaram seus
patrimônios líquidos em 4%, tendo elas distribuído dividendos de tal ordem que
coube à Calcedônia o montante de R$ 6.000,00, sendo metade para os
investimentos avaliados por Equivalência Patrimonial e metade para os
investimentos avaliados pelo método do custo. Com base nessas informações,
podemos afirmar que, no balanço patrimonial da empresa Calcedônia Minerais
S.A. relativo ao exercício de 2008, deverá constar contabilizado um
investimento no valor de

A) R$ 350.000,00.
B) R$ 355.000,00.
C) R$ 358.000,00.

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D) R$ 361.000,00.
E) R$ 364.000,00.

Comentários:

A empresa Calcedônia aplicou $150.000 em investimentos avaliados ao custo e


$200.000 em investimentos avaliados pelo MEP (Método da Equivalência
Patrimonial).

O valor do investimento avaliado ao custo não se altera, a não ser que haja
perda no teste de recuperabilidade. A questão não informa nada sobre eventual
perda, pelo contrário, as investidas conseguiram aumentar em 4% o seu PL.

Assim, o investimento avaliado ao custo continua registrado por $150.000.

Lembramos que os dividendos, para este tipo de investimento, são


contabilizados diretamente em Receita (resultado), não afetando o valor do
investimento.

Agora, vamos examinar o investimento avaliado pelo MEP.

Valor inicial 200.000


+ Aumento 4% 8.000
- Dividendos (3.000)
Valor investimento pelo MEP 205.000

Valor do investimento na Cia Caledônia: 205.000 + 150.000 = 355.000

Gabarito  B.

10. (ESAF/Sefaz-SP/APOF/2009) A empresa Atos & Atitudes S/A tinha um


saldo bancário de R$ 600.000,00 e resolveu aplicá-lo em ações de outras
Companhias, sendo um terço a curto prazo, outro terço representando uma
00001909002

coligação acionária com influência na administração, e ainda, outro terço em


investimentos não relevantes. Durante o ano, as empresas investidas apuraram
lucro líquido de R$ 15.000,00 cada uma e distribuíram 1/3 desse lucro aos
acionistas, como dividendos. No fim do exercício social, após a contabilização
dos fatos cabíveis, vamos encontrar o saldo contábil dessas ações no valor de

A) R$ 645.000,00.
B) R$ 610.000,00.
C) R$ 620.000,00.
D) R$ 630.000,00.
E) R$ 615.000,00.

Comentários:

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A questão apresenta uma contradição. Menciona que, dos investimentos, houve


“outro terço representando uma coligação acionária com influência na
administração”, mas só chegamos na resposta da banca se considerarmos uma
participação de 100%, o que é Controle, e não coligação acionária.
Enfim...coisas da Esaf.

O valor investido a curto prazo e em investimentos não relevantes não se


alteram. O investimento não relevante é avaliado ao custo. E os investimentos
a curto prazo devem ser avaliados pelo valor justo. Como a questão não
menciona nada sobre o valor justo, devemos assumir que não houve alteração.

Com relação à “coligação acionária” (melhor seria dizer controlada integral):

Valor inicial 200.000


+ lucro líquido 15.000
- dividendos (1/3 x 15.000) (5.000)
Valor investimento pelo MEP 210.000
+ Investimentos não relevante 200.000
+ investimentos a curto prazo 200.000
---------------
Total dos investimentos 610.000

Gabarito  B

11. (ESAF/STN/Analista Finanças e Controle/2008) A empresa Alfa Beta


S/A comprou 10 mil ações de Delta Ômega S/A ao custo unitário de R$ 14,00,
quando o valor patrimonial dessas ações era avaliado em apenas R$ 10,00.
Entretanto, em 31 de dezembro de 2007, a empresa Delta Ômega mostrou sua
capacidade de negócios apresentando um lucro líquido da ordem de 70% do
capital, tendo dele distribuído, como dividendos aos acionistas, o equivalente a
20% do capital social. As operações, na empresa Alfa Beta, são avaliadas e
contabilizadas pelo método da equivalência patrimonial. Em 15 de janeiro de
00001909002

2008, ao vender essas ações a R$ 15,00 por unidade, Alfa Beta terá computado
um lucro efetivo de

A) R$ 70.000,00.
B) R$ 50.000,00.
C) R$ 30.000,00.
D) R$ 10.000,00.
E) R$ 0,00.

Comentários:

Lucro efetivo para a Esaf é o lucro da operação, ainda que seja referente a
dois exercícios sociais.

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A forma mais rápida de resolver é a seguinte: a empresa pagou $14,00 por


cada ação e vendeu por $15,00, auferindo um lucro de $1,00 por ação.

Além disso, recebeu $2,00 (20% do valor patrimonial) de dividendos, também


por cada ação.

Assim, o lucro efetivo foi R$ 1,00 + R$ 2,00 = R$ 3,00 por ação.

Lucro total: R$ 3,00 x 10.000 ações = R$ 30.000,00

Gabarito  C

12. (ESAF/SEFAZ-MG/Auditor Fiscal Receita Estadual/2005) Duas


empresas coligadas avaliam seus investimentos pelo método da equivalência
patrimonial.

A primeira empresa tem

Ativo Permanente de R$ 500.000,00


Patrimônio Líquido de R$ 300.000,00
Capital Social de R$ 100.000,00

A segunda empresa tem

Ativo Permanente de R$ 350.000,00


Patrimônio Líquido de R$ 300.000,00
Capital Social de R$ 150.000,00

A primeira empresa possui 25% do capital social da segunda. A segunda


companhia teve lucro de R$ 50.000,00 e distribuiu dividendos no valor de R$
30.000,00.
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Em consequência dos resultados e respectiva distribuição, ocorridos na segunda


companhia, a primeira empresa deverá contabilizar o aumento de

A) R$ 7.500,00 em receitas do período.


B) R$ 7.500,00 no ativo circulante.
C) R$ 7.500,00 no ativo permanente.
D) R$ 12.500,00 no ativo circulante.
E) R$ 12.500,00 no ativo permanente.

Comentários:

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Outra questão com muitas informações desnecessárias. O objetivo é que você
se atrapalhe e perca tempo. Mas vamos resolver rapidinho. Precisamos apenas
identificar a contabilização na primeira empresa.

A segunda empresa tem PL de 300.000. A participação da primeira na segunda


é de 25%.

A segunda teve lucro de $50.000 e distribuiu $30.000 de dividendos.

Contabilização na primeira:

Pelo lucro ( $50.000 x 25% = $12.500)

D – Investimento na segunda – MEP (Ativo - Investimentos) 12.500


C – Resultado da Equivalência Patrinomial (Resultado) 12.500

Pela distribuição dos dividendos (30.000 x 25% = $7.500):

D – Caixa ou Dividendos a receber (Ativo circulante) 7.500


C – Investimento na segunda – MEP (Ativo - Investimentos) 7.500

Vamos analisar as alternativas:

A) R$ 7.500,00 em receitas do período.

Errada, as receitas foram de 12.500

B) R$ 7.500,00 no ativo circulante.


Correta. É o gabarito da questão.

C) R$ 7.500,00 no ativo permanente.

Errada. O antigo Ativo Permanente englobava os grupos de Investimento,


Imobilizado e Diferido. O valor contabilizado em Investimento foi 12500 – 7500
00001909002

= 5.000.

D) R$ 12.500,00 no ativo circulante.

Errada. Foi contabilizado 7.500 no circulante

E) R$ 12.500,00 no ativo permanente.

Errada. Veja comentário da letra C.

Gabarito  B

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13. (ESAF/SFR/Auditor Receita Federal/2003) A Cia. ABC adquire 2% do
total de ações da Cia. Lavandisca. Na ocasião da operação, o preço acordado
envolvia o valor das ações e dividendos adquiridos, relativos a saldos, de
Reservas e Lucros Acumulados, pré-existentes e ainda não distribuídos. No
momento em que ocorrer o efetivo pagamento dos dividendos referentes a
esses itens, o tratamento contábil dado a esse evento deverá ser:

A) creditar o valor correspondente a esse dividendo em conta de receita não


operacional em contrapartida do registro do ingresso do recurso no caixa.
B) ajustar o resultado do exercício e creditar o valor correspondente a esse
dividendo em conta de deságio em aquisição de investimentos permanentes em
contrapartida do registro do ingresso do recurso no caixa.
C) lançar o valor correspondente a esse dividendo a crédito da conta
participação societária em contrapartida do registro do ingresso do recurso no
caixa.
D) registrar os dividendos recebidos como receita operacional em contrapartida
ao lançamento de débito na conta caixa.
E) considerar o valor recebido como receita não operacional e debitando em
contrapartida da conta ágio em investimentos societários.

Comentários:

Como a Cia ABC adquiriu apenas 2% do total de ações da investida, devemos


usar o método de custo. Assim, os dividendos distribuídos são contabilizados
como receita, quando da distribuição.

Entretanto, os dividendos distribuídos no prazo de até 6 meses após a aquisição


do investimento são considerados como uma recuperação de parte do
investimento. A justificativa para esse procedimento é que o valor da compra já
incluía o lucro, que seria posteriormente distribuído.

Confira o Regulamento do Imposto de Renda:

Art. 380. Os lucros ou dividendos recebidos pela pessoa jurídica, em


00001909002

decorrência de participação societária avaliada pelo custo de aquisição,


adquirida até seis meses antes da data da respectiva percepção, serão
registrados pelo contribuinte como diminuição do valor do custo e não
influenciarão as contas de resultado (Decreto-Lei nº 2.072, de 1983, art. 2º).

A questão informa que, na ocasião da operação, o preço acordado envolvia o


valor das ações e dividendos adquiridos, relativos a saldos, de Reservas e
Lucros Acumulados, pré-existentes e ainda não distribuídos. Portanto, quando
da distribuição de tais dividendos, a investidora deverá creditar a conta de
investimentos, considerando que os dividendos são uma recuperação do custo
de aquisição das ações. A opção correta é a letra C.

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Com respeito às outras alternativas, lembramos que atualmente não há mais,
na contabilidade, a separação entre receita operacional e não operacional. Essa
terminologia atualmente se aplica apenas à legislação do Imposto de Renda.

Gabarito  C

14. (ESAF/MDIC/Analista Comércio Exterior/2002 - adaptada) A


empresa Investmuito S/A é possuidora do seguinte investimento em ações:

- 1.000 ações emitidas pela empresa Alfa;


- 20.000 ações emitidas pela empresa Beta;
- 10.000 ações emitidas pela empresa Celta.

As ações foram adquiridas indistintamente a R$ 10,00 cada uma, sendo que as


emitidas por Alfa são investimentos temporários para revender; as de Beta
caracterizam coligação acionária avaliada por equivalência patrimonial; e as de
Celta são investimentos permanentes, mas não são relevantes.

No encerramento do exercício social as apurações dão conta de que as ações


possuídas por Investmuito S/A mantêm, igualmente, o valor de cotação de R$
8,00 por ação e o valor patrimonial unitário de R$ 12,00.

Com base nas informações acima, podemos dizer que, no balanço patrimonial
de fim de exercício, o valor contábil do investimento citado deverá ser de:

A) R$ 372.000,00
B) R$ 348.000,00
C) R$ 310.000,00
D) R$ 308.000,00
E) R$ 248.000,00

Comentários::
00001909002

Temos três tipos de investimentos:

Cia Alfa: ações para revender. Avaliação: valor justo (no caso, a cotação das
ações)

Cia Beta: Coligação acionária. Avaliação: MEP (Método Equivalência Patrimonial)

Cia Celta: Investimento permanente, não relevante. Avaliação: método de


custo.

O valor de cada investimento fica assim:

Empresas Quant. Ações Valor unitário total

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Cia Alfa 1.000 8,00 8.000
Cia Beta 20.000 12,00 240.000
Cia Celta 10.000 10,00 100.000
TOTAL 348.000

Gabarito  B

15. (ESAF/SRF/Auditor/2002) A Cia. XAVANTE, detentora de 60% do capital


ordinário da Cia. CARIRI, ao final do exercício contábil de 1999, evidencia em
seu Balanço Patrimonial o valor de 900.000 reais para este investimento
societário.

Por ocasião do encerramento do exercício de 2000, a contabilidade da investida


forneceu os valores a seguir para os itens:

Itens identificados na Contabilidade da Investida:

Patrimônio Líquido Ajustado R$ 2.150.000,00


Vendas de Estoques para a Investidora R$ 2.500.000,00
Margem de Lucro das Vendas Inter-companhias 20%

Se ao final do exercício de 2000 restassem, na Cia. Xavante, R$ 500.000,00


dos estoques adquiridos da Cia. Cariri e o valor contábil da participação
societária registrada na mesma data fosse R$ 900.000,00, de acordo com a
Instrução CVM 247/96, o valor a ser registrado pela investidora como resultado
de equivalência patrimonial seria uma:

A) despesa de R$ 390.000,00
B) despesa de R$ 330.000,00
C) receita de R$ 330.000,00
D) despesa de R$ 290.000,00
E) receita de R$ 290.000,00 00001909002

Comentários:

Vamos calcular, em primeiro lugar, o lucro nos estoques.

Como restou R$500.000 de estoque, com margem de 20%, o lucro não


realizado é de 500.000 x 20% = $ 100.000

Como a Cia Cariri é uma controlada, devemos eliminar 100% do lucro não
realizado.

Valor do Investimento:

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Patrimônio da Cia Cariri 2.150.000
Percentual de participação x 60%
= subtotal 1.290.000
(-) Lucro não realizado (100.000)
Valor do investimento 1.190.000
Valor contabilizado Cia Xavante (900.000)
= Resultado da Equivalência (Receita) 290.000

15. Gabarito  E

16. (ESAF/SRF/Auditor/2002) A Cia. XAVANTE, detentora de 60% do


capital ordinário da Cia. CARIRI, ao final do exercício contábil de 1999,
evidencia em seu Balanço Patrimonial o valor de 900.000 reais para este
investimento societário.

Por ocasião do encerramento do exercício de 2000, a contabilidade da investida


forneceu os valores a seguir para os itens:

Itens identificados na Contabilidade da Investida:


Patrimônio Líquido Ajustado R$ 2.150.000,00
Vendas de Estoques para a Investidora R$ 2.500.000,00
Margem de Lucro das Vendas Inter-companhias 20%

Se o estoque adquirido pela investidora tivesse sido repassado integralmente a


terceiros, o valor ao final dessa participação seria:

A) R$ 1.190.000,00
B) R$ 1.230.000,00
C) R$ 1.290.000,00
D) R$ 1.309.000,00
E) R$ 1.390.000,00

Comentários:
00001909002

Para esta questão, devemos considerar que o estoque foi inteiramente


repassado a terceiro. Portanto, não há lucro não realizado. O valor da
participação fica assim:

Patrimônio da Cia Cariri 2.150.000


Percentual de participação x 60%
= Valor do investimento 1.290.000

16. Gabarito  C

17. (ESAF/Sefaz-PI/Auditor/2001 - Adaptada) Ao final do exercício, a Cia.


“A” detém 20% do capital da Cia. “B”, representado por ações ordinárias. O

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investimento fora adquirido por $ 5.000. O capital social e o patrimônio líquido
de “A” são de, respectivamente, $ 40.000 e $ 50.000; o capital social e o
patrimônio líquido de “B”, são, respectivamente, de $ 40.000 e $ 30.000.
Considerando que a Cia A possui influência significativa sobre a Cia B, este
investimento, no balanço de “A”, deve ser avaliado por

A) $ 10.000
B) $ 8.000
C) $ 6.000
D) $ 5.000
E) $ 3.000

Comentários:

Como há influência significativa, o investimento será avaliado pelo MEP.

Patrimônio Liquido de B 30.000


Participação % de A x 20%
Valor do investimento 6.000

17. Gabarito  C

18. (ESAF/PM Niteroi/Contador/1999) Quando os investimentos de


participação societária são avaliados pelo método da equivalência patrimonial,
os dividendos declarados pela investida serão considerados na investidora como

A) redução do investimento (ativo permanente)


B) aumento do resultado operacional
C) aumento do investimento (ativo permanente)
D) redução do resultado operacional
E) aumento do resultado não operacional

Comentários: 00001909002

Os dividendos dos investimentos avaliados pelo MEP são contabilizados a


crédito do investimento. Ou seja, reduzem o investimento.

Contabilização dos dividendos de investimento avaliado pelo MEP;

D – Caixa/bancos/dividendos a receber
C – Investimentos avaliados pelo MEP

A resposta correta, portanto, é a letra A.

Já no caso de investimentos avaliados pelo custo, a contabilização dos


dividendos é a seguinte:

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D – Caixa/Bancos/dividendos a receber
C – Receita de dividendos (resultado)

18. Gabarito  A

19) (Autores) Uma entidade possui controle sobre outra quando:

A) Possui poder para governar a política financeira e operacional da entidade


B) Participa do Conselho de Administração
C) Possui mais de 20% do Capital Social
D) Exerce influência significativa
E) O investimento é considerado relevante

Comentários::

A definição do pronunciamento é a seguinte:

“Controle é o poder para governar a política financeira e operacional da


entidade de forma a obter benefícios de suas atividades”. Alternativa correta: A.

A influência significativa caracteriza uma coligada. Presume-se que haja


influência significativa quando uma empresa possui 20% ou mais do Capital
Social de outra.

A participação no Conselho de Administração não caracteriza controle. Os


Acionistas minoritários podem fazer parte do Conselho de Administração, sem
controlar a entidade.

19. Gabarito  A.

Considere o seguinte enunciado para as questões de 20 a 22:


00001909002

(Autores) A Cia A adquiriu 100% do capital social da Cia B, pelo valor de $


10.000,00.

Apresentamos abaixo o balanço patrimonial da Cia B na data da aquisição:

ATIVO PASSIVO
Ativo circulante: 14.000 Passivo Circulante: 13.000
Imobilizado: 6.000 Patrimônio Líquido: 7.000

Informações adicionais: O Imobilizado da Cia B tem valor justo de 8.000.

20) O valor contabilizado pela Cia A em Investimentos será de:

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A) 7.000
B) 8.000
C) 9.000
D) 10.000
E) 12.000

21) O valor da Mais Valia é:

A) 1.000
B) 2.000
C) 3.000
D) 4.000
E) 8.000

22) O valor do Goodwill é:

A) 1.000
B) 2.000
C) 3.000
D) 4.000
E) 8.000

Comentários:: Cálculo da mais Valia e do Goodwill:

Valor contábil: 7.000

Valor Justo dos ativos identificáveis líquidos:

Ativo circulante 14.000


(+) Imobilizado (valor justo) 8.000
(-) Passivos assumidos (13.000)
(=) Valor justo ativos líquidos 9.000

Mais Valia: 9.000 – 7.000 = 2.000


00001909002

Goodwill:
Valor pago 10.000
(-) Valor justo ativos identificáveis líquidos ( 9.000)
(=) Goodwill 1.000

Apresentação no Balanço da Cia A:

Investimentos em controladas – Cia B


-----Valor Patrimonial 7.000
----- Mais Valia 2.000 Gabarito questão 21  B.
----- Goodwill 1.000 Gabarito questão 22  A.

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Valor total de Investimentos: 10.000 Gabarito questão 20  D.

Gabarito questão 20  D
Gabarito questão 21  B
Gabarito questão 22  A

23) (Autores) A respeito do método da equivalência patrimonial, assinale a


alternativa incorreta:

A) As demonstrações devem ser elaboradas com as mesmas políticas e critérios


contábeis.
B) A duração dos períodos abrangidos nas demonstrações contábeis deve ser
igual.
C) A distribuição de dividendos reduz o valor contábil do investimento.
D) As demonstrações da coligada/controlada devem ser da mesma data que da
investidora, sendo aceitável uma defasagem de 2 meses (60 dias). Nesse caso,
serão vedados quaisquer ajustes, ainda que em decorrência de eventos
relevantes, entre o fechamento das demonstrações contábeis e a data da
aplicação da equivalência patrimonial, para não prejudicar a comparabilidade
das demonstrações.
E) Um investimento em coligada e em controlada (neste caso, no balanço
individual) é inicialmente reconhecido pelo custo. A partir daí, o valor contábil
do investimento será aumentado ou diminuído conforme a participação do
investidor nos lucros ou prejuízos da investida.

Comentário:

Todas são verdadeiras, exceto a parte final da alternativa D. A defasagem


aceitável é de 60 dias (dois meses). Nesse caso, serão feitos ajustes, se
necessário, em decorrência de eventos relevantes entre o fechamento das
demonstrações contábeis e a data da aplicação da equivalência patrimonial.

23. Gabarito  D. 00001909002

Considere o seguinte enunciado para as questões de 24 a 26:

(Autores) A Investidora A possui 30% da coligada B, sendo que o valor


contábil deste investimento, em 31/12/X1, era de $75.000. Em 31.12.X2, o PL
da Coligada B era o seguinte:

Patrimônio Líquido de B:

Capital Social 200.000


Reservas de lucro 50.000
Ajuste de Avaliação Patrimonial 30.000

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Informações adicionais: A coligada B apurou lucro no exercício de 70.000, tendo


destinado 20.000 para distribuição como dividendos, os quais serão pagos no
exercício seguinte. O Ajuste de Avaliação Patrimonial, com saldo credor, foi
constituído durante o ano de X2.

Com base nestas informações, responda às questões 24 a 26:

24) Indique o valor contabilizado no resultado da Controladora A, em função do


método da equivalência patrimonial.

A) 15.000
B) 21.000
C) 24.000
D) 30.000
E) 84.000

25) Indique o valor contabilizado como “outros resultados abrangentes” na


controladora A:

A) 18.000
B) 15.000
C) 12.000
D) 9.000
E) 6.000

26) Indique o valor do Investimento da Investidora A em 31/12/X2, após a


contabilização da equivalência patrimonial:

A) 105.000
B) 99.000
C) 90.000
D) 84.000
E) 75.000 00001909002

Comentários:

A contabilização da equivalência patrimonial em A é a seguinte:

Pela apuração do lucro: (70.000 x 30% = 21.000)

D – Investimento coligada B – equiv. Patr 21.000


C –Resultado da equivalência Patrimonial (resultado) 21.000

Gabarito questão 24  B

Pela destinação dos dividendos (20.000 x 30% = 6.000)

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D – Dividendos a Receber 6.000


C – Investimento em coligadas(ativo) 6.000

(a distribuição de dividendos diminui o valor do investimento)

Pelo reconhecimento dos resultados abrangentes na coligada B:


(30.000 x 30% = 9.000)

D – Investimento coligada B – equiv. Patr. 9.000


C – Outros resultados abrangentes (PL) 9.000
Gabarito questão 25  D

(A participação nos resultados abrangentes da investida são reconhecidos


diretamente no PL da Investidora, em conta reflexa de “Ajuste de Avaliação
Patrimonial em Coligadas - Outros Resultados Abrangentes (PL)”)

Questão 26: Valor do investimento:


Saldo inicial: 75.000
(+)D – Investimento coligada B – equiv. Patr. 21.000
(-)C – Investimento em coligadas(ativo) (6.000)
(+)D – Investimento coligada B – equiv. Patr. 9.000

(=) Saldo final 99.000


Gabarito questão 26  B

Questão 24: Gabarito Letra B.


Questão 25: Gabarito Letra D
Questão 26: Gabarito Letra B

27) A Cia A possui 25% da Cia B. Em Dezembro de X1, a Cia vendeu


mercadorias, no valor de 150.000 para a Cia B, com margem de lucro de 20%.
No final do exercício, a Cia B havia vendido 60% desses estoques para
00001909002

terceiros.
Indique o valor do lucro não realizado para efeito de equivalência patrimonial na
Cia A:

A) Não há lucro não realizado para efeito de equivalência patrimonial quando a


Investidora vende para a Investida. Como é o PL da Investida que será base
para a equivalência e o lucro foi apurado pela Investidora, não há nenhum
ajuste.
B) 12.000
C) 8.000
D) 6.000
E) 3.000

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Comentários:

O lucro não realizado nas vendas da Investidora para a Investida deve ser
ajustado, conforme a participação da Investidora. Assim, temos:

Vendas totais 150.000


x margem de lucro x..20%
(=) Lucro nas vendas 30.000
x Percentual que não foi vendido x 40%
(=) Lucro não realizado total 12.000
x participação da investidora 25% x 25%
(=) Lucro não realizado para efeito de MEP 3.000

Lembramos que o lançamento de ajuste na Investidora será:

D – Lucro não realizado ( Resultado ) 3.000


C – Lucros a apropriar (retificadora Investimento) 3.000

Gabarito Letra E.

28. (FCC/ISS-SP/Auditor Fiscal/2012) A empresa Alfa, sociedade anônima


de capital aberto, possui 30% de participação no capital social de uma empresa
coligada (empresa Gama). Durante o exercício financeiro de X1, a investida
obteve Lucro Líquido de R$ 100.000,00, distribuiu Dividendos no valor de R$
20.000,00 e teve o saldo da conta Ajuste de Avaliação Patrimonial aumentado
em R$ 10.000,00. Em decorrência deste investimento, a empresa Alfa, em X1,

(A) reconheceu receita de equivalência patrimonial no valor de R$ 30.000,00.


(B) manteve o valor do investimento avaliado pelo custo de aquisição.
(C) teve uma variação no saldo da conta Investimento em Coligadas referente à
empresa Gama de R$ 24.000,00.
(D) reconheceu receita de dividendos no valor de R$ 6.000,00.
(E) teve seu patrimônio líquido aumentado em R$ 30.000,00.
00001909002

Comentários

A participação no capital social é de 30%.

Como o lucro líquido foi de R$ 100.000,00 na investida, a investidora reconhece


uma receita de equivalência patrimonial no valor de R$ 30.000,00.

D – Investimentos em coligadas (ANC/Investimentos) 30.000,00


C – Receita de Equivalência Patrimonial (Resultado) 30.000,00

Quando da distribuição de dividendos, que é o valor que a empresa paga aos


seus sócios, 30% deles serão devidos à companhia Alfa, que também é sócia.

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Logo, os dividendos da investidora serão de R$ 20.000,00 x 30% = R$
6.000,00, contabilizados pelo lançamento:

D – Dividendos a receber (Ativo circulante) 6.000,00


C – Investimentos em coligadas (ANC/Investimentos) 6.000,00

Por fim, tivemos um aumento na conta ajuste de avaliação patrimonial na


investida. Essa conta aumentou o patrimônio líquido da coligada. Tal fato
aumenta o investimento no método da equivalência patrimonial.

Todavia, como o ajuste de avaliação patrimonial é uma conta que ainda não
pode ir para o resultado na investida, não poderá também ir para resultado da
investidora. Portanto, deste valor não podemos reconhecer uma receita de
equivalência patrimonial.

Cria-se, então, o que o CPC 18 – Investimentos em coligadas e controladas -


chama de conta reflexa, a que nominaremos “ajuste de avaliação em empresas
coligadas”, conta que ficará no PL da empresa investidora.

Portanto, o lançamento será:

D – Investimentos em coligadas (ANC/Investimento) 3.000,00


C – Ajuste de avaliação patrimonial em empresa coligadas (PL) 3.000,00

Analisemos, agora, as assertivas:

(...) Em decorrência deste investimento, a empresa Alfa, em X1:

(A) reconheceu receita de equivalência patrimonial no valor de R$


30.000,00.

Correto. Este é o nosso gabarito.

(B) manteve o valor do investimento avaliado pelo custo de aquisição.


00001909002

O item está incorreto, já que o investimento é avaliado pelo método da


equivalência patrimonial.

(C) teve uma variação no saldo da conta Investimento em Coligadas


referente à empresa Gama de R$ 24.000,00.

O item está incorreto. A variação no investimento foi de R$ 30.000,00 – R$


6.000,00 + R$ 3.000,00 = R$ 27.000,00.

(D) reconheceu receita de dividendos no valor de R$ 6.000,00.

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O item está incorreto. No método da equivalência patrimonial não
reconhecemos receita de dividendos. A contabilização é a demonstrada acima.

(E) teve seu patrimônio líquido aumentado em R$ 30.000,00.

O item está incorreto. O PL foi aumentado pela receita de dividendos somado à


conta reflexa de ajuste de avaliação patrimonial em coligada.

Gabarito  A.

29. (ESAF/STN/Analista Contábil/2013) A Cia. Iluminada participa com


4% do capital ordinário da Cia. Hércules. Nessa participação societária
permanente, a investidora não possuía influência significativa. Na ocasião da
aprovação das contas e distribuição do resultado da Cia. Hércules, também foi
aprovada a distribuição de R$ 500.000 a título de dividendos aos seus
acionistas. A empresa investidora, ante esse fato, deve registrar um débito:

A) em Resultado com Investimentos a crédito de Ganhos com Participações


Societárias Permanentes.
B) em Participações Societárias Permanentes a crédito de Receitas não
Correntes - Investimentos.
C) de Dividendos a Receber a crédito de Outras Receitas Operacionais -
Dividendos e Rendimentos de Outros Investimentos.
D) de Disponibilidades a crédito de Ganhos e Perdas com Participações
Permanentes em Outras Sociedades.
E) de Conta de Resultado a crédito de Resultados com Investimentos
Permanentes em outras Sociedades Coligadas.

Comentários:

Se não existe influência significativa, então o investimento é avaliado pelo


método de custo. Nesse caso, o recebimento de dividendos será reconhecido
como uma receita, na Demonstração do Resultado: 00001909002

D – dividendos a receber (ativo)


C – Receita de dividendos (outras receitas operacionais – resultado)

Gabarito  C

30. (ESAF/STN/Analista Contábil/2013) Enunciado para a questão.

Em 31/12/x10, a Cia. LUA adquire 60% do Patrimônio Líquido da Cia. SOL


assumindo o controle da mesma, pagando a vista na operação R$ 1,8 milhões.
Na mesma data, o Balanço Patrimonial da empresa adquirida era composto
pelos seguintes elementos patrimoniais:

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Na mesma data, a avaliação a valor justo dos itens patrimoniais apontavam os


valores a seguir:

Com base nas informações fornecidas, pode-se afirmar que a realização da


operação gerou:

A) compra vantajosa para a investidora de R$ 60.000.


B) apuração de ativo líquido no valor de R$ 3.600.000.
C) deságio no valor de R$ 600.000.
D) ágio por rentabilidade futura de R$ 360.000.
E) perda de capital no valor de R$ 360.000.

Comentários:

Vamos calcular:
Valor do PL = 2.500.000 x 60% = 1.500.000 Valor patrimonial
00001909002

Ajuste a valor justo:

Valor contábil Valor Justo Mais valia


Estoque 100.000 150.000 50.000
Veículos 600.000 800.000 200.000
Terrenos 1.700.000 2.050.000 350.000
Total 2.400.000 3.000.000 600.000

Mais valia 600.000 x 60% = 360.000

Avaliação a valor justo: 1.500.000 + 360.000 = 1.860.000

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Como a CIA Lua pagou 1.800.000, houve compra vantajosa de 60.000 ( a


empresa pagou 1.800.000 por uma participação avaliada a valor justo por
1.860.000)

Gabarito  A

31. (ESAF/STN/Analista Contábil/2013) Enunciado para a questão.

Em 31/12/x10, a Cia. LUA adquire 60% do Patrimônio Líquido da Cia. SOL


assumindo o controle da mesma, pagando a vista na operação R$ 1,8 milhões.
Na mesma data, o Balanço Patrimonial da empresa adquirida era composto
pelos seguintes elementos patrimoniais:

Na mesma data, a avaliação a valor justo dos itens patrimoniais apontavam os


valores a seguir:

00001909002

Com base nos dados fornecidos, ao efetuar o registro da participação societária


permanente da Cia. Sol, a empresa investidora deve lançar a débito da conta de
investimento um valor total de:

A) R$ 3.600.000.
B) R$ 2.300.000.
C) R$ 1.860.000.
D) R$ 1.500.000.
E) R$ 600.000.

Comentários:

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Já calculamos na questão anterior. A contabilização fica assim:

D – Investimento – Valor patrimonial (Ativo) 1.500.000


D – Investimento – Mais Valia (Ativo) 360.000
C – Caixa/bancos (Ativo) 1.800.000
C – Compra vantajosa (Resultado) 60.000

A conta de investimento fica registrada pelo valor total (1.860.000), mas deve
ser desdobrada entre valor patrimonial e mais valia.

GABARITO  C

32. (ESAF/Receita Federal/Auditor/2012) A Empresa Controladora S.A.,


companhia de capital aberto, apura um resultado negativo de equivalência
patrimonial que ultrapassa o valor total de seu investimento na Empresa
Adquirida S.A. em R$ 400.000,00. A Empresa Controladora S.A. não pode
deixar de aplicar recursos na investida, uma vez que ela é a única fornecedora
de matéria-prima estratégica para seu negócio. Dessa forma, deve a investidora
registrar o valor da equivalência

A) a crédito do investimento, ainda que o valor ultrapasse o total do


investimento efetuado.
B) a crédito de uma provisão no passivo, para reconhecer a perda no
investimento.
C) a crédito de uma provisão no ativo, redutora do investimento.
D) a débito do investimento, ainda que o valor ultrapasse o total do
investimento efetuado.
E) a débito de uma reserva de capital, gerando uma cobertura para as perdas.

Comentários:

Como a Empresa Controladora não pode deixar de aplicar recursos na investida,


deve contabilizar no passivo o valor que exceder o investimento.
00001909002

A redação da ESAF (letra B) foi infeliz, pois parece que a investidora deve
registrar todo o valor da equivalência patrimonial no passivo.

Deve primeiro zerar o investimento no ativo e depois contabilizar no Passivo o


valor excedente.

Gabarito  B.

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6 - QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1. (ESAF/SRF/Auditor/2009) A empresa Livre Comércio e Indústria S.A.


apurou, em 31/12/2008, um lucro líquido de R$ 230.000,00, antes da provisão
para o Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro e das
participações estatutárias. As normas internas dessa empresa mandam destinar
o lucro do exercício para reserva legal (5%); para reservas estatutárias (10%);
para imposto de renda e contribuição social sobre o lucro (25%); e para
dividendos ( 30% ). Além disso, no presente exercício, a empresa determinou a
destinação de R$ 50.000,00 para participações estatutárias no lucro, sendo R$
20.000,00 para os Diretores e R$ 30.000,00 para os empregados. Na
contabilização do rateio indicado acima, pode-se dizer que ao pagamento dos
dividendos coube a importância de:

A) R$ 39.000,00.
B) R$ 33.150,00.
C) R$ 35.700,00.
D) R$ 34.627,50.
E) R$ 37.050,00.

2. (ESAF/Prefeitura de Natal/Auditor/2008) A empresa Mercearia


Comercial S/A auferiu, no exercício, um lucro de R$ 600.000,00, antes de fazer
qualquer destinação. Devendo pagar dividendo mínimo obrigatório de 30%
sobre o lucro, conforme os estatutos, a empresa promoveu a seguinte
distribuição:

Imposto de Renda 30%;


Participação de Empregados R$ 40.000,00;
Participação de Diretores 10%;
Reserva Legal na forma da lei;
Retenção de Lucros R$ 30.000,00;
Dividendos a Pagar 30%.
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Com a contabilização feita na forma indicada, caberá à empresa distribuir


dividendos no valor de:

A) R$ 88.470,00.
B) R$ 91.548,00.
C) R$ 97.470,00.
D) R$ 100.548,00.
E) R$ 105.840,00.

3. (ESAF/SRF/Auditor/2003) Fomos chamados a calcular os dividendos a


distribuir, no segundo semestre, da empresa Rentábil. A empresa é uma
sociedade anônima e os seus estatutos determinam que os dividendos devem
ser o mínimo obrigatório de acordo com a lei, mas não estabelecem o valor

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percentual sobre o lucro líquido. Os valores que encontramos para montar a
base de cálculo foram:

Reserva estatutária de R$ 6.500,00,


Participação de administradores no lucro de R$ 7.000,00,
Participação de empregados no lucro de R$ 8.000,00,
Provisão para o Imposto de Renda e CSLL de R$ 95.000,00 e lucro líquido,
antes do imposto de renda, de R$ 180.000,00.

Ficamos com o encargo de calcular o valor da reserva legal e do dividendo


mínimo obrigatório. Feitos os cálculos corretamente, podemos afirmar com
certeza que o dividendo será no valor de

A) R$ 15.000,00
B) R$ 16.625,00
C) R$ 30.000,00
D) R$ 33.250,00
E) R$ 35.000,00

4. (ESAF/Prefeitura do Recife/Contador/2003) Uma companhia aberta


que tenha apurado o lucro líquido no valor de R$ 250.000.000, tenha feito a
destinação para a formação da reserva legal na base de 5% do lucro líquido e
tenha constituído reserva de contingências no valor de 50% do saldo
remanescente do lucro líquido. Desconsiderando outros registros, o lucro líquido
ajustado, base de cálculo do dividendo mínimo obrigatório, seria de:

A) inferior a R$ 100.000.000
B) entre R$ 100.000.000 e R$ 110.000.000
C) entre R$ 110.000.001 e R$ 120.000.000
D) entre R$ 120.000.001 e R$ 130.000.000
E) superior a R$ 130.000.000

5. (ESAF/SRF/Auditor/2002) A empresa Agro & Pecuária S/A apurou no


exercício um lucro líquido de R$ 140.000,00. Não havendo prejuízos anteriores
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a amortizar, a Contabilidade providenciou o registro da seguinte destinação:

Participações estatutárias R$ 7.000,00


Reservas estatutárias R$ 8.000,00
Reserva legal R$ 9.000,00
Reserva para contingência R$ 10.000,00
Reversão de reserva p/contingências R$ 2.000,00
Reversão de reservas estatutárias R$ 1.000,00

Após a constituição e a reversão das reservas acima, o Contador deve


contabilizar o Dividendo Mínimo Obrigatório de 30% sobre o lucro, conforme
previsto nos Estatutos. Isso provocará um aumento do passivo no valor de

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A) R$ 32.700,00
B) R$ 34.800,00
C) R$ 37.200,00
D) R$ 37.500,00
E) R$ 37.800,00

6. (ESAF/SEFAZ-PI/Agente Fiscal/2001) A empresa Red Blue S/A


transferiu o lucro do exercício com o seguinte lançamento:

Resultado do Exercício
a Lucros Acumulados

Valor do lucro líquido que se transfere p/ balanço R$ 480.000,00

Após este lançamento, a empresa destinou R$ 40.000,00 para constituir


reserva legal e mais R$ 40.000,00 para reservas estatutárias.

Deste modo, o dividendo mínimo obrigatório, calculado com fulcro no lucro


líquido do exercício, deverá ser de

A) R$ 220.000,00, se o estatuto, antes omisso, fixar o percentual mínimo


permitido.
B) R$ 200.000,00, se o estatuto for omisso quanto ao percentual.
C) R$ 110.000,00, se o estatuto, antes omisso, fixar o percentual mínimo
permitido.
D) R$ 110.000,00, se o estatuto for omisso quanto ao percentual.
E) R$ 100.000,00, baseado no estatuto, que é livre para fixar qualquer
percentual.

7. (ESAF/TCU/Analista Controle Externo/2000) A Assembleia Geral


Ordinária da firma Confecções Madagascar S.A aprovou proposta de distribuição
de lucros apresentada pela Diretoria, nos seguintes termos:

5% para formação de reserva legal; 00001909002

10% para pagamento de participação à diretoria;


20% para formação de reserva estatutária;
25% para pagamento de dividendo mínimo obrigatório;
30% para pagamento do imposto de renda e
o restante para crédito em lucros acumulados.

Observações:

A conta lucros ou prejuízos acumulados já tinha saldo devedor de R$ 5.000,00.


O crédito do período antes de qualquer destinação foi um lucro líquido de R$
45.000,00.

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Com fulcro nessas informações, pode-se afirmar que, no encerramento do
exercício de que se trata, foi contabilizado o valor de

A) R$ 1.260,00 em Reserva Legal


B) R$ 3.200,00 em Participações da Diretoria a Pagar
C) R$ 5.600,00 em Reservas Estatutárias
D) R$ 7.235,00 em Dividendos a Pagar
E) R$ 11.600,00 em Provisão para Imposto de Renda

8. (ESAF/SUSEP/Analista Técnico/2010) A Companhia Epson adquiriu da


Companhia Ypsilon 30% de seu Patrimônio Líquido, que é representado
unicamente pela conta Capital, cujo valor é R$ 200 mil.

Sabemos que a compra, no início do período, foi realizada por R$ 60 mil; que as
companhias Epson e Ypsilon são empresas coligadas; que o investimento é
considerado relevante; e que o lucro líquido do período, antes da distribuição de
dividendos, foi de R$ 100 mil, na empresa Ypsilon e de R$ 80 mil, na empresa
Epson.

Sabemos também que a assembleia geral de cada empresa mandou contabilizar


a distribuição de 40% do lucro como dividendos.

Com base nas informações acima, pede-se indicar por quanto deverá ser
avaliado o investimento no Balanço Patrimonial da Companhia Epson no fim do
período.

O valor da avaliação será:

A) R$ 78.000,00.
B) R$ 42.000,00.
C) R$ 90.000,00.
D) R$ 72.000,00.
E) R$ 102.000,00.
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9. (ESAF/Receita Federal/Auditor/2009) Em fevereiro de 2008 a empresa


Calcedônia Minerais S.A. investiu R$ 350.000,00 em ações de outras
companhias, contabilizando a transação em seu ativo permanente. Desse
investimento, R$ 200.000,00 deverão ser avaliados por "Equivalência
Patrimonial" e R$ 150.000,00, pelo Método do Custo. Durante o exercício em
questão, as empresas investidas obtiveram lucros que elevaram seus
patrimônios líquidos em 4%, tendo elas distribuído dividendos de tal ordem que
coube à Calcedônia o montante de R$ 6.000,00, sendo metade para os
investimentos avaliados por Equivalência Patrimonial e metade para os
investimentos avaliados pelo método do custo. Com base nessas informações,
podemos afirmar que, no balanço patrimonial da empresa Calcedônia Minerais
S.A. relativo ao exercício de 2008, deverá constar contabilizado um
investimento no valor de

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A) R$ 350.000,00.
B) R$ 355.000,00.
C) R$ 358.000,00.
D) R$ 361.000,00.
E) R$ 364.000,00.

10. (ESAF/Sefaz-SP/APOF/2009) A empresa Atos & Atitudes S/A tinha um


saldo bancário de R$ 600.000,00 e resolveu aplicá-lo em ações de outras
Companhias, sendo um terço a curto prazo, outro terço representando uma
coligação acionária com influência na administração, e ainda, outro terço em
investimentos não relevantes. Durante o ano, as empresas investidas apuraram
lucro líquido de R$ 15.000,00 cada uma e distribuíram 1/3 desse lucro aos
acionistas, como dividendos. No fim do exercício social, após a contabilização
dos fatos cabíveis, vamos encontrar o saldo contábil dessas ações no valor de

A) R$ 645.000,00.
B) R$ 610.000,00.
C) R$ 620.000,00.
D) R$ 630.000,00.
E) R$ 615.000,00.

11. (ESAF/STN/Analista Finanças e Controle/2008) A empresa Alfa Beta


S/A comprou 10 mil ações de Delta Ômega S/A ao custo unitário de R$ 14,00,
quando o valor patrimonial dessas ações era avaliado em apenas R$ 10,00.
Entretanto, em 31 de dezembro de 2007, a empresa Delta Ômega mostrou sua
capacidade de negócios apresentando um lucro líquido da ordem de 70% do
capital, tendo dele distribuído, como dividendos aos acionistas, o equivalente a
20% do capital social. As operações, na empresa Alfa Beta, são avaliadas e
contabilizadas pelo método da equivalência patrimonial. Em 15 de janeiro de
2008, ao vender essas ações a R$ 15,00 por unidade, Alfa Beta terá computado
um lucro efetivo de

A) R$ 70.000,00. 00001909002

B) R$ 50.000,00.
C) R$ 30.000,00.
D) R$ 10.000,00.
E) R$ 0,00.

12. (ESAF/SEFAZ-MG/Auditor Fiscal Receita Estadual/2005) Duas


empresas coligadas avaliam seus investimentos pelo método da equivalência
patrimonial.

A primeira empresa tem

Ativo Permanente de R$ 500.000,00


Patrimônio Líquido de R$ 300.000,00

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Capital Social de R$ 100.000,00

A segunda empresa tem

Ativo Permanente de R$ 350.000,00


Patrimônio Líquido de R$ 300.000,00
Capital Social de R$ 150.000,00

A primeira empresa possui 25% do capital social da segunda. A segunda


companhia teve lucro de R$ 50.000,00 e distribuiu dividendos no valor de R$
30.000,00.

Em consequência dos resultados e respectiva distribuição, ocorridos na segunda


companhia, a primeira empresa deverá contabilizar o aumento de

A) R$ 7.500,00 em receitas do período.


B) R$ 7.500,00 no ativo circulante.
C) R$ 7.500,00 no ativo permanente.
D) R$ 12.500,00 no ativo circulante.
E) R$ 12.500,00 no ativo permanente.

13. (ESAF/SFR/Auditor Receita Federal/2003) A Cia. ABC adquire 2% do


total de ações da Cia. Lavandisca. Na ocasião da operação, o preço acordado
envolvia o valor das ações e dividendos adquiridos, relativos a saldos, de
Reservas e Lucros Acumulados, pré-existentes e ainda não distribuídos. No
momento em que ocorrer o efetivo pagamento dos dividendos referentes a
esses itens, o tratamento contábil dado a esse evento deverá ser:

A) creditar o valor correspondente a esse dividendo em conta de receita não


operacional em contrapartida do registro do ingresso do recurso no caixa.
B) ajustar o resultado do exercício e creditar o valor correspondente a esse
dividendo em conta de deságio em aquisição de investimentos permanentes em
contrapartida do registro do ingresso do recurso no caixa.
C) lançar o valor correspondente a esse dividendo a crédito da conta
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participação societária em contrapartida do registro do ingresso do recurso no


caixa.
D) registrar os dividendos recebidos como receita operacional em contrapartida
ao lançamento de débito na conta caixa.
E) considerar o valor recebido como receita não operacional e debitando em
contrapartida da conta ágio em investimentos societários.

14. (ESAF/MDIC/Analista Comércio Exterior/2002 - adaptada) A


empresa Investmuito S/A é possuidora do seguinte investimento em ações:

- 1.000 ações emitidas pela empresa Alfa;


- 20.000 ações emitidas pela empresa Beta;
- 10.000 ações emitidas pela empresa Celta.

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As ações foram adquiridas indistintamente a R$ 10,00 cada uma, sendo que as


emitidas por Alfa são investimentos temporários para revender; as de Beta
caracterizam coligação acionária avaliada por equivalência patrimonial; e as de
Celta são investimentos permanentes, mas não são relevantes.

No encerramento do exercício social as apurações dão conta de que as ações


possuídas por Investmuito S/A mantêm, igualmente, o valor de cotação de R$
8,00 por ação e o valor patrimonial unitário de R$ 12,00.

Com base nas informações acima, podemos dizer que, no balanço patrimonial
de fim de exercício, o valor contábil do investimento citado deverá ser de:

A) R$ 372.000,00
B) R$ 348.000,00
C) R$ 310.000,00
D) R$ 308.000,00
E) R$ 248.000,00

15. (ESAF/SRF/Auditor/2002) A Cia. XAVANTE, detentora de 60% do capital


ordinário da Cia. CARIRI, ao final do exercício contábil de 1999, evidencia em
seu Balanço Patrimonial o valor de 900.000 reais para este investimento
societário.

Por ocasião do encerramento do exercício de 2000, a contabilidade da investida


forneceu os valores a seguir para os itens:

Itens identificados na Contabilidade da Investida:

Patrimônio Líquido Ajustado R$ 2.150.000,00


Vendas de Estoques para a Investidora R$ 2.500.000,00
Margem de Lucro das Vendas Inter-companhias 20%

Se ao final do exercício de 2000 restassem, na Cia. Xavante, R$ 500.000,00


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dos estoques adquiridos da Cia. Cariri e o valor contábil da participação


societária registrada na mesma data fosse R$ 900.000,00, de acordo com a
Instrução CVM 247/96, o valor a ser registrado pela investidora como resultado
de equivalência patrimonial seria uma:

A) despesa de R$ 390.000,00
B) despesa de R$ 330.000,00
C) receita de R$ 330.000,00
D) despesa de R$ 290.000,00
E) receita de R$ 290.000,00

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16. (ESAF/SRF/Auditor/2002) A Cia. XAVANTE, detentora de 60% do
capital ordinário da Cia. CARIRI, ao final do exercício contábil de 1999,
evidencia em seu Balanço Patrimonial o valor de 900.000 reais para este
investimento societário.

Por ocasião do encerramento do exercício de 2000, a contabilidade da investida


forneceu os valores a seguir para os itens:

Itens identificados na Contabilidade da Investida:


Patrimônio Líquido Ajustado R$ 2.150.000,00
Vendas de Estoques para a Investidora R$ 2.500.000,00
Margem de Lucro das Vendas Inter-companhias 20%

Se o estoque adquirido pela investidora tivesse sido repassado integralmente a


terceiros, o valor ao final dessa participação seria:

A) R$ 1.190.000,00
B) R$ 1.230.000,00
C) R$ 1.290.000,00
D) R$ 1.309.000,00
E) R$ 1.390.000,00

17. (ESAF/Sefaz-PI/Auditor/2001 - Adaptada) Ao final do exercício, a Cia.


“A” detém 20% do capital da Cia. “B”, representado por ações ordinárias. O
investimento fora adquirido por $ 5.000. O capital social e o patrimônio líquido
de “A” são de, respectivamente, $ 40.000 e $ 50.000; o capital social e o
patrimônio líquido de “B”, são, respectivamente, de $ 40.000 e $ 30.000.
Considerando que a Cia A possui influência significativa sobre a Cia B, este
investimento, no balanço de “A”, deve ser avaliado por

A) $ 10.000
B) $ 8.000
C) $ 6.000
D) $ 5.000 00001909002

E) $ 3.000

18. (ESAF/PM Niteroi/Contador/1999) Quando os investimentos de


participação societária são avaliados pelo método da equivalência patrimonial,
os dividendos declarados pela investida serão considerados na investidora como

A) redução do investimento (ativo permanente)


B) aumento do resultado operacional
C) aumento do investimento (ativo permanente)
D) redução do resultado operacional
E) aumento do resultado não operacional

19) (Autores) Uma entidade possui controle sobre outra quando:

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A) Possui poder para governar a política financeira e operacional da entidade


B) Participa do Conselho de Administração
C) Possui mais de 20% do Capital Social
D) Exerce influência significativa
E) O investimento é considerado relevante

Considere o seguinte enunciado para as questões de 20 a 22:

(Autores) A Cia A adquiriu 100% do capital social da Cia B, pelo valor de $


10.000,00.

Apresentamos abaixo o balanço patrimonial da Cia B na data da aquisição:

ATIVO PASSIVO
Ativo circulante: 14.000 Passivo Circulante: 13.000
Imobilizado: 6.000 Patrimônio Líquido: 7.000

Informações adicionais: O Imobilizado da Cia B tem valor justo de 8.000.

20) O valor contabilizado pela Cia A em Investimentos será de:

A) 7.000
B) 8.000
C) 9.000
D) 10.000
E) 12.000

21) O valor da Mais Valia é:

A) 1.000
B) 2.000
C) 3.000
D) 4.000 00001909002

E) 8.000

22) O valor do Goodwill é:

A) 1.000
B) 2.000
C) 3.000
D) 4.000
E) 8.000

23) (Autores) A respeito do método da equivalência patrimonial, assinale a


alternativa incorreta:

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A) As demonstrações devem ser elaboradas com as mesmas políticas e critérios
contábeis.
B) A duração dos períodos abrangidos nas demonstrações contábeis deve ser
igual.
C) A distribuição de dividendos reduz o valor contábil do investimento.
D) As demonstrações da coligada/controlada devem ser da mesma data que da
investidora, sendo aceitável uma defasagem de 2 meses (60 dias). Nesse caso,
serão vedados quaisquer ajustes, ainda que em decorrência de eventos
relevantes, entre o fechamento das demonstrações contábeis e a data da
aplicação da equivalência patrimonial, para não prejudicar a comparabilidade
das demonstrações.
E) Um investimento em coligada e em controlada (neste caso, no balanço
individual) é inicialmente reconhecido pelo custo. A partir daí, o valor contábil
do investimento será aumentado ou diminuído conforme a participação do
investidor nos lucros ou prejuízos da investida.

Considere o seguinte enunciado para as questões de 24 a 26:

(Autores) A Investidora A possui 30% da coligada B, sendo que o valor


contábil deste investimento, em 31/12/X1, era de $75.000. Em 31.12.X2, o PL
da Coligada B era o seguinte:

Patrimônio Líquido de B:

Capital Social 200.000


Reservas de lucro 50.000
Ajuste de Avaliação Patrimonial 30.000

Informações adicionais: A coligada B apurou lucro no exercício de 70.000, tendo


destinado 20.000 para distribuição como dividendos, os quais serão pagos no
exercício seguinte. O Ajuste de Avaliação Patrimonial, com saldo credor, foi
constituído durante o ano de X2.

Com base nestas informações, responda às questões 24 a 26:


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24) Indique o valor contabilizado no resultado da Controladora A, em função do


método da equivalência patrimonial.

A) 15.000
B) 21.000
C) 24.000
D) 30.000
E) 84.000

25) Indique o valor contabilizado como “outros resultados abrangentes” na


controladora A:

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A) 18.000
B) 15.000
C) 12.000
D) 9.000
E) 6.000

26) Indique o valor do Investimento da Investidora A em 31/12/X2, após a


contabilização da equivalência patrimonial:

A) 105.000
B) 99.000
C) 90.000
D) 84.000
E) 75.000

27) A Cia A possui 25% da Cia B. Em Dezembro de X1, a Cia vendeu


mercadorias, no valor de 150.000 para a Cia B, com margem de lucro de 20%.
No final do exercício, a Cia B havia vendido 60% desses estoques para
terceiros.
Indique o valor do lucro não realizado para efeito de equivalência patrimonial na
Cia A:

A) Não há lucro não realizado para efeito de equivalência patrimonial quando a


Investidora vende para a Investida. Como é o PL da Investida que será base
para a equivalência e o lucro foi apurado pela Investidora, não há nenhum
ajuste.
B) 12.000
C) 8.000
D) 6.000
E) 3.000

28. (FCC/ISS-SP/Auditor Fiscal/2012) A empresa Alfa, sociedade anônima


de capital aberto, possui 30% de participação no capital social de uma empresa
coligada (empresa Gama). Durante o exercício financeiro de X1, a investida
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obteve Lucro Líquido de R$ 100.000,00, distribuiu Dividendos no valor de R$


20.000,00 e teve o saldo da conta Ajuste de Avaliação Patrimonial aumentado
em R$ 10.000,00. Em decorrência deste investimento, a empresa Alfa, em X1,

(A) reconheceu receita de equivalência patrimonial no valor de R$ 30.000,00.


(B) manteve o valor do investimento avaliado pelo custo de aquisição.
(C) teve uma variação no saldo da conta Investimento em Coligadas referente à
empresa Gama de R$ 24.000,00.
(D) reconheceu receita de dividendos no valor de R$ 6.000,00.
(E) teve seu patrimônio líquido aumentado em R$ 30.000,00.

29. (ESAF/STN/Analista Contábil/2013) A Cia. Iluminada participa com


4% do capital ordinário da Cia. Hércules. Nessa participação societária

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permanente, a investidora não possuía influência significativa. Na ocasião da
aprovação das contas e distribuição do resultado da Cia. Hércules, também foi
aprovada a distribuição de R$ 500.000 a título de dividendos aos seus
acionistas. A empresa investidora, ante esse fato, deve registrar um débito:

A) em Resultado com Investimentos a crédito de Ganhos com Participações


Societárias Permanentes.
B) em Participações Societárias Permanentes a crédito de Receitas não
Correntes - Investimentos.
C) de Dividendos a Receber a crédito de Outras Receitas Operacionais -
Dividendos e Rendimentos de Outros Investimentos.
D) de Disponibilidades a crédito de Ganhos e Perdas com Participações
Permanentes em Outras Sociedades.
E) de Conta de Resultado a crédito de Resultados com Investimentos
Permanentes em outras Sociedades Coligadas.

30. (ESAF/STN/Analista Contábil/2013) Enunciado para a questão.

Em 31/12/x10, a Cia. LUA adquire 60% do Patrimônio Líquido da Cia. SOL


assumindo o controle da mesma, pagando a vista na operação R$ 1,8 milhões.
Na mesma data, o Balanço Patrimonial da empresa adquirida era composto
pelos seguintes elementos patrimoniais:

00001909002

Na mesma data, a avaliação a valor justo dos itens patrimoniais apontavam os


valores a seguir:

Com base nas informações fornecidas, pode-se afirmar que a realização da


operação gerou:

A) compra vantajosa para a investidora de R$ 60.000.

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B) apuração de ativo líquido no valor de R$ 3.600.000.
C) deságio no valor de R$ 600.000.
D) ágio por rentabilidade futura de R$ 360.000.
E) perda de capital no valor de R$ 360.000.

31. (ESAF/STN/Analista Contábil/2013) Enunciado para a questão.

Em 31/12/x10, a Cia. LUA adquire 60% do Patrimônio Líquido da Cia. SOL


assumindo o controle da mesma, pagando a vista na operação R$ 1,8 milhões.
Na mesma data, o Balanço Patrimonial da empresa adquirida era composto
pelos seguintes elementos patrimoniais:

Na mesma data, a avaliação a valor justo dos itens patrimoniais apontavam os


valores a seguir:

Com base nos dados fornecidos, ao efetuar o registro da participação societária


00001909002

permanente da Cia. Sol, a empresa investidora deve lançar a débito da conta de


investimento um valor total de:

A) R$ 3.600.000.
B) R$ 2.300.000.
C) R$ 1.860.000.
D) R$ 1.500.000.
E) R$ 600.000.

32. (ESAF/Receita Federal/Auditor/2012) A Empresa Controladora S.A.,


companhia de capital aberto, apura um resultado negativo de equivalência
patrimonial que ultrapassa o valor total de seu investimento na Empresa
Adquirida S.A. em R$ 400.000,00. A Empresa Controladora S.A. não pode

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deixar de aplicar recursos na investida, uma vez que ela é a única fornecedora
de matéria-prima estratégica para seu negócio. Dessa forma, deve a investidora
registrar o valor da equivalência

A) a crédito do investimento, ainda que o valor ultrapasse o total do


investimento efetuado.
B) a crédito de uma provisão no passivo, para reconhecer a perda no
investimento.
C) a crédito de uma provisão no ativo, redutora do investimento.
D) a débito do investimento, ainda que o valor ultrapasse o total do
investimento efetuado.
E) a débito de uma reserva de capital, gerando uma cobertura para as perdas.

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Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da Receita Federal
Teoria e exercícios comentados
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7 - GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

QUESTÃO GABARITO QUESTÃO GABARITO


1 E 18 A
2 D 19 A
3 D 20 D
4 C 21 B
5 B 22 A
6 C 23 D
7 A 24 B
8 A 25 D
9 B 26 B
10 B 27 E
11 C 28 A
12 B 29 C
13 C 30 A
14 B 31 C
15 E 32 B
16 C
17 C

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