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Autores: Fernanda Casagrande Ferreira¹, Natália Fernanda Schmidt¹, Wagner de Lima Gonçalves²
Resumo
Abstract
The current work presents an evaluation of the Residue Management of Constructions and Demolition
in Guaxupé's city. A big part of the solid residue generated are provinient from civil constructions
and this article propose to evaluate how it's done the disposal of this material in the environment in
the study area shown. Through interviews, field researchs and photographic record, this article will
show that the management model adopted by the town hall is efective, because it looks for softening
the environment impact in disposal of those residues in the environment
_________________________
¹ Discente do Curso de Engenharia Civil, Centro Universitário da Fundação Educacional de
Guaxupé, UNIFEG, Minas Gerais, Brasil
²Docente do Cursode Engenharia Civil, Centro Universitário da Fundação Educacional de Guaxupé,
UNIFEG, Minas Gerais, Brasil
Centro Universitário da Fundação Educacional Guaxupé
Credenciado através da Portaria MEC nº 629, de 15/03/2004 - D.O.U. de 16/03/2004.
Av. Dona Floriana, 463 – Centro – Guaxupé/MG – CEP: 37800-000 – Fone: (35) 3551-5267 – www.unifeg.edu.br
1. Introdução
2. Objetivos
Avaliar como é feita a gestão dos RCD’s no município de Guaxupé e verificar como é o
recebimento e a disposição deste material no meio ambiente e também se é feita a reciclagem,
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portanto fazendo a análise de quais os principais déficits da gestão e sugerir medidas de melhoria que
poderiam ser adotadas.
3. Metodologia
4. Desenvolvimento
A definição acima define com clareza os RCD’s. Estes são resíduos de baixa periculosidade,
sendo o impacto causado pelo grande volume gerado.
Os resíduos sólidos, em geral, são classificados conforme sua atividade ou processo que lhes
deu origem. Segundo ABNT NBR 10004/2004, a classificação consiste em identificar se o resíduo é
perigoso ou não perigoso, classe I e II respectivamente, sendo o segundo dividido em subclasses. Os
resíduos de classe I são aqueles que apresentam, de uma forma geral, risco a saúde pública e ao meio
ambiente com base nas suas funções infectocontagiosas, químicas e físicas (inflamabilidade,
toxidade, reatividade, corrosividade, patogenicidade), enquanto os resíduos classe II são aqueles que
não se encaixam na classe I e por sua subclasse se diferenciam em II-A e II-B. Os resíduos
classificados como II-A são os materiais não inertes, ou seja, com propriedade de biodegradabilidade,
combustibilidade, ou solubilidade em água, os da classe II-B são os materiais inertes, ou seja, não
sofrem transformações por um longo tempo depois de descartados. Sendo assim, podemos afirmar
que os RCD’s pertencem à classe II-B.
Segundo RESOLUÇÃO CONAMA nº 307, de 5 de julho de 2002, os resíduos são
classificados da seguinte forma:
CLASSE A, são resíduos provenientes de construção, demolição, reformas e reparos
(pavimentação, edificação), são componentes cerâmicos (tijolos, azulejos, blocos, telhas e outros),
argamassa e concreto que podem ser reciclados ou reutilizados na própria obra.
Podem ser utilizados ou reciclados na forma de agregados para blocos (sem função estrutural,
tubos, placas de revestimento, etc.) foco do trabalho
CLASSE B: são materiais provenientes de embalagens e o que não se classifica na classe
acima como, por exemplo, papel/papelão, plásticos, vidros, metais, madeiras entre outros.
Podem ser reutilizados quando possível na própria obra, ou encaminhados as cooperativas ou
empresas licenciadas. Além de serem encaminhadas a áreas de transbordo e triagem (ATTs), que lhes
darão destinação adequada.
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CLASSE C - são os resíduos que não podem ser reciclados, pois não há tecnologia
desenvolvida nem aplicações viáveis economicamente. Exemplo deste, são os produtos oriundos do
gesso. Importante então evitar ao máximo o desperdício.
CLASSE D- considerados resíduos perigosos e capazes de causar risco a saúde e ao meio
ambiente. Oriundo do processo de construção (tintas, solventes, óleos, reformas e reparos de clínicas
radiológicas e outros) podem ser tóxicos, inflamáveis, reativos ou patogênicos.
Segundo a Política Nacional dos Resíduos Sólidos (Lei Federal nº. 12.305/2010), a qual reúne
o conjunto de princípios, instrumentos, objetivos metas, diretrizes e ações adotados pelo governo
federal, distrito federal, municípios ou particulares visando a gestão e o gerenciamento ambiental
adequado dos resíduos sólidos. A classificação do material se dá pela origem e periculosidade, sendo
necessário a junção da RESOLUÇÃO CONAMA 307 e a ABNT NBR 10004/2004. Contudo, em
acordo com a Lei 12.305/2010, o Conselho Nacional do Meio Ambiente-CONAMA considerando a
necessidade de adequação a Resolução 307, em 18 de janeiro de 2012 passa a ter os artigos 2º, 4º, 5º,
6º, 8º, 9º, 10 e 11 uma nova redação, publicada no DOU Nº14 sob a RESOLUÇÃO Nº448.
5. Resultados
Figura 2- Resíduo de construção descartado em calçada Figura 3- Resíduo de construção descartado em calçada
não pavimentada, ponto 5. não pavimentada, ponto 6.
Já nos Pontos 1,2,3 e 4, onde o depósito dos resíduos é de grande volume, o mesmo são
caracterizados pelo descarte em área de brejo, apresentado na Figura 4,5 e 6. Já o Ponto 1 se encontra
próximo ao Rio Guaxupé, ao qual esta disposição se torna ainda mais preocupante, pois traz riscos a
sociedade, além de se colocar contra a LEI 9605/98.
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Figura 4- Grande volume de resíduos sólidos Figura 5- Grande volume de resíduos sólidos
descartados em áreas próximo ao rio, Ponto 1. descartados em áreas de brejo, Ponto 2.
Conforme proposto pela LEI 2137 do município, os resíduos devem ser devidamente
transportados e depositados no aterro de classe A licenciado pelo órgão vigente, assim evitando com
que haja maior degradação de pontos clandestinos e disponibilizando soluções para o mesmo.
O estudo foi realizado em 3 etapas acompanhando uma sequência de trabalhos realizados para
o gerenciamento de resíduos sólidos, recebimento, triagem e destino dos RCD’s. A primeira é o
diagnóstico e situação de como é tratado os resíduos de construção e demolição no município
juntamente com a Secretaria de Meio Ambiente, a segunda etapa foi identificar os pontos onde há
uma maior degradação resultante do descarte ilegal destes mesmos resíduos. Na terceira etapa
verificamos como é feito, atualmente, o recebimento e a triagem dos RCD’s no aterro controlado e
sua projeção sobre uma futura reutilização desde material.
Na primeira etapa foi realizado uma entrevista juntamente com a Secretaria de Meio Ambiente
da prefeitura do município, a fim de verificar qual era a atuação do órgão sobre os descartes do ponto
de vista legal e ambiental dos RCD’s. O mesmo já constava em projeto desde 2012 sendo só em 2016
implementado ao município conforme CONAMA 307. No entanto, não foi possível estipular nenhum
valor real sobre o volume produzido/recebido no aterro.
Com base no artigo 19 da Lei Municipal 2137, a segunda etapa foi realizada em campo,
buscando pontos onde o descarte é feito clandestinamente e ilegalmente no âmbito do município,
identificando o material encontrado. Confrontando as informações coletadas na Secretaria de Meio
Ambiente e o encontrado no levantamento, elaboramos um mapa onde identificamos os pontos de
descarte irregular significativos, ou seja, aqueles que apresentam maiores volumes.
Na terceira etapa verificamos como é feito, atualmente, o recebimento e a triagem dos RCD’s
no aterro controlado e sua projeção sobre uma futura reutilização desde material. A ideia principal é
acompanhar o procedimento de utilização do material, utilizando Normas ABNT NBR15115/04 e
15116/04 e legislações vigentes como a Lei Municipal 2137 e Lei 12305/2010 sobre o assunto.
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6. Considerações Finais
Com este estudo constatou-se que a Gestão dos Resíduos Sólidos de Construção e Demolição
no Município de Guaxupé, de acordo com as práticas adotadas e relatadas pelo Engenheiro Ambiental
da Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura de Guaxupé é eficiente, pois busca amenizar o impacto
ambiental da disposição destes resíduos no meio ambiente. Verificou-se também que o Município
possui legislação própria e adequada quanto à Gestão Eficaz e Eficiente dos RCD’s que atendem à
Resolução n° 307/2002 do CONAMA.
Verificou-se que a reutilização do material, apesar de ser priorizada na legislação do
Município, ainda não é realizada. Porém, o gestor nos apresentou a proposta para o beneficiamento
do material a fim de reutilizá-lo na manutenção de estradas rurais. Para que seja feita a reutilização
dos resíduos para este fim, é necessário adquirir um triturador e já há uma licitação em andamento
para efetuar a compra.
Dentre os problemas enfrentados pelo Município, temos o descarte irregular dos resíduos e a
composição do material recebido pelo aterro. Para sanar tal problema, sugere-se a aplicação uma
fiscalização rigorosa nos locais de descarte irregular e às empresas caçambeiras, pois o entulho é
descartado em locais irregulares devido à sua proximidade do centro urbano, enquanto o aterro
licenciado encontra-se afastado. Outra ação seria promover a conscientização da população, para que
o resíduo depositado nas caçambas esteja livre de lixos e outros materiais, e também, para que
contribua com a fiscalização, através de denúncias.
Referências Bibliográficas
BRASIL. LEI FEDERAL Nº12.305 (2010). Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, de 2 de
agosto. Lex: legislação federal, Brasília.28p., ago.2010.
BRASIL. LEI FEDERAL Nº 9.605 (1998). Lei de Crimes Ambientais, de 12 de fevereiro. Lex:
legislação federal, Brasília. 16 p., fev.1998.
GUAXUPÉ. Plano Municipal De Gestão Integrada De Resíduos Sólidos Urbanos Guaxupé Secretaria
de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente. Diretrizes para a política ambiental do Município.
Minas Gerais, 2016. 110 p.
MINAS GERAIS. LEI MUNICIPAL Nº 2137 (2012). Sistema de Gestão Sustentável de Resíduos
Sólidos da Construção Civil e Resíduos Volumosos, de 17 de julho. Lex: lei municipal, Guaxupé. 13
p., julho de 2012.
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SILVA, A.M: Utilização do Entulho Como Agregado Para a Produção de Concreto Reciclado.
(Dissertação Mestrado). USP. São Carlos, 2004.