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Caro (a) policial militar, o ditado popular “o seguro morreu de velho” exprime uma lição muito
importante para todos nós que lidamos cotidianamente com situações de risco. Esteja sempre
preparado e seja prevenido. Num momento em que se percebe o aumento da violência cotidiana,
tornam-se imperiosas ações que reforcem a segurança pessoal e familiar e minimizem a exposição
ao perigo. A disciplina “Medidas de Autoproteção”, abordará aspectos referentes a situaç ões diárias
que vão além do moment o de sua atuação no serviço policial. Espera-se que o conteúdo dessa
matéria possa servir como um gatilho para que cada um possa agir de forma mais prec avida e
alcance um status de proteção maior no seu dia a dia.
Introdução
Humberto Wendling
Você, policial militar fardado (ostensivo), com sua arma de port e, equipado com
colete balístico, com instrumentos de menor potencial ofensivo, em supremacia de força qualit ativa e
quantitativamente, deve treinar exaustivamente e aplicar as técnicas, conforme c ada c aso já
positivado, das diversas doutrinas da P olícia Militar de Minas Gerais.
Por out ro lado, atuar em uma ocorrência estando à paisana (de folga), armado e
sozinho, muda bastante a situação. Você pode ser confundido com o infrator ao realizar uma
abordagem em via pública ou pode sofrer uma busca pessoal pelo infrator e ser vitimado por sua
condição de militar ou mesmo ser atingido por sua própria arma.
Há também a situação onde você pode estar com sua família em um moment o de
lazer e se torna vítima de um roubo. Devo estar ou não armado nos meus momentos de folga? Us ar
ou não a arma de fogo? Qual o melhor local para port á-la?
Essas e outras questões serão discutidas nesta Unidade, não como um assunto
pronto e acabado, mas com a finalidade de se refletir sobre a temática e treinar, minimizando a
probabilidade de uma fatalidade por sua parte.
O modelo proposto de estudo almeja permitir que cada um possa vivenciar, refletir
e adotar ações preventivas, por meio de simulados em diversos cenários, situações bastante
próximas à realidade. Conforme o Manual Téc nico-Profissional, MTP 3.04.01/2013:
“Hoje pode ser mais um dia normal na sua vida, ou pode ser o dia em que
você será testado sobre tudo o que aprendeu física, emocional, espiritual e
legalmente”.
Humberto Wendling
ESTADOS DE PRONTIDÃO
Veja a Pirâmide da Segurança Pessoal. Clique nas definições e veja seu conceito.
Hábitos: são as ações repetidas que devem ser aplicadas pelo policial
diariamente em sua rotina, até o ponto de automatizá-las. As ações preventivas não devem ser
transitórias, mas sim continuadas, mesmo na ausência de um perigo real. Ex: ao chegar em casa com
seu veíc ulo, ter o hábito de visualiz ar ao redor à procura algum suspeito, ou mesmo olhar à sua volta
a fim de ver se alguém está se comportando de form a incompat ível com o local enquanto você ent ra
em um estabeleciment o, um posto de gasolina ou em um estacionamento.
É importante observar que em algumas situações haverá pessoas que podem ficar
em situação de risco a partir de uma ação de defesa. O Guia de Treinamento P olicial Básico do 5º
biênio – 2014/2015, ao tratar do porte de arma do policial à paisana informa que voc ê, policial militar,
deve estar consciente de que sua decisão de agir precisa se funda ment ar, ainda, na segurança de
terceiros, já que a repressão a um delito, nesses casos, não pode comprometer a vida de pessoas
que no momento dos fatos não tem como se proteger.
1.3 Conclusão
A palavra “prevenção” não é somente uma palavra que exprime a ação almejada
pela Polícia Militar, enquanto Instituição bissecular, mas um hábito que cada policial e cidadão deve
cultivar no seu dia a dia. O espírito de combate é algo fundamental ao policial militar e, sempre que
requerido, não se furte a ação. Entretanto, procure adot ar boas práticas que lhe permitam não estar
exposto e para tal observe as orient ações e conceitos da pirâmide de segurança pessoal.
UNIDADE 2 – MEDIDAS DE AUTOPROTEÇÃO
Os esforços de autoproteção refletem a decisão de confiar em nossas habilidades
e capacidade de conduzir a vida de forma segura e também prot eger familiares, amigos e a própria
sociedade e, com isso, evitar os riscos e incertezas provocados pelas ações de terceiros. Não ser
vítima é uma escolha que o policial deve fazer todos os dias. Nessa unidade apresentam-s e algumas
dicas e orientações que lhe permitirão aument ar sua proteção cotidianamente, especialment e quando
estiver à paisana e de folga.
não pare para atender pedidos que lhe despertem desconfiança – Confie em
seus instintos;
evite locais com aglomerações de pessoas, pois estes locais facilitam a ação
de “batedores de carteira” e oportunistas;
não deixe a Cart eira Especial de Polícia com fácil visualizaç ão dentro da
carteira;
não use locais isolados para encont ros amorosos, pois este é um
comport amento de risco;
em restaurantes e bares, escolha uma mesa bem localizada, que lhe permita
observar as outras pessoas, as portas de acesso, de emergência (se houver) e que fique próximo de
algum abrigo;
não deixe sua arma exposta ou com volume exagerado! Isso pode
constranger as pessoas, causando-as insegurança e, principalmente, chamando atenç ão de um
possível infrator;
não pare para auxiliar outros motoristas em locais isolados, mal iluminados,
em horas avançadas da noite e situações que lhe pareçam estranhas;
se for obrigado a estacionar na via pública, procure fazê -lo em loc ais
movimentados e bem iluminados. Não deixe objet os à vista. Não deixe sua arma dentro do carro;
verifique o interior do carro antes de entrar. Um infrator pode estar atrás dos
bancos;
não abra os vidros para vendedores ambulantes, que muitas vezes podem
ser assaltantes disfarçados;
sua arma não lhe dá poderes sobre-humanos, ou seja, estar de sua posse, não o
torna invencível;
se usar coldres dentro de bolsas, de tórax ou perna, treine os saques também com
esses acessórios. Seus movimentos “finos”, para abrir a bols a, por exemplo, estarão prejudic ados
pelo estresse e pela carga de adrenalina que seu organismo recebeu;
faça frequentement e uma auto inspeção, a fim de verificar se sua arma não está
exposta ou com volume muito grande;
sua boa intenção não é suficiente para identific á-lo como policial militar. Assim,
sempre que possível, verbalize e demonstre o que lhe caracteriza como tal.
em casos de risco à vida, não procure fazer disparos em regiões periféric as, tais
como braços, pernas e cabeça. Vise o tórax. Isso aumentará sua possível sobrevivência e a prot eção
de out ras vítimas;
peça reforços imediatamente. Ligue para o “190” para comunicar o fato e para se
identificar, descrevendo o local, pessoas feridas (inclusive você, se for o caso) e como você está
vestido; caso alguém se aproxime, mantenha-se alerta e não descuide da manutenç ão de sua
proteção pessoal, pois hoje são raros os casos de agressores que at uam sozinhos;
Importa destacar que o porte de arma por policial militar fardado, guarda diversas
diferenças do porte de arma por policial militar à paisana. Tais especificidades dizem respeito a
alocação da arma, as técnicas de saque, a conduta, aos tipos de coldres e de vestiment as, dentre
outros aspectos que podem levar ao sucesso ou ins ucesso de uma ação tomada por um policial
militar que esteja em trajes civis;
Ao porte de arma de fogo por policial militar à paisana devem ser aplicadas as
técnicas que tornem o seu uso efetivo e eficiente. Isto porque, de nada vale o porte de uma arma que
não possa ser empregada de man eira eficient e na preservação da vida do policial militar e de
terceiros e na imposição da lei.
2.3 Conclusão
A melhor condição para o policial é estar numa situação onde a presença do risco
seja mínima e possa gozar de tranquilidade no seu momento de lazer. A adoção de alguns
comport amentos simples pode aument ar a segurança pessoal e familiar do policial. O porte e o uso
de arma de fogo por policial militar à paisana deve m se destinar, primordialmente, à pres ervação da
vida do próprio policial e de terceiros, bem como para fazer cumprir a lei. Para tanto, o policial deve
estar treinado, sendo capaz de empregar as técnicas necessárias ao uso efetivo da arma de fogo e,
principalmente, ser capaz de pensar taticament e, a fim de tirar proveito das circunstâncias existentes
no ambiente para que tenha sucesso em sua ação, tendo como fundamento a antecipação e a
oportunidade. Todavia, vale ressaltar que, em uma ação do criminoso, sua vida está jogo e, por isso,
reagir com pequenas possibilidades de sucesso, pode levá-lo à morte. A valie bem os riscos, aprenda
com os erros dos outros e desenvolva hábitos de medidas de autoproteç ão.
RESUMO
Você estudou na Unidade I a pirâmide da segurança pessoal, com destaque para
as ações preventivas como medidas mais eficazes para mitigar as possibilidades de risco pessoal e
familiar quando de folga e à paisana.
MINAS GE RAIS. Policia Militar. Guia de Treinamento: Biênio 2014/2015. Belo Horizont e: Academia
de Polícia Militar, 2015.
MINAS GE RAIS. Policia Militar. Manual Técnico Profi ssional n. 3.04.01: intervenção policial,
processo de comunicaç ão e uso de força. Belo Horizonte: Academia de Policia Militar, 2013.
OLIVEIRA, Humbert o Wendling Simões de. Autodefe sa contra o crime e a violência: um guia para
civis e policiais. 2. ed. São Paulo, 2015.
https://www.google.com.br/search?biw=1366&bih=637&tbm=isch&sa=1&ei=dktRWv6_NYe
ZwATQ1oiwAQ&q=triangulo+do+crime+&oq=triangulo+do+crime+&gs_l=psyab.3..0j0i30k
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SÃO PAULO (SP). Polícia Militar do Estado de São de Paulo. Manual de autoproteção do cidadão.
São Paulo, 2010.