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Dicas de estudo para a prova

objetiva da DPE-MA – Parte 1


Métodos de estudo.

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Danilo Paz é Defensor Público no Espírito Santo


Aprovado na DPU e DPE-CE
Ex-aluno EBEJI
EBEJI
Na última quinta-feira, após muita expectativa, foi lançado o edital de abertura do novo
concurso público de ingresso na Defensoria Pública do Maranhão, uma das mais bem
estruturadas de nosso país. Contando com essa que estamos, o candidato terá 08 (oito)
semanas para se preparar para esse certame, de modo que não há mais margem para
perda de tempo: o estudo deve ser, essencialmente, focado em revisão, consolidação de
conceitos e memorização de assuntos específicos.
Pensando, portanto, no exíguo espaço de tempo até a realização da prova, e
considerando minha experiência com a banca FCC – em especial, a última prova da
Defensoria Pública do Ceará –, resolvi escrever um pouco a respeito de como deve ser, a
meu ver, a preparação ideal para esse concurso. Obviamente, cada um possui uma
maneira de estudar, de forma que não há intenção alguma de impor um ou outro método
de estudo. Pelo contrário, oferecerei algumas dicas e sugestões, de modo a fortalecer a
sua preparação que, acredito, já deva estar bastante direcionada nesse momento.
1. Conhecendo a Banca
A Fundação Carlos Chagas é uma organizadora bastante tradicional, ou seja, investe,
principalmente na prova objetiva, em temas consagrados pela doutrina e jurisprudência.
Diferentemente do Cespe, não há o costume de cobrar os últimos posicionamentos dos
tribunais superiores a respeitos de determinadas matérias.
Entretanto, o candidato não pode ir para a prova achando que será cobrada
exclusivamente a letra fria da lei, como acontecia nos concursos antigos da FCC.
Analisando as últimas provas da banca, podemos perceber que, concomitante com a
literalidade da legislação, também é exigido o conhecimento de alguns temas doutrinários
– especialmente em Direito Constitucional e Direitos Humanos – e, principalmente,
jurisprudenciais, mormente aqueles sumulados ou decididos pela sistemática da
repercussão geral.
Assim, a lei deve, sim, ser conhecida por inteiro, pois a maior incidência de questões
advirá de sua redação; entretanto, importante não descuidar do estudo da jurisprudência e,
em menor peso, da doutrina pertinente.
2. Como estudar
2.1. Lei Seca
Esse deve ser o carro-chefe do candidato. A leitura da letra da Constituição e da legislação
pertinente deve se dar e repetir-se constantemente. Para aqueles que se dedicam ao
estudo em ciclos, importante aumentar a frequência de ciclos que abordem a leitura da lei,
em detrimento dos demais.
Contudo, não basta ler a lei de forma pura e simples: é preciso ter método, ou seja, o
candidato deve fazer uma leitura ativa da lei, colocando-se no lugar do examinador.
Quando eu lia a lei seca para concursos, por exemplo, procurava, em cada dispositivo,
imaginar o que o examinador poderia fazer com aquele artigo para tentar me enganar.
Essa é a grande diferença entre apenas ler o vade mecum e memorizar realmente seus
dispositivos.
Igualmente importante é a utilização de um vade mecum novo (atualizado, portanto) e
exclusivo para esse tipo de estudo. Seu vade deve ser rabiscado, pintado (mais até que os
jardins secretos da vida) e anotado. A utilização de cores, círculos e sublinhados
pessoaliza a legislação, ativando mecanismos diferentes de memorização e facilitando a
compreensão da matéria. Mas cuidado: faça isso com organização, evitando poluir
visualmente a mensagem que você precisa memorizar (como dica, sugiro a colagem de
pequenos post-its com comentários úteis ao lado dos dispositivos legais pertinentes).
2.2. Jurisprudência
Pelo pouco tempo até a prova, sugiro focar em entendimentos sumulados. Todas as
súmulas do STF e STJ devem ser memorizadas até o dia da prova. Falando assim, a
missão parece impossível mas, acredite, não é: memorizar as súmulas pode ser mais
instintivo do que comumente se acredita.
Inicialmente, seria interessante um material que catalogue as súmulas de acordo com a
disciplina e o assunto pertinentes. O livro do professor Márcio André Lopes Cavalcante
traz, em sua parte final, uma relação muito boa de súmulas. Se puder adquirir esse livro,
adquira-o (não apenas por isso: o livro é muito bom!); se não puder, peça emprestado de
um amigo que o tenha, ou vá na casa dele estudar. A leitura das súmulas deve ser diária
(incorpore no seu cronograma), de modo que, ao final de cada semana, todas devem ter
sido lidas. Na data da prova, você as terá lido oito vezes, e estarão na ponta da língua.
Da mesma forma que no estudo de legislação, aqui também é importante que o candidato
problematize as súmulas, imaginando como eventualmente poderiam ser cobradas em
prova.
2.3. Doutrina
Como já disse acima, salvo algumas exceções, o estudo da doutrina deve ser o menor de
seus problemas – ao menos nessa fase. Contudo, não deve ser abandonado. Em algumas
disciplinas e assuntos específicos (especialmente no que tange aos aspectos históricos,
principiológicos e conceituais de determinados pontos do edital), não há como fugir do
estudo doutrinário.
A dica aqui é evitar obras mais densas e volumosas, em face do tempo exíguo. Não tenha
vergonha de estudar por sinopses ou resumos: no fim das contas, a maioria dos
aprovados estudou mesmo por sinopse. Depois de aprovado, você terá tempo de sobra
para se aprofundar academicamente.
3. Treino
O estudo sem treino não é nada (e vice-versa). Recordo-me que, no início de minha
trajetória concursal, possuía severas dificuldades em provas objetivas, justamente pela
ausência de treino. A partir do momento que compreendi a importância da resolução de
provas anteriores para a obtenção da aprovação, tornei-me um resolvedor voraz de
questões.
Reserve um momento do seu dia para resolver questões (de preferência à noite ou quando
estiver mais cansado, já que é um tipo de estudo que ajuda a despertar e espantar o
sono). O estudo de questões anteriores te dará um direcionamento de estudo, e
eventualmente você pode encontrar questões repetidas em sua prova. Além disso,
imagine possíveis questões novas, especialmente envolvendo novidades legislativas.
Um alerta: em alguns concursos, a FCC apenas organiza o certame, restando a
elaboração das questões a cargo dos membros da comissão examinadora. É o caso, por
exemplo, dos concursos das Defensorias de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.
Esteja atento, pois, em regra, as questões desses certames não condizem com o estilo da
FCC.
4. Otimize seu tempo
Frequentemente ouço de alunos a queixa de que não possuem tempo o suficiente,
quando, na verdade, estão gerenciando mal seu tempo livre.
Faça uma autoavaliação crítica: veja onde você está procrastinando para não estudar,
elimine aqueles intervalos ociosos entre as refeições, evite ficar próximo do celular durante
o estudo. Com pequenas atitudes durante o dia, você notará que seu tempo multiplicará e,
proporcionalmente, sua chance de aprovação também aumentará.
Não descuide, porém, da saúde e do lazer. Lógico, com o lançamento do edital a vida
social diminui um pouco, mas não deve ser eliminada. Descanse: você deve estar inteiro
para a última semana, quando se dá o que costumo chamar de sprint final (abordarei com
mais detalhes na próxima oportunidade).
5. Concluindo
Em suma, não há mais tempo a perder: otimize seus estudos e seu tempo de modo a
conseguir enfrentar todas (ou, ao menos, as principais) matérias do edital de modo
completo, ou seja, por meio do estudo da legislação, jurisprudência, doutrina e de treinos
periódicos. Tenho convicção que, seguindo esses passos, sua aprovação será uma
consequência inevitável.
Na parte 2, farei alguns comentários sobre as matérias do edital, dando dicas e estratégias
de estudo sobre cada uma delas, além de falar mais um pouco sobre a preparação
de sprint final. Fique ligado no blog da Ebeji para mais informações.
Bons estudos, Danilo Paz.
EBEJ

Dicas de estudo para a prova


objetiva da DPE-MA – Parte 2
Análise de disciplinas.

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Danilo Paz é Defensor Público no Espírito Santo
Aprovado na DPU e DPE-CE
Ex-aluno EBEJI
ebeji
Continuando o post (Dicas de estudo para a prova objetiva da DPE-MA – Parte 1) sobre
dicas de estudo para a prova objetiva da DPE-MA, falarei agora, como prometido, de cada
uma das matérias que serão objeto de arguição no dia 23 de agosto próximo, além de
sugestões de estudo para a última semana. Ressalto, desde já, que usei como base, além
das provas anteriores que prestei, uma análise minuciosa das últimas provas da FCC para
as mais diversas carreiras. Assim, e evitando infrutíferos exercícios de futurologia, trago o
que é mais provável de ser abordado na prova objetiva, considerando o estilo da banca e o
perfil que a carreira exige de seus candidatos.
ebeji
1. Análise das disciplinas do Edital.
Direito Constitucional (20 Questões) – Essa é, sem dúvida, a disciplina mais
imprevisível. Por vezes, ela vem em provas da FCC de forma bastante elementar, mas não
será esse o caso. Tal como no concurso da DPE-CE, acredito que será uma matéria
bastante rigorosa, com questões inteligentes que exigem a memorização da Carta Magna
e o conhecimento de posições jurisprudenciais e inovações constitucionais. Muito
provavelmente (não há publicação oficial alguma nesse sentido), será elaborada pelo
professor Roger Stiefelmann Leal, que possui afinidade com os temas “Processo
Legislativo”, “Ordem Social” e “Organização dos Poderes”. Decore a Constituição,
especialmente, nesses pontos.
Direito Civil (10 questões) – Curiosamente, a FCC não tem o costume de cobrar o tema
“Direitos Reais”. Há uma predileção da banca por “Contratos em Espécie”, “Direito de
Família” (de longe, o carro chefe das Defensorias Estaduais em todo o país) e “Direito das
Sucessões”. Memorize também os prazos de prescrição de decadência e todas as
súmulas pertinentes à disciplina. Quanto ao assunto relativo a direito empresarial, creio
que será cobrada, no máximo, uma questão, já que a disciplina consta também de forma
autônoma.
Direito Penal (10 questões) – O tema mais importante é “Teoria da Pena” (não por acaso:
na prática, o defensor é quase um fiscal da dosimetria feita pelo juiz). Não descuide
também dos conceitos da parte geral, em especial “Concurso de Crimes” e da legislação
especial (destaque para a Lei de Drogas, Lei de Crimes Hediondos, Lei dos Crimes
Ambientais e Código de Trânsito). Em regra, cobra-se muito lei seca e súmula nessa
matéria.
Direito Processual Civil (10 questões) – Não se preocupe com o Novo CPC. Foque em
“Provas”, “Recursos” e “Execução”. Memorize, também, alguns conceitos básicos, como
os relacionados a litisconsórcio e intervenção de terceiros.
Direito Processual Penal (10 questões) – Dedique especial atenção a “Prisões e
Liberdade Provisória” (alta “caibilidade” para audiência de custódia), “Procedimentos” (em
especial, sumaríssimo e Tribunal do Júri) e “Recursos”. Quanto à legislação especial,
destaque para a Lei de Lavagem de Dinheiro, Lei de Interceptação Telefônica e Lei das
Organizações Criminosas. Assim como em Direito Penal, trace uma estratégia com base
em lei seca e súmulas.
Direito de Execução Penal (5 questões) – Sem muitas surpresas aqui. Os assuntos mais
exigidos são “Faltas e Sanções Disciplinares”, “Autorizações de Saída” e “Remição”. A
leitura atenta da LEP deve ser suficiente.
Direito Administrativo (5 questões) – Mesmo em provas de Defensoria Pública, onde o
direito administrativo não é exigido com tanta força, a FCC cobra detalhes minuciosos das
leis que compõem essa disciplina. “Organização Administrativa”, “Serviços Públicos” e
“Controle da Administração” são os temas mais exigidos.
Direito Previdenciário (3 questões) – Se você não tem familiaridade com a matéria,
sugiro o estudo das Leis 8.212 (em especial, a parte referente ao salário de
contribuição) e 8.213 (mormente os dispositivos gerais relativos aos benefícios
previdenciários). Se tiver muito tempo disponível, talvez valha a pena a leitura de um
resumo ou sinopse para compreender alguns temas mais importantes.
Direito Empresarial (2 questões) – Você pode estudar os assuntos que mais são
cobrados (“Nome Empresarial”, “Direito Societário” e “Falência e Recuperação de
Empresas”) ou fazer como sempre fiz e simplesmente não estudar essa matéria,
principalmente se ela for tão ininteligível para você como é para mim (afinal, corresponde a
apenas 2% da prova).
Direito do Consumidor (5 questões) – Mais uma disciplina que não deve oferecer
problemas. Memorize o CDC, em especial até o art. 60. Além disso, como ninguém estuda
os arts. 105 em diante, sempre cai uma questão abordando essa parte final. Vá preparado.
Direitos Humanos (5 questões) – Estude os conceitos básicos da matéria, em especial
os aspectos históricos e principiológicos (uma sinopse vai resolver sua vida). A FCC
costuma cobrar a letra seca dos Tratados, então memorize-os se achar que vale a pena.
Em regra, não são cobrados precedentes das Cortes Internacionais.
Legislação e Princípios Institucionais da Defensoria Pública (5 questões) – São cinco
questões para você gabaritar. Estude a parte inicial e a referente às Defensorias Estaduais
na LC 80/94. Também esteja afiado no art. 134 e sua evolução histórica, especialmente
após a EC 80. Por fim, uma leitura rápida das Convenções da OEA constantes do edital
garantirão nota máxima nessa matéria.
Direito da Criança e do Adolescente (5 questões) – Duas palavras: ECA e Sinase.
Dentro de ECA, foque nas partes de “Direitos Fundamentais”, “Prática de Ato Infracional” e
“Conselho Tutelar” (não sei o motivo, mas sempre cai algo sobre o Conselho Tutelar). Em
tempos de discussão sobre a maioridade penal, vale a pena ler algo sobre a evolução
normativa desse ramo do Direito no Brasil.
Direito Agrário (3 questões) – Não se assuste com essa matéria desconhecida de quase
todos nós. Keep calm and leia os artigos 184 a 191 da Constituição. Deve ser suficiente.
Direito do Trabalho (2 questões) – Vale a pena estudar com afinco essa extensa matéria
sabendo que cairão apenas duas questões? Você decide. De toda forma, sugiro focar nas
novidades, a exemplo da regulamentação do trabalho doméstico.
ebeji
2. O Sprint Final
Muitos chamam de revisão final, ou revisão de véspera. Prefiro o termo sprint, consagrado
das provas de maratona, por considerar que, em essência, o estudo para concursos
públicos se assemelha muito a uma maratona. Lógico, há aqueles poucos afortunados que
obtêm a aprovação logo no primeiro certame, mas se você, assim como eu, é uma pessoa
normal, não é isso que costumeiramente acontece.
Dessa forma, o estudo se mantém por um considerável período de tempo (meses ou
anos), de modo que o candidato deve adquirir resistência para suportar os percalços
durante a trajetória (tal como um atleta, portanto). Próximo ao dia da prova, é importante
que se tenha uma reserva extra de disposição armazenada para um estudo concentrado,
revisando toda a matéria já estudada.
Utilizando como exemplo a DPE-MA, temos: como a prova será no dia 23, o sprint começa
no dia 16, com o estudo de duas matérias por dia (reserve um dos dias para revisar três
matérias pequenas). Intercale, dentro de um mesmo dia, uma matéria grande com uma
pequena, de modo a melhor aproveitar o tempo disponível. Assim, no sábado você terá
revisado toda a matéria, utilizando uma leitura dinâmica e refrescando prazos, conceitos e
requisitos que certamente serão exigidos em sua prova.
No dia 22, evite estudar após as 18 horas. Saia para comer alguma coisa (não consuma
álcool ou qualquer outro tipo de substância entorpecente) ou relaxe com seus amigos e
sua família. Durma cedo e chegue com antecedência no local de prova, serenamente
armado com suas(s) caneta(s) preta(s) e todos o conhecimento acumulado até então.
Tenho certeza que será um dia abençoado, quando verá que todo o esforço valeu a pena.
ebeji
Bons estudos, Danilo Paz.
EBEJI

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