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&
PERÍCIA CONTÁBIL
Novembro/2002
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PAULO ANTONIO BASTOS BRAGA.
Formação:
Consultor Ambiental:
Prefácio
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1.0 - Introdução
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Valores de uso podem por sua vez, desagregados em:
Valor de Uso Indireto (VUI) – quando o benefício atual do recurso deriva-se das
funções ecossistêmicas, como por exemplo, a proteção do solo e a estabilidade
climática decorrentes da preservação das florestas;
Valor de Opção (VO) - quando o indivíduo atribui valor em seus usos direto e
indireto que poderão ser optados em futuro próximo e cuja preservação pode ser
ameaçada, como por exemplo, o benefício advindo de fármacos desenvolvidos com
base em propriedades medicinais ainda não descobertas de planta em florestas.
Uma expressão simples deste valor é a grande atração da opinião pública para
salvamento de baleias ou sua preservação em regiões remotas do planeta, onde a maioria
das pessoas nunca visitarão ou terão qualquer beneficio de uso.
Note, entretanto, que um tipo de uso pode excluir outro tipo de uso do recurso
ambiental. Por exemplo, o uso de uma área para agricultura exclui seu uso para
conservação da floresta que cobria aquele solo. Assim, o primeiro passo na determinação
do VERA será identificar estes conflitos de uso. O segundo passo será a determinação
destes valores.
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Neste contexto, tenta-se explicitar o grau de dificuldade para encontrar preços de
mercado (adequados ou não) que reflitam os valores atribuídos aos recursos ambientais.
Esta dificuldade é maior à medida que passamos dos valores de uso para os valores de não-
uso. Nos valores de uso, os usos indiretos e de opção apresentam, por sua vez, maior
dificuldade que os usos diretos.
Tendo em vista que tal balanço será sempre pragmático e decidido de forma
restrita, cabe aos analista que valora explicitar, com exatidão, os limites dos calores
estimados e o grau de validade de suas mensurações para o fim desejado.
objetivo da valoração;
hipóteses assumidas;
disponibilidade de dados e conhecimento da dinâmica ecológica do objeto que está
sendo valorado.
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3.1) Método Função de Produção (MFP)
Z= F(X,E)
Onde:
π = pz Z – px X – pe E = pz F(X,E) – px X
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O método da produtividade marginal assume que pz é conhecido e o valor
econômico de E (VEE) seria:
VEE = pz∂F/∂E
Observe que VEE, nestes casos, representam apenas valores de uso diretos ou
indiretos relativos a bens e serviços ambientais utilizados na produção. Vale ressaltar que a
estimação das funções de produção F não é trivial quando as relações tecnológicas são
complexas.
E = DR (x1,x2, ...., Q)
Onde: xi – são as variáveis que, junto com o nível de estoque ou qualidade Q do
recurso, afetam o nível de E. Assim:
∂E = ∂DR / ∂Q
Exemplo:
Perda Bruta Anual Imediata (PBAI): refere-se a perda de produção bruta nas
çavouras ou outra medida do valor econômico de degradação do solo,
observada num determinado ano, em função da degradação de terra no ano
anterior.
PBAI = P dQ
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Entretanto, se for utilizando um horizonte temporal infinito, a expressão pode ser
simplificada para:
PBAI
PBFD =
r
P = f (Y,R)
P = f (Y,R + S)
DELTA P = (x1,x2, ..., R,S); como desejamos R e S é o substituto, teremos que fazer R
tender a zero nesta função.
1- Custo de Produção:
S representa gastos incorridos pelo consumidor / usuário para naõ alterar o produto
P que depende de R.
3- Custo de Controle:
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Exemplo: gastos com filtros de emissão de poluentes
Uso de água =P
Água de boa qualidade = R
Preço dos filtros = F
Assim, observou que estes métodos captam alguns valores de uso direto e indireto
na medida em que estes são associados ao consumo dos bens privados. Mesmo que para
alguns casos a mensuração de valores de opção possa ser considerada, a estimação do valor
de existência com estes métodos é impossível por definição. Isto porque o valor de
existência não se revela por complementaridade ou substituição a um bem privado, uma
vez que o valor de existência não está associado ao uso do recurso e, sim a valores com
base unicamente na satisfação altruísta de garantir a existência do recurso.
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A expressão acima, evidencia diferentes pontos, com distintas combinações de
renda e de provisão de recursos ambientais, que se encontram na mesma curva de
indiferença relativa a um determinado nível de utilidade. Como a função de utilidade U
não é observável diretamente, o método de valoração contingente estima os valores de
DAA e DAP com base em mercados hipotéticos. A simulação destes mercados hipotéticos
é realizada em pesquisas de campo, co questionários que indagam ao entrevistado sua
valoração contingente (DAA ou DAP) face a alterações na disponibilidade de recursos
ambientais (Q).
O interesse pelo método da VC tem crescido na última década, entre outros motivos
destaca-se o próprio aperfeiçoamento das pesquisas de opinião e, principalmente, o fato de
ser a única técnica com potencial de captar o valor de existência.Por outro lado, a aplicação
do MVC não é trivial e também envolve custos elevados de pesquisa.
4.0 -Exemplos:
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(*) Perceba que o uso direto é maior que o de opção.
Neste caso, o resultado foi: DAP = 0,00169 HINC + 2,709 VISS
Identificação dos recursos ambientais: árvores, água, fauna, flora, paisagem, lazer,
balanço térmico, valor histórico, conservação, pequisa, balanço hídrico.
Escolha do método:
Recurso Valor de Uso Direto Valor de Opção Valor de Existência
Hídrico * * *
Fauna e Flora * * *
Paisagem e Lazer * * *
Balanço Térmico * * *
Valor Histórico *
Função de Produção:
Área = função da área florestada
Ex: 1000 L 10 ha
Se a área da floresta for de 1000 ha, então teríamos 106 L
Se o litro de água custa R$1,00/1000L, então para 106 L teremos R$ 1.000,00
Assim, a floresta para abastecer a cidade vale R$1000,00
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Custo de Controle: por exemplo a saúde.
Morbidade Mortalidade
(doente)
Produção ?
Sacrificada, ou
seja: quanto este
trabalhador deixou
de produzir
Custo de controle, Talvez uma análise de
ou seja: quanto sensibilidade
custa para tratar
este trabalhador
Análise da recreação:
Este estudo enfatiza o ecoturismo internacional no qual assume-se que as famílias que
viajam para um único país como o que contém a Ilha de Daniel Boni, comprometem-se
com uma variedade de atividades incluindo visita à sítios para apreciar a vegetação, vida
animal, etc. Poucos viajam até a ilha para visitar um Parque Nacional específico.
Além disso, ZR = ZR (xti, ti, vi) - é uma função dos serviços de viagem, o tempo
de viagem, com excursões no país i.
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Dependem de:
Um pacote de atividades j = Aji (pode ser tanto para ver lêmures, como uma visita a
determinada praia específica ou visita a um parque para observar pássaros)
Conclusão: a questão dos turistas é maximizar sem bem estar através das excursões
de ecoturismo (Vi) e dos bens/serviços (XRN).
Logo:
Para a pesquisa:
a- questões sobre o custo de uma excursão para ilha de Danile Boni
b- perguntas sócio-econômicas
c- processo decisivo de escolha do país de destino
d- perguntas sobre o DAP para visitar o Parque
a- quanto o turista estaria disposto a pagar para visitar o novo parque, sabendo que lá
teria a oportunidade de ver o mesmo número de lêmures e pássaros que viu na
visita a Perinet,
b- teria a oportunidade de ver o dobro de lêmures e pássaros em Perinet
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Os turistas receberam informações sobre o novo parque que estava sendo criado e
então eram indagados se estariam dispostos a pagar uma quantia a mais para visitar o
parque.
Resultado Obtidos:
Os gastos observados variam entre US$ 335 e US$ 6363 e o custo médio da viagem
é de US$ 2874.
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TRANSPARÊNCIAS
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ALGUNS ACONTECIMENTOS IMPORTANTES
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ALGUNS TERMOS IMPORTANTES
♦ EPIA: Estudo Prévio de Impacto Ambiental (são estudos realizados previamente por
ocasião da implantação de atividades que poderiam causar impactos ambientais).
Art. 225,VI;
Lei Federal n. 6938/81, Art. 9 , III;
Resolução CONAMA n. 001/86 e 237/97;
Constituição Estadual, Art. 258, X;
Lei Estadual n. 1356/88;
Deliberação CECA n.1.078/87
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LEGISLAÇÃO
Constituição Federal
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Sistema
Sistema
Auxilia na implantação
de: 1-Filosofia de controle
Contabilidade
ambiental
Ambiental
2- Elaboração de
políticas
Auxilia na
A avaliação de impactos mensura as tomada de
conseqüências do desenvolvimento das decisão !
atividades econômicas da empresa sobre o
meio ambiente
No corpo das
No relatório da
demonstrações financeiras
administração da
e notas explicativas
empresa
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CUSTOS, ATIVOS E PASSIVOS AMBIENTAIS
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CONTINGÊNCIAS, RECUPERAÇÕES E ATIVOS DE VIDA LONGA
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CUSTOS AMBIENTAIS
♦ A mensuração dos custos ambientais tem esbarrado nas limitações dos instrumentos da
contabilidade, já que pela sua natureza, a maioria desses custos se enquadra na
classificação de CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO, ou o CONSUMO DOS
RECURSOS ocorre concomitantemente ao processo produtivo normal, dificultando,
com isso, sua identificação.
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ANÁLISE DE RISCOS ACIDENTAIS
♦ É uma metodologia probabilística que trabalha com variáveis randômicas que são
essencialmente as probabilidades de falha nos equipamentos (ou suas freqüências
esperadas de falhas) e probabilidade de falhas humanas. Essas falhas criam os
chamados Eventos Iniciadores com potencial de dano.
♦ Algumas catástrofes:
¾ Acidente com navio Exxon Valdes no Alasca (24/03/1989): derramou mais de 40.000
toneladas de petróleo no mar, e custou à Exxon mais de US$13 bilhões (exemplo de
impacto financeiro).
¾ Chernobyl na Ucrânia (26/04/86): inutilizou uma área de 12.000 Km2 por talvez mais
de 300 anos para qualquer utilização, além de contaminar solos e alimentos por vasta
área em toda Europa – cerca de 25.000 Km2 estão com nível de radioatividade acima
dos limites considerados seguros.
¾ Cs em Goiana.
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ANEXOS
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ANEXO 1 – LEI 1898/91
LEI Nº 1.898, de 26 de novembro de 1991.
Dispõe sobre a realização de auditorias ambientais.
O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Faço saber que a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro decreta e eu
sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º - Para os efeitos desta Lei, denomina-se auditoria ambiental a realização de
avaliações e estudos destinados a determinar:
I - os níveis efetivos ou potenciais de poluição ou de degradação ambiental provocados por
atividades de pessoas físicas ou jurídicas;
II - as condições de operação e de manutenção dos equipamentos e sistemas de controle de
poluição;
III - as medidas a serem tomadas para restaurar o meio ambiente e proteger a saúde
humana;
IV - a capacitação dos responsáveis pela operação e manutenção dos sistemas, rotinas,
instalações e equipamentos de proteção do meio ambiente e da saúde dos trabalhadores.
Art. 2º - Os órgãos governamentais estaduais encarregados da implementação das políticas
de proteção ambiental poderão determinar a realização de auditorias periódicas ou
ocasionais, estabelecendo diretrizes e prazos específicos.
Parágrafo único - Nos casos de auditorias periódicas, os procedimentos relacionados à
elaboração de diretrizes deverão incluir a consulta à comunidade afetada.
Art. 3º - As auditorias ambientais serão realizadas às expensas dos responsáveis pela
poluição ou degradação ambiental.
Art. 4º - Sempre que julgarem conveniente para assegurar a idoneidade de auditoria, os
órgãos governamentais poderão de terminar que sejam conduzidas por equipes técnicas
independentes.
$ 1º - Nos casos a que se refere o caput deste artigo, as auditorias deverão ser realizadas
preferencialmente por instituições sem fins lucrativos, desde que asseguradas a capacitação
técnica, as condições de cumprimento dos prazos e valores globais compatíveis com
aqueles propostos por outras equipes técnicas ou pessoas jurídicas.
$ 2º - A omissão ou sonegação de informações relevantes descredenciarão os responsáveis
para a realização de novas auditorias durante o prazo mínimo de 2 (dois) anos, sendo o fato
comunicado à Procuradoria Geral de Justiça.
Art. 5º - Deverão, obrigatoriamente, realizar auditorias ambientais periódicas anuais as
empresas ou atividades de elevado potencial poluidor, entre as quais:
I - as refinarias, oleodutos e terminais de petróleo e seus derivados;
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II - as instalações portuárias;
III - as instalações destinadas à estocagem de substâncias tóxicas e perigosas;
IV - as instalações de processamento e de disposição final de resíduos tóxicos ou
perigosos;
V - as unidades de geração de energia elétrica a partir de fontes térmicas e radioativas;
VI - as instalações de tratamento e os sistemas de disposição final de esgotos domésticos;
VII - as indústrias petroquímicas e siderúrgicas;
VIII - as indústrias químicas e metalúrgicas.
$ 1º - Os órgãos governamentais encarregados da implementação das políticas de controle
da poluição definirão as dimensões e características das instalações relacionadas nos itens
VI e VIII do caput deste artigo que, em função de seu pequeno porte ou potencial poluidor,
poderão ser dispensadas da realização de auditorias periódicas.
$ 2º - O intervalo máximo entre auditorias ambientais periódicas será de 1 (um) ano.
Art. 6º - Sempre que constatadas quaisquer infrações deverão ser realizadas auditorias
trimestrais até a correção das irregularidades, independentemente da aplicação de
penalidade administrativas.
Art. 7º - As diretrizes para a realização de auditorias ambientais em indústrias poderão
incluir, entre outras, avaliações relacionadas aos seguintes aspectos:
I - Impactos sobre o meio ambiente provocados pelas atividades de rotina;
II - Avaliação de riscos de acidentes e dos planos de contingência para evacuação e
proteção dos trabalhadores e da população situada na área de influência, quando
necessária;
III - Atendimento aos regulamentos e normas técnicas em vigor no que se refere aos
aspectos mencionados nos Incisos I e II deste artigo.
IV - Alternativas tecnológicas, inclusive de processo industrial, e sistemas de monitoragem
contínua disponíveis no Brasil e em outros países, para a redução dos níveis de emissão de
poluentes;
V - Saúde dos trabalhadores e da população vizinha.
Art. 8º - Todos os documentos relacionados às auditorias ambientais, incluindo as
diretrizes específicas e o currículo dos técnicos responsáveis por sua realização, serão
acessíveis à consulta pública.
Art. 9º - A realização de auditorias ambientais não exime as atividades efetiva ou
potencialmente poluidoras ou causadoras de degradação ambiental do atendimento a outros
requisitos da legislação em vigor.
Art. 10 - O Poder Executivo regulamentará a presente Lei no prazo de noventa dias
contados a partir de sua publicação.
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ANEXO 2 - ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
A estimação dos valores monetários, que é o tema central desta apostila, reflete
valores econômicos baseados nas preferências dos consumidores. Conforme veremos com
detalhes a seguir, utilizando mercados de bens privados complementares e substitutos para
serviços ambientais, ou mesmo mercados hipotéticos para esses serviços, é possível
capturar a disposição a pagar das pessoas por mudanças na provisão ambiental.
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Assim, com esta técnica será possível identificar as estratégias cujas prioridades
aproveitam os recursos. Ou seja, aquelas cujos benefícios excedam os custos, o que
significa maximizar recursos disponíveis da sociedade e conseqüentemente otimizar o bem
estar social.
(b − c)
VPL = ∑ (1 + i) n
b. Relação Custo/Benefício
B/C =
∑ b(1 + i) n
∑ c(1 + i) n
Neste caso a viabilidade será indicada por B/C ≥ 1, sendo as ações indicadas pela
magnitude de B/C.
VPL = 0
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• saber reconhecer os bens – recursos naturais – quantitativamente e qualitativamente.
Por exemplo, o serviço que a natureza nos fornece: qualidade do ar, prejudicada pela
quantidade de poluentes;
A Decisão de Investimentos na I. Q. :
Mercado
Tamanho Localização
Tecnologia e
Engenharia
Receitas e Investimentos
Custos
Avaliação do Projeto
Elementos Básicos:
a- Vida útil: horizonte de planejamento, ou seja, até quando é razoável. Por exemplo,
imagine um caso de uma ponte cuja concessão seja de 20 anos. Então, nestes casos
fica fácil dizer que a vida útil é de aproximadamente 20 anos.
b- Investimento ou Capital Fixo: refere-se aos bens imobilizados que em princípio não
serão transacionados e isto gera uma imobilização de recursos por período longo. Por
exemplo, tudo que gastamos até a data da inauguração. Assim, vai desde as despesas
preliminares, até terrenos, construções e edificações, equipamentos, instalações e
terminará em bens intangíveis (marcas, patentes, aquisição de tecnologias, know-how,
dentre outros).
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c- Capital de Giro: é uma imobilização de recursos (dinheiro empatado) destinados
a fazer frente às operações de produção e comercialização. Assim, precisamos de
dinheiro em caixa, estoque de produtos, estoque de matéria-prima, vendas a prazo,
etc.
Logo, o investimento total será igual ao investimento fixo mais capital de giro.
Cabe aqui uma observação: para a indústria o mais importante é o investimento fixo e não
o capital de giro. Já para o comércio será ao contrário.
Aplicação: Investimento = 100, vida útil = 5, valor residual = 0, receita anual = 50,
custos operacionais =20, financiamento = 50, juros = 10%aa, amortização (sistema
americano) – cota única o final do 5º período, depreciação linear = 5 anos, imposto de
renda = 40% do lucro tributável.
Depreciação = 100/5 = 20
FC-II = Receita – (custo operacional + imposto de renda) = 50 –24 =26
Lucro Líquido = FC-II – Depreciação = 26 –20 = 6 (é o que interessa aos sócios e
acionistas).
Assim, fica marcante a diferença entre caixa e lucro. Neste caso o caixa seria 26
(onde está incluído o valor da depreciação deixado pelo imposto de renda). Todavia o lucro
foi apenas de 6.
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EXEMPLO – Calcular o VPL para uma taxa mínima de atratividade i = ima
i = ima = 10%
VPL =
80.000
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A pergunta é: “Será que podemos comparar os dois valores, uma vez que as vidas
úteis são diferentes?”.
Geralmente o procedimento escolhido seria o mmc entre as vidas úteis. Neste caso,
seria 8. Assim, poderíamos fazer as comparações.
a- Uma Alternativa:
Ano 0 1 2 3 4 5 6
Fluxo de Caixa 300 50 70 60 70 80 80
VPL (i) = 0
TIR = i = 9,04%
TIRA = 9%
Assim, disponde de várias alternativas não podemos afirmar que aquela com maior
TIR é necessariamente a melhor. Neste caso, a melhor será a alternativa A, pois teremos
uma aplicação de 8% (10% +6%, uma vez que os capitais são iguais).
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A metodologia do INVESTIMENTO INCREMENTAL pode ser utilizada para
chegar-se mais rapidamente a esta conclusão:
A = B + (A-B)
Ou seja:
3116 1628
1488
= +
Neste caso, faríamos o mmc das informações fornecidas como vida útil e
recairemos no item b.
Ima = 10%
Alternativa A:
10
1 2 3 4 5
25 25 25 25 X
100
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Ou seja: qual seria o valor X de uma série uniforme (sem pagamento em zero) que
seria equivalente à alternativa A.
Como o 10 não está em zero, teremos que leva-lo ao período zero para aplicarmos a
fórmula. Então:
Agora basta fazermos a mesma coisa para a alternativa B, que resultará em 48,18.
Assim, será a melhor opção.
Ex: Se compramos hoje um carro por 28.000, daqui a quanto tempo devo vende-lo para
amortizar o meu investimento?
Ano 1 2 3 4
Revenda 20.000 15.000 10.000 5.000
Custo de 4.000 6.000 8.000 10.000
Manutenção
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ESTUDO DE CASOS
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ESTUDO DE CASO 1 - VAZAMENTO
Uma pequena instalação funciona com gás altamente inflamável presente em
tanques e tubulações metálicas. O escapamento desse fluido formará uma pluma de gás
que, transportada pelo vento, poderia ter quatro conseqüências:
(1/30). 0,7 . 0,5 . 0,4 = aproximadamente 5/1.000 anos, pode-se estimar a freqüência de
dano, multiplicando-se a freqüência ponderada deste ramo pelas suas conseqüências. Se a
conseqüência desse ramo fosse a morte de 10 pessoas, então teríamos:
R3 = risco de morte
presença de vida (10 pessoas) – 0,4
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ESTUDO DE CASO 2 - AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS PARA
O PROGRAMA DE DESPOLUIÇÃO DA BAIA DE GUANABARA.
Generalidades:
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Metodologias:
BENEFÍCIOS CUSTOS
Melhoria das condições sanitárias para Construção de redes coletoras de esgoto,
1,2 milhão de habitantes redes de abastecimento de água, coleta de
lixo e dragagem
Melhoria das condições estéticas e de Construção de coletores-tronco, coleta de
habitação lixo e dragagem
Criação de novas oportunidades de Construção de ETE’s
recreação para população próxima à Baia,
evitando congestionamento de trânsito
para deslocamento até praias oceânicas
Ampliação da oferta de atrativos Construção de ETE’s
turísticos, recuperação da pesca de
espécies de importância econômica.
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
• Setorização
• Micromedição
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ESGOTAMENTO SANITÁRIO
• Redes coletoras
• Coletores-troncos
B=215,6Milhões C=110,2Milhões
TRATAMENTO DO ESGOTO
Foi realizada a análise de C/B para tratamento de 40% do volume total de esgoto
lançado.
• Balneabilidade
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• Atividade turística e pesca
a) turismo
b) pesca
B=582,4Milhões C=347,5Milhões
DRENAGEM
A avaliação dos C/B da drenagem dos rios foi realizada por “custos evitados” .
Avaliou-se os prejuízos à população por ter casas e ruas alagadas assim como
custos de lançamento de lixo carreado das ruas para a B.G..
B=10,3Milhões C=9,5Milhões
O estudo é bastante ilustrativo por apresentar um caso real avaliado por vários
métodos, inclusive em alguns casos, comparando-se resultados obtidos por dois métodos,
porém não foram avaliados os viezes nos resultados obtidos por MCV já que não se
mencionaram os aspectos da singularidade ecológica da B.G. e valores da não-uso.
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ESTUDO DE CASO 3 - AUDITORIA AMBIENTAL NO ATERRO
SANITÁRIO
OBJETIVO
ESCOPO
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11. Verificar a distância mínima de 15 Km da cabeceira das pistas
de aeroportos em todo Estado do RJ (Lei 2794 - 17/09/97).
12. Verificar se o aterro recebe escombros, entulhos, e resíduos de
construção, reforma ou demolição de edificação de qualquer
natureza. Em caso positivo averiguar (solicitação de cópia)
licenciamento e fiscalização do Município. (Lei 1546 - 17/01/90).
Verifique, também, se a descarga é feita em pontos que são
previamente determinados em conjunto com SMO, SMU e SMAC.
13. Avaliar a existência de discussão com a comunidade em relação
a instalação do aterro .
14. Solicitar licença de operação da FEEMA.
15. Verificar destino dado aos resíduos perfurantes e cortantes.
(NBR 9190)
16. Constatar se os abrigos onde é feita a coleta seletiva de lixo,
segue normas e padrões de construção e instalação de Serviço de
Saúde do Ministério da Saúde.
17. A partir de que data, iniciou-se a utilização do aterro?
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A ESTAÇÃO DE TRATAMENTO
ESTAÇÃO DEDE CHORUME. - CHORUME
TRATAMENTO
Tanque de
Homogeinização
Tratamento
Tanque de
Lodo Decantador Eletrocoagulação onde
primário por descarga entre
placas ocorre uma
desestabilização
coloidal das partículas
Tanque de (↑ P)
Acúmulo
Sobrenadante
Tratamento
Secundário
Aerador Sobrenadante
Reciclo Mecânico
(~60d)
Filtro
de areia
Alto turbilhamento –
bactéria consome substrato
(decomposição orgânica)
Tanque
de
Polimento
Tanque de Nano Filtração
Água Polimento Mesh 10-9
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PREFEITURA DA CIDADE DO PAPO FUNDO
CONTROLADORIA GERAL DO MUNICÍPIO
AUDITORIA GERAL
___________________________________________________________________
RAG Nº X
_______________________________________________________________
____
O. S
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I – INTRODUÇÃO
II - OBJETIVO
III – ESCOPO
IV – CONCLUSÃO
Somos de opinião, também, de que estes riscos e impactos ambientais não vêm
sendo adequadamente evidenciados nos demonstrativos contábeis da empresa, como a
ausência de procedimentos contábeis para contingências ambientais.
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Alertamos ainda, para a possibilidade de ocorrência de futuras ações judiciais contra
a Prefeitura da Cidade do Papo Fundo, tendo em vista, o reflexo das atividades operacionais
da COMP. URBANA no meio ambiente, que por ventura não atendam integralmente as
exigências legais, conforme detectado em nossos exames.
V - PONTOS DE AUDITORIA
RECOMENDAÇÃO Nº 01
Constatamos em inspeção física realizada, que a camada de argila que cobre o solo
do lixão é de baixa espessura.
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RECOMENDAÇÃO Nº 02
RECOMENDAÇAO Nº 03
Alertamos que existe o risco de ações judiciais contra a Prefeitura da Cidade do Rio
de Janeiro oriundo da possibilidade de contaminação por parte da população vizinha, bem
como pelo fato de que o terreno contaminado pertence à Cia. INDUSTRIAL. Julgamos
oportuno que se estude a reconstituição da vala com material de baixa permeabilidade.
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RECOMENDAÇÃO Nº 04
RECOMENDAÇÃO Nº 05
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RECOMENDAÇÃO Nº 06
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ESTUDO DE CASO 4 – AUDITORIA DE SGA - MANUAL DO
SISTEMA DE GERENCIAMENTO AMBIENTAL DO
LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS PR3
SUMÁRIO
1. POLÍTICA AMBIENTAL
2. TERMO DE ABERTURA
2.1. Objetivo
2.2. Abrangência
3. DADOS HISTÓRICOS
4. OBJETIVOS E METAS AMBIENTAIS
5. QUADRO DE REFERÊNCIAS CRUZADAS
5.1. Sistemas de Gerenciamento
5.2. Aspectos ambientais
5.3. Requisitos legais e corporativos
5.4. Programas de Gestão Ambiental
5.5. Estrutura e Responsabilidade
5.6. Treinamento,conscientização e competência
5.7. Comunicação
5.8. Controle Operacional
5.9. Preparação e atendimento a emergências
5.10. Não conformidade e ações corretiva e preventiva
5.11. Registros
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1.0. POLÍTICA AMBIENTAL
-----------------------------------------------------------------------
Gerente Geral
2.1.Objetivo
2.2.Abrangência
Documentação do SGA
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MGA
PGA
IGA’s
REGISTROS
Elaboração:
Aprovação:
xxxxxxx
(Gerente Geral)
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3.0 - DADOS HISTÓRICOS
Objetivos Ambientais
Metas Ambientais
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QUADRO DE REFERENCIAS CRUZADAS
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• O LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS PR 3 fornece recursos e material
necessários à gestão, execução do trabalho e atividades relacionadas ao
gerenciamento ambiental.
• Limpeza, manutenção e transporte são serviços terceirizados, sendo necessária a
disseminação desse sistema entre as empresas prestadoras de serviços.
• As diretrizes para o sistema de Gerenciamento estão relacionadas no Procedimento
de Gestão Ambiental PGA – 1.
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• Controle de geração, manipulação e estocagem de lixo comum (doméstico) e
infectante, principalmente os do tipo A (biológicos).
• Controle e emissão de efluentes líquidos e gasosos.
• Planejar e elaborar todo o sistema de recebimento de matéria-prima, produtos e
serviços das firmas terceirizadas.
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DIRETOR
GERÊNCIA LABORATÓRIO
DE APOIO
Administração Exames
Ambiental tecidos
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4.6 - Treinamento, conscientização e competência
O pessoal que executa tarefas que possam causar impactos ambientais significativos
deve ser competente, com base em educação, treinamento e/ou experiência comprovada.
4.7 – Comunicação
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4.8 - Controle operacional
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4.9 - Preparação e atendimento a emergências
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As diretrizes para atendimento emergencial estão definidas no Procedimento de
Gestão Ambiental PGA – 5.
4.11 – Registros
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SISTEMA DE GERECIAMENTO
1- A empresa criou um banco de dados, em meio digital, de todas as legislações e
regulamentos vigentes e aplicáveis aos aspectos ambientais de suas atividades,
processos e serviços, com o objetivo de manter um acervo de fácil acesso.
2- A empresa manterá convênios com instituições normativas que facilitem a
atualização do banco de dados.
ASPECTOS AMBIENTAIS
REQUISITOS LEGAIS
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Detalhamento:
Brasil Ministério do Meio Ambiente – dispõe sobre a definição e classificação dos resíduos
de serviço de saúde – DZ 1311
DIRETRIZES
Conforme os usos e benefícios da águas dos rios das Bacias Hidrográficas do Estado
do Rio de Janeiro é que deve ser selecionada a norma a ser seguida
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A NT 323 – Critérios e Qualidade de Águas para Preservação da Flora e Fauna
de Água Doce – Naturais, faz parte integrante do Sistema de Licenciamento de Atividades
Poluidoras, pertence ao acervo da legislação ambiental da FEEMA e portanto estabelece as
faixas e/ou limites máximos e/ou mínimos de vários parâmetros que devem se monitorados
para a preservação da fauna e flora naturais de água doce.
pH
Resposta
Cor e Aspecto
A NT refere-se a:
Corantes artificiais virtualmente ausentes
Materiais Flutuantes virtualmente ausentes
Óleos e graxas virtualmente ausentes
Substâncias que comunicam gosto ou odor virtualmente ausentes
Reposta:
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Nitrogênio Amoniacal
OD
Quando qualquer despejo sem tratamento prévio ocorre num corpo hídrico, seja
industrial, sanitário ou de chorume, o OD decresce bruscamente, e para tanto, a demanda
química e bioquímica de oxigênio também será alterada, ou seja, o consumo de oxigênio
será quase que total. Portanto uma taxa de OD baixa, por exemplo, menor que 1,0 mg/L é
sinal de poluição. Uma prova de que ocorreu um despejo indevido naquelas águas.
Resposta
DQO
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Portanto uma DQO alta (maior que 200 mg/L) seria uma indicação característica de
poluição, ou melhor, da ocorrência de um despejo indevido naquelas águas ou sem
tratamento adequado. Todos os valores de DQO mínimo de 20 e máximo de 88 mg/L
podem ser considerados baixos.
Resposta
DBO
A NT aceita um valor máximo para DBO de 10,0 mg/L. De acordo com essa norma,
a DBO abaixo desse valor é garantia de preservação da fauna e flora naturais.
Resposta
Metais
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PROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL
1- Para os resíduos tóxicos do laboratório
Ações:
a- utilização de reagentes que neutralizem totalmente ou parcialmente os tipos tóxicos.
b- controle da manipulação correta de produtos químicos.
c- criação de um cargo de supervisão dos serviços terceirizados relacionados à
limpeza, coleta e armazenamento dos resíduos sólidos.
Ações:
a- diminuição do consumo de água.
b- máquinas especiais para lavagem de vidrarias.
c- sistema de separação de efluentes tóxicos e não-tóxicos.
d- encaminhamento para estações diferenciadas de tratamento de efluentes orgânicos e
inorgânicos.
e- precipitadores para particulados existentes em suspensão nos efluentes.
3- Programa de treinamento
Ações:
a- treinamento de chefias em cursos de especialização apropriados
b- incentivos através de gratificações para funcionários
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4- Programa de gerenciamento de materiais perigosos
Ações:
a- treinamento de pessoas responsáveis
b- planos de acompanhamento gradual e registro
Toda vez que forem mudadas ou revisadas a política, meta e objetivos o programa
será reestruturado de acordo com as mudanças necessárias, ficando como registro as
tabelas, gráficos e relatórios do laboratório.
5- Comunicação
1- Interna
2- Externa
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6- Emergências
2.1- Funcionários
a- palestras
b- criação de manuais
c- demonstração in loco dos procedimentos corretos
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2.2 – Terceirizados
a- palestras para diretoria das firmas contratadas com finalidade de difundirem entre
seus funcionários
b- sanções pelo não cumprimento dos procedimentos determinados pelo laboratório
2.3- Comunidade
a- panfletagem
b- jornais
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ESTUDO DE CASO 5 - PLANO DE MANEJO DE MADEIRA
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Notas:
2. O custo do corte da madeira na exploração sem manejo foi estimado em US$ 0,30/m³ de
acordo com a Tabela 3. Esse custo seria o mesmo para 0,75 m³, dado que 25% da madeira é
perdido.
6. Foi considerado que a floresta fica a 100 km da serraria e que o custo de transporte por
km foi US$ 0,15/m³/km, obtido em entrevistas com extratores e madeireiras em
Paragominas, PA, 1996.
7. O valor médio de 1m³ de madeira em pé para uma distância de 100km foi US$ 5/m³.
8. Considerou-se o custo do manejo (US$ 72,3) dividido pelo volume explorado (40 m³/ha).
9. Existem outros custos associados com a exploração madeireira. Por exemplo, estradas
primárias são abertas e mantidas e, um capataz dirige os trabalhos de exploração. Foi
assumido que esses custos seriam similares para as áreas com e sem manejo, embora em
um esquema de manejo em larga escala tais custos possam ser diferentes.
10. A receita do manejo seria o preço médio por m³ ofertado pelos madeireiros pelas toras
postas no pátio da serraria em 1996. A receita da exploração convencional foi obtida
multiplicando o preço em m³ multiplicado por 0,75 m³
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CENÁRIODE ALTERNATIVO
Corte dos Cipós. O corte seletivo de cipós deve ser feito pelo menos 18 meses antes da
exploração. O custo varia em função da densidade de cipós na floresta. No caso desse
estudo, onde a densidade de cipós era elevada, o custo do corte de cipós ficou em torno de
US$ 17,5/hectare.
Demarcação. A demarcação das estradas, pátios e ramais de arraste, bem como da direção
de queda das árvores a serem extraídas é feita antes da exploração. O custo médio dessa
atividade é de US$ 15/hectare (Tabela 6).
Custo Total do Manejo. Estimou-se o custo total do manejo em US$ 72,3/hectare (Tabela
6), ou aproximadamente US$ 1,8/m³ de tora extraída, considerando um volume médio
explorado de 40 m³/hectare (US$ 72,3/40 m³/ha).
É importante ressaltar que o custo do manejo varia de acordo com o tipo de floresta.
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Tabela 6 – Estimativa dos custos de manejo florestal no Pará, 1996.
Notas:
2. Para demarcar 250 hectares de floresta por ano, seriam abertos 6.330 metros de trilhas
ou 25m/ha. Uma equipe de cinco pessoas demarca, em média 170 m/hora a um custo de
US$ 11,5. Portanto, o custo total seria de US$ 1,7 /hectare (US$ 11,5/170 m x 25
m/hectare).
3. Foram abertos cerca de 173 metros de trilhas por hectare. A equipe de trabalho
composta por um balizador e dois ajudantes abriu em média 170 metros de trilhas por
hora. O custo dessa equipe foi de US$ 7,7/hora. Portanto, o custo total de mão-de-obra
foi de US$ 7,9/hectare (US$ 7,7/170 m x173 m). O custo de depreciação dos materiais
utilizados (bússola, tripé, fita métrica, facões, fitas coloridas) somou US$ 0,9/hectare.
Desta forma, o custo total foi de US$ 8,8/hectare.
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5. Para cortar os cipós presentes em 1 hectare de floresta foram necessárias 10,3
horas/homem a um custo hora de US$ 1,7. Portanto, o custo por hectare foi de US$
17,5 (10,3 horas x US$ 1,7 /hora).
7. Foi gasto 0,03 diária para demarcar 1 hectare de floresta e 0,27 diária para orientar a
marcação dos ramais de arraste, pátios de estocagem e ajustar a direção de queda das
árvores. O custo da equipe foi de US$ 48/dia, incluindo o orientador (3 salários) e dois
ajudantes (1,5 salário cada). O custo de demarcação da estrada por hectare foi de US$
1,4 (0,03 dia equipe/hectare x US$ 48 dia equipe). O custo da orientação da derrubada,
demarcação dos ramais de arraste e pátios foi US$ 13 (0,27 dia equipe/hectare x US$ 48
dia equipe). Para demarcação da exploração foram gastos cerca de 30 metros de fita
plástica colorida/hectare a um custo de US$ 0,5 que, somados aos custos de mão-de-
obra, totalizam aproximadamente US$ 15/hectare.
CENÁRIO ALTERNATIVO
Os benefícios do manejo a longo prazo podem ser estimados através do valor presente da
receita líquida da exploração da madeira com e sem manejo para o primeiro e segundo
corte. Para isso, é preciso estimar o volume e o número de anos para um segundo corte.
Estudos do IMAZON mostram, através de simulações, a estimativa do ciclo do corte e o
volume disponível no segundo corte com manejo e convencional.
Tabela 7 – Estimativa dos volumes de madeira explorado com e sem manejo florestal para
um ciclo de corte de 20 anos, Pará, 1996.
O cronograma das atividades com e sem manejo é apresentado na Tabela 8 de acordo com
o ciclo de corte de 20 anos.
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Tabela 8 – Cronograma de atividades para a colheita de madeira com e sem manejo¹.
Notas:
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5. Com base nas regulamentações do imposto rural analisadas por Almeida e Uhl (1996),
o imposto foi estimado em US$ 0,19/hectare, US$ 0,50/hectare, US$ 1,0/hectare e US$
1,50/hectare, respectivamente, para o ano da exploração, e nos anos 1,2, 3, após a
exploração. Nos anos restantes, o imposto seria de US$ 2,0/hectare.
6. O preço da terra de US$ 80,0/hectare (exclui o valor da madeira contida na floresta) foi
usado para calcular o custo do capital investido na terra ao longo do ciclo do corte.
QUESTÃO:
a) Calcule para um primeiro cenário – Cenário de referência, onde não se aplica nenhuma
técnica sustentável, os custos de extração da madeira sem manejo e os custos de pagar
imposto rural e o custo de compra da terra.
b) Para o segundo cenário – Cenário alternativo, onde se aplica o manejo florestal, o custo
do planejamento do manejo florestal, o custo de extração da madeira com manejo, o
custo de pagar imposto rural e o custo de compra da terra.
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RESULTADOS DO MANEJO FLORESTAL
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Na exploração convencional, a densidade de estradas foi maior porque estas
foram abertas pouco a pouco, seguindo a concentração de árvores derrubadas. Uma prática
que leva à abertura de estradas tortuosas e com ramificações desnecessárias.
c) Maior produtividade no corte – O custo da derrubada foi similar nos dois tipos
de exploração para o caso da equipe com duas pessoas: US$ 0,31/m³ com
manejo e US$ 0,30/m³ na exploração convencional, enquanto o custo do corte
de uma equipe de três pessoas (dois motesserristas e um ajudante), atuando em
uma área manejada, foi apenas de US$ 0,25/m³ (Tabela 3). Essa vantagem pró-
manejo decorre de uma maior produtividade propiciada pela atuação de dois
motosserristas com funções distintas: um exclusivamente no corte e outro no
traçamento das toras e remoção dos obstáculos para o arraste.
Tabela 3 – Produtividade e custos do corte de árvores com e sem manejo no Pará, 1996.
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Tabela 4 – Desempenho médio e custo do arraste de toras na exploração manejada e não
manejada de acordo com o tipo de máquina usada no Pará, 1996.
¹Os custos operacionais do skidder foram estimados em US$ 44,4/hora ou US$ 0,74/minuto
e os do trator de esteiras foram US$ 0,61/minuto (sem guincho) e US$ 0,66/minuto (com
guincho).
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ESTUDO DE CASO 6- VAZAMENTO DE PRODUTO QUÍMICO EM
RIOS
1. Introdução
Realizamos aos 08 dias do mês de outubro de 2002 vistoria técnica nas instalações e
nas atividades da Empresa em questão, objetivando elaborar este Parecer Técnico e
identificar os possíveis riscos de contaminação de suas atividades, bem como fazer um
levantamento das conformidades com relação a legislação ambiental vigente e os possíveis
impactos ambientais que a referida empresa causou ao meio ambiente e a comunidade
circunvizinha.
2. Considerações Preliminares
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g- Considerando que o vigia, em declaração, informou estar cumprindo
ordens do proprietário do empreendimento.
h- Considerando que a Secretaria de Meio Ambiente em cooperação
com o Batalhão Florestal, solicitou a presença de um perito da
Polícia Civil no local, para que se pudesse avaliar tecnicamente o
dano.
i- Considerando que a equipe aguardou a presença do Perito.
j- Considerando que foi solicitado apoio da Empresa P, especializada
em processamento de produtos do tipo Classe I e II, para avaliação
dos produtos armazenados e correta destinação.
k- Considerando que a Secretaria de Meio Ambiente documentou,
através de fotografias, os fatos ocasionados pelo derramamento
conforme Anexo 1.
3. Descrição da Situação
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4. Fontes de Poluição
4.2) Resíduo
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Pode-se concluir, contudo, que apesar da não identificação do(s) produto(s)
químico(s) lançado(s) nas águas, o mesmo teve impacto letal sobre a fauna aquática da
região, a jusante do ponto de lançamento do efluente.
Não se tem registro, ainda, sobre os efeitos do(s) produto(s) químico(s) sobre a
vegetação da faixa marginal do rio, tampouco sobre os efeitos e conseqüências sobre a
utilização para o banho e, indiretamente na cadeia alimentar por meio de ingestão de
hortifutigranjeiros pelos moradores locais.
• Contaminação do solo
• Contaminação das águas superficiais
6. Considerações Complementares
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6.1) Outras Normas e Padrões Ambientais
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2- Questionário para comunidade através da associação de moradores para avaliar a
extensão do dano à saúde pública, incumbindo ao proprietário da empresa o custeio dos
exames laboratoriais, caso necessário.
8. Conclusões:
O nível de intoxicação e/ou contaminação da população (S1) foi o fator que menos
se pode avaliar em função da indisponibilidade imediata de dados.
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Pela análise realizada através do método Analise Preliminar de Risco - APP, pode-
se identificar os principais riscos ambientais referentes a três cenários de grande impacto
encontrados no local do vazamento, adotando como sistema de avaliação, as instalacões da
empresa. A APP poderia ser utilizada também, para analise dos riscos ambientais no meio
externo a empresa, diretamente no sistema Bacia Hidrográfica, contudo, para uma avaliação
melhor seria necessária a disponibilidade de dados quantitativos (analises químicas, exames
laboratoriais, analise de fatores de exposição, população atingida, ou seja, adultos, crianças,
homens, mulheres, etc.) o que não dispomos no momento.
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ANEXO 2 – Avaliação de Impacto Ambiental
N1 - Variação do pH da água
Negativo
Método de Análise Ambiental – Rede de Interações
irrigadas
S1 – Contaminação e/ou intoxicação
da população
S2 – Nível de vida da população
agrícola e pesqueira
S3 – Incômodo pelo odor e coloração
da água
S4 – Restrição de uso da água
E1 – Impacto no comércio local
E2- Impacto na agricultura local
(susbsistência e comercial)
E3 – Impacto no comércio de pescado
Positivo
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Tabela de Fluxo para Avaliação de Impacto Ambiental - AIA
Fluxo 2 2 2 0 1 2 2 2 2 2 2 1 1 2 2 1 1 1
S/E N1 N2 N3 N4 N5 N6 N7 N8 N9 N10 S1 S2 S3 S4 S5 E1 E2 E3
N1 0 1 0 0 1 1 1 0 0 0 0 0 1 1 1 0 0 0 7
N2 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 4
N3 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 16
N4 1 1 0 0 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 15
N5 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 1 1 0 0 1 1 1 0 7
N6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 1 1 0 0 0 4
N7 1 0 1 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 0 1 0 1 0 12
N8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 1 1 1 0 1 6
N9 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 1 1 1 0 1 6
N10 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 1 1 1 0 5
S1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 2
S2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 4
S3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 1 0 0 3
S4 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 1 1 1 1 6
S5 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 17
E1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 1 3
E2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 1 0 0 0 3
E3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 1 1 0 0 4
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ANEXO 3 – Análise Preliminar de Perigo / APP
A APP é uma técnica qualitativa cujo objetivo consiste na identificação dos cenários
de acidentes possíveis em uma dada instalação (perigo, causas e efeitos), classificando-os
de acordo com categorias preestabelecidas de “freqüência de ocorrência”, de “gravidade” e
“risco”.
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A classificação do risco é indicação qualitativa do nível do risco de cada cenário
acidental identificado na análise, com base nas indicações anteriores das categorias de
freqüência e gravidade. A matriz utilizada para classificação de risco dos cenários encontra-
se apresentada na tabela abaixo:
Categoria de Atividades
Baixa Moderada Séria Crítica
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