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PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Processo N° 0071212-11.2013.4.01.3800 - 10a VARA FEDERAL


N° de registro e-CVD 01104.2017.00103800.1.00143/00032

DECISÃO

1. Trata-se de pedido de cumprimento de sentença apresentado pela


parte exequente, objetivando o recebimento das diferenças relativas ao pagamento do
reajuste de 3,17%.

Intimada para os termos do art. 535, do CPC, a UFMG ofereceu


impugnação e documentos às fls. 226/231, alegando excesso de execução.
Inicialmente, a impugnante aponta a necessidade de exclusão dos
substituídos que figuram como exequentes em outros processos com o mesmo objeto.
Defende a prescrição da pretensão executória, uma vez já decorridos
mais de cinco anos entre o trânsito em julgado da sentença exequenda (11/06/2004) e
o ajuizamento desta execução (13/12/2013).
Prossegue alegando que os cálculos de liquidação contêm as seguintes
incorreções:
a) inobservância do limite temporal referente à estruturação da carreira
implementada pela MP 2.150-39/2001;
b) incidência indevida dos reflexos dos 28,86%
c) utilização indevida do IPCA-E como índice de correção monetária
d) juros de mora - percentual de 0,5%
e) não abatimento dos pagamentos administrativos;

Nesse sentido, a UFMG, na hipótese de serem sanadas as irregularidades


apontadas, reconhece como devido, o valor bruto de R$ 10.600,76.

A exequente, ora impugnada, manifestou-se às fls. 239/258.

Decido:

A execução proposta objetiva o recebimento de diferenças de


remuneração a título de reajuste dos vencimentos dos exequentes no percentual de
3,17%.

Analiso a questão prejudicial deduzida pela UFMG, consistente na


prescrição total da ação de execução.

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de 19/ 1 2/2006.
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PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO
SEÇÃO JUDICIARIA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Processo N° 0071212-11.2013.4.01.3800 - 10' VARA FEDERAL


N° de registro e-CVD 01104.2017.00103800.1.00143/ 00032

A executada ressalta que a execução embargada foi ajuizada apenas em


13/12/2013, quando decorridos mais de cinco anos do trânsito em julgado da sentença
exequenda, ocorrido em 11/06/2004.
Em sua defesa, a parte exequente alega que dependia, para elaboração
dos cálculos exequendos, dos elementos de cálculos que se encontravam em poder da
UFMG e que não foram apresentados a tempo e modo.
De fato, cumpre ressaltar que a data de entrega de todos os elementos
de cálculo é o termo inicial da contagem do prazo prescricional para a execução do
julgado.
Assim, somente a partir da apresentação de todas as fichas financeiras é
que se torna possível ao Sindicato apresentar a petição inicial de execução.

Compulsando os autos da ação de conhecimento que deu origem à


5), verifico que a UFMG
presente execução (Processo n2 1999.38.00.031626 -
apresentou os elementos para elaboração dos cálculos exequendos em
26/03/2004 (fl. 196 daqueles autos), representados por 17 (dezessete) caixas
de documentos, relativos a 4.242 servidores, ou seja, todos os substituídos
discriminados na relação que acompanhou a inicial.

Vê-se, inclusive, que o SINDIFES, dada a enorme quantidade de


documentos, deu logo início à execução parcial do feito, em 02/06/2004
4 - cumprimento provisório de sentença),
(Processo n0 2002.38.00.049257 -
relativamente a 1435 substituídos (fls. 202 e seguintes daqueles autos).

Posteriormente, o SINDIFES apresentou nova Execução parcial -


Processo n° 2005.38.00.002932-1 - cumprimento provisório de sentença,
relativamente a 793 substituídos, sendo ajuizada, ainda, mais à frente, a
4, que englobava 473 substituídos.
Execução Parcial de n2 2006.38.00.017964-
Analisando a lista de substituídos relativa ao aludido processo de n2
2002.38.00.049257-4, vê-se que servidora substituída falecida MARIA DAS
DORES FERREIRA constava da listagem original da Execução, restando comprovado
que se trata o presente feito de Execução desmembrada, não sendo caso, portanto, de
declaração da prescrição, pelo que rejeito a alegação da UFMG.
Quanto à arguição de necessidade de exclusão dos substituídos que

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figuram como exequentes em outros processos com o mesmo objeto, cumpre registrar
que o que não se admite é o pagamento do crédito em duplicidade.

No caso concreto, verifico que a UFMG não comprovou, como deveria, a


existência de tais pagamentos judiciais em outras ações.

Todavia, a fim de se evitar o pagamento indevido e consequente


enriquecimento ilícito, fica ressalvado que tal comprovação pode acontecer a qualquer
momento até a expedição do competente Requisitório.

Rejeitadas as preliminares, passo à análise, por tópicos, das questões


levantadas nesta impugnação.

A— Limitação Temporal do Reajuste de 3,17%

Tenho que o título exequendo, ao não tratar do termo final do reajuste,


não impede a aplicação da norma legal que trata especificamente do tema.

Ao contrário do que defende a parte impugnada, para afastar a aplicação


de uma norma legal, é preciso decisão expressa do julgador no título exequendo,
reconhecendo sua inaplicabilidade por ser hipótese diversa ou por
inconstitucionalidade, o que não ocorreu no presente caso.

Ao analisar o recurso especial interposto pela UFMG, resta claro que o ST)
não conheceu do tema, uma vez que não houve prequestionamento e discussão da
questão nas instâncias inferiores. Somente isso.

Não se pode concluir, pelo simples não conhecimento do recurso


especial, que houve expressa vedação quanto à aplicação das normas da MP 2.180-
3 5/2 001, quando tal assunto não era objeto de discussão no processo de
conhecimento.

Desse modo, tenho que assiste razão à UFMG, pois em junho de 2001
houve reestruturação das carreiras dos servidores técnicos administrativos vinculados
às IFES, devendo ser aplicada a norma legal que determina a limitação do reajuste à
reestruturação da carreira.

8 — Inclusão do reajuste de 28,86%

Relativamente à base de cálculo do reajuste de 3,17%, o aludido reajuste


deve incidir apenas sobre as parcelas de natureza permanente que compõem a

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Processo N° 0071212-11.2013.4.01.38 00 - 10' VARA FEDERAL


N° de registro e-CVD 01104.2017.00103800.1.0 0143/ 00032

remuneração dos servidores, uma vez que todas elas sofreram redução no seu valor
com a utilização equivocada a sistemática de conversão do valor dos
vencimentos/Proventos em URV, consoante a previsão do art. 28 da Lei 8.880/94.

Assim, as rubricas referentes às vantagens relativas ao reajuste de


28,86% devem integrar a base de cálculo do percentual de 3,17%, tendo em vista que
8.627, ambas de 1993, ou
a vantagem foi concedida em função das Leis n0 8.623 e n0
seja, anterior à concessão do índice de 3,17%.

Nesse sentido:
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. SERVIDORES
PÚBLICOS. REAJUSTE RESÍDUO DE 3,17 %. BASE DE CÁLCULO.
INCLUSÃO DO REAJUSTE DE 28,86 %.

1. O reajuste de 28,86 % deve integrar a base de cálculo do


percentual de 3,17%, tendo em vista que a vantagem foi
concedida em função das Leis nº 8.623 e nQ 8.627, ambas de
1993, ou seja, anterior à concessão do índice de 3,17%.

2. Apelação a que se nega provimento.


(AC 0001757-31.2005.4.01.3802 / MG, Rel. DESEMBARGADORA
FEDERAL ÂNGELA CATÃO, PRIMEIRA TURMA, e-DJF1 p.588 de
23/03/2012)

PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. EMBARGOS À EXECUÇÃO.


REAJUSTE DE 3 , 17 %. BASE DE CÁLCULO. PAGAMENTOS
ADMINISTRATIVOS POSTERIORES À ELABORAÇÃO DOS CÁLCULOS
DE LIQUIDAÇÃO. COMPENSAÇÃO. HONORÁRIOS ADVOCATI-CIOS.

1. O percentual de 3,17%, que deve incidir sobre todas as


parcelas de natureza permanente que compõem a remuneração
dos servidores, em razão da redução em seu valor na ocasião de
conversão de cruzeiros para URV.
2. Assim, correta a incidência do reajuste em questão sobre as
gratificações, DAS, FG, adicionais, e parcelas de natureza
permanente, atreladas ou não ao vencimento básico - cumprindo
ressaltar apenas, que não se admite, em casos que tais, que as
parcelas conectadas ao vencimento básico sofram dupla
repercussão do reajuste , sob pena de indevido bis in idem -,
pois referidas rubricas sofreram redução com a utilização

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de 19/12/2006
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Processo N° 007 [21 2-11.2013.4.01.3800 - 10' VARA FEDERAL
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equivocada da sistemática de conversão do valor dos


vencimentos.
3. Portanto, a rubrica 28, 86%, concedida por legislação anterior à
concessão do reajuste de 3,17%, deve ser contemplada pela
sobredita reposição salarial, observando-se, por óbvio, a data em
que fora incorporada na remuneração das Embargadas.
4. Conforme asseveraram as Apelantes, os pagamentos
administrativos ocorridos nos meses de dezembro de 2004 e
agosto de 2005 não foram deduzidos porque pagos em data
posterior à feitura dos cálculos de liquidação apresentados, razão
porque não poderiam ser penalizadas pela não dedução dos
referidos pagamentos.
5. De acordo com os documentos acostados aos autos, muito
embora os cálculos tenham sido atualizados pelas exeqüentes até
junho de 2005 (fls. 622/623), houve a compensação dos valores
pagos administrativamente pela União até agosto de 2004.
Assim, conclui-se que, não haveria motivo para a não
compensação das parcelas pagas em dezembro de 2004 e agosto
de 2005, caso as embargadas tivessem conhecimento de tal
pagamento.
6. Portanto, embora indiscutível nos autos a legalidade da
dedução dos valores pagos administrativamente, assiste razão às
Embargadas quando alegam que não podem ser
responsabilizados por tais deduções, posto que efetuadas após a
elaboração dos cálculos de liquidação.
7. Deverão ser objeto de compensação, todas as parcelas pagas
administrativamente a título do reajuste de 3,17 % aos
exequentes, desde que devidamente comprovado nos autos.
8. Com efeito, apesar dos embargos terem sido julgados
procedentes, em virtude do que restou decidido, entende-se que
cada litigante foi parcialmente vencedor e vencido, sendo
recíproca a sucumbência, pelo que deve cada uma das partes
arcar com os honorários de seus respectivos patronos, devendo
ser afastada, portanto, a condenação das embargadas, ora
apelantes, em verba honorária (art. 21 do CPC).
9. Apelação parcialmente provida, nos termos dos itens 3, 6 e 8.

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PODER JUDICIÁRIO
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N° de registro e-CVD 01104.2017.0010380 0.1 .00143/00032
/ MG, Rel. DESEMBARGADOR
(AC 0001950-18.2006.4.01.3800 BETTI, Rel.Conv. JUIZ FEDERAL
FEDERAL FRANCISCO DE ASSIS
SEGUNDA TURMA, e-DJF1 p.627
CLEBERSON JOSÉ ROCHA (CONV.),
de 31/08/2012)

C — Correção monetária
Sem razão a embargante quando defende a utilização da TR como índice
de correção monetária a partir de julho/2009.
Sobre a correção dos valores a serem pagos em decorrência do
reconhecimento do pedido veiculado na inicial deste processo, devem ser utilizados ueos
índices constantes do Manual de Cálculos da Justiça Federal, Res. CFJ 267/2013, qart.
incorpora a inconstitucionalidade parcial do art. 5° da Lei 11.960/09, que alterou o
1°-F da Lei 9.494/97, conforme ADI 4357 e REsp Repetitivo 1.270.439, considerando
ainda o precedente da ADI 493 de que a TR não pode ser utilizada como índice de
correção monetária, por ofensa ao direito fundamental de propriedade (art. 5°, XXII,
CR/88), sem prejuízo de que se observe na liquidação a decisão final do STF no RE
com repercussão geral 870.947, caso promova alguma alteração no índice ou no
termo inicial/final da correção monetária ou dos juros.
Logo, nos termos do item 4.2.1 do Manual de Cálculos da Justiça Federal,
9
aprovado pela Resolução/CJF n° 134, de 21.12.2010, e alterado pela Resolução/Cif n
267, de 02.12.2013, adota-se o IPCA-E como indexador de atualização monetária,
mesmo após o advento da Lei n. 11.960, de 2009.

D — Juros de mora
A UFMG discorda dos cálculos quanto aos juros de mora, sob o
fundamento de que necessário fazer prevalecer a coisa julgada que se formou em face
da ausência de recurso contra a sentença que estabeleceu os juros em 0,5% ao mês.

Sem razão.
O Superior Tribunal de Justiça, no REsp. 1.270.439/PR e no REsp
1.205.946/SP, ambos julgados sob o rito do art. 543-C do CPC, fixou o entendimento
no sentido de que os juros moratórios decorrentes de condenações proferidas contra a
Fazenda Pública, independentemente de sua natureza, exceto as tributários, deverão
seguir os parâmetros definidos pela legislação então vigente.

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PODER JUDICIÁRIO
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Processo N° 0071212-11.2013.4.01.3800 - 10" VARA FEDERAL


N° de registro e-CVD 01104.2017.00103800.1.00143/00032

Ainda há pouco, o Col. STJ reafirmou sua orientação, declinando as taxas


de juros a incidir nas condenações para pagamento de verbas remuneratórias de
servidores públicos, cf. AgRg no REsp 1157503/RS, relator Ministro NEFI CORDEIRO,
SEXTA TURMA, julgado em 21/05/2015, DJe 29/05/2015:

1. Esta Corte Superior firmou o entendimento de que, tratando-se de


condenação imposta à Fazenda Pública para pagamento de verbas
remuneratórias devidas a empregado público, os juros de mora incidirão
da seguinte forma: (a) percentual de 1% ao mês, nos termos do art. 3°
Decreto n.° 2.322/87, no período anterior à 24/08/2001, data de
publicação da Medida Provisória l'1, 2 2.180-35, que acresceu o art. 1.°-F à
Lei n.° 9.494/97; (b) percentual de 0,5% ao mês, a partir da MP n.° 2.180-
35/2001 até o advento da Lei n.° 11.960, de 30/06/2009, que deu nova
redação ao art. 1. °-F da Lei n. 12 9.494/97; (c) percentual estabelecido para
caderneta de poupança, a partir da Lei n. ° 11.960/2009.

Assim, nos termos da jurisprudência atual do STJ, aplicando-se o princípio


da norma vigente ao tempo da prestação, os juros moratórios serão devidos no
percentual de:

a) 1% a.m., conforme Decreto-lei n. 2.322/87, até a edição da MP 2.180-


35/2001, que deu nova redação à Lei 9.494/97;

b) 0,5% ao mês a partir da vigência da MP 2.180-35/2001, até a edição da


Lei 11.960/2009; e

c) à taxa de juros aplicáveis à caderneta de poupança, a partir da


vigência da Lei 11.960/2009.

Nesses termos, os percentuais de juros devem ser contados, a partir da


citação, segundo as taxas acima declinadas, observando-se o Manual de Cálculos da
Justiça Federal (Item 4.2.2.), que consolida a jurisprudência dos Tribunais Superiores a
respeito da matéria.

No ponto, cumpre por fim registrar a orientação firmada nos Tribunais


Superiores, no sentido de que devem ser aplicados, inclusive nas execuções em curso,
os critérios de pagamento de correção monetária e de juros moratórios, previstos no
Manual de Cálculos da Justiça Federal, em sua versão mais atualizada, sem que isso
implique afronta ao instituto da coisa julgada.

Saliento, ainda, que o decréscimo dos juros de mora deve ocorrer a partir

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de março/2000, uma vez que a citação ocorreu em fevereiro/2000.

E — Pagamentos administrativos

Alega a UFMG que não foram deduzidas as parcelas recebidas


administrativamente.

Nesse ponto, verifico que a parte exequente não obsta a que sejam
decotados valores pagos na via administrativa, desde que efetivamente comprovados.

Com efeito, não há dúvida de que quaisquer valores pagos na via


administrativa, devidamente comprovados nestes autos, devem ser deduzidos e
compensados do valor executado.

Quanto à sistemática de cálculo, esclareço que o correto é que os valores


pagos administrativamente sejam abatidos do saldo devedor na data em que houve o
respectivo pagamento. Sobre o saldo devedor apurado a partir daí volta a incidir a
correção monetária e os juros de mora na forma prevista no Manual de Cálculos da
justiça Federal.

Não é possível fazer incidir juros de mora sobre o pagamento


administrativo, uma vez que não há mora do servidor/pensionista, mas sim da UFMG.

CONCLUSÃO

Pelo exposto, julgo parcialmente procedente a impugnação da UFMG,


estabelecendo os parâmetros de cálculo acima delineados para definição dos valores
a serem requisitados, quais sejam:

a) o termo finai para o cálculo das diferenças é o mês de maio de 2001,


diante da reestruturação da carreira ocorrida em junho daquele ano;

b) o reajuste de 28,86% deve integrar a base de cálculo do valor devido a


título de reajuste de 3,17%;

c) devem ser aplicados para a atualização da condenação os critérios e


índices previstos no Manual de Cálculos da Justiça Federal, aprovado pela
Resolução/CjF n° 134, de 21.12.2010, e alterado pela Resolução/CjF n° 267, de
02.12.2013;

d) o decréscimo dos juros de mora deve ocorrer a partir de março/2000,

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mês subsequente à citação da UFMG;

e) devem ser decotados os pagamentos administrativos efetuados pela


UFMG em favor da servidora falecida, em agosto de 2014 (fl. 235) , sendo que a
dedução de tal valor deve ser realizada na própria competência do pagamento; sobre
o saldo devedor apurado a partir daí volta a incidir a correção monetária e os juros de
mora na forma determinada nesta sentença.

Em face da sucumbência recíproca e do que dispõe o CPC/2015, em seu


art. 85, §14, que proíbe a compensação da verba honorária, impugnante e impugnado
arcarão, cada um, com os honorários da parte adversa, que fixo em 10% sobre a
diferença das contas apresentadas pelas partes e aquela a ser elaborada pela
Contadoria, considerando-se cada conta separadamente.

2. Intime-se a UFMG para se manifestar sobre o pedido de requisição da


parcela incontroversa pleiteado pela parte exequente à fl. 240. Prazo de 5 (cinco) dias.

Havendo concordância por parte da UFMG, defiro o pedido de requisição


da parcela incontroversa.

3. Deverá a Secretaria elaborar o(s) "ofício(s) requisitório(s) a ser(em)


expedido(s) ao TRF - 1Q Região, intimando-se as partes em seguida quanto ao seu
inteiro teor, tudo nos termos da Resolução 405/2016, devendo ser aberta vista de 05
(cinco) dias para cada interessado.

Fica ressalvado, no entanto, que a quantia a ser requisitada será


atualizada pelo TRF desde a data-base, sendo adotados os indexadores previstos pelo
TRF e pelo Cif para a atualização dos precatórios, que são baseados na LDO dos anos
que se referem.

4. Não havendo discordância com o cadastro concluído, encaminhe(m)-se


o(s) ofício(s) requisitórios) ao TRF - 1Q Região.

Deixo de aplicar as normas contidas no art. 100, §§ 9Q e 10° , da CR/88,


com as alterações do art. 1° da EC nº 62/09, em razão da sua inconstitucionalidade,
conforme foi reconhecido pelo STF nas ADI's 4.357 e 4.425.

5. Havendo discordância de alguma das partes quanto ao teor do(s)


ofício(s) requisitório(s), retornem os autos conclusos para decisão.

6. Requisitado(s) o(s) pagamento(s), dê-se vista às partes por 05 dias.

Documento assinado digitalmente pelo(a) JUIZ FEDERAL MIGUEL ANGELO DE ALVARENGA LOPES cm 14/06/2017, com base na Lei 11.419
de 19/12/2006.
A autenticidade deste poderá ser verificada em http://www.trfljus.br/autenticidade, mediante código 78275443800200.

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0071212112013 4013800

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Processo N° 0071212-11.2013.4.01.3800 - 10" VARA FEDERAL


N° de registro e-CVD 01104.2017.00103800.1.00 143/00032

7. Nada sendo requerido e havendo o trânsito em julgado desta decisão,


remetam-se os autos à Contadoria para elaboração dos novos cálculos com os
parâmetros aqui estabelecidos, com objetivo de expedição da requisição de
pagamento dos valores ainda devidos.

Intimem-se.

Belo Horizonte(MG), 14 de junho de 2017.

Miguel Angelo de Alvarenga Lopes


juiz Federal
documento assinado digitalmente

Documento assinado digitalmente pelota) JUIZ FEDERAL MIGUEL ANGELO DE ALVARENGA LOPES em 14/06/2017, com base na Lei 11.419
de 19/12/2006
A autenticidade deste poderá ser verificada em http7Avoávtrfl.tus.br/autentiodade, mediante código 78275443800200.

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PODER JUDICIÁRIO Fls. •
JUSTIÇA FEDERAL DE 1a INSTÂNCIA - 10a VARA
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Processo n° )/ /I -

RECEBIMENTO

Certifico haver recebido estes autos do gabinete, com


( )despachokldecisão ( )sentença, nesta data. Dou fé.
Belo Horizonte, 19/06/2017

r
Eliane Sairlgavares
Mat MG 142003
CERTIDÃO DE I? BLICACi0
Certifico que o(a) ( )despacho I, decisão 1_;enterto
!: )nota de secretaria
( )ato ordinatório de fls. 14 (itens: P",„0,,,,-f t,,,,,c,S),
foi disponibilizado(a) na edição eletrônica do Dial- o da Justiça Federal da
'idade ,d,e publicação no
13 Região (EDJF-1) do dia 2'.70f2/2017„konk,
dia 23/06/2017 (art. 4°, §§3° e 4°, da Lei 11. 20/06).

Belo Horizonte, 23/06/2017.


Adilson A ereira - MG 1.882-03
n/Di et Secretaria da 10a Vara

VISTA

Faço os autos conovistanan(s)


Belo Horizonte, -K:111±-A2_12017

Ltldrnila Are es Bra dao - Mat. 5425ES


p/ Diretor de Secr tarja da 10a Vara

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